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Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
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Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.007 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 31 de março de 2016
Bloco 1 – Almanaque
Bloco 2 – IrÉlio Figueiredo – (Opinião) – Um Homem
Bloco 3 - IrRui Jung Neto – 27ª Coluna do Rito Schröder -
Bloco 4 – IrLuiz Marcelo Viegas (do Site O Ponto Dentro do Círculo) A Royal Society e a ....
Bloco 5 – IrFernando Pessoa – Carta ao meu Irmão Maçom
Bloco 6 – IrValter Cardoso Júnior – Irmão ou Amigo
Bloco 7 – Destaques JB – Hoje com versos do Ir. Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 2/34
Autor: gilsonrigoli@hotmail.com
 1146 - Bernardo de Claraval prega seu famoso sermão em um campo de Vézelay, ressaltando a
necessidade de empreender uma Segunda Cruzada. Luís VII está presente e se junta aos cruzados;
 1371 - Celebrado o Tratado de Alcoutim entre os reis D. Fernando e D. Henrique II de Castela, onde
o soberano de Portugal compromete-se a manter boas relações com o rei de França;
 1774 - Guerra da Independência dos Estados Unidos da América: O Reino da Grã-Bretanha ordena
que o porto de Boston, Massachusetts seja fechado;
 1821 - É extinta a Inquisição em Portugal, por uma sessão das Cortes Gerais, Extraordinárias e
Constituintes da Nação Portuguesa;
 1822 - A população da ilha grega de Quíos é massacrada pelos turcos após uma tentativa de rebelião;
 1829 - Francesco Severio Castiglione é eleito Papa e assume com o nome de Pio VIII;
1 – ALMANAQUE
Eventos históricos - (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
Hoje é o 91º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante às 12h17)
Faltam 275 dias para terminar este ano bissexto
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
Livros
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 1849 - Início do Moderno Espiritualismo;
 1854 - O comandante Matthew Perry assina o Tratado de Kanagawa com o governo japonês,
abrindo os portos de Shimoda e Hakodate ao comércio com os Estados Unidos da América;
 1866 - A Armada espanhola bombardeia o porto de Valparaíso, Chile;
 1885 - O Reino Unido cria um protetorado em Bechuanalândia;
 1889 - A Torre Eiffel é inaugurada por Gustave Eiffel que a projetou;
 1892 - Treze autoridades militares brasileiras assinam o Manifesto dos 13 generais contestando a
legitimidade do governo e condenando as atitudes de Floriano Peixoto contra rebeliões nos estados e
solicitando a convocação de nova eleição para a presidência da república;
 1905 - A visita do Kaiser Guilherme II da Alemanha a Tânger, no Marrocos, desencadeia a Primeira
Crise do Marrocos;
 1909 - A Sérvia aceita o controle austríaco sobre a Bósnia e Herzegovina;
 1917 - Os Estados Unidos da América tomam posse das Índias Ocidentais Dinamarquesas depois de
pagarem $25 milhões à Dinamarca e renomear o território como Ilhas Virgens Americanas, por
considerá-lo estratégico para a proteção do Canal do Panamá;
 1918 - O Horário de Verão entre em vigor nos Estados Unidos da América pela primeira vez;
 1931 - Um sismo destrói Manágua, Nicarágua, matando 2000 pessoas;
 1942 - Na Segunda Guerra Mundial, as forças japonesas invadem a possessão britânica da Ilha
Christmas;
 1959 - O 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, cruza a fronteira da Índia e consegue asilo político;
 1964
o O Golpe Militar de 1964 no Brasil derruba o presidente João Goulart e dá início ao regime
militar do marechal Castello Branco, que dura até 1985.
o Deflagrada a Operação Brother Sam pelos Estados Unidos da América, que consistia no envio
de armas leves e munições, navios petroleiros, uma esquadrilha de aviões de caça, um navio
de transporte de helicópteros, um porta-aviões classe Forrestal, seis destróiers, um
encouraçado, além de um navio de transporte de tropas, e 25 aviões C-135 para transporte de
material bélico com a intenção de invadir o Brasil, caso o golpe militar não se concretizasse;
 1965 - O Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil com 2.994 m de altitude, é escalado pela primeira
vez;
 1970 - O primeiro satélite artificial lançado ao espaço pelos Estados Unidos da América, o Explorer
I, reingressa na atmosfera da Terra (depois de 12 anos em órbita);
 1991 - Dissolução do Pacto de Varsóvia;
 1992 - O USS Missouri, o último encouraçado construído pelos Estados Unidos da América, é
decomissionado pela última vez;
 1994 - O jornal científico Nature reporta o achado na Etiópia do primeiro crânio completo de um
Australopithecus afarensis (veja Evolução humana);
 1995 - Em Corpus Christi, Texas, a superstar latina Selena Quintanilla Perez é baleada e morta por
Yolanda Saldívar, a presidenta de seu próprio fã-clube;
1712 Chegam à ilha de Santa Catarina os navios “Saint Joseph” e “Marie”, trazendo a expedição francesa da qual
fazia parte o engenheiro hidrógrafo M. Frezier, que deixou interessante relato sobre a vila do Desterro e os
seus habitantes.
