O documento discute conceitos de trabalho, energia cinética e trabalho da força peso. Em três frases:
1) Explica como calcular o trabalho de uma força constante usando a fórmula trabalho = força × deslocamento × cosseno do ângulo entre a força e o deslocamento.
2) Discutem que o trabalho da força peso depende apenas da diferença de altitude inicial e final, e não da trajetória, tornando a força peso conservativa.
3) Apresenta a fórmula para calcular a energia cinética e o
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Mecanica6
1. FÍSICA PARA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS -
TRABALHO E ENERGIA
Prof. Carlos Alberto G. de Almeida
Tutores: Luis Paulo Silveira Machado e
Wagner Máximo de Oliveira
UFPB VIRTUAL
2 de setembro de 2012
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2. INTRODUÇÃO
Neste material de apoio estudaremos os seguintes assuntos:
Trabalho de uma força constante;
Trabalho da força peso;
Energia Cinética;
Apresentaremos aqui alguns Exercícios Resolvidos sobre os assuntos
descritos acima, porém, é interessante que você estude antes a teoria
no Livro de FÍSICA., na segunda unidade.
BOM ESTUDO!
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3. TRABALHO DE UMA FORÇA CONSTANTE
Existem outros modos de analisar os movimentos, sem depender da
aplicação direta das leis de Newton. Um desses modos é baseadonos
conceitos de Trabalho e Energia, que apresentaremos agora.
Cnsideremos um corpo que se move em trajetória retilínea, efetuando
→
− →
−
um deslocamento d . Seja F uma das forças que atuam no corpo e
suponhamos que essa força seja constante (em módulo, direção e
→
−
sentido) e forme um ângulo θ com o deslocamento d . O trabalho da
→
−
força F (τF ) é definido por:
τF = F · d · cos θ (1)
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4. TRABALHO DE UMA FORÇA CONSTANTE
No (SI) a unidade de trabalho é o joule, cujo símbolo é J.
Como o cos θ não tem unidade, da equação (1), temos:
unidade de τ = (unidade de F ) · (unidade de d)
J =N ·m
θ = 0 =⇒ cos θ = 1 =⇒ τF = F · d
θ = 90o =⇒ cos θ = 0 =⇒ τF = 0
θ = 180o =⇒ cos θ = −1 =⇒ τF =
−F · d
Quando θ é agudo, isto é, 0 < θ < 90o , teremos cos θ > 0, e o
trabalho será positivo. Quando θ é obtuso, isto é, 90o < θ < 180o ,
teremos cos θ < 0, e o trabalho é negativo.
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5. TRABALHO TOTAL
Frequentemente encontramos situações em que um corpo está sob a
ação de várias forças. O trabalho total realizado durante um
deslocamento é simplemente a soma dos trabalhos realizados por
cada força:
τtotal = τF1 + τF2 τF3 + τF4 + . . .
−
→
Sendo FR a resultante das forças que atuam no corpo, é possível
−
→
demonstrar que o trabalho total é igual ao trabalho de FR :
τFR = τtotal = τF1 + τF2 τF3 + τF4 + . . .
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6. EXERCÍCIO RESOLVIDO: Um bloco apoiado em uma superfície
horizontal é puxado para a direita, pela aplicação de uma força
→
−
F de intensdade F = 100 N. Além dessa força, o bloco está sob
→
− −
→
a ação de outras três forças: o peso P , a normal FN e a força de
−
→
atrito FA . Suponhamos que P = 90 N, FA = 20 N, senθ = 0, 60 e
→
−
cos θ = 0, 80. Para um deslocamento d tal que d = 5, 0 m,
vamos calcular o trabalho de cada força e o trabalho total.
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7. CONTINUAÇÃO
Resolução:
→
−
Trabalho da força F :
τF = F · d · cos θ = (100) · (5, 0) · (0, 80) =⇒ τF = 400 J
−
→
Trabalho da força de atrito FA :
τFA = FA · d · cos 180o = (20) · (5, 0) · (−1) =⇒ τFA = −100 J
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8. CONTINUAÇÃO
−→ → −
Como as forças FN e P são perpendiculares ao deslocamento, seus
trabalhos são nulos:
τP = τFN = FN ·d · cos(π/2) = 0
ou P =0
Portanto, o trabalho total é:
τtotal = τF + τFA + τP + τFN = (400 J) + (−100 J) + 0 + 0 = 300 J
τtotal = 300 J
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9. TRABALHO DA FORÇA PESO
Consideremos uma região próxima da superfície da Terra, de modo
que a aceleração da gravidade possa ser considerada constante.
Suponhamos que uma partícula vá de um ponto A a um ponto B.
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10. TRABALHO DA FORÇA PESO
Usando-se o Cálculo Integral é possível mostrar que o trabalho
→
−
realizado pelo peso ( P ) da partícula é dado por:
τAB = P · h
onde h é o desnível entre os pon-
tos A e B, independentemente da
trajetória seguida. Na figura ao
lado exemplificamos dois caminhos
ligando A a B. O trabalho do peso é
o mesmo em qualquer desses ca-
minhos.
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11. TRABALHO DA FORÇA PESO
Indo de A para B, a partícula
moveu-se a favor do peso e, assim,
o trabalho é positivo. Se a par-
tícula fosse de B para A, subindo,
portanto, estaria se movendo con-
tra o peso e nesse caso o trabalho
do peso seria negativo:
τBA = −P · h
Quando o trabalho de uma força depende apenas do ponto inicial e do
ponto final e não da trajetória seguida, a força é chamada
conservativa. Assim, o peso é uma força conservativa.
