O documento discute a origem da vida, comparando as teorias de abiogênese e biogênese. Aborda as ideias de geração espontânea versus a teoria de que a vida só pode surgir a partir de outra vida. Também questiona o que é vida e como a vida pode ter surgido pela primeira vez.
2. Abiogénese
• Até ao século XIX considerava-se que todos os
seres vivos existentes se apresentavam como
sempre tinham sido.
• Toda a Vida era obra de uma entidade toda
poderosa, facto que servia para mascarar o
facto de não existirem conhecimentos
suficientes para se criar uma explicação
racional.
3. • Esta explicação, o Criacionismo, no
entanto, já no tempo da Grécia antiga não
era satisfatória.
• De modo a contornar a necessidade de
intervenção divina na criação das
espécies, surgem várias teorias
alternativas, baseadas na observação de
fenômenos naturais, tanto quanto os
conhecimentos da época o permitiam.
4. • Aristóteles elaborou uma dessas teorias, cuja
aceitação se manteve durante séculos, com a
ajuda da Igreja Católica, que a adoptou.
• Esta teoria considerava que a Vida era o
resultado da acção de um princípio activo sobre
a matéria inanimada, a qual se tornava, então,
animada.
• Deste modo, não haveria intervenção
sobrenatural no surgimento dos organismos
vivos, apenas um fenómeno natural, a geração
espontânea.
5. • Estas idéias perduraram até á era
moderna, pois Van Helmont (1577 –
1644) ainda considerava que os “cheiros
dos pântanos geravam rãs e que a roupa
suja gerava ratos, adultos e
completamente formados”.
• Também era considerado acertado pelos
naturalistas que os intestinos
produzissem espontaneamente vermes e
que a carne putrefacta gerasse moscas.
6. Todas estas teorias consideravam
possível o surgimento de Vida a
partir de matéria inanimada,
fosse qual fosse o agente
catalisador dessa transformação,
daí o estarem englobadas na
designação geral de Abiogénese.
7. Biogénese
• No século XVII Francisco Redi, naturalista e poeta, pôs em causa as ideias
de Aristóteles, negando a existência do princípio activo e defendendo
que todos os organismos vivos surgiam a partir de inseminação por ovos
e nunca por geração espontânea.
• Para demonstrar a veracidade da sua teoria, Redi realizou uma
experiência que se tornou célebre pelo facto de ser a primeira, registada,
a utilizar um controlo. Colocou carne em 8 frascos.
• Selou 4 deles e deixou os restantes 4 abertos, em contacto com o ar.
8. • Em poucos dias verificou que os frascos abertos estavam cheios
de moscas e de outros vermes, enquanto que os frascos selados
se encontravam livres de contaminação.
• Esta experiência parecia negar, inequivocamente a abiogénese
de organismos macroscópicos, tendo sido aceite pelos
naturalistas da época.
• No entanto, a descoberta do microscópio veio levantar a
questão novamente.
• A teoria da abiogénese foi parcialmente reabilitada pois parecia
a única capaz de explicar o desenvolvimento de microrganismos
visíveis apenas ao microscópio.
9. • Esta situação manteve-se até ao final do século XVIII, quando o
assunto foi novamente debatido por dois famosos cientistas da
época, Needham e Spallanzani.
• Needham utilizou várias infusões, que colocou em frascos. Esses
frascos foram aquecidos e deixados ao ar durante alguns dias.
• Observou que as infusões rapidamente eram invadidas por uma
multitude de microrganismos. Interpretou estes resultados pela
geração espontânea de microrganismos, por acção do princípio
activo de Aristóteles.
10. • Spallanzani usou nas suas experiências 16 frascos. Ferveu
durante uma hora diversas infusões e colocou-as em frascos.
• Dos 16 frascos, 4 foram selados, 4 fortemente rolhados, 4
tapados com algodão e 4 deixados abertos ao ar.
• Verificou que a proliferação de microrganismos era proporcional
ao contacto com o ar.
• Interpretou estes resultados com o fato de o ar conter ovos
desses organismos, logo toda a Vida proviria de outra, pré-
existente.
11. • No entanto, Needham não aceitou estes
resultados, alegando que a excessiva fervura teria
destruído o principio activo presente nas infusões.
• A polémica manteve-se até 1862, quando o francês
Louis Pasteur, pôs definitivamente termo á ideia de
geração espontânea com uma série de
experiências conservadas para a posteridade pelos
museus franceses.
