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FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA EXPERIMENTAL
                        PASSO 2 - Descrição de Eventos Ambientais e Comportamentais

Objetivos: Definir, identificar e dar exemplos de: 1) Eventos ambientais: antecedentes e conseqüentes; internos e
externos; públicos e privados; físicos e sociais; e 2) Eventos comportamentais públicos e privados.
    Cotidianamente podemos observar a curiosidade das pessoas pelo que elas mesmas ou outras pessoas fazem.
Freqüentemente nos interessa saber o que alguém fez, o que fará amanhã ou o que faria em uma situação específica.
Raramente, entretanto, nos perguntamos por quê nós mesmos, ou outras pessoas, fazemos isso ou aquilo. Em outras
palavras, raramente tentamos estabelecer relação entre o que estamos fazendo (comportamento) e os eventos
ambientais (antecedentes1 ou conseqüentes ao nosso comportamento) que nos afetam. Por falar nisso, por que será
que você está lendo este texto agora? Se você se empenhar um pouco em responder a essa pergunta provavelmente
poderá identificar algumas relações entre o que você está fazendo e eventos ambientais antecedentes e conseqüentes.
Em outras palavras, você estará iniciando uma análise de seu próprio comportamento. Mesmo que você inicialmente
responda “porque eu gosto”, ainda seria necessário completar a resposta explicando o que exatamente lhe agrada no
texto e o que o levou a gostar desses elementos que estão presentes nele. Quando você lê o que acontece? Você lê em
qualquer lugar e qualquer coisa? Você consegue descrever os efeitos que o ler produz tanto nas suas relações sociais
agora quanto no seu mundo “privado”? O fato de você estar lendo esse texto agora tem alguma coisa a ver com o que
você conversou e ouviu na sala de aula e com o fato de que em breve será avaliado no que diz respeito a sua
compreensão sobre os conceitos aqui tratados?
    Analisar o comportamento é, portanto, selecionar um desempenho de um organismo em particular e procurar suas
relações com o ambiente imediato (físico e social), levando em consideração variáveis históricas, como por exemplo,
a “experiência” que o organismo já teve com aquele tipo de situação em particular e com situações similares. Ao
analisarmos o comportamento é, portanto, fundamental identificar as INTERAÇÕES que ocorrem, num determinado
período de tempo, entre um organismo e seu ambiente. A palavra INTERAÇÃO é muito importante aqui porque
estamos falando de uma dupla influência: mudanças no ambiente produzindo mudanças de comportamento, e o
comportamento dos organismos produzindo mudanças no ambiente, que podem novamente repercutir sobre o
comportamento.
    Assim, o comportamento de um organismo não só é afetado por alterações que ocorrem nesse ambiente, mas
também altera as condições do ambiente. A relação é recíproca e de interdependência. Neste tipo de explicação não há
espaço para a busca de “causas” do comportamento, quer dentro ou fora do organismo. Toda a informação de que
necessitamos para explicar, prever e controlar o comportamento pode ser encontrada no modo pelo qual o organismo
afeta e é afetado pelo meio.
    Do ponto de vista da ciência, não existe nada absolutamente isolado e sem relação com o que esteja em volta.
Cada parte da natureza é um elemento, ou um sub-sistema, inserido em um sistema envolvente. Mas é impossível
estudar cientificamente a natureza inteira. Só é possível estudá-la por partes, porque temos sempre que focalizar os
eventos a serem observados, e cujas transformações são medidas e relacionadas com outros eventos.
    Você já deve estar se perguntando o que está sendo aqui chamado de evento ambiental e evento comportamental.
De fato, a esta altura, já se faz mais do que necessário apresentar algumas definições.

