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Vanessa Ap R Anastacio
                                                     Letras – Português
Dissertação Apresentada a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo;
                Curso de Formação de Professores 2012.



    TRABALHANDO A LEITURA DE TEXTO IMAGÉTICO COM OS
              ALUNOS DO ENSINO BÁSICO




      Como tem sido estudado ao decorrer do Curso de Formação e focado no presente
módulo, bem como nós professores retomamos frequentemente aos alunos, a leitura não
é meramente uma decodificação de significados, a é muito antes, nosso veículo
comunicativo, através das várias articulações da linguagem transmitimos e recebemos
nossas mensagens, constituindo-nos seres sociais, interagindo com o meio e o mundo em
que vivemos.
      Observada a proposta acima, considerando a realidade de nossos alunos
adolescentes, podemos inferir a compreensão do texto pela via seguinte: de maneira
geral, os adolescentes são efetivamente preocupados com a sua imagem em sentido
estético, perante a sociedade, isso porque na adolescência visa-se prioritariamente a
construção de si e da própria identidade; como o outro me vê?! O que pensam a meu
respeito?! Há uma preocupação desesperada em apresentar-se e estar sempre bela(o)
para o 'mundo'.


      Temos como referida proposta um texto imagético, formado pela fusão do verbal e
não verbal que nos permite abordar através desse nosso contexto social, no aspecto
cultural o paradoxo da imagem proposto e a linguagem argumentativa e persuasiva
propostas. Trabalharia o texto com os alunos através de uma conversa, não
necessariamente um debate, mas uma exposição livre de ideias e através do manifesto
dessas, apontaria aos alunos aspectos disciplinares como argumentação, o poder de
persuasão, o paradoxo das imagens, etc...


      Primeiro Passo: LEITURA


      Inicialmente, abre-se o espaço para a leitura dos alunos, diante do texto imagético,
o que vêm? Qual a mensagem o texto busca passar? A imagem possui relação com a
frase citada?


      No processo de apropriação do conhecimento, absorção da informação pela leitura,
o professor entenderá como resposta a seu objetivo da aula, o comportamento e a
expressão do aluno, isto é, conforme o aluno manifesta seus comentários através da sua
leitura, será possível saber se ele está conseguindo compreender e dar sentido aquilo que
lhe está sendo proposto, o aluno jamais se sentirá parte de qualquer que seja o processo
de aprendizagem enquanto o professor não o enxergar e o conduzir ao caminho. Essa
condução pode ser feita sem que precisemos pegar o ‘aluno pelas mãos’, isto é, seremos
direção e não um único caminho, por exemplo:


      - Quando manifestas respostas quanto a sua leitura no texto, podemos questioná-
los a respeito de onde foram encontradas as informações? Elas estão postas,
pressupostas ou subentendidas no texto? Há informações implícitas? O texto estabelece
relações de causa e conseqüência? O texto dialoga com o leitor?! Como?


