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O estilo em Zé Perri– A passagem do Pequeno Príncipe pelo Brasil de Cláudio Fragata
NOTA PRÉVIA Os alunos do 8º ano exploraram o estilo do texto de Cláudio Fragata. Cada um recebeu um capítulo para explorar estilisticamente. Foram desafiados a procurar alguns recursos estilísticos do texto e a explicar a respetiva expressividade.  Eis o resultado do trabalho realizado:
Campeche 2006 pp. 10-14
“Alguma coisa me chamava: venha”, p.11 A vontade de ir a Campeche é tão grande que faz com que o narrador oiça uma voz. Como se a vontade fosse personificada. A vontade ganha vida com a personificação. (latoss78)
“O vento sul varria as dunas com seu sopro gelado”, p. 11 É atribuído ao vento a capacidade de varrer para mostrar que quando o vento passava sobre as dunas, levava tudo no seu caminho. O vento ganha vida e velocidade com o verbo ‘varrer’ que neste contexto se torna expressivo, a sua ação ganha importância. O verbo começa pela mesma letra que o seu sujeito, V e temos por isso uma aliteração em ‘v’ que imita o som do vento. (latoss78)
“A areia branca da praia estendia-se num véu intocado”, p. 11 Esta expressão é uma metáfora bastante expressiva e mostra-nos a beleza da cor da areia, e a imagem criada pela acumulação dos grãos de areia, como se fosse um véu. (latoss78)
“Lençol imaculado estendido sob a pureza do céu”, p. 11 A areia é tão branca como um lençol sem mancha. Esta metáfora já surgiu na frase precedente e o narrador insiste nela. O leitor percebe assim a importância desta imagem. Visualizamos melhor o espaço descrito. (latoss78)
“Só no silêncio a verdade de cada um vinga e deita raízes”, p. 12 Esta imagem faz do silêncio a terra e da verdade a planta que se semeia e consegue germinar. Uma forma de mostrar a importância do silêncio para a verdade surgir e durar. Temos esta imagem metafórica no início do livro e que, veremos mais tarde, é muito importante para perceber a amizade entre St-Exupéry e Deca, dois homens que falavam duas línguas diferentes e membros de dois grupos sociais diferentes. (latoss78)
Escritor-piloto ou piloto-escritor? pp. 18-21
“como um escritor que voava ou um aviador que escrevia.”,p. 18 (ls. 5-6) Estamos perante duas orações coordenadas disjuntivas bastante expressivas. Estas duas orações são alternativa uma da outra a fim de mostrar ao leitor que Saint-Exupéry fazia ambas as coisas: era escritor que escrevia e aviador que voava. A ideia de alternativa é introduzida pela conjunção coordenativa disjuntiva OU que põe em destaque a ideia da dupla faceta do escritor francês. (danu)
“ Saint-Exupéry para os íntimos. Saint-Ex para os mais íntimos. Ex para os muito íntimos.”, pp.20 e 21 (ls. 25-27)  Estamos na presença de uma gradação que permite referir os diferentes nomes do escritor francês e dar bastante importância aos vários apelidos de AntoineSaint-Exupéry. (danu)
“Zé Perri? Mas por que Zé Perri?”, p. 21 (l. 28) O narrador pretende chamar a atenção do leitor, através desta pergunta retórica, para o facto de o nome Saint-Exupéry se ter transformado em Zé Perri para os pescadores de Campeche. Quem não tem estudos, não sabe ler nem escrever, nem sabe francês vai naturalmente reproduzir o som que ouve ignorando como se escreve. (danu)
“Voar, para ele, era tão importante quanto escrever”, p. 18(ls. 12 e 13) Nesta frase a comparação é introduzida pela expressão “tão…quanto”. Podemos deduzir claramente que Saint-Exupérygostava tanto de escrever como de voar. A comparação exprime este equilíbrio entre as duas atividades para o protagonista francês da obra. (danu)
“Caiu no deserto da Líbia. Afundou num lago salgado em França. Arrebentou-se todo na Guatemala.”, pp. 18 e 19 (ls. 16 e 17) Temos aqui uma gradação bastante expressiva contruída com três verbos cujos sentidos parecem completar-se e precisar a vida acidentada do piloto francês - caiu, afundoue acaba e por fim arrebentou-se. Estas três palavras surgem por ordem crescente de perigo, como se os acidentes do herói escritor-aviador fossem de mal a pior, agravando-se cada vez mais. (danu)
“ (…) donos de terras e castelos.”, p.19 (l. 20) O narrador com esta enumeração criou uma apresentação sucessiva dos elementos que pertenciam à família de um dos heróis da história. Assim o leitor tem noção da classe social a que pertencia a família de Saint-Exupéry e compreende melhor a importância de seguir o exemplo dos seus antepassados, algo que Saint-Exupéry não fez.  (danu)
“Como não tenho nuvens nem estrelas que me ajudem a pensar”, p.19 (ls. 13 e 14) Nesta frase o narrador afirma que não tem a “ajuda” nem a “companhia” das nuvens nem das estrelas para encontrar uma solução para a questão de saber se Saint-Ex foi um escritor-piloto ou um piloto-escritor. Ora, todos sabemos que as nuvens e as estrelas são incapazes literalmente de “ajudar” um ser humano a pensar, mas se formos para um contexto marítimo ou aéreo onde as estrelas, o céu com as suas nuvens, condicionam o caminho que marinheiros e pilotos vão seguir, então podemos perceber onde o narrador quer chegar. Temos uma personificação das nuvens e das estrelas que põe em destaque a importância que elas podem ter para determinadas pessoas (é o caso dos dois protagonistas da história), e a banalidade para não dizer insignificância que têm para outras (no caso, o narrador). (danu)
“ (…) ele foi a ovelha negra da família.”, p.19 (l. 23) Metáfora: O narrador afirma que Saint-Exupéry foi a ovelha negra da família, uma metáfora que faz parte da língua portuguesa e que todos conhecemos. Em português, uma ovelha negra, em sentido figurado, pode significar uma “vergonha” ou referir-se a alguém “diferente”, com opiniões ,com sonhos “fora do comum”. Ou seja, o autor da obra O pequeno príncipe tornou-se a ovelha negra da sua família apenas porque seguiu os seus sonhos ignorando a vontade da sua família (a de seguir os passos dos seus antepassados e ser militar). Saint-Exupéryseguiu os seus sonhos e preferiu ser escritor e aviador. (danu)
“Os aviadores morriam como moscas e os escritores eram vistos como vagabundos.”, p.20 (ls. 3 e 4) Nesta frase ambas as comparações são introduzidas pela conjunção “como”. Na primeira comparação os aviadores são comparados a moscas. As moscas são insetos que voam como os pilotos. De um modo geral as moscas não são apreciadas e, naquele tempo, os pilotos exerciam uma profissão perigosa, tinham muitos acidentes, morria-se facilmente. Na segunda comparação, os escritores são comparados a vagabundos. Os vagabundos são também eles pessoas pouco apreciadas, seres à margem da sociedade. (danu)
“ (…) sempre apontado para o céu.”, p.20 (l. 16) Com este exagero o narrador leva o leitor a perceber que o nariz de Saint-Exupéry era arrebitado pois um nariz não pode estar apontado para o céu sem que levantemos a cabeça para o ver. A hipérbole é muito expressiva pois memorizamos facilmente esta caraterística física do piloto francês. (danu)
Deca, o amigo pp. 24-28
“Seu amigo brasileiro foi aos poucos ocupando meus pensamentos”, p. 24 (ls. 2-3) As ideias é que ocupam a nossa mente, aqui o que se torna expressivo é ser uma pessoa a ocupar a mente do narrador, isso mostra como a personagem é relevante. Ele só pensa em Deca. (falarverdadenavida & rt)
“areias ardentes do deserto”, p. 24 (l. 8) Temos aqui uma hipérbole porque a areia não queima, está apenas muito quente. (falarverdadenavida & rt)
“Eu repetia esse apelido baixinho para que o vento o levasse em todas as direções”, p. 24 (l. 9-11) O vento não leva coisas, ele « acompanha » no seu caminha estas coisas. Temos aqui uma personificação deste elemento da natureza que dá vida ao texto. (falarverdadenavida)  
“Deca, Deca, Deca”, p. 24 (l. 11) Temos nesta citação a repetição do nome de um dos protagonistas do livro pelo narrador. Ele repete este nome porque ele o procura e insiste para o encontrar, como se a repetição do nome o ajudasse a encontrar a pessoa. (falarverdadenavida & rt)
“Um mestre do mar. Um mestre do azul”, p. 24 (l. 16) O narrador quer insistir, com a repetição da palavra ‘mestre’, nas capacidades de Deca como pescador. O narrador fá-lo para mostrar que Deca conhecia o mar melhor do que ninguém. (falarverdadenavida & rt)
“a murmurar ao vento”, p. 25 (l. 1) Temos um verbo expressivo (murmurar) que destaca a cumplicidade existente entre o narrador e a natureza, neste caso o vento. O vento ganha a capacidade de ouvir, personificando-se dessa forma e ganhando vida. Estamos perante uma personificação. (falarverdadenavida & rt)
