SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Mapa mental- conceitos políticas públicas
Conceito Frases Caracteríticas
Política • Gregos- política consiste em um conjunto de atividades relativos à condução dos
negócios da cidade (polis) ou do Estado.
• Contemporânea (diversos significados)- política como a solução pacífica dos
conflitos. Principalmente, conflitos referentes à distribuição e alocação de recursos
públicos.
• Maquiavel- é a arte de conquistar, manter e expandir ou reaver o poder. É uma
esfera autônoma da moral, da religião, da filosofia, do direito, associa-se tão
somente ao príncipe e ao exercício do poder político em sentido estrito.
• Weber- ação com objetivo de influenciar as ações estatais (o aparelho estatal) e a
coletividade – “as rodas da história”. Caracterizada pela relação amigo x inimigo.
Conflito
Consenso
Poder
Autoridade
Soberania
Legitimidade
Dominação
Ideologia
Hegemonia
Política
• Gregos- política consiste em um conjunto de atividades relativos à condução dos negócios da cidade (polis) ou do Estado.
• Contemporânea (diversos significados)- política como a solução pacífica dos conflitos. Principalmente, conflitos referentes à distribuição e alocação de recursos públicos.
• Maquiavel- é a arte de conquistar, manter e expandir ou reaver o poder. É uma esfera autônoma da moral, da religião, da filosofia, do direito, associa-se tão somente ao príncipe e ao exercício do poder político em sentido estrito.
• Weber- ação com objetivo de influenciar as ações estatais (o aparelho estatal) e a coletividade – “as rodas da história”. Caracterizada pela relação amigo x inimigo.
Conflito
• debate vai da normalidade (conflito faz parte da sociedade) à patologia (conflito é um acidente de percurso no caminho da sociedade). A Ciência Política tende a considerar o conflito ou algo normal, sempre presente no sistema política – o que
varia é o seu grau de saudável a patogênico – ou um fenômeno normal, pode ocorrer ou não, depende do contexto e da interação de um conjunto de variáveis.
• Não é possível eliminar o conflito, é freqüente a tentativa de regulamentá-lo, com base em regras (razoavelmente) aceitas pelos participantes e que estabelecem limites para o conflito.
• Quando o conflito se desenvolve sob regras aceitas, sancionadas e observadas, ocorre a sua institucionalização.
Consenso
• Denota a existência de um acordo entre os membros de uma determinada unidade social sobre os princípios, valores, normas que regem a coletividade e sobre seus objetivos e os meios necessários para alcançá-los.
• É um conceito de existência relativa, pois faz mais sentido falar em graus de consenso acerca de questões fundamentais do que consenso em todos os assuntos.
• O grau de consenso social varia de acordo com a sociedade e a época.
Poder
• É a partícula fundamental do fenômeno político;
• É o que determina a assimetria nas relações de mando e obediência;
• Em sentido genérico, consiste na capacidade de agir, de produzir efeitos, de determinar o comportamento de outrem (Bobbio).
• ode ser entendido como a capacidade de imposição da própria vontade, a despeito da resistência do outro, visando um objetivo/fim;
Autoridade
• É uma espécie de poder. É a aceitação do poder como legítimo que produz a atitude mais ou menos estável no tempo para a obediência incondicional às ordens ou diretrizes que emanam de uma dada fonte (porque associa a obediência a um
dever);
• o sujeito passivo adota, como critério decomportamento, as ordem e orientações do sujeito ativo sem avaliar seu conteúdo.
• A autoridade tem uma esfera mais ou menos delimitada de atuação;
• A obediência incondicional, embora durável, não é permanente e, de tempos em tempos, necessita da reafirmação ostensiva da qualidade da fonte do poder;
Soberania
• Autoridade suprema;
• Forma de poder político exclusivo e não derivado, que aparece como um conceito jurídico-político que aponta para a não existência, em uma sociedade, de outro poder semelhante;
• Pretende ser a racionalização jurídica do poder, no sentido da transformação da força em poder legítimo, do poder de fato em poder de direito;
• Ainda existe e representa uma realidade contemporânea (≠ de Bobbio).
Legitimidade
• Diz-se que um Estado, sistema político ou governante tem legitimidade quando uma parcela significativa da população apresenta um grau de consenso capaz de assegurar a obediência sem a necessidade de recorrer ao uso da força, exceto em
situações isoladas e esporádicas.
• Legitimidade consiste na base da aceitação da dominação e no pilar da autoridade.
Dominação
• Consiste no exercício contínuo do poder estabilizado ou da autoridade voltado para um determinado fim e baseado em algum tipo de legitimidade.
• Segundo Weber, existem três tipos ideais (puros) de dominação, classificados de acordo com tipo de legitimidade que lhe dá suporte:
• Dominação legal, legal-racional ou burocrática: baseia-se na crença na competência e validade de um estatuto legal racionalmente elaborado.
Ideologia
• Conceito genérico: sistema de crenças (conjunto organizado de idéias e valores) referentes à ordem pública que estruturam um programa e uma estratégia de ação e destinam-se a mudar ou defender a ordem pública existente. Servem para
orientar os comportamentos políticos coletivos, contribui para manter coletividades (ou apenas um grupo ou partido) empenhado em uma luta;
Hegemonia
• No contexto das relações internacionais, significa supremacia de um Estado (ou comunidade de Estados/Região) em um sistema de poder, no qual ele aparece como guia dos Estados/Regiões subordinados;
• Essa supremacia significa preeminência militar (não significa uso direto da força), econômica e cultural (soft power);
• Um tipo de influência super forte.
• Marxismo:
• Lênin colocou em seus estudos que hegemonia significava a tradução da coação em domínio. Derivadas principalmente do poder de coerção.
• Gramsci apresentou um leitura mais elaborada, segundo a qual, hegemonia significa um tipo de liderança intelectual, cultural e/ou moral.
• O domínio existe, mas é para os inimigos (contra estes utiliza-se a “sociedade política” = coerção/domínio).
• Para os atores aliados ou neutros, não é necessário utilizar a força, bastam os instrumentos da sociedade civil (mecanismos hegemônicos) que servem à reprodução da liderança da classe hegemônica.
Política
Política pode ser definida por meio de 4 dimensões de acordo com o campo de investigação:
Política sob o prisma dos recursos de poder:
- Poder: “o meio decisivo da política é a força” (Weber). E o poder político tende a ser monopolizado por uma entidade política, normalmente o Estado.
-Influência: ênfase na variedade e na sutileza dos meios (menor uso da força). Não apenas a coerção, mas também a coação (+ abrangente). O grau de influência depende
dos recursos disponíveis e da vontade de utilizá-los.
- Autoridade = poder legítimo, que se faz obedecer voluntariamente (Weber). Governar é fazer crer na justeza do sistema político (÷ do poder). A autoridade estabelece
hierarquia, no topo da qual está o Estado, cujo governo teria o direito de utilizar a força (apenas uma potencialidade) para se fazer obedecer.
É comum a mistura das três noções para definir política.
Política como atividade do processo decisório: foco no processo em que os recursos descritos anteriormente são utilizados. Trata-se do processo de desenvolvimento de