      Nas discussões que se desenvolvem em torno da leitura de um texto, busca-se
constantemente, identificar quem é o responsável pela construção de sentidos e, essa
busca se desloca ora para o texto, ora para o autor, ora para o próprio leitor, ora para a
interação dos fatores. Há várias interpretações possíveis para um único texto, que se
pluralizam em uma ou várias dimensões, embora nem todas sejam válidas, o professor
trabalhará exatamente nesse eixo, das interpretações possíveis, mostrando ao aluno
quando esta não for possível, o porquê. Isto é embora a decodificação seja válida, não
estabelece sentido no contexto.
      No caso do texto proposto; leitura como interpretação da prática social, tanto o
leitor como os autores do texto são concebidos como sujeitos historicamente construídos
dentro de um contexto cultural, pertencendo a um conjunto social, isto é, quando o
Ministério da Saúde ‘escreve’ o texto, deixa suas marcas, o seu pressuposto objetivo e, o
aluno, no ato de ler também interpreta o que leu de acordo com a sua história, com o seu
contexto de vida.
       O layout da imagem é uma comparação às imagens do Ministério da Saúde
colocada atrás dos maços de cigarro, que em dualidade mostra uma figura feminina,
jovem aparentemente bonita, pele saudável, sorridente, dentes brancos (que indica a
Felicidade), no entanto ao lado oposto, mostra a mesma figura sem a mesma vivacidade
da pele, lábios secos e rachados, com os dentes bem amarelados e putrefactos ( que é
justamente um dos efeitos que o fumo pode causar no indivíduo) que nos remete
imediatamente a ideia de Infelicidade. Ora vejamos, se para o jovem é importante estar
bonito, saudável, fica claro através da imagem exposta que fazendo o uso do cigarro pode
colocar em risco essa necessidade.
      A imagem tenta mostrar que o uso do cigarro pode tornar o indivíduo, no caso
apresentado a mulher jovem, bonita e feliz, desinteressante aos interesses da sociedade,
por ter a aparência derrubada, no caso com o sorriso amarelado, e também pelo mau
hálito causado pelo cigarro.
      Acredito que essa abordagem contextualizada com os alunos permitirão os
resultados inicialmente propostos, isto é, quando perguntado aos alunos as seguintes
questões como: I) No texto imagético apresentado aonde encontramos o paradoxo? ; II)
Qual o argumento utilizado para a persuasão? III) Sentiram-se persuadidos a não fumar?!
Se Sim, porquê?! Obteremos respostas congruentes ao ensino literal da disciplina, dadas
através do próprio conceito cultural e social desses alunos. Isto é, podemos pressupor
(ora talvez dizer concluir) que ocorreriam respostas como: Embora o cigarro seja
comumente comercializado e consumido nos diversos meios sociais e, frequentemente
procurado pelos jovens inicialmente por curiosidade, pode se tornar um vicio prejudicial
não somente à sua saúde, como a sua beleza, vaidade e que pode se tornar um 'menos
atraente, esteticamente desinteressante com o passar tempo' . “O que eles vendem não é
o que você leva” Aponta-nos que a Felicidade, a possível socialização que o cigarro traz
tem também um outro lado; os danos à saúde, a doença e a destruição da imagem. O que
evidentemente, atacaria o lado bom que a imagem traz, posto que danos a saúde,
doenças respiratórias, deturpação dos dentes e da pele trariam problemas também de
autoestima, sendo assim a felicidade e a socialização propostas por um lado da imagem
seriam apenas passageiras.
      Claro, que não se espera que os alunos cheguem de fato a todas essas conclusões
de maneira efetiva, mas é certo que permearam por elas, nesse caso é importante o
papel do professor na condução desse discurso para que os objetivos sejam alcançados.
      Contextualizar os textos a realidade do aluno é fazer com que ele participe, com
que seja sujeito ativo e não meramente passivo de seu conhecimento, que sinta
necessidade de compreendê-lo para assim fazer as escolhas e renuncias necessárias
para seu crescimento cognitivo, cultural e social, isto é, na sua própria formação como ser
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Leitura de textos imagéticos