«As ondas respondiam por ele em explosões de espuma: “Aqui estou!”», p. 25 (ls.2-3) Não podemos dizer que o mar nos responde mas esta personificação permite-nos imaginar que quando as ondas caem na areia da praia  isso pode ser uma maneira de responder. (rt)
“por mais equivocada que seja a explicação, cai como uma luva para uma vila de pescadores.”, p. 25 (l. 16-18) O narrador explica a provável origem do nome Campêche – a palavra viria do francês para designarcamp de pêche, ie área de pesca. A ser verdade isso prova a presença dos franceses na zona onde Deca viveu e por conseguinte o eventual contato e amizade entre ele e St.-Exupéry. A explicação do nome convém à história sobre a amizade entre o pescador brasileiro e o piloto francês. Daí o narrador escrever que a explicação assenta como uma luva, encaixa bem. Esta imagem da luva é uma bela metáfora que é muito frequente no português a ponto de já nem reagirmos a ela de tão habituados que estamos.  (rt)
“fazendo gritaria idêntica à dos periquitos”, p. 25 (l. 23) Os garotos gritavam tanto como os periquitos. A figura de estilo, neste caso a comparação, aproxima-os das aves, misturando-os com a natureza. (falarverdadenavida & rt)
“ondas quebrando na praia”, p. 25 (l. 25) Este verbo expressivo – quebrar - refere a forma como as ondas caíam brutalmente na praia. (falarverdadenavida & rt)
“Mas eram os senhores absolutos do azul do Campeche”, p. 26 (ls. 3-4) Temos aqui uma metáfora que se refere ao mar do Campeche de forma expressiva destacando a presença do mar neste local e o fato de Deca e os outros meninos serem donos daquele mar. (falarverdadenavida& rt)
“naquele fim do mundo”, p. 26 (l. 21) Temos nesta citação uma metáfora e também uma hipérbole. O povoado é perdido, pouco conhecido, isolado, como se fosse o fim do mundo. Ao mesmo tempo, ninguém sabe onde fica o fim do mundo. Deste ponto de vista é um exagero falar do Campeche como sendo esse fim do mundo. (falarverdadenavida & rt)
“Jogava a tarrafa com a precisão de um velho pescador.”, p. 27 (ls.  16-17) Comparação entre a forma como Deca jogava tarrafae a precisão com que o fazia um velho pescador, uma forma de mostrar como o protagonista brasileiro era bom na sua profissão porque o aproxima de um pescador cheio de experiência (os velhos são conhecidos por terem experiência naquilo que fazem). (rt)
“Vencia as ondas com remos tão hábeis como as canetas de pena usadas pelo menino Antoine de Saint-Exupéry para desenhar seus primeiros poemas.”, p. 27 (ls. 19-21) Estamos perante uma comparação que aproxima os dois protagonistas da história. Compara-se a habilidade de Deca a usar os remos do barco com a habilidade de Saint-Exupéry a  escrever poesia. O narrador compara os pedaços de madeira que são os remos com a canetas; o mar e o desenho eram importantes para Deca e Saint-Exupéryrespetivamente, daí esta comparação entre os dois objetos. Por fim, temos um verbo inicial – vencer - bastante expressivo que destaca a boa arte de remar do Deca. Não se pode vencer literalmente as ondas, mas é uma forma popular para se dizer que se navega sem dificuldade nas ondas ,apesar de serem fortes. (falarverdadenavida & rt)
“Quando a noite chegava e o vento frio vinha dos confins do mar varrer a terra”, p. 27 (ls. 25-26) Temos aqui a personificaçãoda noite e do vento que destacam a natureza e a sua força levando Deca a proteger-se e a sonhar, tal como se pode perceber nas linhas seguintes. (falarverdadenavida & rt)
“Deca se esquentava junto à boca do forno”, pp. 27-28 Temos uma personificação que mostra como Deca está muito perto do fogo para se aquecer. (falarverdadenavida & rt)
“os olhos pesados de sono”, p. 28 (l. 5) Esta metáforamostra que Deca está muito cansado e por isso é como se os olhos começassem a pesar, como se o cansaço enchesse os olhos. (falarverdadenavida & rt)
“punha-se a caminhar pela pista prateada da lua sobre o mar.”, p. 28 (ls. 5 e 6) Temos neste excerto uma metáfora que torna o reflexo noturno da lua no mar um caminho, uma pista que a imaginação do Deca seguia.
O garoto do castelo pp. 32-36
"O charco que, à noite, servia de palco para o coro polifónico das rãs“, p.32 (l. 9) Esta figura de estilo é uma metáfora. Explica-nos que, quando a noite cai, o charco, uma parcela de água estagnada e pouco profunda, torna-se um palco perfeito para as rãs. Elas começam a coaxar de tal maneira que parecem um coro. Ainda por cima como coaxam a várias vozes, mas de maneira harmoniosa, ao mesmo tempo, o narrador não hesita em falar de "coro polifónico". (clarinha)
"Mas que falta faziam os telhados com tanto espaço lá fora?“, p.33 (ls. 2-3)
" Também não tardou para que eles se interessassem por aquele menino de perguntas sem fim.”, p.35 (ls. 16-17)
“Convidou-o para um passeio pelo céu”, p.35 (l.20) Esta figura de estilo é uma metáfora. Nesta metáfora, Antoine de St. Exupéry, não foi convidado para um simples passeio. É um passeio pelo céu. Compara-se o voo com um passeio. Não está dito explicitamente, mas Antoine vai dar uma volta de avião com o piloto Salvez. Ainda podemos dizer que quando o narrador diz " um passeio pelo céu " temos a sensação de ser transportados por entre as nuvens. (clarinha)
" transformou o passeio em poema " (p.35; l. 22) Esta figura de estilo é uma metáfora. Nesta figura de estilo, Antoine, depois do "passeio pelo céu" decide trancrever esse momento na forma de um poema. Como foi a sua primeira vez entre as nuvens e a sua emoção era tão grande, escreveu um poema porque foi a única maneira que encontrou para exprimir os seus sentimentos. Nesta simples frase podemos ver as duas paixões e a vida de StExupéry: a escrita e a aviação. (clarinha)
O pescador e a raposa pp. 40-43
“Foi necessário que um nascesse em França ... Que fossem Antoine e Deca” , pp.41-42  Temos neste excerto uma construção anafórica. O narrador repete muitas vezes as palavras “que um [...] e o outro”. É a primeira vez que ele fala dos dois protagonistas apresentados neste capítulo. Por isso, eu acho que a primeira impressão que ele nos queria dar deles era uma impressão que destacava as diferenças. Queria insistir no facto de eles serem muito diferentes um do outro, apesar de haver um ponto em comum. Faziam a mesma coisa, mas a condição social e o lugar diferiam. (youpi)
“É quando nasce no coração a palavra amigo e de lá vem para a boca, para os olhos, para cada gesto. ”, p.42 (ls. 19-21) É uma personificação. Uma palavra não nasce e muito menos no coração. Mas o narrador quis referir o aparecimento da amizade com a personificação da palavra amigo que vai nascer no símbolo da amizade que é o coração. (youpi)
“apesar de sua alma impaciente de aventureiro”, p. 42 (l. 24) É uma personificação. O narrador quis dizer que o Antoine tinha sede de aventura. Estava impaciente por viver aventuras. Por isso, para tornar essa ideia mais forte, referiu que a alma estava impaciente de aventuras. (youpi)
A escala de Florianópolis pp. 46-49
“De um país a outro, uma eternidade.”, p. 46 (ls. 9-10) Nesta frase “uma eternidade” é uma hipérbole porque essa palavra exagera  a realidade, para pôr em destaque aquilo de que se fala. Antigamente, quando se enviava uma carta de um país a outro, demorava muito tempo. A palavra “eternidade” refere-se a esse período longo que as cartas levavam quando eram enviadas de um país a outro. (jsp78)
“A ideia era louquíssima para a época.”, p. 47 (l. 1) A palavra ‘louquíssima’ é o adjetivo ‘louco’ no grau superlativo absoluto sintético que põe em destaque, isoladamente, a loucura da ideia. A palavra “louquíssima” é utilizada com alguma ironia.  Essa palavra traz para a ideia de Pierre-GeorgesLatécoère- criar uma linha aérea que partisse de França unindo a Europa e a África – algum “desprezo”. Para a época, a ideia era uma perfeita fantasia, impossível de realizar. (jsp78)
“Os pilotos teriam de vencer […] os picos altíssimos da cordilheira...”p.47 (ls. 2, 4) A palavra ‘altíssimos’ é o adjetivo ‘alto’ no grau superlativo absoluto sintético. Utilizado neste contexto isola a altura destes picos em relação a outros picos e salienta como são enormes. O adjetivo neste grau reforça a dificuldade que os picos representavam para os pilotos. (jsp78)
