PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
Materialismo Histórico
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Fonte:Revista Mídia Ativa
Artigo: MaterialismoHistórico Dialético
Textos Referênciapara Estudo: “O moinhoa braço vosdará a sociedade comosuserano;o
moinhoa vapor,a sociedade como capitalismoindustrial..." Karl Marx.”
Materialismo Histórico Dialético
O Materialismo Dialético é uma compreensão filosófica, baseada em um método
científicoque defende que oambiente, o organismo e os fenômenos físicos, podem modelar
tantos os animais irracionais e racionais, influenciar a sociedade e a cultura, modelando a si
mesmoenquantoobjetosdaaçãosocial,ouseja,a matériaestáem uma relação dialética com
o psicológico e o social.
Este pensamento dialético idealizado por Marx contrapõe-se ao pensamento dialético
idealistaimprimidoporHegel,modeloque também foi fundamentado por outros adeptos do
pensamentodivinoidealizadoporeste filosofo.Estespensadoresacreditamque o ambiente e
a sociedade, possuem as suas bases existenciais no mundo das ideias, são criações divinas
seguindo as vontades das divindades ou por outra força sobrenatural.
A Dialética Materialista expressa um necessário e mais elevado patamar de reflexão,
com características muitomaislibertase maisconcretasdoque a dialéticaidealista, portanto,
mostrando-se maislivres das amarras dogmáticas e anticientíficas da concepção teológica do
mundo,e maisconforme com os desenvolvimentos intelectuais e científicos proporcionados
pela astronomia, biologia, física, química e, especial, com a teoria darwinista de origem do
homem.
No séculoXIXmuitospensadoresalemãesidentificaramque houve umaforte efetivação
da burguesia e agressivas implantações do capitalismo industrial. Este momento social e
laboral na história, foi observado de perto por Marx e Engels que identificaram mudanças
enérgicas e extremas na engrenagem do sistema social vigente de sua época.
O materialismo histórico apresentado como uma reflexão e explicação de um sistema
social é uma teoria política, sociológica e econômica desenvolvida por Karl Marx e Friedrich
Engels no século XIX que tem como objeto de estudos a sociedade burguesa.
Os pensadores haviam entendido que o século XIX, vivente da alta modificação social
propiciada pela Revolução Industrial, possuía uma nova configuração, baseada na força de
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produção da burguesia e na exploração da mão de obra da classe trabalhadora por parte da
classe burguesa, que era dona das fábricas e dos meios de produção.
Os sociólogostambémentenderamque semprehouve ummovimento histórico de luta
de classes na sociedade e que esse movimento era a essência da humanidade. A teoria de
Marx e Engelsdivergiadoidealismoalemão,principalmente de Hegel,que entendia haver um
movimentointelectual de cada época que influencia as pessoas. Para Marx e Engels, eram as
pessoas que faziam a sua época.
O materialismohistórico e dialético é o nome estabelecido para a teoria desenvolvida
por Marx e Engels para explica o fenômeno social que surgia em sua época. Marx realizou
estudoseconômicospublicadosnasérie de livros O capital, em parceria com Friedrich Engels,
bem como escreveu e teve a publicação póstuma de seus Manuscritos econômico políticos,
em que estudou a organização política da Europa após a Revolução Industrial.
Marx foi profundamente influenciadopelofilósofo Georg Wilhelm Friedrich Hegel, que
havia formulado uma teoria dialética baseada na ideia da formação de um espírito de época,
que, segundo seu autor, era uma espécie de ideia metafísica e coletiva que fazia com que as
pessoas vivessem de certo modo e sobre a regras desta natureza divina.
No início, Marx foi adepto dessa teoria, porém, com o passar do tempo, ele percebeu
contradições internas nestas formulações. Uma delas foi a ideia de imobilidade das classes
sociais. Enquanto a teoria hegeliana admite uma imobilidade metafísica das classes, Marx
admitia ser possível o oposto, havia uma subversão das classes. Tal subversão somente seria
possível por meio de uma revolução.
