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Aula 10
Sistemas de alimentação
- Pressurização
EN 3255 Propulsão Aeroespacial

EN3225 Propulsão Aeroespacial
SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE
COMBUSTIVEIS
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Sistema de alimentação de propelentes
O sistema de alimentação
de propelentes tem duas
funções principais:
1. aumentar a
pressão dos
prolelentes.
2. alimentá-los para
uma ou mais
câmaras de
combustão.

combustível

EN3225 Propulsão Aeroespacial

oxidante
Sistema de alimentação de propelentes
A energia para executar
estas funções vem de
uma fonte de gás a alta
pressão, bombas
centrífugas, ou uma
combinação dos dois.

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Exemplo: sistema pressurizado

oxidante

Gás
pressurizante

combustível

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Sistema com turbo bomba
combustível

oxidante

Turbo bomba

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Projetos de sistema de alimentação

EN3225 Propulsão Aeroespacial
PROJETO DE SISTEMA
PRESSURIZADO
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Objetivos

.

• Escolher o gás pressurizante
• Suas propriedades físicas e
termodinâmicas
• Condições de
armazenamento
• Influências no restante do
projeto
Sistema de alimentação do Ariane V
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Considerações
1. Compatibilidade do gás pressurizante com os
propelentes.
2. Simplicidade do sistema pressurizante.
3. Baixo peso molecular do gás pressurizante.

4. Baixa massa do sistema pressurizante.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Dados básicos
Dados do motor que afetam o projeto do sistema
pressurizante:
1. Faixa de temperatura de operação.
2. Características dos propelentes (volumes e
pesos totais)
3. Volume total dos tanques.
4. Volume dos tanques não preenchido (“ullage”).
5. Volume restante dos propelentes no burnout.
6. Pressões de operação dos tanques.
7. Duração da operação dos motores.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Relações formais
Os vários detalhes do sistema pressurizante são
expressos pelas relações apresentadas a
seguir.
Eventualmente, algumas destas equações são de
natureza empírica ou semi-empírica.
Aconselha-se ao projetista a confirmação dos
parâmetros adotados via simulações e/ou
experimentos.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Quantidade de gás pressurizante
Se a operação de pressurização for de
curta duração ou se a temperatura do
gás pressurizante é próxima do
propelente, podemos usar a equação
dos gases perfeitos:

Wg 

PTVT Mg
RTg

Wg: quantidade de gás no tanque (N)
PT: pressão no tanque (Pa)
VT: volume de gás pressurizante no tanque (m3)
M g: massa molecular do gás pressurizante
Tg: temperatura do gás pressurizante (K)
R : constante dos gases perfeitos

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Nos casos normais...
Se não for possível usar a aproximação
de um gás perfeito, deve-se
considerar o efeito dos seguintes fenômenos:
1.
2.
3.
4.
5.

O pressurizante transfere calor para o propelente.
Uma fração do propelente é vaporizada.
Esta fração ocupa um volume no tanque.
O restante do volume livre é ocupado pelo pressurizante.
Este volume corresponde a uma certa massa de
pressurizante.
6. Pressurizante e vapor de propelente devem satisfazer a
condição de equilíbrio de troca de calor.

EN3225 Propulsão Aeroespacial
1. O calor total transferido
O calor total transferido entre os fluidos vale:

Q  HAt Tu  Te 
Q: calor transferido entre os gases (J)
H: coeficiente de transferência de calor entre o pressurizante e o propelente (W/m2K)
A: área de contato entre o pressurizante e o propelente (m2)
t: tempo da operação (s)
Tu: temperatura do pressurizante no burnout (K)
Te: temperatura do propelente (K)
EN3225 Propulsão Aeroespacial
2. Vaporização do propelente
O calor transferido pelo pressurizante aquece e vaporiza o
propelente:





Q  Wv C pl Tu  Te   hv  C pv Tu  Tv 
Wv : peso do propelente vaporizado (N)
Cpl : calor específico do pressurizante na fase líquida (J/kg K)
Cpv : calor específico do pressurizante na fase gasosa (J/kg K)
hv: calor latente de vaporização do propelente (J/kg)
Tv: temperatura de vaporização do propelente (K)

EN3225 Propulsão Aeroespacial
3. Volume ocupado pelo vapor
A fração de propelente vaporizada ocupa um espaço dentro do
tanque:

Wv ZRTu
Vv 
M p PT
Vv : volume ocupado pelo vapor do propelente (m3)
Z : fator de compressibilidade da mistura gasosa à temperatura Tu e
pressão CPT no burnout.
M p: massa molecular do vapor do propelente

EN3225 Propulsão Aeroespacial
4. Volume ocupado pelo pressurizante
O gás pressurizante ocupa o restante do volume no tanque:

Vg  VT  Vv
Vg : volume ocupado pelo gás pressurizante no burnout (m3)

EN3225 Propulsão Aeroespacial
5. Massa de gás pressurizante
O calor transferido pelo pressurizante aquece e vaporiza o
propelente. Novamente podemos usar a equação dos gases:

Wg 

PTVg Mg
RTu

EN3225 Propulsão Aeroespacial
6. Equilíbrio da troca de calor
O gás pressurizante e vapor do propelente devem satisfazer a
condição de equilíbrio de troca de calor:

Q  Wg C pg Tg  Tu 
A equação de calor fica:





Wg C pg Tg  Tu   Wv C pl Tv  Te   hv  C pv Tu  Tv 
Cpg : calor específico do gás (J/kg K)
EN3225 Propulsão Aeroespacial
O efeito das paredes: gás comprimido
Q
pressurizante

Q

oxidante

Q

combustível

• Ao expandir, o gás
pressurizante esfria:
as paredes do
tanque perdem
calor.
• Este efeito deve ser
considerado para o
cálculo da ação do
gás pressurizante.

