Movimento Literário Classicismo em Portugal 1º ano D 2013
1. ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ
Assunto: Movimento Literário Classicismo
Tema: Movimento Literário Classicismo: o homem em seu ápice artístico
Alunos e números: Laryssa Prudencio Cruz- nº 17.
Matheus de Paula Félix - nº 28.
Nicole Gonçalves Pintor - nº 31.
Pedro Henrique Martins - nº 32.
Série: 1º ano D - Ensino Médio
Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva
Disciplina: Língua Portuguesa
Jacareí, 12 de novembro de 2013.
2. I. INTRODUÇÃO
O assunto que será abordado durante esta pesquisa é sobre um movimento literário
chamado Classicismo que ocorreu no século XVI, na Europa. Ao longo desse estudo, a
intenção é buscar responder "O que é Classicismo?" e "Qual foi a importância para a
literatura nesse movimento?". Essas são perguntas de extrema importância para a
compreensão do assunto. O objetivo, então, é esclarecer o que é Classicismo e qual foi e é
sua importância nos tempos atuais, para o desenvolvimento da literatura brasileira.
Classicismo é o nome que se dá a literatura produzida durante a vigência do Renascimento,
transformação poética, econômica e cultural que atingiu sua plenitude nos séculos XV e XVI.
Época marcada por fatos decisivos, como, as navegações e o descobrimento, no final do
século XV. Portugal, nos séculos XV e XVI, vive um momento de glória e desenvolvimento.
Esse contexto, então, propícia o surgimento do Movimento Literário Classicismo que
recupera temas e formas da antiguidade greco-romana, como, soneto.
3. II. CLASSICISMO: O HOMEM COMO CENTRO DO UNIVERSO
1. Origem
O Movimento Literário Classicismo é uma continuação do Movimento Literário Humanismo,
pelo
fato
de
que
ambos
voltam
-
se
para
a
capacidade
humana.
Nessa época, surgem as imitações de obras greco-romanas que foi uma renovação literária;
por isso o nome de Classicismo que surge na época do Renascimento, considerado a “Nova
Era” para a arte, pois os artistas usam de seu próprio engenho pessoal para criar suas artes
inspiradas no homem. Essa proposta surgiu, principalmente, na Itália (Florença) e depois se
estende
por
outros
países
da
Europa.
O Movimento Literário Classicismo, logo, oferecia á Europa do século XV e XVI, uma
perspectiva
que
valoriza
o
ser
humano
como
agente
do
conhecimento.
Ao recolocar o Homem ao centro do Universo, o Renascimento estimula as pesquisas e
experiências científicas desenvolvendo o estudo do corpo humano, diversas novidades no
mundo da ciência são descobertas e assim, o renascimento distancia- se cada vez mais da
Idade Média. O cientista renascentista apoia-se na ideia de observação da realidade como
base
do
conhecimento.
Isso
sim
inaugura
a
ciência
moderna.
Histórias bíblicas e da mitologia grega e romana foram usadas como inspiração na época do
Renascimento, para criação de quadros, pinturas, esculturas, desenhos e artesanato, dentre
outros. O Classicismo baseia-se na recriação de obras, que na época, considerava cópia,
mas sim recriação, apoiando-se sempre na separação de sentimento e razão.
4. 2. Classicismo em Portugal
A renovação literária poética em Portugal foi trazida da Itália por Sá de Miranda, no ano de
1527, era o chamado estilo novo em Portugal mais conhecido como "Doce estilo novo". A
literatura portuguesa e a arte teve seu destaque no século XVI, marcado pela obra humanista
de Gil Vicente, e como máxima expressão do Renascimento com obras de Luís Vaz de
Camões. O contorno definitivo da língua portuguesa também foi iniciado no século XVI,
assim formando o período do português moderno. Em Portugal, o momento histórico vivido
pela Dinastia de Avis facilita a entrada das novas mudanças vindas da Itália. No final do
século XV é introduzida a imprensa, autores humanistas começaram a ser lidos. O final do
século XVI Portugal sofre uma queda econômica e politica. Em 1580 a península ibérica sob
o domínio espanhol marca o fim do classicismo quinhentista, assim iniciando-se o Movimento
Literário Barroco.
3. Luís Vaz de Camões: poeta épico e lírico
3.1. Camões épico
Escritor representativo que escreveu peças literárias , além de poesias líricas (redondilhas e
sonetos) e a poesia épica , principal obra dessa época "Os Lusíadas", nela apresenta mitos
e histórias, o eu lírico coloca os navegadores portugueses como heróis superiores aos heróis
das epopeias clássicas Odisseia e Eneida, que foram grandes modelos dos poemas épicos
para Camões. Essa obra de Camões é considerada a epopeia portuguesa na qual defende a
fé única no Deus cristão. Ela é centrada no fato do descobrimento do caminho marítimo para
Índia pelos portugueses e, para isso Camões inventou uma fábula mitológica na qual os
deuses eram como se fossem humanos.
