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1
A VISÃO DO ALUNO DO CURSO DE PEDAGOGIA SOBRE A INSERÇÃO NA
DOCÊNCIA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA NAS SÉRIES INICIAIS
Lacerda, Sara Miranda- Faculdade Sumaré
saraml@uol.com.br
Passos, Laurizete Ferragut Passos - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
laurizet@terra.com.br
Resumo
Esta pesquisa se insere no contexto da contribuição da formação inicial para
a atividade de docência e apresenta o objetivo de investigar a visão do aluno do curso
de Pedagogia sobre sua formação e inserção na docência para ensinar Matemática
nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Realizou-se levantamento histórico de
como os cursos de formação para a docência foram sendo organizados, incluindo
aspectos de legislação que interferiram nessa trajetória, utilizando-se contribuições
teóricas de Tanuri (2000), Romanelli (1978), Saviani (2006), Scheibe (2003), Aguiar et
al (2006). Considerando-se trabalhos de Gauthier (1998), Shulman (1986), Tardif
(2008), Imbernón (2004) e Marcelo & Vaillant (2009), foram empreendidos estudos
acerca da formação de professores para compreender o momento atual da área. Os
dados foram coletados junto ao curso de Pedagogia de uma universidade
confessional da cidade de São Paulo. Aplicou-se questionário e organizou-se um
grupo de discussão com os alunos concluintes. Constatou-se que, embora haja um
movimento de mudança em direção às recentes propostas na área de Educação, a
visão do aluno concluinte sobre sua inserção na docência para atuar com Matemática
é negativa e pessimista.
Palavras-chave: Ensino de Matemática; Ensino Fundamental; Inserção na
docência.
Introdução
2
Este trabalho apresenta parte dos resultados de uma investigação cujo tema
se insere no contexto dos desempenhos e das tarefas exigidos do professor de
educação básica no que se refere ao conhecimento matemático e o processo de
formação desse profissional para que possa desempenhar essa tarefa. A pesquisa
partiu do princípio de que a formação inicial exerce grande influência no desempenho
da prática profissional, especialmente nos anos iniciais da docência. (IMBERNÓN,
2004; LUDKE, 1994; SERRAZINA e OLIVEIRA, 2000).
Em projeto desenvolvido em Lisboa por Serrazina e Oliveira (2000) junto a
uma escola de primeiro ciclo, as autoras identificaram as principais questões que se
colocam aos professores em início de carreira e ponderaram, na discussão final, que a
formação inicial exerce grande influência no modo como as professoras recém-
formadas lidam com algumas questões, dentre elas o ensino de Matemática. Para as
pesquisadoras, é durante a formação inicial que o estudante adquire as bases sobre
as quais vai desenvolver sua prática. A partir de formulações científicas, científico-
didáticas e pedagógicas o profissional define o quê ensinar, como ensinar e a quem
ensinar.
Objetivos
Neste contexto, a investigação empreendida almeja analisar o quê o aluno
concluinte do curso de Pedagogia pensa acerca de sua formação e qual sua visão
sobre a inserção na docência em Matemática nas séries iniciais do Ensino
Fundamental. Os dados foram coletados junto a estudantes do último ano do curso de
Pedagogia de uma reconhecida instituição universitária da cidade de São Paulo-Brasil.
A investigação empreendida também buscou analisar como está organizado o curso
de Pedagogia, qual é o foco em relação ao conhecimento matemático e de que forma
a estrutura oferecida pela universidade interfere na formação do aluno
Para empreender este estudo, identificou-se inicialmente, quem é o aluno do
curso de Pedagogia e quais suas expectativas em relação ao curso. Também foram
analisadas as atividades acadêmicas mais importantes do curso e a contribuição do
Estágio para a atuação nas séries iniciais com a disciplina Matemática, segundo os
alunos.
Para o presente texto serão privilegiados os aspectos que se referem à
formação inicial do aluno para ensinar Matemática nos anos iniciais do Ensino
3
Fundamental tendo em vista as condições para a sua atuação profissional, bem como
a análise do papel das disciplinas com enfoque na Matemática, na visão dos alunos
concluintes que já se encontram em atuação profissional.
As informações decorrentes desta investigação podem trazer subsídios para
novos estudos e ações no sentido de entender o papel das disciplinas que enfocam a
Matemática nos cursos de Pedagogia e, com isso, aprimorar os cursos de formação
de professores.
Referencial teórico
Na busca de resposta para o que se propõe nesta pesquisa, inicialmente
realizou-se um estudo da história da formação do professor das séries iniciais e da
implantação do curso de Pedagogia no Brasil, as leis de diretrizes e bases da
educação nacional e o contexto em que foram elaboradas e implantadas, dando maior
ênfase para a LDBEN 9394/96 e para as Diretrizes Curriculares para os Cursos de
Pedagogia decorrentes dessa lei, tomando-se por base os trabalhos de Tanuri (2000),
Romanelli (1978), Saviani (2006), Scheibe (2003), Aguiar et al (2006) e Curi (2005). A
compreensão do contexto em que se situa o curso de Pedagogia hoje possibilitou uma
visão mais ampla da perspectiva da formação de professores atualmente.
Foram analisadas algumas concepções de formação de professores e, em
especial, da formação de professores que ensinam Matemática na perspectiva dos
saberes docentes. Nesse sentido, desenvolveu-se estudos acerca dos trabalhos de
Shulman (1986), Gauthier (1998), Imbernón (2004),. Tardif (2008) e Marcelo (2009) Os
documentos mais atuais para o ensino de Matemática apoiam-se nesses autores.
Conhecer essa perspectiva acerca dos saberes docentes possibilitou compreender
como está estruturada a formação docente no panorama atual e entender melhor os
movimentos mais recentes para o ensino da Matemática.