EN3225 Propulsão Aeroespacial
O efeito das paredes: gerador de gás
Q
pressurizante

Q

oxidante

Q

combustível

• Ao ser gerado, o
gás pressurizante
esquensta: as
paredes dos
tanques redebem
calor.

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Efeito das paredes
A equação de calor fica:





Q  QW1  Wv C pl Tv  Te   hv  C pv Tu  Tv 
QW1 : calor total transferido entre as paredes dos tanques e os
propelentes durante a missão.

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Efeito das paredes
A condição de equilíbrio de troca de calor
considerando o efeito das paredes fica:

Q  Wg C pg Tg  Tu  QW2
QW2: calor total transferido entre os gases pressurizantes e as
paredes dos tanques durante a missão.

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Considerando tudo...
Q  Wg C pg Tg  Tu  QW2





Q  QW1  Wv C pl Tv  Te   hv  C pv Tu  Tv 

W C T  T  Q 
W C T  T   h  C T  T    Q 
g

pg

v

g

pl

u

v

W2

e

v

pv

EN3225 Propulsão Aeroespacial

u

v

W1
Controle da temperatura do pressurizante
• Em alguns casos, as incertezas do sistema de
pressurização podem ser significativamente
reduzidas através de métodos de controle
automático da temperatura do gás
pressurizante na entrada do tanque de
propelente.

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Controle da temperatura do pressurizante

T

+
Temperatura de referência

desvio

oC?

Controlador

Temperatura
medida

Sinais de
controle

Sensor de
temperatura

EN3225 Propulsão Aeroespacial

Sistema de
aquecimento

Temperatura
do gás
Exemplo 1
Deseja-se utilizar He como pressurizante de um
tanque de N2O4, do qual se conhecem as
seguintes características:
Volume do tanque (desprezando-se o propelente residual) VT = 3,3697 m3
Área transversal média do tanque A = 1,85806 m2
Pressão do tanque PT = 1,13764 MPa
Temperatura do propelente Te = 288,889 K
Coeficiente de transf. de calor entre os dois fluidos H = 3,15444x10-6 W/m2K

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Exemplo 1
Calcular:
a)

A quantidade de gás pressurizante e sua temperatura na saída do
tanque para uma operação única de 500 s. A temperatura de
ullage no burnout é Tu = 388,889 K e as transferências de calor
entre as paredes dos tanques e os fluidos é desprezível.

b)

A quantidade de gás pressurizante e sua temperatura na saída do
tanque para uma missão que consiste de vários períodos de
queima, com um tempo toda de 18000 s. A temperatura média
dos gases durante a missão é Tm = 292,222 K. O calor total
transferido transferido entre as paredes dos tanques e o
propelente é QW1 = -2110000 J. O calor total transferido entre o
gás pressurizante e as paredes dos tanques é QW2 = -633000 J. A
temperatura de ullage no último burnout vale Tu = 366,667 K.

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Exemplo 1
Dados dos fluidos:
N2O4 a 1,13764 MPa :
Temperatura de vaporização: Tv = 3566,67 K
Calor de vaporização: hv = 413999 J/kg
Calor específico no estado líquido: Cpl = 1758,46 J/kg K
Calor específico no estado gasoso: Cpv = 753,624 J/kg K
Fator de compressibilidade: Z = 0,95
Peso molecular: 92
He:
Calor específico: Cpg = 5233,5 J/kg K
Peso molecular: 4
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Resolução (a)
a) Calor total transferido entre o gás pressurizante e o
propelente:

Q  HAt Tu  Te 





Q  3,15444 10 1,85806  500 388,889  288,889
-6

Q  3,798 106 J

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Resolução (a)
Quantidade de propelente vaporizada:





Q  Wv C pl Tu  Te   hv  C pv Tu  Tv 

1758,46 356,667  288,889 

3,798 10 J  Wv 
413999  753,624 388,889  356,667


6

Wv  6,84936 kg

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Resolução (a)
Volume do pressurizante vaporizado:

3

-1

-1

(6,84936 kg )0,95(8,314 m Pa K mol )(388,889 K)
Vv 
92 1,13764 MPa
Vv  0,201899 m3

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Resolução (a)
Volume ocupado pelo gás pressurizante:

Vg  VT  Vv

Vg  3,3697  0,201899
Vg  3,16781

EN3225 Propulsão Aeroespacial

m

3
Resolução (a)
A massa de gás pressurizante:

1,13764 10 3,16781 4

6

Wg

8,314  388,889

Wg  4,44067 kg
EN3225 Propulsão Aeroespacial

Primeira parte
da resposta (a)
Resolução (a)
A partir do calor desta reação:
Q  Wg C pg Tg  Tu 

Q
Tg 
 Tu
Wg C pg

3,798 10 J
Tg 
 (388,889 K)
4,44067 kg 5233,5 J/kg K 
6

Tg  552,778 K
EN3225 Propulsão Aeroespacial

Segunda parte
da resposta (a)
Resolução (b)
b) Calor total transferido entre o gás pressurizante e o
propelente:

Q  HAtm Tm  Te 





Q  3,15444 10 1,85806 18000 292,222  288,889
-6

Q  4,5576 106 J

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Resolução (b)
Quantidade de propelente vaporizada:





Q  QW1  Wv C pl Tv  Te   hv  C pv Tu  Tv 

Wv 

Q  QW1

C pl Tv  Te   hv  C pv Tu  Tv 

4,5576 106  2110000
Wv 
1758,46 3566,67  288,889  413999  753,624 366,667  3566,67 

Wv  4,53592 kg
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Resolução (b)
Volume do pressurizante vaporizado:

(4,53592 kg )0,95(8,314 m3Pa K -1mol -1 )(388,889 K)
Vv 
92 1,13764 MPa
Vv  0,12601 m3

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Resolução (b)
Volume ocupado pelo gás pressurizante:

Vg  VT  Vv

Vg  3,3697  0,12601
Vg  3,24228

EN3225 Propulsão Aeroespacial

m

3
Resolução (b)
A massa de gás pressurizante:

1,13764 10  3,24228  4

6

Wg

8,314  366,667

Wg  4,83076 kg
EN3225 Propulsão Aeroespacial

Primeira parte
da resposta (b)
Resolução (b)
A partir do calor desta reação:
Q  Wg C pg Tg  Tu  QW2

Tg 



Q   QW2
Wg C pg

T

u

4,5576 106  633000
Tg 
 (366,667 K)
4,83076 kg 5233,5 J/kg K 
Tg  572,222 K
EN3225 Propulsão Aeroespacial

Segunda parte
da resposta (b)
SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO
DE GÁS
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Sistemas de gás pressurizado
• Sistemas de pressurização de gás
armazenados são amplamente utilizados em
várias combinações.
• O gás é normalmente armazenado em um
recipiente a pressões que variam de 20 MPa a
35 MPa e é fornecido para o sistema de
alimentação de propelentes através de um
regulador.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Ar / N2
• Nos primeiros sistemas
pressurizados, nitrogênio
comprimido era
frequentemente usado.
• Ar também foi muito utilizado
ou mesmo ar (exemplo: V-2)
• Facilmente obtido,
simplificando a logística e
aprovisionamento.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Hidrogênio

• Usado em motores movidos a H2.
• Baixo peso molecular.
• Propelente – altamente inflamável.

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Hélio

• Muito utilizado em sistemas pressurizados
americanos e russos.
• Baixo peso molecular.
• Agente inerte, com muito baixo ponto de
ebulição.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Requisitos do gás armazenado
• baixo peso molecular
• alta densidade sob condições de
armazenamento
• o peso mínimo do gás residual
• elevada proporção de material de reservatório
de armazenamento de stress a densidade
permissível

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Configurações
1.
2.
3.
4.

Sistema pressurizado sem aquecimento
Aquecimento via câmara de combustão
Sistema em cascata
Aquecimento dentro do tanque

EN3225 Propulsão Aeroespacial
1. Sistema pressurizado sem aquecimento
• Consiste num recipiente de
armazenagem de alta pressão,
uma válvula de corte e de início,
e um regulador de pressão.
• O gás dirigido diretamente para
os tanques principais de
propelente.
Vantagem: grande simplicidade.
Desvantagem: peso do sistema é
relativamente elevado devido à
temperatura mais baixa e, portanto,
o volume específico inferior do gás.

Gás pressurizado

Válvula de controle
Regulador
Tanques de propelente

EN3225 Propulsão Aeroespacial
2. Aquecimento via câmara de combustão
Consiste em um reservatório de armazenamento de
gás a alta pressão, uma válvula de controle, tubos
permutadores de calor na superfície da câmara de
combustão um regulador de pressão.

Gás pressurizado

Os trocadores de calor são montados na seção
divergente do bocal.
Vantagem: o aumento de volume do gás devido ao
aquecimento reduz a massa requerida para a
pressurização do tanque.
Desvantagem: uma quantidade considerável gás
ainda permanece no tanque de armazenamento, ao
final da operação do sistema.