                                 Eventos Ambientais & Eventos Comportamentais
     As duas classes mais amplas de eventos de interesse da análise do comportamento são a classe dos EVENTOS
AMBIENTAIS e a classe dos EVENTOS COMPORTAMENTAIS. Os eventos ambientais são as estruturas ou
alterações que ocorrem no universo capazes de afetar o responder. O escurecimento ou iluminação de uma sala, som
de uma campainha, o cheiro de uma flor, a presença de outras pessoas, uma dor de cabeça, etc, são exemplos de
eventos ambientais. Eles antecedem e/ou seguem os eventos comportamentais (ações do organismo) no tempo e no
espaço. Os eventos comportamentais são as ações do organismo, suas atividades propriamente ditas, cujo
comportamento estamos analisando/observando; são as respostas ou padrões de responder que nós queremos explicar
em relação ao mundo desse organismo (variáveis ambientais do passado e presentes).
     A categorização de um evento como Evento Ambiental ou Evento Comportamental depende de qual indivíduo
está tendo o comportamento observado. Um mesmo evento pode ser considerado ambiental ou comportamental
dependendo do foco de análise. Por exemplo, ao analisar o comportamento do vendedor, toma-se o comportamento do
cliente como Estímulo Ambiental, e vice versa.



1 Como a seqüência temporal dos eventos é muito relevante na análise do comportamento, os eventos ambientais que
ocorrem imediatamente antes de um evento comportamental são denominados de "eventos antecedentes" e os eventos
ambientais que ocorrem imeidatamente após um evento comportamental são denominados de "eventos conseqüentes".
Os eventos ambientais, por definição, são eventos que podem afetar o responder, e podem fazer isto antecedendo
ou seguindo um comportamento.
     Eventos ambientais ocorridos anteriormente ao responder são chamados de Eventos Ambientais Antecedentes, e
os eventos que se seguem a resposta e potencialmente afetam o responder futuro são chamados de Eventos Ambientais
Conseqüentes.
     Perceba, contudo, que há uma parte dos eventos ambientais que afetam o comportamento do sujeito que estamos
analisando e outra parte que não afeta. Por exemplo, este texto é provavelmente o evento ambiental que mais está
afetando o seu comportamento agora. Neste momento, entretanto, o contato do seu calçado com a pele do seu pé é um
evento ambiental que, entretanto, não está tendo qualquer efeito digno de nota sobre o seu comportamento. Aos
eventos ambientais que efetivamente estão mantendo intercâmbio com o comportamento do sujeito sob análise damos
o nome de “estímulos”. Não há eventos ambientais visuais que afetem o comportamento de um cego, por exemplo.
Podemos dizer que o comportamento do cego não é afetado por estímulos visuais. Contudo, há uma diversidade muito
grande de eventos ambientais auditivos, táteis, olfativos e gustativos que podem funcionar como estímulo para ele (ou
seja, podem manter intercâmbio ou podem alterar seu comportamento).
     Para os interesses da análise científica do comportamento, os eventos podem ser classificados em função: 1) da
sua Localização, ou 2) da sua Disponibilidade à observação ou, ainda, 3) quanto à sua Natureza.
1) Quanto à sua localização, os eventos podem ser externos ou internos, conforme ocorram dentro ou fora do corpo
do indivíduo cujo comportamento está em estudo. É possível que um exemplo seja esclarecedor. “Considere o
comportamento de Mariana. Ela está tomando remédios para gastrite, de acordo com uma receita médica. Às cinco
horas da tarde, o despertador tocou (evento ambiental antecedente externo). Ela, então, tomou um comprimido
(evento comportamental) e sua mãe a elogiou pelo auto-cuidado (evento ambiental conseqüente externo). Juliana
também está fazendo um tratamento para gastrite mas freqüentemente deixa de tomar os remédios na hora certa. Um
dia, ela estava assistindo a um filme na TV quando sentiu dor no estômago causada por excesso de acidez (evento
ambiental antecedente interno). Ela tomou o remédio (evento comportamental) e a dor e a acidez começaram a
diminuir e finalmente acabaram (evento ambiental conseqüente interno). Observe como no exemplo os Eventos
Internos não diferem em nada dos Eventos Externos. Nenhum deles é de um “tipo especial” por que acontece dentro
ou fora do organismo que se comporta. Ambos podem afetar e ser afetados pelo comportamento, que por sua vez
também pode ser público ou privado.
