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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Homenagem do JB News aos Irmãos de Vitória da Conquista - BA
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrNewton Agrella – Da Cultura do Silêncio
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – O Homem é a Medida de Todas as Coisas
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – As Artes e as Ciências Liberais: Noções sobre o seu Simbolismo
Bloco 5-IrHercule Spoladore - Escocesismo
Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues - O Pecado de Adão e a Desordem Cósmica
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 18 de setembro. Versos do Irmão e Poeta Sinval
Santos da Silveira
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 2/40
Livros de artigos nos Graus de
Aprendiz, Companheiro e Mestre
Publicados na Revista O PRUMO.
Durante o período de 1970 a 2015.
Pedidos: site http://www.gosc.org.br
Ou pelo telefone: (48) 3952-3300

Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 262º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia)
Faltam 104 para terminar este ano bissexto
Dia dos Símbolos Nacionais, dia daa TV Brasileira, dia do Perdão
e início da Semana Nacional do Trânsito
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
LIVROS
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 3/40
18 de setembro
1759 – As forças francesas entregaram Quebec aos britânicos.
1781 – Nasceu em Alcochete ou em 1778, Nuno Álvares Pereira Pato Moniz, escritor,
poeta, jornalista e político liberal, amigo de Bocage, fundou o periódico O Português
Constitucional, deputado por Setúbal, deportado para Cabo Verde após a Vilafrancada,
dentre seus livros: Queda do Despotismo, Agostinheida, Elmiro e o drama O Mês das
Flores, iniciado maçon e ocupou cargos de relevo no G.O.L. (24/12/1826).
1783 – Morreu em S. Petersburgo, Leonhard Paul Euler, quando bebia chá (15/4/1707).
1788 – Washington lançou a primeira pedra da construção do Capitólio em Washington.
1793 – Proclamada a independência do Chile.
1814 – Grande concerto da G.L. de Gotemburgo, Suécia, em beneficio dos pobres a que
estiveram presentes o rei Carlos XIII, a raínha, o príncipe Bernardotte e grande parte da
corte sueca.
1818 – Independência do Chile.
1819 – Faleceu em Lisboa, Edward William Allen, maçon (8/4/1738).
1851 – Publicação do primeiro número do jornal diário The New York Times.
1865 – Inaugurado no Porto, o Palácio de Cristal, parecido com o de Londres, o qual foi
destruído em 1951 para dar origem ao atual.
1869 – Os dois Supremos Conselhos do R.E.A.A. do G.O. Português e do G.O.L., trocaram
credenciais para as respetivas comissões visando a sua união (19/10/1869).
1896 – Nasceu em Lisboa, José de Azeredo Perdigão, advogado,
jurisconsulto, democrata, figura marcante da vida portuguesa do séc. XX,
prestou serviços ao país. Espírito livre, curioso e interessado, amigo e
companheiro dos poetas do Orfeu, manteve-se toda a vida fiel aos seus
princípios. Teve papel decisivo no processo que levou à instalação em Lisboa
da sede da Fundação Calouste Gulbenkian, de que foi pres. durante mais de
trinta anos. Culto, amante das artes, da educação, da saúde e da filantropia,
contribuiu para o seu desenvolvimento (10/9/1993).
1915 – Morreu em Cuamato, Cunene, José Afonso Pala, maçon, em combate com as
forças do rei Mandune (24/2/1861).
1931 – Faleceu no Porto, Aurélio Paz dos Reis, maçon (28/7/1862).
1934 – Processou-se a admissão da U.R.S.S. na O.N.U..
EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa)
(Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 4/40
1939 – Nasceu em Lisboa, Jorge Fernando Branco de Sampaio, notável
advogado, político republicano e socialista, em estudante esteve envolvido
como líder da associação académica na luta contra Salazar em 1960/1. Foi
fundador do M.E.S. – Movimento de Esquerda Socialista e mais tarde aderiu
ao Partido Socialista. Deputado, membro da Comissão Europeia para os
Direitos Humanos, pres. da C.M. de Lisboa, pres. da república de 1996/2005.
Teve um papel e contributo importante para a tomada de consciência da
causa pela independência de Timor Leste, nomeado pela O.N.U. como enviado especial
para a luta conta a tuberculose, onde desenvolveu atividade notável. Doutorado honoris
causa pela Univ. de Aveiro, Coimbra e Lisboa, recebeu o Prémio Nelson Mandela e foi
condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique, Ordem de Torre e Espada e Ordem da
Liberdade.
1947 – Fundação da C.I.A. (Central Inteligency Agency).
1970 – Fundado o M.R.P.P. – Mov. Revolucionário para o Partido do
Proletariado, maoísta, que viria a ter papel nas lutas estudantis que
antecederam o 25 de Abril e no combate ao poder popular comunista, depois da
revolução. Eleito para Secretário-Geral Arnaldo Matos. Em 1970 iniciou-se a
publicação do órgão teórico do Partido o Bandeira Vermelha.
1973 – Alemanha foi admitida como estado membro da O.N.U..
1981 – Abolida a guilhotina e a pena de morte em França.
1987 – Faleceu em Cascais, Américo Deus Rodrigues Tomás (19/11/1894).
1999 – Percy Spencer teve o seu nome incluído no National Inventors Hall of Fame
pela invenção do forno de micro-ondas.
Cidades Aniversariantes:
 Aniversário da cidade de Diamantino, em Mato Grosso
 Aniversário da cidade de Aimorés, em Minas Gerais.
 Aniversário da cidade de Feira de Santana, na Bahia.
1793 Em cerimônia Maçônica, George Washington coloca a Pedra Fundamental no canto sudeste do
Capitólio, sede do Congresso americano.
1822 Criada por Debret e aprovada por D. Pedro I a primeira bandeira do Brasil independente, o Pavilhão
Imperial.
1835 Na Ata da Loja Filaantropia e Liberdade, de Porto Alegre, o VM Bento Gonçalves explica os motivos
da rebelião que seria deflagrada dois dias depois, conhecida como Revolução Farroupilha
1835 O Instituto Chamberlain saúda os gaúchos de todas as querências e os maçons de todo o Brasil pelo dia
20 de setembro, data da Revolução Farroupilha.
1841 Iniciado Franz Liszt na Loja Zur Einigkeit, de Frankfurt
1869 Fundação do Grande Oriente do Paraguai.
2009 Fundação da Loja "Colunas do Oriente", de Tijucas (GOSC)
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 5/40
Florianópolis vai sediar nos dias 14 e 15 de outubro o
XXIII Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 6/40
O Ir Newton Agrella -
M I Gr 33 escreve aos domingos.
É membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464
e Loja Estrela do Brasil nr. 3214
REAA - GOSP - GOB
newagrella@gmail.com
"DA CULTURA DO SILÊNCIO"
Diferentemente do que se possa imaginar, o Silêncio é um compromisso inalienável na
caminhada maçônica, posto que ele se constitui numa das obrigações a que o Iniciando se
submete estando junto ao Altar dos Juramentos, com a mão direita estendida sobre o Livro
da Lei em presença do Grande Arquiteto do Universo e perante uma assembléia de Maçons.
A instrução é clara e incisiva quanto a necessidade do Silêncio absoluto acerca de tudo o que
vier a ver, ouvir e descobrir estando entre seus Iguais.
Esse Silêncio deve ser mantido quanto a exclusividade de assuntos de natureza maçônica e a
tudo o que lhe for ensinado e transmitido.
O Silêncio por si só é um exercício de reflexão de todos os nossos Atos e Pensamentos.
É nele que se consegue dar formas e amadurecimento às Ideias, tornando-as passivas de se
concretizarem através de sua detidas ponderações.
Na Maçonaria Especulativa, cuja dialética está contida no mundo das Ideias e Reflexões na
busca da Verdade e do Aprimoramento humano, o Silêncio se traduz como uma Arte
complexa que consiste não somente na interrupção de ruido ou estado de quem se cala, mas
sobejamento para a ocorrência do Silêncio Interior do Pensamento que nos ajuda a inferir a
Verdade na profundeza mais recôndita de nossa consciência.
A própria natureza da Maçonaria, cujos augustos mistérios se revelam paulatinamente ao
Iniciado, exalta o cultivo do Silêncio como simbolo distintivo de salvaguardar os segredos de
uma Ordem Iniciática, cujos graus de conhecimento são galgados por meio de inúmeras
palavras de passe e de palavras sagradas que traduzem em sua simbologia os elementos
inerentes ao processo iniciático grau a grau...sob a égide da manutenção do sigilo de seus
mistérios fundamentados.
2 – Da Cultura do Silêncio
Newton Agrella
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Durante a própria execução ritualística dos Trabalhos em Loja, a egrégora e o sentido
universal da Ordem, sugerem quase que instintivamente o estado de Silêncio a ser mantido,
para que a construção de nosso templo interior consiga se produzir de maneira a que se
atinja a nossa alma, nosso espírito e nosso intelecto de forma crescente e positiva.
No Rito Escocês Antigo e Aceito quando ouvimos o 2o,Diácono responder ao Venerável
Mestre que deve zelar para que os Irmãos se conservem em suas colunas com respeito,
disciplina e ordem sob o enfoque ritualístico percebemos claramente que o Silêncio deve ser
elemento constante desde a abertura dos Trabalhos.
Vale ainda lembrar que esse exercício constitui-se num processo de desaceleração da
correria do dia a dia, e em diversas Lojas Maçônicas Brasil afora, independentemente do
Rito obedecido é muito comum antes do início da Sessão, que o Venerável Mestre, no
próprio Átrio ou até mesmo dentro do Templo solicite que os Irmãos parem, respirem
profundamente, e procurem se desligar por alguns instantes das atividades profanas, e
voltem-se para dentro de si, rogando tranquilidade, calma, serenidade e paz para que a
reunião transcorra de maneira profícua e em total harmonia entre os Irmãos.
Em outras palavras, o Silêncio de alguma sorte é um estado de evolução humana.
É uma forma de expressão da alma e da inteligência que por vezes diz muito mais do que mil
palavras.
Não é por acaso que a cultura milenar chinesa traz um proverbio sábio e consistente:
"A palavra é de prata, o silêncio é de ouro..."
O silêncio nos faz refletir as palavras não ditas.
Por fim, liturgicamente é uma forma de nos ligarmos ao Grande Arquiteto do Universo, e
em comunhão com o tudo o que nos cerca, devotarmos nossos pensamentos e vibrações para
a consagração de nossa Obra.
"Deus é a beleza que se ouve no Silêncio".
Fraternalmente
Newton Agrella
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 8/40
O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
é“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC.
Escreve às quartas-feiras e domingos.
Estará no dia 05 de outubro proferindo palestra
Na Loja Templários da Nova Era. Agende-se.
O HOMEM É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS
1. Protágoras: (c.490-420 a.C.) Área: Ética. Abordagem: Relativismo
Antes:
Início do século V a.C. Parmênides diz que podemos confiar mais na razão do que nas provas
dos sentidos.
Depois:
Início do século IV a.C. A Teoria das Formas de Platão defende que há absolutos ou formas
ideais de tudo.
1580: Montaigne (1533-1592) adota uma forma de relativismo para descrever o comportamento
humano de seus Ensaios.
1967-72 Jacques Derrida (1930-2004) usa a técnica de desconstrução para mostrar que qualquer
texto tem contradições irreconciliáveis.
2005 Em seu primeiro discurso como papa Bento XVI adverte que estamos caminhando para
uma ditadura do relativismo.
Contexto: É primavera em Atenas... Um visitante da Suécia diz que o tempo está quente... Um
visitante do Egito diz que tempo está frio ...Ambos estão falando a verdade ...A verdade depende
da perspectiva e, portanto, é relativa ...O homem é a medida de todas as coisas.
Verdade: Segundo Protágoras, qualquer ”verdade” revelada depende do uso da retórica e da
habilidade para debater
Frase: Muitas coisas impedem o conhecimento, incluindo a obscuridade do tema e a brevidade
da vida humana.
2. Relativismo: Relativismo é uma corrente de pensamento que questiona as verdades
universais do homem, tornando o conhecimento subjetivo. O ato de relativizar é levar em
consideração questões cognitivas, morais e culturais sobre o que se considera verdade. Ou seja, o
meio que se vive é determinante para construir essas concepções. A relativização é a
desconstrução das verdades pré-determinadas, buscando o ponto de vista do outro. Aquele que
relativiza suas opiniões é aquele que acredita que existam outros tipos de verdade, de perspectivas
para as mesmas coisas, e que não há necessariamente um certo ou errado. O primeiro passo na
aplicação do relativismo é não julgar. O estranhamento de uma outra verdade ou comportamento
ajuda na desconstrução do paradigma, e é importante para repensar os fatores que influenciaram
3 – O Homem é a Medida de Todas as Coisas
João Ivo Girardi
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 9/40
naquela construção. O relativismo é associado principalmente ao conhecimento das Ciências
Humanas, como a Antropologia e a Filosofia.
Relativismo Sofista: O chamado Relativismo Sofista é uma linha de pensamento da filosofia
grega que defende a subjetividade da verdade. O que o homem acredita e defende, seja enquanto
moral ou conhecimento é conforme ele vê e experimenta, conforme seu contexto.
Relativismo Moral: A partir do relativismo sofista, constrói-se uma corrente chamada de
Relativismo Moral, a partir da interpretação dos sofistas de que também a moralidade é
importante para o processo de construção do conhecimento. O que vai influenciar na ideia de bem
e mal. O bem é aquilo que é socialmente aceito, enquanto tudo o que sai da curva de moralidade
aprovada é tido como mal.
Relativismo Religioso: O relativismo religioso ultrapassa o relativismo moral, e além de
questionar a formação dos conceitos de bem e mal, diretamente ligados à religião, coloca em
questão a palavra de Deus como a única verdade. Também no que diz respeito às interpretações
feitas pelos homens dos livros sagrados.
Relativismo Cultural: O relativismo cultural é um conceito antropológico que define que o
conjunto de hábitos, crenças e valores de um grupo, ou seja, a sua cultura, influencia no que este
considera uma verdade. E para relativizar a cultura, a pessoa deve primeiramente não julgar, para
depois tentar entender os traços da cultura do outro que o levaram a ter aquilo enquanto verdade.
O relativismo cultural seria o contrário do etnocentrismo. O pensamento etnocêntrico é aquele
que apenas leva em consideração a moral e os valores do seu próprio grupo para interpretar outros
comportamentos, e com isto acaba julgando pela sua perspectiva pessoal o que é feito por outros
grupos. Já o relativismo cultural defende o oposto, que a cultura do sujeito deva ser relativizada,
ou seja, repensada, para que se entenda o ponto de vista do outro. (Fonte: significados.com).
3. O Homem é medida de todas as coisas: A frase o homem é a medida de todas as coisas, não
pode ser considerada como uma frase pré - humanista, valorizar totalmente o pensamento e ação
humana, valoriza a influência do homem sobre a natureza. A medida aqui falada, não diz respeito,
a uma concepção filosófica e cientifica, na qual coloca, o homem como o soberano do nosso
mundo terreno, ao contrário, Protágoras ensina que o homem é a medida de todas as coisas, por
que o homem é o único ser terreno, capaz de refleti e criticar as suas ações e a de seu grupo, no
entanto, esse julgamento não possui caráter absoluto e sim relativo. A palavra medida serve como
balança para se fazer ações sociais equilibradas, pois jamais o homem conseguiu pensar e agir
diariamente sempre fazendo o certo e negando o errado. Cada sociedade humana criou critérios
filosóficos, científicos, políticos e sociais diferentes entre si, para julgar o que é certo e errado.
4. Filosofia: (...) Assim podemos concluir que o Relativismo é um termo filosófico que se baseia
na relatividade do conhecimento e repudia qualquer verdade ou valor absoluto. Todo ponto de
vista é válido. Na filosofia moderna o relativismo por vezes assume a denominação de
relativismo cético, relação feita com sua crença na impossibilidade do pensador ou qualquer ser
humano chegar a uma verdade objetiva, muito menos absoluta. Nietzsche na sua obra A Gaia
Ciência, no tópico intitulado Nosso novo infinito, assim afirma: o mundo para nós tornou-se
novamente infinito no sentido de que não podemos negar a possibilidade de se prestar a uma
infinidade de interpretações; frase que Michel Foucault objeta: Se a interpretação nunca se pode
completar, é porque simplesmente não há nada a interpretar...pois, no fundo, tudo já é
interpretação. No diálogo platônico Teeteto, atribui-se a Protágoras uma concepção relativista do
conhecimento, por haver afirmado que o homem é a medida de todas as coisas. Nesse caso, cada
um de nós é, por assim dizer, o juiz daquilo que é e daquilo que não é. Sócrates levanta então uma
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série de objeções contra essa forma radical de relativismo subjetivista, tentando mostrar a
incoerência interna da suposição de que o que parece verdadeiro a alguém é verdadeiro para ele
ou ela. Se são verdadeiras todas as opiniões mantidas por qualquer pessoa, então também é
preciso reconhecer a verdade da opinião do oponente de Protágoras que considera que o
relativismo é falso. Ou seja, se o relativismo é verdadeiro, então ele é falso (desde que alguém o
considere falso). Haveria, por assim dizer, uma auto-refutação (ou uma autodestruição) do
relativismo cognitivo.
5. Visão Católica: Cardeal Ratzinger ataca relativismo religioso: Na missa que antecedeu a
primeira votação do conclave que escolheria o novo papa, o cardeal alemão defendeu fé clara,
que não segue ondas da moda. Antes que os 115 eleitores do novo papa se trancassem na capela
Sistina para a votação que redundou na primeira fumaça preta deste conclave - ou seja, ninguém
obteve 2/3 dos votos -, fiéis e cardeais puderam ouvir uma última palavra. Foi a defesa do
fundamentalismo religioso e um duro ataque ao relativismo, isto é, à ideia de que os católicos
podem escolher que regras de sua religião querem ou não querem seguir. O autor foi o cardeal
alemão Joseph Ratzinger, 78, ao qual, como decano do Colégio dos Cardeais, coube proferir a
homilia da missa pro eligendo papa, celebrada diante dos outros 114 prelados e de uma massa de
fiéis que lotou a basílica de São Pedro na manhã de sol tímido e brisa fresca de ontem, em Roma.
Ratzinger, tido como o nome mais forte para sair do conclave como sucessor de João Paulo II,
disparou: Ter uma fé clara, segundo o credo da igreja, é frequentemente rotulado como
fundamentalismo. Enquanto isso, o relativismo, isto é, deixar-se levar ‘daqui e dali por
qualquer vento de doutrina’, é tratado como o único compromisso à altura dos tempos
modernos. Mais ainda: Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo, que não reconhece nada
como definitivo e que deixa como última medida (das coisas) só o próprio eu e a sua vontade.
Traduzindo: só tem fé clara quem é fundamentalista, o rótulo que se aplica àqueles que defendem
a mais rígida ortodoxia ou, como preferiu Ratzinger na homilia, aquilo que o Senhor disse com
suas próprias palavras. Trazendo o fundamentalismo para os dilemas da igreja nos dias de hoje:
nada de casamento de homossexuais, nada de liberação da camisinha para o sexo seguro, nada de
ordenação de mulheres, nada de pesquisas com células-tronco, nada de permitir que divorciados
recebam os sacramentos da igreja, nada de liberação do aborto. Ratzinger citou os muitos ventos
de doutrina dos últimos decênios e as muitas correntes ideológicas, que fizeram a pequena barca
do pensamento cristão ser agitada por ondas que a jogaram de um extremo ao outro: do
marxismo ao liberalismo, até o libertinismo; do coletivismo ao individualismo radical; do
ateísmo a um vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo e assim por diante.
Lamentou em seguida que, a cada dia nasçam novas seitas, para então chegar à sua defesa da fé
clara, mesmo que seja rotulada de fundamentalismo. Para o cardeal-decano, não é
fundamentalismo, mas fé adulta. Adulta - afirmou - não é uma fé que segue as ondas da moda e
da última novidade; adulta e madura é uma fé profundamente radicada na amizade com Cristo.