policies ou de decisões com caráter imperativo. Abarca a repartição de bem na sociedade. Responde porque dada conduta foi adotada ao invés de outra;
Política como resolução pacífica dos conflitos: a política exerce uma função dentro do sistema social. É uma atividade necessária ao bom funcionamento da sociedade.
Serve para permitir a realização de fins coletivos. Assim, a política serve
para resolver conflitos entre indivíduos e grupos, sem que o conflito destrua um dos envolvidos. Evitar a destruição do corpo social.
1. Conflito
• Normalidade X Patologia
• O debate sobre conflito tende a colocá-lo em um contínuo que vai da normalidade (conflito faz parte da sociedade) à patologia (conflito é um acidente de percurso no
caminho da sociedade). A Ciência Política tende a considerar o conflito ou algo normal, sempre presente no sistema política – o que varia é o seu grau de saudável a
patogênico – ou um fenômeno normal, pode ocorrer ou não, depende do contexto e da interação de um conjunto de variáveis.
• Assim, como não é possível eliminar o conflito, é freqüente a tentativa de regulamentá-lo, com base em regras (razoavelmente) aceitas pelos participantes e que
estabelecem limites para o conflito.
• Quando o conflito se desenvolve sob regras aceitas, sancionadas e observadas, ocorre a sua INSTITUCIONALIZAÇÃO.
3.Consenso
• Denota a existência de um acordo entre os membros de uma determinada unidade social sobre os princípios, valores, normas que regem a coletividade e sobre seus
objetivos e os meios necessários para alcançá-los.
• É um conceito de existência relativa, pois faz mais sentido falar em graus de consenso acerca de questões fundamentais do que consenso em todos os assuntos.
• O grau de consenso social varia de acordo com a sociedade e a época.
• Duas dimensões do consenso (em democracias):
A. Fundamental: aceitação das regras do jogo, essencial para o funcionamento do sistema político;
B. Secundário: discordâncias acerca de algumas orientações de políticas.
• O consenso fundamental é crucial para conduzir os debates sobre as discordâncias políticas. Mas se estas forem excessivamente controvertidas, podem acabar
comprometendo o consenso fundamental e o funcionamento do sistema política.
• Elementos que influenciam o nível de consenso:
1. Grau de homogeneidade sócio-cultural;
2. Sucessão, em um mesmo país, de regimes políticos fundamentalmente diversos no que toca às regras essenciais do funcionamento do sistema político;
3. Grau de congruência do meios de socialização;
4. Coexistência de ideologias antagônicas;
5. Forma de interação das diversas forças políticas, principalmente quando buscam o apoio das massas.
• O grau de consenso é importante...
1. Como elemento fundamental de solidariedade (valores compartilhados);
2. Como fator de cooperação e elemento fortalecedor do sistema político;
3. Para reduzir a utilização do poder coercitivo para induzir comportamentos aprovados pelos detentores do poder.
4. Poder
• É a partícula fundamental do fenômeno político;
• É o que determina a assimetria nas relações de mando e obediência;
• Em sentido genérico, consiste na capacidade de agir, de produzir efeitos, de determinar o comportamento de outrem (Bobbio). Pode ser entendido como a capacidade
de imposição da própria vontade, a despeito da resistência do outro,
visando um objetivo/fim;
• Poder social: o homem é sujeito e objeto. É relativo porque é relacional, depende do contexto e das pessoas envolvidas.
Surge em contexto de conflito real ou potencial. E tem como elementos o conflito e a coerção.
• Poder atual (exercido de fato) ≠ Poder Potencial (apenas uma potencialidade, depende das percepções e expectativas).
• O poder é mensurável e nunca é neutro.
Tipologias do Poder
5. Autoridade
• Trata-se de uma espécie de poder. É a aceitação do poder como legítimo que produz a atitude mais ou menos estável no tempo para a obediência incondicional às ordens
ou diretrizes que emanam de uma dada fonte (porque associa a obediência a um dever);
o sujeito passivo adota, como critério decomportamento, as ordem e orientações do sujeito ativo sem
avaliar seu conteúdo.
• A autoridade tem uma esfera mais ou menos delimitada de atuação;
• A obediência incondicional, embora durável, não é permanente e, de tempos em tempos, necessita da reafirmação ostensiva da qualidade da fonte do poder;
6. Soberania
Autoridade suprema;
• Forma de poder político exclusivo e não derivado, que aparece como um conceito jurídico-político que aponta para a não existência, em uma sociedade, de outro poder
semelhante;
• Pretende ser a racionalização jurídica do poder, no sentido da transformação da força em poder legítimo, do poder de fato em poder de direito;
• Ainda existe e representa uma realidade contemporânea (≠ de Bobbio). Características fundamentais:
A.Caráter hierárquico (não necessita uma estrutura formal);
B.Estabilidade (não é automática, mas envolve processos complexos de construção ao longo de muito tempo);
C.Crença na legitimidade do poder exercido. A legitimidade é capaz de transformar poder factual em autoridade (=poder estabilizado). Além disso, confere estabilidade à
própria autoridade (nesse sentido
estabilidade ao que já é estável). E ainda confere aeste poder eficácia.
7. Legitimidade
• Diz-se que um Estado, sistema político ou governante tem legitimidade quando uma parcela significativa da população apresenta um grau de consenso capaz de
assegurar a obediência sem a necessidade de recorrer ao uso da força, exceto em situações isoladas e esporádicas.
• Legitimidade consiste na base da aceitação da dominação e no pilar da autoridade.
8. Dominação
Consiste no exercício contínuo do poder estabilizado ou da autoridade voltado para um determinado fim e baseado em algum tipo de legitimidade.
• Segundo Weber, existem três tipos ideais (puros) de dominação, classificados de acordo com tipo de legitimidade que lhe dá suporte:
Dominação legal, legal-racional ou burocrática: baseia-se na crença na competência e validade de um estatuto legal racionalmente elaborado.
A dominação legal tem como idéia base a existência de um estatuto que pode criar e modificar normas, desde que seu processo (forma) esteja previamente estabelecido.
Portanto, constitui uma relação desprovida de sentimentos, ou seja, baseia-se unicamente no profissionalismo e na hierarquia da empresa.
Para Weber, o dever da obediência está graduado numa hierarquia de cargos, com subordinação dos inferiores aos superiores, onde aquele que ordena é o superior.
Também quem ordena obedece. Essa forma de dominação é sustentada por regras, regulamentos e leis. Quando elas falham, valem pontos de vista de conveniência, "sem
consideração da pessoa”.
Apesar das condições do mercado de trabalho, o ingresso numa empresa é livre, estando-se, a partir de então, submetido às suas regras; no entanto, sua renúncia é
igualmente livre. O admitido terá a sua submissão regulada por um contrato, configurando-se, assim, como legal.
Como exemplo de dominação legal pode-se citar o Estado, o município, uma empresa capitalista privada, numa associação com fins utilitários ou qualquer união em que
haja uma hierarquia regulada por um estatuto. Sendo assim, a forma mais pura de dominação legal é a burocracia, e todo o elemento burocrático é essencial para o
