Material elaborado para o MBA em Construção Civil, com informações sobre a política habitacional brasileira, o déficit habitacional, o sistema financeiro habitacional e imobiliário, crédito imobiliário, recuperação de crédito, finanças e algumas anotações sobre direito imobiliário
3. 3
Quem sou eu?
Prof. Milton Henrique do Couto Neto
miltonhenrique@mhempresarial.com
MBA em Gestão Empresarial, UVV
MBA em Marketing Empresarial, UVV
Mestrado Acadêmico em Administração, UFES
Pós-MBA em Inteligência Empresarial, FGV
http://lattes.cnpq.br/8394911895758599
https://br.linkedin.com/in/miltonhenrique
Administrador (Estácio) e Engenheiro Mecânico (UFF)
5. Disciplinas Lecionadas na
Graduação
Administração de Materiais
Economia da Engenharia
Economia Empresarial
Empreendedorismo
Engenharia de Manutenção e
Confiabilidade
Engenharia de Métodos
Fundamentos da Administração
Gestão de Marketing
Gestão de Processos e Empresas
Gestão de Vendas
Gestão Financeira e Orçamentária
Marketing de Relacionamento
Matemática Básica
Matemática Financeira
Novas Abordagens em
Administração
Planejamento Estratégico da
Produção
Plano de Negócios
Tópicos Especiais em Administração
5
6. Disciplinas Lecionadas na
Pós-Graduação
Avaliação de Empresas e
Gestão de Investimentos
Comportamento do
Consumidor
Consultoria de RH
E-commerce e Marketing
Digital
Endomarketing e Comunicação
Corporativa
Estratégia Competitiva de
Preços
Estudo de Viabilidade
Econômico Financeira
Formação do Preço de Venda
no Varejo
Gestão de Tesouraria
Marketing Competitivo,
Criatividade e Inovação
Pesquisa de Marketing
Teoria do Desenvolvimento
Organizacional
6
13. Ementa
Financiamento de imóveis
Alienação fiduciária de bem imóvel
Formas de Aquisição da Propriedade Imóvel e Móvel
Sistema Financeiro de Habitação
Programas de Financiamento
Contratos
Contratos em espécie I
Contratos em espécie II
Formalização de contratos imobiliários
13
14. Agenda
14
Data Unidade Assunto
29/06 – Sexta 1 A Questão do Déficit Habitacional
30/06 – Sábado 2 Introdução ao Crédito Imobiliário
30/06 – Sábado 3 Finanças em Crédito Imobiliário
21/07 – Sexta 4 Recuperação de Crédito
22/07 – Sábado 5 Análise Jurídica de Contratos Imobiliários
22/07 – Sábado 6 Apresentação de Trabalhos
15. Apresentação de Trabalhos
Trabalho em grupo
Pesquisa mais aprofundada em algum artigo acadêmico sobre um dos
temas visto em aula ou tema pertinente a Políticas e Modelos de
Financiamento
Apresentação em sala e debate
mínimo 15 minutos e máximo de 30 minutos
Avaliação
40% da nota sobre material apresentado
40% da nota sobre apresentação oral
20% da nota sobre debates com a turma
15
17. Chegada da Família Real ao Rio
Comitiva com 15.000
pessoas
Não havia estrutura para
todos
Cerca de 10.000 casas
foram pintadas com P.R, de
Príncipe Regente
A população entendia
como Ponha-se na Rua
17
1808
18. Breve Histórico da Política
Habitacional
O crescimento desordenado das cidades nas primeiras décadas do século
XX, por conta do aumento da demanda por mão-de-obra
Solução espontânea para esse rápido crescimento demográfico foram as
“habitações coletivas”, os cortiços
As classes de renda mais elevadas mobilizaram-se para a retirada dos
cortiços dos bairros centrais para zonas periféricas, dando origem as favelas
Utilização de crédito privado para questões de moradia até a década de 60
18Fonte FGV – Crédito Imobiliário no Brasil: A caracterização e desafios
Disponível em: https://www.abecip.org.br/download?file=trabalho-fgv.pdf
19. Breve Histórico da Política
Habitacional
Surge, pela lei 4.380, de 1964, o Sistema Financeiro de Habitação (SFH)
Entre 1965 e 1980, o número de unidades habitacionais financiadas
passou de 8 mil por ano, em 1964, para 627 mil, em 1980
Entre 1980 e 1990 o sistema vive uma crise causada por elevada
inadimplência, por conta do arrocho salarial, perda de poder aquisitivo,
elevação dos juros e inflação galopante
Extinção do BNH em 1986
19Fonte FGV – Crédito Imobiliário no Brasil: A caracterização e desafios
Disponível em: https://www.abecip.org.br/download?file=trabalho-fgv.pdf
20. Construção Civil como Motor
para Geração de Emprego
A produção habitacional era, em 1964, e
continua sendo, hoje, motor para a geração
de emprego e para a dinamização da
economia
20
Questão
Social
Questão
Financeira
21. Problema Social
A carência de moradias ainda é
uma das questões sociais mais
graves do país e não evoluiu na
mesma direção da oferta de crédito
21Fonte FGV – Crédito Imobiliário no Brasil: A caracterização e desafios
Disponível em: https://www.abecip.org.br/download?file=trabalho-fgv.pdf
O déficit habitacional de 2005 somou 7,8 milhões de moradias,
correspondendo a 14,7% do total de domicílios do país.
