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Pré-relatório, 28 de março de 2008
Brenno Gustavo Barbosa e Thiago Schiavo Mosqueiro
Em ano posterior, os resultados
                                                 
                                                     experimentais      obtidos   foram
  O experimento Franck-Hertz, realizado
                                                    interpretados como a excitação dos
  em 1914, pretendia confirmar a hipótese            átomos levando à transição dos
  de que os espectros de energia das
                                                     níveis atômicos, o que lhes valeu o
  moléculas e dos sólidos são discretos.
                                                     prêmio Nobel em 1925.
 Foram realizados três montagens:
                                                     Esses resultados mostravam a
                                          
    Na primeira montagem, foram
                                                     discretização as energia.
      medidas supostas energias de
      ionização de vários gases;
    A segunda montagem foi uma
      adaptação da primeira montagem
      para realizar a medida da “energia
      de ionização” de metais;
        Na terceira observarão a emissão de
    
        radiação ultra-violeta para o espectro
        do mercúrio, apesar de este elemento
        possuir outras freqüências de emissão;                           Gustav Hertz
                                                     James Franck
A mecânica quântica velha estava começando a surgir quando Franck e
Hertz realizaram este experimento. Imbuídos naquelas idéias,
conseguiram interpretar seus resultados de forma a concordar com tais
modelagens emergentes.
O elétron descreve órbitas estáveis,
                                        
                                            representando estados chamados
    Em 1913, Niels Bohr propõe um
                                           “estacionários”.
    modelo para o átomo de
    hidrogênio: o primeiro modelo que
    obteve algum sucesso ao descrever
    um sistema puramente quântico.

                  O     físico Niels
                  Henrik David Bohr
                  (1885-1962),  em
                  1922.

    O modelo basea-se em três

    hipóteses não muito difíceis de
    serem aceitas dada nossa intuição
    “clássica”.
As órbitas permitidas dependem de
                                        
                                             valores quantizados (discretos) de
                                             momento angular orbital, seguindo
    Em 1913, Niels Bohr propõe um

                                             o vínculo
    modelo para o átomo de
    hidrogênio: o primeiro modelo que
                                              L   pdq : n, com n  Z .
    obteve algum sucesso ao descrever
    um sistema puramente quântico.

                                        p
                  O     físico Niels
                  Henrik David Bohr

                                                      pdq  n
                  (1885-1962),  em
                  1922.

    O modelo basea-se em três

    hipóteses não muito difíceis de
                                                                          
    serem aceitas dada nossa intuição
    “clássica”.
Quando ocorre o salto de um
                                        
                                            elétron entre órbitas, a diferença de
                                            energia é emitida (ou suprida) por
    Em 1913, Niels Bohr propõe um

                                            um simples quantum de luz.
    modelo para o átomo de
    hidrogênio: o primeiro modelo que
    obteve algum sucesso ao descrever
    um sistema puramente quântico.

                  O     físico Niels
                  Henrik David Bohr
                  (1885-1962),  em
                  1922.

    O modelo basea-se em três

    hipóteses não muito difíceis de
    serem aceitas dada nossa intuição
    “clássica”.
Em outras palavras, esperamos a
                                             
                                                 ocorrência de
    Segundo o que foi discutido,

                                                        EHg (1)  EHg (0)  h .
    podemos inferir então que ao
    forçarmos os elétrons de uma                 A freqüência da onda de radiação
                                             
    molécula de mercúrio a transitar de          deve concordar com a diferença de
    um nível eletrônico a seu segundo            energia ao transitar de um estado
    nível eletrônico (isto é, o de energia       etiquetado por 1 para um estado
    imediatamente mais alta), esperamos          etiquetado por 0.
    a emissão de radiação. Portanto,
    alguma técnica de espectroscopia                 Sabemos atualmente que a
                                                 
    poderia nos fornecer o comprimento               freqüência que é medida nesta
                                                     emissão é aproximadamente de
    de onda associado a esta radiação.
                                                     3,94 10⁶Hz. Isto significa que a
                                                     diferença entre as energias do
                                                     estado 1 para o estado 0 deve
                                                     ser igual a 4.89 eV.
Realizamos algumas simulações
                                                          
                                                               com a equação em questão,
    O experimento de Franck-Hertz pode

                                                               salientando que ela mostra
    ser descrito classicamente por meio da
                                                               apenas a conservação da energia
    perda abrupta de energia de um elétron
                                                               e que a corrente é proporcional a
    ao “chocar-se” com um átomo ao
                                                               velocidade, obtendo o seguinte
    coincidirem a energia de excitação do
                                                               gráfico.
    átomo com a energia total do elétron.
    Matematicamente podemos descrever

    esse evento através da simples equação
    (discretizada para uso computacional)
    para um único elétron com velocidade
    inicial v0.
                                                          
                                             me vi21
         2eV                   2E
                                  max  sgn            E ,0  .
vi  v       ( xi  xi 1 ) 
        2
                                            2             
                                      
        i 1
                                                          
         me L                  me     
Realizamos algumas simulações
                                                          
                                                               com a equação em questão,
    O experimento de Franck-Hertz pode

                                                               salientando que ela mostra
    ser descrito classicamente por meio da
                                                               apenas a conservação da energia
    perda abrupta de energia de um elétron
                                                               e que a corrente é proporcional a
    ao “chocar-se” com um átomo ao
                                                               velocidade, obtendo o seguinte
    coincidirem a energia de excitação do
                                                               gráfico.
    átomo com a energia total do elétron.
    Matematicamente podemos descrever

    esse evento através da simples equação
    (discretizada para uso computacional)
    para um único elétron com velocidade
    inicial v0.
                                                          