“Os pilotos teriam de vencer […] os picos altíssimos da cordilheira...” da Cordilheira dos Andes em aviões tremelicantes, frágeis e   mal-aparelhados.”, p. 47 (ls. 2, 4-5)  As três palavras“tremelicantes, frágeis e mal-aparelhados” constituem uma tripla adjetivação. Essas três palavras descrevem os aviões da época. Também podemos considerar que há uma personificação, nomeadamente graças aos dois primeiros adjetivos que descrevem os aviões como se estes tivessem sentimentos humanos.  Os aviões tremiam de frio é por isso que eram tremelicantes, eles  ainda não estavam suficientemente preparados para a viagem idealizada por Pierre-GeorgesLatécoère e por isso estavam ainda  muito frágeis e mal-aparelhados. (jsp78)
“...que aqueles aparelhos voadores e barulhentos passassem..”, p. 48 (l. 18) Nesta citação podemos encontrar uma dupla adjetivação constituída por “voadores e barulhentos”. Esses dois adjectivos são utilizados para descrever e dar mais informações sobre “aqueles aparelhos” que andam pelos ares e que são bastante ruidosos. (jsp78)
“Deca diria que o Campeche era um lugar muito lindo, com as chamas dos lampiões brilhando na noite como se fossem estrelas no chão.”, p. 49 (ls. 1-4) “Como se fossem estrelas no chão” nesta citação temos uma comparação. As chamas dos lampiões são comparadas a estrelas no chão, porque, à noite, para as aterrissagens os homens iam para as pistas e levavam com eles os lampiões acesos para sinalizar a pista ao avião antes de aterrar. Do céu,  nos aviões,  os pilotos tinham a sensação de ver no chão o céu cheio de estrelas, mas não são estrelas, são as chamas dos lampiões. A expressividade da comparação vem da inversão da imagem: as estrelas no céu cedem lugar às estrelas no chão, o céu fica espelhado no chão. (jsp78)
Campeche, 1929 pp. 52-60
“Queria ser livre para voar, voar, voar”, p. 52, (ls. 6-7) Nesta repetição do verbo VOAR, o narrador insiste no fato que Saint-Exupéry queria andar num avião e sentir-se livre como um pássaro a voar no céu. Esta repetição intensifica e exprime a duração do voo; chama também a atenção do leitor para o fato de Antoine de Saint-Exupéry não querer fazer outra coisa senão voar. (caro & lisi)
“Era um bom espaço para o pássaro engaiolado voar, …”, p. 52 (ls. 11-12) Temos uma metáfora nesta frase. Quando se refere o pássaro engaiolado está a evocar-se Saint-Exupéry que não queria ficar fechado a trabalhar num escritório (situação inerente ao cargo de diretor da Linha em Buenos Aires para que fora nomeado). Quando um pássaro está engaiolado não pode voar, não é livre. O narrador utilizou este termo para referir-se a essa eventual falta de liberdade de Saint-Exupéry, um piloto que gostava de voar, no cargo sedentário de diretor de Linha. (caro) O pássaro é na realidade um avião. O pássaro e o avião têm asas e os dois podem voar. Atribui-se vida ao avião, que é um ser inanimado, ao identificá-lo com um pássaro que é um ser animado mas que não se eleva à categoria de pessoa. É um animismo. (lisi)
“Deca […] Forte e bonitão,”, p. 53 (ls. 12-13) ‘Bonitão’ é um aumentativo que intensifica a beleza do Deca. Este aumentativo insiste no fato de Deca ser bonito. Temos igualmente uma dupla adjetivaçãoque destaca a aparência física de Deca. (lisi) 
“Alegria e bom humor eram o alimento dessa amizade.”, p. 54(ls. 13-14) Esta metáfora é a explicação que o narrador dá à amizade entre Deca e Saint-Exupéry. Ele utiliza alegria e bom humor como se fossem alimentos. Para ele, a amizade é feita de alegria e de bom humor. Também faz uma personificação da amizade, fala dela como se fosse um ser humano que precisa de se alimentar para viver. (caro)
“Entrar naqueles barquitos frágeis, feitos de um tronco só de árvore, e enfrentar ondas bravias não era com ele.”, p. 55 (ls. 7-9) Utiliza-se aqui o diminutivo de barco (barquitos) para mostrar até que ponto St-Exupéry não confiava nos barcos. Insiste-se na ideia de fragilidade. O narrador evoca a fragilidade dos barcos face ao monstro que é o mar agitado. Insiste-se também nesta fragilidade referindo-se que são feitos de um só tronco de árvore. (caro)  “Um tronco só de árvore” é uma expressão que exagera a realidade e põe em destaque a fragilidade dos barcos, que é aquilo de que se fala. É uma hipérbole. (lisi) 
“ …a gente vê melhor com os olhos do coração.”, p. 55 (l. 17) Esta metáfora compara a forma como sentimos a vida no nosso coração com os olhos reais. O coração adquire metaforicamente o sentido da vista. Podemos ver igualmente uma personificação do coração que põe em destaque  a “sede  simbólica” dos nossos sentimentos. Estes recursos insistem em que devemos confiar no nosso coração. Mesmo se na realidade o coração não tem olhos, consegue ver melhor que os olhos verdadeiros. Por vezes os olhos enganam-nos porque só veem o aspeto exterior, não aprofundam. Pela cor de pele ou pela maneira de ser de uma pessoa, os olhos podem mostrar-nos que essa pessoa não é boa, uma ideia que pode não ser verdadeira. Exupéry escutou o coração quando criou uma amizade com Deca. Os seus olhos mostraram-lhe um pescador analfabeto, mas o seu coração mostrou-lhe uma pessoa fantástica com a qual teve uma grande amizade. Por vezes os olhos não nos mostram a verdadeira personalidade de uma pessoa, só nos mostram os seus defeitos físicos ao contrário do coração, que nos revela a verdadeira identidade de uma pessoa. (caro & lisi)
“Entendemos tudo quando ouvimos a voz que vem do coração, aquela que só os verdadeiros amigos ouvem.”, p. 55 (ls. 17-20) Esta metáfora revela que para ter uma amizade não precisamos de nos entender. Basta ouvir a voz de coração, isto é, aquilo que sentimos pelo nosso amigo. Mesmo se Deca e St.-Exupéry não falavam um com o outro, conseguiam ter uma grande amizade baseada no silêncio. Nesta, o que contava era o tempo que passavam juntos e a forma como se compreendiam um ao outro pelos gestos e modo de proceder. (caro)  Tal como anteriormente se referiram os olhos do coração, a personificação deste órgão continua. Foi atribuída uma característica humana, a de poder falar. É uma personificação, tendo o coração uma função humana. (lisi)
“Onde estava o menino … no alto das árvores?”, p. 57 (ls. 10-12) Estas perguntas retóricas servem para mostrar que Saint-Exupéry continuava a ser o mesmo. Ia à caça, mas libertava os animais. Estas perguntas permitem mostrar que Saint-Exupéry não tinha mudado dando vida ao texto, despertando o leitor não o deixando entrar na passividade. (caro)
“Como duas crianças que voltavam felizes de uma brincadeira.”, p. 57 (ls. 21-22) Os dois caçadores, Deca e Zé Perri, são comparados a duas crianças porque eles voltavam felizes mesmo sem trazerem caça alguma. Voltam cúmplices e ainda mais amigos, como se fossem crianças felizes com a brincadeira de terem ido à caça. Há uma relação de semelhança entre os caçadores e as crianças pela despreocupação dos primeiros. Esta relação é estabelecida com a expressão comparativa “como”. Estamos perante uma comparação. (lisi)
“Deca morria de medo só de pensar na ideia”, p. 58 (ls. 15-16) Esta hipérbole mostra que Deca não queria andar de avião. Há um exagero no uso do verbo “morrer” para mostrar que só de pensar na ideia de andar de avião Deca se assustava muito. Claro que daí até morrer… é um exagero! A ideia fica bem destacada com este recurso estilístico. (caro)
“A noite o chamava com suas músicas, suas luzes, suas risadas.”, p. 58 (ls. 23-24) Há uma personificação da noite que surge aqui descrita como se fosse uma pessoa. Este recurso serve para mostrar como Saint-Exupéry gostava da noite e do seu ambiente festivo.  (caro)
“Adieu era a palavra mais triste do mundo.”, p. 60 (ls. 12-13) Para Deca “Adieu” é a palavra mais triste du mundo, mas é uma opinião subjetiva e pessoal porque há palavras mais tristes do que “Adieu”. Esta frase pode ser considerada um exagero, e se assim for é uma hipérbole. Permite destacar o fato de Deca ter percebido o significado dessa palavra : ele, o analfabeto, percebera que quando a palavra era pronunciada o seu amigo francês ia ausentar-se durante muito tempo. (lisi)
Sob as estrelas pp. 64-66
“Só o canto de uma gaivota ou outra cortando o azul.”, p. 64(ls. 6-7) Não se ouvia o barulho do motor a não ser o canto de uma gaivota cortando o azul, o azul faz referência ao céu e claro não se pode cortaro céu – metáfora bastante expressiva- querdizer que a gaivotaestávoando no alto, sozinha, numcéuazul, límpido… Tambémna frase seguinte, " Sóa explosãodasondas no mar.« , nos leva a pensar que a gaivotavoaperto do mar. (lolo)
“Zé Perri […] grandalhão e feliz“, p. 64 (l. 13) A palavra "grande", para parecer ainda maior, foi posta no grau de superioridade acentuando o facto de Zé Perri ser muito alto. Este aumentativo acentua o tamanho grande do personagem. Para além deste aumentativo temos um segundo adjetivo a caraterizar Zé Perri. Há pois uma dupla adjetivaçãoexpresiva apontando para uma caraterística física – muito grande -  e para uma caraterística psicológica – feliz – de Zé Perri. (vicky & lolo)
