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Foi poeta – sonhou – e amou na vida.
Álvares de Azevedo
Nascido em São Paulo, Manuel
Antonio Álvares de Azevedo
cresceu no Rio de Janeiro,
cidade de que sentia muitas
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em São Paulo.
Um de seus passatempos era escrever
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Enquantono Rioreluzemessesbailesà mile
umanoites,comtodaa suamagiade fulgências
e luzes,paraaquiarrasta-seo narcóticoe único
baileda “ConcórdiaPaulista”.Nuncavi lugar
tãoinsípido,comohojeestáSãoPaulo.Nuncavi
coisamaistediosae maisinspiradorade spleen.
Se fosseeu só quepensasse,dir-se-iaque seria
moléstia– mastodospensamassim...
A solidão do jovem Azevedo
transbordava nas cartas e nos
versos que enchiam folhas e mais
folhas, entre o estudo de Direito
Natural e o estudo de Direito das
Gentes. A dor da ausência das
queridas mãe e irmã, distantes lá
no Rio de Janeiro, aumentava seu
desprezo pela cidade; mas, isso
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SATÃ:
– É uma propensão singular a do homem
pelas ruínas. Devia ser um frade bem
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MACÁRIO:
– Que ruínas são estas? É uma igreja esquecida?
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horizontal banha o vale, e branqueia os pardieiros
escuros do convento. Não mora ali ninguém? Eu
tinha desejo de correr aquela solidão...
Era o auge do
Ultrarromantismo, um período
altamente produtivo para
nossos poetas. Os grandes
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Lord
Byron
Álvares de Azevedo, nessa
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esporadicamente passar férias
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Paulo, tendo produzido sua obra
na cidade, entre 1848 e 1851.
Quando embarcou para o
Rio de Janeiro no que
seriam as últimas férias
de sua vida, Azevedo
levava na bagagem um
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Tenhovontadede nãovoltareste
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teria deixado escrito
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mortos, na parede de
seu quarto...
1850– FelicianoCoelhoDuarte.
1851– JoãoBaptistada SilvaPereiraJúnior.
1852– .................................................
Cadaano morre umquint’anista.
Ali,depois daqueladata,
há de escrever-seo meu nome...
Teria Álvares de Azevedo
previsto a própria morte?
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que se passava na alma
do jovem poeta...
Para saber mais
sobre o poeta
Álvares de Azevedo,
leia sua biografia
romanceada...
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A vida e obra do poeta Álvares de Azevedo

  • 1. Foi poeta – sonhou – e amou na vida. Álvares de Azevedo
  • 2. Nascido em São Paulo, Manuel Antonio Álvares de Azevedo cresceu no Rio de Janeiro, cidade de que sentia muitas saudades, enquanto estudava na Academia de Ciências Jurídicas, em São Paulo. Um de seus passatempos era escrever cartas para sua mãe e irmã:
  • 3. Enquantono Rioreluzemessesbailesà mile umanoites,comtodaa suamagiade fulgências e luzes,paraaquiarrasta-seo narcóticoe único baileda “ConcórdiaPaulista”.Nuncavi lugar tãoinsípido,comohojeestáSãoPaulo.Nuncavi coisamaistediosae maisinspiradorade spleen. Se fosseeu só quepensasse,dir-se-iaque seria moléstia– mastodospensamassim...
  • 4. A solidão do jovem Azevedo transbordava nas cartas e nos versos que enchiam folhas e mais folhas, entre o estudo de Direito Natural e o estudo de Direito das Gentes. A dor da ausência das queridas mãe e irmã, distantes lá no Rio de Janeiro, aumentava seu desprezo pela cidade; mas, isso acabaria levando-o a escrever o drama Macário...
  • 5. SATÃ: – É uma propensão singular a do homem pelas ruínas. Devia ser um frade bem sombrio, ébrio de sua crença profunda, o Jesuíta que aí lançou nas montanhas a semente dessa cidade. Seria o acaso quem lhe pôs no caminho, à entrada mesmo, um cemitério à esquerda e umas ruínas à direita? MACÁRIO: – Que ruínas são estas? É uma igreja esquecida? A lua se levanta ao longe nas montanhas. Sua luz horizontal banha o vale, e branqueia os pardieiros escuros do convento. Não mora ali ninguém? Eu tinha desejo de correr aquela solidão...
  • 6. Era o auge do Ultrarromantismo, um período altamente produtivo para nossos poetas. Os grandes clássicos da Literatura vinham da Europa, e Álvares lia muito. Seus preferidos eram Byron, Musset, Keats, Shelley, Goethe, Wordsworth, Coleridge, Shakespeare, Victor Hugo, entre outros.
  • 8. Álvares de Azevedo, nessa época, apesar de esporadicamente passar férias com a família no Rio de Janeiro, viveu os quatro anos de sua fase literária em São Paulo, tendo produzido sua obra na cidade, entre 1848 e 1851.
  • 9. Quando embarcou para o Rio de Janeiro no que seriam as últimas férias de sua vida, Azevedo levava na bagagem um pressentimento de morte.
  • 10. Tenhovontadede nãovoltareste anoparaSão Paulo. Tenhoum pressentimentode que morro...
  • 11. Reza a lenda que ele teria deixado escrito os nomes dos amigos mortos, na parede de seu quarto...
  • 12. 1850– FelicianoCoelhoDuarte. 1851– JoãoBaptistada SilvaPereiraJúnior. 1852– ................................................. Cadaano morre umquint’anista. Ali,depois daqueladata, há de escrever-seo meu nome...
  • 13. Teria Álvares de Azevedo previsto a própria morte? Ninguém jamais saberá o que se passava na alma do jovem poeta...
  • 14. Para saber mais sobre o poeta Álvares de Azevedo, leia sua biografia romanceada...
  • 15.
  • 16. Criação e textos: Luciana Fátima Saiba mais em: facebook.com/DelirioPoesiaMorte e facebook.com/NoivodaMorte