     Mas alguém poderia objetar neste momento dizendo que a AEC critica o mentalismo por fazer referências a
eventos internos e ela própria admite a existência de tais eventos. Como dito anteriormente, o problema não são as
referências aos eventos internos, mas a suposição de que tais eventos funcionem como causas para o comportamento,
de modo que, se considerarmos tais eventos em uma perspectiva funcional não haveria maiores problemas. Além disto
se tais eventos são como quaisquer outros, não há razão para tratá-los de forma diferenciada, nem superestimando-os
nem negligenciando-os. Observe, por exemplo, que apesar da acidez estomacal ser um evento interno ela é acessível a
outros observadores através de uma endoscopia. Mas a dor em si não poderia ser “sentida” pelo aparelho, estando
circunscrita ao sujeito que observa seu próprio corpo funcionando. Esses detalhes são importantes para compreender o
próximo item deste texto.
2) Quanto ao acesso à observação, os eventos podem ser públicos (quando mais de um observador pode ter
acesso direto a eles), ou privados (quando estão acessíveis a observação apenas para o organismo no qual
ocorreme, portanto, não podem ser observados diretamente por outros). Apesar do dentista poder observar o
nervo inflamado no dente de Maria, apenas Maria pode experimentar a dor decorrente da inflamação. A dor de dente
de Maria é, portanto, um evento ambiental privado.
     Eventos comportamentais podem portanto ser públicos ou privados também. Podemos, por exemplo, falar
em silêncio de tal maneira que ninguém possa ter acesso a essa nossa ação (evento comportamental privado). É
possível que mais um exemplo seja útil.
     Eva experimentou um conjunto de reações emocionais que podemos resumir sob o nome de ansiedade quando o
barco em que viajava para Macapá balançou intensamente (evento ambiental). O balançar do barco provocou um
conjunto de eventos comportamentais do qual uma parte era privada, as respostas de ansiedade, as quais, por sua vez,
também tinham propriedades de estímulo (uma vez que Eva podia interagir com esse evento, a ansiedade). E assim o
fez. Ela rezou em silêncio (evento comportamental privado). Aos poucos a ansiedade foi passando (evento
ambiental privado).
     Vale ressaltar que, de acordo com essas definições que você acaba de conhecer, “público” não corresponde a
“externo” e nem “privado” corresponde a “interno”. Existem eventos internos que são publicamente observáveis e
eventos externos que dificilmente podem ser observados. Uma alteração na taxa cardíaca, apesar de ser normalmente
sentida apenas pelo indivíduo no qual ela ocorreu, pode ser observada por outro indivíduo, através do ouvido
encostado no tórax, ou colocando o polegar sobre o pulso (retorne também ao exemplo da acidez estomacal, acima
apresentado). Hoje existem técnicas de registro da atividade cerebral que permitem a observação de que partes do
cérebro ficam mais ativas quando certas atividades são executadas. Dessa forma, mesmo o pensamento, nossa
atividade mais privativa, já pode, de certa forma, ser acompanhado, apesar de ainda não poder ser considerada um
evento público. É evidente que o que se observa é a atividade de certas partes do cérebro, não o pensamento
propriamente dito, da mesma forma que ocorre com a dor de dentes, que ela mesma não pode ser vista, mas sim a
inflamação correspondente.
3) Quanto à natureza, os eventos podem afetar alguém fisicamente ou convencionalmente. Assim, a função dos
eventos sobre o comportamento pode decorrer estritamente de suas características físicas ou pode decorrer de aspectos
sociais e culturais envolvidos no evento em questão. Se um rádio estiver ligado, o som afeta fisicamente os tímpanos
do ouvinte, se o volume estiver muito alto pode impedir o ouvinte de ouvir sons de qualquer outra fonte, assim, para
falar ao telefone ele tem que conseguir que o som do rádio deixe de interferir. Assim, às vezes nos interessa a relação
das propriedades físicas intrínsecas dos eventos ambientais com o comportamento. Um outro exemplo de evento cujo
efeito sobre o comportamento pode decorrer de suas características físicas é o escurecimento ou iluminação da sala de
aula, quando estamos interessados em evidenciar a função da luminosidade, intrínseca da energia luminosa, sobre o
comportamento (como os movimentos dos músculos da íris, abrindo e fechando a pupila). O som da campainha de um
telefone pode, também, afetar o comportamento em função de suas características físicas, quando, por exemplo, nos
ajuda a nos orientar no escuro. O ruído de um motor, um relâmpago, o perfume de uma flor etc são também eventos
cujas características físicas afetam, ou podem afetar, o comportamento.