“a esposa Consuelo, uma pintora e escultora salvadorenha”,p. 65 (l.3) Encontramos aqui uma dupla adjectivação dando informações acerca da esposa de Zé Perri. Pelo que vemos, ela gosta das artes pois os dois adjetivos evocam a pintura e a escultura como atividades desenvolvidas por Consuelo. (vicky)
“Basta fechar os olhos para vir à memória a frágil figurinha de cabelos dourados”, p. 65 (ls. 20-21) Este diminutivo, ‘figurinha’, põe em destaque não só a tenra idade do principezinho como a sua fragilidade, também evocada pelo adjetivo que acompanha o nome, ‘frágil’.  (lolo)
“Deca era analfabeto, mas se lembrava de Zé Perri como se tivesse lido O Pequeno Príncipe“p. 65 (ls. 23-24) Esta comparação é muito expressiva porque recorda que o livro de St.-Exupéry é um livro sobre a amizade e que, mesmo se Deca nunca lera esse livro ele conhecera a amizade por causa da relação que tivera com Zé Perri. Ter sido amigo do piloto francês equivalia a leitura do livro. (vicky)
“Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas rissem!“, p. 66 (ls. 4-5) O narrador de O Pequeno Príncipecompara-se com as estrelas do céu nesta metáfora que o narrador de Zé Perri pediu emprestada ao narrador francês. É como se o seu sorriso fosse igual ao brilho das estrelas. (vicky)
"A saudade é o preço que se paga quando somos cativados“, p. 66 (ls. 9-10) A expressividade desta citação vem do fato de se comparar a saudade a um produto que se vende, que tem um preço. A metáfora não nos deixa indiferentes porque sabemos perfeitamente que a saudade não está à venda, não é um bem é um sentimento e os sentimentos não estão disponíveis no comércio. Quando somos cativados por alguém acabamos por "sofrer“, é esta a ideia que a metáfora faz chegar até nós usando termos próprios do comércio. (vicky)
Mergulho no azul pp. 70-73
“...quase não havia nuvens e o céu se abria num azul tão intenso quanto o do mar..”, p. 70 (ls. 4-5) O autor diz que o azul do céu parecia o do mar porque o céu estava limpo, sem nuvens. O brilho do Sol fazia brilhar o mar que parecia ter um azul claro, turquesa que era igual à cor do céu. Estamos perante uma comparação que une o mar ao céu, que une o universo de Deca, pescador, com o mundo de St.-Exupéry, o piloto. (SLB) Essa comparação foi escrita para explicar-nos que naquele dia, a cor azul do céu era tão intensa quanto o azul do mar (isto é, se o azul do céu é tão intenso quanto o azul do mar, quer dizer que não poderíamos diferenciar esses dois elementos graças à intensidade que libertam). (didi)
A chave do mistério pp. 76-78
“Voltei do Campeche como quem atravessa um portal mágico”, p. 76 (ls. 1-2) Com esta comparação podemos perceberque a viagem que o narrador acaba de fazer não o deixou indiferente. O narrador compara o fim da sua viagem, o seu regresso do Campeche à sua passagem por um portão mágico, deixava para trás o mundo da fantasia. Sentimos que regressa triunfante com o mistério da amizade de Deca e Antoine de Saint-Exupéry. (alimacak & greenday)
“Vinha com a sensação de liberdade igual à de quem decifra um enigma.”, p. 76 (ls. 2-3)  Estamos na presença de uma comparação porque o narrador compara a sensação de liberdade que tinha ao voltar do Campecheà de quem decifra um enigma. Após longas pesquisas, regressa enfim com as dúvidas, que tinha a propósito da amizade de SaintExupéry e Deca, esclarecidas. (alimacak)
O mesmo mistério que os uniu morava em mim, p.76 (ls. 5-6) Esta personificação do mistério é expressiva e parece dominar o narrador. Este usa o verbo «morar» para nos fazer sentir que o mistério estava profundamente dentro dele, mas, como todos sabemos, um mistério não pode morar em lugar nenhum, é uma caraterística humana – é isto que torna a expressão da ideia original. (alimacak)
“O mesmo mistério que os uniu morava em mim, tão grande e enraizado como um baobá.“, p. 76 (ls. 5-7) Esta comparação faz-nos simplesmente perceber que o narrador nunca pensou ter um mistério assim tão importante e profundo como as raízes dum “baobá“, a árvore africana sagrada, também conhecida como imbondeiro e que se tornou muito conhecida por esse mundo fora graças à obra de Saint-Exupéry e que Cláudio Fragata não deixa de referir pois há uma fortíssima intertextualidade entre obra brasileira e francesa. (greenday)
"Descobri que a história dessa amizade era uma rosa da qual eu devia cuidar com devoção“, p. 76 (ls. 8-9)  Esta metáforaexprime que a amizade entre Deca e Zé Perri é comparável a uma rosa que precisa de muitos cuidados, a amizade é uma flor frágil e por isso há que cuidar bem dela. (alimacak & greenday)
“Tudo isso vi com o coração.”, p.77 (l. 2) Temos nesta citação uma metáfora. O narrador usa a expressão « ver com o coração» para mostrar que não viu tal como normalmente se vê, isto é, com os olhos. O narrador exprime sentimentos e emoções e com base nisso viu, imaginou o que viveram Deca e SaintExupéry. (alimacak)
"A história chegou até os dias de hoje como chegam as grandes histórias: pela tradição oral“, p. 77 (ls. 5-7)  Estamos perante uma comparação: o narrador compara a maneira como a história de Deca e St.-Exupéryfoi transmitida à maneira de transmissão das grandes histórias, que chegaram até nós por via oral. Podemos deduzir que o narrador quer assim comparar a grandiosidade da sua história com as grandiosas histórias da Antiguidade Clássica? A grandiosidade de uma Eneida? Ou de uma Odisseia? (alimacak & greenday) 
"Deca foi o registrovivo dela.“, p. 77 (l. 7) Temos aqui uma metáfora que assimila Decaà tradição oral que assegurou a transmissão da história da sua amizade com Zé Perri. Deca é a tradição oral porque contou aos filhos a história e estes por sua vez transmitiram-na aos seus filhos e por aí fora. (greenday)
"De onde um pescador que não sabia ler nem escrever e que vivia isolado do mundo num pequeno povoado poderia tirar esse nome?”, pp. 77-78   Esta pergunta retórica do narrador pretende convencer o leitor que a amizade de Deca e Zé Perriaconteceu mesmo, que os dois homens se encontraram forçosamente. (greenday) 
“mas o apelido Zé Perri é a chave da história.”, p. 78 (l. 6) Temos nesta frase adversativa uma metáfora: o narrador tem a sensação que o apelido Zé Perri revela a existência da amizade entre um aviador e um pescador analfabeto porque foi esse nome que ficou em Campeche e ali perdura. O apelido é pois a chave, como uma chave. (alimacak)
“O apelido Zé Perri não pode ser tocado, não pode ser fechado na palma da mão sem que se desvaneça.”, p. 78 (ls. 11-12) Temos aqui uma construção anafórica que nos mostra a fragilidade do apelido Zé Perri: não pode ser… não pode ser. É difícil pois tocar, guardar este nome, materialmente falando. Podemos dizer que, como a amizade, é algo abstrato. Zé Perri pode ser assim um sinónimo de amizade? (alimacak)
“O apelido Zé Perri[…] é a chave de um mistério.”, p. 78(ls. 11 e 13) Temos uma metáfora que nos repete que o nome Zé Perri não é comum e é, por isso, a prova da existência da amizade entre Deca e Exupéry.  Como é a única prova concreta que se pode explorar, o narrador considera-a uma chave, o apelido é a chave, sem a chave não se abre a porta, sem o apelido zéperri não podemos compreender a história entre os dois homens. (alimacak & greenday)
“Não é um apelido qualquer. É feito de sol, de areia, de vento, de luar. É feito de risos, canções, amizade e poesia. É feito de azul.”, p. 78 (ls. 14-15) Estamos perante a metáfora do apelido Zé Perri. O narrador atribui-lhe características abstratase concretas que aproximam o apelido, criado supostamente por Deca, do principezinho de Saint-Exupéry. Através desta comparação, o narrador mostra a importância desta amizade que acaba de narrar. (alimacak)
Epílogo p. 82
“ Se um dia você estiver caminhando (…) Repare se ao lado dele está. Então, por favor, não perca tempo. Mande-me um email depressa…”, p. 82 	Encontramos nestas linhas finais as marcas do narrador a que Cláudio Fragata já nos habituou. Um narrador não participante na história que narra, mas que se aproxima e dialoga, sempre que pode, com o leitor. Aqui temos a prova dessa proximidade e desse diálogo: dirige-se a nós com o ‘você’ e o uso do imperativo  -  ‘repare’ e ‘mande-me’ – que nos pede para agir no caso de encontrarmos os dois protagonistas desta história.