1822 Nasce, em Windoscholhausen, Alemanha, Johan Fireridch Theodor Muller, depois conhecido como Fritz
Muller. Graduado em Filosofia e Medicina, veio estabelecer-se em Santa Catarina. Foi professor do Liceu
Provincial na cidade de Desterro. Radicou-se, depois em Blumenau, dedicando-se à pesquisa científica,
produzindo trabalhos sobre zoologia e botânica que o consagraram mundialmente. Participou da política, tendo
sido Superintendente Municipal em Blumenau. Morreu, naquela cidade, a 21 de maio de 1897.
1877 Instala-se na capital da Província de Santa Catarina o “Instituto dos Professores Públicos Primários de
Santa Catarina”.
Fatos históricos de santa Catarina
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1732 Nasce Joseph Haydn, um dos maiores compositores clássicos, membro da Loja austríaca Zur Wahren
Eintracht.
1975 Fundada a Loja Estrela do Mar Nº. 23 (GOSC) em Balneário Camboriú - SC
2011 Fundada a Loja Colunas do Arquiteto nr. 133 - (GOSC) de Ituporanga
Filantropia
Bom dia meus IIr.´.
Sei que este grupo existe para difundir trabalhos, pesquisas maçônicas e entre outros, mas estou aqui
para pedir ajuda.
Sou fabricante de sacarias alvejadas ou melhor dizendo pano para limpar chão. E devido a crise
financeira, estou tendo muito dificuldade para colocar meu produto no mercado. Meus clientes
reduziram muito suas compras, para menos da metade. Gostaria de saber se tem algum Irmão que
tenha contato ou amizade com alguém que tenha supermercados ou seja atacadista neste seguimento.
No aguardo
IIr .´. Gilberto Leonel de Morais
Cavalheiros da Arte Real 326
Oriente São Francisco de Sales MG
Fatos maçônicos do dia
(Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 20ª edição e arquivo pessoal)
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Élio Figueiredo
Loja Templários da Luz e Perfeição 3716
GOSP/GOB
São Paulo
UM HOMEM
Há muitos anos, surgiu no horizonte da cultura maçônica um sonhador, mas com os pés no chão e a
cabeça voltada para o oriente, para o nascer do sol, da Luz e do Conhecimento e com uma vontade
férrea de transmitir, a quem quisesse, pílulas do saber maçônico e geral.
Resolveu, sozinho, enfrentar a resistência de grande parte dos maçons com relação ao
estudo, à pesquisa, enfim, à vontade de crescer interiormente, ampliando, com isso, sua forma de
enfrentar a vida.
Iniciou seu trabalho de forma simples, mas com determinação férrea e sem pensar em
esmorecer quanto à sua meta, de atingir o maior número de interessados na difusão da cultura
geral, porém, muito mais voltada para a cultura maçônica.
Aos poucos foi ganhando adeptos e pessoas interessadas em difundir o saber próprio
para outros, recebendo, como pagamento, apenas o ‘muito obrigado’ desse teimoso maçom, que
insistia em prosseguir em sua viagem de difusão do conhecimento.
Nos últimos dias ele chegou ao número 2000 de sua publicação, que tem solo fértil e
seguro no seio da Maçonaria brasileira e, quiçá, estrangeira, pois, sabemos de irmãos de fora do
Brasil que se deliciam com essa leitura diária, o que inclui 365 números anuais (em anos bissextos
366) e que, como nós, sentem falta daquele e-mail que nos chega, com o título JB News nº ..., para
alegrar nosso intelecto, que se fortalece nessa fonte de energia e de sabedoria.
Com estas linhas gostaria de deixar meu preito de agradecimento pela insistência e
alegria com que ele faz diária e diuturnamente, o JB News.
Espero que essa sua insistência em manter viva essa edição diária, e que deve servir de
exemplo para os que curtem a ‘preguiça mental’ do homem brasileiro e, em especial –
infelizmente – do maçom, que insiste em se manter longe dos estudos e da pesquisa.
Esta é uma pequena homenagem a esse grande maçom que é Jerônimo Borges.
Élio Figueiredo
2 – Opinião – Um Homem
Élio Figueiredo
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27ª Coluna do Rito Schröder – 31 de março de 2016
O Rito Schröder, composto pelos Rituais das Lojas de Aprendiz (com a Loja de
Mesa e a Loja de Funeral), Companheiro e Mestre Maçom, é um Sistema de
Ensino maçônico há muito adotado por algumas das mais antigas Lojas na
Alemanha.
No último dia de cada mês o JB News brinda os Irmãos do Rito Schröder e
seus simpatizantes, com uma coluna mensal sob a coordenação do Ir. Rui Jung
Neto, ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 - ao Or.
de Porto Alegre – RS – que trabalha no Rito Schröder desde 1958 – GLMERGS,
membro do Colegiado Diretor do “Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir.
