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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
O JB News saúda os Irmãos leitores de Umuarama - PR
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrAilton Elisiário – Teologia da Dizimação
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – O Simbolismo na Maçonaria
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – A importância de saber ouvir e de saber calar: das concepções ...
Bloco 5-IrHolbein – Contribuições para a problemática da Crítica das Fontes em Historiografia...
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrAntonio Raia (Recife – PE)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 5 de outubro e versos do Irmão e Poeta Adilson
Zotovici
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 2/30
5 de outubro
1143 – D. Afonso Henriques, Afonso de Castela e um representante
do papa, assinaram o tratado de Zamora, reconhecendo a
independência do reino de Portugal.
1414 – Abertura do concílio de Constança, que resultou no fim do
cisma da igreja.
1582 – Estabelecido pelo papa Gregório XIII, o calendário gregoriano,
para substituir o calendário juliano, nova forma de contar os dias, meses e
anos, e entrou em vigor neste dia, avançando dez dias. Surgiu como
necessidade de pôr em prática o decidido no concílio de Trento, ajustando o
desfasamento verificado desde o concílio de Niceia, onde foi fixado o
momento astral em que se devia comemorar a Páscoa e em relação com
estas as restantes festas religiosas móveis.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 279º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova)
Faltam 87 dias para terminar este ano bissexto
Estamos na Semana da Vida.
Dia Nacional do Habitat
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa)
(Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 3/30
1713 – Nasceu em Langrés, Denis Diderot, filósofo e escritor francês, escreveu
ensaios sobre estética, política e religião. Materialista determinista, autor da frase
“Nem Rei, Nem Deus”. Escreveu: Pensés sur l'Interpretation de la Nature, Obras
Filosóficas, Cartas pelos Cegos para Uso dos que Vêem e dirigiu o trabalho da
enciclopédia com d'Alembert, maçon (31/7/1784).
1768 – O marquês de Pombal obrigou, por decreto, os nobres portugueses
antissemitas que tivessem filhos em idade de casar, a organizar casamentos com
famílias judaicas.
1769 – Nasceu, José António Plácido Lobo da Silveira Quaresma, 3° marquês de Alvito,
conselheiro de D. Maria I, estribeiro-mor de D. Pedro IV, iniciado maçon na Loja Amizade
(3/3/1844).
1774 – Nasceu em Lisboa, Francisco Simões Margiochi, oficial da marinha,
proprietário agrícola, prof. e político. Lic. em matemática e filosofia por Coimbra onde
foi prof, estudante liberal foi preso por Pina Manique, deputado, ministro e
conselheiro, esteve exilado em França e em Inglaterra, nas Cortes em 5/2/1821
propôs a lei de abolição do Santo Ofício, iniciado maçon (6/6/1838).
1789 – A corte francesa transferiu-se de Versailles para Paris.
1820 – Faleceu em Paris, Augustin Barruel (2/10/1741).
1833 – Faleceu em Lisboa, a 5 ou a 15, Cândido José Xavier Dias da Silva, maçon (11/3/1769).
1864 – Nasceu em Besançon, Louis Jean Lumiére, co-inventor do cinematógrafo,
francês, pioneiro do cinema, em 1894 rodou o primeiro filme A Saída dos Operários
da Fábrica, a que se seguiram mais de quarenta, iniciando exibições em
28/12/1895 no Grand Café de Paris, maçon (6/6/1948).
1865 – Faleceu no Rio de Janeiro, Miguel Calmon du Pin e Almeida, marquês de
Abrantes, maçon brasileiro (26/10/1794).
1874 – Fundada a G.L. de Oklahoma dos Maçons Livres, Antigos e Aceitos.
1904 – Faleceu em Paris, Fréderic Auguste Bartholdi, maçon francês (2/8/1834).
1905 – Os irmãos Wright realizaram o primeiro voo da volta ao mundo.
1908 – D. Fernando I proclamou a independência da Bulgária.
1910 – Rebentou em Lisboa, a revolução
republicana, dirigida por António Maria de
Azevedo Machado Santos (10/1/1875) e proclamada da varanda
dos Paços do Concelho, que derrubou a monarquia.
– Constituído o principado do Liechtenstein, com 5.000
habitantes, sob a forma de monarquia constitucional, que havia
sido formado como condado em 1342.
1911 – Manifestção popular em Lisboa de apoio às
comemorações da revolução repiblicana, onde desfilou um carro alegórico representaivo do
G.O.L.U.
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 4/30
1912 – Realizou-se em Lisboa, sob a presidência do G.M. do G.O.L. Sebastião de Magalhães Lima,
o 17° Congresso Internacional do Livre-Pensamento, onde particparam Ana de Castro
Osório, Teófilo Braga e João Camoesas, entre outros.
1914 – O Movimento Apostólico Internacional de Schoenstatt foi fundado pelo padre
Kentenich, como um movimento de renovação espiritual na igreja católica.
1919 — Primeiro número do semanário Bandeira Vermelha, órgão de imprensa da Federação
Maximalista Portuguesa, semanário do movimento comunista, com o diretor Manuel Ribeiro. O
primeiro número foi apreendido pelas autoridades e o segundo número saiu na semana seguinte.
1927 – Foi publicado o Manifesto da Liga de Estudantes Republicanos de Lisboa, oriundo da
Liga dos Estudantes Republicanos de Lisboa, entre outros: Alberto Pinto de Sousa, Vasco da Gama
Fernandes, Serra Frazão e Carklos Bana.
930 — Fernando Pessoa anunciou no Notícias Ilustrado o alegado suicídio na Boca
do Inferno, em Cascais, de Aleister Crowley (12/10/1875), ocultista inglês,
consumidor de drogas e suspeito de participar em rituais espíritas, organizador de
orgias, seguidor dos princípios da seita secreta Illuminati. Crowley chegara a
Lisboa em 2/9 para visitar Pessoa, tendo-o iniciado em rituais maçónicos e
cavalheirescos e ainda em ritos de magia sexual e ocultistas, tal suicídio foi uma
irrealidade, pois Crowley morreu em 1/12/1945.
1936 — Nasceu em Praga, Vaclav Havel, escritor checo, referência da resistência à invasão
soviética, em 29/12/1989, tornou-se no pres. da república da Checoslováquia, depois checa, como
escritor, salientamos: Memorandum, Garden Party, Dificuldade de Concentração e Visão Privada,
maçon (18/12/2011).
1969 — A convenção da G.L. Unida da Alemanha, aprovou a continuação do diálogo encetado com
representantes da igreja católica, iniciativa de Theodor Vogel, que já haviam
concretizado quatro reuniões, a 5/7/1970 fizeram a declaração de Lichtenau:
"Estamos cientes das antigas controvérsias que por tempo já suficiente tem
levado à condenação dos maçons. É inútil manter essas controvérsias. Nós,
portanto, sinceramente damos as boas vindas a este começo de diálogo que,
não obstante as divergências existentes trouxeram à superfície o desejo de se
alcançar um entendimento. Nós concordamos que as bases deste diálogo exigem
um SIM à dignidade do ser humano. Somos de opinião que as bulas papais
referentes à Maçonaria só têm importância histórica e não têm sentido nos
tempos atuais. Temos a mesma opinião sobre o Código Canónico, pois, que pelo foi exposto
anteriormente, torna-se impossível a uma Igreja que ensina, de acordo com os Mandamentos de
Deus a amar seus semelhantes, justificar essas condenações contra a Maçonaria".
1998 — Morreu em Setúbal, José Maria Lima de Freitas, maçon (22/6/1927).
1822
Ata da 18ª. Sessão do Grande Oriente Brasileiro, presidida por D. Pedro. Proposta para que o título
de defensor perpétuo do Brasil seja hereditário. José Bonifácio propõe que seja ratificado pela Câmara
civil.
1824 Fernando VII da Espanha decreta confisco de bens dos Maçons.
1835 Montezuma é demitido do cargo de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Brasil.
1874 Fundada a Grande Loja de Oklahoma dos Maçons Livres, Antigos & Aceitos.
1991 Fundação da Loja Zezinho Cascaes nr. 49, de Braço do Norte, que trabalha no Rito Adonhiramita
(GOSC)
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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PALESTRA DO IRMÃO
JOÃO IVO GIRARDI
A Loja Templários da Nova Era tem a honra de convidar o prezado Irmão para a
palestra do Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de
Salomão” nr. 39 de Blumenau, autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia
à Meia-Noite”, Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles
Garcia” 2016 da GLSC.
O Irmão Girardi, que é colunista do JB News (escreve às quartas-feiras e
domingos) falará sobre “Educação, Comunicação e Informação Maçônica”, às
20h00 neste dia 5 de outubro, no Templo do Condomínio Monte Verde,
localizado À Rua Amílscar, 33 bairro Monte Verde.
Aguardamos a sua visita.
Fraternalmente,
Loja Templários da Nova Era, 91 – (GLSC)
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O Irmão Ailton Elisiário,
é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas.
Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras
no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline.
TEOLOGIA DA DIZIMAÇÃO
Confesso que fico triste quando me deparo com pessoas que se revestem de um manto de
pureza para a pregação da Palavra de Deus e agem de má fé para com seus ouvintes. Conscientes
de uma vida de sofrimento a que todas as pessoas estão submetidas, a Palavra de Deus chega para
o alívio das dores e para a preparação de volta ao seio do Criador. Para isto, aqueles que apregoam
essa Palavra devem fazer com honestidade de propósitos, estando eles em geral ligados a igrejas
que se comportam com responsabilidade no exercício de suas missões.
Infelizmente, há os que criam seus negócios dando-lhes a aparência de igrejas cristãs
avançadas, utilizando-se de uma doutrina chamada teologia da prosperidade, pela qual os fiéis se
beneficiam na medida em que se obrigam a dar às suas igrejas o que possuem para receber em
troca algo de Deus. Eles mandam que Deus os atenda, porque para isto estão pagando dízimos,
como se Deus fosse um produto à disposição no mercado, além das ofertas de campanhas que
nunca param de ser geradas e geridas por esses “pastores”.
Por dízimo se entende a fração de um décimo que deve ser reservada da renda auferida para
destinação à igreja, com o objetivo de mantê-la e a seus ministros. No Antigo Testamento, o Livro
do Levítico fala que “a décima parte de tudo o que passa sob o cajado do pastor é coisa
consagrada a Iahweh” (Lv 27, 32). Desse modo, o dízimo pertence a Deus e ninguém tem direito a
ele. Todavia, parece que para certa igreja no Brasil o Céu está sofrendo uma crise inflacionária
braba e, como aqui na Terra os governos para equilibrarem seus orçamentos aumentam os
impostos, Deus está agora fazendo o mesmo.
Conclama o “apóstolo”, como assim se proclama seu dirigente máximo, para no mês de
dezembro os fiéis contribuírem com 30% de sua renda para o “grande projeto” e dizendo que isso
é justo porque foi uma inspiração de Deus. Esse dízimo, que deixará de ser 10% e passará a 30%,
representará a Santíssima Trindade, sendo 10% para o Pai, 10% para o Filho e 10% para o
Espírito Santo. Segundo ele, o fiel estará sendo chamado para uma prova e todo o Brasil deverá
participar. Os vídeos que circulam nas redes sociais transmitem exatamente isto na fala do
apóstolo.
2 – Teologia da Dizimação
Ailton Elisiário
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 7/30
Eis aí uma doutrina teológica que surge, a que nomeio de “teologia da dizimação”. A
teologia em que o dízimo é triplicado e repartido entre as pessoas da Santíssima Trindade, que
necessitam de mais dinheiro para a “sua obra conduzida por seu apóstolo” aqui no Brasil. Dizimar
era o reconhecimento da parte de Israel de que tudo vinha do Senhor ou Lhe pertencia. Só que
dizimar aqui não significa isto nem cobrar o dízimo, mas acabar com os que pagam o dízimo.
Dizimar aqui não tem o sentido de lançar imposto de dízima, mas o sentido de arrasar, de
aniquilar, de provocar a morte de grande número de pessoas. Assim, o dizimista ou aquele que é
alcançado por essa dízima, é um potencial contribuinte aniquilado financeiramente, arrasado
patrimonialmente.
No Livro de Malaquias, Iahweh reclama do seu povo que não cumpria com o dízimo. “Pode
um homem enganar a Deus? Pois vós me enganais. – E dizeis: Em que te enganamos? Em relação
ao dízimo e à contribuição. Trazei o dízimo integral para o Tesouro, a fim de que haja alimento
em minha casa. Provai-me com isto, disse Iahweh dos Exércitos, para ver se eu não abrirei as
janelas do céu e não derramarei sobre vós benção em abundância” (Ml 3, 8 e 10). Estes versículos
mostram que Deus jamais exigiu além do dízimo, não mais do que os 10%. E por que agora ele
“inspira” o apóstolo para exigir dízimo de 30%? E quanto às ofertas que o apóstolo não dispensa?
No Novo Testamento, Deus se apieda mais uma vez do povo sofrido e flexibiliza a oferta.
São Paulo disse: “Cada um dê como dispôs em seu coração, sem pena nem constrangimento, pois
Deus ama a quem dá com alegria” (2Cor 9, 7). E Jesus Cristo, “sentado frente ao Tesouro do
Templo, observava como a multidão lançava pequenas moedas no Tesouro, e muitos ricos
lançavam muitas moedas. Vindo uma pobre viúva, lançou duas moedinhas, isso é, um quadrante.
E chamando a si os discípulos, disse-lhes: Em verdade eu vos digo que esta viúva que é pobre
lançou mais do que todos os que ofereceram moedas ao Tesouro. Pois todos os outros deram do
que lhes sobrava. Ela, porém, na sua penúria, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para
viver” (Mc 12, 41-44).
Portanto, é conveniente observar o que manda a Sagrada Escritura na correta interpretação
de seus textos. Deus não quer nada de ninguém, não exige 10% da renda de ninguém. Deus quer
que cada um dê segundo suas posses, conforme o que tem e não o que não tem. “Quando existe a
boa vontade, somos bem aceitos com os recursos que temos; pouco importa o que não temos”
(2Cor 8, 12). Não importa a Deus quanto damos, mas a nossa atitude e a motivação com que
fazemos. Cristo ensinou que um homem deveria vender tudo que tinha e dar aos pobres (Mc 10,
21), mas ficou satisfeito quando Zaqueu prometeu que daria aos pobres a metade dos seus bens
(Lc 19, 1-10), o que mostra claramente que quantias específicas não são importantes para Deus.