Fonte: FGV Projetos (2006)
22. Déficit Habitacional
22
Déficit Qualitativo = 11,3 mi
Falta de moradias em condições de
habitabilidade
Déficit Quantitativo = 6,1 mi
Falta de moradias em quantidade
Fonte: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/538499/Cidadania_622.pdf?sequence=1
Déficit Total de Moradias = 17,4 milhões
23. Crescimento Desordenado
Entre 1950 e 2000, a população urbana
brasileira vivendo em cidades com mais de
20 mil habitantes cresceu de 11 milhões
para 125 milhões
23Fonte: https://www.usjt.br/arq.urb/numero_01/artigo_05_180908.pdf
24. Déficit Urbano de Moradias
O déficit é
imensamente
maior nas classes
mais pobres
24Fonte: https://www.usjt.br/arq.urb/numero_01/artigo_05_180908.pdf
25. Evolução do preço dos imóveis
comparado à evolução da massa salarial
no Brasil
25
Fonte: FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO NO BRASIL: Uma análise histórica compreendendo o período de 1964 a
2013, norteada pelo arcabouço teórico pós-keynesiano e evolucionário. Ewerton Gouveia Ferreira Pinto
Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/eed/article/download/21103/pdf
26. Especulação Imobiliária
26
1/3 dos espaços
para construção
mantém-se vagos
na expectativa de
valorização
Fonte: http://www.ub.edu/geocrit/-xcol/158.htm
27. Capacidade de Financiamento
27
“Estima-se que apenas
20% da população que
necessita de habitação
têm possibilidade de
pagá-la e que os 80%
restantes, além da
ausência da renda, não
apresentam o perfil para
assumir os
financiamentos
existentes”20% 80%
Fonte: http://www.ub.edu/geocrit/-xcol/158.htm
28. Ocupação Irregular X Ilegal
Ocupação Ilegal
são as que os possuidores não têm o título de propriedade ou de posse do
imóvel
Ocupação Irregular
são as que não tem aprovação do município para sua ocupação, ou seja, em
geral não atende os padrões urbanísticos previstos nas leis de uso e
parcelamento do solo urbano
28Fonte: http://www.ub.edu/geocrit/-xcol/158.htm
29. Estima-se que
apenas a cidade
do Rio de Janeiro
contenha 700
favelas
29Fonte: http://www.ub.edu/geocrit/-xcol/158.htm
30. População Favelada em São Paulo
30
1970 = 1% da população 2000 = 20% da população
Fonte: https://www.usjt.br/arq.urb/numero_01/artigo_05_180908.pdf
31. BNH (1964 a 1986)
Financiou 4,5 milhões de unidades residenciais, o que
representou 24% de todo o mercado habitacional
produzido na época
Visava estimular comportamentos conservadores dos
novos adquirentes da casa própria. Segundo o ministro
Roberto Campos no discurso de criação do BNH
“proprietário não se mete em arruaça!”
Visava também ocupar em trabalho pouco qualificado,
os significativos fluxos de migrantes de baixa
escolaridade no mercado de trabalho urbano
31Fonte: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rfduerj/article/view/1375/1165
Acabou se
tornando
prioridade
para o
governo
militar!
32. BNH (1964 a 1986)
A inflação galopante do fim do governo militar afetou a renda dos trabalhadores,
que não acompanhou a desvalorização monetária, com impacto na sua capacidade
de arcar com o financiamento à moradia
Alta inadimplência
Para solucionar, atrelaram o reajuste do imóvel ao reajuste salarial
Criaram o FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais) que deveria ser
quitado ao fim do contrato, mas que terminou com um enorme rombo financeiro
32
O BNH foi extinto em 1986 sem acabar com o problema da falta de moradia no Brasil
Fonte: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rfduerj/article/view/1375/1165
33. Minha Casa Minha Vida
Programa criado em 2009 para fomentar o crescimento imobiliário
(PAC) para famílias carentes e minimizar o déficit habitacional
Taxas de juros reduzidas e condições facilitadas
Encontra-se em sua 3ª versão (lançada no início de 2017)
No Distrito Federal, em São Paulo e no Rio de Janeiro valor máximo do
imóvel de R$ 240 mil
Já nas capitais do Norte e do Nordeste o teto limite é de R$ 180 mil
Carência de até 24 meses para imóveis adquiridos na planta
Seguro para casos de desemprego e problemas de saúde
33Fonte: http://www.politize.com.br/minha-casa-minha-vida-entenda/
34. Minha Casa Minha Vida
FAIXA 1
são as famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil.