12. • Pasteur colocou diversas infusões em balões de vidro, em contacto
com o ar. Alongou os pescoços dos balões á chama, de modo a que
fizessem várias curvas.
• Ferveu os líquidos até que o vapor saísse livremente das
extremidades estreitas dos balões.
• Verificou que, após o arrefecimento dos líquidos, estes permaneciam
inalterados , tanto em odor como em sabor.
• No entanto, não se apresentavam contaminados por microrganismos.
13. • Para eliminar o argumento de Needham, quebrou alguns
pescoços de balões, verificando que imediatamente os líquidos
ficavam infestados de organismos.
• Concluiu, assim, que todos os microrganismos se formavam a
partir de um qualquer tipo de partícula sólida, transportada pelo
ar.
• Nos balões intactos, a entrada lenta do ar pelos pescoços
estreitos e encurvados provocava a deposição dessas partículas,
impedindo a contaminação das infusões.
14. • Ficou definitivamente provado que, nas
condições atuais, a Vida surge sempre de
outra Vida, pré-existente
• Mas, como surgiu a Vida pela primeira vez ?
15. O QUE É VIDA?
• É realmente muito curioso que em séculos de
Biologia e milênios de Filosofia e Teologias da
Natureza, jamais tenha surgido uma definição
realmente precisa de Vida.
• De fato, é uma idéia muito difícil de ser resumida em
uma só palavra, ou pior, talvez seja uma idéia, por si
só, de dificílima compreensão.
16. • Na antiguidade, especialmente por meio de Aristóteles, era
comum definir como Vivo qualquer Ser capaz de
MOVIMENTO próprio, incluindo os vegetais, que também se
movem ainda que muito lentamente, principalmente devido
ao crescimento, além do que apresentam constantes
variações, com trocas de folhas, produção de frutos e etc.
• Dessa forma, movimento era entendido como qualquer tipo
de ação independente promovida pelo organismo.
17. • Vale lembrar que o termo ANIMAL, que se relaciona à expressão ANIMA,
está impregnado não só de uma idéia de movimento, mas sim de um
tipo de movimento mais amplo.
• A Anima era uma espécie de "essência" que permitia ao Animal ações
mais livres e independentes.
• Enquanto os vegetais possuíam apenas um "Princípio Vegetativo", uma
essência vital, os animais possuíam além disso um "Princípio Animado",
enquanto só o Ser Humano gozava de um"Princípio Racional".
18. • Pode-se considerar também que um Ser Vivo
seria qualquer entidade capaz de se Auto-
Gerenciar com certo grau de independência.
• Enquanto os objetos não-vivos são totalmente
passivos, os seres vivos apresentam um
movimento ordenado, com propósito à
manutenção de sua existência.
19. • Já na antiguidade essa definição tinha alguns
problemas.
• Um deles era que sugeria a idéia de que o Astros
e seus movimentos celestes fossem seres vivos,
bem como outras coisas que apresentassem
algum tipo de ação pouco comum, como os
Magnetos, ou o próprio Fogo, compartilhassem
de características dos seres vivos.
20. • Mas na atualidade sustentar tal definição é muitíssimo
mais problemático, pois somos capazes de produzir
uma série de objetos que apresentam movimentos
próprios e relativamente independentes, capazes
mesmo de se auto gestar.
• Se ainda considerássemos tal definição, teríamos que
considerar muitos dos engenhos que fazemos como
vivos, o que traria uma série de problemas éticos e
conceituais.
21. • Poderíamos no entanto considerar como vivos
apenas os seres auto gerenciáveis que encontramos
na natureza, e não os que nós mesmos produzimos,
mas além de termos os mesmos problemas da
antiguidade, teríamos um dilema toda vez que
produzíssemos formas de vida "artificiais", como
espécies transgênicas, além do que eliminaríamos
por definição qualquer possibilidade de um dia
produzir Vida em laboratórios.
22. • A solução poderia ser que só considerássemos como
vivos, além dos seres naturais, aqueles que produzimos
baseados em princípios "biológicos".
• Ou seja, um robô não seria vivo por possuir estrutura
de materiais inorgânicos, mas os seres transgênicos, ou
espécies produzidas por uma futura engenharia
genética, seriam sim vivas.
• O problema com essa solução, apesar de apresentar um
bom potencial, é que ela é um tanto circular.