Gouveia”, e que estará à disposição para responder aos Irmãos leitores através do e-mail:
ruijung@gmail.com
Nesta coluna reproduzimos, com a devida autorização do autor, Peça de Arq. do Ven. Ir. Ailton Pinto
Trindade Branco, ex-V.M. da Loja Maçônica de Estudos e Pesquisas “Universum” nº 147 – GLMERGS;
membro do “Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia” e da “Oficina de Restauração do
R.E.A.A.”; estudioso de Maçonaria, Iniciado no Rito York (Ritual Emulação); Obreiro e ex-V.M. de Loja
do R.E.A.A.
Ir. Ailton Branco, grato pela autorização, por aumentar nossa compreensão e conhecimento e pelo
carinho sempre demonstrado para com o Rito Schröder.
Boa leitura e até a nossa 28ª Coluna em abril de 2016!
O RITO DE SCHRÖDER, ENTRE A ÉTICA E A RELIGIÃO
Ailton Pinto Trindade Branco*
Friedrich Ludwig Schröder, quando Venerável Mestre de sua Loja-mãe “Emanuel Zur
Maiemblume”, Oriente de Hamburgo, Alemanha, dedicava-se ao estudo e à pesquisa da história
da Maçonaria, seus usos e costumes, liturgia e procedimentos formais, dando início ao trabalho de
revisão das “novidades” acrescentadas na segunda metade do Século XVIII, no antigo ritual
inglês.
Entre 1790 e 1800, Schröder intensificou os estudos de depuração de cerca de trinta rituais
conhecidos na época, incluindo-se alguns dos chamados “Graus superiores”. Para melhor realizar
as comparações entre os diversos exemplares e selecionar a liturgia mais próxima do catecismo
Simbólico “antigo”, convidou irmãos de diversas Lojas para se integrarem no projeto, dentre eles
os Irmãos Herder e Goethe da Loja “Amália” de Weimar, o Irmão Wesselhöft, proprietário de
uma tipografia em Rudolfstadt que publicava livros e, portanto, poderia imprimir os novos rituais
pretendidos.
O Rito Precursor
O Rito Estrita Observância foi o mais praticado na Alemanha durante boa parte do Século
XVIII e seu prestígio se apoiou na representatividade que alcançou como espelho do caráter da
3 – Coluna do Rito Schröder (27ª.)
Rui Jung Neto
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Franco-maçonaria inglesa. Gradualmente o Rito perdeu sua identidade de origem, quando passou
a ser praticado com alterações que se multiplicaram por influência de valores místicos, ocultistas,
filosóficos e de culturas forjadas pelos conceitos de nobreza das cortes europeias. Parcela da
Maçonaria alemã, principalmente em Berlim e Hamburgo, desenvolveu um sentimento de
inconformismo com aquilo que considerou uma deturpação de ideia tradicional e original da
irmandade.
Schröder, por outro lado, ainda como Grão-Mestre Adjunto, instituiu nas Lojas filiadas à
Grande Loja de Hamburgo uma modalidade de trabalho, excedente ao das sessões tradicionais de
instrução, visando o estudo histórico dos diversos rituais colecionados por ele.
Todos os aspectos, sistemas, Graus e costumes da Maçonaria desde o final do Século XVII
receberam a análise dos Mestres, e apenas desses, das muitas Lojas alemãs que aderiram ao
movimento de reestruturação. Constituíram-se grupos de estudos que receberam a denominação
de Engbunds, um de cada Loja, e todos sob a coordenação de Mutterbund, sediado em Hamburgo,
vinculado à Grande Loja Provincial. Nesses fóruns todos os Graus superiores conhecidos foram
reproduzidos, dissecados e interpretados, mas nenhum admitido.
Na opinião de alguns historiadores maçônicos os Engbunds se transformaram em um Grau
maçônico separado do simbolismo. Ludwig Schröder reconheceu que muitos Irmãos, ao mesmo
tempo em que concordaram com a restauração dos tradicionais Graus Simbólicos, ficaram
contrariados com a supressão dos Graus superiores. Assim, o Engbund não deixou de ser um Grau
superior híbrido, porquanto não foi formalmente classificado como Grau, mas previa até mesmo
um discreto ritual de admissão para todos os mestres que dele quisesse, participar.
Biógrafos maçônicos entendem que o Engbund se transformou em um Grau Independente.
Para Schröder, foi apenas uma espécie de academia ou ateneu de estudos maçônicos.