                                             me vi21
         2eV                   2E
                                  max  sgn            E ,0  .
vi  v       ( xi  xi 1 ) 
        2
                                            2             
                                      
        i 1
                                                          
         me L                  me     
Há quem queira atribuir uma grande

    importância ao fato de que a primeira
    energia de excitação do mercúrio
    ocorrer em 4,67eV e não em 4,89eV
    como se observa no experimento de
    Franck-Hertz. Acreditamos que esse não
    é o grande objetivo deste experimento,
    mas daremos uma explicação sucinta do
    fenômeno.
    O que ocorre é que a secção de choque

    do nível 3p1 é muito maior que a secção
    de choque de 3p0 o que condiciona uma
    maior chance do elétron perder sua
    energia para esse nível. Não poderemos
    visualizar isso no experimento.
Há quem queira atribuir uma grande

    importância ao fato de que a primeira
    energia de excitação do mercúrio
    ocorrer em 4,67eV e não em 4,89eV
    como se observa no experimento de
    Franck-Hertz. Acreditamos que esse não
    é o grande objetivo deste experimento,
    mas daremos uma explicação sucinta do
    fenômeno.
    O que ocorre é que a secção de choque

    do nível 3p1 é muito maior que a secção
    de choque de 3p0 o que condiciona uma
    maior chance do elétron perder sua
    energia para esse nível. Não poderemos
    visualizar isso no experimento.
O caminho livre médio para um gás ideal

    (gás real suficientemente rarefeito) é
    dada por                                      Há uma redução da corrente com
                                              
                1     kT
            l                                    o aumento da temperatura.
                            .
               2d ²  T                        Atribuímos      o     resultado
                                                  contraditório ao aumento da
    Esperávamos inocentemente que o
                                                 pressão de vapor com a
    aumento da temperatura aumentasse o           temperatura.
    livre caminho reduzindo o número de
                                                  Abaixo temos uma interpolação
                                              
    choques e aumentando as chances de
                                                  para a pressão em função da
    um elétron de chegar ao ânodo, contudo
                                                  temperatura,
    ocorre o contrário.

                               log10 P  12,93  0,042.T  2,90.105 T 2 .
Inicialmente, Franck e Hertz gostariam de medir energias de ionizações
para diversos metais, entre eles o mercúrio. Porém, após tomarem
conhecimento do trabalho de Niels Bohr, interpretaram o experimento
de forma concordante com o modelo proposto por Bohr.
O experimento consiste em

    três montagens variantes com
    um mesmo propósito: obter
    informações sobre a emissão
    de radiação pelos elétrons na
    transição entre os estados
    eletrônicos.
    A válvula tetrodo Leybold, com as

    imagens a cima, será utilizada no
    experimento. Em seu interior, há
    mercúrio que será aquecido até atinjir
    um estado de vapor. Há também um
    cátodo, emissor de elétrons que
    percorrerão este vapor.
fk : funciona como um cátodo.
                                              
                                                  Aplicando uma tensão sobre f,
                                                  admitimos que haverá a emissão
    Podemos representar a válvula tetrodo

                                                  de elétrons (emissão termiônica).
    no esquema abaixo, reconhecendo o
                                                  A : ânodo, que receberá elérons
                                              
    ânodo na região à direita e o cátodo, à
                                                  vindos do cátodo.
    esquerda. A região central deverá
                                                  G1 : grade que controla o número
                                              
    conter mercúrio.
                                                  de elétrons, os acelerando em
                                                  sentido ao ânodo A.
Cátodo                             Ânodo          G2 : grade que reacelera os
                                              
                                                  elétrons que, ao colidirem,
                                                  perderam energia para o gás.
                                                  C : região em que há mercúrio
                                              
                                                  (Hg) e está entre as placas G1 e
                                                  G2.
A válvula, em mais detalhes, está

    esquematizada ao lado. Na verdade, a
    formação é cilíndrica, então devemos imaginar
    os elétrons saindo de fk até A radialmente.
    Nosso esquema anterior, copiado abaixo,

    representaria uma das linhas centrais que
    ligam o cátodo ao ânodo.

        Cátodo                   Ânodo
O     mercúrio,    à    temperatura

    ambiente,     apresenta-se     como
    líquido. Aquecendo a válvula, é        Mercúrio (Hg)
    possível mantermos o mercúrio em
    estado de vapor.
                                                Podemos ainda aplicar um potencial
                                           
    Durante o trajeto em C, os elétrons

    emitidos pelo cátodo colidem com            sobre A (ânodo) para que elétrons
    as moléculas de Hg.                         com baixas energias não interfiram
    Nestas colisões, os elétrons podem          na corrente gerada na região C.

    perder sua energia ao excitar os            Definiremos como potencial de
    átomos de Hg. Porém, modelados              retardo esta tensão aplicada em A.
    pelo modelo de Bohr, isto só
                                                O experimento basea-se na medida
                                           
    ocorrerá      se     os     elétrons
                                                da corrente em A em função dos
    apresentarem certos valores de
                                                potenciais aplicados em f e G2.
    energia discretos.
Passagem do sinal
                                                          representando a corrente
                                                               sobre o ânodo.
                      Passagem de
                        elétrons.




                               Tensão que controla o movimento do
                                    marcador sobre o painel.


                                             A corrente passa por um amperímetro de
                                           
                                             grande    precisão    que    repassa     estas
    Como comentamos, mediremos

    durante o experimento a                  informações em forma de “sinal” para um
    corrente que chega ao ânodo,             plotter.
    pois estamos interessados na
                                            Neste plotter, há um papel e um lápis,
    interação entre o vapor de
                                             sustentado por uma régua, que marca o sinal
    mercúrio e os elétrons emitidos
                                             recebido. É possível controlar a velocidade
    pelo cátodo.
                                             com que a régua do plotter percorre o painel.
Para estudar os espectros de energias e a energia de ionização do
mercúrio, realizamos o experimento descrito anteriormente, baseados
nas discussões de Franck e Hertz.
O experimento baseia-se na