Para Marx e Engels,há uma contradição interna no sistema capitalista que faz com que
os trabalhadores(osproletariados),vejam-secomoprodutores de tudo por meio de sua força
de trabalho, mas excluídos do sistema educativo, de saúde e de segurança. Os trabalhadores
produzem, mas não conseguem acessar aquilo que é deles por direito.
A burguesia, por sua vez, não trabalha (na ótica marxista, os burgueses apenas
administram aquilo que o proletariado produz), mas desfruta daquilo que rende do trabalho
proletário e ainda tem acesso aos serviços de saúde, educação e segurança. Essa contradição
fez com que Marx e Engels pensassem em uma aplicação prática das ideias resultantes do
materialismo histórico dialético.
Para os teóricos alemães, os trabalhadores deveriam tomar consciência de classe e
perceber que estão sendo enganados nesse sistema. A partir desta reformulação idealistas,
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eles deveriam unir-se e tomar o poder das fábricas das mãos da burguesia e o poder do
Estado, que, segundo Marx e Engels, serve à burguesia.
A revolução do proletariado, como Marx denominou, seria a primeira fase de um
governoque tenderiaachegarao seuestado perfeito, o comunismo, uma utopia em que não
haveriaclassessociais(comoburguesiae proletariado).Noentanto,paraisso,serianecessário
um governo ditador baseado na força proletária, a ditadura do proletariado. Durante esse
tempo, as classes sociais seriam suprimidas pela estatização total da propriedade privada.
O materialismo histórico pretende, inicialmente, romper com qualquer tradição
idealista.ParaMarx,o idealismo está apenas no plano ideal e não consegue concretizar nada
que de fato modifique a sociedade. A pretensão de Karl Marx era promover uma revolução
social que subvertesse a ordem vigente de poder da classe dominante sobre a classe
dominada. Nesse sentido, a característica fundamental do entendimento do materialismo
históricoé a mudança social,de modoque o proletariadopossaacessaro poder e estabelecer
um governo de uniformidade social.
A teoriamarxistaentendeque a humanidade define-se por sua produção material, por
isso a palavra “materialismo” no nome de sua teoria. O marxismo também entende que a
história da humanidade é a história da luta de classes, colocando, assim, as classes sociais
como opostas.Nesse sentido,háumarelaçãodialéticaentre asclasses,oque confere o termo
“dialética”aonome da teoriamarxista,afastando-se de qualquersentido dele antes proposto
por Hegel ou por Platão.
O materialismo dialético é, então, o entendimento de que há uma disputa de classes
sociaishistóricadesde os primórdios da humanidade e que ela está condicionada à produção
material (trabalhoe resultadodotrabalho) dasociedade.Oproblemaé que,naótica marxista,
o proletariadotrabalhae a burguesiadesfrutadolucroproporcionadopelaclasse operária por
meio da apropriação do trabalho e do que Marx chamou de mais-valia (excedente do valor
trabalho da classe proletarizada).
A mais-valiaé,paraoautor, a diferençade preço entre um produto final e sua matéria-
prima. Essa diferença é acrescentada pelo trabalho impresso sobre o produto, e, segundo
Marx, todo o trabalho é feito pelos trabalhadores, enquanto a burguesia apenas desfruta do
lucro.O lucro recebidopelaburguesiaé umaespécie de apropriação do trabalho do operário,
que possui a sua força de trabalho usurpada e falsamente recompensada por um salário.
Muitos outros filósofos como Émile Durkheim, Devid Ricardo, Adam Smith e Marx
Webertambémnotaramestasmudançassociais,bemcomoo estabelecimento dos modos de
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produção desta nova sociedade, identificando inclusive fortes alterações nas novas
formulaçõesdasclassessociaisque surgiam destas interações, fatores que transformavam as
relaçõesde consumoa partirdos meiosde produção,resinificandoaspropriedadese bensdos
capitalistasque agorapossuíamvaloresimobiliários, características financeiras, bem distintas
dos bens feudais que antes esta classe possuía no conjunto de suas posses.