trabalho rotineiro.
Os princípios fundamentais da burocracia, segundo Weber são a hierarquia funcional, a administração baseada em documentos, a demanda pela aprendizagem
profissional, as atribuições são oficializadas e há uma exigência de todo o rendimento do profissional. A obediência se presta não à pessoa, em virtude de direito próprio,
mas à regra, que se conhece competente para designar a quem e em que extensão se há de obedecer. Weber classifica este tipo de dominação como sendo estável, uma
vez que é baseada em normas que são criadas e modificadas através de um estatuto sancionado corretamente. Ou seja, o poder de autoridade é legalmente assegurado.
Weber faz uma analogia entre o desenvolvimento de um Estado Moderno e o da moderna burocracia; também entre a evolução do capitalismo moderno e a
burocratização crescente das empresas econômicas.
Dominação Tradicional
É a forma mais antiga de dominação. Basicamente é aceita em nome da tradição e dos níveis de hierarquias, onde o exercício da autoridade se dá através, por exemplo, do
comando do rei aos súditos, do pai aos filhos, dentre outros.
Segundo Weber a dominação tradicional ocorre devido a fatores como: afetividade, respeito, admiração, crença, e até no prazer de ver o “senhor” feliz ou satisfeito.
Assim, com uma inexplicável legitimidade, determina-se que tal hierarquia é inflexível a mudanças. Essa dominação se estrutura de duas formas distintas, uma quando há
obediência devido a dependência dos indivíduos aos senhores ou quando a hierarquia é estabelecida devido a privilégios de alguns sobre outros.
Weber relaciona a “fidelidade tradicional” para explicar, por exemplo, a dominação patriarcal, onde o respeito e a admiração em virtude da tradição levam a obediência.
Isso leva a entender que existe uma forma de lei moral entre os indivíduos. Assim a dominação está relacionada diretamente aos costumes, ações cotidianas e valores
pessoais.
Weber ainda ressalta a dominação tradicional como sendo uma dominação estável, devido à solidez do meio social e à dependência direta que a tradição tem com a
consciência coletiva. E essa cultura já está enraizada a muito tempo na sociedade e estima-se que perdure ainda por muito mais.
2.3. Dominação Carismática
A dominação carismática é influenciada diretamente pelos fatores emocionais e afetivos, e a obediência não é estabelecida por regra ou cargo, mas sim pela crença nas
qualidades do líder, ao caráter sagrado, à força heróica, ao valor exemplar ou ao poder da palavra que distingue de modo especial e, é aceita devido a devoção afetiva
por parte dos dominados. Esta devoção deve-se ao reconhecimento que os heróis e demagogos alcançam, convertendo a fé e o reconhecimento em deveres invioláveis
que devem ser seguidos pelos governados.
A dominação carismática se opõe às bases da legitimidade da ordem estabelecida e institucionalizada, onde o líder carismático, em certo sentido, é sempre revolucionário,
na medida em que se coloca em oposição consciente a algum aspecto estabelecido da sociedade em que atua. Mas para que a autoridade seja estabelecida, é necessário
que os seguidores considerem o apelo do líder como legítimo, estabelecendo-se assim, uma lealdade de tipo pessoal.
Como a obediência a um líder deve-se às suas qualidades pessoais, não há nenhum procedimento ordenado para a nomeação ou substituição deste e, sendo assim não há
carreiras e nem é necessário formação profissional para se obter o carisma. Contudo, a fonte do poder é estabelecida em cima do novo, do que nunca existiu, carecendo
da existência previa de vínculos predeterminados. Tratando-se de um fenômeno excepcional, a dominação carismática não pode estabilizar-se sem sofrer profundas
mudanças estruturais e, dependendo dos padrões de sucessão que adotar e com a evolução do corpo administrativo, tornar-se-á ou racional-legal ou tradicional, em
algumas de suas configurações básicas.
9. Ideologia: Conceito Genérico
• Conceito genérico: sistema de crenças (conjunto organizado de idéias e valores) referentes à ordem pública que estruturam um programa e uma estratégia de ação e
destinam-se a mudar ou defender a ordem pública existente. Servem para orientar os comportamentos políticos coletivos, contribui para manter coletividades (ou apenas
um grupo ou partido) empenhado em uma luta;
• Elementos típicos: doutrinarismo, dogmatismo, forte componente passional, apelo p/ as massas, componente interpretativo da realidade etc.
Características gerais:
1. Uma formulação explícita;
2. Um alto grau de integração e solidez sistemática;
3. Destaque da diferença em relação às demais ideologias;
4. Resistência às inovações do sistema ideológico e a tendência a negá-las ou a diminuir-lhes o significado;
5. Imperatividade na exigência de obediência em pensamento e prática;
6. Forte carga emotiva;
7. Exigência de consentimento completo daqueles que a ela aderem;
8. O caráter autoritário que os seguidores reconhecem à sua promulgação explícita;
9. Nexo com associação coletiva para garantir disciplina dos adeptos e implementar a ideologia.
Ideologia: Resumindo o Conceito Genérico
Herbert McClosky traz uma definição que diz tudo, para ele ideologia é um “sistema de crenças explícitas, integradas e coerentes, que justificam o exercício do poder,
explicam e julgam os acontecimentos históricos, identificam o que é bom e o que mal em política, definem as relações entre políticas e os outros campos de atividade, e
fornecem uma orientação para a ação” Ideologia: Conceito Marxista
• Conceito marxista: conjunto de idéias e teorias que são socialmente determinadas pelas relações de dominação entre as classes e que determinam tais relações dando-
lhes uma falsa consciência. Dois pontos fundamentais:
A. Determinação econômica;
B. Falsidade de consciência.
• Facilita a aceitação da dominação e a integração política e social, pois disfarça os aspectos mais antagônicos do domínio. Porém não é uma base de poder independente,
sua eficácia e sua estabilidade dependem da manutenção das efetivas bases do poder (manutenção do modo e das relações de produção)
10. Hegemonia No contexto das relações internacionais,
hegemonia significa supremacia de um Estado (ou comunidade de Estados/Região) em um sistema de poder, no qual ele aparece como guia dos Estados/Regiões
subordinados;
• Essa supremacia significa preeminência militar (não significa uso direto da força), econômica e cultural (soft power);
• Hegemonia pode ser entendida como um tipo de influência super forte.
Hegemonia no Marxismo
• Lênin colocou em seus estudos que hegemonia significava a tradução da coação em domínio. Derivadas principalmente do poder de coerção.
• Gramsci apresentou um leitura mais elaborada, segundo a qual, hegemonia significa um tipo de liderança intelectual, cultural e/ou moral.
o O domínio existe, mas é para os inimigos (contra estes utiliza-se a “sociedade política” = coerção/domínio).
o Para os atores aliados ou neutros, não é necessário utilizar a força, bastam os instrumentos da sociedade civil (mecanismos hegemônicos) que servem à reprodução da
liderança da classe hegemônica.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Política e Poder - Filosofia
Política e Poder - FilosofiaPolítica e Poder - Filosofia
Política e Poder - FilosofiaKleiton Barbosa
 
