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Ortografia
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
Ensino de ortografia:
concepções
 “Tradicional”
 repetição e a memorização
 “Progressista”
 ensino assistemático
 Uma outra proposta
 ensinar ortografia, tratando-a como um objeto de
reflexão.
O ensino tradicional de
ortografia
Joãozinho escreveu numa redação da escola:
O gato não "cabeu" no buraco.
A professora, para castigá-lo, mandou que
escrevesse 20 vezes,no quadro, a palavra "coube".
Quando ele terminou, a professora contou as palavras
e comentou:
— Mas você só escreveu "coube" 19 vezes, Joãozinho!
— É que a última já não "cabeu", professora!
Perguntaram aos professores
como eles estudaram
ortografia na escola:
 [...] a professora fazia muitos ditados e solicitava que cada palavra
errada fosse escrita dez vezes. Quem acertasse todas as palavras,
ganhava um ponto.
 [...] Recordo-me das tarefas de casa, muita caligrafia e estudo das
palavrinhas que iam cair no ditado do dia seguinte.
 [...] Uma das atividades da qual não consigo me esquecer eram os
ditados, que tanto eram feitos na escola quanto em casa com
minha tia. [...] Recordo-me também das cópias que fazíamos das
palavras que escrevíamos errado durante o ditado e que tínhamos
que repetir vinte vezes.
 [...] Só não gostava muito dos ditados, pois, quando errávamos
uma palavra, tínhamos que escrevê-la dez vezes.
Aprendizagem passiva
 Para aprender ortografia não é
necessário pensar. Basta repetir,
reproduzir, copiar, decorar.
 Os exercícios não são acompanhados,
na maioria das vezes, de uma reflexão
sobre os porquês dos erros cometidos
 Os erros são apenas corrigidos e não se
transformam em material de análise em
sala de aula.
O que podemos concluir com a
forma tradicional de ensino de
ortografia?
O ditado, a cópia, o treino e a
recitação/memorização de regras:
 Não auxiliam os alunos a refletir sobre a ortografia
 apenas constata se sabem ou não escrever
corretamente
 incentiva a adotar uma atitude mecânica e
passiva diante da norma ortográfica.
A outra tendência: o ensino
progressista
 ENSINAR SEM SISTEMATIZAR
 Uma ideia que surge de uma distorção da
concepção de letramento
 DEFESA DA IDEIA
 a ortografia deve ser aprendida através do
contato com os textos escritos.
 os alunos aprendem a escrever
corretamente “com o tempo”, pela
exposição repetida às palavras de sua
língua.
Contestação...
Embora os textos impressos constituam de
fato, importante fonte de informação
ortográfica – sobretudo nos casos que não
têm regras –, é necessário observarmos
que apenas a exposição à língua escrita
não garante o domínio da norma
ortográfica (MORAIS, 1998; REGO;
BUARQUE, 1999).
E agora? Como é que faz?
O ensino de ortografia: reflexão
sobre as regularidades e
irregularidades da língua
 A ortografia é um objeto de conhecimento
que pode e deve ser incorporado através da
reflexão (MORAIS, 1998, 1999; LEAL ; ROAZZI,
1999; REGO; BUARQUE, 1999).
 Não é demais destacar que a aprendizagem
da ortografia não é um processo passivo,
mas, ao contrário, uma construção em que
os aprendizes elaboram hipóteses sobre
como se escrevem corretamente as palavras
de sua língua (cf. REGO, capítulo 2).
O ensino de ortografia: reflexão
sobre as regularidades e
irregularidades da língua
 Nessa perspectiva, é necessário que a
escola ajude os alunos a compreender os
casos regulares da norma ortográfica
(aqueles que têm regras) e a tomar
consciência daqueles que não têm
regras (irregularidades) e que, portanto,
precisam ser memorizados.
Regularidades e irregularidades?