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O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC.
escreve às quartas-feiras e domingos.
Estará hoje, dia 05 de outubro proferindo palestra
na Loja Templários da Nova Era. Agende-se.
O SIMBOLISMO NA MAÇONARIA
“Os símbolos velam revelando, e inversamente revelam, velando”.
1. Simbolismo na Maçonaria: Os Símbolos, não só na Maçonaria, mas, também, em todas as
ordens iniciáticas e religiosas são objetos, figuras ou imagens alusivas a algum sentido moral. O
símbolo, tomado do ponto de vista esotérico, oculto, místico, é a afirmação discreta da verdade não
revelada.
É através do simbolismo que a Maçonaria transmite aos iniciados, a tradição e a ciência
sistematizada nos diversos graus de um Rito, já que o simbolismo está presente em todos os graus,
o que faz com que seja, realmente, muito estranha a designação de Maçonaria Filosófica, para os
graus superiores ao de Mestre.
Todo símbolo, qualquer que seja sua espécie, pode ser considerado sob três aspectos diferentes,
quanto à sua interpretação: literal, figurado e oculto (ou esotérico).
No sentido literal ele representa o objeto em suas generalidades, sem qualquer
representatividade; por exemplo: literalmente, o Altar dos Juramentos é uma simples mesa,
enquanto o estandarte da Loja não passa de um pedaço de pano. Evidentemente, o sentido literal
jamais é considerado na Maçonaria.
No sentido figurado, o objeto, pelas suas propriedades intrínsecas representa uma ideia, a partir
do pensamento que desperta; sob esse prisma, o estandarte já passa a representar a Loja, em suas
particularidades, diferenciando-a das demais. Os símbolos tomados em seu sentido figurado, são
muito utilizados pela Maçonaria, embora sejam idênticos, em seu significado, para todos os graus.
No sentido oculto, esotérico, o símbolo encerra uma profunda verdade moral, totalmente
distinta do sentido figurado e só revelada aos iniciados nos diversos graus, pois o mesmo objeto
tomado sob a interpretação esotérica, tem sentidos diferentes, de acordo com o grau do iniciado. É
o sentido mais utilizado na Maçonaria.
Esotericamente, o significado dos símbolos é variável, de acordo com as diversas ciências
ocultas e ordens iniciáticas, ou religiosas. Por exemplo: o Sol, para a Alquimia, representa o ouro;
para a Teurgia, ele é a emanação de Deus, para a Magia, é a fonte de Luz Astral, enquanto que
para a Maçonaria, ele representa a Luz do Conhecimento, a meta do iniciado que caminha das
trevas do Ocidente para a luminosidade do Oriente (existe um grau filosófico, que rende
3 – O Simbolismo na Maçonaria
João Ivo Girardi
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 9/30
homenagem a Apolo, deus grego que representa o Sol, tornando-o como símbolo da luz da
percepção e do conhecimento.
No sentido figurado, ou esotérico, muitos são os símbolos utilizados pela Ordem Maçônica; os
principais, com seus respectivos significados, são os seguintes:
Esquadro: retidão nas ações
Compasso: comedimento nas buscas
Nível: aplicação sensata e correta dos conhecimentos
Prumo: profunidade na observação
Malho: vontade nas ações
Cinzel: discernimento e critério nas pesquisas
Régua: precisão na execução dos trabalhos
Trolha: tolerância e apaziguamento
Alavanca: poder e força de vontade
Todavia, o sentido mais importante é o oculto, esotérico, que embora variável nos diversos
graus, revela, em última análise, a relação matéria-espírito, concretizando a grande lição de moral
da Maçonaria, que é a prevalência do espírito sobre a matéria.
Como exemplo principal temos o Esquadro e o Compasso, com aquele simbolizando a matéria
e, este, o espírito. É por isso que, nos graus simbólicos, é variável a posição desses dois
instrumentos sobre o Livro da Lei, como se segue:
No Grau de Aprendiz, coloca-se o Esquadro sobre o Compasso (os dois ramos do primeiro
sobre as duas hastes do segundo), ficando o Esquadro com sua abertura voltada para o Oriente e o
Compasso com a abertura voltada para o Ocidente, (isso no Rito Escocês, pois no York é o
inverso); isso significa que, nesse grau, ainda há predominância da matéria sobre o espírito, pois o
Aprendiz traz toda a materialidade profana.
No Grau de Companheiro, o Compasso e o Esquadro estão entrecruzados, ou seja; um dos
ramos do Compasso cobre uma das hastes do Esquadro, enquanto o outro ramo é coberto pela
outra haste; isso signfica que graças à evolução espiritual já sofrida pelo Companheiro, há um
equilíbrio entre o espírito e a matéria.
No Grau de Mestre, finalmente o Compasso é colocado sobre o Esquadro simbolizando o fim
da caminhada mística, quando o espírito prevalece, totalmente sobre a matéria.
Essa relação espírito-matéria é mostrada em todos os demais símbolos utilizados pela
Maçonaria, como no Malho e no Cinzel, onde o espírito atua sobre a matéria para a concretização
de uma obra, ou seja: é mostrada a ação dda mente humana, elevada ao seu mais alto grau
metafísico, sobre a atividade motora corporal, para a confecção daquilo que a mente idealizou.
O Compasso, que é o mais rico símbolo maçônico, mostra ainda uma outra faceta em seu
significado esotérico: sendo a representação da espiritualidade, ele simboliza, também, o
conhecimento humano. É por isso que o máximo de abertura que ele pode ter, quando colocado
sobre o Livro da Lei, é de 90º (nos três primeiros graus, chamados simbólicos e comuns a todos os
ritos, a abertura é de 45º); na abertura de 90º, ele é igual ao Esquadro é é chamado de Compasso
Áureo ou dourado. Isso significa que a Maçonaria, ao limitar a abertura do instrumento, ao
máximo de 90º, quer mostrar que o acme (vem do grego akme: cume, o ponto mais alto) do
conhecimento do homem, será, sempre, muito pequeno, em relação aos 360º graus da
circunferência, que representa a sapiência divina do Grande Arquiteto do Universo).
Notamos, assim, que os símbolos representam a maneira velada que a Ordem maçônica procura
mostrar as grandes verdades do Universo, nas concepções mental, moral e metafísica.
Infelizmente, muitas vezes, o estudo sério e profundo do simbolismo maçônico é postergado e, até
mesmo, ignorado, com grandes prejuízos para a formação espiritual do Iniciado, que irá passar
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 10/30
pelos diversos graus sem ter o conhecimento básico daquilo que é o essencial de uma ordem
iniciática como a Maçonaria. O Simbolismo é a síntese da sabedoria humana no caminho
transcendental da procura da Verdade única e absoluta; sem ele a Maçonaria torna-se um
corpo sem cérebro, robotizado e sem faculdades intuitivas. Meditemos sobre isso. (Fonte:
Cadernos de Estudos Maçônicos (Consultório Maçônico), José Castellani, Ed. A Trolha 2ª Ed.,
1990).
2. Maçonaria Simbólica: O sistema básico da organização maçônica que reúne toda a doutrina
essencial e a razão de ser da Ordem. Diz-se simbólica porque sua doutrina é velada por símbolos
e alegorias. A Maçonaria simbólica tem o condão de reunir, em pensamento e ação, todo o
conhecimento histórico, político, tropológico, anagógico, esotérico mesmo, sendo, portanto, o
ponto de partida e o de chegada para a doutrina da Ordem.
O 1º Grau - Aprendiz Maçom - da escalada jacobita flagra o Iniciado sem recursos além de sua
própria força física; ele apresenta-se tal como a Natureza e os costumes o forjaram.
O 2º Grau - Companheiro Maçom - acena com a perspectiva de abundância, mas aponta para a
sacralidade e a necessidade do trabalho e, consequentemente, do Conhecimento.
Enquanto os graus 1 e 2 ancoram o recipiendário nos instrumentos e utensílios operativos, o 3º
Grau - Mestre Maçom - libera-o para maiores evoluções da mente e do espírito. A par disso,
mostra a inexorabilidade do desenlace fatal. O prêmio do Mestre Maçom, entretanto, diante da sua
sisífica labuta e ao mesmo tempo em que se depara com a extinção do corpo orgânico, é o
magnífico nome do Respeitável Mestre Hiram, símbolo inexcedível da grande e subjacente
doutrina da imortalidade da alma, da prevalência do espírito sobre a matéria e da existência de
outra vida além dos umbrais da morte. O leitor atento e o buscador reflexivo constatarão, ao longo
desse périplo de conhecimento, que a ideia de ordem, mercê dos filósofos que equacionam a
maravilhosa aventura humana da Terra, é um das ideias fundamentais da inteligência. A harmonia
característica de qualquer ordem nasce da justa adaptação de métodos, preceitos, organização e
razão de ser. E por isso não é o apanágio de nenhum grau, por mais alto que ele seja. É, sim, fruto
do lampejo Divino que o Grande Arquiteto inoculou na espécie humana. (Do livro: Maçonaria - A
Filosofia do Conhecimento, João F. Guimarães).
3. Primeira Lição: A primeira lição que a Maçonaria oferece ao espírito humano é trazer à sua
percepção o propósito do Universo. A Maçonaria faz seus iniciados experimentarem coisas
difíceis, se não impossíveis, de ser colocadas em palavras. Ela é um sistema de autoconhecimento
baseado no mito, na alegoria e no simbolismo - e no devido tempo descobriremos que ela sugere
uma resposta à questão central da ciência moderna: Por que o Universo deu-se ao trabalho de
existir? Ao longo das eras, a Ordem evoluiu e refinou seu ritual para ajudar seus seguidores a
encontrar respostas a essas questões. Pode ser que a verdade absoluta sobre nós não possa ser
expressa em linguagem, sendo apenas revelada por símbolos.
4. Regras para interpretação geral dos símbolos: Existem umas certas regras para a
interpretação geral dos símbolos, as quais deverão ser seguidas pelos que se iniciam no estudo do
simbolismo. São elas:
1) O estudioso dos símbolos procurará conservar a sua mente completamente tranquila, como
se ela fosse, por assim dizer, um mar de substância sutil.
2) Deverá abster-se de pensar de modo discursivo e de estender os símbolos separados no
espaço, observando-os um após outro; o seu esforço deverá consistir em ‘sentir’ a substância
mental em processo de plasmar. Ao exercitar-nos com os símbolos, não devemo sobjetivá-los nem
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 11/30
projetá-los, devemos, ao contrário,‘senti-los’ crescer dentro de nós, e então uma ideia ocasional
pode fulgurar em nossa mente. É por isso que um escritor definiu o símbolo como a luz branca
que se decompõe em cada alma numa cor diferente.
3) O segredo para uma boa interpretação do símbolo consiste em levá-lo na própria mente e
não esta no símbolo; a mente não deveria sentir-se ligada ao símbolo, nem deixar-se atrair por
seus sinais e sair de si mesma para cristalizar-se numa forma. Pelo contrário, é o símbolo que se
deve dobrar às exigências da mente, a qual, depois de agarrá-lo, deve examiná-lo por todos os
lados afim de possuí-lo na sua inteireza. (Nicola Aslan in Estudos Maçônicos sobre o Simbolismo,
1977).
4) Quem pensa cientificamente parte da análise para a síntese, ou seja, do desintegrado para o
integrado, do múltiplo para o uno. Mas quem pensa simbolicamente, parte da síntese para a
análise, do integrado para o desintegrado, do uno para o múltiplo, do todo para as suas partes
componentes.
5) Todo símbolo tem um termo oculto. É este que deverá ser buscado e interpretado.
6) A interpretação de um símbolo exige que o intérprete não dispense a pesquisa histórica, as
comparações interculturais sobre esse símbolo desenvolvidas no curso do tempo pelos povos que
dele se ocuparam e as diversas interpretações por eles emprestadas através das tradições orais e
escritas. Consequentemente, como se trata de interpretação individual, é lógico que o seu valor
oscilará entre as qualificações má a excelente, as quais estarão da dependência direta e imediata
não apenas do sadio desenvolvimento psíquico do intérprete, como também e fundamentalmente
do seu maior ou menor grau de cultura. A final de contas, a beleza dos grandes símbolos está na
infinita variedade de seus modos de interpretação.
7) O intérprete haverá de identificar, no curso de seu trabalho hermenêutico, se o símbolo de
que ele se ocupa realmente evidencia possuir as propriedades que lhe são inerentes. Muitas coisas
a que se dá o nome de símbolos, são muitas vezes aparências falsas ou deformadas. (Fonte:
Complemento da GLSC: Introdução Geral ao Simbolismo Maçônico).
5. Rituais: (...) Se vos tornardes Maçom, encontrareis em nossos símbolos a realidade do dever.
(...) Do mesmo modo que os antigos filósofos egípcios, para subtrair seus segredos e mistérios aos
olhos profanos, ministravam seu ensino por meio de símbolos e alegorias, a Maçonaria,
continuando a tradição egípcia, encerra seus ensinamentos e filosofia em símbolos e alegorias,
pelos quais oculta suas verdades ao mundo profano, só as revelando àqueles que ingressam em
seus Templos. (RA).
(...) A tradição dos símbolos é uma ciência viva. Ela permite àquele que a possui adaptar seus
conhecimentos às necessidades de seus Irmãos, soerguer uma sociedade que naufraga, amparar e
reanimar um coração sem coragem e projetar a luz até onde as próprias trevas parecerem ter seu
reino absoluto. (...) O objetivo do Mestre Maçom é transformar o símbolo em realidade. (RM).
(...) Assim como não há Pátria sem Bandeira, também não há Maçonaria sem Símbolos.
(REFS).
(...) Por que usa símbolos a Maçonaria? - Porque se origina dos Antigos Mistérios, onde os
símbolos e alegorias eram as chaves da ciência; conserva-os por tradição e para auxiliar a
memória a reter os seus ensinamentos, pela impressão que causam aos sentimentos e ao espírito.
(RA-RBr).
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O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
A IMPORTÂNCIA DE SABER OUVIR E DE SABER CALAR: DAS CONCEPÇÕES E
MÉTODOS DOS FILÓSOFOS GREGOS AO PROCESSO EMPREGADO NA
APRENDIZAGEM DO INICIADO MAÇOM.