A amizade com Cristo, por sua vez, é o elemento que fornece o critério para discernir entre
verdadeiro e falso, entre engano e verdade. O cardeal foi aplaudido, ao terminar, mas alguns de
seus colegas, considerados liberais em termos doutrinários mexeram-se nas suas cadeiras,
parecendo desconfortáveis enquanto Ratzinger falava em um tom pouco usual em homilias, quase
sempre feitas de metáforas, alusões indiretas e menções a textos bíblicos cuja interpretação nem
sempre é pacífica na própria igreja. Tanto não é que a eleição do novo papa, a julgar por todas as
informações disponíveis até ontem, indicavam que o centro da disputa se daria precisamente entre
os fundamentalistas, de que Ratzinger é o mais notório e inflamado porta-bandeira, e os
relativistas ou liberais. (Folha de SP - abril/2005).
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6. Parábola Hindu: Os Cegos e o Elefante: Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos.
Como os seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas
recorriam à sua ajuda. Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez
em quando, discutiam sobre qual seria o mais sábio. Certa noite, depois de muito conversarem
acerca da verdade da vida e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que
resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos companheiros: - Somos cegos
para que possamos ouvir e entender melhor que as outras pessoas a verdade da vida. E, em vez
de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí discutindo como se quisessem ganhar uma
competição. Não aguento mais! Vou-me embora. No dia seguinte, chegou à cidade um
comerciante montado num enorme elefante. Os cegos nunca tinham tocado nesse animal e
correram para a rua ao encontro dele. O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou: -
Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar nos seus músculos e eles não se movem;
parecem paredes… - Que palermice! - disse o segundo sábio, tocando nas presas do elefante. -
Este animal é pontiagudo como uma lança, uma arma de guerra… - Ambos se enganam -
retorquiu o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. - Este animal é idêntico a uma
serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia… -
Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia nas orelhas do elefante. -
Este animal não se parece com nenhum outro. Os seus movimentos são bamboleantes, como se o
seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante… - Vejam só! - Todos vocês, mas todos mesmos,
estão completamente errados! - irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. -
Este animal é como uma rocha com uma corda presa no corpo. Posso até pendurar-me nele. E
assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o sétimo sábio cego, o que
agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança. Ouvindo a discussão, pediu ao
menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tateou os contornos do desenho,
percebeu que todos os sábios estavam certos e enganados ao mesmo tempo. Agradeceu ao
menino e afirmou: - É assim que os homens se comportam perante a verdade. Pegam apenas
numa parte, pensam que é o todo, e continuam tolos! Moral: As vezes não exergamos as coisas
como realmente são, e de que forma isso pode acabar prejudicando nosso próprio
desenvolvimento.
MAÇONARIA
Rituais REAA – GLSC: (...) Muitas vezes, frequentemente mesmo, salteiam-nos à imaginação
as seguintes perguntas: O que é a vida? Para que ela serve? Qual o seu fim? Seguem-se a estas,
outras não menos transcendentes: Por que o homem não aceita a vida, como os animais, tal qual
ela é? Gozá-la do melhor modo, com feliz despreocupação, não seria mais prático, mais
acertado do que torturar o espírito querendo penetrar esses mistérios insondáveis? Esta
preocupação, infelizmente, não tem sido a de todos os homens, pois uma grande massa dos
homens quer somente que os deixem viver das satisfações materiais, não cogitando daquilo que,
em seu fraco entender, tem como supérfluo ou inútil. Há, entretanto, criaturas para as quais
esses mistérios constituem verdadeira obsessão. Preocupadas com o enigma das coisas, querem
compreender e, pelo incessante trabalho cerebral, buscam conhecer a existência dos mundos e
dos seres, interrogando ansiosamente a Natureza, para arrancar-lhe seus segredos. Meditam
sobre eles com maior encarniçamento e só se satisfazem quando concebem uma ideia capaz de
explicar racionalmente tudo quanto, até então, observaram. Desses esforços humanos surgiram
e surgem sistemas filosóficos e religiosos que, tidos e propagados como doutrinas verdadeiras,
procuram corresponder à necessidade de saber, inata no homem. Embora concebidos com
sinceridade, esses sistemas são errôneos, porque se originam de convicções e concepções
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 12/40
humanas, falíveis, portanto, como tudo o que é humano. Para formulá-las com acerto é
necessária a posse integral da Verdade, que ninguém, ainda, conseguiu. Assim, persiste o
mistério, apesar de ingentes (enormes) esforços com que os homens tentam penetrá-lo. Seu
domínio alarga-se e recua no caminho da ciência e à medida que os investigadores se
aproximam para desvendá-lo. Iludir, quanto a isso, com o propósito de dogmatizar, crente de
saber o que se afirma, são as características peculiares dos espíritos tacanhos (pequenos, que
não revelam visão). O sábio, o pensador e o verdadeiro iniciado humilham-se sempre quando
em presença de uma verdade que reconhecem superior à sua compreensão. Assim, esquivam-se
de serem instrutores das multidões, porque jamais poderiam, conscientemente, satisfazer-lhes a
justa curiosidade e, na impossibilidade material de fazê-las compreender o seu erro e, muito
menos, conduzi-las ao único caminho, preferem deixá-las entregues ás suas grosseiras
fantasmagorias. O Iniciado, porém, tem o estrito dever de correr em auxílio dos que julgar
iniciáveis, dos que, independentes, revoltam-se contra a tirania e a arbitrariedade dos sistemas
em uso. Estes merecem que se lhes ensinem a procurar o verdadeiro, sem preocupação nem
esperança do triunfo, só alcançado pelo repouso da inteligência satisfeita. No entanto, não
devemos ficar inertes. No desejo de querermos saber, buscamos avidamente o Eterno Enigma,
crentes de que este é o nosso mais nobre e elevado destino. A Verdade, esse mistério inatingível,
que nos atrai com força irresistível, é muito vasta, muito vivaz, muito livre e muito sutil para
deixar-se prender, imobilizar, petrificar na rigidez de um sistema filosófico. Os artifícios e as
roupagens com que a revestem, para no-la dar a conhecer, só servem para deturpá-la, tornando-
o a mais das vezes, irreconhecível, por isso que tudo se procura objetivar por subterfúgios será,
sempre reflexo ilusório, apagada imagem da Grande Verdade, que o Iniciado busca contemplar
face a face. (RC).
(...) Meus Irmãos, o ideal da Maçonaria é a Verdade. Toda concepção humana é progressista e,
por consequência, relativa, impondo, sempre, a indagação da Verdade, como um Dever. Se
vosso espírito é demasiado fraco, fortificai-o por meio do trabalho. Se as necessidades da vida
absorvem vosso tempo, satisfazei essas necessidades, mas sem esquecerdes, jamais, que o culto
único deve ser o da Verdade. (RMs).
Finalizando: O tema desenvolvido acima tem apenas o intuito de incitar os Irmãos para uma
reflexão: A Maçonaria é Relativista? E os Landmarks nos impõem uma verdade? 19. A crença
na existência de Deus como Grande Arquiteto do Universo. 20. Subsidiária a essa crença em
Deus, a crença na ressurreição e numa vida futura. Com a palavra os Irmãos.
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O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves*
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
AS ARTES E AS CIÊNCIAS LIBERAIS:
NOÇÕES SOBRE O SEU SIMBOLISMO.
“Porém, a Maçonaria ao referir-se a essas Ciências, o faz com puro
intuito de dirigir as referências apenas ao simbolismo, e cabendo aos
Integrantes conscientizarem-se de que ‘toda Ciência cria a Arte’; e
como conceito, dizer que ‘constantemente as Ciências ensinam algo
específico’. E, às pretensões da Ordem quanto as Ciências, a Instituição
cogitou utilizá-las aplicando-as nos trabalhos operativos, passando-os a
especulativos, abrangendo especialmente a Lógica. Já os Companheiros
devem bem estudar as Sete (7) Disciplinas, para depois demonstrar
conhecimento nessas áreas, pois promovem o surgimento do caminho
que levará à iluminação. (Trecho do livro “Maçonaria 50 Lições de
Companheiro”, de autoria do Irmão Raymundo D’Elia Junior.)
INTRODUÇÃO
Durante a Idade Média, as corporações da Maçonaria Operativa mantinham um
sistema de aprendizado de longa duração, compreendendo um período que ia de três a doze anos,
e que incluía o ensino das sete ciências.
Também eram chamadas de Sete Artes e Ciências Liberais. Em nossos dias atuais, no
que concerne às instruções do Grau de Companheiro-Maçom, onde essa temática referente às artes
e ciências liberais está inserida, o que temos, na verdade, é uma simples menção no Ritual, mais
especificamente na Primeira Instrução.
4 – As Artes e as Ciências Liberais: Noções sobre o seu Simbolismo
José Ronaldo Viega Alves
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Por um lado, não haveria tempo disponível para conseguir abarcar o conteúdo e o
estudo das mesmas, se levadas ao pé da letra, mas, queremos deixar muito claro aqui, que é no
período de instrução, durante uma sessão de 2º Grau, que ao Companheiro-Maçom deve ser dado
o conhecimento primeiro, ou pelo menos uma descrição sobre o que cada uma delas representava
na antiguidade, e do motivo pelo qual o Maçom deve ter a noção das mesmas e depois estudá-las
na medida do possível, com o intuito de assumir no mínimo o que elas representam em si.
Por outro lado, o mundo mudou bastante. No clássico “A Simbólica Maçônica” de
Boucher, que já possui bem mais de meio século, em determinado momento ele cita Plantageneta
que assim já se manifestava sobre o REAA e as Sete Ciências Liberais:
“O Rito Escocês retoma a nomenclatura das sete ciências liberais nas quais o maçom deve
conservar a sua fé, tal como era dada pela antiga constituição dos operativos, e que enumerava a
Gramática, a Retórica, a Lógica, a Aritmética, a Geometria, a Música e a Astronomia. Hoje
ainda, portanto, o Neófito recebe a comunicação das definições respectivas das sete ciências, e
essa reminiscência dos antigos costumes seria infinitamente tocante se, a partir do século XIII, o
progresso não nos tivesse fornecido os dicionários e se, desde nossa mais tenra infância, não nos
tivéssemos familiarizado com o seu uso.”
UM POUCO DA HISTÓRIA
Às ordens monásticas medievais, conforme o Irmão Varoli Filho, se deve o ensino
gratuito e a disseminação da cultura, sendo que, aos beneditinos, se deve essa prática.
Foi Cassiodoro (468-561) quem fundou um convento em sua propriedade da Apúlia e
ordenou aos monges que passassem a copiar os manuscritos antigos, além de praticar as sete artes
liberais.
Boécio, filósofo grego, contemporâneo de Cassiodoro foi quem fez a distinção das
artes em trivium e quadrivium, o que tinha relação com a divisão dos estudos em dois ciclos.
O Trivium formado pelas disciplinas, Gramática, Retórica e Lógica e o Quadrivium
formado pela Aritmética, Geometria, Astronomia e Música formavam as sete ciências e artes
liberais e foram o centro da educação no mundo ocidental até, pelo menos, o início da Era
Moderna.
É bom que se comente aqui, que no caso do quadrivium que englobava as quatro
antigas ciências dos números (foram formuladas originalmente no mundo ocidental pela
Fraternidade Pitagórica) e num tempo mais remoto, tinham uma definição um tanto diferente do
que seria hoje. Exemplificando: a “aritmética” abarcava uma boa dose de simbolismo numérico,
além da aritmologia (ciência esotérica dos números) e da aritmancia (adivinhação feita por
intermédio dos números, ou numerologia); a “geometria” tinha o seu lado místico também, onde
fazia constar aquilo que se convencionou chamar de geometria sagrada; a “música” englobava as
diversas artes, e focava principalmente nas ligações numéricas harmoniosas; a “astronomia”
estava associada com a astrologia.
Elas desempenharam um papel importantíssimo no ocultismo renascentista, fato que
até pode ser o responsável por fazer com que o quadrivium tenha sido posto de lado após o
surgimento das filosofias materialistas no século XVII.
Quando foram adotadas no século XII na França, acreditava-se que elas reunidas
possibilitariam o meio mais adequado para o conhecimento de Deus. O número sete, como
sabemos, é um número com características esotéricas, e a Maçonaria o tem como um dos números
sagrados juntamente com os números três e cinco.
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No entanto, se considerarmos o número sete somente em relação às ciências e à
importância delas, o número se tornou com o passar do tempo bastante restritivo, pois, muitas
outras disciplinas adquiriram desenvolvimento.
Tanto que hoje em dia, são consideradas Artes Liberais as profissões autônomas que
se vêem em todas as atividades, sendo que, podemos afirmar também que o vocábulo “arte
autônoma” substituiu a “arte liberal”. Em nossa Ordem, o profissionalismo não é tudo para ser
levado em conta, pois, são aceitos candidatos que sejam em primeiro lugar donos das seguintes
condições: dignidade, moralidade e conhecimento, e tanto faz exercer uma profissão liberal ou ser
empregado, ou seja, não é o seu tipo de trabalho ou de recursos, que está sendo medido, mas, ele
deve garantir recursos suficientes para com os seus gastos com a Ordem. (Rizardo Da Camino,
pág. 51, 2006)
MAÇONARIA: SOBRE O SIMBOLISMO DAS SETE ARTES E CIÊNCIAS
Já nas “Old Charges” havia referências às Artes e Ciências Liberais, e a partir do
momento em que foi fundada a Maçonaria Especulativa, elas ficaram fazendo parte do sistema de
instruções que eram ministradas aos maçons. Num primeiro momento faziam parte do Grau de
Aprendiz, já que este era o Grau mais importante desse período. Após, passaram a fazer parte de
Grau de Companheiro, pelo fato de que este é o Grau simbólico da Ciência, e foram então
representadas pelos sete degraus da escada em espiral. Devidamente interpretadas, significam o
símbolo do progresso no conhecimento. (Nicola Aslan, 2012)
Com base no simbolismo que as disciplinas inspiram, e usando do disposto no
“Vade-Mécum Maçônico” do Irmão João Ivo Girardi, temos as seguintes representações para as
mesmas:
“Antigas instruções assinalam que o maçom deve falar pouco e bem (Gramática e Retórica);
exprimindo sempre a Verdade (Lógica); deve medir seus pensamentos, seus planos, sua
imaginação e suas ações (Geometria e Aritmética); deve viver em perfeita harmonia com seus
Irmãos (Música); mantendo com eles, ligação e atração, com afabilidade e humildade,
reconhecendo sua insignificância perante o macrocosmo do Universo (Astronomia).
Gramática: (ensina através de regras próprias, a linguagem, o expressar das idéias. Retórica:
(adorna e embeleza a palavra, criando um estilo individual). Lógica: também conhecida como
Dialética (para formar juízos e concepções exatas de todas as coisas). Aritmética: (que empresta
valor verdadeiro aos números: a fim de não errar nos cálculos). Geometria: (proporciona o
conhecimento das proporções e dimensões do corpo). Música: (dá doçura e harmonia aos sons,
com reflexos gratos ao coração e sentimentos). Astronomia: (que ensina e demonstra a ordem e o
equilíbrio perfeito do firmamento).”
CONCLUSÃO:
Quando citei Plantageneta, e ele havia mencionado os dicionários como um grande
recurso, imaginem se ele estivesse vivendo em nossa época, em meio aos computadores e à
enxurrada de informações. A pergunta é: Qual o sentido para o estudo das artes e das ciências
liberais na Maçonaria da atualidade?
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Em tempos bem mais antigos essas artes eram enaltecidas, não sendo muitos aqueles
que detinham os conhecimentos dos conteúdos das mesmas. Havia uma lenda em torno das
mesmas, aliada ao seu número esotérico que é o número sete, dos mistérios que elas encerravam
numa época que o acesso ao conhecimento era muito restrito, e quando não era secreto. Elas
representavam todo o conhecimento do mundo da antiguidade e representavam os sete degraus
que conduziriam aqueles que verdadeiramente estudassem e persistissem em querer auferir
conhecimentos sobre o Eterno.
Nos moldes aqueles, no estágio em que foram herdadas pelos monges e depois pela
Maçonaria da época, propiciavam um conhecimento incomum, uma porta de acesso para lugares
que somente a mente com a sua imaginação poderia fazer chegar.
Mas, hoje aquilo tudo pode até ser considerado arcaico, restando, isto sim, o simbolismo que cada
uma delas contém. O Irmão Castellani, disse certa vez, que a Maçonaria é progressista e evolutiva,
sendo que, embora muitos dos seus pergaminhos sejam monumentos históricos, foram vencidos
pelo tempo. E muitas vezes, nós esquecemos simplesmente dessas suas características.
CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS:
ASLAN, Nicola. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” – Editora Maçônica “A
Trolha” Ltda. 3ª Edição – 2012
BOUCHER, Jules. “A Simbólica Maçônica”- Editora Pensamento
DA CAMINO, Rizzardo. “Dicionário Maçônico”- Madras Editora Ltda. 2006
D’ELIA JUNIOR, Raymundo. “MAÇONARIA - 50 Instruções de Companheiro” – Madras Editora Ltda.
2011
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite – Vade-Mécum Maçônico”- Nova Letra Gráfica e
Editora ltda. 2ª Edição – 2008.
GREER, John Michael. “Dicionário Enciclopédico do Pensamento Esotérico Ocidental” – Editora
Pensamento-Cultrix – 1ª Edição - 2012
PETERS, Ambrósio. “MAÇONARIA – História e Filosofia – GOEP – 1999 – 2ª Edição
VAROLI FILHO, THEOBALDO. “Curso de Maçonaria Simbólica” 1º Tomo (Aprendiz ) 2ª Edição Editora
A Gazeta Maçônica S.A. 1977
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O Ir Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”-
Londrina – PR – escreve aos domingos
hercule_spolad@sercomtel.com.br
ESCOCESISMO
O ESCOCESISMO OU ESCOCISMO É CARACTERIZADO POR
UMA SÉRIE DE RITOS QUE NASCERAM NA FRANÇA A PARTIR
DE 1649 E TIVERAM UM DESENVOLVIMENTO ATÍPICO,
PECULIAR E SINCRÉTICO, RECEBENDO AS MAIS VARIADAS
DENOMINAÇÕES E INFLUÊNCIAS QUER FILOSÓFICAS,
MORAIS, BÍBLICO-JUDAICAS, HERMETICAS, OCULTAS,
ROZACRUCIANAS, GNÓSTICAS,TEMPLÁRIAS, RELIGIOSAS
(JESUÍTICAS), SOCIAIS, DOS MODISMOS DA ÉPOCA DOS
CAVALHEIROS E GENTÍS-HOMENS DAS MONARQUIAS E
REINADOS, DA PRÓPRIA HISTÓRIA DA HUMANIDADE E
PRINCIPALMENTE INFLUÊNCIAS POLÍTICAS, TUDO ISSO
ACONTECENDO NUM PERÍODO BASTANTE
TRANSFORMADOR DA HISTÓRIA DO MUNDO.
ELE NASCEU NA FRANÇA, A PARTIR DA INICIATIVA DE STUARTISTAS, QUE FORAM EXILADOS
INGLESES E ESCOCESES, APÓS A DECAPITAÇÃO DE CARLOS 1º (STUART), REI DA
INGLATERRA EM 1689 PELO PURITANO OLIVER CROMMWELL. CARLOS Iº ERA UM STUART
(DINASTIA DE REIS ORIUNDOS DE FAMÍLIAS ESCOCESAS, QUE REINARAM NA INGLATERRA E
ESCÓCIA DESDE 1601 ATÉ 1688.
5 – Escocesismo
Hercule Spoladore
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A VIUVA DE CARLOS Iº, HENRIQUETA DE FRANÇA ACEITOU ASILO POLÍTICO DE LUIZ XIV, REI
DA FRANÇA, INSTALANDO-SE COM A CÔRTE DEPOSTA NO CASTELO DE SAN GERMAIN EN
LAYE. TAMBEM VIERAM SE JUNTAR AO GRUPO, MEMBROS DA NOBREZA ESCOCESA E
INGLESA, PARA CONSPIRAR A RETOMADA DO TRONO INGLÊS.