Consideraremos Vivo tudo aquilo que for naturalmente
Vivo ou produzido a partir de estruturas Vivas.
• Mas afinal o que é VIDA?!
23. • Além disso, ainda temos o problema de que certos
engenhos que empregam partes de fato vivas,
poderiam ser considerados vivos.
• Cyborgues por exemplo, ou Bio Robôs, que já em
breve serão, se já não são, uma realidade.
• Temos também a possibilidade de criar toda uma
série de dispositivos que empregam estruturas vivas.
• E nem sequer foi preciso tocar na idéia dos
misteriosos Vírus e Príons.
24. • É claro que isso não impede que tenhamos um noção
bastante clara do que é vida, que podemos utilizar, e
temos utilizado, satisfatoriamente.
• Uma delas é que podemos com segurança admitir que
todos os seres vivos possuem uma estrutura molecular
fundamental vulgarmente conhecida por DNA.
• Mas essa noção tende a falhar quando nos deparamos
com os limiares da Investigação.
• É perfeitamente plausível que existam formas de vida
que se baseiem em outras estruturas que não o DNA
que conhecemos.
• É possível que existam seres que sequer se baseiem em
Carbono.
• Sendo assim, é evidente que a idéia de vida tem que ser
mais elástica do que isso.
25. • Outrora foi muito comum consideramos que havia uma FORÇA
VITAL, que estaria presente em todos os seres vivos, de tal forma
que o caracterizaria a vida seria a presença dessa essência, ou
"Elán".
• Mas essa idéia falhou a todas as tentativas de verificação, e hoje
em dia consideramos que um Ser Vivo é diferenciado de um Não
Vivo pelo seu nível de complexidade orgânica intrínseca, o que
nos leva a uma série de outras questões sobre o limiar que
separaria um nível de complexidade de outro.
26. • Por fim, costumamos usar um conceito bastante consensual,
que é a capacidade de Auto-Reprodução da Vida.
• Todos os seres vivos são, normalmente, capazes de se
reproduzir. Mas apenas enquanto espécies, o que é um
conceito que também tem uma série de problemas.
• Há muitos indivíduos estéreis, e não negamos a estes a
característica de Ser Vivo.
• É verdade porém que mesmo esses apresentam reprodução
celular, ou seja, um tipo de "movimento" intrínseco, mas isso
nos leva de volta ao velho problema da questão de definir
como vivo qualquer objeto auto-gerenciável.
• Sem falar nos vírus digitais, e que é bem provável que em breve
sejamos capazes de produzir robôs que possam produzir cópias
de si mesmos.
27. • Além disso, não podemos negar a possibilidade de
existir um Ser sem qualquer capacidade de reprodução,
mas com diversas características dos seres vivos.
• Poderíamos criar um autômato super avançado capaz
até mesmo de chegar ao limiar da Auto-Consciência, ou
mesmo ultrapassá-la, plenamente capaz de se auto gerir.
• Isto poderia ser considerado vida?
28. E somente para trazer a tona uma questão
teológica:
• Se houver Deus, ou Anjos, ou
Deuses.
• Eles seriam seres vivos?
29. O MILAGRE DA VIDA
• Ninguém parece negar o fato de que a origem da vida é
um evento incomparável.
• Ou a vida sempre existiu, o que é difícil sustentar com
nossos conhecimento atuais, ou ela passou a existir quer
na Terra ou em qualquer outro local do Universo.
• Se considerarmos que houve Biogênese, resta saber se ela
tem origem Natural ou Sobrenatural.
• Vida criada por extra-terrestres não divinos não responde
a questão, uma vez que estes ETs teriam que ter tido uma
origem também.
30. • Considerar que a Vida tem origem Sobrenatural
satisfaz os Criacionistas e alguns Evolucionistas,
mas apenas afirmar que a vida foi criada por
Deus não é explicação.
• Pois nada nos diz sobre os processos criativos,
além de nos levar a questionar de onde veio
Deus, ou nos conformar com o conceito de
existência perpétua e inexplicável, o que
aniquila qualquer pretensão investigativa, e põe
fim a Ciência.
31. • Se continuássemos a investigação, teríamos que
admitir então que Deus é um Ser Vivo, e então a
questão permaneceria ou cairíamos na
irracionalidade.