 Regularidades
 Muitas palavras são escritas de acordo com
certas regras, que podem ser discutidas e
aprendidas.
 Irregularidades
 É necessário que os professores auxiliem os
alunos a tomar consciência de que a escrita de
determinadas palavras não é orientada por
regras.
 Nesse caso, é consultar modelos externos,
como o dicionário, e memorizar.
Exemplo 01
 Observe o conjunto de palavras:
 Manga
 Bomba
 Entrega
 Campo
 Tempo
 Dentro
 Coentro
 Livramento
Exemplo 02
 Bruxa
 Cachorro
 Xale
 Chuva
 Macho
 Acho
 Feixe
 Caixa
 Eixo
 Chuchu
Defesa ...
 É necessário organizar o ensino de modo a
tratar separadamente os casos regulares e
irregulares da norma ortográfica.
 O ensino sistemático de dificuldades
ortográficas distintas deve também
acontecer em momentos distintos
(regularidades e irregularidades, pois exigem
estratégias diferentes).
 Durante as atividades escolares cotidianas, nos
momentos de produção e de revisão de textos, as
dúvidas vão acontecer.
Comover, então, a explicitação dos conhecimentos
ortográficos dos alunos? Segundo Morais (1998):
- Semear/Incitar a dúvida
- Dar oportunidade do aluno expressar sua dúvida
- Escrever errado de propósito
PRINCIPIOS RELATIVOS AO ENCAMINHAMENTO DAS
SITUAÇÕES DE ENSINO – APRENDIZAGEM
 I. A reflexão sobre a ortografia deve estar presente em todos
os momentos da escrita: ou seja, a reflexão sobre a ortografia
deve estar presente no dia-a-dia escolar e não deve ocorrer
somente nos momentos destinados para isto.
 II. É preciso não controlar a escrita espontânea dos alunos: ou
seja, um ensino que levará o aluno a uma reflexão da escrita
não pode censurar a produção espontânea de textos, que
venham produzir.
 III. É preciso não fazer da nomenclatura gramatical um
requisito para a aprendizagem de regras (contextuais e
morfológico-gramaticais): ou seja, não devemos exigir de
nossos alunos que eles saibam usar termos como “sílaba
tônica”, “encontro consonantal”, etc, afinal muitas crianças,
em seu linguajar, conseguem explicar perfeitamente as regras.
PRINCIPIOS RELATIVOS AO ENCAMINHAMENTO DAS
SITUAÇÕES DE ENSINO – APRENDIZAGEM
(Ortografia: Ensinar e Aprender, Artur Gomes de Morais, 128 págs., Ed. Ática,)
 IV. É preciso promover sempre a discussão coletiva dos conhecimentos que
as crianças expressam: ou seja, desta forma a criança vai desenvolvendo a
internalização dos conhecimentos ortográficos e, vão tomando consciência
do que estão pensando sobre as relações letra-som quando escrevem.
 V. É preciso fazer o registro escrito das descobertas das crianças – regras,
listas de palavras, etc: ou seja, esta é uma forma de materializar as
conclusões feitas, sendo assim um agente potencializador para a reflexão
ortográfica.
 VI. As atividades podem ser desenvolvidas coletivamente, em pequenos
grupos ou em duplas: ou seja, este tipo de trabalho de interação entre
grupos mostra-se positivo já que propulsiona o debate, o conflito cognitivo e
a cooperação.
 VII. Ao definir metas, não podemos deixar de levar em conta a
heterogneidade de rendimento dos alunos: ou seja, cada aluno aprende em
seu ritmo, então não podemos “cobrar e esperar” rendimentos exatamente
iguais; diante disto devemos propiciar novas situações de aprendizagem
para os alunos com maior dificuldade.
Em suma!
 A proposta é tratar a ortografia como
objeto de conhecimento sobre o qual se
pode pensar e não meramente repetir.