Estes modos de produção estavam modificando, enquadrando e dividindo as classes
sociais, fazendo-as tomar caminhos diferentes no curso da história social, separando-as por
níveis e grau de recursos.
Estas analisestambémpossibilitaramentendermovimentohistórico e social dentro das
camadas da sociedade,observandoque adiferençasde classesjáexistia,maisumadivisãopor
recursos e bens imobiliários era novidade para a sociedade de sua época.
Estes estudos geraram duras críticas à sociedade capitalista que nascia das fabricas,
modelo sistemático que especializava-se na formação de um novo meio social estrutural,
estabelecido por um novo padrão de poder, ressaltado da ideal de classe dominante,
proveniente agora do monopólio dos meios e modos de produção, fatores que suscitavam
contradições decorrentes, estabelecendo divisões, e fomentando distanciamento entre os
indivíduos,umafraturasocial que mostravadoisladosde umaúnica sociedade,enquanto que
de um lado prevalecia o privilégio existencial de poucos, em outro, havia o sofrimento e a
carênciadas massasproletárias(nasciaaqui navisãode Marx, uma lutade classesestabelecida
com a divisão do trabalho).
As observaçõessobre este novosistemasocial que nascianoscéuscinzentos da Europa,
revolviam-se nos pensamentos de luta social sobre o que se dividia nas fabricas e nas
industriais, neste entendimento de divisão social, destacam-se os pensadores, Karl Marx e
FriedrichEngels.Amboselaboramumanova concepção filosófica do mundo, o “materialismo
histórico e o materialismo dialético”, e, ao fazerem a crítica da sociedade em que vivem,
apresentam propostas para sua transformação da sociedade, exercitando e externalizando o
socialismo científico, implantável por meio da revolução do proletariado.
O materialismohistóricodialéticoé então idealizado como uma corrente filosófica que
utiliza o conceito de dialética para entender os processos sociais ao longo da história. Essa
teoria cientifica externa a origem do marxismo socialista, criada por Karl Marx (1818-1883) e
Friedrich Engels (1820-1895), que juntos consolidam as bases desse pensamento filosófico,
para entender o novo mundo social que se ergue na formação da burguesia industrial.
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Ainda nesta época foi identificado como as relações sociais estavam inteiramente
interligadasàsforças produtivas,correlacionandoe coexistindoentresi mesmasasdualidades
de suas manifestaçõeshistóricas.Eadquirindonovasforçasprodutivas,os homens modificam
o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, a forma de se enxerga e viver no novo
mundo, fatores que modificavam todas as relações sociais existente até aquele momento
histórico.
Karl Marx afirmava que o modo pelo qual a produção material de uma sociedade é
realizada constitui o fator determinante da organização política e das representações
intelectuais de uma época. A base material ou econômica constitui a "infraestrutura" da
sociedade,que exerce influênciadiretana"superestrutura",ouseja,nasinstituiçõesjurídicase
políticas, que são as leis e o Estado, e também ideológicas como as artes, a religião e a moral
da época.Neste entendimentodevemserinterpretadoscomoumadialéticahistórica,poisnão
se pode analisar um separado do outro (o material separado do ideal), no caso, a
infraestrutura separada da superestrutura.
A superestruturasóexistetal comoexiste porrelacionar-se com a infraestrutura e vice-
versa.Então,por seremuma relação,umsomente existe tal comoé por existirooutro, um, no
plano material é o outro no plano do ideal.
A dialética marxista propõe que tudo o que é criado pelo ser vivo, tanto um produto
moral,quantomaterial,nãosomente modela o local ou meio de vivência do indivíduo, como
tambémseupróprioser,emque o trabalhador ou ser social age e pensa coerentemente com
suas condiçõesde vidaestabelecidas na sociedade devido aos diferentes tipos de atividades
produtivase sobretudopelaexploraçãoexercidasobre otrabalhadorpelodetentor dos meios
de produção, para um maior desenvolvimento monetário e obtenção de maior lucro.