ESTES NOBRES PARA SE PROTEGEREM CONTRA OS ELEMENTOS CONTRÁRIOS À DINASTIA
STUARTISTA, ABRIGAVAM-SE SOB A FACHADA DE LOJAS MAÇÔNICAS.
A MONARQUIA INGLESA FOI RESTAURADA EM 1660 ATRAVÉS DE CARLOS II (FILHO DE
CARLOS I ) REINOU ATÉ 1685.
JAIME II SUCESSOR DE CARLOS II, APÓS TER SUBIDO AO TRONO, FOI EXPULSO EM 1688. OS
ADEPTOS DE JAIME II PASSARAM A SE CHAMAR NA INGLATERRA DE JACOBITAS.
A 1ª LOJA STUARTISTA OU JACOBITA FUNDADA NA FRANÇA EM 25.03.1688 (COM
COMPROVAÇÃO) POR ELEMENTOS DA GUARDA IRLANDESA. OUTROS AUTORES, SITUAM
ESTA LOJA EM 1689.
OUTRA LOJA ”LA CONSTANCE” TERIA SIDO FUNDADA EM ARRAS PELO INGLES LORD
PENBROCKE EM 1689. OUTRAS LOJAS FORAM FUNDADAS.
A PARTIR DESTES FATOS FORAM SENDO FUNDADAS INÚMERAS LOJAS NA FRANÇA, EM FUNÇÃO
DO DESENVOLVIMENTO DA ORDEM NAQUELE PAÍS POR INICITATIVA E AO ESTILO DOS
PRÓPRIOS FRANCESES. HISTÓRICAMENTE A MENÇÃO INGLESA É CITADA POR SER A PRIMEIRA
MANIFESTAÇÃO MAÇÔNICA EM TERRITÓRIO FRANCÊS
RELAÇÃO DE ALGUNS RITOS ESCOCESES FUNDADOS NA
FRANÇA
1) RITO ESCOCÊS DE CERNAU (33 GRAUS)
2) RITO ESCOCÊS PRIMITIVO (25 GRAUS)
3) RITO ESCOCÊS PRIMITIVO DE NAMUR (33 GRAUS)
4) RITO ESCOCÊS DE NARBONA (10 GRAUS)
5) RITO ESCOCÊS FILOSÓFICO DA LOJA-MÃE DE MARSELHA (12 GRAUS)
6) RITO ESCOCÊS FILOSÓFICO DA LOJA-MÃE DA FRANÇA ( 10 GRAUS)
7) RITO ESCOCÊS FILOSÓFICO (1?,12? OU 09? GRAUS)
8) RITO DO ESCOCISMO REFORMADO DE SAN MARTIN( 07 GRAUS)
9) RITO “OS ESCOCESES FIÉIS” (09? GRAUS)
10) RITO DOS ESCOCESES (04 GRAUS)
11) RITO DO ESCOCÊS TRINITÁRIO
12) RITO “LE PLUS SECRETS MYSTERES” (07 GRAUS)
13) RITO ESCOCÊS DOS SETE GRAUS (07 GRAUS)
14) RITO NACIONAL ESCOCÊS (10 GRAUS) (É POSSÍVEL NA FRANÇA?)
15) RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO ( 33 GRAUS)
16) RITO ESCOCÊS RETIFICADO (06 GRAUS)
OS RITOS, REAA E O RER SÃO OS DOIS ÚNICOS QUE LEVAM O NOME DE RITO ESCOCÊS,
PRATICADOS NO MUNDO ATUALMENTE.
O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO, COMO É CONHECIDO QUASE QUE NO MUNDO INTEIRO
MENOS NA INGLATERRA, PAIS DE GALES ONDE É CHAMADO DE RITO ANTIGO E ACEITO,
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PARA SE EVITAR A IMPRESSÃO GEOGRAFICA ERRADA DE QUE A ESCOCIA SERIA O PAÍS DE
SUA CRIAÇÃO.
TEM 33 GRAUS, FOI CRIADO EM 31.05.1801 EM CHARLESTON-EUA, USANDO A
SUPERPOSIÇÃO DE MAIS OITO GRAUS EM CIMA DOS VINTE CINCO GRAUS DO RITO DE
PERFEIÇÃO OU DE HEREDON, ADAPTANDO-SE ALGUNS GRAUS NA HIERARQUIA DO 4º AO 33º
E MUDANDO-SE ALGUNS TÍTULOS DE NOMES DE ALGUNS GRAUS. PREDOMINA NO BRASIL
EM CERCA DE 95% DAS LOJAS. OS GRAUS SUPERIORES SÃO REGIDOS POR SUPREMOS
CONSELHOS E AS LOJAS SIMBÓLICAS, POR GRANDES-ORIENTES OU GRANDES LOJAS.
O RITO ESCOCÊS RETIFICADO PRATICADO NA FRANÇA, E ATUALMENTE NO BRASIL ATRAVÉS
DO GOB E GLESP É UM RITO EMINENTEMENTE CRISTÃO. NÃO ACEITA COMO MAÇOM QUEM
NÃO SEJA CRISTÃO. ERA PRATICADO NA LOJAS JACOBITAS (STUARTISTAS), E ATÉ HOJE
NÃO SOFREU ALTERAÇÕES. TEM SEIS GRAUS (ALEM DOS SIMBÓLICOS TEM OS GRAUS:
MESTRE ESCOCÊS DE SANTO ANDRÉ, ESCUDEIRO NOVIÇO E GRANDE BENFEITOR DA
CIDADE SANTA) SOB A JURISDIÇÃO DO GRANDE PRIORADO DA GÁLIA QUE TEM TRATADO
COM A GRANDE LOJA NACIONAL DA FRANÇA. SUAS SESSÕES PARECEM PEÇAS OU
SESSÕES DE MUSEU POR SEREM PRATICADAS COMO SE FOSSEM HÁ MAIS DE DUZENTOS
ANOS.(FUNDADO EM 1772)
ORIGENS PROVÁVEIS DO TERMO “ESCOCÊS”
NÃO TEM RELAÇÃO COM A ESCÓCIA, POIS O RITO NASCEU NA FRANÇA.
LE FORESTIER: SERIA BASEADO NO DISCURSO DE RAMSAY (1737). MAS EM 1735 JÁ EXISTIA
O TERMO, POIS EXISTIA O GRAU DE MESTRE ESCOCÊS.
OSWALD WIRTH: EXISTIU UM 4º GRAU QUE SE DENOMINAVA MESTRES ESCOCESES
(TRATAVA-SE DA DESCOBERTA SOB AS RUINAS DO TEMPLO DE UMA ABOBADA,ONDE HAVIA
UM ALTAR COM A PALAVRA PERDIDA). ERA UM RITO POLÍTICO (JACOBITA). PRETENDIA
REGER OS DEMAIS GRAUS SIMBÓLICOS.
MUITOS DOS GRANDES EVENTOS MAÇÔNICOS PRIMITIVOS E NOMES DE MAÇONS
IMPORTANTES DA ÉPOCA ERAM ESCOCESES.
1º MAÇOM ACEITO, JOHN BOSWELL (08.06.1600) ERA ESCOCÊS.
1ª LOJA MAÇÔNICA DE KILWINNING nº 0 ERA NA ESCÓCIA.
1ª CONSTITUIÇÃO MAÇÔNICA REPRESENTANDO UMA OBEDIÊNCIA, FOI ESCRITA POR UM
MAÇOM ESCOCÊS, ANDERSON.
ANDRE MICHEL DA RAMSAY (PROVÁVEL INSPIRADOR DOS GRAUS SUPERIORES), ERA
ESCOCÊS.
1º PROFESSOR DA MAÇONARIA DO MUNDO, QUE IDEALIZOU O PRIMEIRO CATECISMO, (
RITUAL) WILLIAN PRESTON, ERA ESCOCÊS.
A PARTIR DAÍ O TERMO ”ESCOCÊS” GENERALIZOU-SE. DE NOME NACIONAL PARA QUEM
NASCESSE NA ESCOCIA PASSOU A INDICAR TAMBEM SESSÕES LOCAIS DE UMA REDE
POLÍTICA, TRATANDO DE ASSUNTOS POLÍTICOS E MAÇÔNICOS. A PALAVRA “ESCOCÊS”
PASSOU A SER UM RÓTULO.
.
A MAIORIA DOS FIÉIS JACOBITAS ERAM ESCOCESES, O QUE FEZ COM QUE TODOS
JACOBITAS MESMO QUE NÃO TIVESSEM NASCIDOS NA ESCÓCIA, FOSSEM CHAMADOS DE
ESCOCESES.
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INFLUÊNCIAS DO TERMO “ESCOCÊS”
1) MESTRE ESCOCÊS SERIA O PRIMEIRO 4º GRAU EM CONTINUAÇÃO
AOS TRÊS PRIMEIROS, SENDO O 5º GRAU DO RITO DE ZINNENDORF.
2) PERFEITO ARQUITETO ESCOCÊS . GRAU MAÇÔNICO CITADO POR M. PYRON.
3) CAVALEIRO ESCOCÊS 9º GRAU DO RITO DOS ILUMINISTAS.
4) GRANDE ARQUITETO ESCOCÊS É O 45º GRAU DO RITO
METROPOLITANO DA FRANÇA.
5) GRANDE MESTRE ESCOCÊS É 6º GRAU DE UM SISTEMA
CAPITULAR PRATICADO NA HOLANDA.
6) NOVIÇO ESCOCÊS É O 8º GRAU DO RITO ILUMINISTA.
7) OS ESCOCESES 4º GRAU DO RITO DE RAMSAY 5º GRAU DO RITO
MODERNO E A 4ª CLASSE DO RITO DE MISRAIN ( DESDE O 14º ATÉ O 19º GRAU)
8) OS ESCOCESES DA ABÓBADA SAGRADA DE SANTIAGO VIº É O 33º GRAU DO RITO
METROPOLITANO DA FRANÇA, 20º GRAU DO RITO DE MISRAIN.
9) OS ESCOCESES DE CLERMONT É O 30º GRAU DO CAPÍTULO METROPOLITANO DE
FRANÇA.
10) ESCOCÊS DE QUARENTA É O 34º GRAU DO CAPÍTULO
METROPOLITANO DA FRANÇA.
11) ESCOCES FIÉL - FUNDADO EM 1748 COM 9 GRAUS.
12) ESCOCESES-FRANCESES É 0 35º GRAU DO CAPÍTULO METROPOLITANO DA FRANÇA.
13) ESCOCESES DE GRANVILLE É O 31º GRAU DESTE CAPÍTULO.
14) GRANDES ESCOCESES É O 14º GRAU DE VÁRIOS RITUAIS FRANCESES.
15) ESCOCESES-INGLESES É UM GRAU DO RITO FILOSÓFICO DA LOJA-MÃE DA FRANÇA.
EVOLUÇÃO DO ESCOCESISMO PARA OS ALTOS GRAUS
CRIAÇÃO DO R.E.A.A.
CRIAÇÃO DO 4º GRAU “MESTRE ESCOCÊS” 1735.
DISCURSO DE ANDRÉ MICHEL RAMSAY EM 1737, PUBLICADO EM 1738.
CAPÍTULO DE CLERMONT OU COLÉGIO DOS JESUITAS 1754.
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GRANDE CONSELHO DOS IMPERADORES DO ORIENTE E DO OCIDENTE (GSLESJJ 1758 ( 25
GRAUS- RITO DE PERFEIÇÃO OU DE HEREDON) FOI A MAIS IMPORTANTE DAS OBEDIÊNCIAS
ESCOCESAS.
PATENTE DE ETIENNE MORIN (OU STEPHEN MORIN) 27.08.1761 PARA A FUNDAÇÃO DE LOJAS
DOS ALTOS GRAUS NA AMÉRICA.
ENCONTROU NA AMÉRICA UMA MAÇONARIA ESCOCESA JÁ ESTRUTURADA.
OUTORGOU O TÍTULO DE GRANDE INSPETOR GERAL ADJUNTO À 16 IRMÃOS E ENTRE ELES Á
HYMAN ISAC LONG.
CONSTITUIÇÃO DE BORDEAUX DE 20.09.1762. COMPLEMENTADA POR INSTITUTOS E
REGULAMENTOS GERAIS.
NOVOS INSTITUTOS SECRETOS E FUNDAMENTAIS DA MUITO ANTIGA E VENERÁVEL
SOCIEDADE DOS ANTIGOS MAÇONS LIVRES ASSOCIADOS OU ORDEM REAL E MILITAR DA
FRANCO MAÇONARIA (01.05.1786) (ATRIBUÍDA FALSAMENTE A FREDERICO II DA PRUSSIA) –
ESCRITOS POSTERIORMENTE À DATA MENCIONADA).
CONSTITUIÇÕES ESTATUTOS E REGULAMENTOS PARA O GOVERNO DO SUPREMO
CONSELHO E DOS INSPETORES GERAIS DO GRAU 33 E TODOS OS CONSISTÓRIOS DO
MUNDO (01.05.1786) ATRIBUÍDA FALSAMENTE À FREDERICO II DA PRUSSIA. (SUPOSTAMENTE
LEVADA A EFEITO NO GRANDE ORIENTE DE BERLIM, CONTANDO COM A PRESENÇA DE SUA
MAJESTADE, FREDERICO, REI DA PRUSSIA, SOBERANO COMENDADOR). ISTO NÃO
ACONTECEU.
RESIDIAM EM SÃO DOMINGOS NO FINAL DO SÉCULO O CONDE ALEXANDRE FRANÇOIS DE
GRASSE TILLY E SEU SOGRO JEAN BAPTISTE DELAHOGUE. EM 1793 MUDARAM PARA
CHARLESTON, FUNDARAM A UMA LOJA “LA CANDEUR”. LÁ JÁ EXISTIAM 11 LOJAS FILIADAS À
GRANDE LOJA DE CAROLINA DO SUL. RECEBERAM O TÍTULO DE GRANDE INSPETOR GERAL
ADJUNTO DE HYMAN LONG.
GRASSE TILLY JÁ ALIMENTAVA NESTA ÉPOCA EXPANDIR O RITO DE HEREDON,
ACRESCENTANDO MAIS GRAUS AOS 25 JÁ EXISTENTES.
COMO TUDO ACONTECEU
AJUNTARAM-SE AOS SEGUINTES PARCEIROS: JAMES MOULTRIE E ISAC AULD
(AMERICANOS), FREDERICH DALCHO E ABRAHAN ALEXANDER (INGLESES) JONH MITCHEL E,
THOMAS BARTOLOMEW BOWEN (IRLANDESES), MOSES CLAVA LEVY (POLONÊS) EMMANUEL
DE LA MOTTA (ILHA DE SANTA CRUZ DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS), ISRAEL DELIEBEN
(CHECOSLOVACO).
REFEREM QUE JÁ EM 1797 GRASSE TILLY TERIA ASSINADO UM DOCUMENTO COMO
SOBERANO GRANDE COMENDADOR.
EM 24.05.1801 FORMOU-SE UM SUPREMO CONSELHO DE SOBERANOS GRANDES
INSPETORES EM CHARLESTON, QUANDO GRASSE TILLY ASSINOU PATENTES TORNANDO
TODOS OS IRMÃOS MENCIONADOS GRANDES INSPETORES GERAIS, TENDO OUTORGADO O
GRAU 33 PARA TODOS E AINDA ELES SERIAM CONSIDERADOS FUNDADORES DO 1º
SUPREMO CONSELHO DO MUNDO. OS PRINCIPAIS MAÇONS ENVOLVIDOS FORAM DALCHO,
MITCHEL QUE SERIA O 1º SOBERANO COMENDADOR, ALEM DE GRASSE TILLY.
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FUNDAÇÃO DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO EM CHARLESTON EM 31. 05.1801 QUANDO
FOI FUNDADO O 1º SUPREMO CONSELHO MÃE DO MUNDO DO GRAU 4 AO 33 ( AINDA NÃO
LEVAVA O NOME ESCOCÊS ) POR 11 IRMÃOS, ATRIBUINDO TAMBEM FALSAMENTE À
FREDERICO IIº DA PRUSSIA A FUNDAÇÃO DO RITO (GRASSE TILLY NÃO ASSINOU O
DOCUMENTO, MAS RECEBERIA PATENTE E ESTABELECERIA UM SUPREMO CONSELHO PARA AS
ILHAS FRANCESAS DA AMÉRICA NO CABO FRANCÊS - SÃO DOMINGOS. EM 1802 CRIOU OUTRO
EM KINGSTONE-JAMAICA-, EM 17.10 1804 FUNDOU O 1º SUPREMO CONSELHO DO GRAU 33 DA
EUROPA EM PARIS, EM 1805 NA ITALIA E 1811 NA ESPANHA E 1817 NOS PAISES BAIXOS).
A CONSTITUIÇÃO DE 1786 NUNCA APARECEU. ELA TERIA SIDO ELABORADA POR DALCHO,
GRASSE TILLY, DALAHOGIUE E MITCHEL.
FREDERICO DA PRUSSIA MORREU EM 17.08.1786 APÓS SOFRIMENTO DE SETE MESES. ESTAVA
ACAMADO, ESCLEROSADO COM DOENÇA CRÔNICA DEGENERATIVA. ELE NÃO GOSTAVA DE
GRAUS SUPERIORES, E SABE-SE QUE EM 1786 NENHUM “SUPREMO CONSELHO” SE REUNIU EM
BERLIM. ELE HAVIA SIDO GRÃO-MESTRE ATÉ 1747 DA GRANDE LOJA ”TRÊS GLOBOS
TERRESTRES” A PARTIR DAÍ SE RETIROU DEFINITIVAMENTE DA MAÇONARIA. EM 1766 QUANDO
A SUA GRANDE LOJA ADOTOU O RITO “ESTRITA OBSERVÂNCIA”, ELE RETIROU O TÍTULO DE
PROTETOR DA MESMA DA QUAL ERA MEMBRO DESDE 1740.
FREDERICO DA PRUSSIA NÃO FUNDOU O REEA ELE É APENAS UMA LENDA. TEMOS QUE
ACEITA-LO ASSIM, JÁ QUE TODAS AS ORGANIZAÇÕES, ENTIDADES, POVOS, CIVILIZAÇÕES,
TÊM QUE TER O SEU MITO, BASEADO NUMA LENDA OU NÃO SOBREVIVEM.
ASSIM FOI CRIADO O RITO ESCOCES ANTIGO E ACEITO...
Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas – Londrina – PR.
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 23/40
O Irmão João Anatalino Rodrigues
escreve aos domingos
jjnatal@gmail.com -
www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br
O PECADO DE ADÃO
E A DESORDEM CÓSMICA
O pecado de adão
A Cabala ensina que Adão é o ser humano que teve sua alma
insuflada pelo “sopro divino”. Em termos de ciência neurológica
podemos entender essa metáfora como aquisição da camada neural que
deu ao homem a capacidade de refletir. Para a Maçonaria esse “sopro” é
a aquisição da sabedoria que permitiu ao homem colocar “ordo ab
chao”, ou seja, adquirir consciência de si mesmo e do mundo para
organizá-lo de uma forma lógica.
No Zhoar(a Bíblia cabalista) essa imagem é descrita do seguinte
modo: “Quando o homem inferior descende (dentro deste mundo), do
mesmo modo que quando entra na forma superior (nele mesmo), ao
mesmo tempo isso lhe confere a base de suas almas ou dois espíritos. (Ou seja) o homem está
formado por dois lados: tem o direito ou reto e o esquerdo ou sinistro. E pode ser observado de
ambos os lados. Em relação ao lado direito, ele tem NShMThA QDIShA (Neschamotha Qadisha),
a sagrada inteligência; enquanto em relação ao lado esquerdo, ele tem NPShChIH,( Nephesh
Chia), a alma animal”.1
Aqui, mais uma vez, conseguimos ver as estranhas imagens da inteligência cabalística cantando
um dueto bem afinado com as teses dos modernos cientistas e teóricos do evolucionismo, que
vêem o homem como resultado de uma longa evolução que se processou no correr de milhares de
anos e que foi conduzida pela sua necessidade de desenvolver meios cada vez mais eficazes de
sobrevivência, em face de um ambiente hostil. Assim, o homem, á medida que ia descobrindo
essas estratégias, que o fazia cada vez mais sábio, ia também adicionando novas camadas neurais
á estrutura do seu cérebro, as quais foram também legadas aos seus descendentes como herança
biológica. Por isso é que a interpretação cabalística desse fenômeno diz mais adiante que “O
homem pecou, e por isso foi se expandindo até o lado esquerdo; e então, aqueles que carecem de
forma também foram expandidos. Isso se refere aos espíritos da matéria, que receberam o
domínio das sendas inferiores da Alma de Adão, e aí assentaram as bases da concupiscência).
