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PODER ESTADO E FORÇA



               René Dreifuss
2

IV REALIDADE DE ESTADOE PRÁTICA DE
              PODER
Política e delimitação territorial

Política e delimitação social

Poder e dominação

Poder e legitimação

Poder e política

Poder e sigilo
3




Dominação e organização

Dominação e monopólio da força

Dominação e ação política

Força e política

Política, violência e estado

Caracterização do estado
4



INTRODUÇÃO
• Entre os temas centrais da pesquisa acadêmica de Max Weber estiveram a
  economia e a política dos Estados nacionais da Europa Ocidental e Central
  e, em especial, da Alemanha.
• Em manuscritos inacabados, Weber deixou subentendida a intenção de
  tratar da formação do Estado e do seu desenvolvimento através da história.
  Entretanto, em seu trabalho como um todo, ele não abordou o Estado nas
  dimensões teórico-conceitual, analítico-histórica e política.
• No pensamento weberiano, os termos “Estado” e “força” são noções que não
  podem ser separadas de outros termos, como: “dominação”, “poder” e “ação
  política”.
• René Dreifuss, autor do livro, afirma que para entender o pensamento de
  Weber é preciso decodificar o sentido de sua produção intelectual por meio
  de textos escritos em épocas diferentes, com preocupações distintas e
  sentindo amplo. Além disso, Weber usa muitos termos carregados de duplo
  sentido, o que exige ainda mais esforço daqueles que tentam traduzi-lo. Ou
  seja, não é fácil estudar Max Weber.
5




• Weber entende o Estado como um veículo de poder e o examina
  através de três tipificações: tradicional, carismática e legal-racional.
  Nesse sentindo, o Estado concentra a dominação, independente de
  quem está no poder: príncipe, sultão, monarca, chefe militar, por
  exemplo.
• Assim como Maquiavel, Weber exclui a moralidade enquanto efeito
  limitador da compreensão, concentrando-se na reflexão e análise do
  que “realmente é”.
• Dreifuss apresenta o pensamento de Weber de acordo com a
  interpretação de vários estudiosos do sociólogo alemão. Outra
  característica observada durante o texto é sua tentativa do autor de
  dar significação a termos em alemão.
6




POLÍTICA E DELIMITAÇÃO TERRITORIAL
 Segundo Weber, quando qualquer associação
  (sejam comunidades de vilarejos, grupos
  corporativos, uniões profissionais, sindicatos e
  até familiares, por exemplo) passam a
  reivindicar território, elas se tornam
  agrupamentos políticos. “Um dos mais
  importantes campos de associação compulsória
  é o controle de áreas territoriais”. p. 67
 Outros estudiosos de Weber reforçam a relação
  “grupos – território – agrupamentos políticos”:
7




 Julien Freund – “a atividade política é caracterizada, em
  primeiro lugar, pelo fato de que acontece dentro de um
  território delimitado. Suas fronteiras não precisam estar
  estritamente demarcadas; podem ser variáreis; mas sem
  a existência de um território individualizando o grupo
  não pode haver política”.
 Ainda segundo Freund, o grupo adota uma conduta
  orientada em relação ao território, no sentido de que a
  atividade de todos fica condicionada à autoridade
  responsável pela manutenção da ordem, envolvendo o
  possível uso da coerção e a obrigação de defender a sua
  integridade como comunidade. Ao mesmo tempo, os
  membros do grupo político são beneficiados pela vida
  em conjunto.
8




 A delimitação territorial tem, para
  Weber, relação com o conceito de nação. De
  acordo com o sociólogo alemão, nação trata-se
  de um “sentimento nacional” expressado de
  formas diferentes por povos diferentes. Segundo
  Weber, nação não é a mesma coisa que povo de
  um Estado, ou seja, não é um conjunto de
  membros vivendo em um território. O termo
  nação é problemático, pois nem política, nem
  conceitualmente trata-se de um termo com
  significado único. Está ligado à realidade
  emocional das pessoas.
9




AÇÃO SOCIAL
• Para Weber a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto
  das ações dos indivíduos. As normas e as regras sociais são o
  resultado do conjunto de ações individuais.

