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Capítulo 2 – Natureza e cultura
FILOSOFAR COM TEXTOS:
TEMAS E HISTÓRIA DA
FILOSOFIA
Cultura e Sociedade
Capítulo 2 – Natureza e cultura
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FILOSOFIA
Capítulo 2 – Natureza e cultura
FILOSOFAR COM TEXTOS:
TEMAS E HISTÓRIA DA
FILOSOFIA
O conceito de cultura
 Em seu sentido amplo a cultura pode ser entendida como
a produção de obras materiais e de pensamento.
 Seu sentido restrito diz respeito à produção intelectual
das artes, das letras e de outras manifestações intelectuais.
 O ser humano produz cultura
em suas relações entre
indivíduos e grupos, e destes
com a natureza.
 Já o comportamento animal
está preso a suas condições
biológicas.
A capoeira foi reconhecida como patrimônio
cultural brasileiro em 2008. Aspectos imateriais
da cultura são transmitidos (e recriados) de
geração para geração no decorrer do tempo.
MARGARIDA
NEIDE/AGÊNCIA
A
TARDE/AGÊNCIA
ESTADO
 Culturaé uma característicaexclusivadas
sociedadeshumanas:os animais não sãocapazes
de criar cultura.
Elase concretizaportudoaquiloque o ser
humanoproduzparasatisfazersuas necessidades
e viver em sociedade:parase protegerdofrio, ele
cria moradias;parasaciara fome,ele plantae cria
animais etc.
A cultura é transmitida pela herança social: o
indivíduo aprende cultura no grupo social e
não por herança genética.
Uma geração transmite cultura para outra
por meio do processo
de socialização.
Culturacompreendea totalidadedascriações
humanas:abrangetudoo que foi criadopela
humanidade,comoideias,valores,manifestações
artísticasdetodotipo,crenças, instituições
sociais, conhecimentoscientíficos,instrumentosde
trabalho,tiposde vestuário,
construçõesetc.
Capítulo 2 – Natureza e cultura
FILOSOFAR COM TEXTOS:
TEMAS E HISTÓRIA DA
FILOSOFIA
 O ser humano se confronta constantemente com a oposição
entre tradição e ruptura.
 Pode-se dizer que ele é moldado pela sociedade, isto é, por
toda a tradição recebida socialmente.
 Por outro lado, a cultura supõe
ruptura, transgressão, pois a
tradição é sempre reelaborada.
 Nesse sentido, o ser humano
instaura outros modos de viver
mais adequados para resolver
seus problemas.
 O desafio humano é saber aliar
continuidade e ruptura.
Tradição e ruptura
Templo religioso entre arranha-céus, em
Tóquio, Japão: ruptura e tradição lado a
lado num cenário cada vez mais comum.
CHRISTIAN
KOBER/AWL
IMAGES/GETTY
IMAGES
Diversidade Cultural no Mundo
A tribo da Satere-Mawe
Esta tribo amazonense realiza um ritual de iniciação com
garotos. Os jovens da tribo têm que colocar as mãos dentro de
uma espécie de luva cheia de formigas-bala, cuja mordida é
quase 20 vezes mais dolorida que a de uma vespa. Os garotos
têm que dançar com as mãos dentro da luva durante dez
minutos, e a dor é tão intensa que o corpo sofre com
convulsões, e a dor pode durar até 24 horas. O mais
inacreditável é que os homens da tribo repetem este ritual
várias vezes durante a vida, para provar a sua masculinidade.
A tribo Sambia
A iniciação dos garotos desta tribo de Papua Nova Guiné começa
aos sete anos, quando eles são levados para longe de todas as
mulheres, e passam a viver somente com homens pelos
próximos dez anos. Durante o início do ritual, a pele dos garotos
é furada, para que as contaminações das mulheres sejam
retiradas, e eles têm que sangrar pelo nariz (foto anterior) para
se limparem.