Quando (e portanto) foram unidos e ligados, (na base da concupiscência, juntos com a conexão,
1
Knor Von Rosenroth- A Kabballah Revelada, Madras, 2011- pg. 110.
6 – O Pecado de Adão e a Desordem Cósmica
João Anatalino Rodrigues
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 24/40
as duas almas do homem e o espírito animal), tiveram lugar, portanto, as gerações, como os
animais dos quais muitas vidas são geradas, todas em uma mesma conexão.2
Aqui se explica a notável dualidade que se encontra no homem, de um lado evoluindo na
própria biogênese que conforma todas as espécies animais e por outro lado construindo um
espírito, através da sua capacidade reflexiva. Um anjo-animal, que tem, por dentro a Neschamotha
Qadisha (sagrada inteligência) e por fora a Nephesh Chia, a alma animal.3
Por isso os estranhos dizeres do Senhor com respeito á serpente: porei inimizade entre ti e a
mulher, e entre tua descendência e a sua (dela) descendência. Ela te ferirá a cabeça e tu lhe
ferirás o calcanhar”. 4
Quer dizer, haverá sempre um conflito no espírito do homem entre a sua
espiritualidade (a mulher, sua parte feminina) e a sua materialidade (a sua origem animal).
Enquanto a primeira o concita a buscar um patamar de espiritualidade cada vez maior (ferindo-lhe
a cabeça), este o cutuca no sentido de atender, cada vez mais aos seus sentidos, o seu apego á
matéria (o seu calcanhar). Dessa forma se entende a “inimizade” posta entre matéria e espírito,
que só pode ser superada pela gnose que ilumina.5
A desordem cósmica
Destarte, o “pecado de Adão”, visto pela ciência como sendo a aquisição da consciência
reflexiva pelo ser humano, para os cabalistas significa também a instituição da desordem no
âmbito da Criação, pois tanto o surgimento da vida a partir das combinações energéticas da
matéria, quanto a aquisição da capacidade reflexiva pelo homem podem ser visto como um “ponto
fora da curva” como dizem os matemáticos, ou como uma “emergência descontínua”, no dizer de
Teilhard de Chardin. Esse último fenômeno (a capacidade de refletir) desequilibrou o processo
natural da vida, colocando o ser humano em um nível bem acima de todos os demais espécimes
que a natureza havia criado até então. De tal maneira que o ser humano passou a ser responsável
pela sua própria evolução, interferindo no rumo natural das coisas e ameaçando a própria Criação.
Para recuperar o equilíbrio que essa nascente qualidade do homem provocou na natureza (coisa
que talvez não tenha conseguido até hoje), quanto ela não teve (ou ainda terá) que se reestruturar
para isso? 6
Destaque-se que as modernas teses evolucionistas identificam uma fase reptiliana na mais
primitiva das combinações cerebrais que a espécie humana já teve. Coleman nos mostra, em seu
excelente estudo sobre a inteligência emocional, como o cérebro humano evoluiu, partindo das
suas primeiras conformações, até o desenvolvido equipamento neurológico que ostentamos hoje.7
Por outro lado Teilhard de Chardin ensina que as espécies vivas evoluem por aquisição de
propriedades, as quais vão sendo adquiridas através das combinações celulares que se processam
em níveis cada vez mais complexos. É o que ele chama de aditividade dirigida. Quer dizer,
através do fenômeno da hereditariedade, cada geração acrescenta á espécie um grau maior de
2
Kabbalah Revelada, citada, pg. 110.
3
Um dos significados da palavra nephesh, em hebraico, é serpente. Por isso, nas doutrinas místicas, a origem da sabedoria
humana está ligada ao mito da serpente. Mas nephesh significa também sangue, espírito vital. Por isso em muitos cultos
ofitas há o registro de sacrifícios de sangue, significando que a oferta do sangue á divindade é o mesmo que ofertar-lhe o
espírito vital.
4
Gênesis, 3:15
5
O calcanhar é o símbolo do “ego”, o ponto fraco do ser humano, que deve ser buscado quando se quer atingi-lo. Daí a
metáfora do “calcanhar de Aquiles”.
6
Emergência descontínua é o termo usado por Chardin para designar um acontecimento excepcional, que atropela as
tendências naturais. O surgimento da vida é uma dessas emergências descontínuas e a aquisição, por parte da espécie
humana, da capacidade reflexiva, é outro desses fenômenos naturais. Por isso a sua obra fundamental se chama o
“Fenômeno Humano”.
7
Inteligência Emocional, op. citado, pg.24.
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evolução, adquirido do aprendizado feito em cada experiência de vida. Usando suas próprias
palavras, “Por acumulação contínua de propriedades (qualquer que seja o mecanismo dessa
hereditariedade) a Vida faz como “bola de neve”. Ajunta caracteres sobre caracteres no seu
protoplasma. Vai se complicando cada vez mais...)” nós podemos ter uma compreensão mais
clara desse processo.8
Ou como diz Coleman ao descrever a evolução do cérebro humano, desde o estágio reptiliano
até a avançada conformação de hoje: “Ao longo de milhões de anos, o cérebro humano cresceu de
baixo para cima, os centros superiores desenvolvendo-se como ela-borações das partes
inferiores, mais antigas (...)” 9
.
Assim, a evolução do nosso cérebro foi seguindo um caminho mais ou menos seme-lhante ao
da própria Criação, conforme se depreende do desenho da Árvore da Vida, da Cabala. Não
devemos nos esquecer que para os cabalistas, Adão, antes do pecado, era um corpo etéreo (um
espírito) que não tinha nenhuma semelhança física com o ser humano. Ele era, como diz Gershon
Scholem,“ uma figura puramente espiritual, uma “grande alma”, cujo corpo mesmo era uma
substância espiritual, um corpo etéreo, ou corpo de luz. As potências superiores continuavam a
fluir para dentro dele, conquanto refratadas e ofuscadas em sua descida. Ele era, assim, um
microcosmo a refletir a vida de todos os mundos.”10
Tornou-se humano por aquisição da
propriedade de refletir. Com isso gerou uma desordem cósmica que foi preciso restabelecer.
Tikun: a restauração da ordem
A Cabala ensina também que o corpo do Adão terrestre foi refletido na terra a partir do seu
modelo celeste Adão Kadmon, para cumprir uma tarefa. Essa tarefa era a de resgatar as
“centelhas” (almas) da Luz de Deus que se espalharam pelo vazio cósmico no momento em que
Deus se manifestou (ou a sua energia se espalhou em consequência do Big-Bang). Se Adão
houvesse cumprido sua tarefa, a Criação teria terminado no Sabbath (o Sábado), consumada na
união do masculino com o feminino (a união de Adão e Eva). E o paraíso seria o prêmio final
dessa tarefa, não só para o casal humano, mas para toda a sua descendência. Mas Adão fracassou e
a história humana começa, então, com a retirada da vestimenta etérea que cobria o corpo do casal
humano. Assim se explica a estranha informação constante de Gênesis, 3;21; “ E o Eterno Deus
fez para o homem e para sua mulher túnicas de pele e os fez vestir.” Isto é, deu vestimentas de ser
humano aos seres que antes, eram espirituais. Por isso o salmista diz: “ o que é o homem para que
Te lembres dele? E o filho do homem, para que tu o visites? Pois pouco menor o fizeste do que os
anjos, e de glória e de honra o coroaste.(Salmos 8:5).
O pecado de Adão fez com que a Schehiná (a presença de Deus no universo) fosse espalhada
pelo mundo. Dessa forma, a missão do homem Adão, como ser humano, passou a ser a tarefa da
reunir, de novo, na alma do homem, as centelhas da Schehiná dispersa, o que se dará, por fim,
quando se concretizar o processo do Tikun, ou seja, a restauração da ordem no caos, que foi
instituída com a queda do homem do céu e sua transformação em ser humano.
A função do Messias
Essa restauração (o Tikun) será conduzida pelo Messias, através de um processo do qual todos
participaremos. Assim, a redenção de todas as almas é uma consequência dos nossos atos. O
Messias é o “professor”, o guia que nos conduz nesse processo. Como bem observa Gershon
Scholem, não devemos nos esquecer que essa concepção da doutrina cabalista, que encampa
8
O Fenômeno Humano, citado, pg. 160.
9
Inteligência Emocional, citado, pg. 24.
10
A Cabala e Seu Simbolismo, citado, pg. 138.
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 26/40
várias idéias gnósticas, reflete a própria vida de Israel enquanto nação, com
sua história de ascensões e quedas, e o exílio que marcou a vida do povo
judeu. Nesse sentido, diz esse autor, “Israel é a própria Schehiná, e sua
dispersão histórica pelo mundo é o símbolo do caos, o qual só será ordenado
com a realização do Tikun. Por isso, “no decurso do seu exílio, Israel deve ir
á toda parte, a cada um dos cantos do mundo, pois em todo lugar há uma
centelha da Schehiná á espera de ser descoberta, apanhada e restaurada
por um ato religioso.” 11
Nesse sentido, a própria nação de Israel seria o
“Messias” realizador desse processo.
Essas idéias foram desenvolvidas por Isaac Luria e compartilha-das por uma forte corrente
cabalista, conhecida como messiâni-ca. É de se notar o estreito paralelo que existe entre essas con-
cepções e as teses desenvolvidas por Teilhard de Chardin no sentido de que, um dia, toda a
espiritualidade desenvolvida pela humanidade se reunirá em um ponto único, chamado Ponto
Ômega, que ele identifica com a própria alma de Cristo.12
Essa idéia, como veremos, irá também
refletir na doutrina da reencarnação, desenvolvida pela Cabala. Pois o exílio do corpo, em sua
história externa, encontra paralelo no exílio das almas, em suas migrações de en-carnação em
encarnação, de uma forma de existência á outra.13
E refletirá não só na história do povo judeu, na
sua procura por uma redenção, em termos políticos, com a reconstituição da sua nação, como
também irá inspirar, no terreno político, várias outras propostas messiânicas, como a que
fundamentou a formação dos Estados Unidos da América, a Novus Ordo Seclorum, a própria
Alemanha nazista e até as experiências socialistas que se cristalizaram na primeira metade do
século vinte.14
A função da Maçonaria
E dessa ideia não escapará a experiência maçônica, que em todos os seus temas espiritualistas,
e na estrutura do seu próprio catecismo ritual, reflete a enorme influência que recebeu da doutrina
cabalista. Pois como disse o Cavaleiro de Ramsay ao levar para franceses o Rito Escocês Antigo e
Aceito,” O MUNDO TODO NÃO PASSA DE UMA REPÚBLICA ONDE CADA NAÇÃO É
UMA FAMÍLIA E CADA INDIVÍDUO UM FLHO. É para fazer reviver estas máximas
essenciais, emprestadas da natureza do homem que a nossa Sociedade foi inicialmente
estabelecida.”15
É nesse sentido que a Maçonaria procura realizar a Ordo ab Chaos. E é por isso que nós a
vemos como a Cabala do Ocidente.
11
Para mais informações á respeito ver A Cabala e Seu Simbolismo, citado, pgs. 141 a 145.
12
O Fenômeno Humano, citado. Ver também, a esse respeito a nossa obra “Conhecendo a Arte Real”, Ed. Madras, São
Paulo, 2006.
13
A Cabala e Seu Simbolismo, citado, pg.140.
14
A “Nova Ordem do Século” era o título que os maçons americanos davam á sua nascente nação. Ver, nesse sentido David
Ovason- “A Cidade Secreta da Maçonaria, Ed. Planeta.
15
Discurso proferido por André Michel de Ramsay em 1738 á Grande Loja de França.
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 27/40
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
01.09.1952 Fraternidade Blumenauense nr. 06 Blumenau
05.09.1996 Fraternidade Chapecó nr. 63 Chapecó
08.09.1982 Sentinela do Sul nr. 29 Tubarão
17.09.1986 Universo nr. 43 Florianópolis
17.09.1993 Universo II – nr. 57 Florianópolis
17.09.2000 Universo III nr. 77 Florianópolis
20.09.1991 Acácia da Arte Real nr. 50 Florianópolis
22.09.1982 Fraternidade Josefense nr. 30 São José
25.09.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville
27.09.2000 Colunas da Fraternidade nr. 78 Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
03/09/1993 Treue Freundschaft Florianópolis
09/09/1969 Liberdade E Justiça Canoinhas
09/09/1991 Cavaleiros Da Luz Blumenau
16/09/2003 Ordem e Fraternidade Florianópolis
18/09/2009 Colunas do Oriente Tijucas
20/09/1948 Luiz Balster Caçador
20/09/2008 Acácia da Serra Rio Negrinho
25/09/2002 Fraternidade Tresbarrense Três Barras
27/09/2010 João Marcolino Costa Sto. Amaro da Imperatriz
28/09/1993 Colunas da Fraternidade Balneário Camboriú
30/09/2010 Triângulo Equilíbrio e Consciência Mafra
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de setembro
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 28/40
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
01.09.64 Harmonia e Trabalho - 2816 Florianópolis
03.09.05 Retidão e Cultura - 3751 Florianópolis
08.09.04 Cruzeiro do Sul - 3631 Florianópolis
09.09.10 Reg. Guabirubense - 4100 Brusque
10.09.96 Reg. Lagunense - 2984 Laguna
11.09.10 Cruz e Sousa de Estudos e Pesq. do Rito de York Florianópolis
12.09.23 Paz e Amor V - 0998 São Francisco do Sul
12.09.97 Otávio Rosa 3184 São Pedro de Alcântara
15.09.94 Herbert Jurk - 2818 Rio dos Cedros
18.09.10 Frat. Guabirubense - 4116 Brusque
19.09.08 Cavaleiros Templários - 3968 Fraiburgo
22.09.09 Acácia De Itapoá-4044 Itapoá
30.09.93 União Catarinense - 2764 Florianópolis
Agora
"Ser sábio sobre o significado da palavra agora é a arte de ver
que cada momento tem seu valor próprio, mesmo que a
experiência de tal momento não esteja conectada com qualquer
uma de nossas ambições, metas ou preocupações mentais. O
significado do tempo dos relógios não é nada quando comparado
com a experiência de não sentir o tempo, de estar
completamente presente e imerso na tarefa que está sendo
realizada."
José Aparecido dos Santos
TIM: 044-9846-3552
E-mail: aparecido14@gmail.com
Visite nosso site: www.ourolux.com.br
"Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos".
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Registros da Soberanas Assembleia
da Grande Loja do Estado do Acre
Assembleia e Jantar
(do Irmão Walter Nunes Duarte – Suporte Rural – Brasiléia – AC)
Seguem fotos da Soberana Assembleia e do jantar em minha residência, com presença do Grão-
Mestre Ir. Fernando Zamora, alta administração da GLEAC, além de Irmãos de Brasileia e outros
Orientes.
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CONVOCAÇÃO e CONVITE
O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro, com base no
inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida todos os demais Irmãos, para
a 47ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, dia 11 de outubro, terça-feira,
quando a palestra a cargo do Venerável Ir. Juarez Fonseca de Medeiros, PM da ARLS Templários
da Nova Era, nº 91, com o tema
“Formação do Estado Brasileiro”.
A sessão será no Templo II (Templo para Trabalhos de Emulação) da Fundação Unitas, a rua
Machado de Assis, 210, Estreito, Florianópolis.
Programação:
20:15 h: encontro no átrio do Templo;
20:30 h: início da sessão.
Após a sessão, será oferecido uma ágape com um bom whisky.
Ir. Ruben Luz da Costa, Secretário
Wisdom Dawn Lodge
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Loja Filadélfia realiza elevação
ao Grau de Companheiro Maçom
(do Ir. Glauber Santos Soares) - A Loja Maçônica Filadélfia (Vitória da Conquista)
realizou na noite de sexta-feira (17/9) Sessão Magna de Elevação ao grau de
Companheiro Maçom, ocasião em que 05 irmãos receberam o aumento de Salário
(Marcus André, Joaz, Pedro Igor, Alexandre Padilha e Marcel Estenio).
A cerimônia foi presidida pelo VM Maurílio Caldeira e contou com a participação de
várias lideranças maçônicas dentre elas o Poderoso Delegado Litúrgico do Rito
Brasileiro irmão Joselito Soares.
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Estimados Irmãos:
Excepcionalmente neste mês de SETEMBRO, a Loja Maçônica de Pesquisas
"Quatuor Coronati, Pedro Campos de Miranda" terá sua data de reunião alterada em virtude de
outros eventos cívicos e do calendário da Maçonaria em geral, e da GLMMG em particular.
Portanto, a sessão de setembro será realizada no dia 22
conforme cartaz anexo.
TFA,
José Maurício Guimarães
UMA REFLEXÃO SOBRE A MAÇONARIA NOS TEMPOS ATUAIS
apresentada pelo Irmão Ronaldo Armond
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Painel
Para o dia 18 de setembro
A origem da palavra provém do espanhol, significando “pano”, no sentido de
“quadro”, ou seja: “quadro de pano”.
Nas Lojas Maçônicas, especialmente nas Simbólicas, cada um dos três Graus possui
um painel próprio. Hoje, esses Painéis são confeccionados com material rígido, em
forma de quadro, medindo aproximadamente 50 x 80 centímetros, sem medidas
exatas e rigorosas.
No início das reuniões maçônicas, o Painel era desenhado com giz ou carvão,
diretamente sobre o piso da Loja.
Eram desenhados os principais símbolos do Grau. Encerrados os trabalhos, o painel
era apagado.
Somente no final do século XVIII é que o painel passou a ser bordado no formato de
uma tapete, que, conservado “enrolado”, só era desenrolado para a abertura da Loja.
Foi o pintor John Harris, em 1820, que desenhou os atuais Painéis, mantendo os
desenhos tradicionais. Alguns ritos, como o Schroeder, conservam os painéis na
forma de tapetes a serem enrolados e desenrolados.
Na abertura dos trabalhos, o painel é colocado defronte ao Ara, para simbolizar que
permanecem vivos os símbolos que orientam os trabalhos.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 280.
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Loja Maçônica Austeridade e Justiça No. 1782, GOB - Sete Lagoas-MG
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 38/40
1 –
Descubra se você é uma pessoa racional ou
emocional!
2 –
Estes cães de guarda não são exatamente
aterrorizantes...
3 –
Conheça o paraíso dos pandas-gigantes na
China!
4 – O Canto do Uirapuru:
O_canto_do_uirapuru.pps
5 – Uma cxarta e belas fotos:
UMA CARTA E BELAS FOTOS.pps
6 – Rio Acre e a seca:
http://fotospublicas.com/fotos-mostram-a-situacao-do-rio-acre-durante-a-seca/
7 – Filme do dia: “A Hora mais Escura” - dublado
O filme recria a operação que capturou e matou o líder da Al Quaeda, Bin Laden.
Recebeu cinco indicações ao Oscar 2013.
https://www.youtube.com/watch?v=edoCnbaUJps
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 39/40
O Irmão e poeta Sinval Santos da
Silveira *
escreve aos domingos no “Fechando
a Cortina”
Deixa-me sonhar !
Não quero mais estar abraçado à realidade.
Viverei o inefável, tão simples e amável, que
me levará nos braços do vento, às profundezas
do pensamento, com destino à imaginação.