Introdução à Ciência Política - USP
Introdução à Ciência Política - USPIntrodução à Ciência Política - USP
Introdução à Ciência Política - USPUSP
 
2.ano sociologia estado e poder
2.ano sociologia estado e poder2.ano sociologia estado e poder
2.ano sociologia estado e poderorim84
 
Teroia do Poder e da Influência
Teroia do Poder e da InfluênciaTeroia do Poder e da Influência
Teroia do Poder e da InfluênciaAdm Unime
 
Estado nacional e poder politico
Estado nacional e poder politicoEstado nacional e poder politico
Estado nacional e poder politicoSilvia Cintra
 
História das Ideias Politicas
História das Ideias PoliticasHistória das Ideias Politicas
História das Ideias PoliticasAna Rodrigues
 
Introdução à Ciência Política
Introdução à Ciência PolíticaIntrodução à Ciência Política
Introdução à Ciência Política17112011
 
Mapa conceitual - Filosofia política
Mapa conceitual - Filosofia políticaMapa conceitual - Filosofia política
Mapa conceitual - Filosofia políticaGilberto Cotrim
 
Filosofia política
Filosofia política Filosofia política
Filosofia política Elson Junior
 
Pilulas democraticas 9 Maioria
Pilulas democraticas 9  MaioriaPilulas democraticas 9  Maioria
Pilulas democraticas 9 Maioriaaugustodefranco .
 
Conceitos de política, poder e autoridade
Conceitos de política, poder e autoridadeConceitos de política, poder e autoridade
Conceitos de política, poder e autoridadeEdenilson Morais
 
Política e o Poder
Política e o PoderPolítica e o Poder
Política e o PoderKamila Joyce
 
Pilulas democraticas 15 Aliancas
Pilulas democraticas 15  AliancasPilulas democraticas 15  Aliancas
Pilulas democraticas 15 Aliancasaugustodefranco .
 

Mais procurados (20)

Poder, política e estado
Poder, política e estadoPoder, política e estado
Poder, política e estado
 
Seminarioweber
SeminarioweberSeminarioweber
Seminarioweber
 
Política e Poder - Filosofia
Política e Poder - FilosofiaPolítica e Poder - Filosofia
Política e Poder - Filosofia
 
Política e poder
Política e poderPolítica e poder
Política e poder
 
Introdução à Ciência Política - USP
Introdução à Ciência Política - USPIntrodução à Ciência Política - USP
Introdução à Ciência Política - USP
 
2.ano sociologia estado e poder
2.ano sociologia estado e poder2.ano sociologia estado e poder
2.ano sociologia estado e poder
 
Teroia do Poder e da Influência
Teroia do Poder e da InfluênciaTeroia do Poder e da Influência
Teroia do Poder e da Influência
 
Estado nacional e poder politico
Estado nacional e poder politicoEstado nacional e poder politico
Estado nacional e poder politico
 
História das Ideias Politicas
História das Ideias PoliticasHistória das Ideias Politicas
História das Ideias Politicas
 
Introdução à Ciência Política
Introdução à Ciência PolíticaIntrodução à Ciência Política
Introdução à Ciência Política
 
Aula Poder
Aula PoderAula Poder
Aula Poder
 
Estado e relações de poder
Estado e relações de poderEstado e relações de poder
Estado e relações de poder
 
Filosofia Política
Filosofia PolíticaFilosofia Política
Filosofia Política
 
Mapa conceitual - Filosofia política
Mapa conceitual - Filosofia políticaMapa conceitual - Filosofia política
Mapa conceitual - Filosofia política
 
Filosofia política
Filosofia política Filosofia política
Filosofia política
 
Pilulas democraticas 9 Maioria
Pilulas democraticas 9  MaioriaPilulas democraticas 9  Maioria
Pilulas democraticas 9 Maioria
 
Conceitos de política, poder e autoridade
Conceitos de política, poder e autoridadeConceitos de política, poder e autoridade
Conceitos de política, poder e autoridade
 
Política e o Poder
Política e o PoderPolítica e o Poder
Política e o Poder
 
Pilulas democraticas 15 Aliancas
Pilulas democraticas 15  AliancasPilulas democraticas 15  Aliancas
Pilulas democraticas 15 Aliancas
 
Aula 15 - Estado e Governo
Aula 15 - Estado e GovernoAula 15 - Estado e Governo
Aula 15 - Estado e Governo
 

Destaque (20)

Mapa conceitual de Rene descartes
Mapa conceitual de Rene descartesMapa conceitual de Rene descartes
Mapa conceitual de Rene descartes
 
MAPA MENTAL: El discurso del metodo de rene descartes
MAPA MENTAL: El discurso del metodo de rene descartesMAPA MENTAL: El discurso del metodo de rene descartes
MAPA MENTAL: El discurso del metodo de rene descartes
 
Descartes
DescartesDescartes
Descartes
 
Mapa Conceitual
Mapa ConceitualMapa Conceitual
Mapa Conceitual
 
Discurso do método rené descartes
Discurso do método   rené descartesDiscurso do método   rené descartes
Discurso do método rené descartes
 
Descartes
DescartesDescartes
Descartes
 
Mapa mental. citologia
Mapa mental. citologiaMapa mental. citologia
Mapa mental. citologia
 
George berkeley
George berkeleyGeorge berkeley
George berkeley
 
Mapa conceitual empiristas_2
Mapa conceitual empiristas_2Mapa conceitual empiristas_2
Mapa conceitual empiristas_2
 