     Mas também é possível que o efeito dos eventos sobre o comportamento resulte não apenas de suas propriedades
físicas, mas também do uso (significado) que esse evento tem num contexto histórico e cultural, ou seja, alguns
eventos podem exercer funções sociais. Os eventos sociais são uma categoria de eventos físicos que são
produzidos pelo comportamento de outras pessoas (que não o sujeito sob análise) e cujo efeito sobre o
comportamento do sujeito não resulta apenas de suas propriedades físicas, mas de convenções estabelecidas
pelos grupos sociais. Tomemos como exemplo o seguinte caso: O telefone toca. Maggie, um bebê que está dormindo,
acorda e chora, e Lisa, uma garotinha de 8 anos, ao ouvir o telefone tocar retira o fone do gancho e diz: “alô”. Neste
caso a campainha do telefone funciona como evento ambiental tanto para Maggie (que acorda e chora) quanto para
Lisa (que atende ao telefone dizendo alô). No entanto as respostas de Maggie estão sob o controle exclusivo das
propriedades físicas do estímulo, ou seja, ela ouve o som e chora, o que é uma resposta natural em bêbes humanos
diante de sons estridentes. Já Lisa, além das propriedades físicas do evento está sob o controle de convenções sociais
estabelecidas em tais circunstâncias. Ou seja, em sua história de vida, Lisa aprendeu (processos de aprendizagem
serão discutidos nos passos seguintes) que diante daquele estímulo sonoro específico, deve-se proceder retirando o
fone do gancho e dizendo alô. Observe que tanto Lisa quanto Maggie podem ser acordadas ou se assustarem com o
som do telefone, mas só Lisa é capaz de atendê-lo corretamente. Por isto dizemos que este evento é físico para ambas
e social para Lisa.
     Veja outro exemplo: uma professora se aproxima de um grupo de crianças e diz: "Quem quer ouvir uma
história?". As crianças saem pulando e gritando: "Eu! Eu! Eu!". Podemos considerar que o efeito do “ruído vocal” da
professora sobre o comportamento das crianças (elas pularam e gritaram) resultou do significado que aquele ruído
assumiu num contexto lingüístico convencionado pela sociedade. A energia despendida pela professora para emitir a
frase foi ínfima, e não explica, sozinha, o fato das crianças saírem pulando e gritando. A função do evento "Quem quer
ouvir uma história?" decorre da história de interação dos indivíduos na sociedade em que vivem, e não apenas da
energia intrínseca desse evento. Os eventos sociais são, portanto um tipo especial de eventos físicos.

                                     Referências & Bibliografia Complementar
   Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição.(D. G. Souza... [et al], trad). Porto
        Alegre: ARTMED. Publicado originalmente em 1994.
   Dana, M. F. & Matos, M. A. (1982). Ensinando observação: Uma introdução. São Paulo: EDICON.
   Malerbi, F. E. K. & Matos, M. A. (1992) A análise do comportamento verbal e a aquisição de repertórios auto-
        descritivos de eventos privados. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 8 (3), 407-421.
   Malerbi, F. E. K. (1997) Eventos privados: o sujeito faz parte de seu ambiente? Em R. A. Banaco (Org.) Sobre
        comportamento e cognição- vol. 1 (pp.243-256). Santo André, SP: Arbytes.
   Matos, M. A. (1997c) Eventos privados: o sujeito faz parte de seu ambiente?. Em R. A. Banaco (Org.) Sobre
        comportamento e cognição- vol. 1 (pp.230-242). Santo André, SP: Arbytes.
   Micheletto, N. (1997) Há um lugar para o ambiente? Em R. A. Banaco (Org.) Sobre comportamento e cognição-
        vol. 1 (pp.257-266). Santo André, SP: Arbytes.