Válvula de controle
Trocadores
de calor na
câmara de
combustão
Regulador
Tanques de propelente

EN3225 Propulsão Aeroespacial
3. Sistema em cascata
Gás pressurizado

Os recipientes de armazenamento de
gás a alta pressão têm tamanhos
diferentes, e são divididos internamente
por um diafragma flexível.
O gás passa por trocadores de calor, uma
válvula e um regulador de pressão.
No final da operação, apenas o primeiro
tanque contém gás, enquanto que os
outros tanques estão quase vazios.

diafragma

Trocadores
de calor na
câmara de
combustão

Gás
pressurizado

Vantagem: diminui as perdas de
aquecimento do gás.
Desvantagem: elevado peso e
complexidade.

diafragma

Gás
pressurizado

Regulador

Válvula de controle

EN3225 Propulsão Aeroespacial

Tanques de
propelente
4. Aquecimento dentro do tanque
• Consiste num recipiente de
armazenagem de alta pressão,
uma válvula de corte e de início,
e um regulador de pressão.
• O trocador de calor é montado
dentro do tanque de gás
pressurizado.
Vantagem: gera gás a alta
temperatura.
Desvantagem: o sistema de
bombeamento e o tanque de gás
pressurizado ficam mais complexos.

Gás pressurizado

Válvula de controle
Regulador
Tanques de propelente

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Etapas de projeto: quantidade de gás
Necessidade
de gás para a
pressurização
(aula 10)

Gás
pressurizante
total

Gás residual
no tanque

Gás residual
na tubulação
e trocadores
de calor

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Etapas de projeto: fator de utilização
Um parâmetro para definir esta soma, é o fator de
utilização do gás pressurizante, definido como a
proporção entre a quantidade de gás necessário
armazenado no tanque e a quantidade líquida de gás
utilizado:

gás necessário
f ut 
gás utilizado

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Etapas de projeto: pressão
MPa
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
Tanque de Entrada do
Saída do
gás
trocador de trocador de
pressurizado
calor
calor

Dutos

EN3225 Propulsão Aeroespacial

Regulador

Tanque de
propelente
Etapas de projeto: temperatura
A temperatura do gás final no recipiente de
armazenagem é calculada através de
T2  P2 
 
T1  P 
 1

n 1
n

T1: temperatura inicial do gás no tanque (K)
T2: temperatura final do gás no tanque (K)
P1: pressão inicial do gás no tanque (Pa)
P2: pressão final do gás no tanque (Pa)
n: índice do processo de expansão politrópica. Para o hélio,
considera-se n = 1,67.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Exemplo 2
Deseja-se projetar um sistema de pressurização
usando hélio para pressurizar um tanque de
oxidante com as seguintes características:
Faixa de temperatura no tanque no início: 278 a 311 K
Pressão de armazenamento no início: 31 MPa
A pressão tanque no burnout: 2,76 MPa.
Volume dos dutos a jusante do regulador: 0,0113267 m3
Volume dos trocadores de calor: 0,0283168 m3
Volume dos dutos entre o armazenamento dos tanques,
trocadores de calor e regulador: insignificante
Reserva de gás pressurizante: 2%
Coeficiente de expansão isentrópica do hélio: n = 1,67
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Exemplo 2
Assumindo um processo de expansão isentrópico,
calcular a quantidade de pressurizante, o volume do
tanque e fator de utilização para o caso (a) do
Exemplo 1:
Massa de pressurizante necessária: Wgpress = 4,44067 kg
Temperatura de ullage no burnout: Tu = 388,9 K
Pressão do tanque: PT = 1,13764 Mpa
Temperatura superior limite no início: Tu = 311,1 K
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Resolução
Assumimos que a temperatura e a pressão do gás pressurizante
residual nas linhas a jusante dos reguladores após
desligamento sejam as mesmas que as dos gases na ullage do
tanque de propelente no burnout.
A massa de gás remanescente nos dutos, válvulas (e etc) vale

PVM
Wgás 
RT

Volume dos dutos
a jusante do
regulador

1,13764 10 0,0113267  4  0,0158757 kg

6

Wg dutos

8,314  388,9

EN3225 Propulsão Aeroespacial
Resolução
Também assumimos que a temperatura do pressurizante
residual nos trocadores de calor tem as mesmas condições da
entrada do tanque de propelente: 552,8 K.
A pressão deve ser a mesma do hélio residual no seu tanque:
2,76 MPa.
Portanto, esta massa pode ser calculada por
Volume dos
trocadores de
calor

2,76 10 0,0283168  4  0,0680389

6

Wgtroc

8,314  552,8

EN3225 Propulsão Aeroespacial

kg
Resolução
Cálculo da temperatura no tanque de pressurizante:

T2  P2 
 
T1  P 
 1

n 1
n

 2,76 106 
T2  277,8
 31,02 106 




 P2 
T2  T1  
P
 1

1, 671
1, 67

EN3225 Propulsão Aeroespacial

n 1
n

T2  106,1 K
Resolução
Necessidade
de gás para a
pressurização

Wgpress = 4,44067 kg

2,76 10 V

4
8,314 106,11
6

Gás residual
no tanque

Gás residual
na tubulação
e trocadores
de calor

L

Wg dutos  0,0158757 kg
Wgtroc  0,0680389 kg

EN3225 Propulsão Aeroespacial

Gás pressurizante
total

31 10 V

4
8,314  277,8
6

L
Resolução

31 10 V





4
2,76 106 VL  4
L
 4,44067 
 0,0158757  0,0680389
8,314  277,8
8,314 106,11
6

Volume total de gás
pressurizante:

VL  0,107038 m3

PVM
Wgás 
RT

Reserva
2%

31 10 0,107038  4 1,02

6

Wg

8,314  277,8

Wg  5,87 kg
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Resolução
Usando o limite superior da temperatura no início, o volume
necessário do reservatório de armazenamento para a
pressurização do oxidante é dado por:

Vu 

WgásR Tu
PM
5,87  8,314  311,1
Vu 
31 106  4





Vu  0,121762 m3
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Resolução
Cálculo do fator de utilização:

gás necessário
f ut 
gás utilizado
5,87
f ut 
4,44

f ut  1,325
EN3225 Propulsão Aeroespacial

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  • 1. Universidade Federal do ABC Aula 10 Sistemas de alimentação - Pressurização EN 3255 Propulsão Aeroespacial EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 2. SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTIVEIS EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 3. Sistema de alimentação de propelentes O sistema de alimentação de propelentes tem duas funções principais: 1. aumentar a pressão dos prolelentes. 2. alimentá-los para uma ou mais câmaras de combustão. combustível EN3225 Propulsão Aeroespacial oxidante
  • 4. Sistema de alimentação de propelentes A energia para executar estas funções vem de uma fonte de gás a alta pressão, bombas centrífugas, ou uma combinação dos dois. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 6. Sistema com turbo bomba combustível oxidante Turbo bomba EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 7. Projetos de sistema de alimentação EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 8. PROJETO DE SISTEMA PRESSURIZADO EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 9. Objetivos . • Escolher o gás pressurizante • Suas propriedades físicas e termodinâmicas • Condições de armazenamento • Influências no restante do projeto Sistema de alimentação do Ariane V EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 10. Considerações 1. Compatibilidade do gás pressurizante com os propelentes. 2. Simplicidade do sistema pressurizante. 3. Baixo peso molecular do gás pressurizante. 4. Baixa massa do sistema pressurizante. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 11. Dados básicos Dados do motor que afetam o projeto do sistema pressurizante: 1. Faixa de temperatura de operação. 2. Características dos propelentes (volumes e pesos totais) 3. Volume total dos tanques. 4. Volume dos tanques não preenchido (“ullage”). 5. Volume restante dos propelentes no burnout. 6. Pressões de operação dos tanques. 7. Duração da operação dos motores. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 12. Relações formais Os vários detalhes do sistema pressurizante são expressos pelas relações apresentadas a seguir. Eventualmente, algumas destas equações são de natureza empírica ou semi-empírica. Aconselha-se ao projetista a confirmação dos parâmetros adotados via simulações e/ou experimentos. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 13. Quantidade de gás pressurizante Se a operação de pressurização for de curta duração ou se a temperatura do gás pressurizante é próxima do propelente, podemos usar a equação dos gases perfeitos: Wg  PTVT Mg RTg Wg: quantidade de gás no tanque (N) PT: pressão no tanque (Pa) VT: volume de gás pressurizante no tanque (m3) M g: massa molecular do gás pressurizante Tg: temperatura do gás pressurizante (K) R : constante dos gases perfeitos EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 14. Nos casos normais... Se não for possível usar a aproximação de um gás perfeito, deve-se considerar o efeito dos seguintes fenômenos: 1. 2. 3. 4. 5. O pressurizante transfere calor para o propelente. Uma fração do propelente é vaporizada. Esta fração ocupa um volume no tanque. O restante do volume livre é ocupado pelo pressurizante. Este volume corresponde a uma certa massa de pressurizante. 6. Pressurizante e vapor de propelente devem satisfazer a condição de equilíbrio de troca de calor. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 15. 1. O calor total transferido O calor total transferido entre os fluidos vale: Q  HAt Tu  Te  Q: calor transferido entre os gases (J) H: coeficiente de transferência de calor entre o pressurizante e o propelente (W/m2K) A: área de contato entre o pressurizante e o propelente (m2) t: tempo da operação (s) Tu: temperatura do pressurizante no burnout (K) Te: temperatura do propelente (K) EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 16. 2. Vaporização do propelente O calor transferido pelo pressurizante aquece e vaporiza o propelente:   Q  Wv C pl Tu  Te   hv  C pv Tu  Tv  Wv : peso do propelente vaporizado (N) Cpl : calor específico do pressurizante na fase líquida (J/kg K) Cpv : calor específico do pressurizante na fase gasosa (J/kg K) hv: calor latente de vaporização do propelente (J/kg) Tv: temperatura de vaporização do propelente (K) EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 17. 