1. Estudantes e professores da UNIPAMPA realizam pesquisa socioantropológica na Escola Estadual Marília S. Felice utilizando questionários com alunos, professores, funcionários e comunidade.
2. O objetivo é conhecer a realidade local para traçar estratégias de ação e atualizar o projeto político-pedagógico da escola, fornecendo subsídios para o trabalho do PIBID.
3. A metodologia se baseia na Investigação Temática de Paulo Freire, interpretando a real
2. Daisy de Lima Nunes (1), Eduardo Azevedo Fontoura (2), Tania
Denise Guimaraes Guarenti (3), Rita Cristina Gomes Galarça (4),
Fabiane Ferreira da Silva (5)
(1) Engenheira agrônoma; Licencianda em Ciências da Natureza, bolsista
PIBID/UNIPAMPA, Campus Uruguaiana; daisynunes00@gmail.com
(2, 3) Licencianda em Ciências da Natureza, bolsista PIBID, UNIPAMPA, Campus
Uruguaiana.
(4) Prof. Esp. em Educação, Supervisora bolsista do Subprojeto PIBID Ciências no I.
E. Romaguera Corrêa.
(5) Professora Adjunta da UNIPAMPA/Uruguaiana, Coord. do Subprojeto PIBID
Ciências da Natureza.
Área do Conhecimento: Ciências Humanas
Palavras-Chave: pesquisa socioantropológica, inovação, renovação das práticas
pedagógicas.
3. PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência
Subprojeto Ciências da Natureza da Universidade
Federal do Pampa/ Campus Uruguaiana
Subgrupo Instituto Estadual Romaguera Corrêa
4. “... Não há dúvidas de que as condições materiais em
que e sob que vivem os educandos lhes condicionam a
compreensão o próprio mundo, sua capacidade de
aprender, de responder aos desafios. Preciso, agora,
saber ou abrir-me à realidade desses alunos com quem
partilho a minha atividade pedagógica. Preciso tornar-
me, se não absolutamente íntimo de sua forma de estar
sendo, no mínimo, menos estranho e distante dela...
... Diminuo a distância que me separa de meus alunos a
medida que os ajudo a aprender...” Paulo Freire, 1996
(Pedagogia da Autonomia, p. 155-156).
5. A construção coletiva do dossiê
socioantropológico é o ponto de
partida de um processo educativo conscientizador.
Esse processo ao mesmo tempo em que apreende
temas que podem gerar outros temas para
continuidade do trabalho, proporciona àquele (a) que
investida a tomada de consciências das situações das
diferentes vivencias (Freitas, et al., 2013, p. 88).
6. Ao se planejar e executar a pesquisa
socioantropológica, se assume
características do estudo preliminar da realidade que
compõem em uma forma mais ampla o método da
Investigação Temática (IT)
proposto pelo educador Paulo Freire no capitulo 03
(três) do livro Pedagogia do Oprimido ( Freire, 2011).
7. Assim, adotamos o diálogo e a
problematização das situações
vivenciadas, onde a partir do dossiê, pode-se
obter elementos para apreender as situações
cotidianas da realidade e subsídios para pensar modos
de problematizá-las.
8. O método da IT proposto por Freire (2011) foi
sistematizado por Pernambuco (2004) em cinco etapas
de realização, são elas:
a) planejamento das ações;
b) levantamento preliminar da realidade;
c) círculo de investigação temática, compreendido
enquanto a análise do material;
d) estudo das possibilidades a partir da análise;
e) desenvolvimento do trabalho a partir do estudo.
9. Aplicabilidade em vários setores/ áreas de trabalho.
Ferramenta auxiliar no planejamento das atividades.
Ferramenta contínua, não se restringe a uma única
aplicação.
10. A produção do dossiê socioantropológico é assumida
como um primeiro momento do Processo de
Investigação Temática, Estudo Preliminar da
Realidade, o qual reúne informações da realidade local
(FREIRE, 2011).
Tem caráter formativo pois permite a percepção das
situações que vão sendo percebidas e inter-
relacionadas, proporcionando uma visão geral dessa
realidade.