Prazo de até 120 meses
Prestações mensais que variam de R$ 80,00 a R$ 270,00
A garantia para o financiamento é o próprio imóvel a ser adquirido
Maior parte do valor do imóvel é financiada pelo governo
34Fonte: http://www.politize.com.br/minha-casa-minha-vida-entenda/
35. Minha Casa Minha Vida
FAIXA 1,5
Famílias com renda mensal até R$ 2.600,00
Taxa de juros de 5% ao ano
Prazo de pagamento de até 30 anos
Subsídios do governo de até R$ 47.500,00
35Fonte: http://www.politize.com.br/minha-casa-minha-vida-entenda/
36. Minha Casa Minha Vida
FAIXA 2
Famílias com rendimento mensal até R$ 4 mil
Taxa de juros anual variando de 5,5,% a 7% ao ano
Subsídios de até R$ 29.000,00
Prazo de financiamento até 30 anos
36Fonte: http://www.politize.com.br/minha-casa-minha-vida-entenda/
37. Minha Casa Minha Vida
FAIXA 3
Famílias com renda mensal de até R$ 9 mil mensais
Prazo de até 30 anos
Para renda entre R$ 4 mil e R$ 7 mil, taxa de juros de 8,16% ao ano
Para renda entre R$ 7 mil e R$ 9 mil, taxa de juros de 9,16% ao ano
37Fonte: http://www.politize.com.br/minha-casa-minha-vida-entenda/
38. Minha Casa Minha Vida
RESULTADOS
Consta do 6º Balanço do PAC (2015-2018) que, até dez / 2017:
Foram contratadas mais de 5,04 milhões de moradias, em 96% dos municípios brasileiros
Foram entregues mais de 3,68 milhões de unidades habitacionais a 12 milhões de pessoas
Já foram desembolsados R$ 398,5 bilhões pela União, desde 2009, com
o PMCMV
38
Fonte: http://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/estudos/2017/InformativoAvaliacaoPoliticasPublicasPMCMV_WEB.pdf
Fonte: http://www.pac.gov.br/pub/up/relatorio/11fbe9b2f7cbecb3ec5c1f9f67b5f3be.pdf
39. Minha Casa Minha Vida
RESULTADOS – FAIXA 1 (até R$ 1.800,00)
Em 2017, na Faixa 1, foram contratadas 22.180 UH, entregues 108.607
UH
Para o biênio 2017/2018, visando a retomada do crescimento
econômico, as metas foram atualizadas: contratação de 150 mil UHs e a
entrega de 200 mil UHs na Faixa 1.
39Fonte: http://www.pac.gov.br/pub/up/relatorio/11fbe9b2f7cbecb3ec5c1f9f67b5f3be.pdf
42. Crédito Imobiliário no Brasil e
no Mundo
42
País
Crédito Imobiliário /
PIB
Inglaterra 75%
EUA 68%
Alemanha 45%
Espanha 45%
França 28%
Chile 20%
Brasil 2%
Fonte: BACEN
Disponível em: http://www.bcb.gov.br/pre/credito_imobiliario/pdf/3%20-
%20Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20O%20CR%C3%89DITO%20IMOBILI%C3%81RIO%20NO%20BRASIL%20Sr%20Iorio.pdf
43. Crédito Imobiliário no Mundo
As taxas de juros do crédito imobiliário privado são aproximadamente:
43
5% a.a.
3% a.a.
12% a.a.
Fonte: BACEN
Disponível em: http://www.bcb.gov.br/pre/credito_imobiliario/pdf/3%20-
%20Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20O%20CR%C3%89DITO%20IMOBILI%C3%81RIO%20NO%20BRASIL%20Sr%20Iorio.pdf
Por serem financiamentos de longo prazo
são muito sensíveis a taxa de juros
44. Fontes de Recursos no Brasil
FGTS = R$ 156 bi
Poupança = R$ 173 bi
CRI = R$ 5 bi
= R$ 328 bi
44
13% do PIB
Valores de dezembro de 2006
Fonte: BACEN
Disponível em: http://www.bcb.gov.br/pre/credito_imobiliario/pdf/3%20-
%20Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20O%20CR%C3%89DITO%20IMOBILI%C3%81RIO%20NO%20BRASIL%20Sr%20Iorio.pdf
45. Comparação dos Modelos
SFH
O valor de avaliação do imóvel não poderá
ultrapassar R$ 950 mil se ele estiver localizado
nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo e Distrito Federal. Nos demais estados, esse
valor máximo deve ser de R$ 800 mil;
A concessão do financiamento chegará, no
máximo, ao teto de R$ 760 mil, ou seja, mesmo
que o seu imóvel custe R$ 950 mil, o máximo que
você conseguirá financiar serão esses R$ 760 mil;
O valor mensal das parcelas não poderá
comprometer mais do que 30% da renda bruta;
O prazo máximo de quitação da dívida é de 35
anos, ou 420 meses;
O contratante deve ser exclusivamente pessoa
física;
Taxa máxima de juros de 12%a.a.
SFI
Não existe valor máximo de avaliação do imóvel;
O valor concedido de financiamento pode
chegar a 90% do valor do imóvel financiado;
Não há limite de renda comprometida, ou seja,
você poderá pagar parcelas mais altas e quitar o
financiamento em menos tempo;
Nesse caso, a compra do imóvel pode ser
feita por meio de pessoa física como de pessoa
jurídica;
O prazo de quitação máximo também é de 35
anos, ou 420 meses;
A taxa de juros é variável, podendo ultrapassar
os 12% ao ano do SFH.
45
46. Sistema Financeiro Habitacional
Os recursos do SFH provém
o Orçamento Geral da União (OGU), que abastece o Fundo de Arrendamento
Residencial (FAR);
os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
os recursos da poupança, por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e
Empréstimos (SBPE)
46
FGTS POUPANÇA
• Instituído em 1967 e regido pela Lei no
8.036, de 1990
• Contribuição compulsória de patrões e
empregados
• Remuneração 3%a.a. + T.R.
• Capta recursos voluntários
depositados pelas famílias
• Os bancos tem obrigação de aplicar
65% no financiamento imobiliário,
sendo 80% no SFH
Fonte: IPEA
Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/radar/171213_radar_54_cap_03.pdf
47. São Integrantes do SFH
Bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário
Caixas econômicas
Sociedades de crédito imobiliário
Associações de poupança e empréstimo (Ex. Poupex do Exército)
Companhias de habitação, as fundações habitacionais
Institutos de previdência
Companhias hipotecárias
Carteiras hipotecárias dos clubes militares e Caixas militares.
47
48. Recursos do SFH
Poupança Voluntária (Caderneta de Poupança)
Poupança Compulsória (FGTS)
48
6% a.a. + T.R.
