Um mineral é uma substância sólida, cristalina e inorgânica formada por processos naturais. Os minerais podem ser identificados por suas propriedades como cor, traço, brilho, clivagem, dureza e reação a ácidos. Eles se formam de diferentes maneiras incluindo processos magmáticos, metamórficos, pneumatolíticos ou a partir de soluções.
2. Mineral
é uma substância sólida, homogénea,
cristalina, de composição definida
dentro de determinados limites,
formada por processos naturais e
inorgânicos, sem intervenção do
Homem.
15. Cor
• A cor de um mineral deve ser observada numa
superfície de fractura recente, à luz natural.
• Minerais idiocromáticos – apresentam uma cor
constante, qualquer que seja a amostra
observada
• Minerais alocromáticos – apresentam uma gama
variada de cores (são geralmente minerais de
brilho não metálico)
16. A prata é um mineral
idiocromático, de cor branca
A apatite é um mineral
alocromático que por ser
incolor pode ser verde, azul,
roxo e amarelo.
17.
18.
19.
20.
21. Traço ou risca
• O traço é a cor de um mineral quando reduzido a
pó.
• Para se determinar essa cor, risca-se com o
mineral a superfície despolida de uma porcelana
(apenas aplicável a minerais com dureza inferior à
da porcelana, cerca de 7)
• Para minerais com dureza superior, reduz-se a pó
uma pequena amostra do mineral em estudo,
num almofariz.
26. Brilho/ Lustre
• Refere-se à intensidade
de luz refletida por uma
superfície de fractura
recente do mineral em
estudo.
• Podem ser minerais de
brilho:
– Metálico
– Submetálico
– Não metálico (ex:
gorduroso, sedoso,
adamantino, vítreo ou
nacarado)
27. Brilho – Trata-se da quantidade de luz refletida pela
superfície de um mineral. Os minerais que reflectem mais
de 75% da luz exibem brilho metálico.
Galena com brilho metálico Topázio com brilho vítreo
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29.
30.
31. Dureza
• A dureza (H) de um mineral é a resistência que este
oferece ao ser riscado por um outro mineral.
• Escala de Mohs (1822)
38. Clivagem
• Propriedade física que traduz a tendência de
alguns minerais para fragmentarem, por
aplicação de uma força mecânica, segundo
superfícies planas e brilhantes, de direcções
bem definidas e constantes.
• Os planos de clivagem correspondem a
superfícies de fraqueza da estrutura cristalina
dos minerais
39. O mineral galena apresenta clivagem cúbica (a
ruptura ocorre segundo as três direções de face
de um cubo)
A clivagem pode ser caracterizada pela facilidade de
obtenção dos planos de clivagem e pela sua perfeição.
46. Hábito – Forma geométrica externa, habitualmente exibida
pelos cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura
cristalina.
Limonita – hábito cúbico Quartzo – hábito prismático
47.
48. Transparência – São os minerais que não absorvem ou
absorvem pouco a luz. Os que absorvem a luz são considerados
translúcidos e dificultam que as imagens sejam reconhecidas
através deles.
Diamante transparente
49.
50. Fractura – Refere-se à superfície irregular e curva
resultante da quebra do mineral. Obviamente é controlada
pela estrutura atómica interna do mineral, podendo ser
irregulares ou conchoidais.
Quartzo com
fratura conchoidal
51.
52. Densidade relativa – É o número que indica quantas vezes
certo volume de mineral é mais pesado que o mesmo volume de
água a 4ºC. Na maioria dos minerais, a densidade relativa varia
entre 2,5 e 3,3. Alguns minerais que contém elementos de alto
peso atómico (Ba, Sn, Pb, Sr, etc. ) apresentam uma densidade
superior a 4.
Cassiteria (SnO2) –
densidade relativa: 6,8 – 7,1
53.
54. Geminação – É a propriedade de certos cristais de se
desenvolverem de maneira regular. A geminação pode ser
classificada como simples (dois cristais intercrescidos) ou
múltipla (polissintética).
Estaurolita – geminação Labradorita – geminação
simples em cruz. polissintética.
