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Universidade do Minho

II Conferência da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, da CPLP

Nelson Zagalo, Universidade do Minho
Blog: http://virtual-illusion.blogspot.com
Home: http://nelsonzagalo.googlepages.com

Universidade de Lisboa, 29 Outubro 2013
Do Latim ao Inglês
1500 - 1700
A Renascença trouxe consigo a reforma humanista, e com ela o
“neo latim”, dirigido à ciência, criando-se novas palavras para se
poder trabalhar conceitos além do léxico eclesiástico.
O latim foi a primeira língua-franca da Ciência. Servia também a
Educação, com as Universidades da Europa Ocidental a
exigirem proficiência em Latim para se poder ser admitido como
estudante.
1700-1900
O Francês nunca chega a assumir completamente o lugar do
neo-latim, porque se passa a valorizar a língua de cada país, no
sentido de se conseguir levar o conhecimento a todas as
pessoas, em vez de a um grupo restrito que compreende a
língua.
2012
O Politecnico de Milão anuncia que todos os seus cursos
passarão a ser ministrados em Inglês a partir de 2014. O Reitor
Giovanni Azzoni diz, “a escolha é entre o isolamento ou a
competição como uma universidade global.”
Vantagens da língua-franca
Língua-franca é um sistema de comunicação. Como tal depende
das pessoas, e não da língua em si. As línguas-francas surgem
de modo orgânico, não se planeiam (Esperanto).
Nunca houve uma língua franca tão amplamente difundida e
utilizada como o inglês. Esta ultrapassou largamente o espectro do
Grego, Arábico, Latim e do Francês. Não se trata apenas de uma
substituição, mas antes de uma total canibalização do discurso
interlíngua.
O Inglês é no séc. XXI fundamental no plano internacional nos
domínios da Ciência, Educação e Tecnologia.
Vantagens:
• Globalização das ideias
• Transparência das ideias

• Velocidade do fluxo de ideias
• Aumento de produtividade
Desvantagens da língua-franca
Qualquer língua-franca corre o risco da homogeneização do
pensamento humano. A língua molda o ser humano.

O conhecimento que é produzido ao nível das elites, não chega às
pessoas. Mesmo à camada letrada de cada país - médicos,
advogados, professores ou jornalistas – que por obrigação profissional
precisa de dominar muito bem a sua própria língua.
A língua-franca impede o desenvolvimento das outras línguas, uma
vez que deixa de existir transmissão de novas ideias e novas
descobertas entre línguas, conduzindo à estagnação das línguas
diferentes. A língua-franca tende para a uniformização pela eliminação
da diferença.
Desvantagens:
• Hermetismo de ideias nas elites.
• Criatividade diminuída pela homogeneização.
• Estagnação da diversidade linguística.

• Opressão da diferença.
Porque se impõe o inglês na Ciência?
1: Impact Factor
Temos um problema internacional na ciência que passa
pela aferição da qualidade da ciência que se faz através
de métricas que foram criadas para analisar o valor de
informação documental.
O Impact Factor é uma dessas métricas mais
reconhecidas internacionalmente, e uma das que não foi
desenhada para avaliar o valor da ciência, o valor dos
artigos, e menos ainda o valor dos cientistas, como
veio recentemente admitir publicamente* Bruce Alberts,
Editor Chefe, da Science (2013).
Os cientistas são obrigados a produzir o seu trabalho
numa língua estrangeira e a publicar em jornais listados
por um índice artificial, que lhes garanta o valorização
perante as instituições que constantemente os avaliam.
Não se trata aqui de garantir o valor da ciência, de fazer
crescer o pensamento e potenciar descoberta, mas antes
de justificar o seu valor. Muitos destes cientistas obtém
mais feedback ao seu trabalho quando em
conferências nacionais, ou de nicho, do que
publicando em revistas científicas.

* http://www.sciencemag.org/content/340/6134/787.full
Porque se impõe o inglês na Ciência?
2: Motores de busca
O problema da utilização de métricas e índices alarga-se
a todos os domínios dos Sistemas de Informação.
No caso específico aqui em análise, os índices são
responsáveis pela destruição do valor da ciência
produzida em outras línguas que não o inglês. Basta fazer
a pesquisa por autores consagrados Franceses que há 40
anos eram líderes do pensamento em várias áreas para
se perceber como desapareceram.
O problema é que os autores não despareceram por
causa das suas ideias, mas antes porque os indexes
automáticos/matemáticos assim o ordenam. As buscas na
ciência sendo realizadas ao nível do inglês criam
redundâncias de acessos na informação em inglês,
passando o motor de busca a preterir o resto da
informação em outras línguas.
Se a língua franca é já por si um catalizador da
homogeneidade, os sistemas de pesquisa incrementam
ainda mais essa homogeneidade.
O que já foi feito

Indice de revistas cientificas ibero-americanas. Iniciativa mexicana da Universidad
Nacional Autónoma de México.