“... que quando se ouve alguma coisa, quando se acaba de ouvir uma lição,
quando se acaba de ouvir um poema ser recitado ou uma sentença ser
pronunciada, quando se acaba de ouvir um sábio falar, cercar então a escuta que
acaba de se operar com uma aura e uma coroa de silêncio. Não converter aquilo
que se ouviu em discurso.” (Plutarco, pensador grego)
INTRODUÇÃO
Saber ouvir implica em várias coisas: desde se submeter ao ato passivo (e talvez por ser
passivo, uma dificuldade, já que em nosso mundo moderno parece que todo mundo resolveu ser ativo
demais)que é o de ouvir o outro com o cuidado, com a renúncia e com a paciência que isso requer. A
renúncia aqui tem mais a ver com o processo de falar constantemente, de tagarelar, sem dar vez ao
outro. É bem possível que, de uma forma sutil, exista uma diferença entre ouvir e escutar: parece que
relacionamos o ouvir com algo bem mais do que simplesmente escutar, e num mundo de poluição
sonora escutamos de tudo durante todo o tempo, mas, não paramos para ouvir quase nada. Também
porque o ouvir parece remeter ao ato de dar atenção ao outro ser humano.
Aqui, poderíamos citar uma expressão de uso muito comum: “Fulano escuta, mas, não
ouve!”
E como compreender o outro de verdade, como parar e ouvi-lo no que ele tem a dizer, se
assimilamos esse mecanicismo que comanda nossas vidas na época moderna e onde o tempo não
pode ser desperdiçado, e tudo deve ser para ontem?
Para o Aprendiz-Maçom, a doutrina maçônica reservou em seus ensinamentos com
muita propriedade uma espécie de estágio com o silêncio, ensinando-o a ouvir, no que se assemelha
aos métodos e costumes praticados pelas antigas religiões e escolas filosóficas. E será que é tão rígido
assim, a exemplo delas, ou pesa mais o simbolismo?
No Mitraísmo, por exemplo, o primeiro grau, o que correspondia ao do recém-iniciado, o
Aprendiz era chamado de Corax (corvo), porque o corvo era o servo do Sol e porque não sabia falar e
tampouco emitir ideias próprias.
O que vamos ver aqui tem a ver com o ouvir e o falar. E cabe sempre a pergunta: Será
que ouvimos pouco e falamos demais?
O objetivo, então, é refletir um pouco sobre o assunto, pensar sobre essa nossa
dificuldade em fazer do silêncio um aliado necessário, em estancar um pouco da nossa incontinência
verborrágica.
4– A Importância de saber ouvir e de saber calar...
- José Ronaldo Viega Alves
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AS LIÇÕES DE PITÁGORAS
Pitágoras (Samos, prim. metade do séc. VI a.C. – Metaponto, início do séc. V a.C.) fundou
o Pitagorismo, que era uma doutrina religiosa, filosófica e política. Nas escolas pitagóricas, que era
uma sociedade fechada, havia três espécies de discípulos: os Ouvintes, os Matemáticos e os Físicos.
Para o objetivo proposto neste trabalho, interessa-nos saber quem eram os Ouvintes
(Akoustikoi)e o método de aprendizagem para com eles que era utilizado, ressaltando os ecos que
podem ser detectados aí no processo utilizado para com os Aprendizes-Maçons:
“Ouvintes (Akoustikoi) que participavam das reuniões, mas guardavam absoluto silêncio, numa fase
que durava de três a cinco anos, durante as quais se limitavam a ouvir e aprender. A prática principal
era o silêncio. Incluía a ministração de preceitos físicos e morais pra tornar os discípulos dignos à
iniciação. O silêncio era o caminho pra o autodomínio; ao conhece-te a ti mesmo; o silêncio da voz
conduz ao silêncio das paixões, emoções e necessidades do corpo. O mais penoso era o silêncio do
espírito, ou seja, o discípulo devia aceitar, sem nada a opinar o ensinamento dos seus mestres, sem
restrição, sem discussão, como se o mestre fosse uma divindade. A obrigação era ‘meditar e esperar’.
Antes de opinar e sempre a pedido do mestre o discípulo devia demonstrar segurança em seu
julgamento. Os discípulos não tinham contato com Pitágoras a não ser, depois de vencido o longo
período do primeiro aprendizado.”
AS LIÇÕES DE PLUTARCO
Plutarco (Queronéia, Beócia, c. 50 – id., c. 125)foi outro pensador grego que também deu
importância à audição, tanto que dizia que a audição era o único sentido pelo qual se poderia aprender
todas as outras virtudes. Vejamos algo mais sobre o pensamento desse filósofo sobre o assunto:
“Plutarco, no Tratado da Escuta, afirma que a audição é ao mesmo tempo o mais passivo e o mais
racional de todos os sentidos. A audição é passiva. O pensador grego explica que não se pode não
ouvir o que acontece ao nosso redor, ou seja, não se pode evitar a audição. Por outro lado, podemos
nos recusar a olhar fechando os olhos ou, ainda, recusar-nos a tocar em alguma coisa, a degustar
algo, ele acreditava. Por outro lado, o ouvir é também racional porque tem mais ligações com a razão
do que com as paixões, com os prazeres. Portanto, afirma Plutarco, o único acesso da mente à
linguagem racional é o ouvido.”
AS LIÇÕES DE EPICTETO
O filósofo estoico Epicteto (Hierápolis, Frígia, c. 50 d.C. – Nicópolis, Epiro, c. 127 d.C.),
tinha como grande objetivo chegar à ataraxia, ou a ausência total da perturbação do espírito.
Sobre o que Epicteto ponderou com respeito a “ouvir o outro”, o pequeno texto na
sequência esclarece:
“Para que se compreenda o que o falante nos diz, duas coisas são particularmente necessárias: a
maneira de dizer e a variedade de termos. Compreendemos com isso que o ouvinte corre o risco de
dirigir sua atenção não precisamente sobre a coisa dita, mas sobre estes elementos. É comum se
pensar uma coisa e se falar outra; e quem escuta, pode ainda escutar e pensar numa outra coisa. E,
mais, pode acontecer de se achar que o outro falou exatamente aquilo que se compreende. Adverte-
nos Epicteto que a audição está sempre submetida a erro, a contra-sensos, a falta de atenção. O
escutar é propriamente este recolher-se, concentrado na palavra que nos é dirigida, que é dita. Na
atitude que se põe à escuta, manifesta-se a essência do ouvir.”
O APRENDIZ DEVE SOMENTE VER, OUVIR E CALAR?
Agora que já ganhamos algumas noções sobre o uso do sentido da audição,e com vistas
à educá-la, podemos obter algumas das repostas para a pergunta acima que os nossos pensadores
maçônicos encontraram, e que sempre serão motivo de curiosidade e de duvida de parte do Aprendiz:
“Aprendizes e Companheiros podem e devem falar, devem perguntar quando tiverem alguma
dúvida sobre a instrução ministrada e isto deve ser feito obedecendo à Ritualística. O Irmão
Aprendiz tem alguma dúvida? Levante-se, fique à Ordem, dirija-se ao 1º Vigilante e diga-lhe que
deseja fazer uma pergunta sobre a instrução. O 1º Vigilante transmite o que ouviu do Aprendiz
ao Venerável Mestre que indaga a quem o Aprendiz quer fazer a pergunta. O Irmão Aprendiz,
após a fala do Venerável, pode fazer a pergunta ao Irmão 1º Vigilante ou a qualquer outro
Mestre. (...) Tudo o que está escrito acima, prende-se à Ritualística do Rito Escocês Antigo e
Aceito.” (Irmão Raimundo Rodrigues)
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Acrescentemos, ainda:
“essa proibição não é constitucional nem regimental. Tradicionalmente, sabe-se que nas
sociedades iniciáticas, geralmente de cunho religioso, os neófitos limitavam-se durante um
certo tempo, a ouvir e aprender.” (Irmão José Castellani)
CONCLUSÃO:
Os filósofos gregos da antiguidade, ou pelo menos os que aqui foram citados,
estabeleceram maneiras ou conselhos para se chegar ao aproveitamento máximo de uma escuta
racional ou lógica, como eles se referiam.
Na prática, entre os métodos que impunham aos seus alunos estava a educação para o
silêncio: consistia por um período de cinco anos em restringirem-se a escutar somente, sem opinar,
sem fazer qualquer objeção e muito menos ensinar. Basicamente, aquilo que poderíamos considerar
uma virtude, e que não é nada fácil de ser conquistada, pode ser observada e constatada em nosso
dia a dia no contexto do homem contemporâneo: ele é quase sempre indiferente ao costume de ficar
calado enquanto o outro está falando. Além do mais, o ato de ouvir, implica numa postura também, ou
seja, a de que o corpo tem de permanecer calmo, ou seja, mostrando uma atitude condizente, a qual
revele sinais de que estamos entendendo o que o outro fala e acompanhando também. Ou seja, não
monopolizemos o falar, não mostremos impaciência, e definitivamente não estamos aqui somente para
ensinar, mas, para aprender também.
Com relação ao sentido da audição e ainda no que tange a sua importância para os
Maçons é bom termos em mente o que Mackey já comentava o assunto, claro que, num outro
contexto, bem mais restrito à época que viveu, mas, que serve até como curiosidade aqui, e cujo texto
que segue foi citado por Nicola Aslan em seu “Grande Dicionário...”, no que se refere ao verbete
AUDIÇÃO:
“Um dos cinco sentidos, é um Símbolo importante da Maçonaria, por ser através dele que recebemos
instrução quando somos ignorantes, a advertência quando estamos em perigo, a reprovação quando
erramos, e o chamado de um Irmão em apuros. Sem este sentido, o Maçom está invalidado para
desempenhar os seus deveres; e assim, a surdez é considerada impedimento para a Iniciação.”
Vimos que o saber ouvir implica bastante em saber calar, também. Vimos que para o
Aprendiz-Maçom, não é exatamente proibido falar, mas, que no seu processo de aprendizagem, é
importante saber ver, ouvir, receber, refletir e guardar, que isso faz arte da sua evolução e que vai lhe
servir para o resto da sua vida.
Para encerrar, uma frase provinda da sabedoria popular: “Até para rezar, fale pouco, pois
oração curta, depressa chega ao céu.” O Grande Arquiteto do Universo, ouve.
CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS:
Revistas:
FILOSOFIA – CIÊNCIA & VIDA, nº 11: “Quem não escuta, TAGARELA” – Artigo de autoria de Rose
Pedrosa.
Livros:
ASLAN, Nicola. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” – Editora maçônica “A
Trolha” Ltda. – 3ª Edição - 2012
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora
Ltda. 2008 – 2ª Edição.
Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse – Editora Larousse do Brasil - 1982
RODRIGUES, Raimundo. “Na Busca de Novos Caminhos de Doutrinação Maçônica” – Editora
Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Edição – 2011
SAPIENTIA POPULI – Legrand – Editora Soler - 2004
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Holbein, M:. M:. da
R:. L:. Dom Pedro IV –
Lagos – Portugal
Contribuições Para a Problemática
da Crítica das Fontes em Historiografia Maçónica
Acerca da história da Maçonaria existem inúmeras obras de orientação diversa, que variam de
acordo com os dados e as fontes que tomam por base, as concepções adoptadas e cristalizadas
nas diferentes obediências e ritos, as influências de historiadores mais antigos e as opções
pessoais de quem as escreve. Opções pessoais que têm a sua razão de ser, não só porque esta
provecta Ordem requer a interpretação pessoal de algumas das suas realidades, mas também
porque àquele que se dedica ao trabalho de historiar é lícito recorrer a alguma subjetividade.
Esse carácter condicional dos factos, que impende sobre as narrativas históricas, revela que estas
podem conter tanto de imaginação quanto de descoberta. E isso acontece porque nas suas
investigações os historiadores raramente lidam com factos completos mas apenas com
fragmentos, e para contar um episódio têm, frequentemente, de preencher as lacunas
existentes criando texto. E o autor pode ainda excluir este ou aquele elemento e dar mais ênfase
àquele outro, exatamente como um criador de ficção. Portanto, a subjetividade está presente no
discurso historiográfico. Trata-se obviamente de uma subjetividade ao serviço da
verossimilhança, ou seja, da construção de um discurso coerente e plausível.
A História não se pode considerar uma ciência, sobretudo se comparada com as ditas ciências
modernas. No entanto, o historiador tem de obedecer a parâmetros definidos, percebendo que
o terreno da história possui um campo teórico e uma tradição historiográfica. Para ser
reconhecido e debatido pelos seus pares, o historiador tem de seguir a metodologia adoptada
pela disciplina. Os temas aportados devem considerar como ponto de partida o estudo de fontes
diretas e indiretas, mas também o universo de dados e conclusões anteriores de autores que
trabalharam no tema, caso contrário não produzirá mais do que uma repetição.
Daqui resulta uma certa competição visando superar as análises já produzidas sobre as fontes
existentes. Interpretar melhor, adicionar mais dados, chegar mais longe. E isso é sempre
possível, na medida em que o surgimento de novos conceitos e a aceitação de outros tidos até
então por inaceitáveis, proporcionam renovadas abordagens aos mesmos assuntos, que muitas
vezes se traduzem em resultados surpreendentes.
Apesar da sua antiguidade e da evidente integração nas ciências sociais, a disciplina da História
também apresentou uma trajetória própria, como as ciências, em especial a partir de meados do
século XX, nomeadamente no que concerne ao paradigma da identificação da verdade dos factos
passados com a verdade objetiva, aspecto que foi repetidamente questionado pelas correntes
mais interpretativas; e na questão da subjetividade da interpretação do autor, do seu ponto de
vista, do tal carácter condicional dos factos, e dos interesses envolvidos, que, tanto no trabalho
sobre as fontes, como na construção do discurso sobre o tema, passaram a ser problematizáveis
e, frequentemente, problematizados.
5 – Contribuições para a Problemática da Crítica das
Fontes em Historiografia Maçônica - Holbein
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 16/30
A História emancipou-se de certas funções anteriores e ganhou mais autonomia, acompanhou a
evolução da sociedade e deixou de estar subordinada a uma ideologia oficial, como nos casos
evidentes do papel que desempenhou na criação das identidades nacionais e na formação dos
estados modernos. Deixou de estar ao serviço da política e conquistou um estatuto
independente: aquele que cada historiador constrói de acordo com a sua liberdade intelectual.