A formação profissional docente é influenciada pelas marcas, sentimentos
negativos, bloqueios e pelas representações em relação a um modelo de aula de
Matemática com concepções ultrapassadas do processo de aprendizagem dessa
disciplina. Em relação à formação de professores para o ensino de Matemática, foram
considerados os estudos de Curi (2005), Nacarato et al ( 2009) e Skovsmose (2001).
Esses autores consideram que a Educação Matemática apresenta uma natureza
4
crítica e que os conteúdos devem ser ensinados de forma a possibilitar a participação
política e a emancipação social e cultural.
Essa parte da pesquisa bibliográfica permitiu que se estabelecesse um
cenário da formação de professores das séries iniciais no Brasil e o ensino de
Matemática e foi primordial para a compreensão do estudo que se empreendeu em
seguida acerca da trajetória do curso de Pedagogia em questão e do processo de
elaboração e implantação do Projeto Pedagógico desse curso, em função das novas
Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Metodologia
No processo de coleta dos dados, empreendeu-se estudo dos materiais
recolhidos na pesquisa de campo à luz da literatura estudada. Isto permitiu o exame
mais claro dos tópicos que se pretendia estudar a partir dessa investigação. A
abordagem escolhida foi a de pesquisa qualitativa porque ela proporciona a
observação e a análise de variadas manifestações sobre o objeto pesquisado. Flick
(2004) considera que a pesquisa qualitativa é adequada para investigação de casos
concretos, uma vez que permite a observação e coleta de dados nos aspectos
temporais e de localidade.
A coleta de dados foi realizada no curso de Pedagogia de uma universidade
confessional de São Paulo utilizando-se questionários, grupo de discussão e
entrevistas. O questionário continha questões acerca do perfil do aluno, dados
familiares, dados de condição de vida, dados sobre atividades acadêmico-científicas,
atividades de estágio, visão da disciplina, e foi aplicado em setembro de 2010 aos
concluintes em dezembro daquele ano. A opção pelo questionário se deve ao fato de
que esse instrumento permitiu coletar, para essa parte da pesquisa, os dados de todos
os alunos concluintes presentes na data da aplicação do mesmo. Foi aplicado às duas
turmas, uma do curso diurno, com 19 alunos, e outra do curso noturno, com 27 alunos.
Para completar esses dados e aprofundar temas como a visão do aluno sobre
a disciplina de Matemática e sobre sua formação para ser professor que ensina
Matemática nos anos iniciais e o papel das atividades acadêmico-científicas
desenvolvidas durante o curso nessa formação, foi realizado um grupo de discussão
com alunos do curso noturno de PedagogiaO critério de escolha foi aleatório e o
5
convite foi feito durante a aplicação do questionário no curso noturno e novamente na
data da aplicação desse instrumento.
O grupo de discussão é uma técnica de pesquisa que consiste em conduzir a
discussão de aspectos relacionados a um determinado tema com a participação de
pessoas que compartilham uma experiência em comum, para coletar informações por
meio dos conceitos, impressões e concepções dos participantes (GATTI, 2009 b).
Desenvolvimento
Pela análise dos dados obtidos no questionário, observou-se que o perfil dos
estudantes da instituição pesquisada aproxima-se, em parte, dos dados levantados
nos estudos efetuados por Gatti e Barreto (2009) sobre professores e que apontam
que os estudantes do curso de Pedagogia são provenientes dos estratos médios da
população. No grupo de alunos da instituição pesquisada, 76% dos alunos trabalham
atualmente, sendo que quase metade deles (47,7%) leciona.
Algumas perguntas, no questionário, e, também, as participações no grupo de
discussão, permitiram identificar os alunos que já estão atuando em sala de aula, seja
como professor regente, seja como auxiliar de sala. Para o recorte aqui efetuado
tomaremos por base as respostas destes participantes. Já nas respostas obtidas a
estas perguntas foi possível perceber que têm consciência da importância da prática
aliada à teoria na sua formação profissional. Ao serem perguntados acerca do motivo
pelo qual trabalham como docente, muitos alunos responderam que trabalham para
obter experiência profissional.
[...] para minha formação prática enquanto profissional, o que
envolve teoria e prática, ou seja, a prática faz parte de minha
reflexão (N121
)
[...] para aperfeiçoar o que aprendo na faculdade; estou investindo
no meu futuro e na minha futura independência (M4).
No questionário, havia algumas questões sobre a percepção do aluno em
relação à preparação do curso para ser professor que vai, também, lecionar
Matemática nos anos iniciais. Essas mesmas questões foram colocadas,
posteriormente, no grupo de discussão. Na parte do questionário relacionada
1
Os alunos que responderam aos questionários foram identificados com letras de acordo com o período
em que estudam e números conforme a ordem em que os dados foram compilados. Os participantes do
Grupo de Discussão foram identificados com nomes fictícios.
6
especificamente à Matemática, inicialmente, havia questão para saber se eles se
lembravam de atividades voltadas para o ensino de Matemática nos anos iniciais
durante o curso de Pedagogia. As respostas, em geral, revelam que os alunos não
demonstram entusiasmo. Quando perguntamos aos alunos, no grupo de discussão,
sobre as disciplinas de Metodologia do Ensino de Matemática, também aqui, tiveram
dificuldade de lembrar quando as disciplinas haviam sido ministradas e o nome das
mesmas. Em geral, não há uma percepção positiva da contribuição dessas disciplinas
para sua formação.
No grupo de discussão, muitas vezes aparecem depoimentos que revelam o
desconforto, a indisposição e, às vezes, até a aversão à Matemática. A literatura tem
exposto o forte peso em relação às crenças. Conforme afirmam Nacarato et al, muitos
alunos da Pedagogia “trazem marcas profundas de sentimentos negativos em relação
a essa disciplina” (2009, p.23) e isso, muitas vezes, interfere negativamente no
aprendizado para ensinar Matemática.