Os garotos também têm que consumir cana de açúcar para
estimular o vômito e a defecação, com o mesmo propósito. Após
a “limpeza” do corpo, eles consomem sêmen, considerado vital
para que eles cresçam e fiquem fortes.
Durante o processo, os garotos são informados sobre as
impurezas femininas e seus perigos, e aprendem técnicas de
purificação. Quando se casam eles se purificam frequentemente
contra as impurezas da esposa.
Eles realizam sangramentos intensos pelo nariz toda vez que a
mulher menstrua. No último passo do ritual de iniciação, os
jovens têm que remover um pêlo pubiano e entregá-lo para um
homem mais velho, que irá colocá-lo no lugar apropriado.
Durante este estágio, o homem explica ao garoto que ele não
deve ser promíscuo na sua relação heterossexual, senão será
executado
• Os aborígines Mardudjara
• Estes aborígenes australianos levam os garotos de uma certa
idade à reclusão, onde eles são segurados por um ancião,
enquanto outro retira o prepúcio do pênis do garoto sem
anestesia. Depois disso, o garoto se ajoelha sobre um escudo
próximo a uma fogueira e tem que comer a própria pele crua,
sem mastigar. Após isso, ele se livrou da criança, e se torna
um homem completo. Depois que a circuncisão termina de
cicatrizar, os homens sofrem outra intervenção cirúrgica: o
pênis é cortado na parte inferior, próximo aos testículos, e o
sangue que escorre deve cair sobre uma fogueira, para
purificá-lo, e depois da incisão, têm que se abaixar para
urinar, como as mulheres.
NaÍndia,emtornode1milhãodemeninasmenoresde
idadecasamanualmente
• Filho de muçulmano xiita é marcado com faca durante procissão em
celebração da Ashura, em Mumbai (Índia). Durante a Ashura, que cai
no 10º dia do mês islâmico de Muharram, xiitas relembram a morte
de Imam Hussein, neto do profeta Mohammad, que foi morto em
680 na batalha de Kerbala por um califa sunita dos Omíadas no
século 7. Em memória, devotos praticam ainda a autoflagelação
• Touros são queimados vivos na Espanha em festival
• Tradição medieval que virou atração turística no vilarejo de
Medinaceli desperta revolta de entidades que lutam contra os
maus tratos de animais e uma campanha tenta acabar com o
festival 'Touro de Júbilo"
• Meninas choram em cerimônia de mutilação genital no
Quênia
• As imagens fortes revelam um pouco do que deve ter sentido cada uma das
meninas da tribo Pokot que participou do ritual de mutilação genital de
um vilarejo rural em Baringo, no Quênia.
• A mutilação genital feminina (FGM, na sigla em inglês) é uma prática que
consiste em retirar parte ou todo o órgão sexual de mulheres e
crianças. Nos casos mais extremos, a mutilação total é realizada nos lábios
vaginais e clitóris (processo chamado infibulação).
• A ONU estima que, hoje, 150 milhões de mulheres ao redor do
mundo sofrem ou já sofreram com a prática. Embora a 'tradição' tenha sido
declarada ilegal em muitos países africanos - o Egito é um exemplo - ela
ainda sobrevive em comunidades menores e famílias.
• Ao mutilar suas filhas, as mães acreditam que garantem um melhor futuro
com melhores maridos a elas, já que a prática é vista como uma forma de
"limpeza" das meninas. As imagens foram feitas pelo fotógrafo da
Reuters Siegfried Modola.
Ajovemsegueculturaetíopeancestralepossuiumadeformaçãode60cmnoslábios
para"atrairmarido"
• a mulher tem o maior disco labial do mundo e foi encontrada por
dois cineastas australianos que filmavam tribos locais da Etiópia. A
circunferência do objeto que deforma a boca da africana tem cerca
de 60 centímetros.