O Novo Rito
O levantamento minucioso da credibilidade do material quanto à origem, efetuado pelos
Irmãos integrados no trabalho liderado por Friedrich Ludwig Schröder elegeu o “The Three
Distinct Knocks” (As Três Batidas Diferentes) como o catecismo mais antigo e original adotado
pelas velhas Lojas inglesas na Grã-Bretanha, foi publicado pela primeira vez em 1760 e traz uma
informação importante quanto às Colunas do Primeiro e Segundo Vigilantes, que representam as
colunas que sustentam o pórtico do Templo de Salomão. Ao contrário do que consta na Bíblia no
Primeiro Livro dos Reis, cap. VII, a publicação diz que a coluna do Primeiro Vigilante se chama
B. (Força), ao passo que a coluna do Segundo Vigilante se chama J. (Estabelecer).
Schröder baseou a elaboração de um ritual único e simples para a Maçonaria alemã no texto
do “Three Distinct Knocks”, com a ressalva de que adaptou termos e diálogos à Cultura e à
Religião da sociedade alemã no final do Século XVIII. O termo simples é empregado como uma
das prerrogativas do ritual em formação em atendimento à intenção de Schröder, Fessler, Wilhelm
Meyer, Herder e outros, de suprimirem a maioria dos conceitos ou ideias de cunho ocultista,
místico, esotérico, filosófico-iluminista e cavalheiresco, forte e variadamente presentes na
Maçonaria europeia do período.
O Painel do Rito
O Painel do Rito de Schröder é representado por um Tapete estendido no piso do Templo e
ostentando desenhos. Esse Tapete, que possui várias figuras referentes aos três Graus Simbólicos,
é denominado “a planta do Templo do Rei Salomão”. Sua forma é a de um quadrilátero oblongo,
como o Templo. Os lados representam os quatro pontos cardeais. Na orla do Tapete veem-se três
Portas, simbolizando os três principais Oficiais da Loja e na face que fica para cima estão
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representadas diversas ferramentas de pedreiro, transferidas para o trabalho maçônico
especulativo com a responsabilidade de marcarem o caráter construtivo da obra pessoal.
Ritual Religioso
Schröder, por convicções pessoais, encarou a Maçonaria como uma atitude do espírito
humano. No entanto, diante da realidade constatada no quotidiano da Ordem, sua religiosidade
não estava à vontade em meio a um ocultismo dominante e eclético.
Filhos do protestantismo, os Irmãos do grupo de Schröder não assimilaram o excesso de
dogmas ritualísticos no culto da Maçonaria do seu tempo e a hierarquia de Graus a obedecer.
A reforma empreendida por Schröder teve a participação desse sentimento religioso, que
acompanhou muitos dos idealizadores da obra.
Sabemos que a Maçonaria administra sacramentos quando desenvolve a liturgia das sessões
de Iniciação, com a finalidade de conferir os benefícios espirituais que comportam. Tal ato
determina a presença da graça divina, mediante um procedimento mágico.
É o máximo que a tolerância saxônica aceita. A magia onipresente no ritual não é apanágio
valorizado. O estilo preferencial do caráter germânico é o da objetividade com simplicidade.
Não há dúvidas que a atitude da consciência do maçom, muitas vezes se confunde com sua
experiência pessoal sobre o mistério da participação de um Ser Superior na sua vida. Cícero, em
De Inventione Rhetorica II, observa muito apropriadamente: “Religio est, quae superioris
cuiusdam naturae (quam divinam vocant) curam caeremoniamque affert”; (Religião é aquilo que
nos incute zelo e um sentimento de reverência por uma certa natureza de ordem superior que
chamamos divina). E a Maçonaria, embora não considerada uma religião, também cabe no
conceito acima. A definição, mencionada sobre religião bem pode descrever uma atitude espiritual
maçônica, onde se exercita, sob aspectos, a ideia mais genérica de uma essência religiosa. Não a
confissão como profissão de fé, mas, a experiência do Superior diferenciado, misterioso, que age
promovendo mudanças no conhecimento difuso sobre fenomenologia existencial. Esse enfoque
também cultivado pela comunidade alemã, com inspiração luterana, foi invadido por valores de
outros cultos, via ritual maçônico, contrariando o pensamento conceitual alemão. Schröder e
colaboradores reconheceram o desconforto e providenciaram o tratamento mediante a feitura de
um ritual que manifesta, por excelência, o relativismo consciente protestante.
A Sutileza Esotérica
Os estudiosos criadores do Rito de Schröder deram ênfase à intenção de suprimirem o que
denominaram de “aditamentos inseridos no final do Século XVIII, que adulteraram os
ensinamentos puros do Rito dos maçons ingleses”. Assim está reproduzido na edição moderna do
Ritual seguido pela Loja Absalom zu den Drei Nesseln (Absalão das Três Urtigas) de Hamburgo,
fundada em 1737, o mesmo que é adotado pelas Lojas Brasileiras. Essa preocupação deu ensejo
para que descrições sobre características do Rito o rotulem como despido de conteúdo esotérico.
Trata-se de uma dispensável deturpação.
Os Ritos maçônicos praticados na etapa da Maçonaria considerada Especulativa possuem
todos um componente esotérico. Não há como conceber uma liturgia maçônica moderna sem
esoterismo, apenas como ciência como pretendeu Fessler.