Algumas respostas, no questionário, também ilustram essa indisposição com
a Matemática. Há uma grande incidência de respostas em branco ou apenas com um
“não me lembro”, ou “não sei”, “nada”; “não gosto de Matemática”, respostas curtas
que parecem demonstrar que eles não têm vontade de se lembrar do assunto ou de
pensar sobre a questão e que expressam o papel da disciplina nas suas trajetórias
como alunos.
Tivemos pouca coisa e não me interesso em ser professor de
Matemática. (aluno N16)
Xiiii, Matemática, me provoca arrepios. (aluno N22)
Segundo Nacarato et al, professores “trazem crenças arraigadas sobre o que
seja matemática, seu ensino e sua aprendizagem. Tais crenças, na maioria das vezes,
acabam por contribuir para a constituição da prática profissional [...] o modo como
uma professora ensina traz subjacente a ele a concepção que ela tem de matemática,
de ensino e de aprendizagem” (2009, p. 23-24).
Quando se perguntou sobre a contribuição das disciplinas que preparam para
ser professor de Matemática para os anos iniciais, houve a mesma reação de
insatisfação e pessimismo, assim como respostas em branco. Os alunos são muito
7
críticos em relação à formação que receberam e, talvez, por isso, ainda não percebam
as contribuições do curso para sua formação.
No que se refere às disciplinas e atividades que auxiliaram, na visão deles,
para ensinar Matemática, as respostas também são muito vagas. Não se lembram,
não sabem, mencionam o nome das disciplinas específicas e de outras, como
Ciências ou Psicologia, e também, o estágio.
Eu não me lembro de nada significativo. (aluno N15)
Tivemos pouca coisa e não me interesso em ser professor de
matemática. (aluno N16)
No questionário havia uma pergunta sobre o que eles mudariam no curso,
pensando em sua atuação como professores de Matemática nos anos iniciais. Em
geral, há a percepção de que a teoria e a prática se complementam no trabalho de
aprender a ensinar Matemática. Vários alunos propuseram estágio supervisionado
relacionado à Matemática, outros mencionaram prática de ensino, experiências, aulas
práticas, exemplos práticos e aulas que mostrem como a Matemática deve ser
trabalhada em sala de aula.
Identifica-se, assim, a valorização que os alunos dão aos conhecimentos
voltados para a prática. Pode-se indicar que o saber-fazer (esquemas, práticas de
ensino) apresenta-se como um dos componentes que integram o conhecimento
profissional dos professores (GARCIA, 1999) e, nesse caso, dos alunos em formação.
Algumas respostas apresentam a ideia de ensino contextualizado,
experiências interdisciplinares e atividades aliadas à prática pedagógica. Imbernón
considera que
[...] o currículo formativo para assimilar um conhecimento
profissional básico deveria promover experiências
interdisciplinares que permitam que o futuro professor ou
professora possa integrar os conhecimentos e os procedimentos
das diversas disciplinas (2004, p.62).
Esse aspecto aparece nos depoimentos de alguns alunos, marcadamente
entre os alunos que já estão atuando, seja como auxiliares de sala, seja em atuações
em comunidades de bairro ou atividades do programa Escola da Família.
8
Eu gostaria que a faculdade repensasse, assim, o projeto de
Iniciação [Científica], mandar um projeto de professor social,
educador ambiental. (Marcela)
Imbernón (2004) menciona que a reflexão sobre a prática, relacionada com os
dados da informação pedagógica, proporciona os elementos necessários para formar
um “profissional prático-reflexivo”, que é capaz de tomar decisões em situações de
incerteza, contextualizadas e únicas, surgidas no contexto profissional.
Nota-se, algumas vezes, uma contradição ou ambiguidade nos depoimentos
dos alunos. Ao mesmo tempo em que eles revelam que não aprenderam nada de
Matemática, os que já estão atuando conseguem compreender e utilizar o conteúdo
nesse contexto mais abrangente. Isso reforça o que se tem escrito sobre a importância
da prática aliada aos estudos. O Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia
pesquisado contempla essa ideia de várias maneiras. A área de extensão e serviços,
em que se destaca o Núcleo de Trabalhos Comunitários (NTC) mantém projetos
direcionados ao desenvolvimento e capacitação profissional. Outra oportunidade de
aproximação entre teoria e prática é colocada pelos intercâmbios, convênios e
parcerias realizados por essa universidade.
Porém, também nesse quesito parece que há necessidade de um
distanciamento para que a percepção do benefício se consolide. Já em relação à
infraestrutura, a grande maioria tem a consciência de que há uma grande contribuição
da universidade. Vários mencionaram a contribuição positiva da biblioteca e os
laboratórios.
Durante as entrevistas com as professoras e, também, em alguns momentos,
no grupo de discussão, houve reflexão sobre o fato de o tempo ser curto para
desenvolver um trabalho que aborde as dificuldades com conteúdos específicos da
Matemática e as questões de currículo e metodologia. Ao constatar que há a
necessidade de interromper o trabalho de metodologia relacionado ao ensino da
disciplina para desenvolver o trabalho de ensino do próprio conteúdo matemático,
surge o que consideramos um dos muitos desafios do trabalho com as disciplinas de
Matemática no curso de Pedagogia, que é a falta de tempo suficiente para acrescentar
mais um elemento.
Dada a dificuldade de muitos alunos do curso de Pedagogia com os
conteúdos matemáticos, em vários momentos levantou-se a ideia de deixar o trabalho
9
mais espaçado. Tanto aparece a sugestão de ampliar a carga horária como distribuir
as aulas em dois semestres. Isso permitiria o trabalho de pesquisa, estudo, aplicação
prática e discussão das atividades desenvolvidas, proporcionando as condições para a
assimilação e adaptação dos conteúdos.