Não sufoca os meus gritos, são gemidos da
alma, dores partindo, indo embora !
JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 40/40
Busco, na beleza da fantasia, a voz do infinito,
o silêncio do trovão.
Ouço passos caminhando nas nuvens.
São as minhas pandorgas que, na infância, deixei
empinadas no céu, pedindo socorro à criança que
ainda existe em mim.
São estrelas, barrelotes e papagaios, construídos
com o amor da inocência.
Não me abandonaram, ainda estão no ar
alimentando os meus sonhos.
Verdadeiros anjos da guarda !
Em noites prateadas, bailam por toda a
madrugada, chorando de saudade, chamando por mim.
Meus sonhos alados, testemunhas do pecado,
de quem esqueceu as inocentes fantasias , lá
no céu !
Vou resgata-las, uma a uma, ainda que
desbotadas e rasgadas pelo vento.
Em cada qual, uma linda história que nem
mesmo o tempo conseguiu apagar.
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG:
http://poesiasinval.blogspot.com
* Sinval Santos da Silveira -
MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 – Florianópolis

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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Homenagem do JB News aos Irmãos de Vitória da Conquista - BA Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrNewton Agrella – Da Cultura do Silêncio Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – O Homem é a Medida de Todas as Coisas Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – As Artes e as Ciências Liberais: Noções sobre o seu Simbolismo Bloco 5-IrHercule Spoladore - Escocesismo Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues - O Pecado de Adão e a Desordem Cósmica Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 18 de setembro. Versos do Irmão e Poeta Sinval Santos da Silveira
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 2/40 Livros de artigos nos Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre Publicados na Revista O PRUMO. Durante o período de 1970 a 2015. Pedidos: site http://www.gosc.org.br Ou pelo telefone: (48) 3952-3300  Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 262º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia) Faltam 104 para terminar este ano bissexto Dia dos Símbolos Nacionais, dia daa TV Brasileira, dia do Perdão e início da Semana Nacional do Trânsito Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. LIVROS
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 3/40 18 de setembro 1759 – As forças francesas entregaram Quebec aos britânicos. 1781 – Nasceu em Alcochete ou em 1778, Nuno Álvares Pereira Pato Moniz, escritor, poeta, jornalista e político liberal, amigo de Bocage, fundou o periódico O Português Constitucional, deputado por Setúbal, deportado para Cabo Verde após a Vilafrancada, dentre seus livros: Queda do Despotismo, Agostinheida, Elmiro e o drama O Mês das Flores, iniciado maçon e ocupou cargos de relevo no G.O.L. (24/12/1826). 1783 – Morreu em S. Petersburgo, Leonhard Paul Euler, quando bebia chá (15/4/1707). 1788 – Washington lançou a primeira pedra da construção do Capitólio em Washington. 1793 – Proclamada a independência do Chile. 1814 – Grande concerto da G.L. de Gotemburgo, Suécia, em beneficio dos pobres a que estiveram presentes o rei Carlos XIII, a raínha, o príncipe Bernardotte e grande parte da corte sueca. 1818 – Independência do Chile. 1819 – Faleceu em Lisboa, Edward William Allen, maçon (8/4/1738). 1851 – Publicação do primeiro número do jornal diário The New York Times. 1865 – Inaugurado no Porto, o Palácio de Cristal, parecido com o de Londres, o qual foi destruído em 1951 para dar origem ao atual. 1869 – Os dois Supremos Conselhos do R.E.A.A. do G.O. Português e do G.O.L., trocaram credenciais para as respetivas comissões visando a sua união (19/10/1869). 1896 – Nasceu em Lisboa, José de Azeredo Perdigão, advogado, jurisconsulto, democrata, figura marcante da vida portuguesa do séc. XX, prestou serviços ao país. Espírito livre, curioso e interessado, amigo e companheiro dos poetas do Orfeu, manteve-se toda a vida fiel aos seus princípios. Teve papel decisivo no processo que levou à instalação em Lisboa da sede da Fundação Calouste Gulbenkian, de que foi pres. durante mais de trinta anos. Culto, amante das artes, da educação, da saúde e da filantropia, contribuiu para o seu desenvolvimento (10/9/1993). 1915 – Morreu em Cuamato, Cunene, José Afonso Pala, maçon, em combate com as forças do rei Mandune (24/2/1861). 1931 – Faleceu no Porto, Aurélio Paz dos Reis, maçon (28/7/1862). 1934 – Processou-se a admissão da U.R.S.S. na O.N.U.. EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa) (Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 4/40 1939 – Nasceu em Lisboa, Jorge Fernando Branco de Sampaio, notável advogado, político republicano e socialista, em estudante esteve envolvido como líder da associação académica na luta contra Salazar em 1960/1. Foi fundador do M.E.S. – Movimento de Esquerda Socialista e mais tarde aderiu ao Partido Socialista. Deputado, membro da Comissão Europeia para os Direitos Humanos, pres. da C.M. de Lisboa, pres. da república de 1996/2005. Teve um papel e contributo importante para a tomada de consciência da causa pela independência de Timor Leste, nomeado pela O.N.U. como enviado especial para a luta conta a tuberculose, onde desenvolveu atividade notável. Doutorado honoris causa pela Univ. de Aveiro, Coimbra e Lisboa, recebeu o Prémio Nelson Mandela e foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique, Ordem de Torre e Espada e Ordem da Liberdade. 1947 – Fundação da C.I.A. (Central Inteligency Agency). 1970 – Fundado o M.R.P.P. – Mov. Revolucionário para o Partido do Proletariado, maoísta, que viria a ter papel nas lutas estudantis que antecederam o 25 de Abril e no combate ao poder popular comunista, depois da revolução. Eleito para Secretário-Geral Arnaldo Matos. Em 1970 iniciou-se a publicação do órgão teórico do Partido o Bandeira Vermelha. 1973 – Alemanha foi admitida como estado membro da O.N.U.. 1981 – Abolida a guilhotina e a pena de morte em França. 1987 – Faleceu em Cascais, Américo Deus Rodrigues Tomás (19/11/1894). 1999 – Percy Spencer teve o seu nome incluído no National Inventors Hall of Fame pela invenção do forno de micro-ondas. Cidades Aniversariantes:  Aniversário da cidade de Diamantino, em Mato Grosso  Aniversário da cidade de Aimorés, em Minas Gerais.  Aniversário da cidade de Feira de Santana, na Bahia. 1793 Em cerimônia Maçônica, George Washington coloca a Pedra Fundamental no canto sudeste do Capitólio, sede do Congresso americano. 1822 Criada por Debret e aprovada por D. Pedro I a primeira bandeira do Brasil independente, o Pavilhão Imperial. 1835 Na Ata da Loja Filaantropia e Liberdade, de Porto Alegre, o VM Bento Gonçalves explica os motivos da rebelião que seria deflagrada dois dias depois, conhecida como Revolução Farroupilha 1835 O Instituto Chamberlain saúda os gaúchos de todas as querências e os maçons de todo o Brasil pelo dia 20 de setembro, data da Revolução Farroupilha. 1841 Iniciado Franz Liszt na Loja Zur Einigkeit, de Frankfurt 1869 Fundação do Grande Oriente do Paraguai. 2009 Fundação da Loja "Colunas do Oriente", de Tijucas (GOSC) Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 5/40 Florianópolis vai sediar nos dias 14 e 15 de outubro o XXIII Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 6/40 O Ir Newton Agrella - M I Gr 33 escreve aos domingos. É membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464 e Loja Estrela do Brasil nr. 3214 REAA - GOSP - GOB newagrella@gmail.com "DA CULTURA DO SILÊNCIO" Diferentemente do que se possa imaginar, o Silêncio é um compromisso inalienável na caminhada maçônica, posto que ele se constitui numa das obrigações a que o Iniciando se submete estando junto ao Altar dos Juramentos, com a mão direita estendida sobre o Livro da Lei em presença do Grande Arquiteto do Universo e perante uma assembléia de Maçons. A instrução é clara e incisiva quanto a necessidade do Silêncio absoluto acerca de tudo o que vier a ver, ouvir e descobrir estando entre seus Iguais. Esse Silêncio deve ser mantido quanto a exclusividade de assuntos de natureza maçônica e a tudo o que lhe for ensinado e transmitido. O Silêncio por si só é um exercício de reflexão de todos os nossos Atos e Pensamentos. É nele que se consegue dar formas e amadurecimento às Ideias, tornando-as passivas de se concretizarem através de sua detidas ponderações. Na Maçonaria Especulativa, cuja dialética está contida no mundo das Ideias e Reflexões na busca da Verdade e do Aprimoramento humano, o Silêncio se traduz como uma Arte complexa que consiste não somente na interrupção de ruido ou estado de quem se cala, mas sobejamento para a ocorrência do Silêncio Interior do Pensamento que nos ajuda a inferir a Verdade na profundeza mais recôndita de nossa consciência. A própria natureza da Maçonaria, cujos augustos mistérios se revelam paulatinamente ao Iniciado, exalta o cultivo do Silêncio como simbolo distintivo de salvaguardar os segredos de uma Ordem Iniciática, cujos graus de conhecimento são galgados por meio de inúmeras palavras de passe e de palavras sagradas que traduzem em sua simbologia os elementos inerentes ao processo iniciático grau a grau...sob a égide da manutenção do sigilo de seus mistérios fundamentados. 2 – Da Cultura do Silêncio Newton Agrella
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 7/40 Durante a própria execução ritualística dos Trabalhos em Loja, a egrégora e o sentido universal da Ordem, sugerem quase que instintivamente o estado de Silêncio a ser mantido, para que a construção de nosso templo interior consiga se produzir de maneira a que se atinja a nossa alma, nosso espírito e nosso intelecto de forma crescente e positiva. No Rito Escocês Antigo e Aceito quando ouvimos o 2o,Diácono responder ao Venerável Mestre que deve zelar para que os Irmãos se conservem em suas colunas com respeito, disciplina e ordem sob o enfoque ritualístico percebemos claramente que o Silêncio deve ser elemento constante desde a abertura dos Trabalhos. Vale ainda lembrar que esse exercício constitui-se num processo de desaceleração da correria do dia a dia, e em diversas Lojas Maçônicas Brasil afora, independentemente do Rito obedecido é muito comum antes do início da Sessão, que o Venerável Mestre, no próprio Átrio ou até mesmo dentro do Templo solicite que os Irmãos parem, respirem profundamente, e procurem se desligar por alguns instantes das atividades profanas, e voltem-se para dentro de si, rogando tranquilidade, calma, serenidade e paz para que a reunião transcorra de maneira profícua e em total harmonia entre os Irmãos. Em outras palavras, o Silêncio de alguma sorte é um estado de evolução humana. É uma forma de expressão da alma e da inteligência que por vezes diz muito mais do que mil palavras. Não é por acaso que a cultura milenar chinesa traz um proverbio sábio e consistente: "A palavra é de prata, o silêncio é de ouro..." O silêncio nos faz refletir as palavras não ditas. Por fim, liturgicamente é uma forma de nos ligarmos ao Grande Arquiteto do Universo, e em comunhão com o tudo o que nos cerca, devotarmos nossos pensamentos e vibrações para a consagração de nossa Obra. "Deus é a beleza que se ouve no Silêncio". Fraternalmente Newton Agrella
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 8/40 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja é“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC. Escreve às quartas-feiras e domingos. Estará no dia 05 de outubro proferindo palestra Na Loja Templários da Nova Era. Agende-se. O HOMEM É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS 1. Protágoras: (c.490-420 a.C.) Área: Ética. Abordagem: Relativismo Antes: Início do século V a.C. Parmênides diz que podemos confiar mais na razão do que nas provas dos sentidos. Depois: Início do século IV a.C. A Teoria das Formas de Platão defende que há absolutos ou formas ideais de tudo. 1580: Montaigne (1533-1592) adota uma forma de relativismo para descrever o comportamento humano de seus Ensaios. 1967-72 Jacques Derrida (1930-2004) usa a técnica de desconstrução para mostrar que qualquer texto tem contradições irreconciliáveis. 2005 Em seu primeiro discurso como papa Bento XVI adverte que estamos caminhando para uma ditadura do relativismo. Contexto: É primavera em Atenas... Um visitante da Suécia diz que o tempo está quente... Um visitante do Egito diz que tempo está frio ...Ambos estão falando a verdade ...A verdade depende da perspectiva e, portanto, é relativa ...O homem é a medida de todas as coisas. Verdade: Segundo Protágoras, qualquer ”verdade” revelada depende do uso da retórica e da habilidade para debater Frase: Muitas coisas impedem o conhecimento, incluindo a obscuridade do tema e a brevidade da vida humana. 2. Relativismo: Relativismo é uma corrente de pensamento que questiona as verdades universais do homem, tornando o conhecimento subjetivo. O ato de relativizar é levar em consideração questões cognitivas, morais e culturais sobre o que se considera verdade. Ou seja, o meio que se vive é determinante para construir essas concepções. A relativização é a desconstrução das verdades pré-determinadas, buscando o ponto de vista do outro. Aquele que relativiza suas opiniões é aquele que acredita que existam outros tipos de verdade, de perspectivas para as mesmas coisas, e que não há necessariamente um certo ou errado. O primeiro passo na aplicação do relativismo é não julgar. O estranhamento de uma outra verdade ou comportamento ajuda na desconstrução do paradigma, e é importante para repensar os fatores que influenciaram 3 – O Homem é a Medida de Todas as Coisas João Ivo Girardi
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 9/40 naquela construção. O relativismo é associado principalmente ao conhecimento das Ciências Humanas, como a Antropologia e a Filosofia. Relativismo Sofista: O chamado Relativismo Sofista é uma linha de pensamento da filosofia grega que defende a subjetividade da verdade. O que o homem acredita e defende, seja enquanto moral ou conhecimento é conforme ele vê e experimenta, conforme seu contexto. Relativismo Moral: A partir do relativismo sofista, constrói-se uma corrente chamada de Relativismo Moral, a partir da interpretação dos sofistas de que também a moralidade é importante para o processo de construção do conhecimento. O que vai influenciar na ideia de bem e mal. O bem é aquilo que é socialmente aceito, enquanto tudo o que sai da curva de moralidade aprovada é tido como mal. Relativismo Religioso: O relativismo religioso ultrapassa o relativismo moral, e além de questionar a formação dos conceitos de bem e mal, diretamente ligados à religião, coloca em questão a palavra de Deus como a única verdade. Também no que diz respeito às interpretações feitas pelos homens dos livros sagrados. Relativismo Cultural: O relativismo cultural é um conceito antropológico que define que o conjunto de hábitos, crenças e valores de um grupo, ou seja, a sua cultura, influencia no que este considera uma verdade. E para relativizar a cultura, a pessoa deve primeiramente não julgar, para depois tentar entender os traços da cultura do outro que o levaram a ter aquilo enquanto verdade. O relativismo cultural seria o contrário do etnocentrismo. O pensamento etnocêntrico é aquele que apenas leva em consideração a moral e os valores do seu próprio grupo para interpretar outros comportamentos, e com isto acaba julgando pela sua perspectiva pessoal o que é feito por outros grupos. Já o relativismo cultural defende o oposto, que a cultura do sujeito deva ser relativizada, ou seja, repensada, para que se entenda o ponto de vista do outro. (Fonte: significados.com). 3. O Homem é medida de todas as coisas: A frase o homem é a medida de todas as coisas, não pode ser considerada como uma frase pré - humanista, valorizar totalmente o pensamento e ação humana, valoriza a influência do homem sobre a natureza. A medida aqui falada, não diz respeito, a uma concepção filosófica e cientifica, na qual coloca, o homem como o soberano do nosso mundo terreno, ao contrário, Protágoras ensina que o homem é a medida de todas as coisas, por que o homem é o único ser terreno, capaz de refleti e criticar as suas ações e a de seu grupo, no entanto, esse julgamento não possui caráter absoluto e sim relativo. A palavra medida serve como balança para se fazer ações sociais equilibradas, pois jamais o homem conseguiu pensar e agir diariamente sempre fazendo o certo e negando o errado. Cada sociedade humana criou critérios filosóficos, científicos, políticos e sociais diferentes entre si, para julgar o que é certo e errado. 4. Filosofia: (...) Assim podemos concluir que o Relativismo é um termo filosófico que se baseia na relatividade do conhecimento e repudia qualquer verdade ou valor absoluto. Todo ponto de vista é válido. Na filosofia moderna o relativismo por vezes assume a denominação de relativismo cético, relação feita com sua crença na impossibilidade do pensador ou qualquer ser humano chegar a uma verdade objetiva, muito menos absoluta. Nietzsche na sua obra A Gaia Ciência, no tópico intitulado Nosso novo infinito, assim afirma: o mundo para nós tornou-se novamente infinito no sentido de que não podemos negar a possibilidade de se prestar a uma infinidade de interpretações; frase que Michel Foucault objeta: Se a interpretação nunca se pode completar, é porque simplesmente não há nada a interpretar...pois, no fundo, tudo já é interpretação. No diálogo platônico Teeteto, atribui-se a Protágoras uma concepção relativista do conhecimento, por haver afirmado que o homem é a medida de todas as coisas. Nesse caso, cada um de nós é, por assim dizer, o juiz daquilo que é e daquilo que não é. Sócrates levanta então uma
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 10/40 série de objeções contra essa forma radical de relativismo subjetivista, tentando mostrar a incoerência interna da suposição de que o que parece verdadeiro a alguém é verdadeiro para ele ou ela. Se são verdadeiras todas as opiniões mantidas por qualquer pessoa, então também é preciso reconhecer a verdade da opinião do oponente de Protágoras que considera que o relativismo é falso. Ou seja, se o relativismo é verdadeiro, então ele é falso (desde que alguém o considere falso). Haveria, por assim dizer, uma auto-refutação (ou uma autodestruição) do relativismo cognitivo. 5. Visão Católica: Cardeal Ratzinger ataca relativismo religioso: Na missa que antecedeu a primeira votação do conclave que escolheria o novo papa, o cardeal alemão defendeu fé clara, que não segue ondas da moda. Antes que os 115 eleitores do novo papa se trancassem na capela Sistina para a votação que redundou na primeira fumaça preta deste conclave - ou seja, ninguém obteve 2/3 dos votos -, fiéis e cardeais puderam ouvir uma última palavra. Foi a defesa do fundamentalismo religioso e um duro ataque ao relativismo, isto é, à ideia de que os católicos podem escolher que regras de sua religião querem ou não querem seguir. O autor foi o cardeal alemão Joseph Ratzinger, 78, ao qual, como decano do Colégio dos Cardeais, coube proferir a homilia da missa pro eligendo papa, celebrada diante dos outros 114 prelados e de uma massa de fiéis que lotou a basílica de São Pedro na manhã de sol tímido e brisa fresca de ontem, em Roma. Ratzinger, tido como o nome mais forte para sair do conclave como sucessor de João Paulo II, disparou: Ter uma fé clara, segundo o credo da igreja, é frequentemente rotulado como fundamentalismo. Enquanto isso, o relativismo, isto é, deixar-se levar ‘daqui e dali por qualquer vento de doutrina’, é tratado como o único compromisso à altura dos tempos modernos. Mais ainda: Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo, que não reconhece nada como definitivo e que deixa como última medida (das coisas) só o próprio eu e a sua vontade. Traduzindo: só tem fé clara quem é fundamentalista, o rótulo que se aplica àqueles que defendem a mais rígida ortodoxia ou, como preferiu Ratzinger na homilia, aquilo que o Senhor disse com suas próprias palavras. Trazendo o fundamentalismo para os dilemas da igreja nos dias de hoje: nada de casamento de homossexuais, nada de liberação da camisinha para o sexo seguro, nada de ordenação de mulheres, nada de pesquisas com células-tronco, nada de permitir que divorciados recebam os sacramentos da igreja, nada de liberação do aborto. Ratzinger citou os muitos ventos de doutrina dos últimos decênios e as muitas correntes ideológicas, que fizeram a pequena barca do pensamento cristão ser agitada por ondas que a jogaram de um extremo ao outro: do marxismo ao liberalismo, até o libertinismo; do coletivismo ao individualismo radical; do ateísmo a um vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo e assim por diante. Lamentou em seguida que, a cada dia nasçam novas seitas, para então chegar à sua defesa da fé clara, mesmo que seja rotulada de fundamentalismo. Para o cardeal-decano, não é fundamentalismo, mas fé adulta. Adulta - afirmou - não é uma fé que segue as ondas da moda e da última novidade; adulta e madura é uma fé profundamente radicada na amizade com Cristo. A amizade com Cristo, por sua vez, é o elemento que fornece o critério para discernir entre verdadeiro e falso, entre engano e verdade. O cardeal foi aplaudido, ao terminar, mas alguns de seus colegas, considerados liberais em termos doutrinários mexeram-se nas suas cadeiras, parecendo desconfortáveis enquanto Ratzinger falava em um tom pouco usual em homilias, quase sempre feitas de metáforas, alusões indiretas e menções a textos bíblicos cuja interpretação nem sempre é pacífica na própria igreja. Tanto não é que a eleição do novo papa, a julgar por todas as informações disponíveis até ontem, indicavam que o centro da disputa se daria precisamente entre os fundamentalistas, de que Ratzinger é o mais notório e inflamado porta-bandeira, e os relativistas ou liberais. (Folha de SP - abril/2005).