11. 1- Construção coletiva de instrumento para produção
de informações da realidade escolar; Construção e
discussão do dossiê socioantropológico com os
envolvidos nos trabalhos;
2- Escolha dos sujeitos e locais do entorno da escola
que contribuirão respondendo o instrumento de
pesquisa;
12. 3- Realização de entrevistas junto às
pessoas da escola e com sujeitos do
entorno da comunidade escolar;
4- Visitação ao entorno das escolas
envolvidas com registro de imagens e
elaboração de registros escritos segundo
a percepção dos envolvidos;
13. 5- Construção e discussão do dossiê
socioantropológico com os envolvidos nos trabalhos;
6- Socialização e discussão do dossiê
socioantropológico com a comunidade escolar;
7- Levantamento de situações significativas
emergentes da socialização e discussão do dossiê com a
comunidade escolar, a serem aprofundadas
posteriormente no coletivo e transformadas em
possíveis temáticas que serão abordadas em processos
de ensino.
14. Com as informações obtidas, chega o momento de
analisar os dados e interpretá-los, discuti-los,
socializá-los.
Assim ocorre a elaboração do dossiê.
15. Do ponto de vista metodológico, a investigação que se
baseia na relação simpática, tem a presença crítica de
representantes do povo desde seu começo até sua fase
final, a da análise da temática encontrada, que se
prolonga na organização do conteúdo programático da
ação educativa, como ação cultural libertadora. (Freire,
2011, p. 64)
16.
17. Reuniões subgrupo pibid na escola para elaboração dos instrumentos de
avaliação. A partir da observação realizada, necessidade da escola, diálogo com
professores e equipe diretiva e pedagógica e alunos.
Questionários direcionados a:
Alunos anos iniciais e finais do ensino fundamental ( nº amostral)
Professores anos iniciais e finais do ensino fundamental
Funcionários
Equipe diretiva e pedagógica
Pais e familiares de alunos ( nº amostral)
Entrevista na comunidade.
Elaboração do 1ª dossiê – prévia
Apresentação à comunidade escolar, construção do dossiê definitivo com a
participação de todos.
18. Objetivo da Pesquisa EMEF Marília S. Felice
Conhecer a realidade onde a escola esta inserida para
traçar estratégias de ações;
Construir o diagnóstico socioantropológico da escola
para atualização do projeto politico pedagógico;
Proporcionar subsídios para a atuação do Pibid na
escola.
19. A metodologia utilizada baseia-se na aproximação com
elementos da Investigação Temática Freireana
entendida enquanto, o processo de busca, de
conhecimento, a partir da interpretação da realidade;
Para isso utilizou-se diferentes questionários,
contemplando alunos, professores, funcionários, a
comunidade dos bairros e das localidades do entorno
da escola.
20. Os questionários foram construídos de maneira direcionada
para cada sujeito.
Para os alunos e familiares foi elaborado a partir de 04
blocos:
Bloco 1 - Pessoal/familiar: com questões referentes ao modo
de vida e características pessoais e familiares de cada aluno
(a);
Bloco 2 - Comunidade: com questões referentes às
características encontradas no bairro onde moram sobre
transporte, segurança, saúde, saneamento, meio ambiente
e condições de moradia;
Bloco 3 - Escola: com questionamentos sobre o que pensam
e como percebem a escola e suas perspectivas de futuro;
Bloco 4 - Social: questionando temas de convivência,
respeito, preconceito, planejamento familiar e métodos
contraceptivos.
21.
22. OBJETIVO: perfil das turmas de 8º ano de atuação
do Pibid na escola.
Questionário aplicado aos alunos.
Elaboração do dossiê
23.
24. FREIRE, PAULO. Pedagogia do Oprimido. 50.ed. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 2011.
FREIRE, PAULO. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa, 15ª. ed. São Paulo, Paz e Terra, 1996.
FREITAS, D. P. S de. SILVA, F. F da. LINDEMANN, R. H. MELLO, E. M.
B. Dossiê Socioantropológico: reflexões e práticas para o estudo da
realidade. In: SILVEIRA, M. I. C. M da. BIANCHI, P. (Orgs). Núcleo
Interdisciplinar de Educação. Articulação de contextos & saberes
nos (per)cursos de licenciatura da Unipampa. Tribo da Ilha.
Florianópolis, 2013, p.87-105.
PERNAMBUCO. M. M. C. A. Quando a troca se estabelece (a relação
dialógica). In: PONTUSCHKA, N. N. (Org). Ousadia no Diálogo:
interdisciplinaridade na escola pública. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2004,
p. 19-35.