• Segundo as tradições do país, jovens de aproximadamente 15
anos colocam um piercing na boca e, ao longo do tempo, vão
aumentando o tamanho do disco. A deformação nos lábios
demonstra poder e é proporcional ao valor do dote de
casamento; ou seja, quanto maior, melhor será o marido
conquistado e maior a quantidade de cabeças de gado dada
pela família da noiva como dote.
• Quando a antropologia surgiu, ela estava ligada ao
etnocentrismo. Deste modo, os antropólogos criavam hierarquias
entre as culturas, tendo a ocidental como parâmetro de
julgamento. Assim, o que estava fora da Europa Ocidental era tido
como primitivo.
• Com isto as culturas eram encaradas como etapas para chegar a
estágios mais evoluídos de sociedade.
• Franz Boas modificou esse pensamento a partir de suas
observações de índios americanos. Ele relativizou o termo
“cultura” e os parâmetros para compreender os comportamentos
sociais.
• A relativização promovida por Boas e seus alunos, como Ruth
Benedict e Gilberto Freyre, permitiu a compreensão da
diversidade cultural.
AdominaçãodaÁfricajustificadaantropologicamente
Etnocentrismo
Segundo Anthony Giddens, o etnocentrismo “é a
prática de julgar as outras culturas comparando-as com
a nossa.”
Para combater o etnocentrismo, “o papel do
sociólogo é evitar ‘respostas automáticas’ e examinar
questões complexas cuidadosamente a partir de tantos
ângulos diferentes quanto possível”.
(GIDDENS,2005,
p.44)
O Etnocentrismo leva a deformações na
formação da identidade cultural
Homofobia Nazismo
SOCIOLOGIA, 3º Ano do Ensino Médio
Identidade Cultural
Imagem: Unknown Author / Public Domain
Imagem: Benj / Creative Commons Attribution 2.0 Generic
Aculturação
“O processo de aculturação se dá pelo contato de duas ou mais matrizes culturais
diferentes, isto é, pela interação social entre grupos de culturas diferentes, sendo que
todos, ou um deles, sofrem mudanças, tendo como resultado uma nova cultura”.
Essa é uma mudança diferente daquele processo que ocorre no interior de uma cultura.
http://www.brasilescola.com/sociologia/do-que-se-trata-aculturacao.htm
Foto de arquivo
pessoal
Fusão de culturas diferentes,
mescla de povos.
Exemplo: Brasil, fusão da
cultura negra, europeia e dos
povos nativos brasileiros, que
compõem nossa identidade
cultural.
Fusão com suas cores, mas
também suas dores e misérias,
tão bem descritas no livro de
Gilberto Freyre “Casa Grande e
Senzala.”
• Ao estudar esse conceito, percebeu-se que as características de
uma cultura podiam ser adquiridas pela outra à partir do
contato, a modificando, independente do distanciamento ou
discriminação que um grupo cultural possa ter em relação ao
outro. A esta “troca” de características, deu-se o nome de
aculturação.
AssimilaçãoCultural
Outro fenômeno que se aproxima deste é outro, mais raro: a
Assimilação. Neste fenômeno, um grupo cultural “mais forte”
“absorve” o grupo cultural “mais fraco”. No Brasil, muitos dos
imigrantes se casaram com brasileiros, ou os seus filhos, fazendo que
muito do era uma cultura de povo, mas isolada em uma família, se
“diluísse” em meio a sociedade brasileira, restando apenas algumas
características do povo nos descendentes destes imigrantes
Cultura material
A cultura material é o conjunto de patrimônios culturais e
históricos de um povo. São elementos concretos construídos
pelos habitantes de uma região, como igrejas, casas, ou demais
tipos de edificações.
A cultura material compreende também a produção de
utensílios como armas, materiais culinários etc.
Culturaimaterial
A cultura imaterial compreende os elementos
intangíveis de uma cultura. São as histórias folclóricas,
as danças, as leis, os rituais que são transmitidos entre
as gerações dos grupos humanos.
InterdependênciaCultural
Toda cultura material antes de existir foi elaborada no campo da
cultura não material. Para se construir um prédio é necessário dominar
técnicas, conhecimentos, estética (cultura não material) para concretização
do edifício.