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 11/40 6. Parábola Hindu: Os Cegos e o Elefante: Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos. Como os seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas recorriam à sua ajuda. Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez em quando, discutiam sobre qual seria o mais sábio. Certa noite, depois de muito conversarem acerca da verdade da vida e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos companheiros: - Somos cegos para que possamos ouvir e entender melhor que as outras pessoas a verdade da vida. E, em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí discutindo como se quisessem ganhar uma competição. Não aguento mais! Vou-me embora. No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num enorme elefante. Os cegos nunca tinham tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele. O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou: - Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar nos seus músculos e eles não se movem; parecem paredes… - Que palermice! - disse o segundo sábio, tocando nas presas do elefante. - Este animal é pontiagudo como uma lança, uma arma de guerra… - Ambos se enganam - retorquiu o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. - Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia… - Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia nas orelhas do elefante. - Este animal não se parece com nenhum outro. Os seus movimentos são bamboleantes, como se o seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante… - Vejam só! - Todos vocês, mas todos mesmos, estão completamente errados! - irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. - Este animal é como uma rocha com uma corda presa no corpo. Posso até pendurar-me nele. E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o sétimo sábio cego, o que agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança. Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tateou os contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e enganados ao mesmo tempo. Agradeceu ao menino e afirmou: - É assim que os homens se comportam perante a verdade. Pegam apenas numa parte, pensam que é o todo, e continuam tolos! Moral: As vezes não exergamos as coisas como realmente são, e de que forma isso pode acabar prejudicando nosso próprio desenvolvimento. MAÇONARIA Rituais REAA – GLSC: (...) Muitas vezes, frequentemente mesmo, salteiam-nos à imaginação as seguintes perguntas: O que é a vida? Para que ela serve? Qual o seu fim? Seguem-se a estas, outras não menos transcendentes: Por que o homem não aceita a vida, como os animais, tal qual ela é? Gozá-la do melhor modo, com feliz despreocupação, não seria mais prático, mais acertado do que torturar o espírito querendo penetrar esses mistérios insondáveis? Esta preocupação, infelizmente, não tem sido a de todos os homens, pois uma grande massa dos homens quer somente que os deixem viver das satisfações materiais, não cogitando daquilo que, em seu fraco entender, tem como supérfluo ou inútil. Há, entretanto, criaturas para as quais esses mistérios constituem verdadeira obsessão. Preocupadas com o enigma das coisas, querem compreender e, pelo incessante trabalho cerebral, buscam conhecer a existência dos mundos e dos seres, interrogando ansiosamente a Natureza, para arrancar-lhe seus segredos. Meditam sobre eles com maior encarniçamento e só se satisfazem quando concebem uma ideia capaz de explicar racionalmente tudo quanto, até então, observaram. Desses esforços humanos surgiram e surgem sistemas filosóficos e religiosos que, tidos e propagados como doutrinas verdadeiras, procuram corresponder à necessidade de saber, inata no homem. Embora concebidos com sinceridade, esses sistemas são errôneos, porque se originam de convicções e concepções
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 12/40 humanas, falíveis, portanto, como tudo o que é humano. Para formulá-las com acerto é necessária a posse integral da Verdade, que ninguém, ainda, conseguiu. Assim, persiste o mistério, apesar de ingentes (enormes) esforços com que os homens tentam penetrá-lo. Seu domínio alarga-se e recua no caminho da ciência e à medida que os investigadores se aproximam para desvendá-lo. Iludir, quanto a isso, com o propósito de dogmatizar, crente de saber o que se afirma, são as características peculiares dos espíritos tacanhos (pequenos, que não revelam visão). O sábio, o pensador e o verdadeiro iniciado humilham-se sempre quando em presença de uma verdade que reconhecem superior à sua compreensão. Assim, esquivam-se de serem instrutores das multidões, porque jamais poderiam, conscientemente, satisfazer-lhes a justa curiosidade e, na impossibilidade material de fazê-las compreender o seu erro e, muito menos, conduzi-las ao único caminho, preferem deixá-las entregues ás suas grosseiras fantasmagorias. O Iniciado, porém, tem o estrito dever de correr em auxílio dos que julgar iniciáveis, dos que, independentes, revoltam-se contra a tirania e a arbitrariedade dos sistemas em uso. Estes merecem que se lhes ensinem a procurar o verdadeiro, sem preocupação nem esperança do triunfo, só alcançado pelo repouso da inteligência satisfeita. No entanto, não devemos ficar inertes. No desejo de querermos saber, buscamos avidamente o Eterno Enigma, crentes de que este é o nosso mais nobre e elevado destino. A Verdade, esse mistério inatingível, que nos atrai com força irresistível, é muito vasta, muito vivaz, muito livre e muito sutil para deixar-se prender, imobilizar, petrificar na rigidez de um sistema filosófico. Os artifícios e as roupagens com que a revestem, para no-la dar a conhecer, só servem para deturpá-la, tornando- o a mais das vezes, irreconhecível, por isso que tudo se procura objetivar por subterfúgios será, sempre reflexo ilusório, apagada imagem da Grande Verdade, que o Iniciado busca contemplar face a face. (RC). (...) Meus Irmãos, o ideal da Maçonaria é a Verdade. Toda concepção humana é progressista e, por consequência, relativa, impondo, sempre, a indagação da Verdade, como um Dever. Se vosso espírito é demasiado fraco, fortificai-o por meio do trabalho. Se as necessidades da vida absorvem vosso tempo, satisfazei essas necessidades, mas sem esquecerdes, jamais, que o culto único deve ser o da Verdade. (RMs). Finalizando: O tema desenvolvido acima tem apenas o intuito de incitar os Irmãos para uma reflexão: A Maçonaria é Relativista? E os Landmarks nos impõem uma verdade? 19. A crença na existência de Deus como Grande Arquiteto do Universo. 20. Subsidiária a essa crença em Deus, a crença na ressurreição e numa vida futura. Com a palavra os Irmãos.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 13/40 O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves* escreve às quartas-feiras e domingos. Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Santana do Livramento – RS ronaldoviega@hotmail.com AS ARTES E AS CIÊNCIAS LIBERAIS: NOÇÕES SOBRE O SEU SIMBOLISMO. “Porém, a Maçonaria ao referir-se a essas Ciências, o faz com puro intuito de dirigir as referências apenas ao simbolismo, e cabendo aos Integrantes conscientizarem-se de que ‘toda Ciência cria a Arte’; e como conceito, dizer que ‘constantemente as Ciências ensinam algo específico’. E, às pretensões da Ordem quanto as Ciências, a Instituição cogitou utilizá-las aplicando-as nos trabalhos operativos, passando-os a especulativos, abrangendo especialmente a Lógica. Já os Companheiros devem bem estudar as Sete (7) Disciplinas, para depois demonstrar conhecimento nessas áreas, pois promovem o surgimento do caminho que levará à iluminação. (Trecho do livro “Maçonaria 50 Lições de Companheiro”, de autoria do Irmão Raymundo D’Elia Junior.) INTRODUÇÃO Durante a Idade Média, as corporações da Maçonaria Operativa mantinham um sistema de aprendizado de longa duração, compreendendo um período que ia de três a doze anos, e que incluía o ensino das sete ciências. Também eram chamadas de Sete Artes e Ciências Liberais. Em nossos dias atuais, no que concerne às instruções do Grau de Companheiro-Maçom, onde essa temática referente às artes e ciências liberais está inserida, o que temos, na verdade, é uma simples menção no Ritual, mais especificamente na Primeira Instrução. 4 – As Artes e as Ciências Liberais: Noções sobre o seu Simbolismo José Ronaldo Viega Alves
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 14/40 Por um lado, não haveria tempo disponível para conseguir abarcar o conteúdo e o estudo das mesmas, se levadas ao pé da letra, mas, queremos deixar muito claro aqui, que é no período de instrução, durante uma sessão de 2º Grau, que ao Companheiro-Maçom deve ser dado o conhecimento primeiro, ou pelo menos uma descrição sobre o que cada uma delas representava na antiguidade, e do motivo pelo qual o Maçom deve ter a noção das mesmas e depois estudá-las na medida do possível, com o intuito de assumir no mínimo o que elas representam em si. Por outro lado, o mundo mudou bastante. No clássico “A Simbólica Maçônica” de Boucher, que já possui bem mais de meio século, em determinado momento ele cita Plantageneta que assim já se manifestava sobre o REAA e as Sete Ciências Liberais: “O Rito Escocês retoma a nomenclatura das sete ciências liberais nas quais o maçom deve conservar a sua fé, tal como era dada pela antiga constituição dos operativos, e que enumerava a Gramática, a Retórica, a Lógica, a Aritmética, a Geometria, a Música e a Astronomia. Hoje ainda, portanto, o Neófito recebe a comunicação das definições respectivas das sete ciências, e essa reminiscência dos antigos costumes seria infinitamente tocante se, a partir do século XIII, o progresso não nos tivesse fornecido os dicionários e se, desde nossa mais tenra infância, não nos tivéssemos familiarizado com o seu uso.” UM POUCO DA HISTÓRIA Às ordens monásticas medievais, conforme o Irmão Varoli Filho, se deve o ensino gratuito e a disseminação da cultura, sendo que, aos beneditinos, se deve essa prática. Foi Cassiodoro (468-561) quem fundou um convento em sua propriedade da Apúlia e ordenou aos monges que passassem a copiar os manuscritos antigos, além de praticar as sete artes liberais. Boécio, filósofo grego, contemporâneo de Cassiodoro foi quem fez a distinção das artes em trivium e quadrivium, o que tinha relação com a divisão dos estudos em dois ciclos. O Trivium formado pelas disciplinas, Gramática, Retórica e Lógica e o Quadrivium formado pela Aritmética, Geometria, Astronomia e Música formavam as sete ciências e artes liberais e foram o centro da educação no mundo ocidental até, pelo menos, o início da Era Moderna. É bom que se comente aqui, que no caso do quadrivium que englobava as quatro antigas ciências dos números (foram formuladas originalmente no mundo ocidental pela Fraternidade Pitagórica) e num tempo mais remoto, tinham uma definição um tanto diferente do que seria hoje. Exemplificando: a “aritmética” abarcava uma boa dose de simbolismo numérico, além da aritmologia (ciência esotérica dos números) e da aritmancia (adivinhação feita por intermédio dos números, ou numerologia); a “geometria” tinha o seu lado místico também, onde fazia constar aquilo que se convencionou chamar de geometria sagrada; a “música” englobava as diversas artes, e focava principalmente nas ligações numéricas harmoniosas; a “astronomia” estava associada com a astrologia. Elas desempenharam um papel importantíssimo no ocultismo renascentista, fato que até pode ser o responsável por fazer com que o quadrivium tenha sido posto de lado após o surgimento das filosofias materialistas no século XVII. Quando foram adotadas no século XII na França, acreditava-se que elas reunidas possibilitariam o meio mais adequado para o conhecimento de Deus. O número sete, como sabemos, é um número com características esotéricas, e a Maçonaria o tem como um dos números sagrados juntamente com os números três e cinco.
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 15/40 No entanto, se considerarmos o número sete somente em relação às ciências e à importância delas, o número se tornou com o passar do tempo bastante restritivo, pois, muitas outras disciplinas adquiriram desenvolvimento. Tanto que hoje em dia, são consideradas Artes Liberais as profissões autônomas que se vêem em todas as atividades, sendo que, podemos afirmar também que o vocábulo “arte autônoma” substituiu a “arte liberal”. Em nossa Ordem, o profissionalismo não é tudo para ser levado em conta, pois, são aceitos candidatos que sejam em primeiro lugar donos das seguintes condições: dignidade, moralidade e conhecimento, e tanto faz exercer uma profissão liberal ou ser empregado, ou seja, não é o seu tipo de trabalho ou de recursos, que está sendo medido, mas, ele deve garantir recursos suficientes para com os seus gastos com a Ordem. (Rizardo Da Camino, pág. 51, 2006) MAÇONARIA: SOBRE O SIMBOLISMO DAS SETE ARTES E CIÊNCIAS Já nas “Old Charges” havia referências às Artes e Ciências Liberais, e a partir do momento em que foi fundada a Maçonaria Especulativa, elas ficaram fazendo parte do sistema de instruções que eram ministradas aos maçons. Num primeiro momento faziam parte do Grau de Aprendiz, já que este era o Grau mais importante desse período. Após, passaram a fazer parte de Grau de Companheiro, pelo fato de que este é o Grau simbólico da Ciência, e foram então representadas pelos sete degraus da escada em espiral. Devidamente interpretadas, significam o símbolo do progresso no conhecimento. (Nicola Aslan, 2012) Com base no simbolismo que as disciplinas inspiram, e usando do disposto no “Vade-Mécum Maçônico” do Irmão João Ivo Girardi, temos as seguintes representações para as mesmas: “Antigas instruções assinalam que o maçom deve falar pouco e bem (Gramática e Retórica); exprimindo sempre a Verdade (Lógica); deve medir seus pensamentos, seus planos, sua imaginação e suas ações (Geometria e Aritmética); deve viver em perfeita harmonia com seus Irmãos (Música); mantendo com eles, ligação e atração, com afabilidade e humildade, reconhecendo sua insignificância perante o macrocosmo do Universo (Astronomia). Gramática: (ensina através de regras próprias, a linguagem, o expressar das idéias. Retórica: (adorna e embeleza a palavra, criando um estilo individual). Lógica: também conhecida como Dialética (para formar juízos e concepções exatas de todas as coisas). Aritmética: (que empresta valor verdadeiro aos números: a fim de não errar nos cálculos). Geometria: (proporciona o conhecimento das proporções e dimensões do corpo). Música: (dá doçura e harmonia aos sons, com reflexos gratos ao coração e sentimentos). Astronomia: (que ensina e demonstra a ordem e o equilíbrio perfeito do firmamento).” CONCLUSÃO: Quando citei Plantageneta, e ele havia mencionado os dicionários como um grande recurso, imaginem se ele estivesse vivendo em nossa época, em meio aos computadores e à enxurrada de informações. A pergunta é: Qual o sentido para o estudo das artes e das ciências liberais na Maçonaria da atualidade?