Numa instituição hoje apenas simbólica os mitos, as lendas e os símbolos visam atingir o interior
do maçom. Uma comprovação do perfil esotérico mantido por Schröder encontra-se nas três
portas desenhadas no painel do Rito, entre outros símbolos de inspiração não operária, que
continuaram válidas após a reforma da Maçonaria alemã. Eles referendam a manutenção do
sentimento místico, que o Tapete revela no centro do Templo de Salomão. As portas, as janelas, o
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próprio Templo são heranças do misticismo hebraico presentes nos diversos painéis maçônicos de
Ritos tradicionais.
Na explicação literal esses portões estão dispostos conforme as localizações dos três
principais Oficiais que dirigem uma Loja. As Portas guardam vínculos com as três principais
posições do Sol – Oriente, Sul e Ocidente – durante sua trajetória física como parte da Natureza
que o Templo simboliza.
A analogia entre o Sol como materialização do Divino, a Natureza como Obra do Deus
Criador e os Oficiais dirigentes da Loja como mensageiros iluminados do processo de
transformação do profano em Iniciado, se torna verdadeira através de lendas e parábolas. As
lendas e parábolas precisam do cimento formado pela racionalidade e pelo sopro da curiosidade
sobre o místico, o Deus não revelado que pode vir a sê-lo e a influência capaz de exercer sobre o
homem. As aberturas representadas no Tapete do Rito de Schröder admitem, portanto,
interpretações de inspiração bíblica e de inspiração religiosa do Rito Solar, respeitado pelos povos
e pelos sacerdotes do antigo Egito.
O Rito de Schröder tem na sua liturgia predominâncias de valores religiosos cristão-
racionalistas e pouca presença de conceitos e estilos ocultistas e mágicos. O Ritual exercita uma
espiritualidade mais revelada, com poucos labirintos de complexidade mística. Condições que não
devem ser confundidas com uma ideia ingênua de Rito despojado de esoterismo. Isto posto, o que
cabe destacar é o alvo principal do grande trabalho de Friedrich Ludwig Schröder e equipe; a
compilação do Ritual em referência, visando em sua pesquisa:
a) - restringir a confusão gerada pelas dezenas de Ritos maçônicos que proliferaram na
Alemanha no curso do Século XVIII, Ritos com pouca densidade de participação coletiva,
criados para atender interesses e vaidades, às vezes de uma única pessoa. É o exemplo dado
pelo teosofista sueco Swedemborg que deu origem pessoalmente, ou por intermédio de seus
discípulos, a quatro Ritos particulares. As dissidências religiosas também contribuíram muito
para a idealização de Ritos maçônicos variados e múltiplos;
b) - sintetizar os ensinamentos maçônicos em três Graus Simbólicos e com isso limitar as
alegações de ordem cultural, para a criação de infindáveis cadeias de Graus.
Diante do exposto, é mister se reconhecer o Rito de Schröder como um Rito maçônico com
essência religiosa definida, resgate merecido do espírito que embalou a mente e o coração de seu
criador.
*Ir. Ailton Pinto Trindade Branco –
ex-V.M. da Loja Maçônica de Estudos e Pesquisas “Universum” nº 147 –
GLMERGS.
bibliografia:
ABRINES, Frau e ARDERIU, Arús. Diccionario Enciclopédico de la Masoneria. Ed. Kier, 1962.
CÍCERO, Marcus Tullius. De Inventione Rhetorica. 1588.
DYER, Colin S. W. Symbolism In Craft Freemasons. Lewis Masonic Publisher Limited. London, 1983.
GLMERGS. Rituais dos Graus Simbólicos do Rito Schröder.
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HAUSER, Kurt Max. A Verdade Sobre o Rito de Schröder e seu Fundador. Edições Universum, nº 147. Porto
Alegre, 1997.
HORNE, Alex. O Templo do Rei Salomão na Tradição Maçônica. Ed. Pensamento. 1972.
LEWIS, A. Perfect Cerimonies of Craft. London, 1896.
MACKEY, Albert Gallatin. Enciclopedia de la Francmasonería. Ed. Gribaldo, 1993.
MACNULTY, W. Kirk. Maçonaria – Mitos. Deuses. Mistérios. Fernando Chinaglia Distribuidora S.A. Rio de
Janeiro, 1996.
Δ
Rumo ao “VII SEMINÁRIO Nacional do Rito Schröder – Ir. Kurt Max Hauser”, ao Or. de Porto
Alegre, dias 11 e 12/11/2016!
JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 11/34
O Ponto Dentro do Círculo
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Seu espaço para estudos e pesquisas
A Royal Society e a Grande Loja de Londres de 1717 – Parte IV
Publicado em 23 de março de 2016por Luiz Marcelo Viegas
O Papel de Sir Robert Moray (continuação)
Quando o Primeiro Estatuto foi entregue, Moray ficou por trás, colocando em evidência o
entusiasta Naval, Lord Bouncker como Primeiro Presidente, na esperança de que
aSociedade agora continuaria sob a sua própria dinâmica. Talvez ele esperasse passar mais tempo
trabalhando na História da Maçonaria, que ele começou a escrever e incentivar o livre
intercâmbio de informações por meio de suas ‘Transactions’ propostas. Ele foi bem sucedido em
estabelecer as Transações, mas sua História da Maçonaria foi perdida quando o Hanoveriano
Duque de Sussex ‘reorganizou’ a biblioteca da Royal Society, no início do século XIX e a purgou
de qualquer história Stuart.