• Ação social é uma ação que é orientada pelas ações de outras
  pessoas. Isto é, todo comportamento cuja origem depende da reação
  ou da expectativa de reação de outras partes envolvidas. Essas
  “outras partes” podem ser indivíduos ou grupos, próximos ou
  distantes, conhecidos ou desconhecidos por quem realiza a ação. A
  ideia central da ação social é a existência de um sentido na ação, ou
  seja, algo realizado de alguém para outro alguém. É uma atitude
  sobre a qual recai o desejo de relacionamento.

• É impossível diferenciar claramente o que pode ser ou não
  considerada ação social.
10




• - Ações Tradicionais: são ações realizadas devido a um costume
  ou a um hábito enraizado. Podem se tornar parte da cultura de um
  povo. Como: tirar o chapéu na hora das refeições, fazer o sinal da
  cruz ao passar por uma igreja, etc.
• - Ações Afetivas: podem ser chamadas de ações emocionais. São
  ações tomadas devido às emoções do indivíduo, para expressar
  sentimentos pessoais. Por exemplo, comemorar uma vitória, chorar
  em um funeral, etc.
• - Ações Instrumentais: também conhecida com ação por fins.
  São atitudes cujo planejamento é orientado pelos resultados que
  serão alcançados com sua realização. A ação é planejada
  previamente e executada após avaliadas as suas consequências. Um
  exemplo seriam as transações bancárias.
• - Ações Racionais: também pode ser chamada de racionais por
  valores. São ações realizadas de acordo com os princípios do
  indivíduo, ou seja, determinadas pela crença consciente num valor
  considerado importante.
11




• Essa classificação baseia-se em modelos
  idealizados, cujos exemplos puros raramente
  podem ser encontrados na sociedade. Muitas
  vezes são vários os motivos de uma ação, o que
  cria a possibilidade de ela ser incluída em mais
  de um tipo. Exemplo: professor em sala de aula.
12




POLÍTICA E DELIMITAÇÃO SOCIAL
• “Uma sociedade, para Weber, é uma relação social onde a atitude na ação
  social se inspira numa compensação de interesses por motivos racionais. As
  sociedades, no final das contas, são, meros compromissos de interesses em
  luta”. p. 69
• Sociedade está ligada a Ações Sociais por Fins e Racionais.
• Luta e conflito são inerentes à sociedade.
• Por outro lado, uma comunidade é uma relação social onde a ação social se
  inspira na vontade de cada participante de constituir um todo. “A ação
  comunal se refere àquela ação que é orientada pelo sentimento dos
  atores, de que eles pertencem a um conjunto”. p. 69
• Comunidade está ligada a Ações Sociais Afetivas e Tradicionais.
• Capacidade de poder fazer: possibilidade de impor a própria vontade, numa
  relação social.
• Potencialidade de poder impor: probabilidade de um comando ser
  obedecido por um dado grupo de pessoas.
• Weber, portanto, empresta à política mais dois significados: a política como
  questão do poder e a política da dominação.
13




PODER E DOMINAÇÃO
• A força e mais coercitiva e mais imediata que o poder, o
  poder é mais genérico e mais vasto.
• No Brasil atual, o poder é referido como local
• Poder como capacidade determinada, estipulada sócio-
  politicamente e condicionada culturalmente.
• Poder para Weber : “A probabilidade de um ator situado
  dentro de uma relação social estar numa posição que lhe
  permita realizar sua própria vontade apesar de encontrar
  resistência”.
• Guerra para Clausewitz: “Ato de violência ou força física
  que tenciona obrigar o oponente a realizar o desejo de
  quem compele”.
14




• Herrshaft – dominação ou institucionalidade e
  instituição do senhor – é um termo alemão de difícil
  interpretação por sua polissemia.
• Herrshaft influencia nas relações
  militares, econômicas, sociais e culturais.
• Para Weber, Herrshaft é a “probabilidade de que um
  comando com um conteúdo específico dado será
  obedecido por um grupo de pessoas”, “um ato, uma
  capacidade, uma vontade – um poder autoritário de
  comando”.
• Toda relação política é uma relação de comando e
  obediência.
• Weber indaga: Quando e porque os homens obedecem?
15




PODER E LEGITIMAÇÃO
 Weber: “sobre que justificativa interna e sobre
  que meios externos descansa essa dominação?”
 Há três tipos “puros”,”ideais” de instrumentos
  que aproximam a legitimação da realidade: o
  tradicional, o carismático e o racional-legal.
 Tais tipos “puros‟‟ se tornam um problema da
  ciência política.
 Para haver organização de um grupo,tem que
  haver autoridade.
 Dominação é impor uma ordem e tal ordem ser
  obedecida.
16




  Poder e Política
  • Dentro desse contexto, com base na questão do
    poder, a política vai ganhar mais um significado.