O arquiteto, na sua obra, imprime sua identidade cultural.
Subcultura
As subculturas correspondem a subdivisões da cultura
dominante que a ela se opõem. Coexistem na mesma sociedade
ainda que em oposição. Na sociedade moderna existem diversas
subculturas. O termo subcultura tem sido utilizado em sociologia
sobretudo no estudo da juventude e do desvio
Caracterizada como grupos sociais específicos, seja por faixa
etária, categoria profissional ou grupos religiosos.
Nossa identidade cultural é forjada em diversas subculturas.
Ex.: Hip-hop, punks, Amish, Geek, rastafarianismo, etc. Os
grupos de arquitetos.
• Implicações:
Moda
Uso mercadológico
Lugar de fala
Violências históricas
Identidade Cultural na Pós-
Modernidade
“No mundo atual, temos oportunidades sem
precedentes de moldar a nós mesmos e de criar
nossas próprias identidades. Somos nosso melhor
recurso para definir o que somos, de onde viemos e
para onde vamos. [...] O mundo moderno força a que
encontremos a nós mesmos. Por meio de nossa
capacidade como seres humanos autoconscientes,
constantemente criamos e recriamos nossas
identidades.” (GIDDENS, 2005,
p.44)
FILOSOFAR COM TEXTOS:
TEMAS E HISTÓRIA DA
FILOSOFIA
ANOTAÇÕES EM AULA
Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Cláudia Fernandes
Elaboração: Maria Lúcia de Arruda Aranha e Renato dos Santos Belo
Edição de texto: Samir Thomaz
Preparação de texto: José Carlos de Castro
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini
Iconografia: Camila D'Angelo, Marcia Mendonça, Angelita Cardoso e Denise Durand Kremer
EDITORA MODERNA
Diretoria de Tecnologia Educacional
Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida
Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio
Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Peixoto
Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin
Editor de arte: Fabio Ventura
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres
Revisores: Diego Rezende e Ramiro Morais Torres
© Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados.
EDITORA MODERNA
Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho
São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904
Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510
Fax (0__11) 2790-1501
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Natureza e cultura no capítulo 2

  • 1. Capítulo 2 – Natureza e cultura FILOSOFAR COM TEXTOS: TEMAS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA Cultura e Sociedade Capítulo 2 – Natureza e cultura FILOSOFAR COM TEXTOS: TEMAS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA
  • 2. Capítulo 2 – Natureza e cultura FILOSOFAR COM TEXTOS: TEMAS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA
  • 3. Capítulo 2 – Natureza e cultura FILOSOFAR COM TEXTOS: TEMAS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA
  • 4. Capítulo 2 – Natureza e cultura FILOSOFAR COM TEXTOS: TEMAS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA
  • 5. Capítulo 2 – Natureza e cultura FILOSOFAR COM TEXTOS: TEMAS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA O conceito de cultura  Em seu sentido amplo a cultura pode ser entendida como a produção de obras materiais e de pensamento.  Seu sentido restrito diz respeito à produção intelectual das artes, das letras e de outras manifestações intelectuais.  O ser humano produz cultura em suas relações entre indivíduos e grupos, e destes com a natureza.  Já o comportamento animal está preso a suas condições biológicas. A capoeira foi reconhecida como patrimônio cultural brasileiro em 2008. Aspectos imateriais da cultura são transmitidos (e recriados) de geração para geração no decorrer do tempo. MARGARIDA NEIDE/AGÊNCIA A TARDE/AGÊNCIA ESTADO
  • 6.  Culturaé uma característicaexclusivadas sociedadeshumanas:os animais não sãocapazes de criar cultura. Elase concretizaportudoaquiloque o ser humanoproduzparasatisfazersuas necessidades e viver em sociedade:parase protegerdofrio, ele cria moradias;parasaciara fome,ele plantae cria animais etc.
  • 7.