Editora de revistas cientificas abertas, em português, espanhol, e inglês. É uma
iniciativa brasileira da FAPESP e CNPq. Mais de 900 revistas, grátis, de acesso
universal aos textos completos.
A SciELO viu ontem (28.10.2013) o seu Index ser reconhecido oficialmente pela
Thomson Reuters. Passando assim a integrar o index ISI.

Tudo público e com conteúdos abertos.
Enfrentar os problemas dos conteúdos abertos

Ferramentas de
Marketing e de
Promoção com vista
ao incremento da
visibilidade.
Difícil de fazer com o
financiamento tipo
(público) da produção
em conteúdo aberto.
Como saber que
conhecimento foi
produzido, que a
informação existe?
Diagrama original*

“A Comunidade científica Portuguesa – alguns dos recursos utilizados para a obtenção da visibilidade científica”, Cláudia Bomfá e Lídia
Silva, Universidade de Aveiro – Portugal, 8ª LUSOCOM
O que ainda pode ser feito, em três vectores:
1 - Métricas
. A primeira prioridade deve ir para a luta contra o uso do „Impact Factor‟ na
avaliação da ciência e dos investigadores. Será impossível preservar
qualquer outra língua na ciência, que não o inglês caso as atuais políticas
se mantenham. É preciso criar novas métricas, dirigidas às pessoas e
capazes de lidar com o multilinguismo.

2 - Plataformas
. Melhorar todo o design de comunicação e design de interação das atuais
plataformas - LatinIndex e Scielo. Criando plataformas mais apelativas e
funcionais.
. Criar uma política de verdadeiro incentivo ao uso do português, nas
plataformas digitais.

3 - Factores culturais e institucionais
. Incentivar, a pesquisa por artigos em português, explicando o valor da
preservação da ciência na nossa língua.
. Incentivar, a referenciação do que se faz dentro da língua, retirando a
carga negativa da referenciação do português.
. Incentivar, a referenciação dos colegas do mesmo país e da mesma
língua, retirando a carga negativa de que apenas se referenciam os mais
próximos.
O que ainda pode ser feito,
Mas...
Tudo isto não quer dizer que possamos, nem devamos, rejeitar o Inglês por
completo, porque é ele que permite a criação de laços mais alargados. É
ele que permite que a nossa própria cultura de investigação cresça, através
da troca de ideias com outras línguas.
2ª Conferência sobre a Língua Portuguesa

Nelson Zagalo, Universidade do Minho, nzagalo@ics.uminho.pt
Blog: http://virtual-illusion.blogspot.com
Home: http://nelsonzagalo.googlepages.com
Universidade de Lisboa, 29 Outubro 2013

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A Língua na Criação Científica