SegundoMarx,a base material é formadaporforças produtivasque sãoas ferramentas,
as máquinas,astécnicase tudoaquiloque permite aprodução.E por relaçõesde produção, as
relaçõesentre osque sãoproprietários dos meios de produção, as terras, as matérias primas,
as máquinas e aqueles que possuem apenas a força de trabalho.
A dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da
realidade.A dialéticanãoé somente um pensamento, ele é pensamento e realidade a um só
tempoindissolúvel. Mas a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo. A
realidade é contraditória com o pensamento dialético. A contradição dialética não é apenas
contradição externa, mas unidade das contradições, uma identidade.
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Para Marx "a dialética é a ciência que mostra como as contradições podem ser
concretamente idênticas, como passam uma na outra, mostrando também por que a razão
não deve tomar essas contradições como coisas mortas, petrificadas, mas como coisas vivas,
móveis,lutandoumacontraa outra em e através de sua luta...". Os momentos contraditórios
são situados na história com sua parcela de verdade, mas também de erro, não se misturam,
mas o conteúdo, considerado como unilateral, é receptado e elevado a um nível superior.
A dinâmica dialética histórica tem como base a Hipótese + Desenvolvimento + Tese +
Antítese + Dialética = Síntese, expressa na contundência deste ensinamento, afirmando que
tudo é fruto da luta de ideias e forças, que na sua oposição geram a realidade concreta, que,
uma vez sendo síntese da disputa, torna-se novamente tese, que já carrega consigo o seu
oposto,a sua antítese,que numa nova luta de um ciclo infinito gerará o novo, a nova síntese.
A hipótese fundamental dadialéticaé de que não existe nada eterno, fixo, pois tudo está em
perpétua transformação, tudo está sujeito ao contexto histórico do dinâmico e da
transformação.
A dialéticade Hegel é diferentedadialéticade Marx.A primeiraé idealista(dasideias) e
a segunda,é materialista(domaterial).ParaMarx o mundomaterial é que determinaomundo
das ideias. Foi, contudo, de Hegel que Marx retomou e aprimorou o conceito de dialética,
caracterizada, segundo este, principalmente pela transformação das coisas sociais.
Marx nega a "síntese" de Hegel, que viria da "tese" e da "antítese". No pensamento
marxista, não há uma transformação para a síntese de contrários, mas uma transformação
essencial do objeto, uma mudança de qualidade. Coisas velhas, anciãs, num dado momento
histórico tornam-se insustentáveis e transformam-se em outras coisas, novas,
qualitativamentediferentesdoque lhe deu origem, ainda que contenham traços daquilo que
foi a origem antiga. O novo sempre nasce do velho, nada nasce do nada, do abstrato.
Mas a transformaçãodo velho,origina-se numa coisa que a ultrapassou, mostrando-se
num estágio avançado, de qualidade diferente. As forças produtivas da sociedade
transformam-se ao longo da história, passando, por exemplo, da forma escravagista antiga
para a forma servil do feudalismo. Mas o impulso das mudanças está sempre na base, na
organização produtiva, material, interpretada pelo modo de produção juntamente com a
política.
O pensamentomarxista,é omodode produçãomaterial e a política,ou melhordizendo,
a economia política, que é a Infra-estrutura social, determina a Super-estrutura social. A
ideologiadominante,asformasinstitucionais,odireito,aética e as leis, assim como a cultura,
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as artes e outras manifestaçõessociais,estãode certa forma no pensamento social, com base
no objeto, que são produzidas pela raiz material da produção social.
A matéria é objetiva, a ideia, subjetiva, mas a observação do fenômeno material
objetivoé que fornece amassa para a idealização, não o contrário, como achava Hegel. Outro
aspecto relevante, é que as transformações político-econômicas que historicamente se
sucedem,ocorrem pelas contradições sociais, pelos interesses contrários das classes sociais,
daí a chamada luta de classes, considerada por Marx, o motor da História.
