O documento discute a moral em três níveis - micro, meso e macro - e como filósofos e artistas podem antecipar mudanças nas fronteiras dos parâmetros morais ao questionarem aspectos morais obsoletos. A teoria da Complexidade Progressiva é citada como forma de entender como novas tecnologias viabilizam mudanças morais propostas anteriormente apenas conceitualmente.
5. Não existe um pensamento moral coletivo
único, mas uma tensão entre diferentes
morais coletivas em um dado momento
histórico e em uma dada sociedade.
6. Esta tensão da moral coletiva cria
barreiras do debate, que criam uma
espécie de fronteiras dos parâmetros
morais.
7. Fronteiras dos parâmetros morais é,
então, o espaço que delimita as tensões
morais em um dado tempo e lugar.
9. Há, entretanto, tensões em diferentes
escalas, que vão do micro, passando pela
meso moral e para a macro moral.
10. Camadas de Tensão do Debate Moral:
História
MICRO MORAL
MESO MORAL
MACRO MORAL
11. As camadas de tensão do debate moral
dependem da capacidade dos
participantes em trabalhar com a micro, a
meso ou a macro história.
12. As camadas de tensão do debate macro
moral geralmente está reservado aos
filósofos de maior envergadura do ponto
de vista do conteúdo.
13. As camadas de tensão do debate macro
moral geralmente está reservado aos
artistas de maior envergadura do ponto
de vista da forma.
14. Filósofos e artistas têm o papel de
antecipadores de crises e novos projetos
morais, devido a sua capacidade de
abstração e, portanto, de desintoxicação
da moral vigente.
16. Os movimentos macro morais ocorrem, a
partir de conjunturas sociais, política e
econômicas.
17. Os filósofos e os artistas percebem de
forma mais conceitual a necessidade de
questionamento de um dado aspecto
moral que se tornou obsoleto.
18. A eficácia das críticas e o possível uso
destas como ferramentas teóricas e
metodológicas permitirão que aquele
novo olhar passe a fazer parte do debate
moral.
19. Há, assim, um alargamento dos
parâmetros dos debates morais em
tensão de uma fronteira “a” para uma
fronteira “b”.
20. Fronteiras dos parâmetros morais:
História
ANTES DAS CRÍTICAS
MACRO MORAIS
DEPOIS DAS CRÍTICAS
MACRO MORAIS
21. Grandes mudanças sociais, políticas e
econômicas são precedidas de
movimentos artísticos e filosóficos, que
dão ferramentas para que teóricos e
metodológicos possam ampliar o debate
moral vigente.
22. Crises sociais, políticas e econômicas são
sintomas de que determinadas morais se
tornaram obsoletas, impedindo que
determinadas mudanças necessárias
ocorram.
23. Mudanças sociais são sempre, assim,
debates morais em diferentes camadas:
micro, meso e macro moral.
24. A teoria da Complexidade Progressiva
colabora para compreendermos melhor
os movimentos macro morais.
(Ver mais sobre o conceito aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=hitK
xMKuIsc )
25. Na visão da Complexidade Progressiva, o
ser humano parte sempre de uma
sociedade menos complexa para outra
mais complexa, em função do aumento
demográfico.
26. Na visão da Complexidade Progressiva, o
ser humano tem uma moral datada na
história dentro de uma dada
complexidade, que atende e resolve as
demandas daquele momento e lugar.
27. Na visão da Complexidade Progressiva, a
história da moral é pautada pelas
sucessivas crises de complexidade entre o
debate moral vigente para uma
determinada quantidade de pessoas e
outro parâmetro que se torna necessário
quando aumentamos a demografia.
28. Na visão da Complexidade Progressiva, a
história da moral é pautada pelos
diferentes tecno-códigos que temos
disponíveis.
29. Na visão da Complexidade Progressiva,
determinadas crises morais coletivas não
tem alternativas metodológicas viáveis
para colocar as críticas morais em prática.
30. Na visão da Complexidade Progressiva,
filósofos e artistas se antecipam e
apontam a latência por novos tecno-
códigos, que viabilizem as macro
mudanças morais.
31. Na visão da Complexidade Progressiva,
novos tecno-códigos permitem que macro
críticas morais passem dos conceitos à
ação prática.
32. Na visão da Complexidade Progressiva,
por exemplos, as críticas de Nietzsche a
moral do bem e do mal, ao conceito de
certo e errado e a construção de uma
nova moral não religiosa do mundo são
antecipatórias ao mundo Digital.
33. Na nova macro moral proposta por
Nietzsche, por exemplo, as teorias de
Ordem Espontânea da Escola Austríaca,
da Inteligência Coletiva da Escola
Canadense de Comunicação ou de Shirky
de Cultura da Participação ganham
argumentos.
36. O livro de Carlos Nepomuceno
propõe interessante análise
para os líderes
contemporâneos. Quem quer
compreender
a internet para reinventar
o processo de tomada de
decisão encontrará aqui as
respostas. Pierre Levy.
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