Empirismo de Hume
Empirismo de HumeEmpirismo de Hume
Empirismo de Hume
 
O empirismo
O empirismoO empirismo
O empirismo
 
David Hume - Trab Grupo VI
David Hume - Trab Grupo VIDavid Hume - Trab Grupo VI
David Hume - Trab Grupo VI
 
David hume
David humeDavid hume
David hume
 
David Hume
David Hume David Hume
David Hume
 
David hume
David humeDavid hume
David hume
 
O empirismo de David Hume PTT
O empirismo de David Hume PTTO empirismo de David Hume PTT
O empirismo de David Hume PTT
 
O empirismo de david hume
O empirismo de david humeO empirismo de david hume
O empirismo de david hume
 
O emprismo de David Hume
O emprismo de David HumeO emprismo de David Hume
O emprismo de David Hume
 
Empirismo
EmpirismoEmpirismo
Empirismo
 
Empirismo
EmpirismoEmpirismo
Empirismo
 

Semelhante a Políticas Públicas conceitos mapa

Poder e Política - Reflexão Sociológica
Poder e Política - Reflexão SociológicaPoder e Política - Reflexão Sociológica
Poder e Política - Reflexão Sociológicaorim84
 
Poder política é estado.pdf filosofia.
Poder política é estado.pdf filosofia.Poder política é estado.pdf filosofia.
Poder política é estado.pdf filosofia.fernandoarthur18
 
Cidadania e politica2
Cidadania e politica2Cidadania e politica2
Cidadania e politica2Rogerio Terra
 
Apresntação de slide,tema "Filosofia politica,poder e Estado"
Apresntação de slide,tema "Filosofia politica,poder e Estado"Apresntação de slide,tema "Filosofia politica,poder e Estado"
Apresntação de slide,tema "Filosofia politica,poder e Estado"Rosineide Santos
 
5. poder, participação e controle social
5. poder, participação e controle social5. poder, participação e controle social
5. poder, participação e controle socialLuiz-Salvador Miranda-Sa
 
Sociologia política moderna
Sociologia política modernaSociologia política moderna
Sociologia política modernaClaudinei Leite
 
10 hans morgenthau
10  hans morgenthau10  hans morgenthau
10 hans morgenthauRafael Pons
 
2polticasocialepolticaspblicas 100918164449-phpapp01
2polticasocialepolticaspblicas 100918164449-phpapp012polticasocialepolticaspblicas 100918164449-phpapp01
2polticasocialepolticaspblicas 100918164449-phpapp01patriciomode
 
Apostila de sociologia - Volume 3
Apostila de sociologia - Volume 3Apostila de sociologia - Volume 3
Apostila de sociologia - Volume 3Matheus Alves
 
Política, poder e Estado
Política, poder e EstadoPolítica, poder e Estado
Política, poder e EstadoMary Alvarenga
 
Politicas públicas e sociedade
Politicas públicas e sociedadePoliticas públicas e sociedade
Politicas públicas e sociedadeFrancisco Inácio
 
Filosofia - Exercício de Conceptualização
Filosofia - Exercício de ConceptualizaçãoFilosofia - Exercício de Conceptualização
Filosofia - Exercício de ConceptualizaçãoTomás Pinto
 

Semelhante a Políticas Públicas conceitos mapa (20)

Poder e Política - Reflexão Sociológica
Poder e Política - Reflexão SociológicaPoder e Política - Reflexão Sociológica
Poder e Política - Reflexão Sociológica
 
Poder política é estado.pdf filosofia.
Poder política é estado.pdf filosofia.Poder política é estado.pdf filosofia.
Poder política é estado.pdf filosofia.
 
Cidadania e politica2
Cidadania e politica2Cidadania e politica2
Cidadania e politica2
 
Política e Poder.pptx
Política e Poder.pptxPolítica e Poder.pptx
Política e Poder.pptx
 
Aula DE CIENCIAS POLITICAS
Aula DE CIENCIAS POLITICASAula DE CIENCIAS POLITICAS
Aula DE CIENCIAS POLITICAS
 
Apresntação de slide,tema "Filosofia politica,poder e Estado"
Apresntação de slide,tema "Filosofia politica,poder e Estado"Apresntação de slide,tema "Filosofia politica,poder e Estado"
Apresntação de slide,tema "Filosofia politica,poder e Estado"
 
5. poder, participação e controle social
5. poder, participação e controle social5. poder, participação e controle social
5. poder, participação e controle social
 
Trabalho de politicas publicas
Trabalho de politicas publicasTrabalho de politicas publicas
Trabalho de politicas publicas
 
Sociologia política moderna
Sociologia política modernaSociologia política moderna
Sociologia política moderna
 
Conversas sobre política
Conversas sobre políticaConversas sobre política
Conversas sobre política
 
Marga conceitos de política
Marga conceitos de políticaMarga conceitos de política
Marga conceitos de política
 
10 hans morgenthau
10  hans morgenthau10  hans morgenthau
10 hans morgenthau
 
2polticasocialepolticaspblicas 100918164449-phpapp01
2polticasocialepolticaspblicas 100918164449-phpapp012polticasocialepolticaspblicas 100918164449-phpapp01
2polticasocialepolticaspblicas 100918164449-phpapp01
 
Filosofia Política
Filosofia PolíticaFilosofia Política
Filosofia Política
 
Apostila de sociologia - Volume 3
Apostila de sociologia - Volume 3Apostila de sociologia - Volume 3
Apostila de sociologia - Volume 3
 
Política, poder e Estado
Política, poder e EstadoPolítica, poder e Estado
Política, poder e Estado
 
Politicas públicas e sociedade
Politicas públicas e sociedadePoliticas públicas e sociedade
Politicas públicas e sociedade
 
Filosofia - Exercício de Conceptualização
Filosofia - Exercício de ConceptualizaçãoFilosofia - Exercício de Conceptualização
Filosofia - Exercício de Conceptualização
 