Na revoluçãofrancesa,lutaramosburguesescontraos nobres. Os interesses contrários
chegaram ao ápice e a burguesia venceu e mudou a sociedade e o modelo de produção, que
era servil paracomercial e industrial. Mudou também a forma de exploração do homem pelo
homem. O nobre explorava o servo. Depois o burguês passou a explorar o proletário. As
contradições que levam à essas mudanças, são de natureza igual ao que acontece com as
contradições sociais.
Um outro elemento da dialética materialista é a ideia de totalidade, a percepção da
realidade social comoumtodoque estárelacionadoentre si mesmo no contexto histórico. Há
também as contradições internas da realidade, em relação ao valor e não valor, lucro ou não
lucro, por exemplo, dentro da produção, seja essa positiva ou negativa. Essas ideias são
imprecisas. Não existem essas afirmações positivas contra negativas.
Na dialética marxista há o que se chama de Unidade de Contrários. Uma moeda, pelo
fatode terduas facesdiferentes,continua sendo a mesma. Uma folha de papel, tem a página
1 e a página 2, mas continua sendo a mesma folha. Os contrários existem nas coisas na
sociedade de igual maneira. Neste entendimento são como as contradições. Estão sempre
juntas, num mesmo evento. Isto é o que o marxismo chama de Unidade de Contrários. A
tradiçãofilosóficaidealista(que nasce dasideias) consideranormalmenteosujeito e o objeto,
doisseresepistemológicos.Nomarxismo,essesseres são uma unidade inseparável. O objeto
não existe sem o sujeito e vice-versa.
Marx utilizou o método dialético para explicar as mudanças importantes ocorridas na
história da humanidade através dos tempos. Ao estudar determinado fato histórico, ele
procurava seuselementos contraditórios, buscando encontrar aquele elemento responsável
pela sua transformação num novo fato, dando continuidade ao processo histórico.
Neste entendimento histórico dialético, observa-se que no prefácio do livro
"Contribuiçãoàcrítica da economiapolítica",Marx identificounaHistória,de maneira geral,os
seguintes estágios de desenvolvimento das forças produtivas, ou modos de produção. O
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comunismoprimitivo,oasiático,o escravista (da Grécia e de Roma), o feudal e o burguês. Ou
seja, dividiu a história em períodos conforme a organização do trabalho humano e quem se
beneficiasse dele.
Marx desenvolveuumaconcepçãomaterialistadaHistória,afirmando que o modo pelo
qual a produção material de uma sociedade é realizada constitui o fator determinante da
organização política e das representações intelectuais de uma época. Observa-se que a
realidade não é estática, mas dialética, está em transformação pelas suas contradições
internas.
No processo histórico, essas contradições são geradas pelas lutas entre as diferentes
classessociais.Aochamara atençãopara a sociedade comoumtodo,para suaorganizaçãoem
classes, e para o condicionamento dos indivíduos à uma classe a que pertencem e se
desenvolve,essesautorestambémexercemumainfluênciadecisivanasformasposterioresde
se escrever a história.
A evoluçãode ummodode produção para o outro ocorreua partir dodesenvolvimento
das forças produtivas e da luta entre as classes sociais predominantes em cada período,
identifica como o movimento da História possui uma base material, econômica e obedece a
um movimento dialético. E, conforme muda esta relação, mudam-se as leis, a cultura, a
literatura, a educação, as artes e as outras manifestações sociais...
O materialismo dialético propõe uma disputa que não mais seja baseada em
coletividade, mas sim nos indivíduos e nos interesses que têm os meios de produção.
Identifica-se que como a relação destas faz gerar de forma dialética a destruição dos atuais
modelos de sociedade, de produção, de pensamento, e de poder econômico e político.
O pensamento de Karl Marx fazer-nos pensar em como estas relações perpetram com
que pequenos homens possam ser considerados grandes objetos da história e da luta entre
pessoas, ao invés do contrário.
Karl Popperum dosmaiorescríticosdogmáticosda dialética, identificaomarxismoe sua
dialéticacomopseudociência,primeirodevidoaseucaráterespeculativo,depois devido a seu
supostocaráter metafísico.Karl Poppere outroscriticama dialética mediante o apontamento
de que não é ciência, nem corresponde ao método científico.