   Micheletto, N. e Sério, T. M. A. P. (1993) Homem: objeto ou sujeito para Skinner? Temas em Psicologia, (2), 11-
        21.
   Millenson, J. R. (1978). Princípios de análise do comportamento. (A. A. Souza e D. Rezende, trads.). Brasília:
        Coordenada. Publicado originalmente em 1967.
   Tourinho, E. Z. (1995). O autoconhecimento na psicologia comportamental de B. F. Skinner. Belém: Editora
        Universitária da Universidade Federal do Pará.
   Tourinho, E. Z. (1997) Privacidade, comportamento e o conceito de ambiente interno. Em R. A. Banaco (Org.)
       Sobre comportamento e cognição- vol. 1 (pp.29-44). Santo André, SP: Arbytes.
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  • 1. FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA EXPERIMENTAL PASSO 2 - Descrição de Eventos Ambientais e Comportamentais Objetivos: Definir, identificar e dar exemplos de: 1) Eventos ambientais: antecedentes e conseqüentes; internos e externos; públicos e privados; físicos e sociais; e 2) Eventos comportamentais públicos e privados. Cotidianamente podemos observar a curiosidade das pessoas pelo que elas mesmas ou outras pessoas fazem. Freqüentemente nos interessa saber o que alguém fez, o que fará amanhã ou o que faria em uma situação específica. Raramente, entretanto, nos perguntamos por quê nós mesmos, ou outras pessoas, fazemos isso ou aquilo. Em outras palavras, raramente tentamos estabelecer relação entre o que estamos fazendo (comportamento) e os eventos ambientais (antecedentes1 ou conseqüentes ao nosso comportamento) que nos afetam. Por falar nisso, por que será que você está lendo este texto agora? Se você se empenhar um pouco em responder a essa pergunta provavelmente poderá identificar algumas relações entre o que você está fazendo e eventos ambientais antecedentes e conseqüentes. Em outras palavras, você estará iniciando uma análise de seu próprio comportamento. Mesmo que você inicialmente responda “porque eu gosto”, ainda seria necessário completar a resposta explicando o que exatamente lhe agrada no texto e o que o levou a gostar desses elementos que estão presentes nele. Quando você lê o que acontece? Você lê em qualquer lugar e qualquer coisa? Você consegue descrever os efeitos que o ler produz tanto nas suas relações sociais agora quanto no seu mundo “privado”? O fato de você estar lendo esse texto agora tem alguma coisa a ver com o que você conversou e ouviu na sala de aula e com o fato de que em breve será avaliado no que diz respeito a sua compreensão sobre os conceitos aqui tratados? Analisar o comportamento é, portanto, selecionar um desempenho de um organismo em particular e procurar suas relações com o ambiente imediato (físico e social), levando em consideração variáveis históricas, como por exemplo, a “experiência” que o organismo já teve com aquele tipo de situação em particular e com situações similares. Ao analisarmos o comportamento é, portanto, fundamental identificar as INTERAÇÕES que ocorrem, num determinado período de tempo, entre um organismo e seu ambiente. A palavra INTERAÇÃO é muito importante aqui porque estamos falando de uma dupla influência: mudanças no ambiente produzindo mudanças de comportamento, e o comportamento dos organismos produzindo mudanças no ambiente, que podem novamente repercutir sobre o comportamento. Assim, o comportamento de um organismo não só é afetado por alterações que ocorrem nesse ambiente, mas também altera as condições do ambiente. A relação é recíproca e de interdependência. Neste tipo de explicação não há espaço para a busca de “causas” do comportamento, quer dentro ou fora do organismo. Toda a informação de que necessitamos para explicar, prever e controlar o comportamento pode ser encontrada no modo pelo qual o organismo afeta e é afetado pelo meio. Do ponto de vista da ciência, não existe nada absolutamente isolado e sem relação com o que esteja em volta. Cada parte da natureza é um elemento, ou um sub-sistema, inserido em um sistema envolvente. Mas é impossível estudar cientificamente a natureza inteira. Só é possível estudá-la por partes, porque temos sempre que focalizar os eventos a serem observados, e cujas transformações são medidas