Outro aspecto levantado na presente investigação foi a questão da dificuldade
de integração dos professores de outros departamentos com os professores do
departamento de Educação e também entre os professores que vêm dos vários
departamentos para lecionar as disciplinas de metodologias específicas. A tentativa de
acabar com a lógica disciplinar, proposta no Projeto Pedagógico do novo curso, ainda
não resultou em um processo natural. A integração entre as unidades temáticas supõe
uma visão de conjunto que os professores ainda não adquiriram. Esse processo
demanda tempo. Nesse momento, a lógica disciplinar parece prevalecer sobre a
estrutura de unidades temáticas.
Conclusões
Este estudo pretendeu analisar o quê pensa o aluno concluinte do curso de
Pedagogia sobre sua formação numa reconhecida instituição da cidade de São Paulo
e o qual sua visão sobre a inserção na docência em Matemática nas séries iniciais do
Ensino Fundamental. Constituiu-se uma tentativa de ouvir os maiores envolvidos no
Projeto Pedagógico, que são aqueles que estão aprendendo em um curso que é
identificado pela instituição como diferenciado.
Os alunos são críticos e exigentes e isto é reflexo do curso que tiveram. Os
quatro anos de estudos no projeto atual fizeram aflorar esse espírito crítico que
identificamos em vários momentos durante nossa pesquisa. Falam de forma
radicalizada, mas entendem que essas relações de poder precisam ser transformadas
e que o aluno tem que ser ouvido. É nisso que o grupo de discussão teve uma
importância muito grande. Permitiu perceber que eles não têm medo de mexer nessas
relações de poder. Os dados revelam que certamente aprenderam isso no curso. No
entanto, a formação crítica recebida parece impedir, nesse momento, a visão da
contribuição do curso e das disciplinas para sua inserção na docência em relação à
Matemática. . Talvez haja necessidade de um distanciamento para que ocorra essa
percepção.
10
O estudo do Projeto Pedagógico do referido curso permitiu concluir que sua
estrutura atende completamente à proposta de ensino contida nos instrumentos legais,
notadamente as Diretrizes Curriculares para o Curso de Pedagogia, de 2006. A
organização em unidades temáticas evidencia a intenção de fazer a integração dos
conteúdos teóricos com a prática de ensino, não só por intermédio dos estágios, mas,
inclusive, na oferta de muitos projetos extracurriculares empreendidos pela instituição.
Esses projetos também satisfazem a necessidade de formar, no curso de
Pedagogia, um profissional consciente da realidade social, que tenha a condição de
intervir e criar soluções, num mundo em constantes mudanças. Promovem a inserção
dos alunos em projetos comunitários relacionados à sua formação. Propiciam,
também, o intercâmbio com profissionais de outras áreas do saber. Satisfazem a
necessidade do professor em conhecer e vivenciar situações cotidianas que
enriquecerão sua formação.
Embora essa seja a primeira turma de formandos desde a implantação do
novo projeto, estando, portanto, o projeto em seu início, havendo ainda muito que ser
reconstruído, foi possível identificar nos alunos o comportamento questionador e
comprometido, conforme está posto no Projeto Pedagógico.
A análise dos dados obtidos no decorrer deste trabalho, em conjunto com a
literatura estudada, ofereceu uma visão abrangente da formação do professor que vai
lecionar Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Proporcionou,
também, a compreensão da estrutura do curso de Pedagogia da instituição
pesquisada, bem possibilitou conhecer quem é o aluno que procura essa instituição de
ensino para sua formação profissional. Possibilitou que refletíssemos a respeito das
características e desafios para o trabalho com as disciplinas que enfocam o ensino de
Matemática nos cursos de Pedagogia.
Acreditamos que a ampliação do número de pesquisas relacionadas ao tema
seja de extrema importância para conhecermos o perfil dos alunos que buscam a
carreira docente, a fim de possibilitar a divulgação de informações que contribuirão
para as ações na área educacional.
11
Referências Bibliográficas
AGUIAR, Márcia Ângela da S., et al. Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia no
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Presidência da República Federativa do Brasil/Subsecretaria para Assuntos Jurídicos,
2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
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______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO.
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Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 20/01/2001.
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Parecer CNE/CP 05/2005. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de
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<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp05_05.pdf>. Acesso em 20/01/2011.
______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO.
Resolução CNE/CP nº 1, de 15/5/06. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Brasília: MEC/CNE, 2006.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf>. Acesso em
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______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO.
Resolução CNE/CP nº 3, de 2006. Disponível em:
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12
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CEMPEM, v. 5, n. 8, jul./dez. 1997, p. 9-44.