As principais características de “Os Lusíadas”: constituído por dez partes, chamadas
de cantos que possui um número variável de estrofes (em média, 110); as estâncias (estrofe)
5. são oitavas, tendo, portanto, oito versos; a rima é cruzada nos seis primeiros versos e
emparelhada nos dois últimos (ab ab ab cc); cada verso é constituído por dez sílabas
métricas (decassilábico), na sua maioria heroica (acentuadas nas sextas e décimas sílabas).
A obra de camões é dividida em quatro planos que vão se entrelaçando no decorrer da
história são eles:
Plano da Viagem com a narração dosacontecimentos ocorridos durante a viagem entr
e Lisboa e Calecut.
Plano da História de Portugal com o relato dos
fatos marcantes da História de Portugal.
Plano da Mitologia que permite e favorece a evoluçãoda ação.A mitologia constitui,por
isso, a intriga da obra.
Plano do Poetacomm as considerações e as opiniões do autor expressas, nomeadam
ente, no início e no fim dos Cantos.
Segue abaixo um exemplo de epopeia que camões utilizava em “Os Lusíadas”.
“As armas e os Barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
novo Reino, que tanto sublimaram;” (Camões, Luís de. Os lusíadas, Lisboa Imprensa
Nacional, 193.).
6. 3.2. Camões lírico
Camões utiliza, nos poemas, tanto a medida velha (redondilha) quanto medida nova
(decassílabos); os temas mais importantes são o neoplatonismo amoroso, a reflexão
filosófica e a natureza. O exemplo a seguir comprova essa temática camoniana recorrente
até os dias de hoje:
Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude de muito imaginar;
Não tenho logo mais que desejar;
Pois em mim tenho a parte desejada.
Se nela está minha alma transformada,
Que mais deseja o corpo de alcançar?
Em se somente pode descansar,
Pois consigo tal alma esta liada.
Mas esta linda e pura semideia,
Que, como o acidente em seu sujeito,
Assim com a alma minha se conforma.
Está no pensamento como ideia;
[E] o vivo e puro amor de que sou feito,
Como a matéria simples busca a forma.” (Camões, Luís Vaz de. Rimas. Texto estabelecido
e prefaciado por Álvaro J. Da Costa Pimpão. Universidade de Coimbra, 1953. P. 135)
A poesia lírica é centrada na objetividade reveladora do mundo interior. Camões em sua
poesia lírica utiliza como recurso estilístico a sonoridade das palavras. Soneto contém 14
versos que são dispostos em 4 estrofes; 2 quartetos e 2 tercetos. Também existe outro tipo
de soneto que é o petraquianos que contém rimas no sistema abba, cddc, dcd.
Na poesia lírica, Camões descreve que o amor só vale a pena quando é complexo, um
7. sentimento que entusiasma o homem, Camões retrata que o amor deve ser sentido, provado,
não pode ficar somente no pensamento.
Nesse poema Camões questiona o que é o amor?
Amar é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.
É quere estar preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É ter com quem nos mata a lealdade.
Mas como causar pode seu favor,
Nos corações humana amizade;
Se tão contrario a si é o mesmo amor?
Na poesia lírica, Camões descreve que o amor só vale a pena quando é complexo, um
sentimento que entusiasma o homem, Camões descreve que o amor deve ser sentido,
provado, não pode ficar somente no pensamento.
8. IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Realizamos a pesquisa com facilidade e parceria, já que todos participaram empenhando a
favor do êxito para se conseguir responder as perguntas de pesquisa, assim atingir os
objetivos estabelecidos; para isso foi feito muitas leituras, analise, e discussões de diferentes
opiniões sobre o tema.
Concluímos que podemos explicar o Movimento Literário Classicismo como uma tendência
artística e literária que resgata formas e valores greco-romanos da Antiguidade Clássica,
especialmente a cultura grega entre os séculos VI a.C e IV a.C. Essa retomada acontece
várias vezes ao longo da história ocidental, inclusive na Idade Média; porém é mais intensa
do século XIV ao XVI na Itália, chegando, em seguida, à Portugal. Nas Artes Plásticas, na
Literatura e no Teatro, o Movimento Literário Classicismo coincide com o Renascimento. Na
Música adquire certas características próprias e se manifesta, posteriormente, a partir de
meados do século XVIII. Gostamos da experiência, pois podemos aprofundar nossos
conhecimentos de uma forma descontraída e interativa.
9. V. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
CADORE, Luís Agostinho, Curso Prático de Português. São Paulo: Ática, 1998.
SARMENTO, Leila Luar & TUFANO, Douglas. Português. São Paulo: Moderna, 2004.
TERRA, Ernani & NICOLA, José de. Curso Prático de Língua, Literatura e Redação. São
Paulo: Scipione, 1997.
BARRETO, Ricardo Gonçalves. Português ensino médio Ser Protagonista, São Paulo:
editora SM, 2010.