70% da SELIC + T.R., sempre que
a SELIC ≤ 8,5% a.a.
Conta FGTS
Mensalmente entra
8% do salário
Rende 3% a.a.
49. Agente Operador do FGTS
Centralizar os recursos do FGTS, manter e controlar as contas vinculadas, e emitir regularmente os extratos
individuais correspondentes às contas vinculadas e participar da rede arrecadadora dos recursos do FGTS
Aplicar os recursos do FGTS de acordo com as diretrizes do Conselho Curador
Expedir atos normativos referentes aos procedimentos administrativo-operacionais dos bancos depositários,
dos agentes financeiros, dos empregadores e dos trabalhadores, integrantes do sistema do FGTS
Definir os procedimentos operacionais necessários à execução dos programas de habitação popular,
saneamento básico e infraestrutura urbana, estabelecidos pelo Conselho Curador com base nas normas e
diretrizes de aplicação elaboradas pelo Ministério da Ação Social
Elaborar as análises jurídica e econômico-financeira dos projetos de habitação popular, infraestrutura
urbana e saneamento básico a serem financiados com recursos do FGTS
Emitir Certificado de Regularidade do FGTS
Elaborar as contas do FGTS, encaminhando-as ao Ministério da Ação Social
Implementar os atos emanados do Ministério da Ação Social relativos à alocação e aplicação dos recursos do
FGTS, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Curador
Garantir aos recursos alocados ao FI-FGTS, em cotas de titularidade do FGTS, a remuneração aplicável às
contas vinculadas, na forma do caput do art. 13 desta Lei.
49
50. Problema com o Direcionamento
Obrigatório do Crédito – SFH
Os bancos tem obrigação de aplicar 65% da
Poupança no financiamento imobiliário,
sendo 80% no SFH, limitado a 12% a.a.
50
Não é interessante para os bancos privados
Aumento da taxa de juros
em outras opções de
crédito
Queda % do Crédito
Imobiliário / Crédito Total
51. Sistema Financeiro Imobiliário
O SFI foi criado pela Lei no 9.514, de 1997
O SFI é um programa de securitização de crédito que capta recursos no
mercado de títulos a taxas livremente negociáveis, por meio de
certificados, letras e cédulas
O SFI não tem restrição de atendimento e cobre empreendimentos
residenciais ou comerciais
51
Fonte: IPEA
Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/radar/171213_radar_54_cap_03.pdf
52. Sistema Financeiro Imobiliário
Lei 10.931, de agosto de 2004 → SEGURANÇA JURÍDICA
• Introdução da Alienação Fiduciária
• Introdução do Patrimônio de Afetação
• Patrimônio próprio para cada empreendimento, com contabilidade própria
• Os direitos, deveres e bens não se comunicam com os do incorporador-construtor
• o aperfeiçoamento da legislação que regula a Letra de Crédito Imobiliário e
Cédula de Crédito Bancário
52Fonte FGV – Crédito Imobiliário no Brasil: A caracterização e desafios
Disponível em: https://www.abecip.org.br/download?file=trabalho-fgv.pdf
53. Entidades do SFI
Caixas econômicas
Bancos comerciais
Bancos de investimento
Bancos com carteira de crédito imobiliário
Sociedades de crédito imobiliário
Associações de poupança e empréstimo
Companhias hipotecárias
As companhias securitizadoras
53
54. Operações no SFI
As operações de financiamento imobiliário em geral, no âmbito do SFI,
serão livremente pactuadas pelas partes, observadas as seguintes
condições essenciais (IMPORTANTE!):
Reposição integral do valor emprestado e respectivo reajuste
Remuneração do capital emprestado às taxas convencionadas no contrato
Capitalização dos juros
Contratação, pelos tomadores de financiamento, de seguros contra os riscos
de morte e invalidez permanente (seguro prestamista).
54
55. Securitização
É o processo realizado pelas Companhias Securitizadoras que
adquirem Créditos Imobiliários para lastrearem títulos imobiliários
(Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRIs) que serão negociados no
Mercado de Capitais.
55
Devedor Credor
Cia. Securitizadora
Mercado
Financeiro
InvestidoresC.R.I.
56. Certificados de Recebíveis
Imobiliários – CRIs
São títulos de renda fixa de longo prazo emitidos
exclusivamente por uma companhia securitizadora,
com lastro em um empreendimento imobiliário
que pagam juros ao investidor.
56
57. Certificados de Recebíveis
Imobiliários – CRIs
Investimento de longo prazo com rentabilidade acima dos títulos
públicos;
Isentos de Imposto de Renda (P.F.)