O primeiro sinal de que a sociedade de Moray estava se desenvolvendo em algo mais do que uma
comissão maçônica especializada para apoiar o Rei, veio quando ele apresentou o Primeiro
Estatuto à sua Royal Society. Os companheiros não gostaram do título, que, talvez, era muito uma
4 – A Royal Society e a Grande Loja de Londres de 1717 (do Site O Ponto
Dentro do Círculo do Ir Luiz Marcelo Viegas) -
JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 12/34
indicação da intenção de Moray. Eles queriam um título que os ligasse à ciência, e não apenas
com a Realeza. Seus membros insistiram em um título que fizesse deles mais do que apenas uma
‘Sociedade de Apoio ao Rei’; eles se tornaram uma Sociedade para a busca do conhecimento, que
era patrocinada pelo Rei. No entanto, o princípio que Moray tinha estabelecido de misturar
amadores ricos para fornecer os fundos e cientistas menos ricos para fazer o trabalho de
experimentação provou ser sólido pelos próximos duzentos anos.
A filosofia maçônica de Moray foi herdada pela nova Sociedade e ela levou a cultivar os avanços
científicos mais importantes de todos os tempos. Os problemas enfrentados pela marinha de
Charles eram os problemas de compreensão do Universo. Através do desenvolvimento de técnicas
para auxiliar a navegação, os fundadores da Royal Societycriaram técnicas e tecnologias que
permitiram aos seus membros estudar as estrelas. A política de realizar demonstrações
extravagantes para difundir as ideias da ciência às camadas mais influentes da sociedade. Ao usar
o microscópio para investigar criaturas minúsculas para divertir a nobreza, a ciência da biologia
foi descoberta. Finalmente, a política de publicar os resultados de estudos e experimentos
aumentou a taxa de inovação. Em menos de vinte anos, o estudo das estrelas havia se mudado da
tradição da astrologia para a aplicação prática das Leis de Newton para prever o retorno do cometa
Halley. É um pensamento caprichoso que a primeira edição do Almanaque do Velho Moore tenha
sido publicado apenas sete anos antes que o estudo dos céus de Newton transformasse a ciência da
Astrologia de Francis Moore em mera superstição.
A Royal Society recém-formada foi um pacote potente que levou um animado grupo de
pensadores e lhes deu financiamento; incentivo e um meio de partilhar conhecimentos. Sem a
mudança de atitude em relação ao estudo dos céus que a Royal Society tinha conseguido, Newton
poderia nunca ter sido publicado. Menos de uma geração anteriormente, enquanto Bacon estava
escrevendo sua Casa de Salomão, Galileu era perseguido pela Igreja por se atrever a sugerir que a
Terra podia girar em torno do sol!
Todos os maçons hoje recitam a declaração formal da heresia Galileana que faz parte das
perguntas do teste do Grau de Companheiro. Talvez esse seja um memorial permanente para o
trabalho do Ir∴ Sir Robert Moray em colocar em prática o seu juramento maçônico de “estudar os
segredos ocultos da Natureza e da Ciência para conhecer melhor o seu Criador”.
Apesar da evidência de suas ações, acho difícil acreditar que Sir Robert se propôs a criar a
primeira Sociedade Científica do mundo em 28 de Novembro de 1660. Ele provavelmente só
esperava que o grupo resolvesse os problemas militares que Charles não podia dar-se o luxo de
resolver. No entanto, ele usou os princípios maçônicos de igualdade e o estudo da ciência para
criar uma força vital enorme. Seu grupo estava livre dos grilhões do dogma religioso e tinha uma
estrutura democrática única para a época. Seja por acidente ou de propósito, ele usou três das
ideias mais poderosas da Maçonaria escocesa e as aplicou para o desenvolvimento da tecnologia.
Estas foram as ideias que ele tirou da Maçonaria:
1. Que o estudo das obras da natureza pode levar a uma compreensão do plano subjacente de
Deus, ou seja, que há uma ordem subjacente das leis da natureza que pode ser determinada
pela observação e experimentação. Essa ideia levou diretamente ao trabalho de Newton.
2. Que todos os homens são iguais. Se eles se reúnem para discutir a aprendizagem, e proíbem a
discussão de religião e política, eles serão capazes de cooperar. Essa concentração em ciência
experimental com a exclusão de todas as distrações ajudou aRoyal Society a se tornar uma
grande força na criação de nossa era científica moderna.
3. Que para Diretores e Presidentes terem verdadeiro poder, eles devem ser eleitos por seus pares,
e contar com o apoio dos membros que governam. William Schaw, o Primeiro Grande
Vigilante da Maçonaria tinha decretado isso 60 anos antes, e Moray inseriu a ideia nos
Estatutos da Sociedade, assegurando que os Fellows elegeriam seus próprios líderes para que
pudessem ser leais a eles.