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Formação de Professores e Ensino de Matemática

  • 1. 1 A VISÃO DO ALUNO DO CURSO DE PEDAGOGIA SOBRE A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA NAS SÉRIES INICIAIS Lacerda, Sara Miranda- Faculdade Sumaré saraml@uol.com.br Passos, Laurizete Ferragut Passos - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo laurizet@terra.com.br Resumo Esta pesquisa se insere no contexto da contribuição da formação inicial para a atividade de docência e apresenta o objetivo de investigar a visão do aluno do curso de Pedagogia sobre sua formação e inserção na docência para ensinar Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Realizou-se levantamento histórico de como os cursos de formação para a docência foram sendo organizados, incluindo aspectos de legislação que interferiram nessa trajetória, utilizando-se contribuições teóricas de Tanuri (2000), Romanelli (1978), Saviani (2006), Scheibe (2003), Aguiar et al (2006). Considerando-se trabalhos de Gauthier (1998), Shulman (1986), Tardif (2008), Imbernón (2004) e Marcelo & Vaillant (2009), foram empreendidos estudos acerca da formação de professores para compreender o momento atual da área. Os dados foram coletados junto ao curso de Pedagogia de uma universidade confessional da cidade de São Paulo. Aplicou-se questionário e organizou-se um grupo de discussão com os alunos concluintes. Constatou-se que, embora haja um movimento de mudança em direção às recentes propostas na área de Educação, a visão do aluno concluinte sobre sua inserção na docência para atuar com Matemática é negativa e pessimista. Palavras-chave: Ensino de Matemática; Ensino Fundamental; Inserção na docência. Introdução
  • 2. 2 Este trabalho apresenta parte dos resultados de uma investigação cujo tema se insere no contexto dos desempenhos e das tarefas exigidos do professor de educação básica no que se refere ao conhecimento matemático e o processo de formação desse profissional para que possa desempenhar essa tarefa. A pesquisa partiu do princípio de que a formação inicial exerce grande influência no desempenho da prática profissional, especialmente nos anos iniciais da docência. (IMBERNÓN, 2004; LUDKE, 1994; SERRAZINA e OLIVEIRA, 2000). Em projeto desenvolvido em Lisboa por Serrazina e Oliveira (2000) junto a uma escola de primeiro ciclo, as autoras identificaram as principais questões que se colocam aos professores em início de carreira e ponderaram, na discussão final, que a formação inicial exerce grande influência no modo como as professoras recém- formadas lidam com algumas questões, dentre elas o ensino de Matemática. Para as pesquisadoras, é durante a formação inicial que o estudante adquire as bases sobre as quais vai desenvolver sua prática. A partir de formulações científicas, científico- didáticas e pedagógicas o profissional define o quê ensinar, como ensinar e a quem ensinar. Objetivos Neste contexto, a investigação empreendida almeja analisar o quê o aluno concluinte do curso de Pedagogia pensa acerca de sua formação e qual sua visão sobre a inserção na docência em Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Os dados foram coletados junto a estudantes do último ano do curso de Pedagogia de uma reconhecida instituição universitária da cidade de São Paulo-Brasil. A investigação empreendida também buscou analisar como está organizado o curso de Pedagogia, qual é o foco em relação ao conhecimento matemático e de que forma a estrutura oferecida pela universidade interfere na formação do aluno Para empreender este estudo, identificou-se inicialmente, quem é o aluno do curso de Pedagogia e quais suas expectativas em relação ao curso. Também foram analisadas as atividades acadêmicas mais importantes do curso e a contribuição do Estágio para a atuação nas séries iniciais com a disciplina Matemática, segundo os alunos. Para o presente texto serão privilegiados os aspectos que se referem à formação inicial do aluno para ensinar Matemática nos anos iniciais do Ensino
  • 3. 3 Fundamental tendo em vista as condições para a sua atuação profissional, bem como a análise do papel das disciplinas com enfoque na Matemática, na visão dos alunos concluintes que já se encontram em atuação profissional. As informações decorrentes desta investigação podem trazer subsídios para novos estudos e ações no sentido de entender o papel das disciplinas que enfocam a Matemática nos cursos de Pedagogia e, com isso, aprimorar os cursos de formação de professores. Referencial teórico Na busca de resposta para o que se propõe nesta pesquisa, inicialmente realizou-se um estudo da história da formação do professor das séries iniciais e da implantação do curso de Pedagogia no Brasil, as leis de diretrizes e bases da educação nacional e o contexto em que foram elaboradas e implantadas, dando maior ênfase para a LDBEN 9394/96 e para as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Pedagogia decorrentes dessa lei, tomando-se por base os trabalhos de Tanuri (2000), Romanelli (1978), Saviani (2006), Scheibe (2003), Aguiar et al (2006) e Curi (2005). A compreensão do contexto em que se situa o curso de Pedagogia hoje possibilitou uma visão mais ampla da perspectiva da formação de professores atualmente. Foram analisadas algumas concepções de formação de professores e, em especial, da formação de professores que ensinam Matemática na perspectiva dos saberes docentes. Nesse sentido, desenvolveu-se estudos acerca dos trabalhos de Shulman (1986), Gauthier (1998), Imbernón (2004),. Tardif (2008) e Marcelo (2009) Os documentos mais atuais para o ensino de Matemática apoiam-se nesses autores. Conhecer essa perspectiva acerca dos saberes docentes possibilitou compreender como está estruturada a formação docente no panorama atual e entender melhor os movimentos mais recentes para o ensino da Matemática. A formação profissional docente é influenciada pelas marcas, sentimentos negativos, bloqueios e pelas representações em relação a um modelo de aula de Matemática com concepções ultrapassadas do processo de aprendizagem dessa disciplina. Em relação à formação de professores para o ensino de Matemática, foram considerados os estudos de Curi (2005), Nacarato et al ( 2009) e Skovsmose (2001). Esses autores consideram que a Educação Matemática apresenta uma natureza
  • 4. 4 crítica e que os conteúdos devem ser ensinados de forma a possibilitar a participação política e a emancipação social e cultural. Essa parte da pesquisa bibliográfica permitiu que se estabelecesse um cenário da formação de professores das séries iniciais no Brasil e o ensino de Matemática e foi primordial para a compreensão do estudo que se empreendeu em seguida acerca da trajetória do curso de Pedagogia em questão e do processo de elaboração e implantação do Projeto Pedagógico desse curso, em função das novas Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Metodologia No processo de coleta dos dados, empreendeu-se estudo dos materiais recolhidos na pesquisa de campo à luz da literatura estudada. Isto permitiu o exame mais claro dos tópicos que se pretendia estudar a partir dessa investigação. A abordagem escolhida foi a de pesquisa qualitativa porque ela proporciona a observação e a análise de variadas manifestações sobre o objeto pesquisado. Flick (2004) considera que a pesquisa qualitativa é adequada para investigação de casos concretos, uma vez que permite a observação e coleta de dados nos aspectos temporais e de localidade. A coleta de dados foi realizada no curso de Pedagogia de uma universidade confessional de São Paulo utilizando-se questionários, grupo de discussão e entrevistas. O questionário continha questões acerca do perfil do aluno, dados familiares, dados de condição de vida, dados sobre atividades acadêmico-científicas, atividades de estágio, visão da disciplina, e foi aplicado em setembro de 2010 aos concluintes em dezembro daquele ano. A opção pelo questionário se deve ao fato de que esse instrumento permitiu coletar, para essa parte da pesquisa, os dados de todos os alunos concluintes presentes na data da aplicação do mesmo. Foi aplicado às duas turmas, uma do curso diurno, com 19 alunos, e outra do curso noturno, com 27 alunos. Para completar esses dados e aprofundar temas como a visão do aluno sobre a disciplina de Matemática e sobre sua formação para ser professor que ensina Matemática nos anos iniciais e o papel das atividades acadêmico-científicas desenvolvidas durante o curso nessa formação, foi realizado um grupo de discussão com alunos do curso noturno de PedagogiaO critério de escolha foi aleatório e o