e relacionadas com outros eventos. Você já deve estar se perguntando o que está sendo aqui chamado de evento ambiental e evento comportamental. De fato, a esta altura, já se faz mais do que necessário apresentar algumas definições. Eventos Ambientais & Eventos Comportamentais As duas classes mais amplas de eventos de interesse da análise do comportamento são a classe dos EVENTOS AMBIENTAIS e a classe dos EVENTOS COMPORTAMENTAIS. Os eventos ambientais são as estruturas ou alterações que ocorrem no universo capazes de afetar o responder. O escurecimento ou iluminação de uma sala, som de uma campainha, o cheiro de uma flor, a presença de outras pessoas, uma dor de cabeça, etc, são exemplos de eventos ambientais. Eles antecedem e/ou seguem os eventos comportamentais (ações do organismo) no tempo e no espaço. Os eventos comportamentais são as ações do organismo, suas atividades propriamente ditas, cujo comportamento estamos analisando/observando; são as respostas ou padrões de responder que nós queremos explicar em relação ao mundo desse organismo (variáveis ambientais do passado e presentes). A categorização de um evento como Evento Ambiental ou Evento Comportamental depende de qual indivíduo está tendo o comportamento observado. Um mesmo evento pode ser considerado ambiental ou comportamental dependendo do foco de análise. Por exemplo, ao analisar o comportamento do vendedor, toma-se o comportamento do cliente como Estímulo Ambiental, e vice versa. 1 Como a seqüência temporal dos eventos é muito relevante na análise do comportamento, os eventos ambientais que ocorrem imediatamente antes de um evento comportamental são denominados de "eventos antecedentes" e os eventos ambientais que ocorrem imeidatamente após um evento comportamental são denominados de "eventos conseqüentes".
  • 2. Os eventos ambientais, por definição, são eventos que podem afetar o responder, e podem fazer isto antecedendo ou seguindo um comportamento. Eventos ambientais ocorridos anteriormente ao responder são chamados de Eventos Ambientais Antecedentes, e os eventos que se seguem a resposta e potencialmente afetam o responder futuro são chamados de Eventos Ambientais Conseqüentes. Perceba, contudo, que há uma parte dos eventos ambientais que afetam o comportamento do sujeito que estamos analisando e outra parte que não afeta. Por exemplo, este texto é provavelmente o evento ambiental que mais está afetando o seu comportamento agora. Neste momento, entretanto, o contato do seu calçado com a pele do seu pé é um evento ambiental que, entretanto, não está tendo qualquer efeito digno de nota sobre o seu comportamento. Aos eventos ambientais que efetivamente estão mantendo intercâmbio com o comportamento do sujeito sob análise damos o nome de “estímulos”. Não há eventos ambientais visuais que afetem o comportamento de um cego, por exemplo. Podemos dizer que o comportamento do cego não é afetado por estímulos visuais. Contudo, há uma diversidade muito grande de eventos ambientais auditivos, táteis, olfativos e gustativos que podem funcionar como estímulo para ele (ou seja, podem manter intercâmbio ou podem alterar seu comportamento). Para os interesses da análise científica do comportamento, os eventos podem ser classificados em função: 1) da sua Localização, ou 2) da sua Disponibilidade à observação ou, ainda, 3) quanto à sua Natureza. 1) Quanto à sua localização, os eventos podem ser externos ou internos, conforme ocorram dentro ou fora do corpo do indivíduo cujo comportamento está em estudo. É possível que um exemplo seja esclarecedor. “Considere o comportamento de Mariana. Ela está tomando remédios para gastrite, de acordo com uma receita médica. Às cinco horas da tarde, o despertador tocou (evento ambiental antecedente externo). Ela, então, tomou um comprimido (evento comportamental) e sua mãe a elogiou pelo auto-cuidado (evento ambiental conseqüente externo). Juliana também está fazendo um tratamento para gastrite mas freqüentemente deixa de tomar os remédios na hora certa. Um dia, ela estava assistindo a um filme na TV quando sentiu dor no estômago causada por excesso de acidez (evento ambiental antecedente interno). Ela tomou o remédio (evento