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PARÂMETROS DE UMPARÂMETROS DE UM
TEXTOTEXTO
Professor Josimar GomesProfessor Josimar Gomes
PARÂMETROS DE UM TEXTO
• COESÃO – trata das ligações formais entre as várias partes do texto.
Ex.: “As políticas de segurança pública preveem medidas para a próxima
década, mas o cidadão espera uma proteção imediata.
Aqui a coesão é garantida pela conjunção adversativa mas, opondo a
situação política à expectativa do cidadão.
Operadores lógicos:
1. Conjunções coordenadas:
1.1. Aditivas: e, nem, mas também, não somente, também;
1.2. Adversativas: mas, porém, contudo, senão, todavia, no entanto,
não obstante, entretanto;
1.3. Alternativas: ou...ou, ora...ora, já...já, nem...nem, seja...seja,
quer...quer, agora...agora;
1.4. Conclusivas: portanto, logo, por isso, então, pois (após o verbo),
por conseguinte, por consequência, consequentemente;
1.5. Explicativas: pois (antes do verbo), porque, visto que, de modo que,
de sorte que, de maneira que.
2. Conectivos subordinativos:
2.1. Integrantes: que, se (depois do verbo, geralmente);
2.2. Causais: porque, porquanto, pois, já que, pois que, visto que, uma vez que,
por isso que, visto como, como;
2.3. Comparativas: como, bem como, qual, feito, assim como, tal qual, que, tal,
que nem, do que;
2.4. Temporais: quando, logo que, desde que, assim que, mal, depois que, até
que, tão logo, apenas, antes que, sempre que, agora que, assim;
2.5. Condicionais: se, caso, desde que, exceto que, a menos que, sem que (se
não);
2.6. Conformativas: conforme, consoante, segundo, como;
2.7. Consecutivas: tão, tanto, tal, tamanho (na oração principal) + que (na
oração subordinada);
2.8. Finais: a fim de que, para que, porque, que;
2.9. Proporcionais: à proporção que, ao passo que, à medida que, quanto mais,
tanto mais (tanto menos);
2.10. Concessivas: embora, conquanto, posto, suposto, dado que, sem que, que,
ainda que, mesmo que, se bem que, apesar de que, sem embargo de que.
 Elementos anafóricos – remetem ao que foi dito antes (a priori).
Ex.: Maria conheceu Pedro na escola. Ela ficou feliz por ter conhecido
o colega. Ele é uma pessoa muito legal, e a garota terá momentos
maravilhosos ao lado dele.
 Elementos catafóricos – remetem ao que será dito depois (a
posteriori).
Ex.: Dona de uma luminosidade fantástica em seus 240 Km², a ilha de
Itaparica elegeu a liberdade como padrão e fez da aventura uma
experiência que não tem hora para começar.
 Paralelismo – é a correspondência que se deve fazer entre
ideias e formas verbais.
Exs.:
1) Sua atitude foi aplaudida não só pelo povo, mas também
por seus companheiros de farda. (há simetria, há
correspondência)
2)Desejo que venha e sair cedo. (falta correspondência)
3)Desejo que venha e que saia cedo.
4) Os ministros negaram estar o governo atacando a
assembleia e fazendo tudo para prolongar a votação no
projeto.
5) Tenho necessidade da sua amizade, da sua compreensão e
de seu respeito.
• COERÊNCIA – trata da ligação entre as ideias expressas no
texto. De nada adiante usar conectivos gramaticais se as
relações entre as ideias conectadas não fizerem sentido.
Ex.: “Para me inscrever no concurso, não precisei apresentar
nenhum documento, pois a atendente só pediu meu cartão de
identidade”.
A exigência do cartão de identidade nega a afirmação de que
não foi necessário nenhum documento e ilustra um dos
problemas de coerência mais comuns: a contradição.
Outros exemplos:
João foi à festa, todavia não fora convidado. (coerente)
João foi à festa, todavia ela não fora convidada. (incoerente)
TEXTO SEM COESÃO, MAS COMTEXTO SEM COESÃO, MAS COM
COERÊNCIACOERÊNCIAChinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme
dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água,
cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo,
pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata,
paletó. [...] Televisor, poltrona. Cigarro, fósforo. Abotoaduras, camisa,
sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga, pia,
água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama,
travesseiro.
RAMOS, Ricardo. Circuito fechado. São Paulo: Martins, 1972, pp. 21-22.
TEXTO COM SEQUÊNCIA COESIVA, MASTEXTO COM SEQUÊNCIA COESIVA, MAS
SEM COERÊNCIASEM COERÊNCIA
O gato comeu o peixe que meu pai pescou. O peixe era grande.
Meu pai é alto. Eu gosto do meu pai. Minha mãe também gosta. O
gato é branco. Tenho muitas roupas brancas.
