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Grupo: Iara Carolina, Juliana Souza e Fernanda Gabrielle
Professor: Vilmar Villaça
Colégio Espírita Professor Rubens Costa Romanelli
Contexto Histórico
• A obra de Mario de Andrade se desenvolveu em meio à ebulição pela qual passava
a cidade de São Paulo;
• Tudo impressionava os brasileiros daquela época. A velocidade dos meios de
comunicação e transporte. Carros, bondes, trens, telégrafos, rádios, telefones. O
mercado financeiro surgia com empresas, bancos, bolsas de valores,etc;
• O desenvolvimento vinha graças ao mercado consumidor formado pelos
moradores das cidades e pelos colonos de origem estrangeira;
• Foi nesse turbilhão, que surgiu o movimento modernista brasileiro, do qual Mario
de Andrade foi um dos fundadores;
• O movimento modernista da década de 20 ambicionava tornar o Brasil uma nação
com forma própria, conquistando nossa individualidade cultural e um lugar no
“concerto das nações”, como dizia Mário de Andrade. Nessa tarefa, o autor
modernista, baseando-se em certas teorias históricas e filosóficas, empenhou-se
em produzir um trabalho que afirmasse a entidade nacional e assim criou a obra
Macunaíma;
• A principal preocupação de Mário de Andrade foi buscar uma identidade cultural
brasileira. O Brasil na época (e ainda hoje) não tinha “competência” para
desenvolver uma cultura autônoma e toma emprestados modelos europeus, que
não se adaptam ao nosso clima quente;
• A nossa cultura veria provir das raízes que aqui haviam, das culturas populares
existentes nos recantos do país. O Brasil, como entidade cultural, seria construído
pela mistura de todas essas culturas (orais) de cada região brasileira;
• É justamente o que o escritor faz em Macunaíma: compõem a sua rapsódia
reunindo lendas, folclores, crendices, costumes, comidas, falares, bichos e plantas
de todas as regiões, não se referindo a nenhuma delas, misturando inclusive as
diversas manifestações culturais e religiosas, dando assim um aspecto de unidade
nacional, que não condiz com a realidade dividida de nossa cultura;
• Para Mário de Andrade, a modernização brasileira, isto é, a conquista de uma
identidade cultural só seria possível se tomássemos consciência de nossas
tradições;
• Todas essas intenções macunaímicas tomam por base conceitos de raça e cultura
construídos pela filosofia européia, particularmente a alemã. Ele, que tomou
emprestado certo conceito, mas adaptando-os ao nosso clima quente;
• Com relação à política, o país vivia o fim da República Velha. O presidente da
época era Washington Luís, o último presidente antes de Getúlio Vargas, que subiu
ao poder em 1930;
• Macunaíma busca resgatar as tradições folclóricas brasileiras e afirmar um caráter
nacional (que, para Mário, supostamente não existe.);
• O pensamento herdiano enfatiza os conceitos de caráter nacional e de meio
ambiente, em que há uma unidade entre geografia, cultura e raça. Lendo
atentamente Macunaíma, percebemos que Mário de Andrade utiliza todos esses
conceitos em seu livro: nosso herói adquire características adequadas ao meio em
que vive, ao seu espaço geográfico (que depois abandonará como sabemos), ele é
a tentativa de fundar a raça brasileira a partir das “três raças tristes” que dão
origem ao brasileiro e, mais ainda, é a possibilidade da criação de uma cultura
nacional autêntica;
• Mário de Andrade problematiza em Macunaíma as idéias de Herder segundo as
quais o destino de um povo “depende primordialmente do tempo e do lugar em
que nasce das partes que o compõem e das circunstâncias exteriores que o
rodearam”;
• Para a formação da entidade nacional é necessário superar todos esses obstáculos que
se impõem diante do herói: primeiramente ele não tem caráter, não é ligado ao seu
meio geográfico (que, inclusive, renega ao final do livro), as partes (raças) que o
compõem são conflitantes com a opressão do componente europeu, o tempo em que o
Brasil vive passa por um período de transição, início da industrialização nacional;
• Ao refletir sobre máquinas e homens, Macunaíma chega à conclusão de que “os
homens é que eram máquinas e as máquinas é que eram homens”. Nesse momento,
nosso herói começa a maquinar, ele absorve a civilização, pois não tem caráter;