  • 5. 5 convite foi feito durante a aplicação do questionário no curso noturno e novamente na data da aplicação desse instrumento. O grupo de discussão é uma técnica de pesquisa que consiste em conduzir a discussão de aspectos relacionados a um determinado tema com a participação de pessoas que compartilham uma experiência em comum, para coletar informações por meio dos conceitos, impressões e concepções dos participantes (GATTI, 2009 b). Desenvolvimento Pela análise dos dados obtidos no questionário, observou-se que o perfil dos estudantes da instituição pesquisada aproxima-se, em parte, dos dados levantados nos estudos efetuados por Gatti e Barreto (2009) sobre professores e que apontam que os estudantes do curso de Pedagogia são provenientes dos estratos médios da população. No grupo de alunos da instituição pesquisada, 76% dos alunos trabalham atualmente, sendo que quase metade deles (47,7%) leciona. Algumas perguntas, no questionário, e, também, as participações no grupo de discussão, permitiram identificar os alunos que já estão atuando em sala de aula, seja como professor regente, seja como auxiliar de sala. Para o recorte aqui efetuado tomaremos por base as respostas destes participantes. Já nas respostas obtidas a estas perguntas foi possível perceber que têm consciência da importância da prática aliada à teoria na sua formação profissional. Ao serem perguntados acerca do motivo pelo qual trabalham como docente, muitos alunos responderam que trabalham para obter experiência profissional. [...] para minha formação prática enquanto profissional, o que envolve teoria e prática, ou seja, a prática faz parte de minha reflexão (N121 ) [...] para aperfeiçoar o que aprendo na faculdade; estou investindo no meu futuro e na minha futura independência (M4). No questionário, havia algumas questões sobre a percepção do aluno em relação à preparação do curso para ser professor que vai, também, lecionar Matemática nos anos iniciais. Essas mesmas questões foram colocadas, posteriormente, no grupo de discussão. Na parte do questionário relacionada 1 Os alunos que responderam aos questionários foram identificados com letras de acordo com o período em que estudam e números conforme a ordem em que os dados foram compilados. Os participantes do Grupo de Discussão foram identificados com nomes fictícios.
  • 6. 6 especificamente à Matemática, inicialmente, havia questão para saber se eles se lembravam de atividades voltadas para o ensino de Matemática nos anos iniciais durante o curso de Pedagogia. As respostas, em geral, revelam que os alunos não demonstram entusiasmo. Quando perguntamos aos alunos, no grupo de discussão, sobre as disciplinas de Metodologia do Ensino de Matemática, também aqui, tiveram dificuldade de lembrar quando as disciplinas haviam sido ministradas e o nome das mesmas. Em geral, não há uma percepção positiva da contribuição dessas disciplinas para sua formação. No grupo de discussão, muitas vezes aparecem depoimentos que revelam o desconforto, a indisposição e, às vezes, até a aversão à Matemática. A literatura tem exposto o forte peso em relação às crenças. Conforme afirmam Nacarato et al, muitos alunos da Pedagogia “trazem marcas profundas de sentimentos negativos em relação a essa disciplina” (2009, p.23) e isso, muitas vezes, interfere negativamente no aprendizado para ensinar Matemática. Algumas respostas, no questionário, também ilustram essa indisposição com a Matemática. Há uma grande incidência de respostas em branco ou apenas com um “não me lembro”, ou “não sei”, “nada”; “não gosto de Matemática”, respostas curtas que parecem demonstrar que eles não têm vontade de se lembrar do assunto ou de pensar sobre a questão e que expressam o papel da disciplina nas suas trajetórias como alunos. Tivemos pouca coisa e não me interesso em ser professor de Matemática. (aluno N16) Xiiii, Matemática, me provoca arrepios. (aluno N22) Segundo Nacarato et al, professores “trazem crenças arraigadas sobre o que seja matemática, seu ensino e sua aprendizagem. Tais crenças, na maioria das vezes, acabam por contribuir para a constituição da prática profissional [...] o modo como uma professora ensina traz subjacente a ele a concepção que ela tem de matemática, de ensino e de aprendizagem” (2009, p. 23-24). Quando se perguntou sobre a contribuição das disciplinas que preparam para ser professor de Matemática para os anos iniciais, houve a mesma reação de insatisfação e pessimismo, assim como respostas em branco. Os alunos são muito
  • 7. 7 críticos em relação à formação que receberam e, talvez, por isso, ainda não percebam as contribuições do curso para sua formação. No que se refere às disciplinas e atividades que auxiliaram, na visão deles, para ensinar Matemática, as respostas também são muito vagas. Não se lembram, não sabem, mencionam o nome das disciplinas específicas e de outras, como Ciências ou Psicologia, e também, o estágio. Eu não me lembro de nada significativo. (aluno N15) Tivemos pouca coisa e não me interesso em ser professor de matemática. (aluno N16) No questionário havia uma pergunta sobre o que eles mudariam no curso, pensando em sua atuação como professores de Matemática nos anos iniciais. Em geral, há a percepção de que a teoria e a prática se complementam no trabalho de aprender a ensinar Matemática. Vários alunos propuseram estágio supervisionado relacionado à Matemática, outros mencionaram prática de ensino, experiências, aulas práticas, exemplos práticos e aulas que mostrem como a Matemática deve ser trabalhada em sala de aula. Identifica-se, assim, a valorização que os alunos dão aos conhecimentos voltados para a prática. Pode-se indicar que o saber-fazer (esquemas, práticas de ensino) apresenta-se como um dos componentes que integram o conhecimento profissional dos professores (GARCIA, 1999) e, nesse caso, dos alunos em formação. Algumas respostas apresentam a ideia de ensino contextualizado, experiências interdisciplinares e atividades aliadas à prática pedagógica. Imbernón considera que [...] o currículo formativo para assimilar um conhecimento profissional básico deveria promover experiências interdisciplinares que permitam que o futuro professor ou professora possa integrar os conhecimentos e os procedimentos das diversas disciplinas (2004, p.62). Esse aspecto aparece nos depoimentos de alguns alunos, marcadamente entre os alunos que já estão atuando, seja como auxiliares de sala, seja em atuações em comunidades de bairro ou atividades do programa Escola da Família.