Não garantidos pelo F.G.C. (Fundo Garantidor de Crédito)
Garantidos pelos imóveis financiados
Substitui os investimentos imobiliários, reduzindo os custos
administrativos de vacância e reformas
57
58. Alienação Fiduciária
A alienação fiduciária se caracteriza pela transferência, ao credor, da
propriedade do bem garantidor, ficando o devedor com a simples posse
direta, ou seja, o contato e a utilização direta do bem
Na prática, o devedor continua utilizando um bem que não mais lhe
pertence. Uma vez paga a dívida, o devedor, automaticamente, volta ser
o proprietário da garantia
Na hipótese de não pagamento do débito, o credor, titular do bem,
poderá, rapidamente, reaver a posse direta das mãos do devedor e
efetuar a execução da garantia, alienando-a
58
59. Alienação Fiduciária
59
Cliente (fiduciante) vai até o banco e faz um financiamento
imobiliário
Esse imóvel financiado serve como garantia para o banco
(fiduciário)
A propriedade do imóvel é transferida para o credor/banco
(fiduciário) até que o cliente quite o seu financiamento
O cliente/devedor (fiduciante) tem a posse e pode utilizar
o imóvel durante o financiamento
Após quitar o financiamento a propriedade do imóvel
também passa a ser do cliente
60. Não pagando a
Alienação Fiduciária
60
Cliente (fiduciante) vai até o banco e faz um financiamento
imobiliário
Esse imóvel financiado serve como garantia para o banco
(fiduciário)
A propriedade do imóvel é transferida para o credor/banco
(fiduciário) até que o cliente quite o seu financiamento
O cliente/devedor (fiduciante) tem a posse e pode utilizar
o imóvel durante o financiamento
Após quitar o financiamento a propriedade do imóvel
também passa a ser do cliente
O banco leiloa o
imóvel e quem
comprar despeja
o antigo cliente
61. Inadimplência na
Alienação Fiduciária
No caso de vencimento da dívida e falta de pagamento por
parte do devedor (inadimplência), ocorrerá a propriedade
plena em nome do credor (fiduciário/banco)
61
Oficial do
Registro de
Imóveis
Intima para pagamento em 15 dias
Cliente
fiduciante
Não paga
Oficial do
Registro de
Imóveis
Promove o registro, na
matrícula do imóvel,
consolidando a
propriedade em nome do
fiduciário/credor
63. Patrimônio de Afetação
O Patrimônio de Afetação é a segregação
patrimonial de bens do incorporador para
uma atividade específica, com o intuito de
assegurar a continuidade e a entrega das
unidades em construção aos futuros
adquirentes, mesmo em caso de falência
ou insolvência do incorporador
Ressalta-se, contudo, de que não há
garantia de que a obra será executada,
mas sim de que há um patrimônio
reservado para tal finalidade
63
CNPJ 1
CNPJ 2
CNPJ 3 CNPJ 4
1 mesma
Construtora ou
Incorporadora
66. Multiplicador Bancário
66
Superavitário Deficitário
Aplica $ 10 Empresta $ 10
E se o agente superavitário quiser seu
dinheiro de volta? O banco tem pra devolver?
SIM! O banco trabalha com dinheiro
“virtual” que é “multiplicado” n vezes!
67. Acordos da Basiléia
Os Acordos de Basiléia são um conjunto de acordos bancários
firmados entre vários bancos centrais de todo o mundo para prevenir
o risco de crédito criando exigências mínimas de reserva de capital
Os bancos estão submetidos ao risco de descasamento, quando o
volume de saques torna-se impossível de ser atendido por conta dos
empréstimos que a instituição concedeu com o dinheiro dos clientes
67
Basiléia I – 1988
Basiléia II – 2004
Basiléia III – 2008
Objetivo: Prover segurança e solidez às instituições
bancárias, aos seus clientes e à economia mundial
Resultado: Significaram maior transparência,
liquidez e credibilidade ao sistema financeiro.
69. Crise de 2008
O Juros dos USA estava em torno de 1% ao ano
Alguns bancos resolveram emprestar dinheiro para pessoas com histórico ruim
de crédito em busca de maiores retornos
E passaram a emprestar dinheiro a clientes de segunda linha (subprime), que
deixavam seus imóveis em garantia
Os bancos vendiam títulos garantidos nas hipotecas dessas residências
Com a queda do valor dos imóveis, muitos títulos ficaram “podres”, sem valor
algum
69
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/academico/a-bolha-imobiliaria-americana-de-2008-e-o-mercado-imobiliario-
brasileiro-hoje/98576/
70. Crise de 2008
Clientes ninja
70
No income, no job, no assets
Sem renda, sem trabalho, sem patrimônio
72. Crise de 2008
Redução brusca dos investimentos estrangeiros
Crise de liquidez
Movimento de compra e fusão entre empresas do setor
Queda do valor patrimonial e desequilíbrio das empresas
Venda de ativos para reequilibrar o caixa
Suspensão de novas operações
Redução na transação de terrenos e lançamentos
Racionalização de custos e demissões
72
73. Assim, no Brasil...
73
Anúncios de investimentos de R$ 503,9 bilhões até 2010
Mais de 100 investimentos prioritários em rodovias,
hidrovias, ferrovias, portos, aeroportos, saneamento e
recursos hídricos
75. Brasil, sendo Brasil
75
Fonte: https://www.terra.com.br/esportes/futebol/copa-2018/copa-da-russia-chegou-e-brasil-
ainda-nao-terminou-41-obras-de-2014,bfb354a8a4a3bf4c93c5d81f759c0336k9q83cbn.html
77. Juros
Para quem empresta, é o ressarcimento pelo
período que esse ficou sem o recurso
Para quem toma emprestado, é o custo do
recurso que foi tomado emprestado
77
78. Taxa de Juros
É a velocidade com que os juros aumentam
Por exemplo
10%a.a. = cresce 10% ao ano
15%a.a. = cresce 15% ao ano (cresce mais rápido!)
78
É obrigatório ter a
unidade de tempo
a.d. = ao dia
a.m. = ao mês
a.t. = ao trimestre
a.s. = ao semestre
a.a. = ao ano
79. Juros Simples
Em Juros Simples, o juros de cada período é sempre
calculado sobre o montante inicial somente!
79
81. Juros Compostos
Em Juros Compostos, o juros de cada período é sempre
calculado incorporando o juros do período anterior ao saldo
devedor = Juros sobre Juros!