• Na cidade não há povo, mas uma massa. A cidade-máquina devora os homens e
Macunaíma também é devorado por São Paulo. Ele não consegue mais viver e, outro
solo que não esse, petrificado; a mata já lhe é estranha e monótona, ele não
compreende mais o silêncio que o originou;
• Mas a cultura brasileira não morre de todo. Mário, de certa forma, acredita no Brasil e
deixa, no final do livro, a possibilidade de construirmos a nossa cultura: Macunaíma, na
verdade, não morre, sobe para o campo vasto do céu, vira tradição, que poderá ser
resgatada e transmitida;
• De acordo com Oswaldo de Andrade, não haveria cidade melhor para abrigar a semana
da arte moderna no Brasil que São Paulo, consequência da concentração industrial e
econômica do país;
As imagens macunaímicas e o Brasil atual
• Nos dias atuais ainda é possível sentir questões
que preocuparam os modernistas no século XX,
as quais se podem relacionar com a obra de
Mario de Andrade;
• O mundo globalizado contribui para a perda da
identidade nacional, a globalização faz com que
a nação perda suas particularidades. Perda essa
que unifica as nações, o que contraria as idéias
modernistas que afirma que a cultura de um
país é formada por suas particularidades;
• Culturas ricas e pequenas perderia se não se
adaptassem ao mundo mais rápido e intenso, o
que levaria o desaparecimento da mesma;
• ”O Brasil com os Estados
Unidos, por exemplo;
exportamos “futebol” e
importamos “tecnologia”.
Cada vez mais nossa
realidade é afetada pela
bolsa de Nova Iorque, de
Tóquio, de Hong Kong etc.
Cada vez mais a nossa
cultura se rende a enlatados
norte-americanos,
mexicanos, argentinos...
Pois a produção nacional
(quer seja cultural, social,
econômica) não tem valor.”
• Os atuais heróis da sociedade
globalizada se renderam mais
rapidamente, e facilmente que
Macunaíma. O novo herói da
sociedade são os Presidentes da
República, muitos como
Macunaíma, não tem caráter
algum. Muitos são contrários aos
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• Pode se perceber muitos aspectos
entre as “aventuras” dos heróis
atuais com Macunaíma.

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Macunaíma

  • 1. Grupo: Iara Carolina, Juliana Souza e Fernanda Gabrielle Professor: Vilmar Villaça Colégio Espírita Professor Rubens Costa Romanelli
  • 2. Contexto Histórico • A obra de Mario de Andrade se desenvolveu em meio à ebulição pela qual passava a cidade de São Paulo; • Tudo impressionava os brasileiros daquela época. A velocidade dos meios de comunicação e transporte. Carros, bondes, trens, telégrafos, rádios, telefones. O mercado financeiro surgia com empresas, bancos, bolsas de valores,etc; • O desenvolvimento vinha graças ao mercado consumidor formado pelos moradores das cidades e pelos colonos de origem estrangeira; • Foi nesse turbilhão, que surgiu o movimento modernista brasileiro, do qual Mario de Andrade foi um dos fundadores; • O movimento modernista da década de 20 ambicionava tornar o Brasil uma nação com forma própria, conquistando nossa individualidade cultural e um lugar no “concerto das nações”, como dizia Mário de Andrade. Nessa tarefa, o autor modernista, baseando-se em certas teorias históricas e filosóficas, empenhou-se em produzir um trabalho que afirmasse a entidade nacional e assim criou a obra Macunaíma;
  • 3. • A principal preocupação de Mário de Andrade foi buscar uma identidade cultural brasileira. O Brasil na época (e ainda hoje) não tinha “competência” para desenvolver uma cultura autônoma e toma emprestados modelos europeus, que não se adaptam ao nosso clima quente; • A nossa cultura veria provir das raízes que aqui haviam, das culturas populares existentes nos recantos do país. O Brasil, como entidade cultural, seria construído pela mistura de todas essas culturas (orais) de cada região brasileira; • É justamente o que o escritor faz em Macunaíma: compõem a sua rapsódia reunindo lendas, folclores, crendices, costumes, comidas, falares, bichos e plantas de todas as regiões, não se referindo a nenhuma delas, misturando inclusive as diversas manifestações culturais e religiosas, dando assim um aspecto de unidade nacional, que não condiz com a realidade dividida de nossa cultura; • Para Mário de Andrade, a modernização brasileira, isto é, a conquista de uma identidade cultural só seria possível se tomássemos consciência de nossas tradições; • Todas essas intenções macunaímicas tomam por base conceitos de raça e cultura construídos pela filosofia européia, particularmente a alemã. Ele, que tomou emprestado certo conceito, mas adaptando-os ao nosso clima quente;
