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Ana Paula Pereira
Lidiane Nogueira de Oliveira
Olívia Ruthyelly Vitória Soares de Sena
1. A CULTURA CONDICIONAA
VISÃO DE MUNDO DO HOMEM
De acordo com Ruth Benedcti, em seu
livro O crisântemo e a espada, a cultura é
uma lente através da qual o homem vê o
mundo.
Ex.: Para um antropólogo a floresta amazônica não
passa de um amontoado confuso de árvores e
arbustos, com cores e tamanhos dos mais variados,
pois para ele faltam conhecimentos de botânica. Já
para um índio Tupi os vegetais da floresta tem
significado e utilizam até mesmo árvores como ponto
de referência da mesma forma que alguém que mora
em um centro urbano usaria um determinado edifício
como localização.
Culturalmente fomos condicionados a ter
reações depreciativas em relação ao
comportamento daqueles que agem fora de
padrões pré-estabelecidos socialmente.
• Consequentemente há alguns produtos/ resultados
de uma herança cultural, como:
- o modo de ver o mundo;
- as apreciações de ordem moral e valorativa;
- os diferentes comportamentos sociais
- as posturas corporais.
• Assim, indivíduos de culturas distintas podem ser
identificados por uma série de características
diferentes, tais como: o modo de agir, vestir,
caminhar, comer (garfos, palitos, mãos), diferenças
linguísticas [...], o riso.
Segundo Laraia, até mesmo o riso pode refletir
diferenças culturais: “Todos os homens riem mas o
fazem diferentemente e por motivos diversos”.
• Um índio Kaapor emite sons semelhante a
imaginários gritos de guerra e sua expressão facial
em nada se assemelha com o que estamos
acostumados a ver;
• Os japoneses riem muitas vezes por questão de
etiqueta, mesmo que seja em momentos
evidentemente desagradáveis;
Marcel Mauss (1872-1950) em seu clássico artigo “Noção
de técnica corporal” em que cita técnicas de nascimento e
obstetrícia diz que Buda nasceu quando sua mãe Mãya estava
agarrada, reta, a um ramo de árvore. Boa parte das mulheres na
Índia ainda dão à luz em pé. Mas vejamos outros exemplos:
• Entre os índios Tupis e outros índios
brasileiros a posição para o parto é de
cócoras;
• Em algumas regiões do meio rural
existiam cadeiras especiais para parto
sentado;
• Existem também técnicas como o
chamado parto sem dor, bem como
inúmeras outras modalidades ainda
sem cadastramento etnográfico.
Ter como ponto
fundamental não a
humanidade, mas o
grupo ao qual
pertence
Conflitos sociais Xenofobia Discriminação
Etnocentrismo
VER O MUNDO ATRAVÉS DE UMA SÓ
CULTURA:
Numa dada situação de crise os
membros de uma cultura abandonam a
crença em seus valores e,
consequentemente, perdem a motivação que
os mantém unidos e vivos.
APATIA
A cultura também pode condicionar aspectos
biológicos e até mesmo decidir sobre a vida e a
morte dos membros do sistema.
* Opondo-se ao etnocentrismo, a reação de apatia¹ de
uma determinada sociedade em uma situação de crise pode
levá-los não apenas a desacreditar da sua cultura, perder a
motivação e abandoná-la, como também, deixar-se morrer
(atuação da cultura sobre o biológico).
Foi o que aconteceu com os africanos escravizados que
morreram de banzo (apatia profunda), e de forma similar dar-
se com os índios, como na tribo Kaingang de São Paulo
quando teve seu território invadido por construtores da
Estrada de Ferro Noroeste, que se viram não apenas
dominados, mas – principalmente – tolhidos dos seus direitos
e sem amparo legal que os proteja das invasões pelo homem
branco.
¹A apatia que provoca o desejo da morte
trás consigo a falta de apetite, a sede, a
queda na pressão sanguínea – onde
plasma sanguíneo escapa para os tecidos
e o coração deteriora.