  leitura de medidas da corrente
  que chega ao ânodo (A) em
  função do potencial sobre a grade
  que acelera os elétrons (G2).
  Utilizaremos o HP x-y Plotter
  para realizar estas medidas, que
  estará ligado ao amperímetro de
  grande precisão, conectado em
  série com o ponto A.
 Há três montagens diferentes.
  Vamos rapidamente enunciá-las.
O experimento baseia-se na

  leitura de medidas da corrente
  que chega ao ânodo (A) em           A primeira de nossas montagens servirá
  função do potencial sobre a grade   para observarmos uma a ocorrência de
                                      uma excitação dos átomos de mercúrio
  que acelera os elétrons (G2).
                                      pela corrente que percorrerá o cátodo e
  Utilizaremos o HP x-y Plotter
                                      o ânodo, medida no ponto A.
  para realizar estas medidas, que
                                      Segundo nosso modelo, quando um
  estará ligado ao amperímetro de
                                      átomo recebe uma quantidade de de
  grande precisão, conectado em
                                      energia oriunda de um processo externo,
  série com o ponto A.
                                      um de seus elétrons pode transitar entre
 Há três montagens diferentes.
                                      dois estados: esta transição será
  Vamos rapidamente enunciá-las.      detectada indiretamente.
O experimento baseia-se na

  leitura de medidas da corrente
  que chega ao ânodo (A) em           Este arranjo realiza quase a mesma
  função do potencial sobre a grade   tarefa do arranjo anterior, com a
                                      diferença   de     que   observaremos
  que acelera os elétrons (G2).
                                      múltiplas excitações ao longo do
  Utilizaremos o HP x-y Plotter
                                      caminho que a corrente percorrer.
  para realizar estas medidas, que
                                      O objetivo desta mudança é verificar se
  estará ligado ao amperímetro de
                                      o ganho de energia, pelos elétrons,
  grande precisão, conectado em
                                      entre uma excitação e outra é o mesmo
  série com o ponto A.
                                      e se esta quantidade permanece
 Há três montagens diferentes.
                                      inalterada (ou quanto inalterada) à
  Vamos rapidamente enunciá-las.      medida em que modificamos a
                                      temperatura do sistema.
O experimento baseia-se na

  leitura de medidas da corrente      A ionização é a situação em que um
  que chega ao ânodo (A) em           elétron é completamente libertado das
  função do potencial sobre a grade   ligações    (barreiras    atrativas     de
  que acelera os elétrons (G2).       potencial) do átomo, deixando como
  Utilizaremos o HP x-y Plotter       resultado um íon positivo (cátion) livre. A
  para realizar estas medidas, que    idéia é medir esta corrente positiva para
                                      assim estimar qual a energia que foi
  estará ligado ao amperímetro de
                                      necessário fornecer aos elétrons para
  grande precisão, conectado em
                                      ionizar os átomos de mercúrio.
  série com o ponto A.
                                      Associado a este modelo, deveremos
 Há três montagens diferentes.
                                      propor um método para medir o ponto
  Vamos rapidamente enunciá-las.
                                      em que a ionização ocorre de forma
                                      coerente.
A.
o         Primeiramente, fixaremos a diferença de potencial entre A e fk fixa e de
    aproximadamente 3.5V, deveremos observar que a corrente medida em A não sofre
    alterações até que, abruptamente, decresce. Neste valor, deve haver uma
    excitação dos átomos de mercúrio, o que implica na perda de energia por parte dos
    elétrons. Assim, com pouca energia, o potencial de retardo os bloqueia, o que
    explica a queda na corrente.
Nesta parte, variamos o potencial de retardo para verificar a ocorrência da
o
    mudança brusca na medida da corrente. Os gráficos obtidos não foram os
    melhores e diversas flutuações estranhas ocorreriam freqüentemente,
    dificultando a realização das medidas.
    Como o mais importante desta parte não é retirar algum valor
o
    característico do mercúrio, mas observar esta mudança abrupta no
    comportamento da corrente, os gráficos foram suficientes.


        V3 = (20.01 ± 0.01) V
    
        V1 = (5.50 ± 0.01) V
    
        V2 = (0.00 ± 0.01) V
    
Podemos primeiramente verificar a ineficácia das nossas previsões para baixos
o
    valores do potencial de retardo. As curvas abaixo foram obtidas para
                                   V4 = (2.50 ± 0.01) V.
                              o
Neste outro gráfico, estão os valores do potencial de retardo que testamos e a
o
    temperatura em que os dados foram colhidos.
Para cada uma das temperaturas, a tensão em que tal variação ocorreu está

    tabelada abaixo.


    Temperatura   Potencial de   Distância      Tensão       Erro para
      (±1,º C)      Retardo      (±0.1, cm)       (V)         tensão
                   (±0.01,V)
        160            4.5          30.0          23.7          0.1
        160           4.8           27.6          21.8          0.1
        162            5.0          29.0          22.9          0.1
        164            2.5          28.5          22.5          0.09
        166            6.5          28.0          22.1          0.1
B.
o         O elétron é acelerado dentro do tubo até realizar uma colisão inelástica,
    perdendo sua energia. É acelerado novamente, até realizar uma nova colisão. Se
    entre o cátodo fk e a grade G2 houver uma diferença de potencial de 80V aparecerão
    15 picos referentes a 15 colisões inelásticas de um mesmo elétron. Como se tratam
    sempre da mesma transição eletrônica, podemos inferir o valor da diferença de
    energia entre os dois níveis transitados a partir da distância entre os picos.
Abaixo, estão os resultados que obtivemos ao utilizar o plotter para coleta de dados e

    discriminá-los de forma inteligente com ajuda de um software de tratamento de
    imagens.