  • 4. • Com relação à política, o país vivia o fim da República Velha. O presidente da época era Washington Luís, o último presidente antes de Getúlio Vargas, que subiu ao poder em 1930; • Macunaíma busca resgatar as tradições folclóricas brasileiras e afirmar um caráter nacional (que, para Mário, supostamente não existe.); • O pensamento herdiano enfatiza os conceitos de caráter nacional e de meio ambiente, em que há uma unidade entre geografia, cultura e raça. Lendo atentamente Macunaíma, percebemos que Mário de Andrade utiliza todos esses conceitos em seu livro: nosso herói adquire características adequadas ao meio em que vive, ao seu espaço geográfico (que depois abandonará como sabemos), ele é a tentativa de fundar a raça brasileira a partir das “três raças tristes” que dão origem ao brasileiro e, mais ainda, é a possibilidade da criação de uma cultura nacional autêntica; • Mário de Andrade problematiza em Macunaíma as idéias de Herder segundo as quais o destino de um povo “depende primordialmente do tempo e do lugar em que nasce das partes que o compõem e das circunstâncias exteriores que o rodearam”;
  • 5. • Para a formação da entidade nacional é necessário superar todos esses obstáculos que se impõem diante do herói: primeiramente ele não tem caráter, não é ligado ao seu meio geográfico (que, inclusive, renega ao final do livro), as partes (raças) que o compõem são conflitantes com a opressão do componente europeu, o tempo em que o Brasil vive passa por um período de transição, início da industrialização nacional; • Ao refletir sobre máquinas e homens, Macunaíma chega à conclusão de que “os homens é que eram máquinas e as máquinas é que eram homens”. Nesse momento, nosso herói começa a maquinar, ele absorve a civilização, pois não tem caráter; • Na cidade não há povo, mas uma massa. A cidade-máquina devora os homens e Macunaíma também é devorado por São Paulo. Ele não consegue mais viver e, outro solo que não esse, petrificado; a mata já lhe é estranha e monótona, ele não compreende mais o silêncio que o originou; • Mas a cultura brasileira não morre de todo. Mário, de certa forma, acredita no Brasil e deixa, no final do livro, a possibilidade de construirmos a nossa cultura: Macunaíma, na verdade, não morre, sobe para o campo vasto do céu, vira tradição, que poderá ser resgatada e transmitida; • De acordo com Oswaldo de Andrade, não haveria cidade melhor para abrigar a semana da arte moderna no Brasil que São Paulo, consequência da concentração industrial e econômica do país;
  • 6. As imagens macunaímicas e o Brasil atual • Nos dias atuais ainda é possível sentir questões que preocuparam os modernistas no século XX, as quais se podem relacionar com a obra de Mario de Andrade; • O mundo globalizado contribui para a perda da identidade nacional, a globalização faz com que a nação perda suas particularidades. Perda essa que unifica as nações, o que contraria as idéias modernistas que afirma que a cultura de um país é formada por suas particularidades; • Culturas ricas e pequenas perderia se não se adaptassem ao mundo mais rápido e intenso, o que levaria o desaparecimento da mesma;
  • 7. • ”O Brasil com os Estados Unidos, por exemplo; exportamos “futebol” e importamos “tecnologia”. Cada vez mais nossa realidade é afetada pela bolsa de Nova Iorque, de Tóquio, de Hong Kong etc. Cada vez mais a nossa cultura se rende a enlatados norte-americanos, mexicanos, argentinos... Pois a produção nacional (quer seja cultural, social, econômica) não tem valor.”
  • 8. • Os atuais heróis da sociedade globalizada se renderam mais rapidamente, e facilmente que Macunaíma. O novo herói da sociedade são os Presidentes da República, muitos como Macunaíma, não tem caráter algum. Muitos são contrários aos suas próprias ideias. • Pode se perceber muitos aspectos entre as “aventuras” dos heróis atuais com Macunaíma.