Esforçar-se, almejar ou
lutar para compartilhar
         poder.


                               Ou seja, se esforçar para
                             influenciar a distribuição de
                             poder entre estados ou entre
                             grupos dentro de um estado.
17



• Relação de poder que visa a manutenção da lei e
  da ordem no país, consistindo nisso o “elemento
  político”.


                 LEI

              DOMINAÇÃO

                    PODER


   Com essa relação de poder = manter a lei e
                ordem no país.
18




• Decisivo para existir direito e a necessidade de
  um “quadro coativo”
                         Obriga, impede.
                         Para weber garante
                         para o estado o
                         monopólio da
                         violência.

• Apesar disso não classifica como direito, uma
  ordem que apenas estará assegurada pela
  expectativa de reprovação e represálias.
19




• Lei e ordem  não é apenas vontade e desígnio
  de dominação




• Vai afirmar que sociedade esta acostumada com
  a segurança  é uma feição política  que faz
  influencia a direção da burocratização.
20




• Pois para ser considerada como direito a ordem
  estabelecida alem de estar assegurada pelos
  interesses requer um quadro especialmente a
  impor o seu cumprimento.

• Ou seja necessita de uma estrutura e
  organização.
21


• Todo o curso das políticas internas do estado –
  justiça e administração- é regulada pelo
  inevitável pragmatismo das razões de estado.




• “deves ajudar o direito a triunfar pelo uso da
  força, pois se assim não for , também serás
  responsável pela injustiça”
22




• Quando esse fator esta ausente  o estado
  também está;

• A força e a ameaça da força, depende das
  relações de poder e não do direito ético.

• Distribuição do poder ocorre quando há
  criação forçada de uma formação inteiramente
  nova de autoridade
23




• França  maquina do poder permaneceu
  essencialmente a mesma .
• Essa maquina faz com que a revolução seja
  tecnicamente impossível, especialmente quando
  o aparelho controla os meios de comunicação e
  também em virtude de sua estrutura interna
  racionalizada.
• França demonstra que esse processo substitui a
  revolução por golpes de estado
24




PODER E SIGILO
• Comando e obediência minoria impõe sobre
  a maioria.
• Esta impõe os seus interesses e não o interesse
  da maioria.
• Na medida que o aparato de dominaçao e bem
  sucedido ao assegurar a sua continuidade 
  tera que ter sigilo.
25



• Tendência de existir segredos em certos campos
  é chamado de natureza material.

• Segredo é encontrado em toda parte onde os
  interesses de poder da estrutura de dominação
  em relação ao exterior. [diplomacia e militar]

• Segredismo para weber é a condição
  indispensável a toda atividade política coerente e
  efetiva.
• não é possível uma dominação que não
  permaneça secreta em alguns pontos essenciais.
26




DOMINAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
• Para Weber a dominação organizada requer
  uma administração contínua, para que a
  conduta humana seja condicionada à obediência
  para com eles senhores que reivindicavam ser os
  portadores de poder legítimo entre os quais:
• Associação Hierocrática
• Articulação associativa ou dominação política
27




 A partir do ponto de vista na Alemanha
  bismarckiana ou na Guilhermina e mesmo antes
  desses períodos, a violência como efeito e como
  instrumento politico é um dado.
 Weber completa com outra reflexão: o uso da
  força física não seria nem o único nem o mais
  usual método de administrar a estrutura de
  dominação, mas pelo contrário de acordo com o
  autor: seus detentores têm empregado todos os
  meios para realizar seus objetivos.
28




• O aparelho de Estado Burocrático e o “homo
  politicus” racional integrado ao Estado cumprem
  suas funções de forma ideal e desejável mas não
  descartam a ameaça ou a violência.
• Instrumental civil ( legal-policial)
• Instrumental militar (exercito e milícia)
• Objetivos da política : de conservação e ou
  mudança de relação de poder ou distribuição do
  mesmo.
29