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 16/40 Em tempos bem mais antigos essas artes eram enaltecidas, não sendo muitos aqueles que detinham os conhecimentos dos conteúdos das mesmas. Havia uma lenda em torno das mesmas, aliada ao seu número esotérico que é o número sete, dos mistérios que elas encerravam numa época que o acesso ao conhecimento era muito restrito, e quando não era secreto. Elas representavam todo o conhecimento do mundo da antiguidade e representavam os sete degraus que conduziriam aqueles que verdadeiramente estudassem e persistissem em querer auferir conhecimentos sobre o Eterno. Nos moldes aqueles, no estágio em que foram herdadas pelos monges e depois pela Maçonaria da época, propiciavam um conhecimento incomum, uma porta de acesso para lugares que somente a mente com a sua imaginação poderia fazer chegar. Mas, hoje aquilo tudo pode até ser considerado arcaico, restando, isto sim, o simbolismo que cada uma delas contém. O Irmão Castellani, disse certa vez, que a Maçonaria é progressista e evolutiva, sendo que, embora muitos dos seus pergaminhos sejam monumentos históricos, foram vencidos pelo tempo. E muitas vezes, nós esquecemos simplesmente dessas suas características. CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS: ASLAN, Nicola. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 3ª Edição – 2012 BOUCHER, Jules. “A Simbólica Maçônica”- Editora Pensamento DA CAMINO, Rizzardo. “Dicionário Maçônico”- Madras Editora Ltda. 2006 D’ELIA JUNIOR, Raymundo. “MAÇONARIA - 50 Instruções de Companheiro” – Madras Editora Ltda. 2011 GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite – Vade-Mécum Maçônico”- Nova Letra Gráfica e Editora ltda. 2ª Edição – 2008. GREER, John Michael. “Dicionário Enciclopédico do Pensamento Esotérico Ocidental” – Editora Pensamento-Cultrix – 1ª Edição - 2012 PETERS, Ambrósio. “MAÇONARIA – História e Filosofia – GOEP – 1999 – 2ª Edição VAROLI FILHO, THEOBALDO. “Curso de Maçonaria Simbólica” 1º Tomo (Aprendiz ) 2ª Edição Editora A Gazeta Maçônica S.A. 1977
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 17/40 O Ir Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”- Londrina – PR – escreve aos domingos hercule_spolad@sercomtel.com.br ESCOCESISMO O ESCOCESISMO OU ESCOCISMO É CARACTERIZADO POR UMA SÉRIE DE RITOS QUE NASCERAM NA FRANÇA A PARTIR DE 1649 E TIVERAM UM DESENVOLVIMENTO ATÍPICO, PECULIAR E SINCRÉTICO, RECEBENDO AS MAIS VARIADAS DENOMINAÇÕES E INFLUÊNCIAS QUER FILOSÓFICAS, MORAIS, BÍBLICO-JUDAICAS, HERMETICAS, OCULTAS, ROZACRUCIANAS, GNÓSTICAS,TEMPLÁRIAS, RELIGIOSAS (JESUÍTICAS), SOCIAIS, DOS MODISMOS DA ÉPOCA DOS CAVALHEIROS E GENTÍS-HOMENS DAS MONARQUIAS E REINADOS, DA PRÓPRIA HISTÓRIA DA HUMANIDADE E PRINCIPALMENTE INFLUÊNCIAS POLÍTICAS, TUDO ISSO ACONTECENDO NUM PERÍODO BASTANTE TRANSFORMADOR DA HISTÓRIA DO MUNDO. ELE NASCEU NA FRANÇA, A PARTIR DA INICIATIVA DE STUARTISTAS, QUE FORAM EXILADOS INGLESES E ESCOCESES, APÓS A DECAPITAÇÃO DE CARLOS 1º (STUART), REI DA INGLATERRA EM 1689 PELO PURITANO OLIVER CROMMWELL. CARLOS Iº ERA UM STUART (DINASTIA DE REIS ORIUNDOS DE FAMÍLIAS ESCOCESAS, QUE REINARAM NA INGLATERRA E ESCÓCIA DESDE 1601 ATÉ 1688. 5 – Escocesismo Hercule Spoladore
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 18/40 A VIUVA DE CARLOS Iº, HENRIQUETA DE FRANÇA ACEITOU ASILO POLÍTICO DE LUIZ XIV, REI DA FRANÇA, INSTALANDO-SE COM A CÔRTE DEPOSTA NO CASTELO DE SAN GERMAIN EN LAYE. TAMBEM VIERAM SE JUNTAR AO GRUPO, MEMBROS DA NOBREZA ESCOCESA E INGLESA, PARA CONSPIRAR A RETOMADA DO TRONO INGLÊS. ESTES NOBRES PARA SE PROTEGEREM CONTRA OS ELEMENTOS CONTRÁRIOS À DINASTIA STUARTISTA, ABRIGAVAM-SE SOB A FACHADA DE LOJAS MAÇÔNICAS. A MONARQUIA INGLESA FOI RESTAURADA EM 1660 ATRAVÉS DE CARLOS II (FILHO DE CARLOS I ) REINOU ATÉ 1685. JAIME II SUCESSOR DE CARLOS II, APÓS TER SUBIDO AO TRONO, FOI EXPULSO EM 1688. OS ADEPTOS DE JAIME II PASSARAM A SE CHAMAR NA INGLATERRA DE JACOBITAS. A 1ª LOJA STUARTISTA OU JACOBITA FUNDADA NA FRANÇA EM 25.03.1688 (COM COMPROVAÇÃO) POR ELEMENTOS DA GUARDA IRLANDESA. OUTROS AUTORES, SITUAM ESTA LOJA EM 1689. OUTRA LOJA ”LA CONSTANCE” TERIA SIDO FUNDADA EM ARRAS PELO INGLES LORD PENBROCKE EM 1689. OUTRAS LOJAS FORAM FUNDADAS. A PARTIR DESTES FATOS FORAM SENDO FUNDADAS INÚMERAS LOJAS NA FRANÇA, EM FUNÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA ORDEM NAQUELE PAÍS POR INICITATIVA E AO ESTILO DOS PRÓPRIOS FRANCESES. HISTÓRICAMENTE A MENÇÃO INGLESA É CITADA POR SER A PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO MAÇÔNICA EM TERRITÓRIO FRANCÊS RELAÇÃO DE ALGUNS RITOS ESCOCESES FUNDADOS NA FRANÇA 1) RITO ESCOCÊS DE CERNAU (33 GRAUS) 2) RITO ESCOCÊS PRIMITIVO (25 GRAUS) 3) RITO ESCOCÊS PRIMITIVO DE NAMUR (33 GRAUS) 4) RITO ESCOCÊS DE NARBONA (10 GRAUS) 5) RITO ESCOCÊS FILOSÓFICO DA LOJA-MÃE DE MARSELHA (12 GRAUS) 6) RITO ESCOCÊS FILOSÓFICO DA LOJA-MÃE DA FRANÇA ( 10 GRAUS) 7) RITO ESCOCÊS FILOSÓFICO (1?,12? OU 09? GRAUS) 8) RITO DO ESCOCISMO REFORMADO DE SAN MARTIN( 07 GRAUS) 9) RITO “OS ESCOCESES FIÉIS” (09? GRAUS) 10) RITO DOS ESCOCESES (04 GRAUS) 11) RITO DO ESCOCÊS TRINITÁRIO 12) RITO “LE PLUS SECRETS MYSTERES” (07 GRAUS) 13) RITO ESCOCÊS DOS SETE GRAUS (07 GRAUS) 14) RITO NACIONAL ESCOCÊS (10 GRAUS) (É POSSÍVEL NA FRANÇA?) 15) RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO ( 33 GRAUS) 16) RITO ESCOCÊS RETIFICADO (06 GRAUS) OS RITOS, REAA E O RER SÃO OS DOIS ÚNICOS QUE LEVAM O NOME DE RITO ESCOCÊS, PRATICADOS NO MUNDO ATUALMENTE. O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO, COMO É CONHECIDO QUASE QUE NO MUNDO INTEIRO MENOS NA INGLATERRA, PAIS DE GALES ONDE É CHAMADO DE RITO ANTIGO E ACEITO,
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 19/40 PARA SE EVITAR A IMPRESSÃO GEOGRAFICA ERRADA DE QUE A ESCOCIA SERIA O PAÍS DE SUA CRIAÇÃO. TEM 33 GRAUS, FOI CRIADO EM 31.05.1801 EM CHARLESTON-EUA, USANDO A SUPERPOSIÇÃO DE MAIS OITO GRAUS EM CIMA DOS VINTE CINCO GRAUS DO RITO DE PERFEIÇÃO OU DE HEREDON, ADAPTANDO-SE ALGUNS GRAUS NA HIERARQUIA DO 4º AO 33º E MUDANDO-SE ALGUNS TÍTULOS DE NOMES DE ALGUNS GRAUS. PREDOMINA NO BRASIL EM CERCA DE 95% DAS LOJAS. OS GRAUS SUPERIORES SÃO REGIDOS POR SUPREMOS CONSELHOS E AS LOJAS SIMBÓLICAS, POR GRANDES-ORIENTES OU GRANDES LOJAS. O RITO ESCOCÊS RETIFICADO PRATICADO NA FRANÇA, E ATUALMENTE NO BRASIL ATRAVÉS DO GOB E GLESP É UM RITO EMINENTEMENTE CRISTÃO. NÃO ACEITA COMO MAÇOM QUEM NÃO SEJA CRISTÃO. ERA PRATICADO NA LOJAS JACOBITAS (STUARTISTAS), E ATÉ HOJE NÃO SOFREU ALTERAÇÕES. TEM SEIS GRAUS (ALEM DOS SIMBÓLICOS TEM OS GRAUS: MESTRE ESCOCÊS DE SANTO ANDRÉ, ESCUDEIRO NOVIÇO E GRANDE BENFEITOR DA CIDADE SANTA) SOB A JURISDIÇÃO DO GRANDE PRIORADO DA GÁLIA QUE TEM TRATADO COM A GRANDE LOJA NACIONAL DA FRANÇA. SUAS SESSÕES PARECEM PEÇAS OU SESSÕES DE MUSEU POR SEREM PRATICADAS COMO SE FOSSEM HÁ MAIS DE DUZENTOS ANOS.(FUNDADO EM 1772) ORIGENS PROVÁVEIS DO TERMO “ESCOCÊS” NÃO TEM RELAÇÃO COM A ESCÓCIA, POIS O RITO NASCEU NA FRANÇA. LE FORESTIER: SERIA BASEADO NO DISCURSO DE RAMSAY (1737). MAS EM 1735 JÁ EXISTIA O TERMO, POIS EXISTIA O GRAU DE MESTRE ESCOCÊS. OSWALD WIRTH: EXISTIU UM 4º GRAU QUE SE DENOMINAVA MESTRES ESCOCESES (TRATAVA-SE DA DESCOBERTA SOB AS RUINAS DO TEMPLO DE UMA ABOBADA,ONDE HAVIA UM ALTAR COM A PALAVRA PERDIDA). ERA UM RITO POLÍTICO (JACOBITA). PRETENDIA REGER OS DEMAIS GRAUS SIMBÓLICOS. MUITOS DOS GRANDES EVENTOS MAÇÔNICOS PRIMITIVOS E NOMES DE MAÇONS IMPORTANTES DA ÉPOCA ERAM ESCOCESES. 1º MAÇOM ACEITO, JOHN BOSWELL (08.06.1600) ERA ESCOCÊS. 1ª LOJA MAÇÔNICA DE KILWINNING nº 0 ERA NA ESCÓCIA. 1ª CONSTITUIÇÃO MAÇÔNICA REPRESENTANDO UMA OBEDIÊNCIA, FOI ESCRITA POR UM MAÇOM ESCOCÊS, ANDERSON. ANDRE MICHEL DA RAMSAY (PROVÁVEL INSPIRADOR DOS GRAUS SUPERIORES), ERA ESCOCÊS. 1º PROFESSOR DA MAÇONARIA DO MUNDO, QUE IDEALIZOU O PRIMEIRO CATECISMO, ( RITUAL) WILLIAN PRESTON, ERA ESCOCÊS. A PARTIR DAÍ O TERMO ”ESCOCÊS” GENERALIZOU-SE. DE NOME NACIONAL PARA QUEM NASCESSE NA ESCOCIA PASSOU A INDICAR TAMBEM SESSÕES LOCAIS DE UMA REDE POLÍTICA, TRATANDO DE ASSUNTOS POLÍTICOS E MAÇÔNICOS. A PALAVRA “ESCOCÊS” PASSOU A SER UM RÓTULO. . A MAIORIA DOS FIÉIS JACOBITAS ERAM ESCOCESES, O QUE FEZ COM QUE TODOS JACOBITAS MESMO QUE NÃO TIVESSEM NASCIDOS NA ESCÓCIA, FOSSEM CHAMADOS DE ESCOCESES.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 20/40 INFLUÊNCIAS DO TERMO “ESCOCÊS” 1) MESTRE ESCOCÊS SERIA O PRIMEIRO 4º GRAU EM CONTINUAÇÃO AOS TRÊS PRIMEIROS, SENDO O 5º GRAU DO RITO DE ZINNENDORF. 2) PERFEITO ARQUITETO ESCOCÊS . GRAU MAÇÔNICO CITADO POR M. PYRON. 3) CAVALEIRO ESCOCÊS 9º GRAU DO RITO DOS ILUMINISTAS. 4) GRANDE ARQUITETO ESCOCÊS É O 45º GRAU DO RITO METROPOLITANO DA FRANÇA. 5) GRANDE MESTRE ESCOCÊS É 6º GRAU DE UM SISTEMA CAPITULAR PRATICADO NA HOLANDA. 6) NOVIÇO ESCOCÊS É O 8º GRAU DO RITO ILUMINISTA. 7) OS ESCOCESES 4º GRAU DO RITO DE RAMSAY 5º GRAU DO RITO MODERNO E A 4ª CLASSE DO RITO DE MISRAIN ( DESDE O 14º ATÉ O 19º GRAU) 8) OS ESCOCESES DA ABÓBADA SAGRADA DE SANTIAGO VIº É O 33º GRAU DO RITO METROPOLITANO DA FRANÇA, 20º GRAU DO RITO DE MISRAIN. 9) OS ESCOCESES DE CLERMONT É O 30º GRAU DO CAPÍTULO METROPOLITANO DE FRANÇA. 10) ESCOCÊS DE QUARENTA É O 34º GRAU DO CAPÍTULO METROPOLITANO DA FRANÇA. 11) ESCOCES FIÉL - FUNDADO EM 1748 COM 9 GRAUS. 12) ESCOCESES-FRANCESES É 0 35º GRAU DO CAPÍTULO METROPOLITANO DA FRANÇA. 13) ESCOCESES DE GRANVILLE É O 31º GRAU DESTE CAPÍTULO. 14) GRANDES ESCOCESES É O 14º GRAU DE VÁRIOS RITUAIS FRANCESES. 15) ESCOCESES-INGLESES É UM GRAU DO RITO FILOSÓFICO DA LOJA-MÃE DA FRANÇA. EVOLUÇÃO DO ESCOCESISMO PARA OS ALTOS GRAUS CRIAÇÃO DO R.E.A.A. CRIAÇÃO DO 4º GRAU “MESTRE ESCOCÊS” 1735. DISCURSO DE ANDRÉ MICHEL RAMSAY EM 1737, PUBLICADO EM 1738. CAPÍTULO DE CLERMONT OU COLÉGIO DOS JESUITAS 1754.
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 21/40 GRANDE CONSELHO DOS IMPERADORES DO ORIENTE E DO OCIDENTE (GSLESJJ 1758 ( 25 GRAUS- RITO DE PERFEIÇÃO OU DE HEREDON) FOI A MAIS IMPORTANTE DAS OBEDIÊNCIAS ESCOCESAS. PATENTE DE ETIENNE MORIN (OU STEPHEN MORIN) 27.08.1761 PARA A FUNDAÇÃO DE LOJAS DOS ALTOS GRAUS NA AMÉRICA. ENCONTROU NA AMÉRICA UMA MAÇONARIA ESCOCESA JÁ ESTRUTURADA. OUTORGOU O TÍTULO DE GRANDE INSPETOR GERAL ADJUNTO À 16 IRMÃOS E ENTRE ELES Á HYMAN ISAC LONG. CONSTITUIÇÃO DE BORDEAUX DE 20.09.1762. COMPLEMENTADA POR INSTITUTOS E REGULAMENTOS GERAIS. NOVOS INSTITUTOS SECRETOS E FUNDAMENTAIS DA MUITO ANTIGA E VENERÁVEL SOCIEDADE DOS ANTIGOS MAÇONS LIVRES ASSOCIADOS OU ORDEM REAL E MILITAR DA FRANCO MAÇONARIA (01.05.1786) (ATRIBUÍDA FALSAMENTE A FREDERICO II DA PRUSSIA) – ESCRITOS POSTERIORMENTE À DATA MENCIONADA). CONSTITUIÇÕES ESTATUTOS E REGULAMENTOS PARA O GOVERNO DO SUPREMO CONSELHO E DOS INSPETORES GERAIS DO GRAU 33 E TODOS OS CONSISTÓRIOS DO MUNDO (01.05.1786) ATRIBUÍDA FALSAMENTE À FREDERICO II DA PRUSSIA. (SUPOSTAMENTE LEVADA A EFEITO NO GRANDE ORIENTE DE BERLIM, CONTANDO COM A PRESENÇA DE SUA MAJESTADE, FREDERICO, REI DA PRUSSIA, SOBERANO COMENDADOR). ISTO NÃO ACONTECEU. RESIDIAM EM SÃO DOMINGOS NO FINAL DO SÉCULO O CONDE ALEXANDRE FRANÇOIS DE GRASSE TILLY E SEU SOGRO JEAN BAPTISTE DELAHOGUE. EM 1793 MUDARAM PARA CHARLESTON, FUNDARAM A UMA LOJA “LA CANDEUR”. LÁ JÁ EXISTIAM 11 LOJAS FILIADAS À GRANDE LOJA DE CAROLINA DO SUL. RECEBERAM O TÍTULO DE GRANDE INSPETOR GERAL ADJUNTO DE HYMAN LONG. GRASSE TILLY JÁ ALIMENTAVA NESTA ÉPOCA EXPANDIR O RITO DE HEREDON, ACRESCENTANDO MAIS GRAUS AOS 25 JÁ EXISTENTES. COMO TUDO ACONTECEU AJUNTARAM-SE AOS SEGUINTES PARCEIROS: JAMES MOULTRIE E ISAC AULD (AMERICANOS), FREDERICH DALCHO E ABRAHAN ALEXANDER (INGLESES) JONH MITCHEL E, THOMAS BARTOLOMEW BOWEN (IRLANDESES), MOSES CLAVA LEVY (POLONÊS) EMMANUEL DE LA MOTTA (ILHA DE SANTA CRUZ DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS), ISRAEL DELIEBEN (CHECOSLOVACO). REFEREM QUE JÁ EM 1797 GRASSE TILLY TERIA ASSINADO UM DOCUMENTO COMO SOBERANO GRANDE COMENDADOR. EM 24.05.1801 FORMOU-SE UM SUPREMO CONSELHO DE SOBERANOS GRANDES INSPETORES EM CHARLESTON, QUANDO GRASSE TILLY ASSINOU PATENTES TORNANDO TODOS OS IRMÃOS MENCIONADOS GRANDES INSPETORES GERAIS, TENDO OUTORGADO O GRAU 33 PARA TODOS E AINDA ELES SERIAM CONSIDERADOS FUNDADORES DO 1º SUPREMO CONSELHO DO MUNDO. OS PRINCIPAIS MAÇONS ENVOLVIDOS FORAM DALCHO, MITCHEL QUE SERIA O 1º SOBERANO COMENDADOR, ALEM DE GRASSE TILLY.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 22/40 FUNDAÇÃO DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO EM CHARLESTON EM 31. 05.1801 QUANDO FOI FUNDADO O 1º SUPREMO CONSELHO MÃE DO MUNDO DO GRAU 4 AO 33 ( AINDA NÃO LEVAVA O NOME ESCOCÊS ) POR 11 IRMÃOS, ATRIBUINDO TAMBEM FALSAMENTE À FREDERICO IIº DA PRUSSIA A FUNDAÇÃO DO RITO (GRASSE TILLY NÃO ASSINOU O DOCUMENTO, MAS RECEBERIA PATENTE E ESTABELECERIA UM SUPREMO CONSELHO PARA AS ILHAS FRANCESAS DA AMÉRICA NO CABO FRANCÊS - SÃO DOMINGOS. EM 1802 CRIOU OUTRO EM KINGSTONE-JAMAICA-, EM 17.10 1804 FUNDOU O 1º SUPREMO CONSELHO DO GRAU 33 DA EUROPA EM PARIS, EM 1805 NA ITALIA E 1811 NA ESPANHA E 1817 NOS PAISES BAIXOS). A CONSTITUIÇÃO DE 1786 NUNCA APARECEU. ELA TERIA SIDO ELABORADA POR DALCHO, GRASSE TILLY, DALAHOGIUE E MITCHEL. FREDERICO DA PRUSSIA MORREU EM 17.08.1786 APÓS SOFRIMENTO DE SETE MESES. ESTAVA ACAMADO, ESCLEROSADO COM DOENÇA CRÔNICA DEGENERATIVA. ELE NÃO GOSTAVA DE GRAUS SUPERIORES, E SABE-SE QUE EM 1786 NENHUM “SUPREMO CONSELHO” SE REUNIU EM BERLIM. ELE HAVIA SIDO GRÃO-MESTRE ATÉ 1747 DA GRANDE LOJA ”TRÊS GLOBOS TERRESTRES” A PARTIR DAÍ SE RETIROU DEFINITIVAMENTE DA MAÇONARIA. EM 1766 QUANDO A SUA GRANDE LOJA ADOTOU O RITO “ESTRITA OBSERVÂNCIA”, ELE RETIROU O TÍTULO DE PROTETOR DA MESMA DA QUAL ERA MEMBRO DESDE 1740. FREDERICO DA PRUSSIA NÃO FUNDOU O REEA ELE É APENAS UMA LENDA. TEMOS QUE ACEITA-LO ASSIM, JÁ QUE TODAS AS ORGANIZAÇÕES, ENTIDADES, POVOS, CIVILIZAÇÕES, TÊM QUE TER O SEU MITO, BASEADO NUMA LENDA OU NÃO SOBREVIVEM. ASSIM FOI CRIADO O RITO ESCOCES ANTIGO E ACEITO... Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas – Londrina – PR.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 23/40 O Irmão João Anatalino Rodrigues escreve aos domingos jjnatal@gmail.com - www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br O PECADO DE ADÃO E A DESORDEM CÓSMICA O pecado de adão A Cabala ensina que Adão é o ser humano que teve sua alma insuflada pelo “sopro divino”. Em termos de ciência neurológica podemos entender essa metáfora como aquisição da camada neural que deu ao homem a capacidade de refletir. Para a Maçonaria esse “sopro” é a aquisição da sabedoria que permitiu ao homem colocar “ordo ab chao”, ou seja, adquirir consciência de si mesmo e do mundo para organizá-lo de uma forma lógica. No Zhoar(a Bíblia cabalista) essa imagem é descrita do seguinte modo: “Quando o homem inferior descende (dentro deste mundo), do mesmo modo que quando entra na forma superior (nele mesmo), ao mesmo tempo isso lhe confere a base de suas almas ou dois espíritos. (Ou seja) o homem está formado por dois lados: tem o direito ou reto e o esquerdo ou sinistro. E pode ser observado de ambos os lados. Em relação ao lado direito, ele tem NShMThA QDIShA (Neschamotha Qadisha), a sagrada inteligência; enquanto em relação ao lado esquerdo, ele tem NPShChIH,( Nephesh Chia), a alma animal”.1 Aqui, mais uma vez, conseguimos ver as estranhas imagens da inteligência cabalística cantando um dueto bem afinado com as teses dos modernos cientistas e teóricos do evolucionismo, que vêem o homem como resultado de uma longa evolução que se processou no correr de milhares de anos e que foi conduzida pela sua necessidade de desenvolver meios cada vez mais eficazes de sobrevivência, em face de um ambiente hostil. Assim, o homem, á medida que ia descobrindo essas estratégias, que o fazia cada vez mais sábio, ia também adicionando novas camadas neurais á estrutura do seu cérebro, as quais foram também legadas aos seus descendentes como herança biológica. Por isso é que a interpretação cabalística desse fenômeno diz mais adiante que “O homem pecou, e por isso foi se expandindo até o lado esquerdo; e então, aqueles que carecem de forma também foram expandidos. Isso se refere aos espíritos da matéria, que receberam o domínio das sendas inferiores da Alma de Adão, e aí assentaram as bases da concupiscência). Quando (e portanto) foram unidos e ligados, (na base da concupiscência, juntos com a conexão, 1 Knor Von Rosenroth- A Kabballah Revelada, Madras, 2011- pg. 110. 6 – O Pecado de Adão e a Desordem Cósmica João Anatalino Rodrigues