Poder.pptx
Poder.pptxPoder.pptx
Poder.pptx
 
POLITICA.pptx
POLITICA.pptxPOLITICA.pptx
POLITICA.pptx
 

Políticas Públicas conceitos mapa

  • 1. Mapa mental- conceitos políticas públicas Conceito Frases Caracteríticas Política • Gregos- política consiste em um conjunto de atividades relativos à condução dos negócios da cidade (polis) ou do Estado. • Contemporânea (diversos significados)- política como a solução pacífica dos conflitos. Principalmente, conflitos referentes à distribuição e alocação de recursos públicos. • Maquiavel- é a arte de conquistar, manter e expandir ou reaver o poder. É uma esfera autônoma da moral, da religião, da filosofia, do direito, associa-se tão somente ao príncipe e ao exercício do poder político em sentido estrito. • Weber- ação com objetivo de influenciar as ações estatais (o aparelho estatal) e a coletividade – “as rodas da história”. Caracterizada pela relação amigo x inimigo. Conflito Consenso Poder Autoridade Soberania Legitimidade Dominação Ideologia Hegemonia
  • 2. Política • Gregos- política consiste em um conjunto de atividades relativos à condução dos negócios da cidade (polis) ou do Estado. • Contemporânea (diversos significados)- política como a solução pacífica dos conflitos. Principalmente, conflitos referentes à distribuição e alocação de recursos públicos. • Maquiavel- é a arte de conquistar, manter e expandir ou reaver o poder. É uma esfera autônoma da moral, da religião, da filosofia, do direito, associa-se tão somente ao príncipe e ao exercício do poder político em sentido estrito. • Weber- ação com objetivo de influenciar as ações estatais (o aparelho estatal) e a coletividade – “as rodas da história”. Caracterizada pela relação amigo x inimigo. Conflito • debate vai da normalidade (conflito faz parte da sociedade) à patologia (conflito é um acidente de percurso no caminho da sociedade). A Ciência Política tende a considerar o conflito ou algo normal, sempre presente no sistema política – o que varia é o seu grau de saudável a patogênico – ou um fenômeno normal, pode ocorrer ou não, depende do contexto e da interação de um conjunto de variáveis. • Não é possível eliminar o conflito, é freqüente a tentativa de regulamentá-lo, com base em regras (razoavelmente) aceitas pelos participantes e que estabelecem limites para o conflito. • Quando o conflito se desenvolve sob regras aceitas, sancionadas e observadas, ocorre a sua institucionalização. Consenso • Denota a existência de um acordo entre os membros de uma determinada unidade social sobre os princípios, valores, normas que regem a coletividade e sobre seus objetivos e os meios necessários para alcançá-los. • É um conceito de existência relativa, pois faz mais sentido falar em graus de consenso acerca de questões fundamentais do que consenso em todos os assuntos. • O grau de consenso social varia de acordo com a sociedade e a época. Poder • É a partícula fundamental do fenômeno político; • É o que determina a assimetria nas relações de mando e obediência; • Em sentido genérico, consiste na capacidade de agir, de produzir efeitos, de determinar o comportamento de outrem (Bobbio). • ode ser entendido como a capacidade de imposição da própria vontade, a despeito da resistência do outro, visando um objetivo/fim; Autoridade • É uma espécie de poder. É a aceitação do poder como legítimo que produz a atitude mais ou menos estável no tempo para a obediência incondicional às ordens ou diretrizes que emanam de uma dada fonte (porque associa a obediência a um dever); • o sujeito passivo adota, como critério decomportamento, as ordem e orientações do sujeito ativo sem avaliar seu conteúdo. • A autoridade tem uma esfera mais ou menos delimitada de atuação; • A obediência incondicional, embora durável, não é permanente e, de tempos em tempos, necessita da reafirmação ostensiva da qualidade da fonte do poder; Soberania • Autoridade suprema; • Forma de poder político exclusivo e não derivado, que aparece como um conceito jurídico-político que aponta para a não existência, em uma sociedade, de outro poder semelhante; • Pretende ser a racionalização jurídica do poder, no sentido da transformação da força em poder legítimo, do poder de fato em poder de direito; • Ainda existe e representa uma realidade contemporânea (≠ de Bobbio). Legitimidade • Diz-se que um Estado, sistema político ou governante tem legitimidade quando uma parcela significativa da população apresenta um grau de consenso capaz de assegurar a obediência sem a necessidade de recorrer ao uso da força, exceto em situações isoladas e esporádicas. • Legitimidade consiste na base da aceitação da dominação e no pilar da autoridade. Dominação • Consiste no exercício contínuo do poder estabilizado ou da autoridade voltado para um determinado fim e baseado em algum tipo de legitimidade. • Segundo Weber, existem três tipos ideais (puros) de dominação, classificados de acordo com tipo de legitimidade que lhe dá suporte: • Dominação legal, legal-racional ou burocrática: baseia-se na crença na competência e validade de um estatuto legal racionalmente elaborado. Ideologia • Conceito genérico: sistema de crenças (conjunto organizado de idéias e valores) referentes à ordem pública que estruturam um programa e uma estratégia de ação e destinam-se a mudar ou defender a ordem pública existente. Servem para orientar os comportamentos políticos coletivos, contribui para manter coletividades (ou apenas um grupo ou partido) empenhado em uma luta; Hegemonia • No contexto das relações internacionais, significa supremacia de um Estado (ou comunidade de Estados/Região) em um sistema de poder, no qual ele aparece como guia dos Estados/Regiões subordinados; • Essa supremacia significa preeminência militar (não significa uso direto da força), econômica e cultural (soft power); • Um tipo de influência super forte. • Marxismo: • Lênin colocou em seus estudos que hegemonia significava a tradução da coação em domínio. Derivadas principalmente do poder de coerção. • Gramsci apresentou um leitura mais elaborada, segundo a qual, hegemonia significa um tipo de liderança intelectual, cultural e/ou moral. • O domínio existe, mas é para os inimigos (contra estes utiliza-se a “sociedade política” = coerção/domínio). • Para os atores aliados ou neutros, não é necessário utilizar a força, bastam os instrumentos da sociedade civil (mecanismos hegemônicos) que servem à reprodução da liderança da classe hegemônica.