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Esses princípios provaram ser uma base sólida para a construção de uma instituição científica. O
quarto princípio de Moray, de que amadores ricos podiam ser levados para aSociedade para
financiar cientistas menos ricos, incentivou os cientistas, que tinham sido fortes defensores do
Parlamento, a se sentar e se reunir com monarquistas ricos, que por sua vez, ajudaram a financiar
o trabalho deles e ajudá-los em sua reabilitação na sociedade da Restauração. Mas essa ideia só
durou até a presidência do Duque de Sussex. Agora, aRoyal Society limita seus membros a
cientistas de renome mundial, sem quaisquer amadores ricos.
Esta, então, é a minha explicação do sucesso improvável da Royal Society. Foi fundada por um
maçom astuto, motivado politicamente. Seu objetivo era resolver uma crise de curto prazo na
tecnologia militar para uma Marinha em ruínas. Sir Robert Moray tomou a estrutura e filosofia da
Maçonaria escocesa e as usou para construir um tipo totalmente novo de organização. Logo ela
ultrapassou os objetivos limitados de Moray e elaborou para si uma agenda muito mais ampla,
tomando o melhor das ideias de Moray e aplicando-as à sua própria escolha de problemas.
Suas novas atitudes em relação ao conhecimento e ao estudo dos mistérios ocultos da natureza e
da ciência levaram ao estudo da física de sucesso e às teorias de Newton. A Filosofia Natural
tornou-se uma ciência preditiva e a tecnologia floresceu da superstição.
Devemos a nossa sociedade moderna, e seus muitos aparelhos científicos maravilhosos ao sucesso
acidental do irmão Sir Robert Moray. Ele viu a sabedoria dos ensinamentos maçônicos, que o
havia inspirado; ele usou o sistema escocês Schaw de Lojas e seus métodos de promoção da
harmonia Maçônica para reunir os lados opostos após a grande guerra civil; e ele forneceu uma
estrutura que permitiu à ciência libertar-se da gaiola supersticiosa da religião.
Não importa quão cuidadosamente você analise uma situação complexa; você não será capaz de
prever todos os possíveis resultados de suas ações. Isto é certamente verdadeiro sobre os
fundadores da Royal Society. Esse pequeno grupo de maçons provavelmente só esperava resolver
alguns dos problemas de tecnologia naval e então recuperar um pouco de sua posição perdida na
sociedade. O que eles fizeram foi muito maior. Eles criaram um sistema que trouxe um grande
aumento no bem-estar humano, mais do que qualquer outro na história.
O método científico começou com o trabalho da Royal Society que, por sua vez, foi inspirado
pelos ensinamentos da Maçonaria escocesa. Acontecimentos políticos posteriores podem muito
bem ter tornado conveniente para a Monarquia Hanoveriana esquecer a dívida que nossa
sociedade tem com a Maçonaria escocesa jacobita, e a Grande Loja Unida da Inglaterra pode
preferir ser tímida sobre suas raízes escocesas, mas tempo suficiente já não decorreu agora para
que a ameaça de um renascimento jacobita que inspirou esta atitude seja esquecido?
Certamente agora podemos celebrar livremente a história do nascimento maçônico da ciência
moderna e honrar a memória do irmão Sir Robert Moray, o maçom que concebeu aRoyal Society,
alimentada por nove meses de presidências iniciais e, finalmente, deu origem a ela através de seus
Estatutos fundadores.
FINIS
Autor: Dr. Robert Lomas
Tradução: José Filardo
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(Ricardo Teixeira) Fernando Pessoa,
MM da Loja Dom Pedro de Alcântara,
Grande Oriente Lusitano
Lisboa
Carta ao meu irmão Maçom,
Meu querido irmão,
As viagens que fazemos inspiram-nos a escrever cartas aos nossos entes queridos. Essa é a razão
mais que especial para te escrever esta carta, meu irmão maçom, porque fiz uma viagem e quero
partilhar contigo os melhores momentos desta maravilhosa viagem sobre a minha mente.
Esta pode ser uma carta longa, talvez a maior que te escrevi, mas creio que será um ponto forte
da nossa relação, ambos sabermos que partilhamos este momento único, neste meio de relação
que é a escrita e a leitura, a nobreza da criação com a sabedoria da aceitação. Estaremos a trocar
amor, ao partilharmos este momento. Convido-te então a ler esta carta e a partilhar comigo esta
viagem, que no final poderás colocar em causa, ou melhor, que no final deverás colocar em causa,
para que encontres o teu próprio entendimento sobre as causas e os efeitos da existência, na
liberdade de seres por meio das tuas próprias escolhas e não pelas minhas, ainda que no final
possamos concordar um com o outro.
Começo por contar-te que a minha quaresma foi complexa. Eis que essa minha quaresma
coincidiu exatamente com a quaresma do calendário ocidental cristão que todos conhecemos.