 Essa compreensão é de importância
fundamental na construção de um
ensino de ortografia que tenha como
meta a reflexão sobre as regras e
irregularidades da norma.

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Ortografia

  • 1. Ortografia PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
  • 2. Ensino de ortografia: concepções  “Tradicional”  repetição e a memorização  “Progressista”  ensino assistemático  Uma outra proposta  ensinar ortografia, tratando-a como um objeto de reflexão.
  • 3. O ensino tradicional de ortografia Joãozinho escreveu numa redação da escola: O gato não "cabeu" no buraco. A professora, para castigá-lo, mandou que escrevesse 20 vezes,no quadro, a palavra "coube". Quando ele terminou, a professora contou as palavras e comentou: — Mas você só escreveu "coube" 19 vezes, Joãozinho! — É que a última já não "cabeu", professora!
  • 4. Perguntaram aos professores como eles estudaram ortografia na escola:  [...] a professora fazia muitos ditados e solicitava que cada palavra errada fosse escrita dez vezes. Quem acertasse todas as palavras, ganhava um ponto.  [...] Recordo-me das tarefas de casa, muita caligrafia e estudo das palavrinhas que iam cair no ditado do dia seguinte.  [...] Uma das atividades da qual não consigo me esquecer eram os ditados, que tanto eram feitos na escola quanto em casa com minha tia. [...] Recordo-me também das cópias que fazíamos das palavras que escrevíamos errado durante o ditado e que tínhamos que repetir vinte vezes.  [...] Só não gostava muito dos ditados, pois, quando errávamos uma palavra, tínhamos que escrevê-la dez vezes.
  • 5. Aprendizagem passiva  Para aprender ortografia não é necessário pensar. Basta repetir, reproduzir, copiar, decorar.  Os exercícios não são acompanhados, na maioria das vezes, de uma reflexão sobre os porquês dos erros cometidos  Os erros são apenas corrigidos e não se transformam em material de análise em sala de aula.
  • 6. O que podemos concluir com a forma tradicional de ensino de ortografia?
  • 7. O ditado, a cópia, o treino e a recitação/memorização de regras:  Não auxiliam os alunos a refletir sobre a ortografia  apenas constata se sabem ou não escrever corretamente  incentiva a adotar uma atitude mecânica e passiva diante da norma ortográfica.
  • 8. A outra tendência: o ensino progressista  ENSINAR SEM SISTEMATIZAR  Uma ideia que surge de uma distorção da concepção de letramento  DEFESA DA IDEIA  a ortografia deve ser aprendida através do contato com os textos escritos.  os alunos aprendem a escrever corretamente “com o tempo”, pela exposição repetida às palavras de sua língua.
  • 9. Contestação... Embora os textos impressos constituam de fato, importante fonte de informação ortográfica – sobretudo nos casos que não têm regras –, é necessário observarmos que apenas a exposição à língua escrita não garante o domínio da norma ortográfica (MORAIS, 1998; REGO; BUARQUE, 1999).
  • 10. E agora? Como é que faz?
  • 11. O ensino de ortografia: reflexão sobre as regularidades e irregularidades da língua  A ortografia é um objeto de conhecimento que pode e deve ser incorporado através da reflexão (MORAIS, 1998, 1999; LEAL ; ROAZZI, 1999; REGO; BUARQUE, 1999).  Não é demais destacar que a aprendizagem da ortografia não é um processo passivo, mas, ao contrário, uma construção em que os aprendizes elaboram hipóteses sobre como se escrevem corretamente as palavras de sua língua (cf. REGO, capítulo 2).
  • 12. O ensino de ortografia: reflexão sobre as regularidades e irregularidades da língua  Nessa perspectiva, é necessário que a escola ajude os alunos a compreender os casos regulares da norma ortográfica (aqueles que têm regras) e a tomar consciência daqueles que não têm regras (irregularidades) e que, portanto, precisam ser memorizados.
