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Da crise comercial de finais do século XVII à apropriação do ouro brasileiro pelo mercado britânico
Portugal – dificuldades e crescimento económico
Da crise comercial
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As características gerais
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enfrentaram a concorrência francesa e espanhola.
A adoção de políticas mercantilistas protecionistas,
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de 1670 a 1690
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Objetivos
Responder às dificuldades conjunturais
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em Portugal
Duarte Ribeiro de Macedo
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regulamentar a produção e a qualidade;
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Política mercantilista
em Portugal
Portugal – dificuldades e crescimento económico
A descoberta do ouro
brasileiro e a sua
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mercado britânico
Os bandeirantes
organizaram bandeiras,
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prover novas fontes de rendimento para
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as fronteiras do território brasileiro;
A descoberta do ouro
veio dar novo fôlego à
economia portuguesa,
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No final do século XVII encontraram-se as primeiras
jazidas no interior do Brasil, na região de Minas.
O afluxo de metal precioso permitiu resolver
alguns dos problemas económicos do reino.
A economia viveu um
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Contribuiu para o abandono das políticas
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Portugal – dificuldades e crescimento económico
Portugal tornou-se num
ponto de passagem do
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Devido ao contrabando ou aos fretes marítimos,
assegurados pelos ingleses;
Devido ao aumento das importações.
A Inglaterra acabou por ser o destino
preferencial do ouro do Brasil.
As relações económicas
entre Portugal e a
Inglaterra foram
marcadas pela
assinatura, em 1703, do
Tratado de Methuen
Consagrava a admissão, sem restrições,
dos tecidos de lã ingleses, no mercado português;
Permitia a entrada dos vinhos portugueses
em Inglaterra, a taxas favoráveis.
O Tratado de Methuen
contribuiu para:
canalizar os vinhos portugueses
para o mercado inglês;
aumentar a importação dos lanifícios ingleses;
abandonar as restrições às importações;
anular as leis anti sumptuárias (pragmáticas);
abrandar o surto manufatureiro;
agravar o défice da balança comercial portuguesa;
garantir a supremacia económica da Inglaterra;
a apropriação do ouro brasileiro pela Inglaterra.
A descoberta do ouro
brasileiro e a sua
apropriação pelo
mercado britânico
Portugal – dificuldades e crescimento económico
Política económica e social de Pombal
Portugal – dificuldades e crescimento económico
Em 1750, a conjuntura
económica era adversa:
excessiva dependência da economia
nacional face à Inglaterra;
elevado défice da balança comercial;
diminuição do afluxo do ouro e dos diamantes;
dificuldade de colocação dos produtos
coloniais no mercado internacional;
produção manufatureira reduzida e de fraca qualidade,
asfixiada pela concorrência inglesa;
comércio colonial sujeito à concorrência
e aos interesses estrangeiros;
agricultura atrasada e pouco produtiva;
perda de qualidade, baixa de preço e recuo
das exportações dos vinhos.
D. José ascendeu ao trono
e procedeu a reformas
económicas com o objetivo de:
diminuir as importações e reduzir a dependência
face aos ingleses;
desenvolver a produção manufatureira;
retirar o controlo do comércio nacional aos estrangeiros;
aumentar a produção agrícola;
dotar o comércio colonial de uma maior rentabilidade;
equilibrar a balança comercial, no sentido
de promover a criação de riqueza.
A POLÍTICA ECONÓMICA
POMBALINA
Portugal – dificuldades e crescimento económico
Sebastião de
Carvalho e Melo
optou pela
aplicação de
medidas
mercantilistas
Criou companhias
comerciais monopolistas
na metrópole, apoiadas
pelo Estado
Companhia para a Agricultura das Vinhas do Alto Douro;
Companhia Geral das Reais Pescas do Algarve;
Para o comércio
ultramarino
Companhia da Ásia;
Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão;
Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba.
O sucesso das
companhias comerciais
monopolistas dependeu
da criação, em 1755, da
Junta do Comércio:
regulava o comércio do ultramar;
garantia e supervisionava a atividade mercantil;
fiscalizava o contrabando;
melhorou a organização do comércio;
possibilitou o aumento da produção e das exportações;
publicou medidas facilitadoras da circulação no reino.
No domínio da indústria:
fomentou o desenvolvimento de manufaturas;
criou novas fábricas, com o apoio estatal;
concedeu privilégios e subsídios a privados;
recorreu a mão de obra estrangeira especializada;
reformou as corporações que resistiam à inovação.
Portugal – dificuldades e crescimento económico
valorizou a alta burguesia, considerada a base social
do desenvolvimento económico;
defendeu os interesses dos grandes comerciantes,
concedendo-lhes privilégios;
declarou o comércio atividade nobre;
conferiu à alta burguesia um estatuto social elevado;
promoveu a criação de uma nova nobreza;
consolidou a situação da alta burguesia, no domínio
do comércio e nas profissões liberais;
aboliu a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos.