• Weber termina parte do texto dizendo “Na nossa
  terminologia, é somente esse recurso à violência
  que constitui uma associação política.”
30




DOMINAÇÃO E MONOPOLIO DA FORÇA
 Há uma outra maneira capaz de caracterizar a
  instituição ou associação de dominação, que é
  pelo agrupamento político reivindicando que a
  autoridade da sua estrutura administrativa e
  executiva seja reconhecida dentro do território
  dado e para o conjunto da estrutura societária.
 Contudo, a associação de dominação que possui
  esta designação não admite de forma alguma, a
  concorrência e o antagonismo em um
  determinado território e em uma configuração
  social.
31




DOMINAÇÃO E AÇÃO POLÍTICA
 A política para Weber também significa “o processo que incessantemente
  almeja formar, desenvolver, obstruir, deslocar ou revirar as relações de
  dominação. E, Freund diria: “A dominação é a expressão prática e empírica
  de poder”.
 Sobre o texto weberiano Freund observa uma outra questão: “ A dominação
  é essencial ao fenômeno político e o grupo político é basicamente, um grupo
  exercendo dominação. A ação política pode, consequentemente, ser
  definida como a atividade que pretende o direito de dominação, em nome
  da autoridade estabelecida em um território, com a possibilidade de usar a
  força ou a violência em caso de necessidade, seja para manter a ordem
  interna e as vantagens que dela decorrem, ou para defender a comunidade
  contra a ameaça externa.
 A força e a violência são fundamentais na percepção que Weber tem de
  diversas situações. Embora saliente que o uso de força é oposto, reconhece
  que todo tipo de ação mesmo quando há violência, pode ser orientado
  economicamente.
 Contudo, Weber define a dominação política como “um poder que alcança
  alhures e que é, em princípio, distinto de autoridade doméstica.
32




FORÇA E POLÍTICA
 Weber se refere à política como envolvendo
  eventos que expressam, sustentam ou
  modificam relações de dominação estabelecidas,
  desejadas ou rejeitadas.
 Qualifica-se como político tudo o que tem a ver
  com a preservação, incentivo, alteração e
  subversão das relações de dominação no âmbito
  das organizações, associações e articulados
  políticas diversas.
 Mas Weber abstrai o exercício da dominação de
  qualquer finalidade por ela servida.
33




POLÍTICA, VIOLÊNCIA E ESTADO
 Weber também define a política como “a influente
  liderança de uma associação política, o que seria um
  Estado.
 Uma associação política compulsória ou instituição
  política de atividade ou organização contínua será
  chamada de “Estado”.
 Tanto a territorialidade quanto a organização continua
  da capacidade de exercer força física ou coerção são
  elementos constitutivos da dominação.
 Se não existissem instituições sociais que conhecessem o
  uso da violência então o conceito de „Estado‟ seria
  eliminado.
 A força certamente não é o único nem é o meio normal
  do Estado mas é um meio especifico do Estado.
34




CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO
• “A característica do EM é a de ser um sistema de
  administração e de lei modificável por
  legislação”(Gesetz)
• Natureza monopolística da dominação do
  Estado através da força.
• Instituição que requer e dispõe de uma base
  territorial.
• Weber não considera possível definir uma
  associação ou instituição política em termos do
  objetivo a que sua ação de dominação esteja
  destinada.
35




• “O moderno Estado é uma associação
  compulsória, que organiza a dominação” p.88
• É de natureza do Estado salvaguardar ou
  modificar a distribuição interna e externa de
  poder.
• Uso essencial da violência
• É somente este apelo à violência, e não pode ser
  definido de outra maneira
36




• Weber considera que, em ultima instância pode-
  se definir sociologicamente o Estado moderno
  somente em termos de seus meios específicos e
  peculiares, característicos das associações
  políticas, isto é, o uso da força física.
37




• Caracterização do Estado pela sua aplicação, a
  qual é assegurada pela ameaça ou emprego da
  força.
• Empreendimento institucional de caráter
  político , quando for capaz de ter o monopólio
  legitimo do uso da força para se impor.
• Estado como organizador , quanto a própria
  organização de dominação
38




• O Estado é uma relação de homens dominando
  homens, sustenta pela violencia legitima.
• Territorialidade como caracteristica essencial do
  Estado
• Estado como organização continua que por um
  processo histórico especifico de cada cultura
  passa a centralizar os meios de domoniação.
39




• Em resumo o Estado para Weber é uma
  Organização continua da dominação através de
  diversos meios, com base historica na força e uso
  legitimo e exclusivo da força em um
  determinado territorio.