  • 13. Regularidades e irregularidades?  Regularidades  Muitas palavras são escritas de acordo com certas regras, que podem ser discutidas e aprendidas.  Irregularidades  É necessário que os professores auxiliem os alunos a tomar consciência de que a escrita de determinadas palavras não é orientada por regras.  Nesse caso, é consultar modelos externos, como o dicionário, e memorizar.
  • 14. Exemplo 01  Observe o conjunto de palavras:  Manga  Bomba  Entrega  Campo  Tempo  Dentro  Coentro  Livramento
  • 15. Exemplo 02  Bruxa  Cachorro  Xale  Chuva  Macho  Acho  Feixe  Caixa  Eixo  Chuchu
  • 16. Defesa ...  É necessário organizar o ensino de modo a tratar separadamente os casos regulares e irregulares da norma ortográfica.  O ensino sistemático de dificuldades ortográficas distintas deve também acontecer em momentos distintos (regularidades e irregularidades, pois exigem estratégias diferentes).
  • 17.  Durante as atividades escolares cotidianas, nos momentos de produção e de revisão de textos, as dúvidas vão acontecer. Comover, então, a explicitação dos conhecimentos ortográficos dos alunos? Segundo Morais (1998): - Semear/Incitar a dúvida - Dar oportunidade do aluno expressar sua dúvida - Escrever errado de propósito
  • 18. PRINCIPIOS RELATIVOS AO ENCAMINHAMENTO DAS SITUAÇÕES DE ENSINO – APRENDIZAGEM  I. A reflexão sobre a ortografia deve estar presente em todos os momentos da escrita: ou seja, a reflexão sobre a ortografia deve estar presente no dia-a-dia escolar e não deve ocorrer somente nos momentos destinados para isto.  II. É preciso não controlar a escrita espontânea dos alunos: ou seja, um ensino que levará o aluno a uma reflexão da escrita não pode censurar a produção espontânea de textos, que venham produzir.  III. É preciso não fazer da nomenclatura gramatical um requisito para a aprendizagem de regras (contextuais e morfológico-gramaticais): ou seja, não devemos exigir de nossos alunos que eles saibam usar termos como “sílaba tônica”, “encontro consonantal”, etc, afinal muitas crianças, em seu linguajar, conseguem explicar perfeitamente as regras.
  • 19. PRINCIPIOS RELATIVOS AO ENCAMINHAMENTO DAS SITUAÇÕES DE ENSINO – APRENDIZAGEM (Ortografia: Ensinar e Aprender, Artur Gomes de Morais, 128 págs., Ed. Ática,)  IV. É preciso promover sempre a discussão coletiva dos conhecimentos que as crianças expressam: ou seja, desta forma a criança vai desenvolvendo a internalização dos conhecimentos ortográficos e, vão tomando consciência do que estão pensando sobre as relações letra-som quando escrevem.  V. É preciso fazer o registro escrito das descobertas das crianças – regras, listas de palavras, etc: ou seja, esta é uma forma de materializar as conclusões feitas, sendo assim um agente potencializador para a reflexão ortográfica.  VI. As atividades podem ser desenvolvidas coletivamente, em pequenos grupos ou em duplas: ou seja, este tipo de trabalho de interação entre grupos mostra-se positivo já que propulsiona o debate, o conflito cognitivo e a cooperação.  VII. Ao definir metas, não podemos deixar de levar em conta a heterogneidade de rendimento dos alunos: ou seja, cada aluno aprende em seu ritmo, então não podemos “cobrar e esperar” rendimentos exatamente iguais; diante disto devemos propiciar novas situações de aprendizagem para os alunos com maior dificuldade.
  • 20. Em suma!  A proposta é tratar a ortografia como objeto de conhecimento sobre o qual se pode pensar e não meramente repetir.  Essa compreensão é de importância fundamental na construção de um ensino de ortografia que tenha como meta a reflexão sobre as regras e irregularidades da norma.