“… e um menino de cabelos de ouro…”, p. 82 (l. 2) Estamos perante uma metáfora, porque os cabelos do menino não eram desse metal, mas tinham a mesma cor; a expressão permite comparar a cor do cabelo com a cor do metal precioso (ouro). (GS)
Referências bibliográficas:  Fragata, Cláudio (2009): Zé Perri – A passagem do Pequeno Príncipe pelo Brasil, Record. Pinto, José Manuel de Castro e Maria do Céu Vieira Lopes (2008): Gramática do Português Moderno (remodelada), Plátano Editora. Trabalho realizado com a turma de 8º ano da Secção Portuguesa do LI (2009-2010) PARA O TRABALHO COLABORATIVO VOOS EM LP http://www.nonio.uminho.pt/vooslp/

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O estilo em ZÉ PERRI de Cláudio Fragata

  • 1. O estilo em Zé Perri– A passagem do Pequeno Príncipe pelo Brasil de Cláudio Fragata
  • 2. NOTA PRÉVIA Os alunos do 8º ano exploraram o estilo do texto de Cláudio Fragata. Cada um recebeu um capítulo para explorar estilisticamente. Foram desafiados a procurar alguns recursos estilísticos do texto e a explicar a respetiva expressividade. Eis o resultado do trabalho realizado:
  • 4. “Alguma coisa me chamava: venha”, p.11 A vontade de ir a Campeche é tão grande que faz com que o narrador oiça uma voz. Como se a vontade fosse personificada. A vontade ganha vida com a personificação. (latoss78)
  • 5. “O vento sul varria as dunas com seu sopro gelado”, p. 11 É atribuído ao vento a capacidade de varrer para mostrar que quando o vento passava sobre as dunas, levava tudo no seu caminho. O vento ganha vida e velocidade com o verbo ‘varrer’ que neste contexto se torna expressivo, a sua ação ganha importância. O verbo começa pela mesma letra que o seu sujeito, V e temos por isso uma aliteração em ‘v’ que imita o som do vento. (latoss78)
  • 6. “A areia branca da praia estendia-se num véu intocado”, p. 11 Esta expressão é uma metáfora bastante expressiva e mostra-nos a beleza da cor da areia, e a imagem criada pela acumulação dos grãos de areia, como se fosse um véu. (latoss78)
  • 7. “Lençol imaculado estendido sob a pureza do céu”, p. 11 A areia é tão branca como um lençol sem mancha. Esta metáfora já surgiu na frase precedente e o narrador insiste nela. O leitor percebe assim a importância desta imagem. Visualizamos melhor o espaço descrito. (latoss78)
  • 8. “Só no silêncio a verdade de cada um vinga e deita raízes”, p. 12 Esta imagem faz do silêncio a terra e da verdade a planta que se semeia e consegue germinar. Uma forma de mostrar a importância do silêncio para a verdade surgir e durar. Temos esta imagem metafórica no início do livro e que, veremos mais tarde, é muito importante para perceber a amizade entre St-Exupéry e Deca, dois homens que falavam duas línguas diferentes e membros de dois grupos sociais diferentes. (latoss78)
  • 10. “como um escritor que voava ou um aviador que escrevia.”,p. 18 (ls. 5-6) Estamos perante duas orações coordenadas disjuntivas bastante expressivas. Estas duas orações são alternativa uma da outra a fim de mostrar ao leitor que Saint-Exupéry fazia ambas as coisas: era escritor que escrevia e aviador que voava. A ideia de alternativa é introduzida pela conjunção coordenativa disjuntiva OU que põe em destaque a ideia da dupla faceta do escritor francês. (danu)
  • 11. “ Saint-Exupéry para os íntimos. Saint-Ex para os mais íntimos. Ex para os muito íntimos.”, pp.20 e 21 (ls. 25-27) Estamos na presença de uma gradação que permite referir os diferentes nomes do escritor francês e dar bastante importância aos vários apelidos de AntoineSaint-Exupéry. (danu)
  • 12. “Zé Perri? Mas por que Zé Perri?”, p. 21 (l. 28) O narrador pretende chamar a atenção do leitor, através desta pergunta retórica, para o facto de o nome Saint-Exupéry se ter transformado em Zé Perri para os pescadores de Campeche. Quem não tem estudos, não sabe ler nem escrever, nem sabe francês vai naturalmente reproduzir o som que ouve ignorando como se escreve. (danu)
  • 13. “Voar, para ele, era tão importante quanto escrever”, p. 18(ls. 12 e 13) Nesta frase a comparação é introduzida pela expressão “tão…quanto”. Podemos deduzir claramente que Saint-Exupérygostava tanto de escrever como de voar. A comparação exprime este equilíbrio entre as duas atividades para o protagonista francês da obra. (danu)
  • 14. “Caiu no deserto da Líbia. Afundou num lago salgado em França. Arrebentou-se todo na Guatemala.”, pp. 18 e 19 (ls. 16 e 17) Temos aqui uma gradação bastante expressiva contruída com três verbos cujos sentidos parecem completar-se e precisar a vida acidentada do piloto francês - caiu, afundoue acaba e por fim arrebentou-se. Estas três palavras surgem por ordem crescente de perigo, como se os acidentes do herói escritor-aviador fossem de mal a pior, agravando-se cada vez mais. (danu)
  • 15. “ (…) donos de terras e castelos.”, p.19 (l. 20) O narrador com esta enumeração criou uma apresentação sucessiva dos elementos que pertenciam à família de um dos heróis da história. Assim o leitor tem noção da classe social a que pertencia a família de Saint-Exupéry e compreende melhor a importância de seguir o exemplo dos seus antepassados, algo que Saint-Exupéry não fez. (danu)
  • 16. “Como não tenho nuvens nem estrelas que me ajudem a pensar”, p.19 (ls. 13 e 14) Nesta frase o narrador afirma que não tem a “ajuda” nem a “companhia” das nuvens nem das estrelas para encontrar uma solução para a questão de saber se Saint-Ex foi um escritor-piloto ou um piloto-escritor. Ora, todos sabemos que as nuvens e as estrelas são incapazes literalmente de “ajudar” um ser humano a pensar, mas se formos para um contexto marítimo ou aéreo onde as estrelas, o céu com as suas nuvens, condicionam o caminho que marinheiros e pilotos vão seguir, então podemos perceber onde o narrador quer chegar. Temos uma personificação das nuvens e das estrelas que põe em destaque a importância que elas podem ter para determinadas pessoas (é o caso dos dois protagonistas da história), e a banalidade para não dizer insignificância que têm para outras (no caso, o narrador). (danu)
  • 17. “ (…) ele foi a ovelha negra da família.”, p.19 (l. 23) Metáfora: O narrador afirma que Saint-Exupéry foi a ovelha negra da família, uma metáfora que faz parte da língua portuguesa e que todos conhecemos. Em português, uma ovelha negra, em sentido figurado, pode significar uma “vergonha” ou referir-se a alguém “diferente”, com opiniões ,com sonhos “fora do comum”. Ou seja, o autor da obra O pequeno príncipe tornou-se a ovelha negra da sua família apenas porque seguiu os seus sonhos ignorando a vontade da sua família (a de seguir os passos dos seus antepassados e ser militar). Saint-Exupéryseguiu os seus sonhos e preferiu ser escritor e aviador. (danu)
  • 18. “Os aviadores morriam como moscas e os escritores eram vistos como vagabundos.”, p.20 (ls. 3 e 4) Nesta frase ambas as comparações são introduzidas pela conjunção “como”. Na primeira comparação os aviadores são comparados a moscas. As moscas são insetos que voam como os pilotos. De um modo geral as moscas não são apreciadas e, naquele tempo, os pilotos exerciam uma profissão perigosa, tinham muitos acidentes, morria-se facilmente. Na segunda comparação, os escritores são comparados a vagabundos. Os vagabundos são também eles pessoas pouco apreciadas, seres à margem da sociedade. (danu)
  • 19. “ (…) sempre apontado para o céu.”, p.20 (l. 16) Com este exagero o narrador leva o leitor a perceber que o nariz de Saint-Exupéry era arrebitado pois um nariz não pode estar apontado para o céu sem que levantemos a cabeça para o ver. A hipérbole é muito expressiva pois memorizamos facilmente esta caraterística física do piloto francês. (danu)
  • 20. Deca, o amigo pp. 24-28
  • 21. “Seu amigo brasileiro foi aos poucos ocupando meus pensamentos”, p. 24 (ls. 2-3) As ideias é que ocupam a nossa mente, aqui o que se torna expressivo é ser uma pessoa a ocupar a mente do narrador, isso mostra como a personagem é relevante. Ele só pensa em Deca. (falarverdadenavida & rt)
  • 22. “areias ardentes do deserto”, p. 24 (l. 8) Temos aqui uma hipérbole porque a areia não queima, está apenas muito quente. (falarverdadenavida & rt)
  • 23. “Eu repetia esse apelido baixinho para que o vento o levasse em todas as direções”, p. 24 (l. 9-11) O vento não leva coisas, ele « acompanha » no seu caminha estas coisas. Temos aqui uma personificação deste elemento da natureza que dá vida ao texto. (falarverdadenavida)  
  • 24. “Deca, Deca, Deca”, p. 24 (l. 11) Temos nesta citação a repetição do nome de um dos protagonistas do livro pelo narrador. Ele repete este nome porque ele o procura e insiste para o encontrar, como se a repetição do nome o ajudasse a encontrar a pessoa. (falarverdadenavida & rt)
  • 25. “Um mestre do mar. Um mestre do azul”, p. 24 (l. 16) O narrador quer insistir, com a repetição da palavra ‘mestre’, nas capacidades de Deca como pescador. O narrador fá-lo para mostrar que Deca conhecia o mar melhor do que ninguém. (falarverdadenavida & rt)