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Poder, Dominação e Legitimação no Pensamento de Weber

  • 1. 1 PODER ESTADO E FORÇA René Dreifuss
  • 2. 2 IV REALIDADE DE ESTADOE PRÁTICA DE PODER Política e delimitação territorial Política e delimitação social Poder e dominação Poder e legitimação Poder e política Poder e sigilo
  • 3. 3 Dominação e organização Dominação e monopólio da força Dominação e ação política Força e política Política, violência e estado Caracterização do estado
  • 4. 4 INTRODUÇÃO • Entre os temas centrais da pesquisa acadêmica de Max Weber estiveram a economia e a política dos Estados nacionais da Europa Ocidental e Central e, em especial, da Alemanha. • Em manuscritos inacabados, Weber deixou subentendida a intenção de tratar da formação do Estado e do seu desenvolvimento através da história. Entretanto, em seu trabalho como um todo, ele não abordou o Estado nas dimensões teórico-conceitual, analítico-histórica e política. • No pensamento weberiano, os termos “Estado” e “força” são noções que não podem ser separadas de outros termos, como: “dominação”, “poder” e “ação política”. • René Dreifuss, autor do livro, afirma que para entender o pensamento de Weber é preciso decodificar o sentido de sua produção intelectual por meio de textos escritos em épocas diferentes, com preocupações distintas e sentindo amplo. Além disso, Weber usa muitos termos carregados de duplo sentido, o que exige ainda mais esforço daqueles que tentam traduzi-lo. Ou seja, não é fácil estudar Max Weber.
  • 5. 5 • Weber entende o Estado como um veículo de poder e o examina através de três tipificações: tradicional, carismática e legal-racional. Nesse sentindo, o Estado concentra a dominação, independente de quem está no poder: príncipe, sultão, monarca, chefe militar, por exemplo. • Assim como Maquiavel, Weber exclui a moralidade enquanto efeito limitador da compreensão, concentrando-se na reflexão e análise do que “realmente é”. • Dreifuss apresenta o pensamento de Weber de acordo com a interpretação de vários estudiosos do sociólogo alemão. Outra característica observada durante o texto é sua tentativa do autor de dar significação a termos em alemão.
  • 6. 6 POLÍTICA E DELIMITAÇÃO TERRITORIAL  Segundo Weber, quando qualquer associação (sejam comunidades de vilarejos, grupos corporativos, uniões profissionais, sindicatos e até familiares, por exemplo) passam a reivindicar território, elas se tornam agrupamentos políticos. “Um dos mais importantes campos de associação compulsória é o controle de áreas territoriais”. p. 67  Outros estudiosos de Weber reforçam a relação “grupos – território – agrupamentos políticos”:
  • 7. 7  Julien Freund – “a atividade política é caracterizada, em primeiro lugar, pelo fato de que acontece dentro de um território delimitado. Suas fronteiras não precisam estar estritamente demarcadas; podem ser variáreis; mas sem a existência de um território individualizando o grupo não pode haver política”.  Ainda segundo Freund, o grupo adota uma conduta orientada em relação ao território, no sentido de que a atividade de todos fica condicionada à autoridade responsável pela manutenção da ordem, envolvendo o possível uso da coerção e a obrigação de defender a sua integridade como comunidade. Ao mesmo tempo, os membros do grupo político são beneficiados pela vida em conjunto.
  • 8. 8  A delimitação territorial tem, para Weber, relação com o conceito de nação. De acordo com o sociólogo alemão, nação trata-se de um “sentimento nacional” expressado de formas diferentes por povos diferentes. Segundo Weber, nação não é a mesma coisa que povo de um Estado, ou seja, não é um conjunto de membros vivendo em um território. O termo nação é problemático, pois nem política, nem conceitualmente trata-se de um termo com significado único. Está ligado à realidade emocional das pessoas.
  • 9. 9 AÇÃO SOCIAL • Para Weber a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações dos indivíduos. As normas e as regras sociais são o resultado do conjunto de ações individuais. • Ação social é uma ação que é orientada pelas ações de outras pessoas. Isto é, todo comportamento cuja origem depende da reação ou da expectativa de reação de outras partes envolvidas. Essas “outras partes” podem ser indivíduos ou grupos, próximos ou distantes, conhecidos ou desconhecidos por quem realiza a ação. A ideia central da ação social é a existência de um sentido na ação, ou seja, algo realizado de alguém para outro alguém. É uma atitude sobre a qual recai o desejo de relacionamento. • É impossível diferenciar claramente o que pode ser ou não considerada ação social.