O modelo científico visa atestar ideias através da experimentação. A dialética visa
contrapor ideiascomideias,semanecessidade de nenhumaevidencia.A dialética,como arma
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retórica reduz os objetos observados ao antagonismo de tese e antítese, supostamente
descartando dados significativos, obliterados pela advocacia de sua perspectiva.
O métodocientíficonãose válidade antítese.A ciênciavisaexaminaroobjeto,sem que
existainterferênciacríticaou especulação.Umfísicointeressadoemexaminaraspropriedades
dos átomos não necessita duvidar de sua constituição, nem precisa construir uma tese ou
antítese antesda experimentação,mesmoporque a contradição de uma ideia não sugere seu
irredutível aperfeiçoamento teórico.
Observa-se que docontrário,aantítese rompe o ciclo evolutivo da tese, ao propor uma
contraposição,comoirredutível elementodissertativo,mesmoque não exista parâmetro para
este antagonismo.
Mao Tsé-Tung revela que a dialética materialista não pode, de fato, ser definida como
um método de experimentação científica ou método cientifico, mas, sim, passível de ser
conceituada como uma lógica científica, fundamentada na generalização das leis de
funcionamento do universo, tanto material quanto social.
O materialismo dialético, portanto, enquanto lógica cientifica, se propõe a estar
fundamentado nos princípios gerais da unidade dinâmica que é composta por vetores
contrários e sempre presentes em todos os fenômenos.
Este método cientifico está fundamentado principalmente na identificação dos
componentes contrários ou contraditórios presentes em qualquer unidade dinâmica
fenomênica, seja social ou natural, ecológica ou ambiental, sendo analítico, baseado na
generalização da lógica de funcionamento, evolução, senescência e reestruturação e
reformatação dos fenômenos.
A lógica subjacente ao esforço cognitivo realizado para a compreensão do mundo por
viado materialismodialético,poucose diferencia daquilo que se denomina sabedoria taoista
ou taoísmo, este basicamente assentado nos conceitos de yin e yang, os quais "expõem a
dualidade de tudo que existe no universo".
O conceito de yin e yang descreve as duas forças fundamentais opostas e
complementares (ou tese e antítese, segundo a dialética) que se encontram em todas as
coisas. Igualmente, a lógica subjacente à dialética materialista compreende a diversidade
qualitativa dos fenômenos, bem como a transformação duma qualidade em uma outra.
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O uso da expressãométodo,portanto,aplicávelà lógica dialética materialista, deve ser
objetode ressalvaante oconceitode métodocientifico,especialmente quando este conceito
(método científico) é utilizado em correspondência direta à ideia de experimentação
laboratorial.
As conclusõescientíficaspodemdispensar experimentação ou reprodução laboratorial,
as conclusões científicas, que são passíveis de resultados positivos ou negativos,
indiscutivelmente, de serem obtidas por dedução lógica, por processamento estatístico de
observações e outros métodos.
A crítica à lógica dialética tem que, necessariamente, ou descambar para uma visão
materialistamecanicistaouapelarparadogmatismosousubjetivismos,apontandofragilidades
em face, por exemplo, do emprego da especulação, sem a qual não se produz ciência.
Contraditoriamente, Karl Popper pontua que "A história da ciência é em toda parte
especulativa" e isso é lógico e evidente pois a ciência se produz em fase inicial pelo
questionamento,peloraciocínio,pelalógica,sendoaexperimentaçãoumafase instrumentale
complementar à produção de verdades científicas ou à consagração de conclusões ou seu
descarte, pois também as conclusões científicas podem ser precárias.
Apesar do justificado fascínio de Karl Popper pela Física, campo de máxima expressão
científica segundo o filósofo, não se pode considerar razoável reputar àquele campo
exclusividade científica,alémdoque se pode identificar,mesmoaonível atômico,aocorrência
de forças eletromagnéticas ativas, positivas e negativas, bem como a ocorrência de uma
unidade contraditóriae interdependente, expressa nas forças de atração (tese ou antítese) e
repulsão(antítese outese) presentesnadinâmicamolecularque se apresentamnumaunidade
de contradições em equilíbrio (síntese) precário ou permanentes em permanecendo
constantes as condições relevantes.