  • 26. “a murmurar ao vento”, p. 25 (l. 1) Temos um verbo expressivo (murmurar) que destaca a cumplicidade existente entre o narrador e a natureza, neste caso o vento. O vento ganha a capacidade de ouvir, personificando-se dessa forma e ganhando vida. Estamos perante uma personificação. (falarverdadenavida & rt)
  • 27. «As ondas respondiam por ele em explosões de espuma: “Aqui estou!”», p. 25 (ls.2-3) Não podemos dizer que o mar nos responde mas esta personificação permite-nos imaginar que quando as ondas caem na areia da praia isso pode ser uma maneira de responder. (rt)
  • 28. “por mais equivocada que seja a explicação, cai como uma luva para uma vila de pescadores.”, p. 25 (l. 16-18) O narrador explica a provável origem do nome Campêche – a palavra viria do francês para designarcamp de pêche, ie área de pesca. A ser verdade isso prova a presença dos franceses na zona onde Deca viveu e por conseguinte o eventual contato e amizade entre ele e St.-Exupéry. A explicação do nome convém à história sobre a amizade entre o pescador brasileiro e o piloto francês. Daí o narrador escrever que a explicação assenta como uma luva, encaixa bem. Esta imagem da luva é uma bela metáfora que é muito frequente no português a ponto de já nem reagirmos a ela de tão habituados que estamos. (rt)
  • 29. “fazendo gritaria idêntica à dos periquitos”, p. 25 (l. 23) Os garotos gritavam tanto como os periquitos. A figura de estilo, neste caso a comparação, aproxima-os das aves, misturando-os com a natureza. (falarverdadenavida & rt)
  • 30. “ondas quebrando na praia”, p. 25 (l. 25) Este verbo expressivo – quebrar - refere a forma como as ondas caíam brutalmente na praia. (falarverdadenavida & rt)
  • 31. “Mas eram os senhores absolutos do azul do Campeche”, p. 26 (ls. 3-4) Temos aqui uma metáfora que se refere ao mar do Campeche de forma expressiva destacando a presença do mar neste local e o fato de Deca e os outros meninos serem donos daquele mar. (falarverdadenavida& rt)
  • 32. “naquele fim do mundo”, p. 26 (l. 21) Temos nesta citação uma metáfora e também uma hipérbole. O povoado é perdido, pouco conhecido, isolado, como se fosse o fim do mundo. Ao mesmo tempo, ninguém sabe onde fica o fim do mundo. Deste ponto de vista é um exagero falar do Campeche como sendo esse fim do mundo. (falarverdadenavida & rt)
  • 33. “Jogava a tarrafa com a precisão de um velho pescador.”, p. 27 (ls. 16-17) Comparação entre a forma como Deca jogava tarrafae a precisão com que o fazia um velho pescador, uma forma de mostrar como o protagonista brasileiro era bom na sua profissão porque o aproxima de um pescador cheio de experiência (os velhos são conhecidos por terem experiência naquilo que fazem). (rt)
  • 34. “Vencia as ondas com remos tão hábeis como as canetas de pena usadas pelo menino Antoine de Saint-Exupéry para desenhar seus primeiros poemas.”, p. 27 (ls. 19-21) Estamos perante uma comparação que aproxima os dois protagonistas da história. Compara-se a habilidade de Deca a usar os remos do barco com a habilidade de Saint-Exupéry a escrever poesia. O narrador compara os pedaços de madeira que são os remos com a canetas; o mar e o desenho eram importantes para Deca e Saint-Exupéryrespetivamente, daí esta comparação entre os dois objetos. Por fim, temos um verbo inicial – vencer - bastante expressivo que destaca a boa arte de remar do Deca. Não se pode vencer literalmente as ondas, mas é uma forma popular para se dizer que se navega sem dificuldade nas ondas ,apesar de serem fortes. (falarverdadenavida & rt)
  • 35. “Quando a noite chegava e o vento frio vinha dos confins do mar varrer a terra”, p. 27 (ls. 25-26) Temos aqui a personificaçãoda noite e do vento que destacam a natureza e a sua força levando Deca a proteger-se e a sonhar, tal como se pode perceber nas linhas seguintes. (falarverdadenavida & rt)
  • 36. “Deca se esquentava junto à boca do forno”, pp. 27-28 Temos uma personificação que mostra como Deca está muito perto do fogo para se aquecer. (falarverdadenavida & rt)
  • 37. “os olhos pesados de sono”, p. 28 (l. 5) Esta metáforamostra que Deca está muito cansado e por isso é como se os olhos começassem a pesar, como se o cansaço enchesse os olhos. (falarverdadenavida & rt)
  • 38. “punha-se a caminhar pela pista prateada da lua sobre o mar.”, p. 28 (ls. 5 e 6) Temos neste excerto uma metáfora que torna o reflexo noturno da lua no mar um caminho, uma pista que a imaginação do Deca seguia.
  • 39. O garoto do castelo pp. 32-36
  • 40. "O charco que, à noite, servia de palco para o coro polifónico das rãs“, p.32 (l. 9) Esta figura de estilo é uma metáfora. Explica-nos que, quando a noite cai, o charco, uma parcela de água estagnada e pouco profunda, torna-se um palco perfeito para as rãs. Elas começam a coaxar de tal maneira que parecem um coro. Ainda por cima como coaxam a várias vozes, mas de maneira harmoniosa, ao mesmo tempo, o narrador não hesita em falar de "coro polifónico". (clarinha)
  • 41. "Mas que falta faziam os telhados com tanto espaço lá fora?“, p.33 (ls. 2-3)
  • 42. " Também não tardou para que eles se interessassem por aquele menino de perguntas sem fim.”, p.35 (ls. 16-17)
  • 43. “Convidou-o para um passeio pelo céu”, p.35 (l.20) Esta figura de estilo é uma metáfora. Nesta metáfora, Antoine de St. Exupéry, não foi convidado para um simples passeio. É um passeio pelo céu. Compara-se o voo com um passeio. Não está dito explicitamente, mas Antoine vai dar uma volta de avião com o piloto Salvez. Ainda podemos dizer que quando o narrador diz " um passeio pelo céu " temos a sensação de ser transportados por entre as nuvens. (clarinha)
  • 44. " transformou o passeio em poema " (p.35; l. 22) Esta figura de estilo é uma metáfora. Nesta figura de estilo, Antoine, depois do "passeio pelo céu" decide trancrever esse momento na forma de um poema. Como foi a sua primeira vez entre as nuvens e a sua emoção era tão grande, escreveu um poema porque foi a única maneira que encontrou para exprimir os seus sentimentos. Nesta simples frase podemos ver as duas paixões e a vida de StExupéry: a escrita e a aviação. (clarinha)
  • 45. O pescador e a raposa pp. 40-43
  • 46. “Foi necessário que um nascesse em França ... Que fossem Antoine e Deca” , pp.41-42 Temos neste excerto uma construção anafórica. O narrador repete muitas vezes as palavras “que um [...] e o outro”. É a primeira vez que ele fala dos dois protagonistas apresentados neste capítulo. Por isso, eu acho que a primeira impressão que ele nos queria dar deles era uma impressão que destacava as diferenças. Queria insistir no facto de eles serem muito diferentes um do outro, apesar de haver um ponto em comum. Faziam a mesma coisa, mas a condição social e o lugar diferiam. (youpi)
  • 47. “É quando nasce no coração a palavra amigo e de lá vem para a boca, para os olhos, para cada gesto. ”, p.42 (ls. 19-21) É uma personificação. Uma palavra não nasce e muito menos no coração. Mas o narrador quis referir o aparecimento da amizade com a personificação da palavra amigo que vai nascer no símbolo da amizade que é o coração. (youpi)
  • 48. “apesar de sua alma impaciente de aventureiro”, p. 42 (l. 24) É uma personificação. O narrador quis dizer que o Antoine tinha sede de aventura. Estava impaciente por viver aventuras. Por isso, para tornar essa ideia mais forte, referiu que a alma estava impaciente de aventuras. (youpi)
  • 49. A escala de Florianópolis pp. 46-49
  • 50. “De um país a outro, uma eternidade.”, p. 46 (ls. 9-10) Nesta frase “uma eternidade” é uma hipérbole porque essa palavra exagera a realidade, para pôr em destaque aquilo de que se fala. Antigamente, quando se enviava uma carta de um país a outro, demorava muito tempo. A palavra “eternidade” refere-se a esse período longo que as cartas levavam quando eram enviadas de um país a outro. (jsp78)
  • 51. “A ideia era louquíssima para a época.”, p. 47 (l. 1) A palavra ‘louquíssima’ é o adjetivo ‘louco’ no grau superlativo absoluto sintético que põe em destaque, isoladamente, a loucura da ideia. A palavra “louquíssima” é utilizada com alguma ironia. Essa palavra traz para a ideia de Pierre-GeorgesLatécoère- criar uma linha aérea que partisse de França unindo a Europa e a África – algum “desprezo”. Para a época, a ideia era uma perfeita fantasia, impossível de realizar. (jsp78)
  • 52. “Os pilotos teriam de vencer […] os picos altíssimos da cordilheira...”p.47 (ls. 2, 4) A palavra ‘altíssimos’ é o adjetivo ‘alto’ no grau superlativo absoluto sintético. Utilizado neste contexto isola a altura destes picos em relação a outros picos e salienta como são enormes. O adjetivo neste grau reforça a dificuldade que os picos representavam para os pilotos. (jsp78)