3. Volume ocupado pelo vapor A fração de propelente vaporizada ocupa um espaço dentro do tanque: Wv ZRTu Vv  M p PT Vv : volume ocupado pelo vapor do propelente (m3) Z : fator de compressibilidade da mistura gasosa à temperatura Tu e pressão CPT no burnout. M p: massa molecular do vapor do propelente EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 18. 4. Volume ocupado pelo pressurizante O gás pressurizante ocupa o restante do volume no tanque: Vg  VT  Vv Vg : volume ocupado pelo gás pressurizante no burnout (m3) EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 19. 5. Massa de gás pressurizante O calor transferido pelo pressurizante aquece e vaporiza o propelente. Novamente podemos usar a equação dos gases: Wg  PTVg Mg RTu EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 20. 6. Equilíbrio da troca de calor O gás pressurizante e vapor do propelente devem satisfazer a condição de equilíbrio de troca de calor: Q  Wg C pg Tg  Tu  A equação de calor fica:   Wg C pg Tg  Tu   Wv C pl Tv  Te   hv  C pv Tu  Tv  Cpg : calor específico do gás (J/kg K) EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 21. O efeito das paredes: gás comprimido Q pressurizante Q oxidante Q combustível • Ao expandir, o gás pressurizante esfria: as paredes do tanque perdem calor. • Este efeito deve ser considerado para o cálculo da ação do gás pressurizante. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 22. O efeito das paredes: gerador de gás Q pressurizante Q oxidante Q combustível • Ao ser gerado, o gás pressurizante esquensta: as paredes dos tanques redebem calor. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 23. Efeito das paredes A equação de calor fica:   Q  QW1  Wv C pl Tv  Te   hv  C pv Tu  Tv  QW1 : calor total transferido entre as paredes dos tanques e os propelentes durante a missão. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 24. Efeito das paredes A condição de equilíbrio de troca de calor considerando o efeito das paredes fica: Q  Wg C pg Tg  Tu  QW2 QW2: calor total transferido entre os gases pressurizantes e as paredes dos tanques durante a missão. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 25. Considerando tudo... Q  Wg C pg Tg  Tu  QW2   Q  QW1  Wv C pl Tv  Te   hv  C pv Tu  Tv  W C T  T  Q  W C T  T   h  C T  T    Q  g pg v g pl u v W2 e v pv EN3225 Propulsão Aeroespacial u v W1
  • 26. Controle da temperatura do pressurizante • Em alguns casos, as incertezas do sistema de pressurização podem ser significativamente reduzidas através de métodos de controle automático da temperatura do gás pressurizante na entrada do tanque de propelente. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 27. Controle da temperatura do pressurizante T + Temperatura de referência desvio oC? Controlador Temperatura medida Sinais de controle Sensor de temperatura EN3225 Propulsão Aeroespacial Sistema de aquecimento Temperatura do gás
  • 28. Exemplo 1 Deseja-se utilizar He como pressurizante de um tanque de N2O4, do qual se conhecem as seguintes características: Volume do tanque (desprezando-se o propelente residual) VT = 3,3697 m3 Área transversal média do tanque A = 1,85806 m2 Pressão do tanque PT = 1,13764 MPa Temperatura do propelente Te = 288,889 K Coeficiente de transf. de calor entre os dois fluidos H = 3,15444x10-6 W/m2K EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 29. Exemplo 1 Calcular: a) A quantidade de gás pressurizante e sua temperatura na saída do tanque para uma operação única de 500 s. A temperatura de ullage no burnout é Tu = 388,889 K e as transferências de calor entre as paredes dos tanques e os fluidos é desprezível. b) A quantidade de gás pressurizante e sua temperatura na saída do tanque para uma missão que consiste de vários períodos de queima, com um tempo toda de 18000 s. A temperatura média dos gases durante a missão é Tm = 292,222 K. O calor total transferido transferido entre as paredes dos tanques e o propelente é QW1 = -2110000 J. O calor total transferido entre o gás pressurizante e as paredes dos tanques é QW2 = -633000 J. A temperatura de ullage no último burnout vale Tu = 366,667 K. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 30. Exemplo 1 Dados dos fluidos: N2O4 a 1,13764 MPa : Temperatura de vaporização: Tv = 3566,67 K Calor de vaporização: hv = 413999 J/kg Calor específico no estado líquido: Cpl = 1758,46 J/kg K Calor específico no estado gasoso: Cpv = 753,624 J/kg K Fator de compressibilidade: Z = 0,95 Peso molecular: 92 He: Calor específico: Cpg = 5233,5 J/kg K Peso molecular: 4 EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 31. Resolução (a) a) Calor total transferido entre o gás pressurizante e o propelente: Q  HAt Tu  Te    Q  3,15444 10 1,85806  500 388,889  288,889 -6 Q  3,798 106 J EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 32. Resolução (a) Quantidade de propelente vaporizada:   Q  Wv C pl Tu  Te   hv  C pv Tu  Tv  1758,46 356,667  288,889   3,798 10 J  Wv  413999  753,624 388,889  356,667   6 Wv  6,84936 kg EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 33. Resolução (a) Volume do pressurizante vaporizado: 3 -1 -1 (6,84936 kg )0,95(8,314 m Pa K mol )(388,889 K) Vv  92 1,13764 MPa Vv  0,201899 m3 EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 34. Resolução (a) Volume ocupado pelo gás pressurizante: Vg  VT  Vv Vg  3,3697  0,201899 Vg  3,16781 EN3225 Propulsão Aeroespacial m 3