Segundo o Mini Aurélio (2001):
“a-pa-ti-a:sf.Med.
1.Insensibilidade; indiferença.
2.Falta de energia; indolência.”
Em relação às crenças como fatores
etnográficos, estas, são inúmeras. Citaremos
alguns exemplos:
• Entre os índios Kaapor acredita-se que se
uma pessoa vê um fantasma ela logo
morrerá;
• Na etnografia africana acredita-se na morte
causada por feitiçaria. A vítima realmente
acredita no poder do mágico e de sua magia
e acaba morrendo.
Essas doenças são fortemente
influenciadas pelos padrões culturais. Muitos
brasileiros dizem padecer de doenças do
fígado, embora grande parte deles nem sabem
a localização do órgão.
Outro caso interessante são os sintomas de
mal estar provocados pela ingestão combinada
de alimentos: Quem acredita que o leite e a
manga constituem uma combinação perigosa,
certamente sentirá incômodos ao ingerir tais
alimentos simultaneamente.
A sensação de fome depende dos horários de
alimentação estabelecidos culturalmente.
“Meio-dia, quem não almoçou assobia” diz um
ditado popular. Outros indivíduos podem passar
horas sem se alimentar nem sentir sensação de
fome.
A Cultura também é capaz de provocar curas de
doenças, reais ou imaginárias. Estas curas
ocorrem quando existe FÉ na eficácia do remédio
ou de um poder maior de determinado agente
cultural (seja Deus, outro “deus” ou o pajé de uma
tribo indígena); o doente é tomado de uma
sensação de alívio, e em muitos casos a cura se
efetiva.
POR OUTRO LADO...
Em suma, a cultura determina o estilo
de vida, as crenças e chega até mesmo a
“decidir” sobre a vida ou morte de um
indivíduo. Os ensinamentos aprendidos em
uma comunidade fazem com que seus
membros formem sua identidade,
revelando suas características peculiares,
inerentes a qualquer ser humano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um
conceito antropológico. - 14 ed. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor,2001.

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A cultura condiciona a visão de mundo

  • 1. Ana Paula Pereira Lidiane Nogueira de Oliveira Olívia Ruthyelly Vitória Soares de Sena
  • 2. 1. A CULTURA CONDICIONAA VISÃO DE MUNDO DO HOMEM De acordo com Ruth Benedcti, em seu livro O crisântemo e a espada, a cultura é uma lente através da qual o homem vê o mundo.
  • 3. Ex.: Para um antropólogo a floresta amazônica não passa de um amontoado confuso de árvores e arbustos, com cores e tamanhos dos mais variados, pois para ele faltam conhecimentos de botânica. Já para um índio Tupi os vegetais da floresta tem significado e utilizam até mesmo árvores como ponto de referência da mesma forma que alguém que mora em um centro urbano usaria um determinado edifício como localização.
  • 4. Culturalmente fomos condicionados a ter reações depreciativas em relação ao comportamento daqueles que agem fora de padrões pré-estabelecidos socialmente.
  • 5. • Consequentemente há alguns produtos/ resultados de uma herança cultural, como: - o modo de ver o mundo; - as apreciações de ordem moral e valorativa; - os diferentes comportamentos sociais - as posturas corporais. • Assim, indivíduos de culturas distintas podem ser identificados por uma série de características diferentes, tais como: o modo de agir, vestir, caminhar, comer (garfos, palitos, mãos), diferenças linguísticas [...], o riso.