• CONHECIMENTOS PRÉVIOS – para escre-ver/ler um texto é preciso que o
produtor/receptor possuam pelo menos uma boa parcela de
conhecimentos comuns. Conhecimentos prévios são todo conhecimento
adquirido através de leituras individuais, de experiências culturais etc.
Ex.: “Casais trocam altar por juiz...” (Diário de Recife)
Altar = casamento religioso;
Juiz = casamento civil.
• INTERTEXTUALIDADE- temos intertextualidade quando, tanto na
produção, quanto na recepção de textos, recorremos ao conhecimento
prévio de outros textos.
 Exemplo de intertextualidade entre um trecho da Bíblia e uma
propaganda:
¹No princípio, Deus criou os céus e a terra. ²A terra estava
informe e vazia; as trevas cobriam o abismo, e o Espírito de Deus
pairava sobre as águas. (Gn 1, 1-2).
No princípio era a escuridão. Aí, como o Criador não tinha nada
pra fazer à noite, inventou as discotecas e os cassinos com
maquininhas caça-níqueis.
CONTEXTO
Para entender a tira, é preciso identificar o contexto
estabelecido em cada um dos quadrinhos.
 No primeiro quadrinho, vemos uma dona de casa que faz uso
de uma vassoura para limpar o chão. No segundo, uma bruxa
voa com o auxílio de uma vassoura. No terceiro quadrinho, um
homem utiliza uma vassoura para matar um rato.
 Então: 1º quadrinho – o uso da vassoura provoca dores nas
costas da mulher. Por isso, ela afirma, em sentido figurado:
“essa vassoura está me matando”.
2º quadrinho – pela imagem, observa-se que a bruxa está em
queda livre e, se não conseguir controlar sua vassoura voadora,
vai se espatifar no chão. Nesse caso, a fala “essa vassoura está
me matando” deve ser entendida como uma referência ao fato de
a bruxa ter perdido o controle sobre seu veículo e correr o risco
de sofrer um sério acidente.
3º quadrinho – o desejo do homem é utilizar a vassoura para
matar o rato. A fala “essa vassoura está me matando”, dita pelo
rato, deve ser entendida literalmente, porque, se ele for atingido
por ela, provavelmente morrerá.
Denotação e conotação São os componentes efetivos do significado, em qualquer
plano da linguagem, que instauram a atmosfera conotativa;
 A denotação, ao contrário, é ligada ao aspecto conceitual,
estabelecendo uma linguagem unívoca, desde que menos
sujeita à interferências de ordem subjetiva.
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  • 1. PARÂMETROS DE UMPARÂMETROS DE UM TEXTOTEXTO Professor Josimar GomesProfessor Josimar Gomes
  • 2. PARÂMETROS DE UM TEXTO • COESÃO – trata das ligações formais entre as várias partes do texto. Ex.: “As políticas de segurança pública preveem medidas para a próxima década, mas o cidadão espera uma proteção imediata. Aqui a coesão é garantida pela conjunção adversativa mas, opondo a situação política à expectativa do cidadão.
  • 3. Operadores lógicos: 1. Conjunções coordenadas: 1.1. Aditivas: e, nem, mas também, não somente, também; 1.2. Adversativas: mas, porém, contudo, senão, todavia, no entanto, não obstante, entretanto; 1.3. Alternativas: ou...ou, ora...ora, já...já, nem...nem, seja...seja, quer...quer, agora...agora; 1.4. Conclusivas: portanto, logo, por isso, então, pois (após o verbo), por conseguinte, por consequência, consequentemente; 1.5. Explicativas: pois (antes do verbo), porque, visto que, de modo que, de sorte que, de maneira que.
  • 4. 2. Conectivos subordinativos: 2.1. Integrantes: que, se (depois do verbo, geralmente); 2.2. Causais: porque, porquanto, pois, já que, pois que, visto que, uma vez que, por isso que, visto como, como; 2.3. Comparativas: como, bem como, qual, feito, assim como, tal qual, que, tal, que nem, do que; 2.4. Temporais: quando, logo que, desde que, assim que, mal, depois que, até que, tão logo, apenas, antes que, sempre que, agora que, assim; 2.5. Condicionais: se, caso, desde que, exceto que, a menos que, sem que (se não); 2.6. Conformativas: conforme, consoante, segundo, como; 2.7. Consecutivas: tão, tanto, tal, tamanho (na oração principal) + que (na oração subordinada); 2.8. Finais: a fim de que, para que, porque, que; 2.9. Proporcionais: à proporção que, ao passo que, à medida que, quanto mais, tanto mais (tanto menos); 2.10. Concessivas: embora, conquanto, posto, suposto, dado que, sem que, que, ainda que, mesmo que, se bem que, apesar de que, sem embargo de que.
