O documento fornece definições de minerais e cristais, lista vários minerais com suas propriedades e origens, e descreve métodos para identificar minerais com base em características como cor, traço, brilho, clivagem, dureza e densidade relativa.
2. DEFINIÇÕES
MINERAIS – Trata-se de todo elemento ou composto químico que
possui uma composição química definida e é formado naturalmente
por processos geológicos sem nenhuma influência orgânica.
CRISTAL – Todo mineral que possui uma forma
geométrica definida. A forma geométrica adquirida
está totalmente relacionada com a organização
atómica dos elementos que formam o mineral.
14. Quando a água atinge os 0ºC a
uma pressão atmosférica
normal, passa do estado líquido
para o estado sólido. A este
estado sólido chama-se gelo e
é considerado um mineral.
16. ORIGEM
Os minerais podem ser classificados de acordo com sua
origem, sendo:
Minerais magmáticos são aqueles
que resultam da cristalização do
magma e constituem as rochas
ígneas ou magmáticas.
Diamante
17. ORIGEM
Minerais metamórficos originam-se
principalmente pela ação da
temperatura, pressão litostática e
pressão das fases voláteis sobre
rochas magmáticas, sedimentares e
também sobre outras rochas
metamórficas.
Granada
18. ORIGEM
Minerais sublimados são
aqueles formados diretamente da
cristalização de um vapor, como
também da interação entre
vapores e destes com as rochas
dos condutos por onde passam.
Enxofre
19. ORIGEM
Minerais pneumatolíticos são
formados pela reação dos
constituintes voláteis oriundos
da cristalização magmática,
desgaseificação do interior
terrestre ou de reações
metamórficas sobre as rochas
adjacentes.
Turmalina
20. ORIGEM
Minerais formados a partir de soluções originam-se pela
deposição devido a evaporação, variações de temperatura,
pressão, porosidade, pH e/ou eH.
Evaporação do solvente: neste processo a
precipitação ocorre quando a
concentração ultrapassar o coeficiente de
solubilidade pelo processo de evaporação,
fato que ocorre principalmente em regiões
quentes e secas, formando sulfatos
(anidrita, gipsita etc.), halogenetos (halita,
Gipsita silvita etc.) etc.
21. ORIGEM
Perda de gás agindo como solvente:
processo que ocorre quando uma
solução contendo gases entra em
contados com rochas provocando
reação, a exemplo do que ocorre
quando solução aquosa contendo
dióxido de carbono entra em contato
com rochas calcárias, caso em que o
carbonato de cálcio é parcialmente
dissolvido formando o bicarbonato de
cálcio (CaH2(CO3)2), composto
solúvel na solução.
Caverna calcária
22. ORIGEM
Diminuição da temperatura e/ou pressão: as soluções de origem
profunda resultantes de transformações metamórficas (desidratação,
descarbonatação, etc.) ou de cristalizações magmáticas normalmente
contêm significativas quantidade de material dissolvido. Quando essas
soluções arrefecem ou a pressão diminui, formam-se minerais
hidrotermais, depositados na forma de veios ou filões.
Quartzo
23. ORIGEM
Interação de soluções: O encontro de
soluções aquosas com solutos
diferentes, ao interagirem,
pode formar composto insolúvel ou
com coeficiente de solubilidade bem
mais baixo, que se precipita.
O encontro de uma solução com
sulfato de cálcio (CaSO4) com outra
contendo carbonato de bário (BaCO3),
resulta na formação de um precipitado
de barite (BaSO4).
Barite
24. ORIGEM
Interação de gases com soluções: A
passagem de gás por uma solução
contendo iões pode gerar precipitados,
a exemplo do que ocorre com a
passagem de H2S (gás sulfídrico) por
uma solução contendo catiões de Fe,
Cu, Zn etc., formando sulfetos de
ferro como pirite (FeS2), calcopirite
(CuFeS2), etc.
Pirite
25. ORIGEM
Ação de organismos sobre soluções: Esse
processo resulta da ação dos organismos
vivos, animais ou vegetais, sobre as
soluções. Dessa forma um grande número
de seres marinhos (corais, crinóides,
moluscos etc.) extraem o carbonato de
cálcio das águas salgadas para formar suas
conchas e partes duras de seus corpos,
resultando na formação de calcite (CaCO3)
e, em menor quantidade, aragonite
(CaCO3) e dolomite [MgCa(CO3)2].
Calcite
33. IDENTIFICAÇÃO
Para a identificação dos minerais através de suas
propriedades físicas e morfológicas, que são decorrentes de
suas composições químicas e de suas estruturas cristalinas,
utilizamos caraterísticas como:
hábito, transparência, brilho, cor, traço, dureza, fratura,
clivagem, densidade relativa e propriedades magnéticas.
34. IDENTIFICAÇÃO
Hábito – Forma geométrica externa, habitual, exibida pelos
cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura cristalina.
Limonite – hábito cúbico Quartzo – hábito prismático
35. IDENTIFICAÇÃO
Transparência – São os minerais que não absorvem ou
absorvem pouco a luz. Os que absorvem a luz são considerados
translúcidos e dificultam que as imagens sejam reconhecidas
através deles.
Diamante transparente
42. ……………………………………………………………………………………Caraterísticas dos Minerais
C – Brilho
Brilho – Trata-se da quantidade de luz refletida pela superfície
de um mineral. Os minerais que refletem mais de 75% da luz
exibem brilho metálico.
Galena com brilho metálico Topázio com brilho vítreo
44. ……………………………………………………………………………………Caraterísticas dos Minerais
D – Clivagem Quando o mineral se
fragmenta naturalmente de
forma regular e com direcção
definida em planos paralelos
A Mica cliva facilmente segundo lâminas paralelas
(desfaz-se facilmente em lâminas).
48. É a maior ou menor resistência que o mineral apresenta ao ser
riscado.
Para a classificação
utiliza-se a escala de
Mohs, que utiliza como
parâmetros a dureza de
minerais comuns,
variando de 1 até 10.
52. ……………………………………………………………………………………Caraterísticas dos Minerais
Ensaios
Preliminares
permitem delimitar as
zonas da escala em que a
dureza do mineral em
estudo deve situar-se;
-evita a deteorização
rápida dos termos
menos duros da Escala
de Mohs;
- abrevia o processo
de determinação da
dureza.
Depois inicia-se o
ensaio pelo termo
de dureza.
56. IDENTIFICAÇÃO
Densidade relativa – É o número que indica quantas vezes certo
volume de mineral é mais pesado que o mesmo volume de água a 4
ºC. Na maioria dos minerais, a densidade relativa varia entre 2,5 e 3,3.
Alguns minerais que contém elementos de alto peso atômico (Ba, Sn,
Pb, Sr, etc. ) apresentam uma densidade superior a 4.
Cassiteria (SnO2) –
densidade relativa: 6,8 – 7,1