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 24/40 as duas almas do homem e o espírito animal), tiveram lugar, portanto, as gerações, como os animais dos quais muitas vidas são geradas, todas em uma mesma conexão.2 Aqui se explica a notável dualidade que se encontra no homem, de um lado evoluindo na própria biogênese que conforma todas as espécies animais e por outro lado construindo um espírito, através da sua capacidade reflexiva. Um anjo-animal, que tem, por dentro a Neschamotha Qadisha (sagrada inteligência) e por fora a Nephesh Chia, a alma animal.3 Por isso os estranhos dizeres do Senhor com respeito á serpente: porei inimizade entre ti e a mulher, e entre tua descendência e a sua (dela) descendência. Ela te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. 4 Quer dizer, haverá sempre um conflito no espírito do homem entre a sua espiritualidade (a mulher, sua parte feminina) e a sua materialidade (a sua origem animal). Enquanto a primeira o concita a buscar um patamar de espiritualidade cada vez maior (ferindo-lhe a cabeça), este o cutuca no sentido de atender, cada vez mais aos seus sentidos, o seu apego á matéria (o seu calcanhar). Dessa forma se entende a “inimizade” posta entre matéria e espírito, que só pode ser superada pela gnose que ilumina.5 A desordem cósmica Destarte, o “pecado de Adão”, visto pela ciência como sendo a aquisição da consciência reflexiva pelo ser humano, para os cabalistas significa também a instituição da desordem no âmbito da Criação, pois tanto o surgimento da vida a partir das combinações energéticas da matéria, quanto a aquisição da capacidade reflexiva pelo homem podem ser visto como um “ponto fora da curva” como dizem os matemáticos, ou como uma “emergência descontínua”, no dizer de Teilhard de Chardin. Esse último fenômeno (a capacidade de refletir) desequilibrou o processo natural da vida, colocando o ser humano em um nível bem acima de todos os demais espécimes que a natureza havia criado até então. De tal maneira que o ser humano passou a ser responsável pela sua própria evolução, interferindo no rumo natural das coisas e ameaçando a própria Criação. Para recuperar o equilíbrio que essa nascente qualidade do homem provocou na natureza (coisa que talvez não tenha conseguido até hoje), quanto ela não teve (ou ainda terá) que se reestruturar para isso? 6 Destaque-se que as modernas teses evolucionistas identificam uma fase reptiliana na mais primitiva das combinações cerebrais que a espécie humana já teve. Coleman nos mostra, em seu excelente estudo sobre a inteligência emocional, como o cérebro humano evoluiu, partindo das suas primeiras conformações, até o desenvolvido equipamento neurológico que ostentamos hoje.7 Por outro lado Teilhard de Chardin ensina que as espécies vivas evoluem por aquisição de propriedades, as quais vão sendo adquiridas através das combinações celulares que se processam em níveis cada vez mais complexos. É o que ele chama de aditividade dirigida. Quer dizer, através do fenômeno da hereditariedade, cada geração acrescenta á espécie um grau maior de 2 Kabbalah Revelada, citada, pg. 110. 3 Um dos significados da palavra nephesh, em hebraico, é serpente. Por isso, nas doutrinas místicas, a origem da sabedoria humana está ligada ao mito da serpente. Mas nephesh significa também sangue, espírito vital. Por isso em muitos cultos ofitas há o registro de sacrifícios de sangue, significando que a oferta do sangue á divindade é o mesmo que ofertar-lhe o espírito vital. 4 Gênesis, 3:15 5 O calcanhar é o símbolo do “ego”, o ponto fraco do ser humano, que deve ser buscado quando se quer atingi-lo. Daí a metáfora do “calcanhar de Aquiles”. 6 Emergência descontínua é o termo usado por Chardin para designar um acontecimento excepcional, que atropela as tendências naturais. O surgimento da vida é uma dessas emergências descontínuas e a aquisição, por parte da espécie humana, da capacidade reflexiva, é outro desses fenômenos naturais. Por isso a sua obra fundamental se chama o “Fenômeno Humano”. 7 Inteligência Emocional, op. citado, pg.24.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 25/40 evolução, adquirido do aprendizado feito em cada experiência de vida. Usando suas próprias palavras, “Por acumulação contínua de propriedades (qualquer que seja o mecanismo dessa hereditariedade) a Vida faz como “bola de neve”. Ajunta caracteres sobre caracteres no seu protoplasma. Vai se complicando cada vez mais...)” nós podemos ter uma compreensão mais clara desse processo.8 Ou como diz Coleman ao descrever a evolução do cérebro humano, desde o estágio reptiliano até a avançada conformação de hoje: “Ao longo de milhões de anos, o cérebro humano cresceu de baixo para cima, os centros superiores desenvolvendo-se como ela-borações das partes inferiores, mais antigas (...)” 9 . Assim, a evolução do nosso cérebro foi seguindo um caminho mais ou menos seme-lhante ao da própria Criação, conforme se depreende do desenho da Árvore da Vida, da Cabala. Não devemos nos esquecer que para os cabalistas, Adão, antes do pecado, era um corpo etéreo (um espírito) que não tinha nenhuma semelhança física com o ser humano. Ele era, como diz Gershon Scholem,“ uma figura puramente espiritual, uma “grande alma”, cujo corpo mesmo era uma substância espiritual, um corpo etéreo, ou corpo de luz. As potências superiores continuavam a fluir para dentro dele, conquanto refratadas e ofuscadas em sua descida. Ele era, assim, um microcosmo a refletir a vida de todos os mundos.”10 Tornou-se humano por aquisição da propriedade de refletir. Com isso gerou uma desordem cósmica que foi preciso restabelecer. Tikun: a restauração da ordem A Cabala ensina também que o corpo do Adão terrestre foi refletido na terra a partir do seu modelo celeste Adão Kadmon, para cumprir uma tarefa. Essa tarefa era a de resgatar as “centelhas” (almas) da Luz de Deus que se espalharam pelo vazio cósmico no momento em que Deus se manifestou (ou a sua energia se espalhou em consequência do Big-Bang). Se Adão houvesse cumprido sua tarefa, a Criação teria terminado no Sabbath (o Sábado), consumada na união do masculino com o feminino (a união de Adão e Eva). E o paraíso seria o prêmio final dessa tarefa, não só para o casal humano, mas para toda a sua descendência. Mas Adão fracassou e a história humana começa, então, com a retirada da vestimenta etérea que cobria o corpo do casal humano. Assim se explica a estranha informação constante de Gênesis, 3;21; “ E o Eterno Deus fez para o homem e para sua mulher túnicas de pele e os fez vestir.” Isto é, deu vestimentas de ser humano aos seres que antes, eram espirituais. Por isso o salmista diz: “ o que é o homem para que Te lembres dele? E o filho do homem, para que tu o visites? Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste.(Salmos 8:5). O pecado de Adão fez com que a Schehiná (a presença de Deus no universo) fosse espalhada pelo mundo. Dessa forma, a missão do homem Adão, como ser humano, passou a ser a tarefa da reunir, de novo, na alma do homem, as centelhas da Schehiná dispersa, o que se dará, por fim, quando se concretizar o processo do Tikun, ou seja, a restauração da ordem no caos, que foi instituída com a queda do homem do céu e sua transformação em ser humano. A função do Messias Essa restauração (o Tikun) será conduzida pelo Messias, através de um processo do qual todos participaremos. Assim, a redenção de todas as almas é uma consequência dos nossos atos. O Messias é o “professor”, o guia que nos conduz nesse processo. Como bem observa Gershon Scholem, não devemos nos esquecer que essa concepção da doutrina cabalista, que encampa 8 O Fenômeno Humano, citado, pg. 160. 9 Inteligência Emocional, citado, pg. 24. 10 A Cabala e Seu Simbolismo, citado, pg. 138.
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 26/40 várias idéias gnósticas, reflete a própria vida de Israel enquanto nação, com sua história de ascensões e quedas, e o exílio que marcou a vida do povo judeu. Nesse sentido, diz esse autor, “Israel é a própria Schehiná, e sua dispersão histórica pelo mundo é o símbolo do caos, o qual só será ordenado com a realização do Tikun. Por isso, “no decurso do seu exílio, Israel deve ir á toda parte, a cada um dos cantos do mundo, pois em todo lugar há uma centelha da Schehiná á espera de ser descoberta, apanhada e restaurada por um ato religioso.” 11 Nesse sentido, a própria nação de Israel seria o “Messias” realizador desse processo. Essas idéias foram desenvolvidas por Isaac Luria e compartilha-das por uma forte corrente cabalista, conhecida como messiâni-ca. É de se notar o estreito paralelo que existe entre essas con- cepções e as teses desenvolvidas por Teilhard de Chardin no sentido de que, um dia, toda a espiritualidade desenvolvida pela humanidade se reunirá em um ponto único, chamado Ponto Ômega, que ele identifica com a própria alma de Cristo.12 Essa idéia, como veremos, irá também refletir na doutrina da reencarnação, desenvolvida pela Cabala. Pois o exílio do corpo, em sua história externa, encontra paralelo no exílio das almas, em suas migrações de en-carnação em encarnação, de uma forma de existência á outra.13 E refletirá não só na história do povo judeu, na sua procura por uma redenção, em termos políticos, com a reconstituição da sua nação, como também irá inspirar, no terreno político, várias outras propostas messiânicas, como a que fundamentou a formação dos Estados Unidos da América, a Novus Ordo Seclorum, a própria Alemanha nazista e até as experiências socialistas que se cristalizaram na primeira metade do século vinte.14 A função da Maçonaria E dessa ideia não escapará a experiência maçônica, que em todos os seus temas espiritualistas, e na estrutura do seu próprio catecismo ritual, reflete a enorme influência que recebeu da doutrina cabalista. Pois como disse o Cavaleiro de Ramsay ao levar para franceses o Rito Escocês Antigo e Aceito,” O MUNDO TODO NÃO PASSA DE UMA REPÚBLICA ONDE CADA NAÇÃO É UMA FAMÍLIA E CADA INDIVÍDUO UM FLHO. É para fazer reviver estas máximas essenciais, emprestadas da natureza do homem que a nossa Sociedade foi inicialmente estabelecida.”15 É nesse sentido que a Maçonaria procura realizar a Ordo ab Chaos. E é por isso que nós a vemos como a Cabala do Ocidente. 11 Para mais informações á respeito ver A Cabala e Seu Simbolismo, citado, pgs. 141 a 145. 12 O Fenômeno Humano, citado. Ver também, a esse respeito a nossa obra “Conhecendo a Arte Real”, Ed. Madras, São Paulo, 2006. 13 A Cabala e Seu Simbolismo, citado, pg.140. 14 A “Nova Ordem do Século” era o título que os maçons americanos davam á sua nascente nação. Ver, nesse sentido David Ovason- “A Cidade Secreta da Maçonaria, Ed. Planeta. 15 Discurso proferido por André Michel de Ramsay em 1738 á Grande Loja de França.
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 27/40 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome da Loja Oriente 01.09.1952 Fraternidade Blumenauense nr. 06 Blumenau 05.09.1996 Fraternidade Chapecó nr. 63 Chapecó 08.09.1982 Sentinela do Sul nr. 29 Tubarão 17.09.1986 Universo nr. 43 Florianópolis 17.09.1993 Universo II – nr. 57 Florianópolis 17.09.2000 Universo III nr. 77 Florianópolis 20.09.1991 Acácia da Arte Real nr. 50 Florianópolis 22.09.1982 Fraternidade Josefense nr. 30 São José 25.09.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville 27.09.2000 Colunas da Fraternidade nr. 78 Blumenau Data Nome da Loja Oriente 03/09/1993 Treue Freundschaft Florianópolis 09/09/1969 Liberdade E Justiça Canoinhas 09/09/1991 Cavaleiros Da Luz Blumenau 16/09/2003 Ordem e Fraternidade Florianópolis 18/09/2009 Colunas do Oriente Tijucas 20/09/1948 Luiz Balster Caçador 20/09/2008 Acácia da Serra Rio Negrinho 25/09/2002 Fraternidade Tresbarrense Três Barras 27/09/2010 João Marcolino Costa Sto. Amaro da Imperatriz 28/09/1993 Colunas da Fraternidade Balneário Camboriú 30/09/2010 Triângulo Equilíbrio e Consciência Mafra 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de setembro
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 28/40 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Loja Oriente 01.09.64 Harmonia e Trabalho - 2816 Florianópolis 03.09.05 Retidão e Cultura - 3751 Florianópolis 08.09.04 Cruzeiro do Sul - 3631 Florianópolis 09.09.10 Reg. Guabirubense - 4100 Brusque 10.09.96 Reg. Lagunense - 2984 Laguna 11.09.10 Cruz e Sousa de Estudos e Pesq. do Rito de York Florianópolis 12.09.23 Paz e Amor V - 0998 São Francisco do Sul 12.09.97 Otávio Rosa 3184 São Pedro de Alcântara 15.09.94 Herbert Jurk - 2818 Rio dos Cedros 18.09.10 Frat. Guabirubense - 4116 Brusque 19.09.08 Cavaleiros Templários - 3968 Fraiburgo 22.09.09 Acácia De Itapoá-4044 Itapoá 30.09.93 União Catarinense - 2764 Florianópolis Agora "Ser sábio sobre o significado da palavra agora é a arte de ver que cada momento tem seu valor próprio, mesmo que a experiência de tal momento não esteja conectada com qualquer uma de nossas ambições, metas ou preocupações mentais. O significado do tempo dos relógios não é nada quando comparado com a experiência de não sentir o tempo, de estar completamente presente e imerso na tarefa que está sendo realizada." José Aparecido dos Santos TIM: 044-9846-3552 E-mail: aparecido14@gmail.com Visite nosso site: www.ourolux.com.br "Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos".
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 29/40 Registros da Soberanas Assembleia da Grande Loja do Estado do Acre Assembleia e Jantar (do Irmão Walter Nunes Duarte – Suporte Rural – Brasiléia – AC) Seguem fotos da Soberana Assembleia e do jantar em minha residência, com presença do Grão- Mestre Ir. Fernando Zamora, alta administração da GLEAC, além de Irmãos de Brasileia e outros Orientes.
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 30/40
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 31/40
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 32/40
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 33/40 CONVOCAÇÃO e CONVITE O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro, com base no inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida todos os demais Irmãos, para a 47ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, dia 11 de outubro, terça-feira, quando a palestra a cargo do Venerável Ir. Juarez Fonseca de Medeiros, PM da ARLS Templários da Nova Era, nº 91, com o tema “Formação do Estado Brasileiro”. A sessão será no Templo II (Templo para Trabalhos de Emulação) da Fundação Unitas, a rua Machado de Assis, 210, Estreito, Florianópolis. Programação: 20:15 h: encontro no átrio do Templo; 20:30 h: início da sessão. Após a sessão, será oferecido uma ágape com um bom whisky. Ir. Ruben Luz da Costa, Secretário Wisdom Dawn Lodge
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 34/40 Loja Filadélfia realiza elevação ao Grau de Companheiro Maçom (do Ir. Glauber Santos Soares) - A Loja Maçônica Filadélfia (Vitória da Conquista) realizou na noite de sexta-feira (17/9) Sessão Magna de Elevação ao grau de Companheiro Maçom, ocasião em que 05 irmãos receberam o aumento de Salário (Marcus André, Joaz, Pedro Igor, Alexandre Padilha e Marcel Estenio). A cerimônia foi presidida pelo VM Maurílio Caldeira e contou com a participação de várias lideranças maçônicas dentre elas o Poderoso Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro irmão Joselito Soares.
  • 35. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 35/40 Estimados Irmãos: Excepcionalmente neste mês de SETEMBRO, a Loja Maçônica de Pesquisas "Quatuor Coronati, Pedro Campos de Miranda" terá sua data de reunião alterada em virtude de outros eventos cívicos e do calendário da Maçonaria em geral, e da GLMMG em particular. Portanto, a sessão de setembro será realizada no dia 22 conforme cartaz anexo. TFA, José Maurício Guimarães UMA REFLEXÃO SOBRE A MAÇONARIA NOS TEMPOS ATUAIS apresentada pelo Irmão Ronaldo Armond
  • 36. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 36/40 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Painel Para o dia 18 de setembro A origem da palavra provém do espanhol, significando “pano”, no sentido de “quadro”, ou seja: “quadro de pano”. Nas Lojas Maçônicas, especialmente nas Simbólicas, cada um dos três Graus possui um painel próprio. Hoje, esses Painéis são confeccionados com material rígido, em forma de quadro, medindo aproximadamente 50 x 80 centímetros, sem medidas exatas e rigorosas. No início das reuniões maçônicas, o Painel era desenhado com giz ou carvão, diretamente sobre o piso da Loja. Eram desenhados os principais símbolos do Grau. Encerrados os trabalhos, o painel era apagado. Somente no final do século XVIII é que o painel passou a ser bordado no formato de uma tapete, que, conservado “enrolado”, só era desenrolado para a abertura da Loja. Foi o pintor John Harris, em 1820, que desenhou os atuais Painéis, mantendo os desenhos tradicionais. Alguns ritos, como o Schroeder, conservam os painéis na forma de tapetes a serem enrolados e desenrolados. Na abertura dos trabalhos, o painel é colocado defronte ao Ara, para simbolizar que permanecem vivos os símbolos que orientam os trabalhos. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 280.
  • 37. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 37/40 Loja Maçônica Austeridade e Justiça No. 1782, GOB - Sete Lagoas-MG
  • 38. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 38/40 1 – Descubra se você é uma pessoa racional ou emocional! 2 – Estes cães de guarda não são exatamente aterrorizantes... 3 – Conheça o paraíso dos pandas-gigantes na China! 4 – O Canto do Uirapuru: O_canto_do_uirapuru.pps 5 – Uma cxarta e belas fotos: UMA CARTA E BELAS FOTOS.pps 6 – Rio Acre e a seca: http://fotospublicas.com/fotos-mostram-a-situacao-do-rio-acre-durante-a-seca/ 7 – Filme do dia: “A Hora mais Escura” - dublado O filme recria a operação que capturou e matou o líder da Al Quaeda, Bin Laden. Recebeu cinco indicações ao Oscar 2013. https://www.youtube.com/watch?v=edoCnbaUJps
  • 39. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 39/40 O Irmão e poeta Sinval Santos da Silveira * escreve aos domingos no “Fechando a Cortina” Deixa-me sonhar ! Não quero mais estar abraçado à realidade. Viverei o inefável, tão simples e amável, que me levará nos braços do vento, às profundezas do pensamento, com destino à imaginação. Não sufoca os meus gritos, são gemidos da alma, dores partindo, indo embora !
  • 40. JB News – Informativo nr. 2.178 – Florianópolis (SC) – domingo, 18 de setembro de 2016 Pág. 40/40 Busco, na beleza da fantasia, a voz do infinito, o silêncio do trovão. Ouço passos caminhando nas nuvens. São as minhas pandorgas que, na infância, deixei empinadas no céu, pedindo socorro à criança que ainda existe em mim. São estrelas, barrelotes e papagaios, construídos com o amor da inocência. Não me abandonaram, ainda estão no ar alimentando os meus sonhos. Verdadeiros anjos da guarda ! Em noites prateadas, bailam por toda a madrugada, chorando de saudade, chamando por mim. Meus sonhos alados, testemunhas do pecado, de quem esqueceu as inocentes fantasias , lá no céu ! Vou resgata-las, uma a uma, ainda que desbotadas e rasgadas pelo vento. Em cada qual, uma linda história que nem mesmo o tempo conseguiu apagar. Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com * Sinval Santos da Silveira - MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 – Florianópolis