A dialética materialista, portanto, extrai do conhecimento físico, por exemplo, a
identificação de leis mais gerais de regência da matéria ou dos fenômenos, constituindo um
patamar mais elevado de conhecimento, o patamar da sabedoria científica.
O materialismodialéticooumaterialismofilosóficoé alógicaanalítica fundamentada na
generalizaçãodasleisque regemadinâmicadosfenômenos, especialmente na concepção de
existência de uma unidade de contrários integrados e auto dependentes, geradores de
permanente dinâmica transformadora, seja em quantidades ou qualidades, seja no universo
social ou natural. Em síntese, pode ser conceituado como uma teoria de funcionamento dos
fenômenos.
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O materialismohistóricoemsíntese é a lógica analítica fundamentada no materialismo
dialético, que concebe a sociedade como resultante de fatores materiais, como economia,
biologia, geografia e desenvolvimento científico. Opondo-se, portanto, à ideia de que a
sociedade sejadefinidaporforçassobrenaturais,divindades,pelopensamentoou por ideais e
cuja configuração geral é produto dos conflitos entre classes que emanam das formas e das
relações de produção.
Neste aspecto,Marx se opõe ao controle doEstado por religiosos,tendoemvistaque as
religiões constituem cultura anti-intelectual e por marcantes traços de preferência pela fé,
pela crença ou pelo pietismo, em lugar do conhecimento racional, como fatores de
desenvolvimento social.
O materialismohistóriconão apenasdefendeser a religião um produto das relações de
produção, em sua maior parte fator de manutenção da estrutura conflitante de classes, mas,
sobretudo, que somente a revolução do proletariado, como decorrência do crescente
antagonismode classespresente nomodode produçãocapitalista,pode reposicionar o poder
nas mãos das classes trabalhadoras e implementar a nova estruturação de uma sociedade
menos injusta.
Para o marxismo,no lugar das ideias estão os fatos materiais (as formas de produção e
as relaçõesde produção), no lugar dos grandes heróis estão as lutas de classes, como fatores
determinantes da estrutura e da dinâmica social.
Esquematicamente, para o pensamento marxista a sociedade estrutura-se em dois
níveis ou componentes fundamentais: O primeiro nível está na infraestrutura, constituída
basicamente pelasformasde produçãomaterial e pelasrelaçõessociais de produção, ou seja,
a economia, sendo esta determinante na configuração da sociedade.
Sobre estaconcepçãohistórico-materialistaasrelaçõesde produçãose estabelece entre
proprietários dos meios de produção e não proprietários dos meios de produção
(trabalhadores; ou seja, detentores, apenas, de sua força de trabalho). Entre os não
proprietários e os meios ou objetos do trabalho que via de regra não lhes pertencem.
O segundonível estáa superestruturapolítico-ideológica,constituídabasicamente pelos
seguintes elementos: 1 - Aparato jurídico-político, representado pelo Estado (detentor dos
mecanismos de controle social) e pelo direito, enquanto regramento de controle social; 2-
Estrutura ideológica, referente às formas de consciência social, tais como a religião, a
educação, a filosofia, a ciência, a arte, as doutrinas jurídicas, e etc..
12. MIDIA ATIVA
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Observa-se que oconhecimento filosóficode Marx sobre a sociedade burguesa que era
o centro do seu estudo, buscou entender esta classe social e como ela ditava normas e
regramentossobre onovosistemade sociedade que estavaemconstruçãonaquele momento
da história. Analisando o seu desenvolvimento por meios econômicos, políticos, biológicos,
filosóficos e sociais.
Abrantes F. Roosevelt,Junhode 2020
Atenciosamente,
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Roosevelt F. Abrantes
FOUNDER e CEO
Editor Chefe
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