  • 53. “Os pilotos teriam de vencer […] os picos altíssimos da cordilheira...” da Cordilheira dos Andes em aviões tremelicantes, frágeis e mal-aparelhados.”, p. 47 (ls. 2, 4-5) As três palavras“tremelicantes, frágeis e mal-aparelhados” constituem uma tripla adjetivação. Essas três palavras descrevem os aviões da época. Também podemos considerar que há uma personificação, nomeadamente graças aos dois primeiros adjetivos que descrevem os aviões como se estes tivessem sentimentos humanos. Os aviões tremiam de frio é por isso que eram tremelicantes, eles ainda não estavam suficientemente preparados para a viagem idealizada por Pierre-GeorgesLatécoère e por isso estavam ainda muito frágeis e mal-aparelhados. (jsp78)
  • 54. “...que aqueles aparelhos voadores e barulhentos passassem..”, p. 48 (l. 18) Nesta citação podemos encontrar uma dupla adjetivação constituída por “voadores e barulhentos”. Esses dois adjectivos são utilizados para descrever e dar mais informações sobre “aqueles aparelhos” que andam pelos ares e que são bastante ruidosos. (jsp78)
  • 55. “Deca diria que o Campeche era um lugar muito lindo, com as chamas dos lampiões brilhando na noite como se fossem estrelas no chão.”, p. 49 (ls. 1-4) “Como se fossem estrelas no chão” nesta citação temos uma comparação. As chamas dos lampiões são comparadas a estrelas no chão, porque, à noite, para as aterrissagens os homens iam para as pistas e levavam com eles os lampiões acesos para sinalizar a pista ao avião antes de aterrar. Do céu, nos aviões, os pilotos tinham a sensação de ver no chão o céu cheio de estrelas, mas não são estrelas, são as chamas dos lampiões. A expressividade da comparação vem da inversão da imagem: as estrelas no céu cedem lugar às estrelas no chão, o céu fica espelhado no chão. (jsp78)
  • 57. “Queria ser livre para voar, voar, voar”, p. 52, (ls. 6-7) Nesta repetição do verbo VOAR, o narrador insiste no fato que Saint-Exupéry queria andar num avião e sentir-se livre como um pássaro a voar no céu. Esta repetição intensifica e exprime a duração do voo; chama também a atenção do leitor para o fato de Antoine de Saint-Exupéry não querer fazer outra coisa senão voar. (caro & lisi)
  • 58. “Era um bom espaço para o pássaro engaiolado voar, …”, p. 52 (ls. 11-12) Temos uma metáfora nesta frase. Quando se refere o pássaro engaiolado está a evocar-se Saint-Exupéry que não queria ficar fechado a trabalhar num escritório (situação inerente ao cargo de diretor da Linha em Buenos Aires para que fora nomeado). Quando um pássaro está engaiolado não pode voar, não é livre. O narrador utilizou este termo para referir-se a essa eventual falta de liberdade de Saint-Exupéry, um piloto que gostava de voar, no cargo sedentário de diretor de Linha. (caro) O pássaro é na realidade um avião. O pássaro e o avião têm asas e os dois podem voar. Atribui-se vida ao avião, que é um ser inanimado, ao identificá-lo com um pássaro que é um ser animado mas que não se eleva à categoria de pessoa. É um animismo. (lisi)
  • 59. “Deca […] Forte e bonitão,”, p. 53 (ls. 12-13) ‘Bonitão’ é um aumentativo que intensifica a beleza do Deca. Este aumentativo insiste no fato de Deca ser bonito. Temos igualmente uma dupla adjetivaçãoque destaca a aparência física de Deca. (lisi) 
  • 60. “Alegria e bom humor eram o alimento dessa amizade.”, p. 54(ls. 13-14) Esta metáfora é a explicação que o narrador dá à amizade entre Deca e Saint-Exupéry. Ele utiliza alegria e bom humor como se fossem alimentos. Para ele, a amizade é feita de alegria e de bom humor. Também faz uma personificação da amizade, fala dela como se fosse um ser humano que precisa de se alimentar para viver. (caro)
  • 61. “Entrar naqueles barquitos frágeis, feitos de um tronco só de árvore, e enfrentar ondas bravias não era com ele.”, p. 55 (ls. 7-9) Utiliza-se aqui o diminutivo de barco (barquitos) para mostrar até que ponto St-Exupéry não confiava nos barcos. Insiste-se na ideia de fragilidade. O narrador evoca a fragilidade dos barcos face ao monstro que é o mar agitado. Insiste-se também nesta fragilidade referindo-se que são feitos de um só tronco de árvore. (caro)  “Um tronco só de árvore” é uma expressão que exagera a realidade e põe em destaque a fragilidade dos barcos, que é aquilo de que se fala. É uma hipérbole. (lisi) 
  • 62. “ …a gente vê melhor com os olhos do coração.”, p. 55 (l. 17) Esta metáfora compara a forma como sentimos a vida no nosso coração com os olhos reais. O coração adquire metaforicamente o sentido da vista. Podemos ver igualmente uma personificação do coração que põe em destaque a “sede simbólica” dos nossos sentimentos. Estes recursos insistem em que devemos confiar no nosso coração. Mesmo se na realidade o coração não tem olhos, consegue ver melhor que os olhos verdadeiros. Por vezes os olhos enganam-nos porque só veem o aspeto exterior, não aprofundam. Pela cor de pele ou pela maneira de ser de uma pessoa, os olhos podem mostrar-nos que essa pessoa não é boa, uma ideia que pode não ser verdadeira. Exupéry escutou o coração quando criou uma amizade com Deca. Os seus olhos mostraram-lhe um pescador analfabeto, mas o seu coração mostrou-lhe uma pessoa fantástica com a qual teve uma grande amizade. Por vezes os olhos não nos mostram a verdadeira personalidade de uma pessoa, só nos mostram os seus defeitos físicos ao contrário do coração, que nos revela a verdadeira identidade de uma pessoa. (caro & lisi)
  • 63. “Entendemos tudo quando ouvimos a voz que vem do coração, aquela que só os verdadeiros amigos ouvem.”, p. 55 (ls. 17-20) Esta metáfora revela que para ter uma amizade não precisamos de nos entender. Basta ouvir a voz de coração, isto é, aquilo que sentimos pelo nosso amigo. Mesmo se Deca e St.-Exupéry não falavam um com o outro, conseguiam ter uma grande amizade baseada no silêncio. Nesta, o que contava era o tempo que passavam juntos e a forma como se compreendiam um ao outro pelos gestos e modo de proceder. (caro)  Tal como anteriormente se referiram os olhos do coração, a personificação deste órgão continua. Foi atribuída uma característica humana, a de poder falar. É uma personificação, tendo o coração uma função humana. (lisi)
  • 64. “Onde estava o menino … no alto das árvores?”, p. 57 (ls. 10-12) Estas perguntas retóricas servem para mostrar que Saint-Exupéry continuava a ser o mesmo. Ia à caça, mas libertava os animais. Estas perguntas permitem mostrar que Saint-Exupéry não tinha mudado dando vida ao texto, despertando o leitor não o deixando entrar na passividade. (caro)
  • 65. “Como duas crianças que voltavam felizes de uma brincadeira.”, p. 57 (ls. 21-22) Os dois caçadores, Deca e Zé Perri, são comparados a duas crianças porque eles voltavam felizes mesmo sem trazerem caça alguma. Voltam cúmplices e ainda mais amigos, como se fossem crianças felizes com a brincadeira de terem ido à caça. Há uma relação de semelhança entre os caçadores e as crianças pela despreocupação dos primeiros. Esta relação é estabelecida com a expressão comparativa “como”. Estamos perante uma comparação. (lisi)
  • 66. “Deca morria de medo só de pensar na ideia”, p. 58 (ls. 15-16) Esta hipérbole mostra que Deca não queria andar de avião. Há um exagero no uso do verbo “morrer” para mostrar que só de pensar na ideia de andar de avião Deca se assustava muito. Claro que daí até morrer… é um exagero! A ideia fica bem destacada com este recurso estilístico. (caro)
  • 67. “A noite o chamava com suas músicas, suas luzes, suas risadas.”, p. 58 (ls. 23-24) Há uma personificação da noite que surge aqui descrita como se fosse uma pessoa. Este recurso serve para mostrar como Saint-Exupéry gostava da noite e do seu ambiente festivo. (caro)
  • 68. “Adieu era a palavra mais triste do mundo.”, p. 60 (ls. 12-13) Para Deca “Adieu” é a palavra mais triste du mundo, mas é uma opinião subjetiva e pessoal porque há palavras mais tristes do que “Adieu”. Esta frase pode ser considerada um exagero, e se assim for é uma hipérbole. Permite destacar o fato de Deca ter percebido o significado dessa palavra : ele, o analfabeto, percebera que quando a palavra era pronunciada o seu amigo francês ia ausentar-se durante muito tempo. (lisi)
  • 69. Sob as estrelas pp. 64-66
  • 70. “Só o canto de uma gaivota ou outra cortando o azul.”, p. 64(ls. 6-7) Não se ouvia o barulho do motor a não ser o canto de uma gaivota cortando o azul, o azul faz referência ao céu e claro não se pode cortaro céu – metáfora bastante expressiva- querdizer que a gaivotaestávoando no alto, sozinha, numcéuazul, límpido… Tambémna frase seguinte, " Sóa explosãodasondas no mar.« , nos leva a pensar que a gaivotavoaperto do mar. (lolo)
  • 71. “Zé Perri […] grandalhão e feliz“, p. 64 (l. 13) A palavra "grande", para parecer ainda maior, foi posta no grau de superioridade acentuando o facto de Zé Perri ser muito alto. Este aumentativo acentua o tamanho grande do personagem. Para além deste aumentativo temos um segundo adjetivo a caraterizar Zé Perri. Há pois uma dupla adjetivaçãoexpresiva apontando para uma caraterística física – muito grande - e para uma caraterística psicológica – feliz – de Zé Perri. (vicky & lolo)
