O documento discute os potenciais da linguagem dos quadrinhos como ferramenta educacional, apontando que ela pode ser uma aliada no ensino por meio da leitura atraente e motivadora, leitura dinâmica, favorecimento da memorização e interpretação, e incentivo à criatividade.
O momento de contar ou ouvir a história é bom, mas as atividades que podemos fazer com nossos alunos assim que terminar a história são impressionantes.
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O Livro Transmídia: oportunidades & perigosCarlo Carrenho
Apresentação feita no evento Zona Digital do Oi Futuro Flamengo no dia 30/11/2012. O conteúdo enfoca a situação atual do livro digital expandido (enhanced e-book) e as oportunidades e perigos que seu desenvolmento implica.
Slide preparado para as aulas de Leitura e Produção de Texto que serão ministradas à uma turma de Pedagogia. Este é o 1º - foca especialmente sobre a Leitura e seus objetivos, estratégias e importância na formação do indivíduo.
O 2º - que será publicado posteriormente, abrangerá a Produção de Textos.
Oficina: A arte de contar histórias na bibliotecaTatyanne Valdez
Oficina ministrada na biblioteca central da UNIRIO. 25/01/2017. Oficina interativa que apresenta dicas para contar histórias e expõe os diversos textos literários que podem mediados em uma biblioteca escolar. Com Tatyanne Valdez, bibliotecária e contadora de histórias
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Potenciais da linguagem dos quadrinhos como ferramenta educacional
1. Potenciais da Linguagem dos
Quadrinhos como Ferramenta
Educacional
Fernando Busch
Pós-graduando em Design e Gestão de Marca (Branding) pela Unochapecó, Chapecó, SC. Bacharel
em Design pela Universidade Luterana do Brasil, Carazinho, RS.
31 de janeiro de 2013
2. Considerada erroneamente como
subliteratura infantil ou entretenimento
descompromissado, a linguagem dos
quadrinhos possui potenciais e qualidades
que muitos críticos desconhecem.
Imagem: página de Fables (cores alteradas pelo autor), história em quadrinhos da Vertigo, DC Comics. Disponível em: https://dcomixologyssl.sslcs.cdngc.
net/i/0248/21956/95ab1365327a0137ad9d54bc1f00542e.jpg?h=d14ff0f71ef9bf347fbd7b889284de6f
3. Potenciais
● Leitura atraente e motivadora;
● Leitura dinâmica;
● Favorecimento da memorização;
● Favorecimento da Interpretação;
● Incentivo à criatividade;
4. Leitura atraente e motivadora
A leitura se torna atraente e motivadora pela união da linguagem
verbal e visual em um estilo coerente com seu público. Eisner
(2008), tratando de como contar histórias instrutivas através de
narrativas gráficas, afirma:
É mais fácil ensinar um processo quando ele está envolto por uma "embalagem"
interessante... uma história, por exemplo. Quando demonstramos a capacidade de
organizar elementos técnicos numa ordem disciplinada, os quadrinhos encontram
uma clientela pronta. Isso demonstra a ordem de pensamento quando um
quadrinho instrutivo é criado (p. 28).
Tais características são colaboradoras especiais nos casos em que
o público é constituído por crianças e adolescentes.
5. Leitura atraente e motivadora
Santos (2003, p. 4) afirma que a linguagem dos quadrinhos,
quando bem utilizada pode ser uma aliada do ensino para crianças:
"(...) a união de texto e desenho consegue tornar claros, para a
criança, conceitos que continuariam abstratos se confinados
unicamente à palavra".
6. Imagem: foto de mulher adulta lendo uma revista em quadrinhos. Disponível em: http://girlsgonegeek.files.wordpress.com/2010/08/vanessa-g-reading-comics-in-public.jpg
Mas o potencial dos quadrinhos como ferramenta educacional vai
além do público infantil. Pensar na linguagem de forma restrita a
este público remeteria a uma visão muito estreita de que
"quadrinhos é coisa de criança".