  • 3. Política Política pode ser definida por meio de 4 dimensões de acordo com o campo de investigação: Política sob o prisma dos recursos de poder: - Poder: “o meio decisivo da política é a força” (Weber). E o poder político tende a ser monopolizado por uma entidade política, normalmente o Estado. -Influência: ênfase na variedade e na sutileza dos meios (menor uso da força). Não apenas a coerção, mas também a coação (+ abrangente). O grau de influência depende dos recursos disponíveis e da vontade de utilizá-los. - Autoridade = poder legítimo, que se faz obedecer voluntariamente (Weber). Governar é fazer crer na justeza do sistema político (÷ do poder). A autoridade estabelece hierarquia, no topo da qual está o Estado, cujo governo teria o direito de utilizar a força (apenas uma potencialidade) para se fazer obedecer. É comum a mistura das três noções para definir política. Política como atividade do processo decisório: foco no processo em que os recursos descritos anteriormente são utilizados. Trata-se do processo de desenvolvimento de policies ou de decisões com caráter imperativo. Abarca a repartição de bem na sociedade. Responde porque dada conduta foi adotada ao invés de outra; Política como resolução pacífica dos conflitos: a política exerce uma função dentro do sistema social. É uma atividade necessária ao bom funcionamento da sociedade. Serve para permitir a realização de fins coletivos. Assim, a política serve para resolver conflitos entre indivíduos e grupos, sem que o conflito destrua um dos envolvidos. Evitar a destruição do corpo social. 1. Conflito • Normalidade X Patologia • O debate sobre conflito tende a colocá-lo em um contínuo que vai da normalidade (conflito faz parte da sociedade) à patologia (conflito é um acidente de percurso no caminho da sociedade). A Ciência Política tende a considerar o conflito ou algo normal, sempre presente no sistema política – o que varia é o seu grau de saudável a patogênico – ou um fenômeno normal, pode ocorrer ou não, depende do contexto e da interação de um conjunto de variáveis. • Assim, como não é possível eliminar o conflito, é freqüente a tentativa de regulamentá-lo, com base em regras (razoavelmente) aceitas pelos participantes e que estabelecem limites para o conflito. • Quando o conflito se desenvolve sob regras aceitas, sancionadas e observadas, ocorre a sua INSTITUCIONALIZAÇÃO. 3.Consenso • Denota a existência de um acordo entre os membros de uma determinada unidade social sobre os princípios, valores, normas que regem a coletividade e sobre seus objetivos e os meios necessários para alcançá-los. • É um conceito de existência relativa, pois faz mais sentido falar em graus de consenso acerca de questões fundamentais do que consenso em todos os assuntos. • O grau de consenso social varia de acordo com a sociedade e a época. • Duas dimensões do consenso (em democracias): A. Fundamental: aceitação das regras do jogo, essencial para o funcionamento do sistema político; B. Secundário: discordâncias acerca de algumas orientações de políticas.
  • 4. • O consenso fundamental é crucial para conduzir os debates sobre as discordâncias políticas. Mas se estas forem excessivamente controvertidas, podem acabar comprometendo o consenso fundamental e o funcionamento do sistema política. • Elementos que influenciam o nível de consenso: 1. Grau de homogeneidade sócio-cultural; 2. Sucessão, em um mesmo país, de regimes políticos fundamentalmente diversos no que toca às regras essenciais do funcionamento do sistema político; 3. Grau de congruência do meios de socialização; 4. Coexistência de ideologias antagônicas; 5. Forma de interação das diversas forças políticas, principalmente quando buscam o apoio das massas. • O grau de consenso é importante... 1. Como elemento fundamental de solidariedade (valores compartilhados); 2. Como fator de cooperação e elemento fortalecedor do sistema político; 3. Para reduzir a utilização do poder coercitivo para induzir comportamentos aprovados pelos detentores do poder. 4. Poder • É a partícula fundamental do fenômeno político; • É o que determina a assimetria nas relações de mando e obediência; • Em sentido genérico, consiste na capacidade de agir, de produzir efeitos, de determinar o comportamento de outrem (Bobbio). Pode ser entendido como a capacidade de imposição da própria vontade, a despeito da resistência do outro, visando um objetivo/fim; • Poder social: o homem é sujeito e objeto. É relativo porque é relacional, depende do contexto e das pessoas envolvidas. Surge em contexto de conflito real ou potencial. E tem como elementos o conflito e a coerção. • Poder atual (exercido de fato) ≠ Poder Potencial (apenas uma potencialidade, depende das percepções e expectativas). • O poder é mensurável e nunca é neutro. Tipologias do Poder
  • 5. 5. Autoridade • Trata-se de uma espécie de poder. É a aceitação do poder como legítimo que produz a atitude mais ou menos estável no tempo para a obediência incondicional às ordens ou diretrizes que emanam de uma dada fonte (porque associa a obediência a um dever); o sujeito passivo adota, como critério decomportamento, as ordem e orientações do sujeito ativo sem avaliar seu conteúdo. • A autoridade tem uma esfera mais ou menos delimitada de atuação; • A obediência incondicional, embora durável, não é permanente e, de tempos em tempos, necessita da reafirmação ostensiva da qualidade da fonte do poder; 6. Soberania Autoridade suprema; • Forma de poder político exclusivo e não derivado, que aparece como um conceito jurídico-político que aponta para a não existência, em uma sociedade, de outro poder semelhante; • Pretende ser a racionalização jurídica do poder, no sentido da transformação da força em poder legítimo, do poder de fato em poder de direito; • Ainda existe e representa uma realidade contemporânea (≠ de Bobbio). Características fundamentais: A.Caráter hierárquico (não necessita uma estrutura formal); B.Estabilidade (não é automática, mas envolve processos complexos de construção ao longo de muito tempo); C.Crença na legitimidade do poder exercido. A legitimidade é capaz de transformar poder factual em autoridade (=poder estabilizado). Além disso, confere estabilidade à própria autoridade (nesse sentido estabilidade ao que já é estável). E ainda confere aeste poder eficácia. 7. Legitimidade • Diz-se que um Estado, sistema político ou governante tem legitimidade quando uma parcela significativa da população apresenta um grau de consenso capaz de assegurar a obediência sem a necessidade de recorrer ao uso da força, exceto em situações isoladas e esporádicas. • Legitimidade consiste na base da aceitação da dominação e no pilar da autoridade. 8. Dominação Consiste no exercício contínuo do poder estabilizado ou da autoridade voltado para um determinado fim e baseado em algum tipo de legitimidade. • Segundo Weber, existem três tipos ideais (puros) de dominação, classificados de acordo com tipo de legitimidade que lhe dá suporte: Dominação legal, legal-racional ou burocrática: baseia-se na crença na competência e validade de um estatuto legal racionalmente elaborado. A dominação legal tem como idéia base a existência de um estatuto que pode criar e modificar normas, desde que seu processo (forma) esteja previamente estabelecido. Portanto, constitui uma relação desprovida de sentimentos, ou seja, baseia-se unicamente no profissionalismo e na hierarquia da empresa. Para Weber, o dever da obediência está graduado numa hierarquia de cargos, com subordinação dos inferiores aos superiores, onde aquele que ordena é o superior. Também quem ordena obedece. Essa forma de dominação é sustentada por regras, regulamentos e leis. Quando elas falham, valem pontos de vista de conveniência, "sem consideração da pessoa”. Apesar das condições do mercado de trabalho, o ingresso numa empresa é livre, estando-se, a partir de então, submetido às suas regras; no entanto, sua renúncia é igualmente livre. O admitido terá a sua submissão regulada por um contrato, configurando-se, assim, como legal.