Tratando-se de uma instituição muito antiga, genericamente discreta, e pontualmente secreta,
tudo se complica quando se pretende proceder à crítica das fontes usadas na historiografia
maçónica - metodologia a que se recorre na ciência historiográfica, nomeadamente para validar
ou infirmar proposições. Por outro lado, muitos dos historiadores da Maçonaria nem o são de
facto, tratando-se apenas de maçons bem intencionados, mas sem formação académica para
enfrentar as dificuldades que se colocam a quem pretende descrever as realidades do passado
que, muitas vezes, não se leem nas linhas mas sim nas entrelinhas dos documentos. Acresce a
dificuldade colocada pela constante ausência de citação das fontes na maioria das obras
produzidas, e eis-nos perante um mundo de publicações de incontrolável validade.
Existirão, certamente, variados motivos para essa proliferação de historiografia maçónica
errática, quer resultantes de um afã desmedido em carear ligações inexistentes entre a Ordem e
os mais variados e peculiares acontecimentos da História da humanidade; quer para
fundamentar certas estruturas e ritos em detrimento de outros; quer por excesso de liberdade
criativa do “historiador” perante a escassez de fontes, quer ainda devido a simples erro de
repetição interminável de asserções mal fundamentadas.
Dessas explicações escolhi uma, apresentada pelo historiador e maçom norte-americano Arturo
de Hoyos que nos diz, numa das suas obras*, que tal como qualquer maçom em visita a lojas de
outros estados ou países pode atestar, o ritual maçónico não é exatamente o mesmo de
jurisdição para jurisdição. Da mesma forma, a memória de todos os homens não é a mesma, e
como tal é natural que alguns candidatos/interessados procurem uma versão impressa do ritual
que os auxilie na compreensão do mesmo. Não surpreende, pois, que na impossibilidade de
acederem a rituais oficiais e autorizados, recorram a muito daquilo que vai sendo publicado sem
o sancionamento ou a chancela das estruturas próprias, e que tendo sido, ou não, publicados por
maçons, constitui um vasto universo de publicações não oficiais que, passadas décadas ou
séculos, contribuem para a dificuldade da verificação das fontes historiográficas maçónicas.
Em conclusão, alerto para o necessário sentido crítico que deve nortear todas as nossas leituras,
não só pelos motivos já referidos mas também porque devemos evitar que a paixão e o apego à
nossa Aug:. Ord:., ou ao Rito, nos turve o discernimento quando deles falamos, lemos ou
escrevemos – o que seria uma atitude mais própria do profano entorpecido do que do maçom
desperto.
*DE HOYOS, Arturo. Light on Masonry: The History and Rituals of America's Most Important
Masonic Exposé. Washington, D.C. - Scottish Rite Research Society, 2008.
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 17/30
O Irmão Pedro Juk,
Produz este Bloco às
Segundas, quartas e sextas-feiras
Loja Estrela de Morretes, 3159 –
Morretes – PR
ósculo
Em 18/03/2016 o Respeitável Irmão Antonio Raia, GOB, Oriente de Recife, Estado de Pernambuco
solicita o que segue:
antonio_raia@hotmail.com
Algum dos Amados Irmãos tem alguma matéria sobre o assunto? Caso positivo,
gostaria de recebê-la.
Considerações: Essa tem sido apenas uma questão cultural, sobretudo adquirida nos países
europeus onde a prática maçônica, pelos seus quadros de construtores, já praticavam o ato
como uma saudação de paz e amizade nas suas reuniões comensais ainda nas tabernas
europeias. Como dito, comum às culturas e não uma exclusividade da Maçonaria.
Assim, na Moderna Maçonaria, por difusão de alguns dos seus Ritos, ainda preserva o
costume de modo universal como desejo de paz entre os seus confrades simbolizados pelo
“Ósculo da Paz”. O costume continua muito praticado entre os maçons, até de certo modo
emblemático conforme a ocasião e, em outras de modo apenas informal.
A prática possui apenas um sentido cultural de relacionamento humano e não pode
ser interpretada como prática iniciática, muito embora alguns ocultistas de plantão, que na
verdade apenas imaginam os fatos, já deram interpretações que nada mais são do que frutos da
sua própria imaginação.
T.F.A. PEDRO JUK –
jukirm@hotmail.com -
Mai/2016
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 18/30
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
03.10.1981 Ação e Fraternidade Gasparense nr. 26 Gaspar
17.10.1969 São João Batista nr. 14 Orleans
19.10.2000 Gênesis nr. 47 Florianópolis
20.10.1977 Duque de Caxias nr. 21 Florianópolis
22.10.1970 Sentinela do Oeste nr. 17 Chapecó
25.10.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville
25.10.1996 Cavaleiros da Luz nr. 64 Florianópolis
28.10.1989 Jack Malt nr. 49 Rio Negrinho
28.10.2008 Delta do Universo nr. 98 Florianópolis
Data Nome da Loja Oriente
05/10/1991 Zezinho Cascaes Braço do Norte
12/10/1994 Fraternidade Serrana São Joaquim
13/10/2004 Portal da Serra Bom Retiro
15/10/1985 Lealdade, Ação e Vigilância Florianópolis
16/10/1951 Estrela do Planalto Curitibanos
18/10/1997 Acácia das Gaivotas Bal. Gaivota
20/10/2008 Construtores da Paz Chapecó
21/10/1972 General Bento Gonçalves Araranguá
22/10/1997 Sol do Oriente Camboriú
26/10/1975 Acácia das Neves São Joaquim
30/10/2002 Frank Shermann Land Florianópolis
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de setembro
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 19/30
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
03.10.03 Delta de Ingleses - 3535 Florianópolis
06.10.81 Prof. Clementino Brito - 2115 Florianópolis
13.10.07 Luz de São Joaquim - 3884 São Joaquim
15.10.93 Cidade Azul - 2779 Tubarão
15.10.05 Estácio de Sá -3763 Florianópolis
17.10.08 Luz de Órion - 3951 Itapema
23.10.00 Luz e Harmonia - 3347 Brusque
26.10.96 Arquitetos do Vale - 2996 Blumenau
26.10.08 Amigos da Liberdade - 3967 Palhoça
27.10.97 Atalaia -3116 Itajaí
28.10.95 Luz do Atlântico Sul - 2894 Baln. Camboriú
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 20/30
A Construção do Templo da
ARLS União Diamantinense- 205
(do Ir William Spangler) Os membros da ARLS União Diamantinense – 205, Oriente de
Diamantina MG, estão envidando esforços para a conclusão do magno Templo com os retoques
finais da simbologia e arabescos que ornam o Oriente, a Coluna do Norte, A coluna do Sul e o
Ocidente com suas colunatas, dísticos astrológicos, abobada celeste, trono de Salomão, colunas
Booz e Jaquim, piso mosaico e demais afrescos que embelezam e trazem os significativos
emblemas da filosofia e historia maçônica. A laboriosa Comissão de Construção (Collegia
Fabrorum) composta pelos Irmãos Aparecido Martins, Argel Miranda, João Ferreira e Guilherme
Coelho tem administrado com rigor e efetividade todas as medalhas cunhadas que são destinadas à
construção na compra dos materiais, pagamento dos operários e contratação do Mestre Adalberto
que erigiu com arte e profissionalismo os ornamentos inter templis. Os bancos, trono do
Venerável, 1º Vig., 2º Vig, Orador, Secretário, balaustrada e demais mobiliários estão a cargo do
Mestre de Ofícios Irmão Marcionélio. A expectativa é que no ano que vem os Irmãos poderão
reunir-se sob as bênçãos do padroeiro São João Batista em sua nova Loggia.
Mestre Adalberto Os trabalhos de colunatas, abobada celeste e Trono de Salomão
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 21/30
Coluna Sul grau de Companheiro Maçom Coluna do Norte Aprendiz
Trono de Salomão
Mestre Adalberto em seu trabalho
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 22/30
Caríssimos Irmãos,
É preciso entender o processo eleitoral como instrumento de
fortalecimento da democracia. É o povo exercendo a cidadania através da
livre opção da escolha de seus governantes/parlamentares.
Nesse processo sabemos, nem sempre os melhores programas, as
melhores ideias são os escolhidos, muitos fatores influenciam e definem o
processo. Mas entendo que é um processo de aprimoramento continuo
através do crescimento do nível de conscientização do cidadão.
Nesta oportunidade quero cumprimentar os Irmãos que foram
escolhidos nesse domingo, desejando-lhes sucesso no desempenho de suas
atribuições, lembrando que a Ordem espera que os princípios e valores que
defendemos estejam sempre presentes em suas atitudes e ações.
Aos Irmãos que não foram eleitos desta vez, o nosso respeito e
cumprimentos pela coragem e atitude de se colocar à disposição para
trabalhar pelo bem estar de sua cidade, com a certeza de que terão novas
oportunidades para contribuir para o fortalecimento da sociedade através da
política, aí entendido como a defesa dos interesses coletivos.
Parabéns a todos, rogando ao GADU que os abençoe e protejam, e
que os postulados da Liberdade, Igualdade e Fraternidade estejam sempre
presente em seus pensamentos e ações como homens públicos.
Fraternalmente
Tataco - Grão-Mestre
GLMMG
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 23/30
CONVOCAÇÃO e CONVITE
O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro, com base no
inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida todos os demais Irmãos, para
a 47ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, dia 11 de outubro, terça-feira,
quando a palestra a cargo do Venerável Ir. Juarez Fonseca de Medeiros, PM da ARLS Templários
da Nova Era, nº 91, com o tema
“Formação do Estado Brasileiro”.
A sessão será no Templo II (Templo para Trabalhos de Emulação) da Fundação Unitas, a rua
Machado de Assis, 210, Estreito, Florianópolis.
Programação:
20:15 h: encontro no átrio do Templo;
20:30 h: início da sessão.
Após a sessão, será oferecido uma ágape com um bom whisky.
Ir. Ruben Luz da Costa, Secretário
Wisdom Dawn Lodge
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 24/30
JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 25/30
SUPREMO CONSELHO DO RITO MODERNO
GRANDE CONSELHO KADOSH FILOSÓFICO DO RITO MODERNO PARA SANTA
CATARINA
II ENCONTRO DE ESTUDOS DOS SUBLIMES CAPÍTULOS REGIONAIS
DE SANTA CATARINA
2ª ORDEM – 5º GRAU – ELEITO ESCOCÊS
PROJETO: GRANDE CON∴ KADOSH FILOSÓFICO DO RITO MODERNO PARA SC
PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO: SUB∴ CAP∴ REG∴ CAVALEIROS DA VERDADE nº 25
PROGRAMA
07:00 HORAS – Credenciamento.
08:30 HORAS – Abertura pelo Soberano Irmão Pasquale.
08:40 HORAS – Sessão Magna Comentada de Iniciação ao 5º Grau Eleito Escocês.
11:30 HORAS – Iniciação ao 9º Grau – Cavaleiro da Sapiência – pelo Supremo
Conselho do Rito Moderno e Reconhecimento dos Graus 18 e 30 do Rito Brasileiro
(G 7 e 8 do Rito Moderno).
13:00 HORAS – Almoço de Confraternização.
15:00 HORAS – Seção Magna de Fundação dos Sublimes. CCap∴ Regionais:
Caminho dos Príncipes (Joinville – SC) e Antônio Onías Neto (Porto Alegre – RS).
17:00 HORAS – Sessão Magna de Iniciação ao 8º Grau – Cavaleiro da Águia
Branca e Preta – pelo Grande Conselho Kadosh Filosófico do Rito Moderno para
Santa Catarina.
18:00 HORAS – Visita e confraternização na XXXI FENARRECO.
Faça sua inscrição no site.
O local do II Encontro de Estudos dos Sublimes Capítulos Regionais do Grande
Conselho Kadosh Filosófico do Rito Moderno Para Santa Catarina será na:
RUA GERAL DA VARGINHA S/Nº, BRUSQUE, SC
Navegador para chegar ao local do II Encontro de Estudos:
https://www.google.com/maps/place/27%C2%B007'07.7%22S+48%C2%B057'06.1%
22W/@-27.1188127,-48.9538731,17z/data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x0:0x0!8m2!3d-
27.1188127!4d-48.9516844?hl=pt-BR
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Para o dia 5 de outubro: A Perpendicular
A posição vertical ou perpendicular representa o ser humano hígido, de pé e ativo; é
a reta que ascende para o reino dos céus; é a escada de Jacó que na sua verticalidade
rompe as nuvens do firmamento.
A perpendicular tem a sua representação no prumo, que é a jóia
do segundo vigilante e é medida de retidão; o aparelho é
formado com um fio a prumo que, preso numa extremidade
superior, desce esticado, porque no seu extremo inferior está preso a um peso.
A distância das extremidades à parede mede com precisão a perpendicular que,
assim, permite a elevação de um muro ou de uma parede sem qualquer desvio.
O prumo é o emblema da retidão, da verdade e do
equilíbrio. "estar a prumo" significa estar em forma correta e precisa
em qualquer posição na vida, que familiar, profissional ou fraternal.
O prumo exprime a justiça, a fortaleza, a prudência e a temperança.
Nós todos, maçons, devemos estar constantemente a prumo porque isso nos trará
segurança.
Quem mantém na loja uma postura correta, diz-se que está a prumo e com isso
participará de forma admirável do cerimonial do ritual.
A horizontalidade é o lugar comum; a perpendicularidade é a exceção.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 297.
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Monumento maçônico na Avenida Beira Rio em Blumenau
Encontrada a fórmula para entender as cunhadas.
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1 –
Essa é boa: Um filho faz perguntas
embaraçosas ao pai...
2 –
Esta geriatra nos ensina uma grande lição de
vida!
3 –
Essa piada envolve um casal que é parado por
um policial...
4 –
Você quer desistir? Veja o que essas plantas
têm a dizer!
5 –
Este professor inspira seus alunos com arte no
quadro!
6 -
Imagine a bela Paris há 100 anos...
Impressionante!
7 - Filme do dia- “O Corajoso – O início da vida de Josh McDowe ” - Dublado
https://www.youtube.com/watch?v=ajjEBI07jPM
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O Irmão Adilson Zotovici,
escreve aos sábados neste espaço.