  • 1. Vanessa Ap R Anastacio Letras – Português Dissertação Apresentada a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo; Curso de Formação de Professores 2012. TRABALHANDO A LEITURA DE TEXTO IMAGÉTICO COM OS ALUNOS DO ENSINO BÁSICO Como tem sido estudado ao decorrer do Curso de Formação e focado no presente módulo, bem como nós professores retomamos frequentemente aos alunos, a leitura não é meramente uma decodificação de significados, a é muito antes, nosso veículo comunicativo, através das várias articulações da linguagem transmitimos e recebemos nossas mensagens, constituindo-nos seres sociais, interagindo com o meio e o mundo em que vivemos. Observada a proposta acima, considerando a realidade de nossos alunos adolescentes, podemos inferir a compreensão do texto pela via seguinte: de maneira geral, os adolescentes são efetivamente preocupados com a sua imagem em sentido
  • 2. estético, perante a sociedade, isso porque na adolescência visa-se prioritariamente a construção de si e da própria identidade; como o outro me vê?! O que pensam a meu respeito?! Há uma preocupação desesperada em apresentar-se e estar sempre bela(o) para o 'mundo'. Temos como referida proposta um texto imagético, formado pela fusão do verbal e não verbal que nos permite abordar através desse nosso contexto social, no aspecto cultural o paradoxo da imagem proposto e a linguagem argumentativa e persuasiva propostas. Trabalharia o texto com os alunos através de uma conversa, não necessariamente um debate, mas uma exposição livre de ideias e através do manifesto dessas, apontaria aos alunos aspectos disciplinares como argumentação, o poder de persuasão, o paradoxo das imagens, etc... Primeiro Passo: LEITURA Inicialmente, abre-se o espaço para a leitura dos alunos, diante do texto imagético, o que vêm? Qual a mensagem o texto busca passar? A imagem possui relação com a frase citada? No processo de apropriação do conhecimento, absorção da informação pela leitura, o professor entenderá como resposta a seu objetivo da aula, o comportamento e a expressão do aluno, isto é, conforme o aluno manifesta seus comentários através da sua leitura, será possível saber se ele está conseguindo compreender e dar sentido aquilo que lhe está sendo proposto, o aluno jamais se sentirá parte de qualquer que seja o processo de aprendizagem enquanto o professor não o enxergar e o conduzir ao caminho. Essa condução pode ser feita sem que precisemos pegar o ‘aluno pelas mãos’, isto é, seremos direção e não um único caminho, por exemplo: - Quando manifestas respostas quanto a sua leitura no texto, podemos questioná- los a respeito de onde foram encontradas as informações? Elas estão postas, pressupostas ou subentendidas no texto? Há informações implícitas? O texto estabelece relações de causa e conseqüência? O texto dialoga com o leitor?! Como? Nas discussões que se desenvolvem em torno da leitura de um texto, busca-se constantemente, identificar quem é o responsável pela construção de sentidos e, essa
  • 3. busca se desloca ora para o texto, ora para o autor, ora para o próprio leitor, ora para a interação dos fatores. Há várias interpretações possíveis para um único texto, que se pluralizam em uma ou várias dimensões, embora nem todas sejam válidas, o professor trabalhará exatamente nesse eixo, das interpretações possíveis, mostrando ao aluno quando esta não for possível, o porquê. Isto é embora a decodificação seja válida, não estabelece sentido no contexto. No caso do texto proposto; leitura como interpretação da prática social, tanto o leitor como os autores do texto são concebidos como sujeitos historicamente construídos dentro de um contexto cultural, pertencendo a um conjunto social, isto é, quando o Ministério da Saúde ‘escreve’ o texto, deixa suas marcas, o seu pressuposto objetivo e, o aluno, no ato de ler também interpreta o que leu de acordo com a sua história, com o seu contexto de vida. O layout da imagem é uma comparação às imagens do Ministério da Saúde colocada atrás dos maços de cigarro, que em dualidade mostra uma figura feminina, jovem aparentemente bonita, pele saudável, sorridente, dentes brancos (que indica a Felicidade), no entanto ao lado oposto, mostra a mesma figura sem a mesma vivacidade da pele, lábios secos e rachados, com os dentes bem amarelados e putrefactos ( que é justamente um dos efeitos que o fumo pode causar no indivíduo) que nos remete imediatamente a ideia de Infelicidade. Ora vejamos, se para o jovem é importante estar bonito, saudável, fica claro através da imagem exposta que fazendo o uso do cigarro pode colocar em risco essa necessidade. A imagem tenta mostrar que o uso do cigarro pode tornar o indivíduo, no caso apresentado a mulher jovem, bonita e feliz, desinteressante aos interesses da sociedade, por ter a aparência derrubada, no caso com o sorriso amarelado, e também pelo mau hálito causado pelo cigarro. Acredito que essa abordagem contextualizada com os alunos permitirão os resultados inicialmente propostos, isto é, quando perguntado aos alunos as seguintes questões como: I) No texto imagético apresentado aonde encontramos o paradoxo? ; II) Qual o argumento utilizado para a persuasão? III) Sentiram-se persuadidos a não fumar?! Se Sim, porquê?! Obteremos respostas congruentes ao ensino literal da disciplina, dadas através do próprio conceito cultural e social desses alunos. Isto é, podemos pressupor (ora talvez dizer concluir) que ocorreriam respostas como: Embora o cigarro seja comumente comercializado e consumido nos diversos meios sociais e, frequentemente procurado pelos jovens inicialmente por curiosidade, pode se tornar um vicio prejudicial não somente à sua saúde, como a sua beleza, vaidade e que pode se tornar um 'menos
  • 4. atraente, esteticamente desinteressante com o passar tempo' . “O que eles vendem não é o que você leva” Aponta-nos que a Felicidade, a possível socialização que o cigarro traz tem também um outro lado; os danos à saúde, a doença e a destruição da imagem. O que evidentemente, atacaria o lado bom que a imagem traz, posto que danos a saúde, doenças respiratórias, deturpação dos dentes e da pele trariam problemas também de autoestima, sendo assim a felicidade e a socialização propostas por um lado da imagem seriam apenas passageiras. Claro, que não se espera que os alunos cheguem de fato a todas essas conclusões de maneira efetiva, mas é certo que permearam por elas, nesse caso é importante o papel do professor na condução desse discurso para que os objetivos sejam alcançados. Contextualizar os textos a realidade do aluno é fazer com que ele participe, com que seja sujeito ativo e não meramente passivo de seu conhecimento, que sinta necessidade de compreendê-lo para assim fazer as escolhas e renuncias necessárias para seu crescimento cognitivo, cultural e social, isto é, na sua própria formação como ser humano.