55.
56. Propriedades eléctricas – Muitos minerais são bons
condutores de eletricidade, como é o caso dos elementos
nativos (Cu, Au, Ag, etc.) e outros, são classificados como
semicondutores (sulfetos). Alguns minerais são classificados
como magnéticos, como é o caso da magnetita e a pirrotita,
pois geram um campo magnético à sua volta com intensidade
variável.
Magnetita (Fe3O4)
57.
58. ORIGEM
Os minerais podem ser classificados de acordo com sua
origem, sendo:
Minerais magmáticos são aqueles
que resultam da cristalização do
magma e constituem as rochas
ígneas ou magmáticas.
Diamante
59. ORIGEM
Minerais metamórficos originam-se principalmente pela
acção da temperatura, pressão litostática e pressão das fases
voláteis sobre rochas magmáticas, sedimentares e também
sobre outras rochas metamórficas.
Granada
60. ORIGEM
Minerais sublimados são aqueles formados diretamente da
cristalização de um vapor, como também da interação entre
vapores e destes com as rochas dos condutos por onde passam.
Enxofre
61. ORIGEM
Minerais pneumatolíticos são formados pela reação dos
constituintes voláteis oriundos da cristalização magmática,
desgaseificação do interior terrestre ou de reações
metamórficas sobre as rochas adjacentes.
Turmalina
62. ORIGEM
Minerais formados a partir de soluções originam-se pela
deposição devido a evaporação, variações de temperatura,
pressão, porosidade, pH e/ou eH.
Evaporação do solvente: neste processo a
precipitação ocorre quando a
concentração ultrapassar o coeficiente de
solubilidade pelo processo de evaporação,
fato que ocorre principalmente em regiões
quentes e secas, formando sulfatos
(anidrita, gipsita etc.), halogenetos (halita,
Gipsita silvita etc.) etc.
63. ORIGEM
Perda de gás agindo como solvente: processo que ocorre quando uma
solução contendo gases entra em contados com rochas provocando
reação, a exemplo do que ocorre quando solução aquosa contendo
dióxido de carbono entra em contato com rochas calcárias, caso em que
o carbonato de cálcio é parcialmente dissolvido formando o bicarbonato
de cálcio (CaH2(CO3)2), composto solúvel na solução.
Caverna calcária
64. ORIGEM
Diminuição da temperatura e/ou pressão: as soluções de
origem profunda resultantes de transformações
metamórficas (desidratação, descarbonatação, etc.) ou de
cristalizações magmáticas normalmente contêm
significativas quantidade de material dissolvido. Quando
essas soluções esfriam ou a pressão diminui, formam-se
minerais hidrotermais, depositados na forma de veios ou
filões.
Quartzo
65. ORIGEM
Interação de soluções: O encontro
de soluções aquosas com solutos
diferentes, ao interagirem,
pode formar composto insolúvel ou
com coeficiente de solubilidade bem
mais baixo, que se precipita. Como
exemplo pode ser citado o encontro
de uma solução com sulfato de
cálcio (CaSO4) com outra contendo
carbonato de bário (BaCO3),
resultando na formação de um
precipitado de barita (BaSO4).
Barita
66. ORIGEM
Interação de gases com
soluções: A passagem de gás
por uma solução contendo íons
pode gerar precipitados, a
exemplo do que ocorre com a
passagem de H2S (gás
sulfídrico) por uma solução
contendo cátions de Fe, Cu, Zn
etc., formando sulfetos de
ferro como pirita (FeS2),
calcopirita (CuFeS2), esfalerita
(ZnS), etc..
Pirita
67. ORIGEM
Ação de organismos sobre soluções: Esse
processo resulta da ação dos organismos
vivos, animais ou vegetais, sobre as
soluções. Dessa forma um grande
número de seres marinhos (corais,
crinóides, moluscos etc.) extraem o
carbonato de cálcio das águas salgadas
para formar suas conchas e partes
duras de seus corpos, resultando na
formação de calcita (CaCO3) e, em
menor quantidade, aragonita (CaCO3) e
dolomita [MgCa(CO3)2].
Calcita