  • 10. 10 • - Ações Tradicionais: são ações realizadas devido a um costume ou a um hábito enraizado. Podem se tornar parte da cultura de um povo. Como: tirar o chapéu na hora das refeições, fazer o sinal da cruz ao passar por uma igreja, etc. • - Ações Afetivas: podem ser chamadas de ações emocionais. São ações tomadas devido às emoções do indivíduo, para expressar sentimentos pessoais. Por exemplo, comemorar uma vitória, chorar em um funeral, etc. • - Ações Instrumentais: também conhecida com ação por fins. São atitudes cujo planejamento é orientado pelos resultados que serão alcançados com sua realização. A ação é planejada previamente e executada após avaliadas as suas consequências. Um exemplo seriam as transações bancárias. • - Ações Racionais: também pode ser chamada de racionais por valores. São ações realizadas de acordo com os princípios do indivíduo, ou seja, determinadas pela crença consciente num valor considerado importante.
  • 11. 11 • Essa classificação baseia-se em modelos idealizados, cujos exemplos puros raramente podem ser encontrados na sociedade. Muitas vezes são vários os motivos de uma ação, o que cria a possibilidade de ela ser incluída em mais de um tipo. Exemplo: professor em sala de aula.
  • 12. 12 POLÍTICA E DELIMITAÇÃO SOCIAL • “Uma sociedade, para Weber, é uma relação social onde a atitude na ação social se inspira numa compensação de interesses por motivos racionais. As sociedades, no final das contas, são, meros compromissos de interesses em luta”. p. 69 • Sociedade está ligada a Ações Sociais por Fins e Racionais. • Luta e conflito são inerentes à sociedade. • Por outro lado, uma comunidade é uma relação social onde a ação social se inspira na vontade de cada participante de constituir um todo. “A ação comunal se refere àquela ação que é orientada pelo sentimento dos atores, de que eles pertencem a um conjunto”. p. 69 • Comunidade está ligada a Ações Sociais Afetivas e Tradicionais. • Capacidade de poder fazer: possibilidade de impor a própria vontade, numa relação social. • Potencialidade de poder impor: probabilidade de um comando ser obedecido por um dado grupo de pessoas. • Weber, portanto, empresta à política mais dois significados: a política como questão do poder e a política da dominação.
  • 13. 13 PODER E DOMINAÇÃO • A força e mais coercitiva e mais imediata que o poder, o poder é mais genérico e mais vasto. • No Brasil atual, o poder é referido como local • Poder como capacidade determinada, estipulada sócio- politicamente e condicionada culturalmente. • Poder para Weber : “A probabilidade de um ator situado dentro de uma relação social estar numa posição que lhe permita realizar sua própria vontade apesar de encontrar resistência”. • Guerra para Clausewitz: “Ato de violência ou força física que tenciona obrigar o oponente a realizar o desejo de quem compele”.
  • 14. 14 • Herrshaft – dominação ou institucionalidade e instituição do senhor – é um termo alemão de difícil interpretação por sua polissemia. • Herrshaft influencia nas relações militares, econômicas, sociais e culturais. • Para Weber, Herrshaft é a “probabilidade de que um comando com um conteúdo específico dado será obedecido por um grupo de pessoas”, “um ato, uma capacidade, uma vontade – um poder autoritário de comando”. • Toda relação política é uma relação de comando e obediência. • Weber indaga: Quando e porque os homens obedecem?
  • 15. 15 PODER E LEGITIMAÇÃO  Weber: “sobre que justificativa interna e sobre que meios externos descansa essa dominação?”  Há três tipos “puros”,”ideais” de instrumentos que aproximam a legitimação da realidade: o tradicional, o carismático e o racional-legal.  Tais tipos “puros‟‟ se tornam um problema da ciência política.  Para haver organização de um grupo,tem que haver autoridade.  Dominação é impor uma ordem e tal ordem ser obedecida.
