Este documento discute o uso da plataforma Moodle por professores. Alguns a usam como um repositório de conteúdos, em vez de aproveitar seu potencial para envolver alunos ativamente no processo de aprendizagem. Embora a formação em TIC tenha aumentado, ela nem sempre preparou professores para usar ferramentas inovadoras da Moodle que promovem participação e colaboração.
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
Moderações
1. Internet e Educação
Moderações do Fórum do Grupo III
26/06/2011
Tal como refere a Sara, a utilização da plataforma Moodle por parte de
alguns docentes está, muitas vezes, longe da filosofia pedagógica socio-
construtivista, idealizada no seu projecto de base, assemelhando-se mais ao tal
“armário” de conteúdos que a mesma refere, reduzindo os professores a
“meros transmissores de conhecimentos”.
De facto, transformar a Moodle num simples repositório de conteúdos
apresentados na aula, em formatos digital, parece-me redutor do potencial da
plataforma. Para além de redundante, nada acrescenta ao processo de ensino-
aprendizagem… (circunscrevendo-se a sua utilização às, não raras, ocasiões
em que o aluno perdeu a fotocópia entregue pelo professor… )
O estudo referido pela Sara data de 2003, sendo que muita formação
sobre Moodle ocorreu desde então, pelo que a falta de competências básicas
para a utilizar já não me parece um obstáculo a considerar, até porque, como já
foi anteriormente referido na temática lançada pelo grupo IV, trata-se de um
software intuitivo e fácil de utilizar.
Assim, de que modo a Moodle se constitui como a tal ferramenta que
"desafia o docente a ser criativo, articulador e principalmente parceiro
dos seus alunos no processo de aprendizagem" (Alcântara & Behen, 2003,
p. 427), citados pela Sara, permitindo-lhe renovar as suas práticas?
26/06/2011
Uma vez que a Carla refere Ana Amélia Carvalho, não resisto a citar o
primeiro parágrafo da introdução do Manual referenciado:
Com o aparecimento da World Wide Web alterou-se a forma como se acede à
informação e como se passou a pesquisar, preparar aulas, planear uma viagem
ou a comunicar com os outros. No início da década de 90, Berners- Lee et al.
(1994) referem que a Web “foi desenvolvida para ser um repositório do
conhecimento humano, que permitiria que colaboradores em locais distintos
partilhassem as suas ideias e todos os aspectos de um projecto comum” (p.
76).
A ideia de partilha e de fácil acesso esteve subjacente à sua criação e
contribuiu para o seu sucesso, tendo o seu crescimento superado qualquer
expectativa. Todos os que a utilizam e que para ela contribuem reconhecem a
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sua riqueza, podendo contribuir para o desenvolvimento da inteligência
colectiva, como refere Lévy (1997; 2000). (Carvalho, 2008:3)
Salvaguardando as devidas diferenças e distâncias, não terão a
Moodle e a WWW aspectos em comum?
A Carla aborda ainda outro aspecto, já aflorado pela Sara: “a
competência informática dos seus utilizadores”.
Embora, como já anteriormente referi, a formação no âmbito
das TIC tenha aumentado bastante ao longo dos últimos anos, terá a
mesma sido conduzida de modo eficaz?
Referências:
Carvalho, A. A. (2008) Introdução. In A. A. Carvalho (org.), Manual de
ferramentas da Web 2.0 para professores (pp. 7-14) Lisboa: Ministério da
Educação | Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.
27/06/2011
De facto, tal como refere a Sara, já diversos autores reconheceram o
enorme esforço realizado no sentido de equipar as escolas com diversos meios
tecnológicos. No entanto, registam, com alguma perplexidade, que estas
tecnologias foram sendo utilizadas como mais um recurso, mais uma
ferramenta, bastante apreciáveis, mas sem provocar mudanças importantes na
forma de ensinar, denunciando que não é a simples introdução do computador
na escola que vai provocar uma mudança efectiva nas práticas dos docentes.
A Sara enumera, de modo detalhado, um conjunto de ferramentas,
disponíveis na Moodle, que promovem a participação, a comunicação e ainda a
colaboração entre todos os participantes.
Que motivos levam a que estas ferramentas não sejam, então, mais
exploradas?
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