  • 8. A cultura é transmitida pela herança social: o indivíduo aprende cultura no grupo social e não por herança genética. Uma geração transmite cultura para outra por meio do processo de socialização.
  • 9. Culturacompreendea totalidadedascriações humanas:abrangetudoo que foi criadopela humanidade,comoideias,valores,manifestações artísticasdetodotipo,crenças, instituições sociais, conhecimentoscientíficos,instrumentosde trabalho,tiposde vestuário, construçõesetc.
  • 10. Capítulo 2 – Natureza e cultura FILOSOFAR COM TEXTOS: TEMAS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA  O ser humano se confronta constantemente com a oposição entre tradição e ruptura.  Pode-se dizer que ele é moldado pela sociedade, isto é, por toda a tradição recebida socialmente.  Por outro lado, a cultura supõe ruptura, transgressão, pois a tradição é sempre reelaborada.  Nesse sentido, o ser humano instaura outros modos de viver mais adequados para resolver seus problemas.  O desafio humano é saber aliar continuidade e ruptura. Tradição e ruptura Templo religioso entre arranha-céus, em Tóquio, Japão: ruptura e tradição lado a lado num cenário cada vez mais comum. CHRISTIAN KOBER/AWL IMAGES/GETTY IMAGES
  • 12. A tribo da Satere-Mawe
  • 13. Esta tribo amazonense realiza um ritual de iniciação com garotos. Os jovens da tribo têm que colocar as mãos dentro de uma espécie de luva cheia de formigas-bala, cuja mordida é quase 20 vezes mais dolorida que a de uma vespa. Os garotos têm que dançar com as mãos dentro da luva durante dez minutos, e a dor é tão intensa que o corpo sofre com convulsões, e a dor pode durar até 24 horas. O mais inacreditável é que os homens da tribo repetem este ritual várias vezes durante a vida, para provar a sua masculinidade.
  • 14.
  • 16. A iniciação dos garotos desta tribo de Papua Nova Guiné começa aos sete anos, quando eles são levados para longe de todas as mulheres, e passam a viver somente com homens pelos próximos dez anos. Durante o início do ritual, a pele dos garotos é furada, para que as contaminações das mulheres sejam retiradas, e eles têm que sangrar pelo nariz (foto anterior) para se limparem. Os garotos também têm que consumir cana de açúcar para estimular o vômito e a defecação, com o mesmo propósito. Após a “limpeza” do corpo, eles consomem sêmen, considerado vital para que eles cresçam e fiquem fortes.
  • 17.
  • 18. Durante o processo, os garotos são informados sobre as impurezas femininas e seus perigos, e aprendem técnicas de purificação. Quando se casam eles se purificam frequentemente contra as impurezas da esposa. Eles realizam sangramentos intensos pelo nariz toda vez que a mulher menstrua. No último passo do ritual de iniciação, os jovens têm que remover um pêlo pubiano e entregá-lo para um homem mais velho, que irá colocá-lo no lugar apropriado. Durante este estágio, o homem explica ao garoto que ele não deve ser promíscuo na sua relação heterossexual, senão será executado
  • 19.
  • 20. • Os aborígines Mardudjara • Estes aborígenes australianos levam os garotos de uma certa idade à reclusão, onde eles são segurados por um ancião, enquanto outro retira o prepúcio do pênis do garoto sem anestesia. Depois disso, o garoto se ajoelha sobre um escudo próximo a uma fogueira e tem que comer a própria pele crua, sem mastigar. Após isso, ele se livrou da criança, e se torna um homem completo. Depois que a circuncisão termina de cicatrizar, os homens sofrem outra intervenção cirúrgica: o pênis é cortado na parte inferior, próximo aos testículos, e o sangue que escorre deve cair sobre uma fogueira, para purificá-lo, e depois da incisão, têm que se abaixar para urinar, como as mulheres.
  • 21.
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  • 24.