81
t
83. Juros Pré e Pós Fixados
No Juros Pré-Fixado se sabe antecipadamente a taxa de
juros que incidirá na operação de crédito e/ou investimento
Independentemente do que ocorrer no futuro, a taxa de juros
não será alterada
No Juros Pós-Fixado o montante somente é conhecido ao
final da operação de crédito e/ou investimento
Normalmente esses juros estão atrelados a algum outro índice
(Inflação, Dólar, CDI, etc.)
83
84. Juros de Mora
Juros de mora é uma taxa percentual sobre o atraso do
pagamento de um título de crédito em um determinado
período de tempo
Os juros de mora são a pena imposta ao devedor pelo
atraso no cumprimento de sua obrigação
84
85. Custo Efetivo Total (CET)
O CET engloba todos os custos do financiamento:
juros da operação
prêmios de todos os seguros inclusos
tarifa mensal de serviços administrativos
tarifa de avaliação de garantias
impostos, quando aplicáveis
85
86. Custo Efetivo do Seguro
Habitacional (CESH)
Representa o valor total referente à contratação dos
seguros necessários à concessão de financiamentos
habitacionais que disponha de:
cobertura securitária dos riscos de morte e invalidez
permanente
de danos físicos ao imóvel
86
Valor já incluso no CET!
Apenas para comparar as diversas propostas de seguro.
87. Seguros Exigidos
Seguro de morte e invalidez permanente – MIP
Trata-se de uma proteção contra o risco de crédito por parte do tomador do crédito
Limite Máximo de Garantia (LMG) do MIP é o valor do saldo devedor do financiamento
Seguro de Danos Físicos ao Imóvel – DFI
Cobre acidentes de causa externa que causem danos parciais ou totais à edificação
Limite Máximo de Garantia (LMG) do DFI é o valor do imóvel que está sendo segurado
Seguro de Responsabilidade Civil do Construtor – RCC
cobertura por danos pessoais ou materiais a terceiros, em consequência de execução da
obra, beneficiando o construtor
87
As Instituições Financeiras são obrigadas a apresentar, pelo menos, 2 cotações dos seguros
citados acima. Com os orçamentos, a escolha deve ser feita pelo tomador do crédito
89. Sistemas de Amortização
Empréstimo de R$ 1.000 para pagar em 4X de R$ 300,00 cada
89
Opção A:
Opção B:
Opção C:
Principal Principal Principal Principal
Principal Principal Principal Principal
Principal Principal Principal Principal
Juros = 50 Juros = 50 Juros = 50 Juros = 50
Juros =200
Juros = 200
90. Sistemas de Amortização
Sistema de Amortização Constante (Tabela SAC)
Amortizações são constantes
As parcelas são decrescentes
Juros decrescentes
Saldo devedor decrescente
90
99. Sistemas de Amortização
Sistema de Amortização Crescente (Tabela SACRE)
É uma mistura do Sistema Price e do SAC
O valor pago como prestação irá subir em um determinado intervalo de
tempo, até chegar a um determinado ponto máximo, a partir do qual
passará a diminuir
As amortizações vão subindo com o passar do tempo e os juros caindo
Prestações recalculadas a cada 12 meses
99
102. Inadimplência
O Brasil possui cerca de 60
milhões de inadimplentes
(mar/2016)
De 2012 até 2016 um
aumento de 10 milhões de
inadimplentes
Inadimplência média de
5,7% em abril de 2016
102
103. Inadimplência
A maior parcela (19,1%) está
entre 41 e 50 anos (mar/2016)
Em seguida, os jovens entre 18
e 24 anos (15,7%) = 9,4 milhões
pessoas (mar/2016)
No primeiro quadrimestre de
2017, quase a metade dos
brasileiros (48%) entre 18 e 65
anos de idade tinham alguma
dívida com pagamento atrasado
103
105. Se está tão difícil fazer novas
vendas, conseguir novos clientes,
então vamos correr atrás do nosso
dinheiro que está na rua!
105
106. Mas se a
inadimplên
cia está tão
grande,
qual será o
meu
sucesso na
cobrança?
Por que eu
devo cobrar
agora, num
momento tão
difícil de ter
resultado?
106
107. 1ª Regra da Cobrança
Recebe primeiro
quem cobra
primeiro!
108. 2ª Regra da Cobrança
Recebe melhor
quem cobra
melhor!
109. Antes: COBRANÇA
Há uma preocupação em restabelecer o
crédito para que o cliente possa continuar
comprando, consumindo, ou seja,
continue cliente!
Hoje: RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO
109
111. Art. 5º Todos são iguais perante
a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida,
à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
LXVII - não haverá prisão civil
por dívida, salvo a do
responsável pelo
inadimplemento voluntário e
inescusável de obrigação
alimentícia e a do depositário
infiel;
112. • Art. 188
Não constituem atos ilícitos
• I – os praticados em legítima
defesa ou no exercício regular de
um direito reconhecido...
• Art. 153
Não se considera coação a
ameaça do exercício normal de
um direito...
Direitos do Credor
113. Art. 189. Violado o direito, nasce
para o titular a pretensão, a qual
se extingue, pela prescrição, nos
prazos a que aludem os arts. 205
e 206.
Art. 205. A prescrição ocorre em
dez anos, quando a lei não lhe
haja fixado prazo menor.
Art. 206. Prescreve:
§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de
dívidas líquidas constantes de
instrumento público ou
particular;
114. Diferença entre Prescrição e Decadência
Prescrição é a perda de uma
pretensão de exigir de alguém um
determinado comportamento; é a
perda do direito à pretensão em
razão do decurso do tempo.