A POLÍTICA
SOCIAL
POMBALINA
Portugal – dificuldades e crescimento económico
A prosperidade
comercial
de finais do
século XVIII
As políticas económicas do marquês
de Pombal produziram efeitos
positivos, mesmo para além do seu
afastamento do governo:
o saldo da balança comercial melhorou;
1780: pela primeira vez, em cerca de um século,
Portugal vendeu à Inglaterra mais do que comprou;
o saldo positivo teve tendência a manter-se, de forma
irregular, até ao início do século XIX.
A curva
tendencialmente
positiva da balança
comercial foi
consequência:
do fomento manufatureiro;
do aumento da produção agrícola com a introdução
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do incremento da indústria do sal e das pescas;
do exclusivo colonial que protegeu o comércio português;
de uma conjuntura externa que fragilizou as principais
economias europeias (guerra da Independência americana;
Revolução Francesa).
A prosperidade
comercial de finais do
século XVIII assentou:
no Brasil, que manteve acrescida importância na
economia portuguesa, não devido ao ouro ou diamantes,
mas aos produtos agrícolas e matérias-primas;
no comércio com África, nomeadamente Angola,
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  • 1. Da crise comercial de finais do século XVII à apropriação do ouro brasileiro pelo mercado britânico
  • 2. Portugal – dificuldades e crescimento económico Da crise comercial de finais do século XVII… As características gerais da economia portuguesa Exploração dos recursos dos territórios que constituíam o Império: da Ásia ao Brasil. O desenvolvimento interno e produtivo era preterido pela atividade do comércio ultramarino. A base da economia portuguesa era o comércio do Atlântico, em especial do Brasil. A economia nacional tinha um caráter essencialmente comercial. As riquezas que afluíam ao reino Açúcar, tabaco, madeiras e produtos e especiarias do Oriente. O modelo económico do reino Base cerealífera e tradicional. Profundamente dependente do comércio colonial e do exterior. Exportação de vinhos e do sal português.
  • 3. Portugal – dificuldades e crescimento económico Fez-se sentir na Ásia e na zona atlântica: Fatores Conjuntura internacional adversa ao comércio colonial português. Concorrência dos holandeses, franceses e ingleses no Oriente conduziu ao declínio da hegemonia portuguesa. A produção de açúcar e do tabaco, desenvolvida pelos holandeses e franceses, nas Antilhas, provocou a queda dos preços. Portugal perdeu mercados para os seus produtos ultramarinos. As guerras da Restauração e as despesas elevadas acentuaram a dependência de Portugal face à Inglaterra. A navegação portuguesa sofreu ataques dos corsários. As exportações do sal e do vinho português enfrentaram a concorrência francesa e espanhola. A adoção de políticas mercantilistas protecionistas, em França e na Inglaterra, fechou os mercados aos produtos portugueses. Crise económica de 1670 a 1690
  • 4. Portugal – dificuldades e crescimento económico Objetivos Responder às dificuldades conjunturais Evitar as importações Aumentar as exportações. introdução das manufaturas para diminuir as importações; promoção de uma política de nacionalismo económico; adoção de medidas para evitar a fuga de metais preciosos; adoção de políticas para evitar a dependência face ao estrangeiro; Assegurar as necessidades internas Dinamizar a economia nacional Política mercantilista em Portugal Duarte Ribeiro de Macedo foi um defensor das novas ideias:
  • 5. Portugal – dificuldades e crescimento económico O conde da Ericeira adotou as seguintes medidas: promulgação das Pragmáticas; criação das manufaturas e reorganização de fábricas antigas; publicação de regimentos para regulamentar a produção e a qualidade; proibição da importação de matérias-primas; contratação de artífices estrangeiros; criação de companhias comerciais, para o comércio colonial, em regime de monopólio. concessão de privilégios; Política mercantilista em Portugal
  • 6. Portugal – dificuldades e crescimento económico A descoberta do ouro brasileiro e a sua apropriação pelo mercado britânico Os bandeirantes organizaram bandeiras, com objetivo de: prover novas fontes de rendimento para fazer frente à crise com que o reino se debatia; explorar o interior do Brasil e delimitar as fronteiras do território brasileiro; A descoberta do ouro veio dar novo fôlego à economia portuguesa, entre 1697 e 1750 No final do século XVII encontraram-se as primeiras jazidas no interior do Brasil, na região de Minas. O afluxo de metal precioso permitiu resolver alguns dos problemas económicos do reino. A economia viveu um período de relativa prosperidade Aumentou a moeda em circulação. Possibilitou o recurso às importações. Contribuiu para o abandono das políticas de fomento da produção interna. Não diminuiu o défice comercial que passou a ser pago com o ouro brasileiro. encontrar novas riquezas, no interior do Brasil;