comportamental) e a dor e a acidez começaram a diminuir e finalmente acabaram (evento ambiental conseqüente interno). Observe como no exemplo os Eventos Internos não diferem em nada dos Eventos Externos. Nenhum deles é de um “tipo especial” por que acontece dentro ou fora do organismo que se comporta. Ambos podem afetar e ser afetados pelo comportamento, que por sua vez também pode ser público ou privado. Mas alguém poderia objetar neste momento dizendo que a AEC critica o mentalismo por fazer referências a eventos internos e ela própria admite a existência de tais eventos. Como dito anteriormente, o problema não são as referências aos eventos internos, mas a suposição de que tais eventos funcionem como causas para o comportamento, de modo que, se considerarmos tais eventos em uma perspectiva funcional não haveria maiores problemas. Além disto se tais eventos são como quaisquer outros, não há razão para tratá-los de forma diferenciada, nem superestimando-os nem negligenciando-os. Observe, por exemplo, que apesar da acidez estomacal ser um evento interno ela é acessível a outros observadores através de uma endoscopia. Mas a dor em si não poderia ser “sentida” pelo aparelho, estando circunscrita ao sujeito que observa seu próprio corpo funcionando. Esses detalhes são importantes para compreender o próximo item deste texto. 2) Quanto ao acesso à observação, os eventos podem ser públicos (quando mais de um observador pode ter acesso direto a eles), ou privados (quando estão acessíveis a observação apenas para o organismo no qual ocorreme, portanto, não podem ser observados diretamente por outros). Apesar do dentista poder observar o nervo inflamado no dente de Maria, apenas Maria pode experimentar a dor decorrente da inflamação. A dor de dente de Maria é, portanto, um evento ambiental privado. Eventos comportamentais podem portanto ser públicos ou privados também. Podemos, por exemplo, falar em silêncio de tal maneira que ninguém possa ter acesso a essa nossa ação (evento comportamental privado). É possível que mais um exemplo seja útil. Eva experimentou um conjunto de reações emocionais que podemos resumir sob o nome de ansiedade quando o barco em que viajava para Macapá balançou intensamente (evento ambiental). O balançar do barco provocou um conjunto de eventos comportamentais do qual uma parte era privada, as respostas de ansiedade, as quais, por sua vez, também tinham propriedades de estímulo (uma vez que Eva podia interagir com esse evento, a ansiedade). E assim o fez. Ela rezou em silêncio (evento comportamental privado). Aos poucos a ansiedade foi passando (evento ambiental privado). Vale ressaltar que, de acordo com essas definições que você acaba de conhecer, “público” não corresponde a “externo” e nem “privado” corresponde a “interno”. Existem eventos internos que são publicamente observáveis e eventos externos que dificilmente podem ser observados. Uma alteração na taxa cardíaca, apesar de ser normalmente sentida apenas pelo indivíduo no qual ela ocorreu, pode ser observada por outro indivíduo, através do ouvido encostado no tórax, ou colocando o polegar sobre o pulso (retorne também ao exemplo da acidez estomacal, acima apresentado). Hoje existem técnicas de registro da atividade cerebral que permitem a observação de que partes do cérebro ficam mais ativas quando certas atividades são executadas. Dessa forma, mesmo o pensamento, nossa atividade mais privativa, já pode, de certa forma, ser acompanhado, apesar de ainda não poder ser considerada um evento público. É evidente que o que se observa é a atividade de certas partes do cérebro, não o pensamento