          Temperatura: 118 º C.                            Temperatura: 91 º C.
Temperatura: 134 º C.   Temperatura: 142 º C.
Temperatura: 144º C.   Temperatura: 154 º C.
Neste amplo intervalo de
                       
                           temperatura,      fomos
                           capazes de observar o
                           comportamento         da
                           corrente medida no
                           ponto A e compará-los.
                           Antes de realizarmos os
                           primeiros cálculos, uma
                           pergunta vem à tona: e a
                           nossa previsão? Estava
Temperatura: 160º C.       errada?
A marcação que realizamos
                                       
                                           está marcada para variar de 0V
    As diferenças de tensões
                                          a 30.01V. Isto significa que para
    associadas aos picos podem ser         que a diferença entre os picos,
                                           em termos de tensão, seja
    calculados a partir da distância
                                           4.9eV, deveremos ter uma
    entre picos.                           diferença em comprimento de

                                                           V
                                                    x       L.
           V3 = (30.01 ± 0.01) V
                                                          V3
           V1 = (5.60 ± 0.01) V
       
                                           Definimos L = (38.0 ± 0.1)cm, o
                                       
           V2 = (3.00 ± 0.01) V
                                          que significa que
           V4 = (0.06 ± 0.01)V
       
                                                  x  6.2cm
Note que para realizarmos estas

  medidas, precisaríamos de uma
  referência de reta horizontal.
  Para tanto, zeramos a corrente
  em A e marcamos a reta abaixo
  de cada uma das curvas.
 A curvatura apresentada pela
  reta nas figuras que estamos
  exibindo       como       nossos
  resultados é devida única e
  exclusivamente ao processo de
  digitalização: nós tiramos fotos.


                                      Temperatura: 118 º C.
          Reta de referência
             horizontal.
 6.2cm

                               6.3cm
           6.3cm


 6.3cm
Nossos resultados estão tabelados abaixo para cada uma
                       
                           das temperaturas estudadas.


Temperatura   Distância                Tensão            Erro para tensão
  (±1,º C)    (±0.1, cm)                 (V)
    91           6.1                     4.82                   0.09
    118          6.2                     4.89                   0.09
    134          6.2                     4.89                   0.09
    142          6.2                     4.89                   0.09
    144          6.3                     4.97                   0.09
    152          6.3                     4.97                   0.09
    160          6.3                     4.97                   0.09



                V  (4.9  0.1)V
Para medir o potencial de

    contato, calculamos a diferença
    entre as energias de excitação
    para cada um das temperaturas        Ocorrência da
    e o potencial em que ocorre o     primeira excitação.
    primeiro pico.




      Vc  V1  V .
                                                 Temperatura: 144º C.
Nossos resultados estão tabelados abaixo para cada uma
                         
                             das temperaturas estudadas.

Temperatura    Posição do             Potencial de            Erro para o
  (±1,º C)    primeiro pico             contato              potencial de
               (±0.1, cm)                 (V)                  contato
    91             8.8                      2.1                    0.2
    118            9.1                      2.3                    0.2
    134           9.0                      2.2                     0.2
    142           8.9                       2.1                    0.2
    144           9.2                       2.3                    0.2
    152             -                        -                      -
    160             -                        -                      -


                  Vc  (2.2  0.2)V
C.
o        Uma vez que a tensão em A é menor que a tensão em fk, o potencial de retardo é
    tão grande que nenhum elétron será detectado. Além disso, por A estar a um
    potencial negativo, serão detectados os íons positivos quando ocorrer a ionização, e
    teremos uma corrente positiva surgindo repentinamente. Por isto, apenas nesta
    terceira montagem é que verificaremos a ionização de fato.
Esperamos com este experimento medir a energia de ionização do mercúrio. Ao
o
    lado, temos a curva obtida para a temperatura de 91ºC.

    Como comentamos, repentinamente,                V3 = (20.01 ± 0.01) V
o                                               
    existe a detecção de corrente no
                                                    V1 = (5.60 ± 0.01) V
                                                
    sentido oposto. Naturalmente, nós
    invertemos as ligações do plotter para          V2 = (3.09 ± 0.01) V
                                                
    que o gráfico ficasse neste sentido,
                                                    V4 = (4.19 ± 0.01)V
                                                
    caso contrário veríamos uma queda
    brusca.
    Para medirmos a energia de ionização,
o
    traçamos as assíntotas...
Esperamos com este experimento medir a energia de ionização do mercúrio. Ao
o
    lado, temos a curva obtida para a temperatura de 91ºC.

    Como comentamos, repentinamente,
o
    existe a detecção de corrente no
    sentido oposto. Naturalmente, nós
    invertemos as ligações do plotter para
    que o gráfico ficasse neste sentido,
    caso contrário veríamos uma queda
    brusca.
    Para medirmos a energia de ionização,
o
    traçamos as assíntotas associadas à
    reta que indica a corrente súbita que
    surge e ...
Esperamos com este experimento medir a energia de ionização do mercúrio. Ao
o
    lado, temos a curva obtida para a temperatura de 91ºC.

    Como comentamos, repentinamente,
o
    existe a detecção de corrente no
    sentido oposto. Naturalmente, nós
    invertemos as ligações do plotter para
    que o gráfico ficasse neste sentido,
    caso contrário veríamos uma queda
    brusca.
    Para medirmos a energia de ionização,
o
    traçamos as assíntotas associadas à
    reta que indica a corrente súbita que
    surge e a reta referência (horizontal).
Utilizando esta modelagem, coletamos o comportamento da corrente para

    duas temperaturas diferentes, obtendo como resultado os valores
    tabelados abaixo.
      Temperatura         Distância      Energia de ionização   Erro
        (±1,º C)          (±0.1, cm)              (V)
           91                23.4               10.21           0.08
           98                23.6               10.42           0.08
           104              24.0                10.63           0.08

    O potencial de ionização fica sendo, portanto,




                          Vion  (10.4  0.1)V .
Concluiremos nossas observações e listaremos as referências que
utilizamos para compreender este experimento (teoria envolvida e a
prática da teoria).
Como obtivemos um bom valor
                                            