  • 7. Portugal – dificuldades e crescimento económico Portugal tornou-se num ponto de passagem do metal precioso Devido ao contrabando ou aos fretes marítimos, assegurados pelos ingleses; Devido ao aumento das importações. A Inglaterra acabou por ser o destino preferencial do ouro do Brasil. As relações económicas entre Portugal e a Inglaterra foram marcadas pela assinatura, em 1703, do Tratado de Methuen Consagrava a admissão, sem restrições, dos tecidos de lã ingleses, no mercado português; Permitia a entrada dos vinhos portugueses em Inglaterra, a taxas favoráveis. O Tratado de Methuen contribuiu para: canalizar os vinhos portugueses para o mercado inglês; aumentar a importação dos lanifícios ingleses; abandonar as restrições às importações; anular as leis anti sumptuárias (pragmáticas); abrandar o surto manufatureiro; agravar o défice da balança comercial portuguesa; garantir a supremacia económica da Inglaterra; a apropriação do ouro brasileiro pela Inglaterra. A descoberta do ouro brasileiro e a sua apropriação pelo mercado britânico
  • 8. Portugal – dificuldades e crescimento económico Política económica e social de Pombal
  • 9. Portugal – dificuldades e crescimento económico Em 1750, a conjuntura económica era adversa: excessiva dependência da economia nacional face à Inglaterra; elevado défice da balança comercial; diminuição do afluxo do ouro e dos diamantes; dificuldade de colocação dos produtos coloniais no mercado internacional; produção manufatureira reduzida e de fraca qualidade, asfixiada pela concorrência inglesa; comércio colonial sujeito à concorrência e aos interesses estrangeiros; agricultura atrasada e pouco produtiva; perda de qualidade, baixa de preço e recuo das exportações dos vinhos. D. José ascendeu ao trono e procedeu a reformas económicas com o objetivo de: diminuir as importações e reduzir a dependência face aos ingleses; desenvolver a produção manufatureira; retirar o controlo do comércio nacional aos estrangeiros; aumentar a produção agrícola; dotar o comércio colonial de uma maior rentabilidade; equilibrar a balança comercial, no sentido de promover a criação de riqueza. A POLÍTICA ECONÓMICA POMBALINA
  • 10. Portugal – dificuldades e crescimento económico Sebastião de Carvalho e Melo optou pela aplicação de medidas mercantilistas Criou companhias comerciais monopolistas na metrópole, apoiadas pelo Estado Companhia para a Agricultura das Vinhas do Alto Douro; Companhia Geral das Reais Pescas do Algarve; Para o comércio ultramarino Companhia da Ásia; Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão; Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba. O sucesso das companhias comerciais monopolistas dependeu da criação, em 1755, da Junta do Comércio: regulava o comércio do ultramar; garantia e supervisionava a atividade mercantil; fiscalizava o contrabando; melhorou a organização do comércio; possibilitou o aumento da produção e das exportações; publicou medidas facilitadoras da circulação no reino. No domínio da indústria: fomentou o desenvolvimento de manufaturas; criou novas fábricas, com o apoio estatal; concedeu privilégios e subsídios a privados; recorreu a mão de obra estrangeira especializada; reformou as corporações que resistiam à inovação.
  • 11. Portugal – dificuldades e crescimento económico valorizou a alta burguesia, considerada a base social do desenvolvimento económico; defendeu os interesses dos grandes comerciantes, concedendo-lhes privilégios; declarou o comércio atividade nobre; conferiu à alta burguesia um estatuto social elevado; promoveu a criação de uma nova nobreza; consolidou a situação da alta burguesia, no domínio do comércio e nas profissões liberais; aboliu a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos. A POLÍTICA SOCIAL POMBALINA
  • 12. Portugal – dificuldades e crescimento económico A prosperidade comercial de finais do século XVIII As políticas económicas do marquês de Pombal produziram efeitos positivos, mesmo para além do seu afastamento do governo: o saldo da balança comercial melhorou; 1780: pela primeira vez, em cerca de um século, Portugal vendeu à Inglaterra mais do que comprou; o saldo positivo teve tendência a manter-se, de forma irregular, até ao início do século XIX. A curva tendencialmente positiva da balança comercial foi consequência: do fomento manufatureiro; do aumento da produção agrícola com a introdução de novos produtos (milho, arroz e batata); do incremento da indústria do sal e das pescas; do exclusivo colonial que protegeu o comércio português; de uma conjuntura externa que fragilizou as principais economias europeias (guerra da Independência americana; Revolução Francesa). A prosperidade comercial de finais do século XVIII assentou: no Brasil, que manteve acrescida importância na economia portuguesa, não devido ao ouro ou diamantes, mas aos produtos agrícolas e matérias-primas; no comércio com África, nomeadamente Angola, base do tráfico de escravos que aumentou a partir de 1790.
  • 13. Da crise comercial de finais do século XVII à apropriação do ouro brasileiro pelo mercado britânico