Decadência é a perda de um
direito que não foi exercido pelo
seu titular no prazo previsto em
lei; é a perda do direito em si, em
razão do decurso do tempo.
115. Lei 9.492/97 - Art. 1
Protesto é o ato formal pelo qual se prova a
inadimplência e o descumprimento de obrigação
originada em títulos e outros documentos de dívida
Protesto Pague
Já!
116. Efeitos do Protesto
Jurídicos:
➢ mora do devedor (juros);
➢ direito de regresso (avalistas e fiadores).
Coercitivos e punitivos: (mais eficazes)
➢ ônus do inadimplemento;
➢ não obtém crédito;
➢ proibido de licitar;
➢ mau pagador.
116
117. Diferença entre Negativação e Protesto
Negativação Protesto
Serasa, SCPC, CDL Tabelionato de Protesto
“Limpa” com 5 anos “Não Limpa” com 5 anos
Não Interrompe a Prescrição Interrompe a Prescrição
Instituição Privada Instituição Pública
Mais Consultas Menos Consultas
118. Lei 8.078/90
Capítulo V – Das Práticas Comerciais
SEÇÃO V
Da Cobrança de Dívidas
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será
exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de
constrangimento ou ameaça.
...
Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de débitos
apresentados ao consumidor, deverão constar o nome, o endereço e o
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ou no
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ do fornecedor do produto
ou serviço correspondente. (Incluído pela Lei nº 12.039, de 2009).
119. Lei 8.078/90
Capítulo VII – Das Sanções Administrativas
Título II – Das Infrações Penais
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação,
constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas
ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que
exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou
interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:
Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
121. Elaboração da Estratégia
Régua de Cobrança
Dias de Atraso
Envio de SMS
informando não
identificar
pagamento
Vencimento do
Boleto Telefonema
informativo: não
identificamos o
pagamento
Envio de SMS e E-
mail informando
que irá encaminhar
para cobrança
Início da
Cobrança
121
123. Definição de Posse
Uma espécie de relação especial que liga alguém a uma
coisa, que dá à pessoa a capacidade de exercer poderes
sobre a coisa como se fosse realmente proprietário dela
A aquisição da posse ocorre no momento em que a pessoa
faz uso dos poderes inerentes à propriedade sobre a coisa
123
124. Posse Direta e Indireta
A posse direta vai se caracterizar pelo efetivo exercício de
um poder de usar, dispor ou perceber benefícios sobre uma
determinada coisa ou bem, na qualidade de dono
Enquanto a posse indireta é aquela em que a pessoa,
apesar de não poder fazer uso imediato e direto da coisa,
ainda guarda algum tipo de relação com ela por possuir
poderes inerentes à propriedade (Ex. contrato de locação)
124
125. Posse de Boa-Fé e Posse de
Má-Fé
A posse de boa-fé é aquela em que o possuidor ignora o
obstáculo que impede a aquisição da coisa
A posse de má-fé é aquela em que a pessoa possui
conhecimento dos vícios que macule a aquisição da coisa
125
126. Definição de Propriedade
O direito real, que recai sobre um bem móvel ou imóvel,
que possibilita o proprietário usar, gozar e dispor da coisa e
de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a
possua ou detenha, nos termos da lei
126
127. Espécies de Propriedade
A propriedade será plena quando o proprietário possua todos os documentos
necessários que comprovem a aquisição do bem
A propriedade será restrita quando os direitos ou poderes inerentes à
propriedade estiveram ausentes ou forem limitados, como, por exemplo, o
usufruto e a locação
A propriedade será perpétua, uma vez que não é revogável e não é limitada pelo
tempo
A propriedade será resolúvel, em que no título de sua aquisição consta uma
condição resolutiva, como a retrovenda
127
128. Aquisição da Propriedade
Imóvel
São formas de aquisição da propriedade imóvel:
Registro de imóveis: é a forma de aquisição da propriedade imóvel por excelência,
em que o ato de transmissão (título translativo) é registrado no Cartório de Registro
de Imóveis
Acessão: ocorre a acessão quando “uma coisa se liga a outra por ação humana ou
causa natural. O proprietário da coisa principal adquire a propriedade da coisa
acessória, que se lhe uniu ou incorporou. Como Aluvião, Avulsão e Álveo
Sucessão: é o ato de transmissão dos bens do de cujus (falecido) para seus
herdeiros. A herança será transmitida ao herdeiro ou herdeiros independentemente
de registro imobiliário, porém, existe a necessidade de posterior registro do formal
de partilha
Usucapião: é a aquisição da propriedade pelo exercício da posse como se fosse
dono de modo manso, pacífico e contínuo, por lapso temporal fixado pela lei
128
129. Perda da Propriedade
Alienação: é o ato de entrega da propriedade para outro em razão da realização
de negócio jurídico, como a venda da propriedade imóvel. Para que tenha efeitos
jurídicos, é necessário registro do ato no Cartório de Registro de Imóveis
Renúncia: o proprietário, unilateralmente, abre mão da propriedade da coisa
expressamente
Abandono: também é um ato unilateral em que o proprietário abre mão da coisa,
porém, não é realizado expressamente
Perecimento da coisa: uma vez que a coisa deixa de existir, tem-se por
consequência o desaparecimento de todos os direitos relativos a ela
Desapropriação: ato pelo qual o poder público retira a propriedade de alguém
mediante prévia e justa indenização
129
130. Posse e Propriedade
A posse é um poder de
fato e a propriedade um
poder de direito
130
131. Principais Formas de Aquisição
de um Imóvel
Aquisição de Imóveis por Financiamento
Construção de imóvel através de financiamento imobiliário
Mútuo com garantia imobiliária (Home Equity)
Consórcio
131
132. Para Financiar um Imóvel é
preciso:
Ser brasileiro nato ou naturalizado. Se estrangeiro, possuir visto
permanente no País
Possuir cadastro sem restrições. São exemplos de cadastros
consultados: Serasa, BACEN e Receita Federal
Possuir capacidade econômico-financeira para pagamento da
prestação mensal
Possuir capacidade civil e ser maior de 18 anos. Caso o proponente
tenha entre 16 e 18 anos incompletos, deverá comprovar a
emancipação
132
133. Documentação Básica do
Comprador
Documento oficial de identificação (RG, CNH, etc.)