  • 16. 16 Poder e Política • Dentro desse contexto, com base na questão do poder, a política vai ganhar mais um significado. Esforçar-se, almejar ou lutar para compartilhar poder. Ou seja, se esforçar para influenciar a distribuição de poder entre estados ou entre grupos dentro de um estado.
  • 17. 17 • Relação de poder que visa a manutenção da lei e da ordem no país, consistindo nisso o “elemento político”. LEI DOMINAÇÃO PODER Com essa relação de poder = manter a lei e ordem no país.
  • 18. 18 • Decisivo para existir direito e a necessidade de um “quadro coativo” Obriga, impede. Para weber garante para o estado o monopólio da violência. • Apesar disso não classifica como direito, uma ordem que apenas estará assegurada pela expectativa de reprovação e represálias.
  • 19. 19 • Lei e ordem  não é apenas vontade e desígnio de dominação • Vai afirmar que sociedade esta acostumada com a segurança  é uma feição política  que faz influencia a direção da burocratização.
  • 20. 20 • Pois para ser considerada como direito a ordem estabelecida alem de estar assegurada pelos interesses requer um quadro especialmente a impor o seu cumprimento. • Ou seja necessita de uma estrutura e organização.
  • 21. 21 • Todo o curso das políticas internas do estado – justiça e administração- é regulada pelo inevitável pragmatismo das razões de estado. • “deves ajudar o direito a triunfar pelo uso da força, pois se assim não for , também serás responsável pela injustiça”
  • 22. 22 • Quando esse fator esta ausente  o estado também está; • A força e a ameaça da força, depende das relações de poder e não do direito ético. • Distribuição do poder ocorre quando há criação forçada de uma formação inteiramente nova de autoridade
  • 23. 23 • França  maquina do poder permaneceu essencialmente a mesma . • Essa maquina faz com que a revolução seja tecnicamente impossível, especialmente quando o aparelho controla os meios de comunicação e também em virtude de sua estrutura interna racionalizada. • França demonstra que esse processo substitui a revolução por golpes de estado
  • 24. 24 PODER E SIGILO • Comando e obediência minoria impõe sobre a maioria. • Esta impõe os seus interesses e não o interesse da maioria. • Na medida que o aparato de dominaçao e bem sucedido ao assegurar a sua continuidade  tera que ter sigilo.
  • 25. 25 • Tendência de existir segredos em certos campos é chamado de natureza material. • Segredo é encontrado em toda parte onde os interesses de poder da estrutura de dominação em relação ao exterior. [diplomacia e militar] • Segredismo para weber é a condição indispensável a toda atividade política coerente e efetiva. • não é possível uma dominação que não permaneça secreta em alguns pontos essenciais.
  • 26. 26 DOMINAÇÃO E ORGANIZAÇÃO • Para Weber a dominação organizada requer uma administração contínua, para que a conduta humana seja condicionada à obediência para com eles senhores que reivindicavam ser os portadores de poder legítimo entre os quais: • Associação Hierocrática • Articulação associativa ou dominação política
  • 27. 27  A partir do ponto de vista na Alemanha bismarckiana ou na Guilhermina e mesmo antes desses períodos, a violência como efeito e como instrumento politico é um dado.  Weber completa com outra reflexão: o uso da força física não seria nem o único nem o mais usual método de administrar a estrutura de dominação, mas pelo contrário de acordo com o autor: seus detentores têm empregado todos os meios para realizar seus objetivos.
  • 28. 28 • O aparelho de Estado Burocrático e o “homo politicus” racional integrado ao Estado cumprem suas funções de forma ideal e desejável mas não descartam a ameaça ou a violência. • Instrumental civil ( legal-policial) • Instrumental militar (exercito e milícia) • Objetivos da política : de conservação e ou mudança de relação de poder ou distribuição do mesmo.
  • 29. 29 • Weber termina parte do texto dizendo “Na nossa terminologia, é somente esse recurso à violência que constitui uma associação política.”
  • 30. 30 DOMINAÇÃO E MONOPOLIO DA FORÇA  Há uma outra maneira capaz de caracterizar a instituição ou associação de dominação, que é pelo agrupamento político reivindicando que a autoridade da sua estrutura administrativa e executiva seja reconhecida dentro do território dado e para o conjunto da estrutura societária.  Contudo, a associação de dominação que possui esta designação não admite de forma alguma, a concorrência e o antagonismo em um determinado território e em uma configuração social.