Loja Chequer Nassif-169
S.Bernardo do Campo – SP GLESP
adilsonzotovici@gmail.com
ETERNO APRENDIZ
Pensando no dia a dia
Nesses singelos versos quis
Mostrar toda euforia
Dum livre pedreiro feliz
Brotou da maçonaria
Que da força é geratriz
E da beleza moradia,
Tão bendita diretriz !
Entre tanta sabedoria
E irmãos mui gentis
Descobri lição de valia
Nas entrelinhas sutis !
A posse, a maestria,
São pensamentos pueris
Pois, saber total é utopia...
Assim, sou eterno aprendiz !!!
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente O JB News saúda os Irmãos leitores de Umuarama - PR Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrAilton Elisiário – Teologia da Dizimação Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – O Simbolismo na Maçonaria Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – A importância de saber ouvir e de saber calar: das concepções ... Bloco 5-IrHolbein – Contribuições para a problemática da Crítica das Fontes em Historiografia... Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrAntonio Raia (Recife – PE) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 5 de outubro e versos do Irmão e Poeta Adilson Zotovici
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 2/30 5 de outubro 1143 – D. Afonso Henriques, Afonso de Castela e um representante do papa, assinaram o tratado de Zamora, reconhecendo a independência do reino de Portugal. 1414 – Abertura do concílio de Constança, que resultou no fim do cisma da igreja. 1582 – Estabelecido pelo papa Gregório XIII, o calendário gregoriano, para substituir o calendário juliano, nova forma de contar os dias, meses e anos, e entrou em vigor neste dia, avançando dez dias. Surgiu como necessidade de pôr em prática o decidido no concílio de Trento, ajustando o desfasamento verificado desde o concílio de Niceia, onde foi fixado o momento astral em que se devia comemorar a Páscoa e em relação com estas as restantes festas religiosas móveis. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 279º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova) Faltam 87 dias para terminar este ano bissexto Estamos na Semana da Vida. Dia Nacional do Habitat Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa) (Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 3/30 1713 – Nasceu em Langrés, Denis Diderot, filósofo e escritor francês, escreveu ensaios sobre estética, política e religião. Materialista determinista, autor da frase “Nem Rei, Nem Deus”. Escreveu: Pensés sur l'Interpretation de la Nature, Obras Filosóficas, Cartas pelos Cegos para Uso dos que Vêem e dirigiu o trabalho da enciclopédia com d'Alembert, maçon (31/7/1784). 1768 – O marquês de Pombal obrigou, por decreto, os nobres portugueses antissemitas que tivessem filhos em idade de casar, a organizar casamentos com famílias judaicas. 1769 – Nasceu, José António Plácido Lobo da Silveira Quaresma, 3° marquês de Alvito, conselheiro de D. Maria I, estribeiro-mor de D. Pedro IV, iniciado maçon na Loja Amizade (3/3/1844). 1774 – Nasceu em Lisboa, Francisco Simões Margiochi, oficial da marinha, proprietário agrícola, prof. e político. Lic. em matemática e filosofia por Coimbra onde foi prof, estudante liberal foi preso por Pina Manique, deputado, ministro e conselheiro, esteve exilado em França e em Inglaterra, nas Cortes em 5/2/1821 propôs a lei de abolição do Santo Ofício, iniciado maçon (6/6/1838). 1789 – A corte francesa transferiu-se de Versailles para Paris. 1820 – Faleceu em Paris, Augustin Barruel (2/10/1741). 1833 – Faleceu em Lisboa, a 5 ou a 15, Cândido José Xavier Dias da Silva, maçon (11/3/1769). 1864 – Nasceu em Besançon, Louis Jean Lumiére, co-inventor do cinematógrafo, francês, pioneiro do cinema, em 1894 rodou o primeiro filme A Saída dos Operários da Fábrica, a que se seguiram mais de quarenta, iniciando exibições em 28/12/1895 no Grand Café de Paris, maçon (6/6/1948). 1865 – Faleceu no Rio de Janeiro, Miguel Calmon du Pin e Almeida, marquês de Abrantes, maçon brasileiro (26/10/1794). 1874 – Fundada a G.L. de Oklahoma dos Maçons Livres, Antigos e Aceitos. 1904 – Faleceu em Paris, Fréderic Auguste Bartholdi, maçon francês (2/8/1834). 1905 – Os irmãos Wright realizaram o primeiro voo da volta ao mundo. 1908 – D. Fernando I proclamou a independência da Bulgária. 1910 – Rebentou em Lisboa, a revolução republicana, dirigida por António Maria de Azevedo Machado Santos (10/1/1875) e proclamada da varanda dos Paços do Concelho, que derrubou a monarquia. – Constituído o principado do Liechtenstein, com 5.000 habitantes, sob a forma de monarquia constitucional, que havia sido formado como condado em 1342. 1911 – Manifestção popular em Lisboa de apoio às comemorações da revolução repiblicana, onde desfilou um carro alegórico representaivo do G.O.L.U.
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 4/30 1912 – Realizou-se em Lisboa, sob a presidência do G.M. do G.O.L. Sebastião de Magalhães Lima, o 17° Congresso Internacional do Livre-Pensamento, onde particparam Ana de Castro Osório, Teófilo Braga e João Camoesas, entre outros. 1914 – O Movimento Apostólico Internacional de Schoenstatt foi fundado pelo padre Kentenich, como um movimento de renovação espiritual na igreja católica. 1919 — Primeiro número do semanário Bandeira Vermelha, órgão de imprensa da Federação Maximalista Portuguesa, semanário do movimento comunista, com o diretor Manuel Ribeiro. O primeiro número foi apreendido pelas autoridades e o segundo número saiu na semana seguinte. 1927 – Foi publicado o Manifesto da Liga de Estudantes Republicanos de Lisboa, oriundo da Liga dos Estudantes Republicanos de Lisboa, entre outros: Alberto Pinto de Sousa, Vasco da Gama Fernandes, Serra Frazão e Carklos Bana. 930 — Fernando Pessoa anunciou no Notícias Ilustrado o alegado suicídio na Boca do Inferno, em Cascais, de Aleister Crowley (12/10/1875), ocultista inglês, consumidor de drogas e suspeito de participar em rituais espíritas, organizador de orgias, seguidor dos princípios da seita secreta Illuminati. Crowley chegara a Lisboa em 2/9 para visitar Pessoa, tendo-o iniciado em rituais maçónicos e cavalheirescos e ainda em ritos de magia sexual e ocultistas, tal suicídio foi uma irrealidade, pois Crowley morreu em 1/12/1945. 1936 — Nasceu em Praga, Vaclav Havel, escritor checo, referência da resistência à invasão soviética, em 29/12/1989, tornou-se no pres. da república da Checoslováquia, depois checa, como escritor, salientamos: Memorandum, Garden Party, Dificuldade de Concentração e Visão Privada, maçon (18/12/2011). 1969 — A convenção da G.L. Unida da Alemanha, aprovou a continuação do diálogo encetado com representantes da igreja católica, iniciativa de Theodor Vogel, que já haviam concretizado quatro reuniões, a 5/7/1970 fizeram a declaração de Lichtenau: "Estamos cientes das antigas controvérsias que por tempo já suficiente tem levado à condenação dos maçons. É inútil manter essas controvérsias. Nós, portanto, sinceramente damos as boas vindas a este começo de diálogo que, não obstante as divergências existentes trouxeram à superfície o desejo de se alcançar um entendimento. Nós concordamos que as bases deste diálogo exigem um SIM à dignidade do ser humano. Somos de opinião que as bulas papais referentes à Maçonaria só têm importância histórica e não têm sentido nos tempos atuais. Temos a mesma opinião sobre o Código Canónico, pois, que pelo foi exposto anteriormente, torna-se impossível a uma Igreja que ensina, de acordo com os Mandamentos de Deus a amar seus semelhantes, justificar essas condenações contra a Maçonaria". 1998 — Morreu em Setúbal, José Maria Lima de Freitas, maçon (22/6/1927). 1822 Ata da 18ª. Sessão do Grande Oriente Brasileiro, presidida por D. Pedro. Proposta para que o título de defensor perpétuo do Brasil seja hereditário. José Bonifácio propõe que seja ratificado pela Câmara civil. 1824 Fernando VII da Espanha decreta confisco de bens dos Maçons. 1835 Montezuma é demitido do cargo de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Brasil. 1874 Fundada a Grande Loja de Oklahoma dos Maçons Livres, Antigos & Aceitos. 1991 Fundação da Loja Zezinho Cascaes nr. 49, de Braço do Norte, que trabalha no Rito Adonhiramita (GOSC) Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 5/30 PALESTRA DO IRMÃO JOÃO IVO GIRARDI A Loja Templários da Nova Era tem a honra de convidar o prezado Irmão para a palestra do Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau, autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”, Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC. O Irmão Girardi, que é colunista do JB News (escreve às quartas-feiras e domingos) falará sobre “Educação, Comunicação e Informação Maçônica”, às 20h00 neste dia 5 de outubro, no Templo do Condomínio Monte Verde, localizado À Rua Amílscar, 33 bairro Monte Verde. Aguardamos a sua visita. Fraternalmente, Loja Templários da Nova Era, 91 – (GLSC)
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 6/30 O Irmão Ailton Elisiário, é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas. Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline. TEOLOGIA DA DIZIMAÇÃO Confesso que fico triste quando me deparo com pessoas que se revestem de um manto de pureza para a pregação da Palavra de Deus e agem de má fé para com seus ouvintes. Conscientes de uma vida de sofrimento a que todas as pessoas estão submetidas, a Palavra de Deus chega para o alívio das dores e para a preparação de volta ao seio do Criador. Para isto, aqueles que apregoam essa Palavra devem fazer com honestidade de propósitos, estando eles em geral ligados a igrejas que se comportam com responsabilidade no exercício de suas missões. Infelizmente, há os que criam seus negócios dando-lhes a aparência de igrejas cristãs avançadas, utilizando-se de uma doutrina chamada teologia da prosperidade, pela qual os fiéis se beneficiam na medida em que se obrigam a dar às suas igrejas o que possuem para receber em troca algo de Deus. Eles mandam que Deus os atenda, porque para isto estão pagando dízimos, como se Deus fosse um produto à disposição no mercado, além das ofertas de campanhas que nunca param de ser geradas e geridas por esses “pastores”. Por dízimo se entende a fração de um décimo que deve ser reservada da renda auferida para destinação à igreja, com o objetivo de mantê-la e a seus ministros. No Antigo Testamento, o Livro do Levítico fala que “a décima parte de tudo o que passa sob o cajado do pastor é coisa consagrada a Iahweh” (Lv 27, 32). Desse modo, o dízimo pertence a Deus e ninguém tem direito a ele. Todavia, parece que para certa igreja no Brasil o Céu está sofrendo uma crise inflacionária braba e, como aqui na Terra os governos para equilibrarem seus orçamentos aumentam os impostos, Deus está agora fazendo o mesmo. Conclama o “apóstolo”, como assim se proclama seu dirigente máximo, para no mês de dezembro os fiéis contribuírem com 30% de sua renda para o “grande projeto” e dizendo que isso é justo porque foi uma inspiração de Deus. Esse dízimo, que deixará de ser 10% e passará a 30%, representará a Santíssima Trindade, sendo 10% para o Pai, 10% para o Filho e 10% para o Espírito Santo. Segundo ele, o fiel estará sendo chamado para uma prova e todo o Brasil deverá participar. Os vídeos que circulam nas redes sociais transmitem exatamente isto na fala do apóstolo. 2 – Teologia da Dizimação Ailton Elisiário
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 7/30 Eis aí uma doutrina teológica que surge, a que nomeio de “teologia da dizimação”. A teologia em que o dízimo é triplicado e repartido entre as pessoas da Santíssima Trindade, que necessitam de mais dinheiro para a “sua obra conduzida por seu apóstolo” aqui no Brasil. Dizimar era o reconhecimento da parte de Israel de que tudo vinha do Senhor ou Lhe pertencia. Só que dizimar aqui não significa isto nem cobrar o dízimo, mas acabar com os que pagam o dízimo. Dizimar aqui não tem o sentido de lançar imposto de dízima, mas o sentido de arrasar, de aniquilar, de provocar a morte de grande número de pessoas. Assim, o dizimista ou aquele que é alcançado por essa dízima, é um potencial contribuinte aniquilado financeiramente, arrasado patrimonialmente. No Livro de Malaquias, Iahweh reclama do seu povo que não cumpria com o dízimo. “Pode um homem enganar a Deus? Pois vós me enganais. – E dizeis: Em que te enganamos? Em relação ao dízimo e à contribuição. Trazei o dízimo integral para o Tesouro, a fim de que haja alimento em minha casa. Provai-me com isto, disse Iahweh dos Exércitos, para ver se eu não abrirei as janelas do céu e não derramarei sobre vós benção em abundância” (Ml 3, 8 e 10). Estes versículos mostram que Deus jamais exigiu além do dízimo, não mais do que os 10%. E por que agora ele “inspira” o apóstolo para exigir dízimo de 30%? E quanto às ofertas que o apóstolo não dispensa? No Novo Testamento, Deus se apieda mais uma vez do povo sofrido e flexibiliza a oferta. São Paulo disse: “Cada um dê como dispôs em seu coração, sem pena nem constrangimento, pois Deus ama a quem dá com alegria” (2Cor 9, 7). E Jesus Cristo, “sentado frente ao Tesouro do Templo, observava como a multidão lançava pequenas moedas no Tesouro, e muitos ricos lançavam muitas moedas. Vindo uma pobre viúva, lançou duas moedinhas, isso é, um quadrante. E chamando a si os discípulos, disse-lhes: Em verdade eu vos digo que esta viúva que é pobre lançou mais do que todos os que ofereceram moedas ao Tesouro. Pois todos os outros deram do que lhes sobrava. Ela, porém, na sua penúria, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver” (Mc 12, 41-44). Portanto, é conveniente observar o que manda a Sagrada Escritura na correta interpretação de seus textos. Deus não quer nada de ninguém, não exige 10% da renda de ninguém. Deus quer que cada um dê segundo suas posses, conforme o que tem e não o que não tem. “Quando existe a boa vontade, somos bem aceitos com os recursos que temos; pouco importa o que não temos” (2Cor 8, 12). Não importa a Deus quanto damos, mas a nossa atitude e a motivação com que fazemos. Cristo ensinou que um homem deveria vender tudo que tinha e dar aos pobres (Mc 10, 21), mas ficou satisfeito quando Zaqueu prometeu que daria aos pobres a metade dos seus bens (Lc 19, 1-10), o que mostra claramente que quantias específicas não são importantes para Deus.