Comprovação de renda
Comprovante de residência
Comprovante de Estado Civil (Certidão de Casamento, por exemplo)
Certidão negativa de tributos federais
Declaração indicando a profissão.
133
134. Documentação Básica do
Imóvel
Matrícula atualizada
Cópia do contrato de promessa de compra e venda
Comprovação da inexistência de débitos de condomínio (quando for o
caso)
Certidão negativa do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
Avaliação do imóvel realizada por engenheiro credenciado junto à
Instituição Financeira
134
135. Documentos para um Negócio
Seguro
Certidão de Matrícula do Imóvel em nome do vendedor (emitida pelo RGI)
Certidão vintenária atualizada (emitida pelo RGI)
Certidão negativa de tributos municipais (emitida pela prefeitura)
Certidão negativa de multas por muro, passeio e limpeza (emitida pela prefeitura)
Certidão negativa de débitos condominiais (emitida pelo atual síndico do condomínio)
Certidão negativa de protestos de títulos (emitida pelo serviço central de protesto de
títulos)
Certidão negativa cíveis e da fazenda pública em nível estadual e federal (emitida pelos
cartórios distribuidores dos respectivos fóruns)
Certidões negativas trabalhistas (emitidas pelo cartório distribuidor do fórum trabalhista)
Certidões negativas criminais e de execuções criminais (emitidas pelos respectivos
cartórios distribuidores)
135
(1/3)
136. Documentos para um Negócio
Seguro
Certidão atestando se o imóvel está ou não sujeito à área de recuo ou investidura ou se
está sujeito à zona de influência do metropolitano-metrô (emitida pela Secretaria
Municipal de Obras e Serviços Públicos)
Certidão negativa do INSS para os casos em que se obrigam pessoas naturais e jurídicas
(expedida pela repartição previdenciária)
Certidão comprovando que a associação ou sociedade civil se acha formalizada diante do
Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas
Certidão comprovando e regularizando a firma comercial ou sociedade anônima perante
o Registro do Comércio.
Documento legal, se o imóvel estiver alugado, provando a desistência do inquilino quanto
à preferência de aquisição
136
(2/3)
137. Documentos para um Negócio
Seguro
Antes de se lavrar o instrumento, quem o fizer deve verificar a necessidade ou não de
algumas providências, tais como:
a) Averbação da construção
b) Averbação da demolição
c) Averbação da alteração do nome da rua, do número e demolição do imóvel
d) Averbação da reconstrução
e) Averbação de desmembramento
f) Averbação de alteração do nome do vendedor e/ou de seu cônjuge
g) Averbação do estado civil do vendedor e/ou de seu cônjuge
h) Reconhecimento das firmas dos vendedores e testemunha em títulos de instrumento particular
137
(3/3)
138. Análise do Vendedor
PESSOA FÍSICA
Documento oficial de identificação
Declaração indicando a profissão
Comprovante de residência
Comprovante de estado civil atualizado
Certidão Conjunta Negativa de Débitos
relativos a Tributos Federais
PESSOA JURÍDICA
Documento oficial de identificação que
conste foto e filiação dos sócios
representantes da empresa
Certidão Simplificada da Junta Comercial
se for o caso
Contrato Social ou Estatuto Social (com
alterações registradas)
Documento de constituição de firma
individual e, se for o caso, com as
alterações registrados
Certificado de Regularidade do FGTS
Certidão Conjunta Negativa de Débitos
relativos a Tributos Federais
138
139. Formalização do Contrato
Após a análise da proposta é agendado um encontro para
assinatura do contrato
O contrato deve ser registrado no Cartório de Registro de
Imóveis
Deve ser pago o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens
Imóveis)
139
Os recursos ao vendedor só costumam ser liberados após todos os trâmites
140. Registro do Imóvel
O Oficial de Registro de Imóveis é o responsável pelos seguintes atos:
Registro: É o cadastro de propriedade imóvel e por ele se constituem,
se alteram e se extinguem os direitos reais. Estabelece o direito de
propriedade e retrata a situação jurídica do imóvel
Averbação: é o lançamento de todas as ocorrências que, por qualquer
modo, alterem o registro
Matrícula: é a especialização do imóvel
140
141. Efeitos do Registro
Os atos do Registro de Imóveis produzem efeitos importantes, como:
Forma de aquisição de um imóvel com o registro do título de
transferência, operando sempre a validade contra terceiros. Somente
quem pode fazer este registro é o dono do imóvel
O modo de se constituírem e transferirem os direitos reais, tanto os de
gozo quanto os de garantia, sobre imóveis alheios
Com a averbação na folha de matrícula ou o competente registro,
pode ser determinada a extinção do respectivo direito real
O registro garante a existência dos direitos reais e do domínio sobre o
imóvel, ressalvando-se os direitos de terceiros
141