                                                 bom para a energia de ionização,
                                                 concluímos que o potencial de
 Obtivemos como energia de excitação do
                                                 contato também        pôde ser
  mercúrio o valor (4.9 ± 0.1)eV. O valor
                                                 calculado com êxito.
  esperado, como comentado ao início, é
  4.89eV.                                       Por fim, pudemos realizar uma
                                                 simulação numérica que constatou
 Obtivemos também a energia de ionização
                                                 as curvas obtidas baseando-se
  como (10.4 ± 0.1)eV. Encontramos em
                                                 apenas no modelo de Bohr e na
  algumas referências o valor de 10.44 eV.
                                                 mecânica clássica.
 O potencial de contato foi medido como
  (2.2 ± 0.2)eV. Podemos verificar sua
  exatidão verificando a exatidão da medida
  da energia de ionização: para medirmos a
  energia de ionização foi necessário subtrair
  o potencial de contato da tensão em que
  houve corrente.
Franck-Hertz experiment with mercury, Atomic and

    Nuclear Physics, Leybold Physics Leaflets, P6.2.4.1.
    What really happens with Franck-Hertz experiment

                                                                Para a confecção dos gráficos,
                                                            
    with mercury, G. F. Hanne, American Journal of
                                                                utilizamos o plotter da HP que
    Physics, 56, 696 (1988).
                                                                comentamos em conjunto com
    Franck-Hertz experiment, Wikipédia,

                                                                dois outros softwares: o penplot,
    http://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Franck-           desenvolvido por um ex-aluno do
    Hertz_experiment&oldid=190671859.                           IFSC, e o Origin Lab, conceituado
    WebElements Periodic Table,
                                                               software para trabalhar com
    http://www.webelements.com/webelements/eleme                dados.
    nts/text/Hg/econ.html
    National Institute of Standards in Technology [2007],

    http://physics.nist.gov/

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O Experimento de Franck Hertz