  • 6. Como exemplo de dominação legal pode-se citar o Estado, o município, uma empresa capitalista privada, numa associação com fins utilitários ou qualquer união em que haja uma hierarquia regulada por um estatuto. Sendo assim, a forma mais pura de dominação legal é a burocracia, e todo o elemento burocrático é essencial para o trabalho rotineiro. Os princípios fundamentais da burocracia, segundo Weber são a hierarquia funcional, a administração baseada em documentos, a demanda pela aprendizagem profissional, as atribuições são oficializadas e há uma exigência de todo o rendimento do profissional. A obediência se presta não à pessoa, em virtude de direito próprio, mas à regra, que se conhece competente para designar a quem e em que extensão se há de obedecer. Weber classifica este tipo de dominação como sendo estável, uma vez que é baseada em normas que são criadas e modificadas através de um estatuto sancionado corretamente. Ou seja, o poder de autoridade é legalmente assegurado. Weber faz uma analogia entre o desenvolvimento de um Estado Moderno e o da moderna burocracia; também entre a evolução do capitalismo moderno e a burocratização crescente das empresas econômicas. Dominação Tradicional É a forma mais antiga de dominação. Basicamente é aceita em nome da tradição e dos níveis de hierarquias, onde o exercício da autoridade se dá através, por exemplo, do comando do rei aos súditos, do pai aos filhos, dentre outros. Segundo Weber a dominação tradicional ocorre devido a fatores como: afetividade, respeito, admiração, crença, e até no prazer de ver o “senhor” feliz ou satisfeito. Assim, com uma inexplicável legitimidade, determina-se que tal hierarquia é inflexível a mudanças. Essa dominação se estrutura de duas formas distintas, uma quando há obediência devido a dependência dos indivíduos aos senhores ou quando a hierarquia é estabelecida devido a privilégios de alguns sobre outros. Weber relaciona a “fidelidade tradicional” para explicar, por exemplo, a dominação patriarcal, onde o respeito e a admiração em virtude da tradição levam a obediência. Isso leva a entender que existe uma forma de lei moral entre os indivíduos. Assim a dominação está relacionada diretamente aos costumes, ações cotidianas e valores pessoais. Weber ainda ressalta a dominação tradicional como sendo uma dominação estável, devido à solidez do meio social e à dependência direta que a tradição tem com a consciência coletiva. E essa cultura já está enraizada a muito tempo na sociedade e estima-se que perdure ainda por muito mais. 2.3. Dominação Carismática A dominação carismática é influenciada diretamente pelos fatores emocionais e afetivos, e a obediência não é estabelecida por regra ou cargo, mas sim pela crença nas qualidades do líder, ao caráter sagrado, à força heróica, ao valor exemplar ou ao poder da palavra que distingue de modo especial e, é aceita devido a devoção afetiva por parte dos dominados. Esta devoção deve-se ao reconhecimento que os heróis e demagogos alcançam, convertendo a fé e o reconhecimento em deveres invioláveis que devem ser seguidos pelos governados.
  • 7. A dominação carismática se opõe às bases da legitimidade da ordem estabelecida e institucionalizada, onde o líder carismático, em certo sentido, é sempre revolucionário, na medida em que se coloca em oposição consciente a algum aspecto estabelecido da sociedade em que atua. Mas para que a autoridade seja estabelecida, é necessário que os seguidores considerem o apelo do líder como legítimo, estabelecendo-se assim, uma lealdade de tipo pessoal. Como a obediência a um líder deve-se às suas qualidades pessoais, não há nenhum procedimento ordenado para a nomeação ou substituição deste e, sendo assim não há carreiras e nem é necessário formação profissional para se obter o carisma. Contudo, a fonte do poder é estabelecida em cima do novo, do que nunca existiu, carecendo da existência previa de vínculos predeterminados. Tratando-se de um fenômeno excepcional, a dominação carismática não pode estabilizar-se sem sofrer profundas mudanças estruturais e, dependendo dos padrões de sucessão que adotar e com a evolução do corpo administrativo, tornar-se-á ou racional-legal ou tradicional, em algumas de suas configurações básicas. 9. Ideologia: Conceito Genérico • Conceito genérico: sistema de crenças (conjunto organizado de idéias e valores) referentes à ordem pública que estruturam um programa e uma estratégia de ação e destinam-se a mudar ou defender a ordem pública existente. Servem para orientar os comportamentos políticos coletivos, contribui para manter coletividades (ou apenas um grupo ou partido) empenhado em uma luta; • Elementos típicos: doutrinarismo, dogmatismo, forte componente passional, apelo p/ as massas, componente interpretativo da realidade etc. Características gerais: 1. Uma formulação explícita; 2. Um alto grau de integração e solidez sistemática; 3. Destaque da diferença em relação às demais ideologias; 4. Resistência às inovações do sistema ideológico e a tendência a negá-las ou a diminuir-lhes o significado; 5. Imperatividade na exigência de obediência em pensamento e prática; 6. Forte carga emotiva; 7. Exigência de consentimento completo daqueles que a ela aderem; 8. O caráter autoritário que os seguidores reconhecem à sua promulgação explícita; 9. Nexo com associação coletiva para garantir disciplina dos adeptos e implementar a ideologia. Ideologia: Resumindo o Conceito Genérico Herbert McClosky traz uma definição que diz tudo, para ele ideologia é um “sistema de crenças explícitas, integradas e coerentes, que justificam o exercício do poder, explicam e julgam os acontecimentos históricos, identificam o que é bom e o que mal em política, definem as relações entre políticas e os outros campos de atividade, e fornecem uma orientação para a ação” Ideologia: Conceito Marxista • Conceito marxista: conjunto de idéias e teorias que são socialmente determinadas pelas relações de dominação entre as classes e que determinam tais relações dando- lhes uma falsa consciência. Dois pontos fundamentais: A. Determinação econômica; B. Falsidade de consciência. • Facilita a aceitação da dominação e a integração política e social, pois disfarça os aspectos mais antagônicos do domínio. Porém não é uma base de poder independente, sua eficácia e sua estabilidade dependem da manutenção das efetivas bases do poder (manutenção do modo e das relações de produção) 10. Hegemonia No contexto das relações internacionais, hegemonia significa supremacia de um Estado (ou comunidade de Estados/Região) em um sistema de poder, no qual ele aparece como guia dos Estados/Regiões subordinados;
  • 8. • Essa supremacia significa preeminência militar (não significa uso direto da força), econômica e cultural (soft power); • Hegemonia pode ser entendida como um tipo de influência super forte. Hegemonia no Marxismo • Lênin colocou em seus estudos que hegemonia significava a tradução da coação em domínio. Derivadas principalmente do poder de coerção. • Gramsci apresentou um leitura mais elaborada, segundo a qual, hegemonia significa um tipo de liderança intelectual, cultural e/ou moral. o O domínio existe, mas é para os inimigos (contra estes utiliza-se a “sociedade política” = coerção/domínio). o Para os atores aliados ou neutros, não é necessário utilizar a força, bastam os instrumentos da sociedade civil (mecanismos hegemônicos) que servem à reprodução da liderança da classe hegemônica.