  • 72. “a esposa Consuelo, uma pintora e escultora salvadorenha”,p. 65 (l.3) Encontramos aqui uma dupla adjectivação dando informações acerca da esposa de Zé Perri. Pelo que vemos, ela gosta das artes pois os dois adjetivos evocam a pintura e a escultura como atividades desenvolvidas por Consuelo. (vicky)
  • 73. “Basta fechar os olhos para vir à memória a frágil figurinha de cabelos dourados”, p. 65 (ls. 20-21) Este diminutivo, ‘figurinha’, põe em destaque não só a tenra idade do principezinho como a sua fragilidade, também evocada pelo adjetivo que acompanha o nome, ‘frágil’.  (lolo)
  • 74. “Deca era analfabeto, mas se lembrava de Zé Perri como se tivesse lido O Pequeno Príncipe“p. 65 (ls. 23-24) Esta comparação é muito expressiva porque recorda que o livro de St.-Exupéry é um livro sobre a amizade e que, mesmo se Deca nunca lera esse livro ele conhecera a amizade por causa da relação que tivera com Zé Perri. Ter sido amigo do piloto francês equivalia a leitura do livro. (vicky)
  • 75. “Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas rissem!“, p. 66 (ls. 4-5) O narrador de O Pequeno Príncipecompara-se com as estrelas do céu nesta metáfora que o narrador de Zé Perri pediu emprestada ao narrador francês. É como se o seu sorriso fosse igual ao brilho das estrelas. (vicky)
  • 76. "A saudade é o preço que se paga quando somos cativados“, p. 66 (ls. 9-10) A expressividade desta citação vem do fato de se comparar a saudade a um produto que se vende, que tem um preço. A metáfora não nos deixa indiferentes porque sabemos perfeitamente que a saudade não está à venda, não é um bem é um sentimento e os sentimentos não estão disponíveis no comércio. Quando somos cativados por alguém acabamos por "sofrer“, é esta a ideia que a metáfora faz chegar até nós usando termos próprios do comércio. (vicky)
  • 77. Mergulho no azul pp. 70-73
  • 78. “...quase não havia nuvens e o céu se abria num azul tão intenso quanto o do mar..”, p. 70 (ls. 4-5) O autor diz que o azul do céu parecia o do mar porque o céu estava limpo, sem nuvens. O brilho do Sol fazia brilhar o mar que parecia ter um azul claro, turquesa que era igual à cor do céu. Estamos perante uma comparação que une o mar ao céu, que une o universo de Deca, pescador, com o mundo de St.-Exupéry, o piloto. (SLB) Essa comparação foi escrita para explicar-nos que naquele dia, a cor azul do céu era tão intensa quanto o azul do mar (isto é, se o azul do céu é tão intenso quanto o azul do mar, quer dizer que não poderíamos diferenciar esses dois elementos graças à intensidade que libertam). (didi)
  • 79. A chave do mistério pp. 76-78
  • 80. “Voltei do Campeche como quem atravessa um portal mágico”, p. 76 (ls. 1-2) Com esta comparação podemos perceberque a viagem que o narrador acaba de fazer não o deixou indiferente. O narrador compara o fim da sua viagem, o seu regresso do Campeche à sua passagem por um portão mágico, deixava para trás o mundo da fantasia. Sentimos que regressa triunfante com o mistério da amizade de Deca e Antoine de Saint-Exupéry. (alimacak & greenday)
  • 81. “Vinha com a sensação de liberdade igual à de quem decifra um enigma.”, p. 76 (ls. 2-3)  Estamos na presença de uma comparação porque o narrador compara a sensação de liberdade que tinha ao voltar do Campecheà de quem decifra um enigma. Após longas pesquisas, regressa enfim com as dúvidas, que tinha a propósito da amizade de SaintExupéry e Deca, esclarecidas. (alimacak)
  • 82. O mesmo mistério que os uniu morava em mim, p.76 (ls. 5-6) Esta personificação do mistério é expressiva e parece dominar o narrador. Este usa o verbo «morar» para nos fazer sentir que o mistério estava profundamente dentro dele, mas, como todos sabemos, um mistério não pode morar em lugar nenhum, é uma caraterística humana – é isto que torna a expressão da ideia original. (alimacak)
  • 83. “O mesmo mistério que os uniu morava em mim, tão grande e enraizado como um baobá.“, p. 76 (ls. 5-7) Esta comparação faz-nos simplesmente perceber que o narrador nunca pensou ter um mistério assim tão importante e profundo como as raízes dum “baobá“, a árvore africana sagrada, também conhecida como imbondeiro e que se tornou muito conhecida por esse mundo fora graças à obra de Saint-Exupéry e que Cláudio Fragata não deixa de referir pois há uma fortíssima intertextualidade entre obra brasileira e francesa. (greenday)
  • 84. "Descobri que a história dessa amizade era uma rosa da qual eu devia cuidar com devoção“, p. 76 (ls. 8-9) Esta metáforaexprime que a amizade entre Deca e Zé Perri é comparável a uma rosa que precisa de muitos cuidados, a amizade é uma flor frágil e por isso há que cuidar bem dela. (alimacak & greenday)
  • 85. “Tudo isso vi com o coração.”, p.77 (l. 2) Temos nesta citação uma metáfora. O narrador usa a expressão « ver com o coração» para mostrar que não viu tal como normalmente se vê, isto é, com os olhos. O narrador exprime sentimentos e emoções e com base nisso viu, imaginou o que viveram Deca e SaintExupéry. (alimacak)
  • 86. "A história chegou até os dias de hoje como chegam as grandes histórias: pela tradição oral“, p. 77 (ls. 5-7)  Estamos perante uma comparação: o narrador compara a maneira como a história de Deca e St.-Exupéryfoi transmitida à maneira de transmissão das grandes histórias, que chegaram até nós por via oral. Podemos deduzir que o narrador quer assim comparar a grandiosidade da sua história com as grandiosas histórias da Antiguidade Clássica? A grandiosidade de uma Eneida? Ou de uma Odisseia? (alimacak & greenday) 
  • 87. "Deca foi o registrovivo dela.“, p. 77 (l. 7) Temos aqui uma metáfora que assimila Decaà tradição oral que assegurou a transmissão da história da sua amizade com Zé Perri. Deca é a tradição oral porque contou aos filhos a história e estes por sua vez transmitiram-na aos seus filhos e por aí fora. (greenday)
  • 88. "De onde um pescador que não sabia ler nem escrever e que vivia isolado do mundo num pequeno povoado poderia tirar esse nome?”, pp. 77-78 Esta pergunta retórica do narrador pretende convencer o leitor que a amizade de Deca e Zé Perriaconteceu mesmo, que os dois homens se encontraram forçosamente. (greenday) 
  • 89. “mas o apelido Zé Perri é a chave da história.”, p. 78 (l. 6) Temos nesta frase adversativa uma metáfora: o narrador tem a sensação que o apelido Zé Perri revela a existência da amizade entre um aviador e um pescador analfabeto porque foi esse nome que ficou em Campeche e ali perdura. O apelido é pois a chave, como uma chave. (alimacak)
  • 90. “O apelido Zé Perri não pode ser tocado, não pode ser fechado na palma da mão sem que se desvaneça.”, p. 78 (ls. 11-12) Temos aqui uma construção anafórica que nos mostra a fragilidade do apelido Zé Perri: não pode ser… não pode ser. É difícil pois tocar, guardar este nome, materialmente falando. Podemos dizer que, como a amizade, é algo abstrato. Zé Perri pode ser assim um sinónimo de amizade? (alimacak)
  • 91. “O apelido Zé Perri[…] é a chave de um mistério.”, p. 78(ls. 11 e 13) Temos uma metáfora que nos repete que o nome Zé Perri não é comum e é, por isso, a prova da existência da amizade entre Deca e Exupéry.  Como é a única prova concreta que se pode explorar, o narrador considera-a uma chave, o apelido é a chave, sem a chave não se abre a porta, sem o apelido zéperri não podemos compreender a história entre os dois homens. (alimacak & greenday)
  • 92. “Não é um apelido qualquer. É feito de sol, de areia, de vento, de luar. É feito de risos, canções, amizade e poesia. É feito de azul.”, p. 78 (ls. 14-15) Estamos perante a metáfora do apelido Zé Perri. O narrador atribui-lhe características abstratase concretas que aproximam o apelido, criado supostamente por Deca, do principezinho de Saint-Exupéry. Através desta comparação, o narrador mostra a importância desta amizade que acaba de narrar. (alimacak)
  • 94. “ Se um dia você estiver caminhando (…) Repare se ao lado dele está. Então, por favor, não perca tempo. Mande-me um email depressa…”, p. 82 Encontramos nestas linhas finais as marcas do narrador a que Cláudio Fragata já nos habituou. Um narrador não participante na história que narra, mas que se aproxima e dialoga, sempre que pode, com o leitor. Aqui temos a prova dessa proximidade e desse diálogo: dirige-se a nós com o ‘você’ e o uso do imperativo - ‘repare’ e ‘mande-me’ – que nos pede para agir no caso de encontrarmos os dois protagonistas desta história.
  • 95. “… e um menino de cabelos de ouro…”, p. 82 (l. 2) Estamos perante uma metáfora, porque os cabelos do menino não eram desse metal, mas tinham a mesma cor; a expressão permite comparar a cor do cabelo com a cor do metal precioso (ouro). (GS)
  • 96. Referências bibliográficas: Fragata, Cláudio (2009): Zé Perri – A passagem do Pequeno Príncipe pelo Brasil, Record. Pinto, José Manuel de Castro e Maria do Céu Vieira Lopes (2008): Gramática do Português Moderno (remodelada), Plátano Editora. Trabalho realizado com a turma de 8º ano da Secção Portuguesa do LI (2009-2010) PARA O TRABALHO COLABORATIVO VOOS EM LP http://www.nonio.uminho.pt/vooslp/