• Poderíamos até admitir tal criação no caso da vida
terrestre, e talvez afastar a biogênese para outros
domínios do Universo, onde talvez as possibilidade
sejam muitos mais facilitadas pelo ambiente do que
na Terra.
• Mas, mais uma vez, isso mantém a questão.
32. Teoria de Lamarck
• Também conhecido como Chevalier de
Lamarck, o naturalista francês que ainda
estudou medicina, física e meteorologia,
publicou a teoria que hoje chamamos de
“lamarckismo” no seu livro “Philosophie
Zoologigue” (1809).
33. A teoria de Lamarck baseou-se em dois
princípios básicos:
• O conceito de que é uma característica intrínseca dos
seres vivos evoluírem para um nível de complexidade
e perfeição cada vez maiores, motivo pelo qual
Lamarck acreditava que os seres haviam evoluído de
microorganismos simples originados de matéria não
viva (teoria da geração espontânea, bastante popular
na época de Lamarck), para organismos mais
complexos.
34. • O segundo princípio foi o do “uso e desuso”, que o foi o ponto
crucial da teoria de Lamarck e dizia, basicamente, que o que
não é usado atrofia e o que é usado se desenvolve sendo
passado para as gerações futuras.
• Ou seja, órgãos, membros e outras características dos seres
vivos que fossem usadas acabariam se desenvolvendo e
passando de geração para geração. Ocorrendo a transmissão
hereditária das características adquiridas.
35. • Entretanto a publicação em 1859 de “A origem das espécies” ,
de Charles Darwin, abalou o fundamento principal da teoria de
Lamarck afirmando que a evolução das espécies se daria pelo
processo de seleção natural e não pelo uso e desuso.
• Segundo a teoria de Darwin algumas pequenas variações nos
organismos surgiriam ao acaso e, caso essas variações os
tornassem mais aptos que os outros organismos estes
sobreviveriam transmitindo suas características aos seus
descendentes.
• Ou seja, na teoria de Lamarck o uso acarretaria a evolução, já
na teoria de Darwin a evolução se daria pelo acaso aliado a
seleção natural.
36. Para simplificar, vamos usar um exemplo bastante comum para
explicar a teoria de Lamarck:
• Imagine que as girafas, antigamente, tinham pescoços bem
menores que o das girafas atuais e que, por isso, elas tivessem
que esticar seus pescoços repetidamente para alcançar as copas
das árvores e se alimentar.
• Esse movimento constante de estiramento do pescoço (uso) teria
causado um alongamento no pescoço das primeiras girafas e, por
isso, seus descendentes teriam nascido com pescoços mais
longos que seus pais e assim sucessivamente até originar as
girafas de pescoço longo que vemos atualmente.
37. Já Darwin explicaria de outra forma:
• Segundo sua teoria entre as girafas de antigamente com pescoços
pequenos teriam nascido, aleatoriamente, alguns indivíduos com
pescoço mais longo o que faria com que conseguissem alcançar a
comida na copa das árvores.
• Já as girafas que nasceram com pescoço pequeno não
conseguiriam alcançar a comida e morreriam de fome ou
simplesmente ficariam em desvantagem na hora de acasalar.
• Assim, apenas as girafas de pescoço longo conseguiriam procriar
transmitindo suas características para seus descendentes e estes
para as próximas gerações.
38. • Aqui, ambas as teorias concordam que as características seriam
transmitidas para as gerações posteriores e gradativamente sendo
aperfeiçoadas. Ou seja, Lamarck não estava completamente
errado, mas seu erro foi crucial para que sua teoria caísse por terra.
• O fato é que a teoria de Lamarck caiu em descrédito e a teoria da
evolução de Darwin, hoje chamada de “Teoria da Evolução
Sintética” é que foi aceita como verdadeira pelos cientistas.
39.
40. Quem foi Charles Darwin?
• O tão conhecido naturalista nasceu na Inglaterra em 1809 e foi o
responsável, juntamente com Alfred Wallace, pela publicação da Teoria
da Evolução.
• Um dos marcos mais importantes da sua história foi a viagem a bordo
no navio Beagle entre 1831 e 1836, na qual visitou diversas regiões do
globo terrestre e teve condições de perceber uma interessante relação
entre fósseis e espécies viventes na época e mecanismos de adaptação
de espécies relacionados ao ambiente e modo de vida destes.
41. • Um exemplo destas observações foi entre emas e
avestruzes, espécies que, apesar da semelhança,
ocupam regiões geográficas distintas.