  • 25. • Filho de muçulmano xiita é marcado com faca durante procissão em celebração da Ashura, em Mumbai (Índia). Durante a Ashura, que cai no 10º dia do mês islâmico de Muharram, xiitas relembram a morte de Imam Hussein, neto do profeta Mohammad, que foi morto em 680 na batalha de Kerbala por um califa sunita dos Omíadas no século 7. Em memória, devotos praticam ainda a autoflagelação
  • 26.
  • 27. • Touros são queimados vivos na Espanha em festival • Tradição medieval que virou atração turística no vilarejo de Medinaceli desperta revolta de entidades que lutam contra os maus tratos de animais e uma campanha tenta acabar com o festival 'Touro de Júbilo"
  • 28.
  • 29.
  • 30. • Meninas choram em cerimônia de mutilação genital no Quênia • As imagens fortes revelam um pouco do que deve ter sentido cada uma das meninas da tribo Pokot que participou do ritual de mutilação genital de um vilarejo rural em Baringo, no Quênia. • A mutilação genital feminina (FGM, na sigla em inglês) é uma prática que consiste em retirar parte ou todo o órgão sexual de mulheres e crianças. Nos casos mais extremos, a mutilação total é realizada nos lábios vaginais e clitóris (processo chamado infibulação). • A ONU estima que, hoje, 150 milhões de mulheres ao redor do mundo sofrem ou já sofreram com a prática. Embora a 'tradição' tenha sido declarada ilegal em muitos países africanos - o Egito é um exemplo - ela ainda sobrevive em comunidades menores e famílias. • Ao mutilar suas filhas, as mães acreditam que garantem um melhor futuro com melhores maridos a elas, já que a prática é vista como uma forma de "limpeza" das meninas. As imagens foram feitas pelo fotógrafo da Reuters Siegfried Modola.
  • 31.
  • 32.
  • 34. • a mulher tem o maior disco labial do mundo e foi encontrada por dois cineastas australianos que filmavam tribos locais da Etiópia. A circunferência do objeto que deforma a boca da africana tem cerca de 60 centímetros. • Segundo as tradições do país, jovens de aproximadamente 15 anos colocam um piercing na boca e, ao longo do tempo, vão aumentando o tamanho do disco. A deformação nos lábios demonstra poder e é proporcional ao valor do dote de casamento; ou seja, quanto maior, melhor será o marido conquistado e maior a quantidade de cabeças de gado dada pela família da noiva como dote.
  • 35.
  • 36.
  • 37. • Quando a antropologia surgiu, ela estava ligada ao etnocentrismo. Deste modo, os antropólogos criavam hierarquias entre as culturas, tendo a ocidental como parâmetro de julgamento. Assim, o que estava fora da Europa Ocidental era tido como primitivo. • Com isto as culturas eram encaradas como etapas para chegar a estágios mais evoluídos de sociedade. • Franz Boas modificou esse pensamento a partir de suas observações de índios americanos. Ele relativizou o termo “cultura” e os parâmetros para compreender os comportamentos sociais. • A relativização promovida por Boas e seus alunos, como Ruth Benedict e Gilberto Freyre, permitiu a compreensão da diversidade cultural.
  • 39.
  • 40. Etnocentrismo Segundo Anthony Giddens, o etnocentrismo “é a prática de julgar as outras culturas comparando-as com a nossa.” Para combater o etnocentrismo, “o papel do sociólogo é evitar ‘respostas automáticas’ e examinar questões complexas cuidadosamente a partir de tantos ângulos diferentes quanto possível”. (GIDDENS,2005, p.44)
  • 41. O Etnocentrismo leva a deformações na formação da identidade cultural Homofobia Nazismo SOCIOLOGIA, 3º Ano do Ensino Médio Identidade Cultural Imagem: Unknown Author / Public Domain Imagem: Benj / Creative Commons Attribution 2.0 Generic
  • 42.
  • 43.
  • 44.
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  • 46.