  • 1. Pré-relatório, 28 de março de 2008 Brenno Gustavo Barbosa e Thiago Schiavo Mosqueiro
  • 2. Em ano posterior, os resultados  experimentais obtidos foram O experimento Franck-Hertz, realizado  interpretados como a excitação dos em 1914, pretendia confirmar a hipótese átomos levando à transição dos de que os espectros de energia das níveis atômicos, o que lhes valeu o moléculas e dos sólidos são discretos. prêmio Nobel em 1925.  Foram realizados três montagens: Esses resultados mostravam a   Na primeira montagem, foram discretização as energia. medidas supostas energias de ionização de vários gases;  A segunda montagem foi uma adaptação da primeira montagem para realizar a medida da “energia de ionização” de metais; Na terceira observarão a emissão de  radiação ultra-violeta para o espectro do mercúrio, apesar de este elemento possuir outras freqüências de emissão; Gustav Hertz James Franck
  • 3. A mecânica quântica velha estava começando a surgir quando Franck e Hertz realizaram este experimento. Imbuídos naquelas idéias, conseguiram interpretar seus resultados de forma a concordar com tais modelagens emergentes.
  • 4. O elétron descreve órbitas estáveis,  representando estados chamados Em 1913, Niels Bohr propõe um  “estacionários”. modelo para o átomo de hidrogênio: o primeiro modelo que obteve algum sucesso ao descrever um sistema puramente quântico. O físico Niels Henrik David Bohr (1885-1962), em 1922. O modelo basea-se em três  hipóteses não muito difíceis de serem aceitas dada nossa intuição “clássica”.
  • 5. As órbitas permitidas dependem de  valores quantizados (discretos) de momento angular orbital, seguindo Em 1913, Niels Bohr propõe um  o vínculo modelo para o átomo de hidrogênio: o primeiro modelo que L   pdq : n, com n  Z . obteve algum sucesso ao descrever um sistema puramente quântico. p O físico Niels Henrik David Bohr  pdq  n (1885-1962), em 1922. O modelo basea-se em três  hipóteses não muito difíceis de  serem aceitas dada nossa intuição “clássica”.
  • 6. Quando ocorre o salto de um  elétron entre órbitas, a diferença de energia é emitida (ou suprida) por Em 1913, Niels Bohr propõe um  um simples quantum de luz. modelo para o átomo de hidrogênio: o primeiro modelo que obteve algum sucesso ao descrever um sistema puramente quântico. O físico Niels Henrik David Bohr (1885-1962), em 1922. O modelo basea-se em três  hipóteses não muito difíceis de serem aceitas dada nossa intuição “clássica”.
  • 7. Em outras palavras, esperamos a  ocorrência de Segundo o que foi discutido,  EHg (1)  EHg (0)  h . podemos inferir então que ao forçarmos os elétrons de uma A freqüência da onda de radiação  molécula de mercúrio a transitar de deve concordar com a diferença de um nível eletrônico a seu segundo energia ao transitar de um estado nível eletrônico (isto é, o de energia etiquetado por 1 para um estado imediatamente mais alta), esperamos etiquetado por 0. a emissão de radiação. Portanto, alguma técnica de espectroscopia Sabemos atualmente que a  poderia nos fornecer o comprimento freqüência que é medida nesta emissão é aproximadamente de de onda associado a esta radiação. 3,94 10⁶Hz. Isto significa que a diferença entre as energias do estado 1 para o estado 0 deve ser igual a 4.89 eV.
  • 8. Realizamos algumas simulações  com a equação em questão, O experimento de Franck-Hertz pode  salientando que ela mostra ser descrito classicamente por meio da apenas a conservação da energia perda abrupta de energia de um elétron e que a corrente é proporcional a ao “chocar-se” com um átomo ao velocidade, obtendo o seguinte coincidirem a energia de excitação do gráfico. átomo com a energia total do elétron. Matematicamente podemos descrever  esse evento através da simples equação (discretizada para uso computacional) para um único elétron com velocidade inicial v0.    me vi21 2eV 2E max  sgn   E ,0  . vi  v  ( xi  xi 1 )  2 2   i 1   me L me 
  • 9. Realizamos algumas simulações  com a equação em questão, O experimento de Franck-Hertz pode  salientando que ela mostra ser descrito classicamente por meio da apenas a conservação da energia perda abrupta de energia de um elétron e que a corrente é proporcional a ao “chocar-se” com um átomo ao velocidade, obtendo o seguinte coincidirem a energia de excitação do gráfico. átomo com a energia total do elétron. Matematicamente podemos descrever  esse evento através da simples equação (discretizada para uso computacional) para um único elétron com velocidade inicial v0.    me vi21 2eV 2E max  sgn   E ,0  . vi  v  ( xi  xi 1 )  2 2   i 1   me L me 
  • 10. Há quem queira atribuir uma grande  importância ao fato de que a primeira energia de excitação do mercúrio ocorrer em 4,67eV e não em 4,89eV como se observa no experimento de Franck-Hertz. Acreditamos que esse não é o grande objetivo deste experimento, mas daremos uma explicação sucinta do fenômeno. O que ocorre é que a secção de choque  do nível 3p1 é muito maior que a secção de choque de 3p0 o que condiciona uma maior chance do elétron perder sua energia para esse nível. Não poderemos visualizar isso no experimento.
  • 11. Há quem queira atribuir uma grande  importância ao fato de que a primeira energia de excitação do mercúrio ocorrer em 4,67eV e não em 4,89eV como se observa no experimento de Franck-Hertz. Acreditamos que esse não é o grande objetivo deste experimento, mas daremos uma explicação sucinta do fenômeno. O que ocorre é que a secção de choque  do nível 3p1 é muito maior que a secção de choque de 3p0 o que condiciona uma maior chance do elétron perder sua energia para esse nível. Não poderemos visualizar isso no experimento.
  • 12. O caminho livre médio para um gás ideal  (gás real suficientemente rarefeito) é dada por Há uma redução da corrente com  1 kT l o aumento da temperatura. . 2d ²  T  Atribuímos o resultado contraditório ao aumento da Esperávamos inocentemente que o  pressão de vapor com a aumento da temperatura aumentasse o temperatura. livre caminho reduzindo o número de Abaixo temos uma interpolação  choques e aumentando as chances de para a pressão em função da um elétron de chegar ao ânodo, contudo temperatura, ocorre o contrário. log10 P  12,93  0,042.T  2,90.105 T 2 .
  • 13. Inicialmente, Franck e Hertz gostariam de medir energias de ionizações para diversos metais, entre eles o mercúrio. Porém, após tomarem conhecimento do trabalho de Niels Bohr, interpretaram o experimento de forma concordante com o modelo proposto por Bohr.
  • 14. O experimento consiste em  três montagens variantes com um mesmo propósito: obter informações sobre a emissão de radiação pelos elétrons na transição entre os estados eletrônicos. A válvula tetrodo Leybold, com as  imagens a cima, será utilizada no experimento. Em seu interior, há mercúrio que será aquecido até atinjir um estado de vapor. Há também um cátodo, emissor de elétrons que percorrerão este vapor.