  • 6. Segundo Laraia, até mesmo o riso pode refletir diferenças culturais: “Todos os homens riem mas o fazem diferentemente e por motivos diversos”. • Um índio Kaapor emite sons semelhante a imaginários gritos de guerra e sua expressão facial em nada se assemelha com o que estamos acostumados a ver; • Os japoneses riem muitas vezes por questão de etiqueta, mesmo que seja em momentos evidentemente desagradáveis;
  • 7. Marcel Mauss (1872-1950) em seu clássico artigo “Noção de técnica corporal” em que cita técnicas de nascimento e obstetrícia diz que Buda nasceu quando sua mãe Mãya estava agarrada, reta, a um ramo de árvore. Boa parte das mulheres na Índia ainda dão à luz em pé. Mas vejamos outros exemplos: • Entre os índios Tupis e outros índios brasileiros a posição para o parto é de cócoras; • Em algumas regiões do meio rural existiam cadeiras especiais para parto sentado; • Existem também técnicas como o chamado parto sem dor, bem como inúmeras outras modalidades ainda sem cadastramento etnográfico.
  • 8. Ter como ponto fundamental não a humanidade, mas o grupo ao qual pertence Conflitos sociais Xenofobia Discriminação Etnocentrismo VER O MUNDO ATRAVÉS DE UMA SÓ CULTURA:
  • 9.
  • 10. Numa dada situação de crise os membros de uma cultura abandonam a crença em seus valores e, consequentemente, perdem a motivação que os mantém unidos e vivos. APATIA A cultura também pode condicionar aspectos biológicos e até mesmo decidir sobre a vida e a morte dos membros do sistema.
  • 11. * Opondo-se ao etnocentrismo, a reação de apatia¹ de uma determinada sociedade em uma situação de crise pode levá-los não apenas a desacreditar da sua cultura, perder a motivação e abandoná-la, como também, deixar-se morrer (atuação da cultura sobre o biológico). Foi o que aconteceu com os africanos escravizados que morreram de banzo (apatia profunda), e de forma similar dar- se com os índios, como na tribo Kaingang de São Paulo quando teve seu território invadido por construtores da Estrada de Ferro Noroeste, que se viram não apenas dominados, mas – principalmente – tolhidos dos seus direitos e sem amparo legal que os proteja das invasões pelo homem branco. ¹A apatia que provoca o desejo da morte trás consigo a falta de apetite, a sede, a queda na pressão sanguínea – onde plasma sanguíneo escapa para os tecidos e o coração deteriora. Segundo o Mini Aurélio (2001): “a-pa-ti-a:sf.Med. 1.Insensibilidade; indiferença. 2.Falta de energia; indolência.”
  • 12. Em relação às crenças como fatores etnográficos, estas, são inúmeras. Citaremos alguns exemplos: • Entre os índios Kaapor acredita-se que se uma pessoa vê um fantasma ela logo morrerá; • Na etnografia africana acredita-se na morte causada por feitiçaria. A vítima realmente acredita no poder do mágico e de sua magia e acaba morrendo.
  • 13. Essas doenças são fortemente influenciadas pelos padrões culturais. Muitos brasileiros dizem padecer de doenças do fígado, embora grande parte deles nem sabem a localização do órgão.
  • 14. Outro caso interessante são os sintomas de mal estar provocados pela ingestão combinada de alimentos: Quem acredita que o leite e a manga constituem uma combinação perigosa, certamente sentirá incômodos ao ingerir tais alimentos simultaneamente.
  • 15.
  • 16. A sensação de fome depende dos horários de alimentação estabelecidos culturalmente. “Meio-dia, quem não almoçou assobia” diz um ditado popular. Outros indivíduos podem passar horas sem se alimentar nem sentir sensação de fome.
  • 17. A Cultura também é capaz de provocar curas de doenças, reais ou imaginárias. Estas curas ocorrem quando existe FÉ na eficácia do remédio ou de um poder maior de determinado agente cultural (seja Deus, outro “deus” ou o pajé de uma tribo indígena); o doente é tomado de uma sensação de alívio, e em muitos casos a cura se efetiva. POR OUTRO LADO...
  • 18. Em suma, a cultura determina o estilo de vida, as crenças e chega até mesmo a “decidir” sobre a vida ou morte de um indivíduo. Os ensinamentos aprendidos em uma comunidade fazem com que seus membros formem sua identidade, revelando suas características peculiares, inerentes a qualquer ser humano.
  • 19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. - 14 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,2001.