  • 47. Aculturação “O processo de aculturação se dá pelo contato de duas ou mais matrizes culturais diferentes, isto é, pela interação social entre grupos de culturas diferentes, sendo que todos, ou um deles, sofrem mudanças, tendo como resultado uma nova cultura”. Essa é uma mudança diferente daquele processo que ocorre no interior de uma cultura. http://www.brasilescola.com/sociologia/do-que-se-trata-aculturacao.htm Foto de arquivo pessoal Fusão de culturas diferentes, mescla de povos. Exemplo: Brasil, fusão da cultura negra, europeia e dos povos nativos brasileiros, que compõem nossa identidade cultural. Fusão com suas cores, mas também suas dores e misérias, tão bem descritas no livro de Gilberto Freyre “Casa Grande e Senzala.”
  • 48. • Ao estudar esse conceito, percebeu-se que as características de uma cultura podiam ser adquiridas pela outra à partir do contato, a modificando, independente do distanciamento ou discriminação que um grupo cultural possa ter em relação ao outro. A esta “troca” de características, deu-se o nome de aculturação.
  • 49. AssimilaçãoCultural Outro fenômeno que se aproxima deste é outro, mais raro: a Assimilação. Neste fenômeno, um grupo cultural “mais forte” “absorve” o grupo cultural “mais fraco”. No Brasil, muitos dos imigrantes se casaram com brasileiros, ou os seus filhos, fazendo que muito do era uma cultura de povo, mas isolada em uma família, se “diluísse” em meio a sociedade brasileira, restando apenas algumas características do povo nos descendentes destes imigrantes
  • 50. Cultura material A cultura material é o conjunto de patrimônios culturais e históricos de um povo. São elementos concretos construídos pelos habitantes de uma região, como igrejas, casas, ou demais tipos de edificações. A cultura material compreende também a produção de utensílios como armas, materiais culinários etc.
  • 51.
  • 52. Culturaimaterial A cultura imaterial compreende os elementos intangíveis de uma cultura. São as histórias folclóricas, as danças, as leis, os rituais que são transmitidos entre as gerações dos grupos humanos.
  • 53. InterdependênciaCultural Toda cultura material antes de existir foi elaborada no campo da cultura não material. Para se construir um prédio é necessário dominar técnicas, conhecimentos, estética (cultura não material) para concretização do edifício. O arquiteto, na sua obra, imprime sua identidade cultural.
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  • 58. Subcultura As subculturas correspondem a subdivisões da cultura dominante que a ela se opõem. Coexistem na mesma sociedade ainda que em oposição. Na sociedade moderna existem diversas subculturas. O termo subcultura tem sido utilizado em sociologia sobretudo no estudo da juventude e do desvio Caracterizada como grupos sociais específicos, seja por faixa etária, categoria profissional ou grupos religiosos. Nossa identidade cultural é forjada em diversas subculturas. Ex.: Hip-hop, punks, Amish, Geek, rastafarianismo, etc. Os grupos de arquitetos.
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  • 68. • Implicações: Moda Uso mercadológico Lugar de fala Violências históricas
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  • 75. Identidade Cultural na Pós- Modernidade “No mundo atual, temos oportunidades sem precedentes de moldar a nós mesmos e de criar nossas próprias identidades. Somos nosso melhor recurso para definir o que somos, de onde viemos e para onde vamos. [...] O mundo moderno força a que encontremos a nós mesmos. Por meio de nossa capacidade como seres humanos autoconscientes, constantemente criamos e recriamos nossas identidades.” (GIDDENS, 2005, p.44)
  • 76. FILOSOFAR COM TEXTOS: TEMAS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Cláudia Fernandes Elaboração: Maria Lúcia de Arruda Aranha e Renato dos Santos Belo Edição de texto: Samir Thomaz Preparação de texto: José Carlos de Castro Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Camila D'Angelo, Marcia Mendonça, Angelita Cardoso e Denise Durand Kremer EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Peixoto Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres Revisores: Diego Rezende e Ramiro Morais Torres © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNA Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012