  • 35. Resolução (a) A massa de gás pressurizante: 1,13764 10 3,16781 4  6 Wg 8,314  388,889 Wg  4,44067 kg EN3225 Propulsão Aeroespacial Primeira parte da resposta (a)
  • 36. Resolução (a) A partir do calor desta reação: Q  Wg C pg Tg  Tu  Q Tg   Tu Wg C pg 3,798 10 J Tg   (388,889 K) 4,44067 kg 5233,5 J/kg K  6 Tg  552,778 K EN3225 Propulsão Aeroespacial Segunda parte da resposta (a)
  • 37. Resolução (b) b) Calor total transferido entre o gás pressurizante e o propelente: Q  HAtm Tm  Te    Q  3,15444 10 1,85806 18000 292,222  288,889 -6 Q  4,5576 106 J EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 38. Resolução (b) Quantidade de propelente vaporizada:   Q  QW1  Wv C pl Tv  Te   hv  C pv Tu  Tv  Wv  Q  QW1 C pl Tv  Te   hv  C pv Tu  Tv  4,5576 106  2110000 Wv  1758,46 3566,67  288,889  413999  753,624 366,667  3566,67  Wv  4,53592 kg EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 39. Resolução (b) Volume do pressurizante vaporizado: (4,53592 kg )0,95(8,314 m3Pa K -1mol -1 )(388,889 K) Vv  92 1,13764 MPa Vv  0,12601 m3 EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 40. Resolução (b) Volume ocupado pelo gás pressurizante: Vg  VT  Vv Vg  3,3697  0,12601 Vg  3,24228 EN3225 Propulsão Aeroespacial m 3
  • 41. Resolução (b) A massa de gás pressurizante: 1,13764 10  3,24228  4  6 Wg 8,314  366,667 Wg  4,83076 kg EN3225 Propulsão Aeroespacial Primeira parte da resposta (b)
  • 42. Resolução (b) A partir do calor desta reação: Q  Wg C pg Tg  Tu  QW2 Tg   Q   QW2 Wg C pg T u 4,5576 106  633000 Tg   (366,667 K) 4,83076 kg 5233,5 J/kg K  Tg  572,222 K EN3225 Propulsão Aeroespacial Segunda parte da resposta (b)
  • 43. SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DE GÁS EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 44. Sistemas de gás pressurizado • Sistemas de pressurização de gás armazenados são amplamente utilizados em várias combinações. • O gás é normalmente armazenado em um recipiente a pressões que variam de 20 MPa a 35 MPa e é fornecido para o sistema de alimentação de propelentes através de um regulador. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 45. Ar / N2 • Nos primeiros sistemas pressurizados, nitrogênio comprimido era frequentemente usado. • Ar também foi muito utilizado ou mesmo ar (exemplo: V-2) • Facilmente obtido, simplificando a logística e aprovisionamento. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 46. Hidrogênio • Usado em motores movidos a H2. • Baixo peso molecular. • Propelente – altamente inflamável. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 47. Hélio • Muito utilizado em sistemas pressurizados americanos e russos. • Baixo peso molecular. • Agente inerte, com muito baixo ponto de ebulição. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 48. Requisitos do gás armazenado • baixo peso molecular • alta densidade sob condições de armazenamento • o peso mínimo do gás residual • elevada proporção de material de reservatório de armazenamento de stress a densidade permissível EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 49. Configurações 1. 2. 3. 4. Sistema pressurizado sem aquecimento Aquecimento via câmara de combustão Sistema em cascata Aquecimento dentro do tanque EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 50. 1. Sistema pressurizado sem aquecimento • Consiste num recipiente de armazenagem de alta pressão, uma válvula de corte e de início, e um regulador de pressão. • O gás dirigido diretamente para os tanques principais de propelente. Vantagem: grande simplicidade. Desvantagem: peso do sistema é relativamente elevado devido à temperatura mais baixa e, portanto, o volume específico inferior do gás. Gás pressurizado Válvula de controle Regulador Tanques de propelente EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 51. 2. Aquecimento via câmara de combustão Consiste em um reservatório de armazenamento de gás a alta pressão, uma válvula de controle, tubos permutadores de calor na superfície da câmara de combustão um regulador de pressão. Gás pressurizado Os trocadores de calor são montados na seção divergente do bocal. Vantagem: o aumento de volume do gás devido ao aquecimento reduz a massa requerida para a pressurização do tanque. Desvantagem: uma quantidade considerável gás ainda permanece no tanque de armazenamento, ao final da operação do sistema. Válvula de controle Trocadores de calor na câmara de combustão Regulador Tanques de propelente EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 52. 3. Sistema em cascata Gás pressurizado Os recipientes de armazenamento de gás a alta pressão têm tamanhos diferentes, e são divididos internamente por um diafragma flexível. O gás passa por trocadores de calor, uma válvula e um regulador de pressão. No final da operação, apenas o primeiro tanque contém gás, enquanto que os outros tanques estão quase vazios. diafragma Trocadores de calor na câmara de combustão Gás pressurizado Vantagem: diminui as perdas de aquecimento do gás. Desvantagem: elevado peso e complexidade. diafragma Gás pressurizado Regulador Válvula de controle EN3225 Propulsão Aeroespacial Tanques de propelente