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 8/30 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC. escreve às quartas-feiras e domingos. Estará hoje, dia 05 de outubro proferindo palestra na Loja Templários da Nova Era. Agende-se. O SIMBOLISMO NA MAÇONARIA “Os símbolos velam revelando, e inversamente revelam, velando”. 1. Simbolismo na Maçonaria: Os Símbolos, não só na Maçonaria, mas, também, em todas as ordens iniciáticas e religiosas são objetos, figuras ou imagens alusivas a algum sentido moral. O símbolo, tomado do ponto de vista esotérico, oculto, místico, é a afirmação discreta da verdade não revelada. É através do simbolismo que a Maçonaria transmite aos iniciados, a tradição e a ciência sistematizada nos diversos graus de um Rito, já que o simbolismo está presente em todos os graus, o que faz com que seja, realmente, muito estranha a designação de Maçonaria Filosófica, para os graus superiores ao de Mestre. Todo símbolo, qualquer que seja sua espécie, pode ser considerado sob três aspectos diferentes, quanto à sua interpretação: literal, figurado e oculto (ou esotérico). No sentido literal ele representa o objeto em suas generalidades, sem qualquer representatividade; por exemplo: literalmente, o Altar dos Juramentos é uma simples mesa, enquanto o estandarte da Loja não passa de um pedaço de pano. Evidentemente, o sentido literal jamais é considerado na Maçonaria. No sentido figurado, o objeto, pelas suas propriedades intrínsecas representa uma ideia, a partir do pensamento que desperta; sob esse prisma, o estandarte já passa a representar a Loja, em suas particularidades, diferenciando-a das demais. Os símbolos tomados em seu sentido figurado, são muito utilizados pela Maçonaria, embora sejam idênticos, em seu significado, para todos os graus. No sentido oculto, esotérico, o símbolo encerra uma profunda verdade moral, totalmente distinta do sentido figurado e só revelada aos iniciados nos diversos graus, pois o mesmo objeto tomado sob a interpretação esotérica, tem sentidos diferentes, de acordo com o grau do iniciado. É o sentido mais utilizado na Maçonaria. Esotericamente, o significado dos símbolos é variável, de acordo com as diversas ciências ocultas e ordens iniciáticas, ou religiosas. Por exemplo: o Sol, para a Alquimia, representa o ouro; para a Teurgia, ele é a emanação de Deus, para a Magia, é a fonte de Luz Astral, enquanto que para a Maçonaria, ele representa a Luz do Conhecimento, a meta do iniciado que caminha das trevas do Ocidente para a luminosidade do Oriente (existe um grau filosófico, que rende 3 – O Simbolismo na Maçonaria João Ivo Girardi
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 9/30 homenagem a Apolo, deus grego que representa o Sol, tornando-o como símbolo da luz da percepção e do conhecimento. No sentido figurado, ou esotérico, muitos são os símbolos utilizados pela Ordem Maçônica; os principais, com seus respectivos significados, são os seguintes: Esquadro: retidão nas ações Compasso: comedimento nas buscas Nível: aplicação sensata e correta dos conhecimentos Prumo: profunidade na observação Malho: vontade nas ações Cinzel: discernimento e critério nas pesquisas Régua: precisão na execução dos trabalhos Trolha: tolerância e apaziguamento Alavanca: poder e força de vontade Todavia, o sentido mais importante é o oculto, esotérico, que embora variável nos diversos graus, revela, em última análise, a relação matéria-espírito, concretizando a grande lição de moral da Maçonaria, que é a prevalência do espírito sobre a matéria. Como exemplo principal temos o Esquadro e o Compasso, com aquele simbolizando a matéria e, este, o espírito. É por isso que, nos graus simbólicos, é variável a posição desses dois instrumentos sobre o Livro da Lei, como se segue: No Grau de Aprendiz, coloca-se o Esquadro sobre o Compasso (os dois ramos do primeiro sobre as duas hastes do segundo), ficando o Esquadro com sua abertura voltada para o Oriente e o Compasso com a abertura voltada para o Ocidente, (isso no Rito Escocês, pois no York é o inverso); isso significa que, nesse grau, ainda há predominância da matéria sobre o espírito, pois o Aprendiz traz toda a materialidade profana. No Grau de Companheiro, o Compasso e o Esquadro estão entrecruzados, ou seja; um dos ramos do Compasso cobre uma das hastes do Esquadro, enquanto o outro ramo é coberto pela outra haste; isso signfica que graças à evolução espiritual já sofrida pelo Companheiro, há um equilíbrio entre o espírito e a matéria. No Grau de Mestre, finalmente o Compasso é colocado sobre o Esquadro simbolizando o fim da caminhada mística, quando o espírito prevalece, totalmente sobre a matéria. Essa relação espírito-matéria é mostrada em todos os demais símbolos utilizados pela Maçonaria, como no Malho e no Cinzel, onde o espírito atua sobre a matéria para a concretização de uma obra, ou seja: é mostrada a ação dda mente humana, elevada ao seu mais alto grau metafísico, sobre a atividade motora corporal, para a confecção daquilo que a mente idealizou. O Compasso, que é o mais rico símbolo maçônico, mostra ainda uma outra faceta em seu significado esotérico: sendo a representação da espiritualidade, ele simboliza, também, o conhecimento humano. É por isso que o máximo de abertura que ele pode ter, quando colocado sobre o Livro da Lei, é de 90º (nos três primeiros graus, chamados simbólicos e comuns a todos os ritos, a abertura é de 45º); na abertura de 90º, ele é igual ao Esquadro é é chamado de Compasso Áureo ou dourado. Isso significa que a Maçonaria, ao limitar a abertura do instrumento, ao máximo de 90º, quer mostrar que o acme (vem do grego akme: cume, o ponto mais alto) do conhecimento do homem, será, sempre, muito pequeno, em relação aos 360º graus da circunferência, que representa a sapiência divina do Grande Arquiteto do Universo). Notamos, assim, que os símbolos representam a maneira velada que a Ordem maçônica procura mostrar as grandes verdades do Universo, nas concepções mental, moral e metafísica. Infelizmente, muitas vezes, o estudo sério e profundo do simbolismo maçônico é postergado e, até mesmo, ignorado, com grandes prejuízos para a formação espiritual do Iniciado, que irá passar
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 10/30 pelos diversos graus sem ter o conhecimento básico daquilo que é o essencial de uma ordem iniciática como a Maçonaria. O Simbolismo é a síntese da sabedoria humana no caminho transcendental da procura da Verdade única e absoluta; sem ele a Maçonaria torna-se um corpo sem cérebro, robotizado e sem faculdades intuitivas. Meditemos sobre isso. (Fonte: Cadernos de Estudos Maçônicos (Consultório Maçônico), José Castellani, Ed. A Trolha 2ª Ed., 1990). 2. Maçonaria Simbólica: O sistema básico da organização maçônica que reúne toda a doutrina essencial e a razão de ser da Ordem. Diz-se simbólica porque sua doutrina é velada por símbolos e alegorias. A Maçonaria simbólica tem o condão de reunir, em pensamento e ação, todo o conhecimento histórico, político, tropológico, anagógico, esotérico mesmo, sendo, portanto, o ponto de partida e o de chegada para a doutrina da Ordem. O 1º Grau - Aprendiz Maçom - da escalada jacobita flagra o Iniciado sem recursos além de sua própria força física; ele apresenta-se tal como a Natureza e os costumes o forjaram. O 2º Grau - Companheiro Maçom - acena com a perspectiva de abundância, mas aponta para a sacralidade e a necessidade do trabalho e, consequentemente, do Conhecimento. Enquanto os graus 1 e 2 ancoram o recipiendário nos instrumentos e utensílios operativos, o 3º Grau - Mestre Maçom - libera-o para maiores evoluções da mente e do espírito. A par disso, mostra a inexorabilidade do desenlace fatal. O prêmio do Mestre Maçom, entretanto, diante da sua sisífica labuta e ao mesmo tempo em que se depara com a extinção do corpo orgânico, é o magnífico nome do Respeitável Mestre Hiram, símbolo inexcedível da grande e subjacente doutrina da imortalidade da alma, da prevalência do espírito sobre a matéria e da existência de outra vida além dos umbrais da morte. O leitor atento e o buscador reflexivo constatarão, ao longo desse périplo de conhecimento, que a ideia de ordem, mercê dos filósofos que equacionam a maravilhosa aventura humana da Terra, é um das ideias fundamentais da inteligência. A harmonia característica de qualquer ordem nasce da justa adaptação de métodos, preceitos, organização e razão de ser. E por isso não é o apanágio de nenhum grau, por mais alto que ele seja. É, sim, fruto do lampejo Divino que o Grande Arquiteto inoculou na espécie humana. (Do livro: Maçonaria - A Filosofia do Conhecimento, João F. Guimarães). 3. Primeira Lição: A primeira lição que a Maçonaria oferece ao espírito humano é trazer à sua percepção o propósito do Universo. A Maçonaria faz seus iniciados experimentarem coisas difíceis, se não impossíveis, de ser colocadas em palavras. Ela é um sistema de autoconhecimento baseado no mito, na alegoria e no simbolismo - e no devido tempo descobriremos que ela sugere uma resposta à questão central da ciência moderna: Por que o Universo deu-se ao trabalho de existir? Ao longo das eras, a Ordem evoluiu e refinou seu ritual para ajudar seus seguidores a encontrar respostas a essas questões. Pode ser que a verdade absoluta sobre nós não possa ser expressa em linguagem, sendo apenas revelada por símbolos. 4. Regras para interpretação geral dos símbolos: Existem umas certas regras para a interpretação geral dos símbolos, as quais deverão ser seguidas pelos que se iniciam no estudo do simbolismo. São elas: 1) O estudioso dos símbolos procurará conservar a sua mente completamente tranquila, como se ela fosse, por assim dizer, um mar de substância sutil. 2) Deverá abster-se de pensar de modo discursivo e de estender os símbolos separados no espaço, observando-os um após outro; o seu esforço deverá consistir em ‘sentir’ a substância mental em processo de plasmar. Ao exercitar-nos com os símbolos, não devemo sobjetivá-los nem
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 11/30 projetá-los, devemos, ao contrário,‘senti-los’ crescer dentro de nós, e então uma ideia ocasional pode fulgurar em nossa mente. É por isso que um escritor definiu o símbolo como a luz branca que se decompõe em cada alma numa cor diferente. 3) O segredo para uma boa interpretação do símbolo consiste em levá-lo na própria mente e não esta no símbolo; a mente não deveria sentir-se ligada ao símbolo, nem deixar-se atrair por seus sinais e sair de si mesma para cristalizar-se numa forma. Pelo contrário, é o símbolo que se deve dobrar às exigências da mente, a qual, depois de agarrá-lo, deve examiná-lo por todos os lados afim de possuí-lo na sua inteireza. (Nicola Aslan in Estudos Maçônicos sobre o Simbolismo, 1977). 4) Quem pensa cientificamente parte da análise para a síntese, ou seja, do desintegrado para o integrado, do múltiplo para o uno. Mas quem pensa simbolicamente, parte da síntese para a análise, do integrado para o desintegrado, do uno para o múltiplo, do todo para as suas partes componentes. 5) Todo símbolo tem um termo oculto. É este que deverá ser buscado e interpretado. 6) A interpretação de um símbolo exige que o intérprete não dispense a pesquisa histórica, as comparações interculturais sobre esse símbolo desenvolvidas no curso do tempo pelos povos que dele se ocuparam e as diversas interpretações por eles emprestadas através das tradições orais e escritas. Consequentemente, como se trata de interpretação individual, é lógico que o seu valor oscilará entre as qualificações má a excelente, as quais estarão da dependência direta e imediata não apenas do sadio desenvolvimento psíquico do intérprete, como também e fundamentalmente do seu maior ou menor grau de cultura. A final de contas, a beleza dos grandes símbolos está na infinita variedade de seus modos de interpretação. 7) O intérprete haverá de identificar, no curso de seu trabalho hermenêutico, se o símbolo de que ele se ocupa realmente evidencia possuir as propriedades que lhe são inerentes. Muitas coisas a que se dá o nome de símbolos, são muitas vezes aparências falsas ou deformadas. (Fonte: Complemento da GLSC: Introdução Geral ao Simbolismo Maçônico). 5. Rituais: (...) Se vos tornardes Maçom, encontrareis em nossos símbolos a realidade do dever. (...) Do mesmo modo que os antigos filósofos egípcios, para subtrair seus segredos e mistérios aos olhos profanos, ministravam seu ensino por meio de símbolos e alegorias, a Maçonaria, continuando a tradição egípcia, encerra seus ensinamentos e filosofia em símbolos e alegorias, pelos quais oculta suas verdades ao mundo profano, só as revelando àqueles que ingressam em seus Templos. (RA). (...) A tradição dos símbolos é uma ciência viva. Ela permite àquele que a possui adaptar seus conhecimentos às necessidades de seus Irmãos, soerguer uma sociedade que naufraga, amparar e reanimar um coração sem coragem e projetar a luz até onde as próprias trevas parecerem ter seu reino absoluto. (...) O objetivo do Mestre Maçom é transformar o símbolo em realidade. (RM). (...) Assim como não há Pátria sem Bandeira, também não há Maçonaria sem Símbolos. (REFS). (...) Por que usa símbolos a Maçonaria? - Porque se origina dos Antigos Mistérios, onde os símbolos e alegorias eram as chaves da ciência; conserva-os por tradição e para auxiliar a memória a reter os seus ensinamentos, pela impressão que causam aos sentimentos e ao espírito. (RA-RBr).