  • 1. Universidade do Minho II Conferência da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, da CPLP Nelson Zagalo, Universidade do Minho Blog: http://virtual-illusion.blogspot.com Home: http://nelsonzagalo.googlepages.com Universidade de Lisboa, 29 Outubro 2013
  • 2. Do Latim ao Inglês 1500 - 1700 A Renascença trouxe consigo a reforma humanista, e com ela o “neo latim”, dirigido à ciência, criando-se novas palavras para se poder trabalhar conceitos além do léxico eclesiástico. O latim foi a primeira língua-franca da Ciência. Servia também a Educação, com as Universidades da Europa Ocidental a exigirem proficiência em Latim para se poder ser admitido como estudante. 1700-1900 O Francês nunca chega a assumir completamente o lugar do neo-latim, porque se passa a valorizar a língua de cada país, no sentido de se conseguir levar o conhecimento a todas as pessoas, em vez de a um grupo restrito que compreende a língua. 2012 O Politecnico de Milão anuncia que todos os seus cursos passarão a ser ministrados em Inglês a partir de 2014. O Reitor Giovanni Azzoni diz, “a escolha é entre o isolamento ou a competição como uma universidade global.”
  • 3. Vantagens da língua-franca Língua-franca é um sistema de comunicação. Como tal depende das pessoas, e não da língua em si. As línguas-francas surgem de modo orgânico, não se planeiam (Esperanto). Nunca houve uma língua franca tão amplamente difundida e utilizada como o inglês. Esta ultrapassou largamente o espectro do Grego, Arábico, Latim e do Francês. Não se trata apenas de uma substituição, mas antes de uma total canibalização do discurso interlíngua. O Inglês é no séc. XXI fundamental no plano internacional nos domínios da Ciência, Educação e Tecnologia. Vantagens: • Globalização das ideias • Transparência das ideias • Velocidade do fluxo de ideias • Aumento de produtividade
  • 4. Desvantagens da língua-franca Qualquer língua-franca corre o risco da homogeneização do pensamento humano. A língua molda o ser humano. O conhecimento que é produzido ao nível das elites, não chega às pessoas. Mesmo à camada letrada de cada país - médicos, advogados, professores ou jornalistas – que por obrigação profissional precisa de dominar muito bem a sua própria língua. A língua-franca impede o desenvolvimento das outras línguas, uma vez que deixa de existir transmissão de novas ideias e novas descobertas entre línguas, conduzindo à estagnação das línguas diferentes. A língua-franca tende para a uniformização pela eliminação da diferença. Desvantagens: • Hermetismo de ideias nas elites. • Criatividade diminuída pela homogeneização. • Estagnação da diversidade linguística. • Opressão da diferença.
  • 5. Porque se impõe o inglês na Ciência? 1: Impact Factor Temos um problema internacional na ciência que passa pela aferição da qualidade da ciência que se faz através de métricas que foram criadas para analisar o valor de informação documental. O Impact Factor é uma dessas métricas mais reconhecidas internacionalmente, e uma das que não foi desenhada para avaliar o valor da ciência, o valor dos artigos, e menos ainda o valor dos cientistas, como veio recentemente admitir publicamente* Bruce Alberts, Editor Chefe, da Science (2013). Os cientistas são obrigados a produzir o seu trabalho numa língua estrangeira e a publicar em jornais listados por um índice artificial, que lhes garanta o valorização perante as instituições que constantemente os avaliam. Não se trata aqui de garantir o valor da ciência, de fazer crescer o pensamento e potenciar descoberta, mas antes de justificar o seu valor. Muitos destes cientistas obtém mais feedback ao seu trabalho quando em conferências nacionais, ou de nicho, do que publicando em revistas científicas. * http://www.sciencemag.org/content/340/6134/787.full
  • 6. Porque se impõe o inglês na Ciência? 2: Motores de busca O problema da utilização de métricas e índices alarga-se a todos os domínios dos Sistemas de Informação. No caso específico aqui em análise, os índices são responsáveis pela destruição do valor da ciência produzida em outras línguas que não o inglês. Basta fazer a pesquisa por autores consagrados Franceses que há 40 anos eram líderes do pensamento em várias áreas para se perceber como desapareceram. O problema é que os autores não despareceram por causa das suas ideias, mas antes porque os indexes automáticos/matemáticos assim o ordenam. As buscas na ciência sendo realizadas ao nível do inglês criam redundâncias de acessos na informação em inglês, passando o motor de busca a preterir o resto da informação em outras línguas. Se a língua franca é já por si um catalizador da homogeneidade, os sistemas de pesquisa incrementam ainda mais essa homogeneidade.
  • 7. O que já foi feito Indice de revistas cientificas ibero-americanas. Iniciativa mexicana da Universidad Nacional Autónoma de México. Editora de revistas cientificas abertas, em português, espanhol, e inglês. É uma iniciativa brasileira da FAPESP e CNPq. Mais de 900 revistas, grátis, de acesso universal aos textos completos. A SciELO viu ontem (28.10.2013) o seu Index ser reconhecido oficialmente pela Thomson Reuters. Passando assim a integrar o index ISI. Tudo público e com conteúdos abertos.
  • 8. Enfrentar os problemas dos conteúdos abertos Ferramentas de Marketing e de Promoção com vista ao incremento da visibilidade. Difícil de fazer com o financiamento tipo (público) da produção em conteúdo aberto. Como saber que conhecimento foi produzido, que a informação existe? Diagrama original* “A Comunidade científica Portuguesa – alguns dos recursos utilizados para a obtenção da visibilidade científica”, Cláudia Bomfá e Lídia Silva, Universidade de Aveiro – Portugal, 8ª LUSOCOM
  • 9. O que ainda pode ser feito, em três vectores: 1 - Métricas . A primeira prioridade deve ir para a luta contra o uso do „Impact Factor‟ na avaliação da ciência e dos investigadores. Será impossível preservar qualquer outra língua na ciência, que não o inglês caso as atuais políticas se mantenham. É preciso criar novas métricas, dirigidas às pessoas e capazes de lidar com o multilinguismo. 2 - Plataformas . Melhorar todo o design de comunicação e design de interação das atuais plataformas - LatinIndex e Scielo. Criando plataformas mais apelativas e funcionais. . Criar uma política de verdadeiro incentivo ao uso do português, nas plataformas digitais. 3 - Factores culturais e institucionais . Incentivar, a pesquisa por artigos em português, explicando o valor da preservação da ciência na nossa língua. . Incentivar, a referenciação do que se faz dentro da língua, retirando a carga negativa da referenciação do português. . Incentivar, a referenciação dos colegas do mesmo país e da mesma língua, retirando a carga negativa de que apenas se referenciam os mais próximos.
  • 10. O que ainda pode ser feito, Mas... Tudo isto não quer dizer que possamos, nem devamos, rejeitar o Inglês por completo, porque é ele que permite a criação de laços mais alargados. É ele que permite que a nossa própria cultura de investigação cresça, através da troca de ideias com outras línguas.
  • 11. 2ª Conferência sobre a Língua Portuguesa Nelson Zagalo, Universidade do Minho, nzagalo@ics.uminho.pt Blog: http://virtual-illusion.blogspot.com Home: http://nelsonzagalo.googlepages.com Universidade de Lisboa, 29 Outubro 2013