  • 53. 4. Aquecimento dentro do tanque • Consiste num recipiente de armazenagem de alta pressão, uma válvula de corte e de início, e um regulador de pressão. • O trocador de calor é montado dentro do tanque de gás pressurizado. Vantagem: gera gás a alta temperatura. Desvantagem: o sistema de bombeamento e o tanque de gás pressurizado ficam mais complexos. Gás pressurizado Válvula de controle Regulador Tanques de propelente EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 54. Etapas de projeto: quantidade de gás Necessidade de gás para a pressurização (aula 10) Gás pressurizante total Gás residual no tanque Gás residual na tubulação e trocadores de calor EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 55. Etapas de projeto: fator de utilização Um parâmetro para definir esta soma, é o fator de utilização do gás pressurizante, definido como a proporção entre a quantidade de gás necessário armazenado no tanque e a quantidade líquida de gás utilizado: gás necessário f ut  gás utilizado EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 56. Etapas de projeto: pressão MPa 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Tanque de Entrada do Saída do gás trocador de trocador de pressurizado calor calor Dutos EN3225 Propulsão Aeroespacial Regulador Tanque de propelente
  • 57. Etapas de projeto: temperatura A temperatura do gás final no recipiente de armazenagem é calculada através de T2  P2    T1  P   1 n 1 n T1: temperatura inicial do gás no tanque (K) T2: temperatura final do gás no tanque (K) P1: pressão inicial do gás no tanque (Pa) P2: pressão final do gás no tanque (Pa) n: índice do processo de expansão politrópica. Para o hélio, considera-se n = 1,67. EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 58. Exemplo 2 Deseja-se projetar um sistema de pressurização usando hélio para pressurizar um tanque de oxidante com as seguintes características: Faixa de temperatura no tanque no início: 278 a 311 K Pressão de armazenamento no início: 31 MPa A pressão tanque no burnout: 2,76 MPa. Volume dos dutos a jusante do regulador: 0,0113267 m3 Volume dos trocadores de calor: 0,0283168 m3 Volume dos dutos entre o armazenamento dos tanques, trocadores de calor e regulador: insignificante Reserva de gás pressurizante: 2% Coeficiente de expansão isentrópica do hélio: n = 1,67 EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 59. Exemplo 2 Assumindo um processo de expansão isentrópico, calcular a quantidade de pressurizante, o volume do tanque e fator de utilização para o caso (a) do Exemplo 1: Massa de pressurizante necessária: Wgpress = 4,44067 kg Temperatura de ullage no burnout: Tu = 388,9 K Pressão do tanque: PT = 1,13764 Mpa Temperatura superior limite no início: Tu = 311,1 K EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 60. Resolução Assumimos que a temperatura e a pressão do gás pressurizante residual nas linhas a jusante dos reguladores após desligamento sejam as mesmas que as dos gases na ullage do tanque de propelente no burnout. A massa de gás remanescente nos dutos, válvulas (e etc) vale PVM Wgás  RT Volume dos dutos a jusante do regulador 1,13764 10 0,0113267  4  0,0158757 kg  6 Wg dutos 8,314  388,9 EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 61. Resolução Também assumimos que a temperatura do pressurizante residual nos trocadores de calor tem as mesmas condições da entrada do tanque de propelente: 552,8 K. A pressão deve ser a mesma do hélio residual no seu tanque: 2,76 MPa. Portanto, esta massa pode ser calculada por Volume dos trocadores de calor 2,76 10 0,0283168  4  0,0680389  6 Wgtroc 8,314  552,8 EN3225 Propulsão Aeroespacial kg
  • 62. Resolução Cálculo da temperatura no tanque de pressurizante: T2  P2    T1  P   1 n 1 n  2,76 106  T2  277,8  31,02 106      P2  T2  T1   P  1 1, 671 1, 67 EN3225 Propulsão Aeroespacial n 1 n T2  106,1 K
  • 63. Resolução Necessidade de gás para a pressurização Wgpress = 4,44067 kg 2,76 10 V 4 8,314 106,11 6 Gás residual no tanque Gás residual na tubulação e trocadores de calor L Wg dutos  0,0158757 kg Wgtroc  0,0680389 kg EN3225 Propulsão Aeroespacial Gás pressurizante total 31 10 V 4 8,314  277,8 6 L
  • 64. Resolução 31 10 V   4 2,76 106 VL  4 L  4,44067   0,0158757  0,0680389 8,314  277,8 8,314 106,11 6 Volume total de gás pressurizante: VL  0,107038 m3 PVM Wgás  RT Reserva 2% 31 10 0,107038  4 1,02  6 Wg 8,314  277,8 Wg  5,87 kg EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 65. Resolução Usando o limite superior da temperatura no início, o volume necessário do reservatório de armazenamento para a pressurização do oxidante é dado por: Vu  WgásR Tu PM 5,87  8,314  311,1 Vu  31 106  4   Vu  0,121762 m3 EN3225 Propulsão Aeroespacial
  • 66. Resolução Cálculo do fator de utilização: gás necessário f ut  gás utilizado 5,87 f ut  4,44 f ut  1,325 EN3225 Propulsão Aeroespacial