7. Leitura dinâmica
A leitura de uma história em quadrinhos se torna dinâmica ao exigir
envolvimento do leitor na interpretação inconsciente das relações
entre as mensagens verbais e visuais em sequência. Para McCloud
(2005, p. 63), isso se dá através do fenômeno de conclusão, em
que o leitor observa as partes e percebe um todo, tirando suas
conclusões como participante da narrativa.
A participação é uma força poderosa em qualquer meio de comunicação. Há muito
tempo os cineastas perceberam a importância de deixar o público usar sua própria
imaginação. Mas, enquanto o filme utiliza a imaginação da plateia para efeitos
ocasionais, os quadrinhos de que fazer isso com frequência. (...), a conclusão
deliberada e voluntária do leitor é o método básico para o quadrinhos simular o
tempo e o movimento. (MCCLOUD, 2005, p. 69)
8. Favorecimento da memorização
A memorização é favorecida pela empatia com os personagens
envolvidos. McCloud (2005, p. 30) aponta a identificação dos
leitores com os personagens das H.Q.s como um dos segredos da
grande aceitação delas no mundo inteiro.
Empatia é uma reação visceral de um ser humano ao empenho de outro. A
habilidade de "sentir" a dor, o medo ou a alegria de alguém dá ao narrador a
capacidade de despertar um contato emocional com o leitor. Nós vemos uma ampla
evidência disso nas salas de cinemas, onde as pessoas choram por causa da
tristeza de um ator que está fingindo estar vivendo uma coisa que não está
realmente acontecendo. (EISNER, 2008, p. 51)
Desse modo, a empatia atua de modo a inserir o leitor na história
através da identificação. O leitor passa a participar da história, o
que faz com que as experiências do personagem passem a ser
dele também (ele aprende com a experiência alheia).
9. Interpretação favorecida
O aspecto lúdico favorece a interpretação. Mendonça (2008, p. 4)
afirma que dentre as possibilidades didáticas oferecidas pelos
quadrinhos, uma é a natureza lúdica, "(...) pois as H.Q.s estão
associadas, quase sempre, à diversão, à leitura descompromissada
e, portanto, supostamente mais leve e fácil".
10. Incentivo à criatividade
A utilização da fabulação verbal e do desenho cômico, do
engraçado e da ficção, possibilita a liberação dos primeiros elos
que prendem e bloqueiam a criatividade (GOMES, 2001, p. 113).
Coisas e situações engraçadas ajudam a criar um clima agradável e leve na sala-
de-aula, um ambiente nem sempre descontraído. O humor tende a fazer com que
as ideias fluam com mais naturalidade. (GOMES, 2001, p. 114)
11. Considerações
Tendo em vista as qualidades e potenciais da linguagem dos
quadrinhos, torna-se importante a sua valorização, a fim de livrá-la
de preconceitos descabidos e tornar possível sua utilização em
maior escala na área da educação.
12. Referências
EISNER, Will. Narrativas gráficas. 2ª ed. São Paulo, SP: Devir, 2008.
GOMES, Luiz V. N. Criatividade: projeto, desenho, produto. Santa Maria, RS: sCHDs, 2001.
MCCLOUD, Scott. Desvendando os quadrinhos. São Paulo, SP: M. Books do Brasil Editora Ltda, 2005.
MENDONÇA, Márcia R. de S. Ciência em quadrinhos: recurso didático em cartilhas educativas.
Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Artes e Comunicação. Departamento de Letras. Programa
de pós-graduação em letras. 2008.
SANTOS, Roberto E. dos. A história em quadrinhos na sala de aula. Intercom - Sociedade Brasileira de
Estudos Interdisciplinares da Comunicação, XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Belo
Horizonte, MG, 2003. Disponível em: <http://www.intercom.org.
br/papers/nacionais/2003/www/pdf/2003_NP11_santos_roberto.pdf> Acessado em 31 de janeiro de 2013.
13. Potenciais da Linguagem dos
Quadrinhos como Ferramenta
Educacional
Fernando Busch
Pós-graduando em Design e Gestão de Marca (Branding) pela Unochapecó, Chapecó, SC. Bacharel
em Design pela Universidade Luterana do Brasil, Carazinho, RS.
31 de janeiro de 2013