  • 15. fk : funciona como um cátodo.  Aplicando uma tensão sobre f, admitimos que haverá a emissão Podemos representar a válvula tetrodo  de elétrons (emissão termiônica). no esquema abaixo, reconhecendo o A : ânodo, que receberá elérons  ânodo na região à direita e o cátodo, à vindos do cátodo. esquerda. A região central deverá G1 : grade que controla o número  conter mercúrio. de elétrons, os acelerando em sentido ao ânodo A. Cátodo Ânodo G2 : grade que reacelera os  elétrons que, ao colidirem, perderam energia para o gás. C : região em que há mercúrio  (Hg) e está entre as placas G1 e G2.
  • 16. A válvula, em mais detalhes, está  esquematizada ao lado. Na verdade, a formação é cilíndrica, então devemos imaginar os elétrons saindo de fk até A radialmente. Nosso esquema anterior, copiado abaixo,  representaria uma das linhas centrais que ligam o cátodo ao ânodo. Cátodo Ânodo
  • 17. O mercúrio, à temperatura  ambiente, apresenta-se como líquido. Aquecendo a válvula, é Mercúrio (Hg) possível mantermos o mercúrio em estado de vapor. Podemos ainda aplicar um potencial  Durante o trajeto em C, os elétrons  emitidos pelo cátodo colidem com sobre A (ânodo) para que elétrons as moléculas de Hg. com baixas energias não interfiram Nestas colisões, os elétrons podem na corrente gerada na região C.  perder sua energia ao excitar os Definiremos como potencial de átomos de Hg. Porém, modelados retardo esta tensão aplicada em A. pelo modelo de Bohr, isto só O experimento basea-se na medida  ocorrerá se os elétrons da corrente em A em função dos apresentarem certos valores de potenciais aplicados em f e G2. energia discretos.
  • 18. Passagem do sinal representando a corrente sobre o ânodo. Passagem de elétrons. Tensão que controla o movimento do marcador sobre o painel. A corrente passa por um amperímetro de  grande precisão que repassa estas Como comentamos, mediremos  durante o experimento a informações em forma de “sinal” para um corrente que chega ao ânodo, plotter. pois estamos interessados na  Neste plotter, há um papel e um lápis, interação entre o vapor de sustentado por uma régua, que marca o sinal mercúrio e os elétrons emitidos recebido. É possível controlar a velocidade pelo cátodo. com que a régua do plotter percorre o painel.
  • 19. Para estudar os espectros de energias e a energia de ionização do mercúrio, realizamos o experimento descrito anteriormente, baseados nas discussões de Franck e Hertz.
  • 20. O experimento baseia-se na  leitura de medidas da corrente que chega ao ânodo (A) em função do potencial sobre a grade que acelera os elétrons (G2). Utilizaremos o HP x-y Plotter para realizar estas medidas, que estará ligado ao amperímetro de grande precisão, conectado em série com o ponto A.  Há três montagens diferentes. Vamos rapidamente enunciá-las.
  • 21. O experimento baseia-se na  leitura de medidas da corrente que chega ao ânodo (A) em A primeira de nossas montagens servirá função do potencial sobre a grade para observarmos uma a ocorrência de uma excitação dos átomos de mercúrio que acelera os elétrons (G2). pela corrente que percorrerá o cátodo e Utilizaremos o HP x-y Plotter o ânodo, medida no ponto A. para realizar estas medidas, que Segundo nosso modelo, quando um estará ligado ao amperímetro de átomo recebe uma quantidade de de grande precisão, conectado em energia oriunda de um processo externo, série com o ponto A. um de seus elétrons pode transitar entre  Há três montagens diferentes. dois estados: esta transição será Vamos rapidamente enunciá-las. detectada indiretamente.
  • 22. O experimento baseia-se na  leitura de medidas da corrente que chega ao ânodo (A) em Este arranjo realiza quase a mesma função do potencial sobre a grade tarefa do arranjo anterior, com a diferença de que observaremos que acelera os elétrons (G2). múltiplas excitações ao longo do Utilizaremos o HP x-y Plotter caminho que a corrente percorrer. para realizar estas medidas, que O objetivo desta mudança é verificar se estará ligado ao amperímetro de o ganho de energia, pelos elétrons, grande precisão, conectado em entre uma excitação e outra é o mesmo série com o ponto A. e se esta quantidade permanece  Há três montagens diferentes. inalterada (ou quanto inalterada) à Vamos rapidamente enunciá-las. medida em que modificamos a temperatura do sistema.
  • 23. O experimento baseia-se na  leitura de medidas da corrente A ionização é a situação em que um que chega ao ânodo (A) em elétron é completamente libertado das função do potencial sobre a grade ligações (barreiras atrativas de que acelera os elétrons (G2). potencial) do átomo, deixando como Utilizaremos o HP x-y Plotter resultado um íon positivo (cátion) livre. A para realizar estas medidas, que idéia é medir esta corrente positiva para assim estimar qual a energia que foi estará ligado ao amperímetro de necessário fornecer aos elétrons para grande precisão, conectado em ionizar os átomos de mercúrio. série com o ponto A. Associado a este modelo, deveremos  Há três montagens diferentes. propor um método para medir o ponto Vamos rapidamente enunciá-las. em que a ionização ocorre de forma coerente.
  • 24. A. o Primeiramente, fixaremos a diferença de potencial entre A e fk fixa e de aproximadamente 3.5V, deveremos observar que a corrente medida em A não sofre alterações até que, abruptamente, decresce. Neste valor, deve haver uma excitação dos átomos de mercúrio, o que implica na perda de energia por parte dos elétrons. Assim, com pouca energia, o potencial de retardo os bloqueia, o que explica a queda na corrente.
  • 25. Nesta parte, variamos o potencial de retardo para verificar a ocorrência da o mudança brusca na medida da corrente. Os gráficos obtidos não foram os melhores e diversas flutuações estranhas ocorreriam freqüentemente, dificultando a realização das medidas. Como o mais importante desta parte não é retirar algum valor o característico do mercúrio, mas observar esta mudança abrupta no comportamento da corrente, os gráficos foram suficientes. V3 = (20.01 ± 0.01) V  V1 = (5.50 ± 0.01) V  V2 = (0.00 ± 0.01) V 
  • 26. Podemos primeiramente verificar a ineficácia das nossas previsões para baixos o valores do potencial de retardo. As curvas abaixo foram obtidas para V4 = (2.50 ± 0.01) V. o
  • 27. Neste outro gráfico, estão os valores do potencial de retardo que testamos e a o temperatura em que os dados foram colhidos.
  • 28. Para cada uma das temperaturas, a tensão em que tal variação ocorreu está  tabelada abaixo. Temperatura Potencial de Distância Tensão Erro para (±1,º C) Retardo (±0.1, cm) (V) tensão (±0.01,V) 160 4.5 30.0 23.7 0.1 160 4.8 27.6 21.8 0.1 162 5.0 29.0 22.9 0.1 164 2.5 28.5 22.5 0.09 166 6.5 28.0 22.1 0.1