  • 8. 8 Eu gostaria que a faculdade repensasse, assim, o projeto de Iniciação [Científica], mandar um projeto de professor social, educador ambiental. (Marcela) Imbernón (2004) menciona que a reflexão sobre a prática, relacionada com os dados da informação pedagógica, proporciona os elementos necessários para formar um “profissional prático-reflexivo”, que é capaz de tomar decisões em situações de incerteza, contextualizadas e únicas, surgidas no contexto profissional. Nota-se, algumas vezes, uma contradição ou ambiguidade nos depoimentos dos alunos. Ao mesmo tempo em que eles revelam que não aprenderam nada de Matemática, os que já estão atuando conseguem compreender e utilizar o conteúdo nesse contexto mais abrangente. Isso reforça o que se tem escrito sobre a importância da prática aliada aos estudos. O Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia pesquisado contempla essa ideia de várias maneiras. A área de extensão e serviços, em que se destaca o Núcleo de Trabalhos Comunitários (NTC) mantém projetos direcionados ao desenvolvimento e capacitação profissional. Outra oportunidade de aproximação entre teoria e prática é colocada pelos intercâmbios, convênios e parcerias realizados por essa universidade. Porém, também nesse quesito parece que há necessidade de um distanciamento para que a percepção do benefício se consolide. Já em relação à infraestrutura, a grande maioria tem a consciência de que há uma grande contribuição da universidade. Vários mencionaram a contribuição positiva da biblioteca e os laboratórios. Durante as entrevistas com as professoras e, também, em alguns momentos, no grupo de discussão, houve reflexão sobre o fato de o tempo ser curto para desenvolver um trabalho que aborde as dificuldades com conteúdos específicos da Matemática e as questões de currículo e metodologia. Ao constatar que há a necessidade de interromper o trabalho de metodologia relacionado ao ensino da disciplina para desenvolver o trabalho de ensino do próprio conteúdo matemático, surge o que consideramos um dos muitos desafios do trabalho com as disciplinas de Matemática no curso de Pedagogia, que é a falta de tempo suficiente para acrescentar mais um elemento. Dada a dificuldade de muitos alunos do curso de Pedagogia com os conteúdos matemáticos, em vários momentos levantou-se a ideia de deixar o trabalho
  • 9. 9 mais espaçado. Tanto aparece a sugestão de ampliar a carga horária como distribuir as aulas em dois semestres. Isso permitiria o trabalho de pesquisa, estudo, aplicação prática e discussão das atividades desenvolvidas, proporcionando as condições para a assimilação e adaptação dos conteúdos. Outro aspecto levantado na presente investigação foi a questão da dificuldade de integração dos professores de outros departamentos com os professores do departamento de Educação e também entre os professores que vêm dos vários departamentos para lecionar as disciplinas de metodologias específicas. A tentativa de acabar com a lógica disciplinar, proposta no Projeto Pedagógico do novo curso, ainda não resultou em um processo natural. A integração entre as unidades temáticas supõe uma visão de conjunto que os professores ainda não adquiriram. Esse processo demanda tempo. Nesse momento, a lógica disciplinar parece prevalecer sobre a estrutura de unidades temáticas. Conclusões Este estudo pretendeu analisar o quê pensa o aluno concluinte do curso de Pedagogia sobre sua formação numa reconhecida instituição da cidade de São Paulo e o qual sua visão sobre a inserção na docência em Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Constituiu-se uma tentativa de ouvir os maiores envolvidos no Projeto Pedagógico, que são aqueles que estão aprendendo em um curso que é identificado pela instituição como diferenciado. Os alunos são críticos e exigentes e isto é reflexo do curso que tiveram. Os quatro anos de estudos no projeto atual fizeram aflorar esse espírito crítico que identificamos em vários momentos durante nossa pesquisa. Falam de forma radicalizada, mas entendem que essas relações de poder precisam ser transformadas e que o aluno tem que ser ouvido. É nisso que o grupo de discussão teve uma importância muito grande. Permitiu perceber que eles não têm medo de mexer nessas relações de poder. Os dados revelam que certamente aprenderam isso no curso. No entanto, a formação crítica recebida parece impedir, nesse momento, a visão da contribuição do curso e das disciplinas para sua inserção na docência em relação à Matemática. . Talvez haja necessidade de um distanciamento para que ocorra essa percepção.