  • 31. 31 DOMINAÇÃO E AÇÃO POLÍTICA  A política para Weber também significa “o processo que incessantemente almeja formar, desenvolver, obstruir, deslocar ou revirar as relações de dominação. E, Freund diria: “A dominação é a expressão prática e empírica de poder”.  Sobre o texto weberiano Freund observa uma outra questão: “ A dominação é essencial ao fenômeno político e o grupo político é basicamente, um grupo exercendo dominação. A ação política pode, consequentemente, ser definida como a atividade que pretende o direito de dominação, em nome da autoridade estabelecida em um território, com a possibilidade de usar a força ou a violência em caso de necessidade, seja para manter a ordem interna e as vantagens que dela decorrem, ou para defender a comunidade contra a ameaça externa.  A força e a violência são fundamentais na percepção que Weber tem de diversas situações. Embora saliente que o uso de força é oposto, reconhece que todo tipo de ação mesmo quando há violência, pode ser orientado economicamente.  Contudo, Weber define a dominação política como “um poder que alcança alhures e que é, em princípio, distinto de autoridade doméstica.
  • 32. 32 FORÇA E POLÍTICA  Weber se refere à política como envolvendo eventos que expressam, sustentam ou modificam relações de dominação estabelecidas, desejadas ou rejeitadas.  Qualifica-se como político tudo o que tem a ver com a preservação, incentivo, alteração e subversão das relações de dominação no âmbito das organizações, associações e articulados políticas diversas.  Mas Weber abstrai o exercício da dominação de qualquer finalidade por ela servida.
  • 33. 33 POLÍTICA, VIOLÊNCIA E ESTADO  Weber também define a política como “a influente liderança de uma associação política, o que seria um Estado.  Uma associação política compulsória ou instituição política de atividade ou organização contínua será chamada de “Estado”.  Tanto a territorialidade quanto a organização continua da capacidade de exercer força física ou coerção são elementos constitutivos da dominação.  Se não existissem instituições sociais que conhecessem o uso da violência então o conceito de „Estado‟ seria eliminado.  A força certamente não é o único nem é o meio normal do Estado mas é um meio especifico do Estado.
  • 34. 34 CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO • “A característica do EM é a de ser um sistema de administração e de lei modificável por legislação”(Gesetz) • Natureza monopolística da dominação do Estado através da força. • Instituição que requer e dispõe de uma base territorial. • Weber não considera possível definir uma associação ou instituição política em termos do objetivo a que sua ação de dominação esteja destinada.
  • 35. 35 • “O moderno Estado é uma associação compulsória, que organiza a dominação” p.88 • É de natureza do Estado salvaguardar ou modificar a distribuição interna e externa de poder. • Uso essencial da violência • É somente este apelo à violência, e não pode ser definido de outra maneira
  • 36. 36 • Weber considera que, em ultima instância pode- se definir sociologicamente o Estado moderno somente em termos de seus meios específicos e peculiares, característicos das associações políticas, isto é, o uso da força física.
  • 37. 37 • Caracterização do Estado pela sua aplicação, a qual é assegurada pela ameaça ou emprego da força. • Empreendimento institucional de caráter político , quando for capaz de ter o monopólio legitimo do uso da força para se impor. • Estado como organizador , quanto a própria organização de dominação
  • 38. 38 • O Estado é uma relação de homens dominando homens, sustenta pela violencia legitima. • Territorialidade como caracteristica essencial do Estado • Estado como organização continua que por um processo histórico especifico de cada cultura passa a centralizar os meios de domoniação.
  • 39. 39 • Em resumo o Estado para Weber é uma Organização continua da dominação através de diversos meios, com base historica na força e uso legitimo e exclusivo da força em um determinado territorio.