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 12/30 O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves escreve às quartas-feiras e domingos. Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Santana do Livramento – RS ronaldoviega@hotmail.com A IMPORTÂNCIA DE SABER OUVIR E DE SABER CALAR: DAS CONCEPÇÕES E MÉTODOS DOS FILÓSOFOS GREGOS AO PROCESSO EMPREGADO NA APRENDIZAGEM DO INICIADO MAÇOM. “... que quando se ouve alguma coisa, quando se acaba de ouvir uma lição, quando se acaba de ouvir um poema ser recitado ou uma sentença ser pronunciada, quando se acaba de ouvir um sábio falar, cercar então a escuta que acaba de se operar com uma aura e uma coroa de silêncio. Não converter aquilo que se ouviu em discurso.” (Plutarco, pensador grego) INTRODUÇÃO Saber ouvir implica em várias coisas: desde se submeter ao ato passivo (e talvez por ser passivo, uma dificuldade, já que em nosso mundo moderno parece que todo mundo resolveu ser ativo demais)que é o de ouvir o outro com o cuidado, com a renúncia e com a paciência que isso requer. A renúncia aqui tem mais a ver com o processo de falar constantemente, de tagarelar, sem dar vez ao outro. É bem possível que, de uma forma sutil, exista uma diferença entre ouvir e escutar: parece que relacionamos o ouvir com algo bem mais do que simplesmente escutar, e num mundo de poluição sonora escutamos de tudo durante todo o tempo, mas, não paramos para ouvir quase nada. Também porque o ouvir parece remeter ao ato de dar atenção ao outro ser humano. Aqui, poderíamos citar uma expressão de uso muito comum: “Fulano escuta, mas, não ouve!” E como compreender o outro de verdade, como parar e ouvi-lo no que ele tem a dizer, se assimilamos esse mecanicismo que comanda nossas vidas na época moderna e onde o tempo não pode ser desperdiçado, e tudo deve ser para ontem? Para o Aprendiz-Maçom, a doutrina maçônica reservou em seus ensinamentos com muita propriedade uma espécie de estágio com o silêncio, ensinando-o a ouvir, no que se assemelha aos métodos e costumes praticados pelas antigas religiões e escolas filosóficas. E será que é tão rígido assim, a exemplo delas, ou pesa mais o simbolismo? No Mitraísmo, por exemplo, o primeiro grau, o que correspondia ao do recém-iniciado, o Aprendiz era chamado de Corax (corvo), porque o corvo era o servo do Sol e porque não sabia falar e tampouco emitir ideias próprias. O que vamos ver aqui tem a ver com o ouvir e o falar. E cabe sempre a pergunta: Será que ouvimos pouco e falamos demais? O objetivo, então, é refletir um pouco sobre o assunto, pensar sobre essa nossa dificuldade em fazer do silêncio um aliado necessário, em estancar um pouco da nossa incontinência verborrágica. 4– A Importância de saber ouvir e de saber calar... - José Ronaldo Viega Alves
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 13/30 AS LIÇÕES DE PITÁGORAS Pitágoras (Samos, prim. metade do séc. VI a.C. – Metaponto, início do séc. V a.C.) fundou o Pitagorismo, que era uma doutrina religiosa, filosófica e política. Nas escolas pitagóricas, que era uma sociedade fechada, havia três espécies de discípulos: os Ouvintes, os Matemáticos e os Físicos. Para o objetivo proposto neste trabalho, interessa-nos saber quem eram os Ouvintes (Akoustikoi)e o método de aprendizagem para com eles que era utilizado, ressaltando os ecos que podem ser detectados aí no processo utilizado para com os Aprendizes-Maçons: “Ouvintes (Akoustikoi) que participavam das reuniões, mas guardavam absoluto silêncio, numa fase que durava de três a cinco anos, durante as quais se limitavam a ouvir e aprender. A prática principal era o silêncio. Incluía a ministração de preceitos físicos e morais pra tornar os discípulos dignos à iniciação. O silêncio era o caminho pra o autodomínio; ao conhece-te a ti mesmo; o silêncio da voz conduz ao silêncio das paixões, emoções e necessidades do corpo. O mais penoso era o silêncio do espírito, ou seja, o discípulo devia aceitar, sem nada a opinar o ensinamento dos seus mestres, sem restrição, sem discussão, como se o mestre fosse uma divindade. A obrigação era ‘meditar e esperar’. Antes de opinar e sempre a pedido do mestre o discípulo devia demonstrar segurança em seu julgamento. Os discípulos não tinham contato com Pitágoras a não ser, depois de vencido o longo período do primeiro aprendizado.” AS LIÇÕES DE PLUTARCO Plutarco (Queronéia, Beócia, c. 50 – id., c. 125)foi outro pensador grego que também deu importância à audição, tanto que dizia que a audição era o único sentido pelo qual se poderia aprender todas as outras virtudes. Vejamos algo mais sobre o pensamento desse filósofo sobre o assunto: “Plutarco, no Tratado da Escuta, afirma que a audição é ao mesmo tempo o mais passivo e o mais racional de todos os sentidos. A audição é passiva. O pensador grego explica que não se pode não ouvir o que acontece ao nosso redor, ou seja, não se pode evitar a audição. Por outro lado, podemos nos recusar a olhar fechando os olhos ou, ainda, recusar-nos a tocar em alguma coisa, a degustar algo, ele acreditava. Por outro lado, o ouvir é também racional porque tem mais ligações com a razão do que com as paixões, com os prazeres. Portanto, afirma Plutarco, o único acesso da mente à linguagem racional é o ouvido.” AS LIÇÕES DE EPICTETO O filósofo estoico Epicteto (Hierápolis, Frígia, c. 50 d.C. – Nicópolis, Epiro, c. 127 d.C.), tinha como grande objetivo chegar à ataraxia, ou a ausência total da perturbação do espírito. Sobre o que Epicteto ponderou com respeito a “ouvir o outro”, o pequeno texto na sequência esclarece: “Para que se compreenda o que o falante nos diz, duas coisas são particularmente necessárias: a maneira de dizer e a variedade de termos. Compreendemos com isso que o ouvinte corre o risco de dirigir sua atenção não precisamente sobre a coisa dita, mas sobre estes elementos. É comum se pensar uma coisa e se falar outra; e quem escuta, pode ainda escutar e pensar numa outra coisa. E, mais, pode acontecer de se achar que o outro falou exatamente aquilo que se compreende. Adverte- nos Epicteto que a audição está sempre submetida a erro, a contra-sensos, a falta de atenção. O escutar é propriamente este recolher-se, concentrado na palavra que nos é dirigida, que é dita. Na atitude que se põe à escuta, manifesta-se a essência do ouvir.” O APRENDIZ DEVE SOMENTE VER, OUVIR E CALAR? Agora que já ganhamos algumas noções sobre o uso do sentido da audição,e com vistas à educá-la, podemos obter algumas das repostas para a pergunta acima que os nossos pensadores maçônicos encontraram, e que sempre serão motivo de curiosidade e de duvida de parte do Aprendiz: “Aprendizes e Companheiros podem e devem falar, devem perguntar quando tiverem alguma dúvida sobre a instrução ministrada e isto deve ser feito obedecendo à Ritualística. O Irmão Aprendiz tem alguma dúvida? Levante-se, fique à Ordem, dirija-se ao 1º Vigilante e diga-lhe que deseja fazer uma pergunta sobre a instrução. O 1º Vigilante transmite o que ouviu do Aprendiz ao Venerável Mestre que indaga a quem o Aprendiz quer fazer a pergunta. O Irmão Aprendiz, após a fala do Venerável, pode fazer a pergunta ao Irmão 1º Vigilante ou a qualquer outro Mestre. (...) Tudo o que está escrito acima, prende-se à Ritualística do Rito Escocês Antigo e Aceito.” (Irmão Raimundo Rodrigues)
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 14/30 Acrescentemos, ainda: “essa proibição não é constitucional nem regimental. Tradicionalmente, sabe-se que nas sociedades iniciáticas, geralmente de cunho religioso, os neófitos limitavam-se durante um certo tempo, a ouvir e aprender.” (Irmão José Castellani) CONCLUSÃO: Os filósofos gregos da antiguidade, ou pelo menos os que aqui foram citados, estabeleceram maneiras ou conselhos para se chegar ao aproveitamento máximo de uma escuta racional ou lógica, como eles se referiam. Na prática, entre os métodos que impunham aos seus alunos estava a educação para o silêncio: consistia por um período de cinco anos em restringirem-se a escutar somente, sem opinar, sem fazer qualquer objeção e muito menos ensinar. Basicamente, aquilo que poderíamos considerar uma virtude, e que não é nada fácil de ser conquistada, pode ser observada e constatada em nosso dia a dia no contexto do homem contemporâneo: ele é quase sempre indiferente ao costume de ficar calado enquanto o outro está falando. Além do mais, o ato de ouvir, implica numa postura também, ou seja, a de que o corpo tem de permanecer calmo, ou seja, mostrando uma atitude condizente, a qual revele sinais de que estamos entendendo o que o outro fala e acompanhando também. Ou seja, não monopolizemos o falar, não mostremos impaciência, e definitivamente não estamos aqui somente para ensinar, mas, para aprender também. Com relação ao sentido da audição e ainda no que tange a sua importância para os Maçons é bom termos em mente o que Mackey já comentava o assunto, claro que, num outro contexto, bem mais restrito à época que viveu, mas, que serve até como curiosidade aqui, e cujo texto que segue foi citado por Nicola Aslan em seu “Grande Dicionário...”, no que se refere ao verbete AUDIÇÃO: “Um dos cinco sentidos, é um Símbolo importante da Maçonaria, por ser através dele que recebemos instrução quando somos ignorantes, a advertência quando estamos em perigo, a reprovação quando erramos, e o chamado de um Irmão em apuros. Sem este sentido, o Maçom está invalidado para desempenhar os seus deveres; e assim, a surdez é considerada impedimento para a Iniciação.” Vimos que o saber ouvir implica bastante em saber calar, também. Vimos que para o Aprendiz-Maçom, não é exatamente proibido falar, mas, que no seu processo de aprendizagem, é importante saber ver, ouvir, receber, refletir e guardar, que isso faz arte da sua evolução e que vai lhe servir para o resto da sua vida. Para encerrar, uma frase provinda da sabedoria popular: “Até para rezar, fale pouco, pois oração curta, depressa chega ao céu.” O Grande Arquiteto do Universo, ouve. CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS: Revistas: FILOSOFIA – CIÊNCIA & VIDA, nº 11: “Quem não escuta, TAGARELA” – Artigo de autoria de Rose Pedrosa. Livros: ASLAN, Nicola. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” – Editora maçônica “A Trolha” Ltda. – 3ª Edição - 2012 GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora Ltda. 2008 – 2ª Edição. Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse – Editora Larousse do Brasil - 1982 RODRIGUES, Raimundo. “Na Busca de Novos Caminhos de Doutrinação Maçônica” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Edição – 2011 SAPIENTIA POPULI – Legrand – Editora Soler - 2004
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 15/30 Holbein, M:. M:. da R:. L:. Dom Pedro IV – Lagos – Portugal Contribuições Para a Problemática da Crítica das Fontes em Historiografia Maçónica Acerca da história da Maçonaria existem inúmeras obras de orientação diversa, que variam de acordo com os dados e as fontes que tomam por base, as concepções adoptadas e cristalizadas nas diferentes obediências e ritos, as influências de historiadores mais antigos e as opções pessoais de quem as escreve. Opções pessoais que têm a sua razão de ser, não só porque esta provecta Ordem requer a interpretação pessoal de algumas das suas realidades, mas também porque àquele que se dedica ao trabalho de historiar é lícito recorrer a alguma subjetividade. Esse carácter condicional dos factos, que impende sobre as narrativas históricas, revela que estas podem conter tanto de imaginação quanto de descoberta. E isso acontece porque nas suas investigações os historiadores raramente lidam com factos completos mas apenas com fragmentos, e para contar um episódio têm, frequentemente, de preencher as lacunas existentes criando texto. E o autor pode ainda excluir este ou aquele elemento e dar mais ênfase àquele outro, exatamente como um criador de ficção. Portanto, a subjetividade está presente no discurso historiográfico. Trata-se obviamente de uma subjetividade ao serviço da verossimilhança, ou seja, da construção de um discurso coerente e plausível. A História não se pode considerar uma ciência, sobretudo se comparada com as ditas ciências modernas. No entanto, o historiador tem de obedecer a parâmetros definidos, percebendo que o terreno da história possui um campo teórico e uma tradição historiográfica. Para ser reconhecido e debatido pelos seus pares, o historiador tem de seguir a metodologia adoptada pela disciplina. Os temas aportados devem considerar como ponto de partida o estudo de fontes diretas e indiretas, mas também o universo de dados e conclusões anteriores de autores que trabalharam no tema, caso contrário não produzirá mais do que uma repetição. Daqui resulta uma certa competição visando superar as análises já produzidas sobre as fontes existentes. Interpretar melhor, adicionar mais dados, chegar mais longe. E isso é sempre possível, na medida em que o surgimento de novos conceitos e a aceitação de outros tidos até então por inaceitáveis, proporcionam renovadas abordagens aos mesmos assuntos, que muitas vezes se traduzem em resultados surpreendentes. Apesar da sua antiguidade e da evidente integração nas ciências sociais, a disciplina da História também apresentou uma trajetória própria, como as ciências, em especial a partir de meados do século XX, nomeadamente no que concerne ao paradigma da identificação da verdade dos factos passados com a verdade objetiva, aspecto que foi repetidamente questionado pelas correntes mais interpretativas; e na questão da subjetividade da interpretação do autor, do seu ponto de vista, do tal carácter condicional dos factos, e dos interesses envolvidos, que, tanto no trabalho sobre as fontes, como na construção do discurso sobre o tema, passaram a ser problematizáveis e, frequentemente, problematizados. 5 – Contribuições para a Problemática da Crítica das Fontes em Historiografia Maçônica - Holbein
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 16/30 A História emancipou-se de certas funções anteriores e ganhou mais autonomia, acompanhou a evolução da sociedade e deixou de estar subordinada a uma ideologia oficial, como nos casos evidentes do papel que desempenhou na criação das identidades nacionais e na formação dos estados modernos. Deixou de estar ao serviço da política e conquistou um estatuto independente: aquele que cada historiador constrói de acordo com a sua liberdade intelectual. Tratando-se de uma instituição muito antiga, genericamente discreta, e pontualmente secreta, tudo se complica quando se pretende proceder à crítica das fontes usadas na historiografia maçónica - metodologia a que se recorre na ciência historiográfica, nomeadamente para validar ou infirmar proposições. Por outro lado, muitos dos historiadores da Maçonaria nem o são de facto, tratando-se apenas de maçons bem intencionados, mas sem formação académica para enfrentar as dificuldades que se colocam a quem pretende descrever as realidades do passado que, muitas vezes, não se leem nas linhas mas sim nas entrelinhas dos documentos. Acresce a dificuldade colocada pela constante ausência de citação das fontes na maioria das obras produzidas, e eis-nos perante um mundo de publicações de incontrolável validade. Existirão, certamente, variados motivos para essa proliferação de historiografia maçónica errática, quer resultantes de um afã desmedido em carear ligações inexistentes entre a Ordem e os mais variados e peculiares acontecimentos da História da humanidade; quer para fundamentar certas estruturas e ritos em detrimento de outros; quer por excesso de liberdade criativa do “historiador” perante a escassez de fontes, quer ainda devido a simples erro de repetição interminável de asserções mal fundamentadas. Dessas explicações escolhi uma, apresentada pelo historiador e maçom norte-americano Arturo de Hoyos que nos diz, numa das suas obras*, que tal como qualquer maçom em visita a lojas de outros estados ou países pode atestar, o ritual maçónico não é exatamente o mesmo de jurisdição para jurisdição. Da mesma forma, a memória de todos os homens não é a mesma, e como tal é natural que alguns candidatos/interessados procurem uma versão impressa do ritual que os auxilie na compreensão do mesmo. Não surpreende, pois, que na impossibilidade de acederem a rituais oficiais e autorizados, recorram a muito daquilo que vai sendo publicado sem o sancionamento ou a chancela das estruturas próprias, e que tendo sido, ou não, publicados por maçons, constitui um vasto universo de publicações não oficiais que, passadas décadas ou séculos, contribuem para a dificuldade da verificação das fontes historiográficas maçónicas. Em conclusão, alerto para o necessário sentido crítico que deve nortear todas as nossas leituras, não só pelos motivos já referidos mas também porque devemos evitar que a paixão e o apego à nossa Aug:. Ord:., ou ao Rito, nos turve o discernimento quando deles falamos, lemos ou escrevemos – o que seria uma atitude mais própria do profano entorpecido do que do maçom desperto. *DE HOYOS, Arturo. Light on Masonry: The History and Rituals of America's Most Important Masonic Exposé. Washington, D.C. - Scottish Rite Research Society, 2008.