  • 10. 10 O estudo do Projeto Pedagógico do referido curso permitiu concluir que sua estrutura atende completamente à proposta de ensino contida nos instrumentos legais, notadamente as Diretrizes Curriculares para o Curso de Pedagogia, de 2006. A organização em unidades temáticas evidencia a intenção de fazer a integração dos conteúdos teóricos com a prática de ensino, não só por intermédio dos estágios, mas, inclusive, na oferta de muitos projetos extracurriculares empreendidos pela instituição. Esses projetos também satisfazem a necessidade de formar, no curso de Pedagogia, um profissional consciente da realidade social, que tenha a condição de intervir e criar soluções, num mundo em constantes mudanças. Promovem a inserção dos alunos em projetos comunitários relacionados à sua formação. Propiciam, também, o intercâmbio com profissionais de outras áreas do saber. Satisfazem a necessidade do professor em conhecer e vivenciar situações cotidianas que enriquecerão sua formação. Embora essa seja a primeira turma de formandos desde a implantação do novo projeto, estando, portanto, o projeto em seu início, havendo ainda muito que ser reconstruído, foi possível identificar nos alunos o comportamento questionador e comprometido, conforme está posto no Projeto Pedagógico. A análise dos dados obtidos no decorrer deste trabalho, em conjunto com a literatura estudada, ofereceu uma visão abrangente da formação do professor que vai lecionar Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Proporcionou, também, a compreensão da estrutura do curso de Pedagogia da instituição pesquisada, bem possibilitou conhecer quem é o aluno que procura essa instituição de ensino para sua formação profissional. Possibilitou que refletíssemos a respeito das características e desafios para o trabalho com as disciplinas que enfocam o ensino de Matemática nos cursos de Pedagogia. Acreditamos que a ampliação do número de pesquisas relacionadas ao tema seja de extrema importância para conhecermos o perfil dos alunos que buscam a carreira docente, a fim de possibilitar a divulgação de informações que contribuirão para as ações na área educacional.
  • 11. 11 Referências Bibliográficas AGUIAR, Márcia Ângela da S., et al. Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia no Brasil: disputas de projetos no campo da formação do profissional da educação. Educação e Sociedade. Campinas: vol. 27, n. 96, Especial, out. 2006, p. 819-842. BRASIL. Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de 2009. Brasília: Casa Civil da Presidência da República Federativa do Brasil/Subsecretaria para Assuntos Jurídicos, 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2009/Decreto/D6755.htm>. Acesso em 20/01/2011. ______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Lei n. 5.692, Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1º e 2º graus e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5692.htm. Acesso em 20/01/2011. ______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 20/01/2001. ______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer CNE/CP 05/2005. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Brasília: MEC/CNE, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp05_05.pdf>. Acesso em 20/01/2011. ______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CP nº 1, de 15/5/06. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Brasília: MEC/CNE, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf>. Acesso em 06/01/2011. ______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CP nº 3, de 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp003_06.pdf>. Acesso em 20/01/2011. CURI, Edda. A Matemática e os professores dos anos iniciais. São Paulo: Musa Editora, 2005. FLICK, Uwe. Uma introdução à pesquisa qualitativa. Tradução de Sandra Netz. 2ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. MARCELO, C; VAILLANT D. Desarrolo Profesional Docente. Como se aprende a enseñar?. Madrid: Narcea Ediciones, 2009. GATTI, Bernadete Angelina; BARRETO, Elba Siqueira de Sá (Coord.). Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO, 2009. GATTI, Bernadete Angelina. Atratividade da carreira docente no Brasil. Relatório Preliminar. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, out. 2009 b. GAUTHIER, C. Por uma teoria da Pedagogia: pesquisas contemporâneias sobre o saber docente. Ijuí: Unijuí, 1998.
  • 12. 12 IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. Coleção Questões de Nossa Época. 4ª Ed. São Paulo: Cortez, 2004. LÜDKE, Menga. Avaliação institucional: formação de docentes para o ensino fundamental e médio (as licenciaturas). Cadernos Crub, Brasília, v. 1, n. 4, 1994. NACARATO, Adair Mendes, et al. A matemática nos anos iniciais do ensino fundamental: tecendo fios do ensinar e do aprender. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009. PASSOS, Laurizete Ferragut. Processos de constituição da profissionalidade docente de futuros professores dos cursos de licenciatura em matemática e Pedagogia: um estudo nas bases do INEP e em memoriais de licenciandos, Edital nº 001/2008/CAPES/INEP/SECAD. PUC-SP, 2008. PROPOSTA DE REFORMA CURRICULAR DA GRADUAÇÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA – NOVO PROJETO PEDAGÓGICO. São Paulo: PUC/SP, 2006. ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da Educação no Brasil: 1930/1973. Petrópolis: Vozes, 1978. SAVIANI, Dermeval. Política e educação no Brasil: o papel do Congresso Nacional na legislação do ensino. 6ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2006. SCHEIBE, Leda. Formação de Professores e Pedagogos na perspectiva da LDB. IV Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores. Formação de Educadores: desafios e perspectivas/organizadora Raquel Lazzari Leite Barbosa. São Paulo: Editora UNESP, 2003, p. 171-183. SERRAZINA, Lurdes; OLIVEIRA, Isolina. Formação inicial e primeiros anos de profissão. Lisboa: 2000. <http://www.spce.org.pt/sem/01LSIO.pdf>. Acesso em junho de 2009. SHULMAN, L. S. Those who understand: knowledge growth in teaching. Educational, v. 15, n. 2, p. 4-14, 1986. SKOVSMOSE, Ole. Educação Matemática Crítica: a questão da democracia. Campinas, SP: Papirus, 2001. TANURI, Leonor Maria. História da Formação de Professores. Revista Brasileira de Educação, n. 14, mai/jun/jul/ago. 2000, p. 61-88. TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 9ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. THOMPSON, A. F. A relação entre concepções de matemática e ensino de matemática de professores na prática pedagógica. Zetetiké, Unicamp/Fac. Educação, CEMPEM, v. 5, n. 8, jul./dez. 1997, p. 9-44.