  • 5.  Elementos anafóricos – remetem ao que foi dito antes (a priori). Ex.: Maria conheceu Pedro na escola. Ela ficou feliz por ter conhecido o colega. Ele é uma pessoa muito legal, e a garota terá momentos maravilhosos ao lado dele.  Elementos catafóricos – remetem ao que será dito depois (a posteriori). Ex.: Dona de uma luminosidade fantástica em seus 240 Km², a ilha de Itaparica elegeu a liberdade como padrão e fez da aventura uma experiência que não tem hora para começar.
  • 6.  Paralelismo – é a correspondência que se deve fazer entre ideias e formas verbais. Exs.: 1) Sua atitude foi aplaudida não só pelo povo, mas também por seus companheiros de farda. (há simetria, há correspondência) 2)Desejo que venha e sair cedo. (falta correspondência) 3)Desejo que venha e que saia cedo. 4) Os ministros negaram estar o governo atacando a assembleia e fazendo tudo para prolongar a votação no projeto. 5) Tenho necessidade da sua amizade, da sua compreensão e de seu respeito.
  • 7. • COERÊNCIA – trata da ligação entre as ideias expressas no texto. De nada adiante usar conectivos gramaticais se as relações entre as ideias conectadas não fizerem sentido. Ex.: “Para me inscrever no concurso, não precisei apresentar nenhum documento, pois a atendente só pediu meu cartão de identidade”. A exigência do cartão de identidade nega a afirmação de que não foi necessário nenhum documento e ilustra um dos problemas de coerência mais comuns: a contradição.
  • 8. Outros exemplos: João foi à festa, todavia não fora convidado. (coerente) João foi à festa, todavia ela não fora convidada. (incoerente)
  • 9. TEXTO SEM COESÃO, MAS COMTEXTO SEM COESÃO, MAS COM COERÊNCIACOERÊNCIAChinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. [...] Televisor, poltrona. Cigarro, fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga, pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro. RAMOS, Ricardo. Circuito fechado. São Paulo: Martins, 1972, pp. 21-22.
  • 10. TEXTO COM SEQUÊNCIA COESIVA, MASTEXTO COM SEQUÊNCIA COESIVA, MAS SEM COERÊNCIASEM COERÊNCIA O gato comeu o peixe que meu pai pescou. O peixe era grande. Meu pai é alto. Eu gosto do meu pai. Minha mãe também gosta. O gato é branco. Tenho muitas roupas brancas.
  • 11. • CONHECIMENTOS PRÉVIOS – para escre-ver/ler um texto é preciso que o produtor/receptor possuam pelo menos uma boa parcela de conhecimentos comuns. Conhecimentos prévios são todo conhecimento adquirido através de leituras individuais, de experiências culturais etc. Ex.: “Casais trocam altar por juiz...” (Diário de Recife) Altar = casamento religioso; Juiz = casamento civil.
  • 12. • INTERTEXTUALIDADE- temos intertextualidade quando, tanto na produção, quanto na recepção de textos, recorremos ao conhecimento prévio de outros textos.  Exemplo de intertextualidade entre um trecho da Bíblia e uma propaganda: ¹No princípio, Deus criou os céus e a terra. ²A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. (Gn 1, 1-2). No princípio era a escuridão. Aí, como o Criador não tinha nada pra fazer à noite, inventou as discotecas e os cassinos com maquininhas caça-níqueis.
  • 14. Para entender a tira, é preciso identificar o contexto estabelecido em cada um dos quadrinhos.  No primeiro quadrinho, vemos uma dona de casa que faz uso de uma vassoura para limpar o chão. No segundo, uma bruxa voa com o auxílio de uma vassoura. No terceiro quadrinho, um homem utiliza uma vassoura para matar um rato.  Então: 1º quadrinho – o uso da vassoura provoca dores nas costas da mulher. Por isso, ela afirma, em sentido figurado: “essa vassoura está me matando”.
  • 15. 2º quadrinho – pela imagem, observa-se que a bruxa está em queda livre e, se não conseguir controlar sua vassoura voadora, vai se espatifar no chão. Nesse caso, a fala “essa vassoura está me matando” deve ser entendida como uma referência ao fato de a bruxa ter perdido o controle sobre seu veículo e correr o risco de sofrer um sério acidente. 3º quadrinho – o desejo do homem é utilizar a vassoura para matar o rato. A fala “essa vassoura está me matando”, dita pelo rato, deve ser entendida literalmente, porque, se ele for atingido por ela, provavelmente morrerá.
  • 16. Denotação e conotação São os componentes efetivos do significado, em qualquer plano da linguagem, que instauram a atmosfera conotativa;  A denotação, ao contrário, é ligada ao aspecto conceitual, estabelecendo uma linguagem unívoca, desde que menos sujeita à interferências de ordem subjetiva.