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 17/30 O Irmão Pedro Juk, Produz este Bloco às Segundas, quartas e sextas-feiras Loja Estrela de Morretes, 3159 – Morretes – PR ósculo Em 18/03/2016 o Respeitável Irmão Antonio Raia, GOB, Oriente de Recife, Estado de Pernambuco solicita o que segue: antonio_raia@hotmail.com Algum dos Amados Irmãos tem alguma matéria sobre o assunto? Caso positivo, gostaria de recebê-la. Considerações: Essa tem sido apenas uma questão cultural, sobretudo adquirida nos países europeus onde a prática maçônica, pelos seus quadros de construtores, já praticavam o ato como uma saudação de paz e amizade nas suas reuniões comensais ainda nas tabernas europeias. Como dito, comum às culturas e não uma exclusividade da Maçonaria. Assim, na Moderna Maçonaria, por difusão de alguns dos seus Ritos, ainda preserva o costume de modo universal como desejo de paz entre os seus confrades simbolizados pelo “Ósculo da Paz”. O costume continua muito praticado entre os maçons, até de certo modo emblemático conforme a ocasião e, em outras de modo apenas informal. A prática possui apenas um sentido cultural de relacionamento humano e não pode ser interpretada como prática iniciática, muito embora alguns ocultistas de plantão, que na verdade apenas imaginam os fatos, já deram interpretações que nada mais são do que frutos da sua própria imaginação. T.F.A. PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com - Mai/2016 Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência. 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 18/30 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome da Loja Oriente 03.10.1981 Ação e Fraternidade Gasparense nr. 26 Gaspar 17.10.1969 São João Batista nr. 14 Orleans 19.10.2000 Gênesis nr. 47 Florianópolis 20.10.1977 Duque de Caxias nr. 21 Florianópolis 22.10.1970 Sentinela do Oeste nr. 17 Chapecó 25.10.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville 25.10.1996 Cavaleiros da Luz nr. 64 Florianópolis 28.10.1989 Jack Malt nr. 49 Rio Negrinho 28.10.2008 Delta do Universo nr. 98 Florianópolis Data Nome da Loja Oriente 05/10/1991 Zezinho Cascaes Braço do Norte 12/10/1994 Fraternidade Serrana São Joaquim 13/10/2004 Portal da Serra Bom Retiro 15/10/1985 Lealdade, Ação e Vigilância Florianópolis 16/10/1951 Estrela do Planalto Curitibanos 18/10/1997 Acácia das Gaivotas Bal. Gaivota 20/10/2008 Construtores da Paz Chapecó 21/10/1972 General Bento Gonçalves Araranguá 22/10/1997 Sol do Oriente Camboriú 26/10/1975 Acácia das Neves São Joaquim 30/10/2002 Frank Shermann Land Florianópolis 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de setembro
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 19/30 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Loja Oriente 03.10.03 Delta de Ingleses - 3535 Florianópolis 06.10.81 Prof. Clementino Brito - 2115 Florianópolis 13.10.07 Luz de São Joaquim - 3884 São Joaquim 15.10.93 Cidade Azul - 2779 Tubarão 15.10.05 Estácio de Sá -3763 Florianópolis 17.10.08 Luz de Órion - 3951 Itapema 23.10.00 Luz e Harmonia - 3347 Brusque 26.10.96 Arquitetos do Vale - 2996 Blumenau 26.10.08 Amigos da Liberdade - 3967 Palhoça 27.10.97 Atalaia -3116 Itajaí 28.10.95 Luz do Atlântico Sul - 2894 Baln. Camboriú
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 20/30 A Construção do Templo da ARLS União Diamantinense- 205 (do Ir William Spangler) Os membros da ARLS União Diamantinense – 205, Oriente de Diamantina MG, estão envidando esforços para a conclusão do magno Templo com os retoques finais da simbologia e arabescos que ornam o Oriente, a Coluna do Norte, A coluna do Sul e o Ocidente com suas colunatas, dísticos astrológicos, abobada celeste, trono de Salomão, colunas Booz e Jaquim, piso mosaico e demais afrescos que embelezam e trazem os significativos emblemas da filosofia e historia maçônica. A laboriosa Comissão de Construção (Collegia Fabrorum) composta pelos Irmãos Aparecido Martins, Argel Miranda, João Ferreira e Guilherme Coelho tem administrado com rigor e efetividade todas as medalhas cunhadas que são destinadas à construção na compra dos materiais, pagamento dos operários e contratação do Mestre Adalberto que erigiu com arte e profissionalismo os ornamentos inter templis. Os bancos, trono do Venerável, 1º Vig., 2º Vig, Orador, Secretário, balaustrada e demais mobiliários estão a cargo do Mestre de Ofícios Irmão Marcionélio. A expectativa é que no ano que vem os Irmãos poderão reunir-se sob as bênçãos do padroeiro São João Batista em sua nova Loggia. Mestre Adalberto Os trabalhos de colunatas, abobada celeste e Trono de Salomão
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 21/30 Coluna Sul grau de Companheiro Maçom Coluna do Norte Aprendiz Trono de Salomão Mestre Adalberto em seu trabalho
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 22/30 Caríssimos Irmãos, É preciso entender o processo eleitoral como instrumento de fortalecimento da democracia. É o povo exercendo a cidadania através da livre opção da escolha de seus governantes/parlamentares. Nesse processo sabemos, nem sempre os melhores programas, as melhores ideias são os escolhidos, muitos fatores influenciam e definem o processo. Mas entendo que é um processo de aprimoramento continuo através do crescimento do nível de conscientização do cidadão. Nesta oportunidade quero cumprimentar os Irmãos que foram escolhidos nesse domingo, desejando-lhes sucesso no desempenho de suas atribuições, lembrando que a Ordem espera que os princípios e valores que defendemos estejam sempre presentes em suas atitudes e ações. Aos Irmãos que não foram eleitos desta vez, o nosso respeito e cumprimentos pela coragem e atitude de se colocar à disposição para trabalhar pelo bem estar de sua cidade, com a certeza de que terão novas oportunidades para contribuir para o fortalecimento da sociedade através da política, aí entendido como a defesa dos interesses coletivos. Parabéns a todos, rogando ao GADU que os abençoe e protejam, e que os postulados da Liberdade, Igualdade e Fraternidade estejam sempre presente em seus pensamentos e ações como homens públicos. Fraternalmente Tataco - Grão-Mestre GLMMG
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 23/30 CONVOCAÇÃO e CONVITE O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro, com base no inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida todos os demais Irmãos, para a 47ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, dia 11 de outubro, terça-feira, quando a palestra a cargo do Venerável Ir. Juarez Fonseca de Medeiros, PM da ARLS Templários da Nova Era, nº 91, com o tema “Formação do Estado Brasileiro”. A sessão será no Templo II (Templo para Trabalhos de Emulação) da Fundação Unitas, a rua Machado de Assis, 210, Estreito, Florianópolis. Programação: 20:15 h: encontro no átrio do Templo; 20:30 h: início da sessão. Após a sessão, será oferecido uma ágape com um bom whisky. Ir. Ruben Luz da Costa, Secretário Wisdom Dawn Lodge
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 24/30
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 25/30 SUPREMO CONSELHO DO RITO MODERNO GRANDE CONSELHO KADOSH FILOSÓFICO DO RITO MODERNO PARA SANTA CATARINA II ENCONTRO DE ESTUDOS DOS SUBLIMES CAPÍTULOS REGIONAIS DE SANTA CATARINA 2ª ORDEM – 5º GRAU – ELEITO ESCOCÊS PROJETO: GRANDE CON∴ KADOSH FILOSÓFICO DO RITO MODERNO PARA SC PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO: SUB∴ CAP∴ REG∴ CAVALEIROS DA VERDADE nº 25 PROGRAMA 07:00 HORAS – Credenciamento. 08:30 HORAS – Abertura pelo Soberano Irmão Pasquale. 08:40 HORAS – Sessão Magna Comentada de Iniciação ao 5º Grau Eleito Escocês. 11:30 HORAS – Iniciação ao 9º Grau – Cavaleiro da Sapiência – pelo Supremo Conselho do Rito Moderno e Reconhecimento dos Graus 18 e 30 do Rito Brasileiro (G 7 e 8 do Rito Moderno). 13:00 HORAS – Almoço de Confraternização. 15:00 HORAS – Seção Magna de Fundação dos Sublimes. CCap∴ Regionais: Caminho dos Príncipes (Joinville – SC) e Antônio Onías Neto (Porto Alegre – RS). 17:00 HORAS – Sessão Magna de Iniciação ao 8º Grau – Cavaleiro da Águia Branca e Preta – pelo Grande Conselho Kadosh Filosófico do Rito Moderno para Santa Catarina. 18:00 HORAS – Visita e confraternização na XXXI FENARRECO. Faça sua inscrição no site. O local do II Encontro de Estudos dos Sublimes Capítulos Regionais do Grande Conselho Kadosh Filosófico do Rito Moderno Para Santa Catarina será na: RUA GERAL DA VARGINHA S/Nº, BRUSQUE, SC Navegador para chegar ao local do II Encontro de Estudos: https://www.google.com/maps/place/27%C2%B007'07.7%22S+48%C2%B057'06.1% 22W/@-27.1188127,-48.9538731,17z/data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x0:0x0!8m2!3d- 27.1188127!4d-48.9516844?hl=pt-BR
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 26/30 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Para o dia 5 de outubro: A Perpendicular A posição vertical ou perpendicular representa o ser humano hígido, de pé e ativo; é a reta que ascende para o reino dos céus; é a escada de Jacó que na sua verticalidade rompe as nuvens do firmamento. A perpendicular tem a sua representação no prumo, que é a jóia do segundo vigilante e é medida de retidão; o aparelho é formado com um fio a prumo que, preso numa extremidade superior, desce esticado, porque no seu extremo inferior está preso a um peso. A distância das extremidades à parede mede com precisão a perpendicular que, assim, permite a elevação de um muro ou de uma parede sem qualquer desvio. O prumo é o emblema da retidão, da verdade e do equilíbrio. "estar a prumo" significa estar em forma correta e precisa em qualquer posição na vida, que familiar, profissional ou fraternal. O prumo exprime a justiça, a fortaleza, a prudência e a temperança. Nós todos, maçons, devemos estar constantemente a prumo porque isso nos trará segurança. Quem mantém na loja uma postura correta, diz-se que está a prumo e com isso participará de forma admirável do cerimonial do ritual. A horizontalidade é o lugar comum; a perpendicularidade é a exceção. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 297.
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 27/30 Monumento maçônico na Avenida Beira Rio em Blumenau Encontrada a fórmula para entender as cunhadas.
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 28/30 1 – Essa é boa: Um filho faz perguntas embaraçosas ao pai... 2 – Esta geriatra nos ensina uma grande lição de vida! 3 – Essa piada envolve um casal que é parado por um policial... 4 – Você quer desistir? Veja o que essas plantas têm a dizer! 5 – Este professor inspira seus alunos com arte no quadro! 6 - Imagine a bela Paris há 100 anos... Impressionante! 7 - Filme do dia- “O Corajoso – O início da vida de Josh McDowe ” - Dublado https://www.youtube.com/watch?v=ajjEBI07jPM
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 29/30 O Irmão Adilson Zotovici, escreve aos sábados neste espaço. Loja Chequer Nassif-169 S.Bernardo do Campo – SP GLESP adilsonzotovici@gmail.com ETERNO APRENDIZ Pensando no dia a dia Nesses singelos versos quis Mostrar toda euforia Dum livre pedreiro feliz Brotou da maçonaria Que da força é geratriz E da beleza moradia, Tão bendita diretriz ! Entre tanta sabedoria E irmãos mui gentis Descobri lição de valia Nas entrelinhas sutis ! A posse, a maestria, São pensamentos pueris Pois, saber total é utopia... Assim, sou eterno aprendiz !!! Adilson Zotovici ARLS Chequer Nassif-169
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.195 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 5 de outubro de 2016 Pág. 30/30