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12. ENERGIA CINÉTICA
Consideremos uma partícula de
massa m, que passa por um ponto
A com velocidade −A e por um
→
ν
ponto B com velocidade −B , ao
ν→
longo de uma trajetória qualquer,
sob a ação de um número qualquer
de forças, constantes ou variáveis.
Usando o Cálculo Integral é possível demosntrar que o trabalho total
realizado por essas forças, entre os pontos A e B (τAB ), é dado por:
m · ν2 m · ν2
B A
τAB = − (2)
2 2
Final Inicial
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13. ENERGIA CINÉTICA
A energia cinética (EC ) de um corpo de massa m e velocidade ν é
definida do seguinte modo:
m · ν2
EC = (3)
2
mν2
Desse modo, na equação (2), 2
B
é a energia cinética no ponto B
mν2
(ECB ) e é a energia cinética no ponto A (ECA ). Podemos, então,
2
A
dar outra forma à equação (2):
τAB = ECB − ECA = ∆EC (4)
onde ∆EC é a variação da energia cinética. As equações (2) e (4) são
os modos matemáticos de enunciar o Teorema da Energia Cinética
(TEC):
O trabalho total das forças atuantes numa
partícula é igual à variação da energia ci-
nética dessa partícula.
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14. EXERCÍCIO RESOLVIDO: Uma partícula de massa m = 4, 0 kg
é abandonada do alto de um tobogã, passando pelo ponto A com
velocidade νA = 3, 0 m/s e pelo ponto B com velocidade
νB = 8, 0 m/s. Durante o movimento, o bloco esteve sob a ação
de apenas três forças: o peso, a normal e a força de atrito.
Sendo g = 10 m/s2 , calculemos o trabalho da força de atrito no
trecho AB.
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15. CONTINUAÇÃO
Resolução:
Durante o movimento, a força nor-
mal não se mantém constante, pois
a trajetória é curva. Assim, mesmo
que conhecêssemos o coeficinte
de atrito µ, não teríamos um va-
lor constante para a força de atrito
e, assim, não poderíamos calcular
o seu trabalho pela fórmula τ =
F · d · cos θ.
Vamos, então, utilizar o Teorema da Energia Cinética. As energias
cinéticas da partícula nos pontos A e B são:
mν2A (4, 0) · (3, 0)2
ECA = = = 18 =⇒ ECA = 18 J
2 2
mν2B (4, 0) · (8, 0)2
ECB = = = 128 =⇒ ECB = 128 J
2 2
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16. CONTINUAÇÃO
−
→
O trabalho de FN é nulo e o trabalho do peso é:
τP = +P · h = +mgh = (4, 0) · (10) · (5, 0) = 200 =⇒ τP = 200 J
De acordo com o Teorema da Energia Cinética:
mν2B mν2A
τtotal = τFA + τP + τFN = −
2 2
τFA + 200 + 0 = 128 − 18 ∴ τtotal = −90 J
τtotal = −90 J
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17. EXERCÍCIO RESOLVIDO: Um bloco de massa m = 6, 0 kg tem
→
−
movimento retilíneo sobre uma superfície horizontal, sendo F a
→
−
resultante de todas as forças que atuam no bloco. A força F tem
diração constante, mas intensidade variável, e, de acordo com o
gráfico, o bloco passa pelo ponso s = 0 com velocidade
ν0 = 5 m/s
Vamos calcular a velocidade do bloco ao passar pelo ponto de
espaço s = 8 m e a força média nesse percurso.
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18. CONTINUAÇÃO
Resolução:
→
−
O trabalho de F é dado pela área
da região colorida na figura. Pode-
mos calcular essa área dividindo a
região em um retângulo e um triân-
gulo.
4 · (30)
τF = (8) · (30) + = 300 J
2
Aplicando o Teorema da Energia Cinética:
mν2 mν20 (6, 0) · v 2 (6, 0) · (5)2 √
τF = − =⇒ 300 = − ∴ ν = 5 5 m/s
2 2 2 2
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19. CONTINUAÇÃO
→
−
Vamos calcular também a intensidade da força média ( F ), que
corresponde a uma força constante que realizaria o mesmo trabalho
nesse percurso. Sendo Fm cosntante e paralela ao deslocamento,
temos:
Fm · d = τF =⇒ Fm · (8, 0) = 300 ∴ Fm = 37, 5 N
Fm = 37, 5 N
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20. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
Curso de Física básica - vol 1. Nussenzveig, Herch Moysés - 4.
ed. - São Paulo: Blucher, 2002.
Física básica: Mecânica. Chaves, Alaor, Sampaio, J.F. - Rio de
Janeiro: LTC, 2007.
Física 1: mecânica. Luiz, Adir M. - São Paulo: Editora Livraria da
Física, 2006.
Física: volume único. Calçada, Caio Sérgio, Smpaio, José Luiz -
2. ed. - São Paulo: Atual, 2008.
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21. OBSERVAÇÕES:
Caros alunos e alunas, é de extrema importância que vocês não
acumulem dúvidas e procurem, dessa forma, estarem em dia com
o conteúdo.
Sugerimos que estudem os conteúdos apresentados nesta
semana, e coloquem as dúvidas que tiverem no fórum da
semana, para que possamos esclarecê-las.
O assunto exposto acima servirá de suporte durante todo o curso.
Portanto aproveitem este material!
ÓTIMA SEMANA E BOM ESTUDO!
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