• Os tentilhões de Galápagos, com bicos adaptados aos
tipos alimentícios - e tartarugas gigantes do mesmo
arquipélago, com detalhes no casco característicos
para indivíduos de cada ilha - também foram
exemplos clássicos quando nos referimos a Darwin.
42. Assim, Darwin teve condições de, por mais de 20 anos, relacionar
esses fatos e publicar a teoria.
• Esta demora se refere, principalmente, ao fato de que suas
descobertas contrariavam o que acreditava-se na época: que
espécies eram fixas, ou seja: todas as espécies que Deus criou
no início do mundo são as espécies que existem, sem nenhuma
a mais ou a menos.
• Como quando chegou de viagem já era bastante conhecido,
Wallace pediu a ele para que lesse seus manuscritos acerca de
uma descoberta que teve.
• Surpreendentemente, Wallace havia escrito justamente o que
Darwin estava há décadas escondendo consigo e, como
solução, publicou a teoria em seu nome e de Wallace.
43. Wallace não achou ruim?
• Não, para ele foi uma honra, visto que
era um mero trabalhador inglês que
admirava a ciência – e Darwin.
• E cinco teorias sustentam Darwin até os
dias atuais
44. EVOLUÇÃO
• O mundo vivo não foi criado nem se recicla
perpetuamente. Os organismos estão em um
lento mas constante processo de mutação.
45. O ANCESTRAL COMUM
• Todo grupo de organismos descende de um
ancestral comum. Os homens e os macacos
atuais, por exemplo, divergiram de um mesmo
ancestral, há cerca de 4 milhões de anos.
Todos os seres vivos, em última instância,
descendem de uma simples e primitiva forma
de vida – a chamada "ameba original".
46. MULTIPLICAÇÃO DAS ESPÉCIES
• As espécies vivas tendem a se diferenciar com
a passagem das eras. Darwin desenhou a
primeira "árvore da vida" em que espécies
"tronco" vão dando origem a outras que saem
do veio principal como "galhos".
47. GRADUALISMO
• As populações se diferenciam gradualmente,
de geração em geração, até que as espécies
que seguiram por um "galho" da árvore da
vida não mais pertençam à mesma espécie do
"tronco" e de outros "galhos".
48. Seleção Natural
• O mecanismo de Seleção Natural, proposta por Charles Darwin, tem
como princípio a adequação de uma característica sugestiva ao meio
ambiente. A prevalência da característica torna-se favorável, à medida
que, hereditariamente, são transmitidas para as gerações seguintes.
• Enquanto a sucessividade da característica benéfica se consolida na
população como caráter padrão, transmitido de geração em geração, as
características desfavoráveis de um organismo, cada vez menos
frequente, não se perpetuam reprodutivamente.
49. • Atuando diretamente sobre o fenótipo, a Seleção
Natural permite mais ênfase aos aspectos favoráveis,
resultando em adaptação do mesmo.
• Assim, as variações bem sucedidas intensificam a
sobrevivência do organismo portador, tornando-o
mais apto reprodutivamente, podendo ocasionar o
surgimento evolutivo de uma nova espécie.
50. Um exemplo clássico que evidencia os efeitos da Seleção Natural é o
aumento da população de mariposas (Biston betularia) com
pigmentação melândrica (escura), após a metade do século XIX.
• Anterior a esse período, não era comum encontrar formas melândricas, as
mariposas com pigmento branco acinzentado prevaleciam.
• No entanto, com o crescente desenvolvimento industrial, emissão de
poluentes na atmosfera e impregnação de fuligem na vegetação, as
mariposas escuras, quando no troco das árvores, passaram a ser menos
observáveis pelos pássaros (predador natural das mariposas).
51. • Consequentemente, a situação se inverteu, as mariposas escuras
passaram a predominar na população, escondendo-se melhor dos
predadores, garantindo sobrevivência e reprodução.
• Sendo a cor das mariposas um fator hereditário dependente de um
par de gene codificador de dois tipos fenotípicos: claro e escuro,
atuou a Seleção Natural sobre a frequência da variedade sujeita às
condições ambientais.
52. • Nesse caso, pode-se concluir que o
processo de Seleção Natural, não
necessariamente potencializa sua
atuação de forma deletária, produzindo
mudança genética, excluindo ou
mantendo uma característica.
• Mas pode limitar uma variação fenotípica
conforme a interferência do meio.