  • 3. propriamente dito, da mesma forma que ocorre com a dor de dentes, que ela mesma não pode ser vista, mas sim a inflamação correspondente. 3) Quanto à natureza, os eventos podem afetar alguém fisicamente ou convencionalmente. Assim, a função dos eventos sobre o comportamento pode decorrer estritamente de suas características físicas ou pode decorrer de aspectos sociais e culturais envolvidos no evento em questão. Se um rádio estiver ligado, o som afeta fisicamente os tímpanos do ouvinte, se o volume estiver muito alto pode impedir o ouvinte de ouvir sons de qualquer outra fonte, assim, para falar ao telefone ele tem que conseguir que o som do rádio deixe de interferir. Assim, às vezes nos interessa a relação das propriedades físicas intrínsecas dos eventos ambientais com o comportamento. Um outro exemplo de evento cujo efeito sobre o comportamento pode decorrer de suas características físicas é o escurecimento ou iluminação da sala de aula, quando estamos interessados em evidenciar a função da luminosidade, intrínseca da energia luminosa, sobre o comportamento (como os movimentos dos músculos da íris, abrindo e fechando a pupila). O som da campainha de um telefone pode, também, afetar o comportamento em função de suas características físicas, quando, por exemplo, nos ajuda a nos orientar no escuro. O ruído de um motor, um relâmpago, o perfume de uma flor etc são também eventos cujas características físicas afetam, ou podem afetar, o comportamento. Mas também é possível que o efeito dos eventos sobre o comportamento resulte não apenas de suas propriedades físicas, mas também do uso (significado) que esse evento tem num contexto histórico e cultural, ou seja, alguns eventos podem exercer funções sociais. Os eventos sociais são uma categoria de eventos físicos que são produzidos pelo comportamento de outras pessoas (que não o sujeito sob análise) e cujo efeito sobre o comportamento do sujeito não resulta apenas de suas propriedades físicas, mas de convenções estabelecidas pelos grupos sociais. Tomemos como exemplo o seguinte caso: O telefone toca. Maggie, um bebê que está dormindo, acorda e chora, e Lisa, uma garotinha de 8 anos, ao ouvir o telefone tocar retira o fone do gancho e diz: “alô”. Neste caso a campainha do telefone funciona como evento ambiental tanto para Maggie (que acorda e chora) quanto para Lisa (que atende ao telefone dizendo alô). No entanto as respostas de Maggie estão sob o controle exclusivo das propriedades físicas do estímulo, ou seja, ela ouve o som e chora, o que é uma resposta natural em bêbes humanos diante de sons estridentes. Já Lisa, além das propriedades físicas do evento está sob o controle de convenções sociais estabelecidas em tais circunstâncias. Ou seja, em sua história de vida, Lisa aprendeu (processos de aprendizagem serão discutidos nos passos seguintes) que diante daquele estímulo sonoro específico, deve-se proceder retirando o fone do gancho e dizendo alô. Observe que tanto Lisa quanto Maggie podem ser acordadas ou se assustarem com o som do telefone, mas só Lisa é capaz de atendê-lo corretamente. Por isto dizemos que este evento é físico para ambas e social para Lisa. Veja outro exemplo: uma professora se aproxima de um grupo de crianças e diz: "Quem quer ouvir uma história?". As crianças saem pulando e gritando: "Eu! Eu! Eu!". Podemos considerar que o efeito do “ruído vocal” da professora sobre o comportamento das crianças (elas pularam e gritaram) resultou do significado que aquele ruído assumiu num contexto lingüístico convencionado pela sociedade. A energia despendida pela professora para emitir a frase foi ínfima, e não explica, sozinha, o fato das crianças saírem pulando e gritando. A função do evento "Quem quer ouvir uma história?" decorre da história de interação dos indivíduos na sociedade em que vivem, e não apenas da energia intrínseca desse evento. Os eventos sociais são, portanto um tipo especial de eventos físicos. Referências & Bibliografia Complementar Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição.(D. G. Souza... [et al], trad). Porto Alegre: ARTMED. Publicado originalmente em 1994. Dana, M. F. & Matos, M. A. (1982). Ensinando observação: Uma introdução. São Paulo: EDICON. Malerbi, F. E. K. & Matos, M. A. (1992) A análise do comportamento verbal e a aquisição de repertórios auto- descritivos de eventos privados. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 8 (3), 407-421. Malerbi, F. E. K. (1997) Eventos privados: o sujeito faz parte de seu ambiente? Em R. A. Banaco (Org.) Sobre comportamento e cognição- vol. 1 (pp.243-256). Santo André, SP: Arbytes. Matos, M. A. (1997c) Eventos privados: o sujeito faz parte de seu ambiente?. Em R. A. 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