  • 29. B. o O elétron é acelerado dentro do tubo até realizar uma colisão inelástica, perdendo sua energia. É acelerado novamente, até realizar uma nova colisão. Se entre o cátodo fk e a grade G2 houver uma diferença de potencial de 80V aparecerão 15 picos referentes a 15 colisões inelásticas de um mesmo elétron. Como se tratam sempre da mesma transição eletrônica, podemos inferir o valor da diferença de energia entre os dois níveis transitados a partir da distância entre os picos.
  • 30. Abaixo, estão os resultados que obtivemos ao utilizar o plotter para coleta de dados e  discriminá-los de forma inteligente com ajuda de um software de tratamento de imagens. Temperatura: 118 º C. Temperatura: 91 º C.
  • 31. Temperatura: 134 º C. Temperatura: 142 º C.
  • 32. Temperatura: 144º C. Temperatura: 154 º C.
  • 33. Neste amplo intervalo de  temperatura, fomos capazes de observar o comportamento da corrente medida no ponto A e compará-los. Antes de realizarmos os primeiros cálculos, uma pergunta vem à tona: e a nossa previsão? Estava Temperatura: 160º C. errada?
  • 34. A marcação que realizamos  está marcada para variar de 0V As diferenças de tensões  a 30.01V. Isto significa que para associadas aos picos podem ser que a diferença entre os picos, em termos de tensão, seja calculados a partir da distância 4.9eV, deveremos ter uma entre picos. diferença em comprimento de V x  L. V3 = (30.01 ± 0.01) V  V3 V1 = (5.60 ± 0.01) V  Definimos L = (38.0 ± 0.1)cm, o  V2 = (3.00 ± 0.01) V  que significa que V4 = (0.06 ± 0.01)V  x  6.2cm
  • 35. Note que para realizarmos estas  medidas, precisaríamos de uma referência de reta horizontal. Para tanto, zeramos a corrente em A e marcamos a reta abaixo de cada uma das curvas.  A curvatura apresentada pela reta nas figuras que estamos exibindo como nossos resultados é devida única e exclusivamente ao processo de digitalização: nós tiramos fotos. Temperatura: 118 º C. Reta de referência horizontal.
  • 36.
  • 37.  6.2cm  6.3cm  6.3cm  6.3cm
  • 38. Nossos resultados estão tabelados abaixo para cada uma  das temperaturas estudadas. Temperatura Distância Tensão Erro para tensão (±1,º C) (±0.1, cm) (V) 91 6.1 4.82 0.09 118 6.2 4.89 0.09 134 6.2 4.89 0.09 142 6.2 4.89 0.09 144 6.3 4.97 0.09 152 6.3 4.97 0.09 160 6.3 4.97 0.09 V  (4.9  0.1)V
  • 39. Para medir o potencial de  contato, calculamos a diferença entre as energias de excitação para cada um das temperaturas Ocorrência da e o potencial em que ocorre o primeira excitação. primeiro pico. Vc  V1  V . Temperatura: 144º C.
  • 40. Nossos resultados estão tabelados abaixo para cada uma  das temperaturas estudadas. Temperatura Posição do Potencial de Erro para o (±1,º C) primeiro pico contato potencial de (±0.1, cm) (V) contato 91 8.8 2.1 0.2 118 9.1 2.3 0.2 134 9.0 2.2 0.2 142 8.9 2.1 0.2 144 9.2 2.3 0.2 152 - - - 160 - - - Vc  (2.2  0.2)V
  • 41. C. o Uma vez que a tensão em A é menor que a tensão em fk, o potencial de retardo é tão grande que nenhum elétron será detectado. Além disso, por A estar a um potencial negativo, serão detectados os íons positivos quando ocorrer a ionização, e teremos uma corrente positiva surgindo repentinamente. Por isto, apenas nesta terceira montagem é que verificaremos a ionização de fato.
  • 42. Esperamos com este experimento medir a energia de ionização do mercúrio. Ao o lado, temos a curva obtida para a temperatura de 91ºC. Como comentamos, repentinamente, V3 = (20.01 ± 0.01) V o  existe a detecção de corrente no V1 = (5.60 ± 0.01) V  sentido oposto. Naturalmente, nós invertemos as ligações do plotter para V2 = (3.09 ± 0.01) V  que o gráfico ficasse neste sentido, V4 = (4.19 ± 0.01)V  caso contrário veríamos uma queda brusca. Para medirmos a energia de ionização, o traçamos as assíntotas...
  • 43. Esperamos com este experimento medir a energia de ionização do mercúrio. Ao o lado, temos a curva obtida para a temperatura de 91ºC. Como comentamos, repentinamente, o existe a detecção de corrente no sentido oposto. Naturalmente, nós invertemos as ligações do plotter para que o gráfico ficasse neste sentido, caso contrário veríamos uma queda brusca. Para medirmos a energia de ionização, o traçamos as assíntotas associadas à reta que indica a corrente súbita que surge e ...
  • 44. Esperamos com este experimento medir a energia de ionização do mercúrio. Ao o lado, temos a curva obtida para a temperatura de 91ºC. Como comentamos, repentinamente, o existe a detecção de corrente no sentido oposto. Naturalmente, nós invertemos as ligações do plotter para que o gráfico ficasse neste sentido, caso contrário veríamos uma queda brusca. Para medirmos a energia de ionização, o traçamos as assíntotas associadas à reta que indica a corrente súbita que surge e a reta referência (horizontal).
  • 45. Utilizando esta modelagem, coletamos o comportamento da corrente para  duas temperaturas diferentes, obtendo como resultado os valores tabelados abaixo. Temperatura Distância Energia de ionização Erro (±1,º C) (±0.1, cm) (V) 91 23.4 10.21 0.08 98 23.6 10.42 0.08 104 24.0 10.63 0.08 O potencial de ionização fica sendo, portanto,  Vion  (10.4  0.1)V .
  • 46. Concluiremos nossas observações e listaremos as referências que utilizamos para compreender este experimento (teoria envolvida e a prática da teoria).
  • 47. Como obtivemos um bom valor  bom para a energia de ionização, concluímos que o potencial de  Obtivemos como energia de excitação do contato também pôde ser mercúrio o valor (4.9 ± 0.1)eV. O valor calculado com êxito. esperado, como comentado ao início, é 4.89eV.  Por fim, pudemos realizar uma simulação numérica que constatou  Obtivemos também a energia de ionização as curvas obtidas baseando-se como (10.4 ± 0.1)eV. Encontramos em apenas no modelo de Bohr e na algumas referências o valor de 10.44 eV. mecânica clássica.  O potencial de contato foi medido como (2.2 ± 0.2)eV. Podemos verificar sua exatidão verificando a exatidão da medida da energia de ionização: para medirmos a energia de ionização foi necessário subtrair o potencial de contato da tensão em que houve corrente.
  • 48. Franck-Hertz experiment with mercury, Atomic and  Nuclear Physics, Leybold Physics Leaflets, P6.2.4.1. What really happens with Franck-Hertz experiment  Para a confecção dos gráficos,  with mercury, G. F. Hanne, American Journal of utilizamos o plotter da HP que Physics, 56, 696 (1988). comentamos em conjunto com Franck-Hertz experiment, Wikipédia,  dois outros softwares: o penplot, http://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Franck- desenvolvido por um ex-aluno do Hertz_experiment&oldid=190671859. IFSC, e o Origin Lab, conceituado WebElements Periodic Table,  software para trabalhar com http://www.webelements.com/webelements/eleme dados. nts/text/Hg/econ.html National Institute of Standards in Technology [2007],  http://physics.nist.gov/