Durante a minha quaresma involuntária, talvez pela força do espírito ou pela vontade conspirativa
do universo, passei por diversas fases que pude comparar ao que conhecemos dentro dos nossos
templos maçónicos através das palavras, rituais, sinais, instrumentos e toques. Em cada sinal que
me chegava neste momento de clarividência - ou como diz um irmão nosso, neste momento de
colocar a claro a evidência -, eu podia sentir a maravilhosa sensação de estar ligado ao Todo, por
meio do amor universal, numa relação estreita entre mim e o principio criativo do universo. A
cada
luz que recebia, conseguia vislumbrar todas as coisas que aprendi dentro do nosso templo, nas
nossas sessões e fora delas, quando ainda fisicamente fora do templo, lá continuo a trabalhar sobre
todos os ensinamentos que aqueles ritos, sinais, símbolos, palavras, instrumentos e toques me
passam, sendo que esses são focos de memória do conhecimento envolvido em todos os conceitos.
São como pendrives informáticas onde guardamos a informação vinda dos derivados conceitos
que vamos absorvendo, e no final todo aquele símbolo representa um conceito inteiro, o sinal
resume a um único gesto todo um processo, aquela palavra sintetiza todo um texto, determinado
instrumento representa todo o trabalho tido até então, e cada ritual faz recriar uma maneira de
chegar a um determinado lugar, por meio de todas as metáforas contidas ali, assim como cada
toque representa toda a consciência de fraternidade entre dois seres diferentes que fazem parte de
uma consciência universal comum. No final de tudo, eles não servem para nada, ou seja, apenas
são sagrados porque a nossa consciência assim os trata, pois são meios de se ativar enquanto
consciente, sendo que a tomada de consciência é tudo o que precisamos de fazer para nos
cumprirmos. No dia que não forem mais precisos os símbolos, sinais, palavras, rituais e
instrumentos, - porque a consciência total, o nirvana do conhecimento foi adquirido - então eles
não serão mais sagrados.
5 – Carta ao meu Irmão Maçom
– Fernando Pessoa
Pedro Juk
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Meu irmão, apesar de não te poder garanti-lo, penso ter chegado à verdade da maçonaria. À minha
verdade e não à tua. No entanto não podia deixar de partilhar contigo esta minha viagem, ainda
que eu mesmo, amanhã venha a colocar em causa tudo o que te direi aqui. Colocar a minha fé em
causa é algo que faço permanentemente, pois isso me mantém livre, me mantém impermanente na
minha capacidade de evoluir, animando-me na verdadeira acepção da palavra, colocando-me em
estado de ânimo, que é o estado necessário à criação da minha própria evolução. Sinceramente,
penso que esta foi a visão que faltou às religiões, na sua maioria, pois rejeitam colocar a sua
própria fé em causa, não compreendendo que é ao fazê-lo que podem evoluir para chegar a uma
verdade maior, a uma fé mais bela, ao ponto da tomada de consciência universal.
Posso dizer-te meu irmão, que na maçonaria, tenho a percepção de sermos diferentes e notáveis
no modo como conduzimos a tomada da consciência. Começa logo no ponto que a Maçonaria
nunca me ensinou nada. Tudo o que aprendi na maçonaria, não foi a maçonaria que me ensinou,
ela somente me deu os sinais, as palavras, os rituais e os instrumentos e eu próprio tomei
consciência através delas, e pela relação com os meus irmãos, da minha própria verdade, e não
de alguma verdade que a maçonaria me tentou ensinar. No início era-me difícil compreender qual
o sentido de tudo aquilo, sem existir alguém acima de nós a passar-nos ensinamentos sobre as
coisas que devemos aprender, mas agora compreendi que é perfeito, ninguém assume uma posição
de professor, nem há alunos, há tão só aprendizes que primeiro aprendem pelo silêncio, depois
aprendem pela experiência e no final aprendem pela mestria da tomada de consciência.
Não existe da parte da maçonaria, a imposição de um sistema de instrutor e instruído, mas antes
um sistema de partilha entre as partes em que cada uma contribui para a evolução do próximo
através da partilha das suas próprias experiências de tomada de consciência sobre aqueles
símbolos, sinais, rituais, palavras, instrumentos e toques.
Seria bom sinal dizer-te que esta é a visão que tenho de uma sociedade altamente evoluída, em
que a liberdade de cada um descobrir-se a si mesmo, vale mais que qualquer dogma ou
preconceito comum. A par da igualdade e da fraternidade, a liberdade é um pilar fundamental de
uma sociedade evoluída. Liberdade, Igualdade e Fraternidade da qual toma consciência o
indivíduo, e como consequência a sociedade, o todo, o universo. Liberdade é sabedoria, sendo
que toda a sabedoria é livre, pelo que se toma consciência dela no silêncio, do qual o aprendiz
que se inicia tem o total controlo, sabendo que a sabedoria não se aprende, tão só se pode tomar
consciência dela através dos sinais, os símbolos, as palavras, os rituais, os instrumentos e os
toques da vida, que são como meios que nos orientam para o passo da tomada de consciência, e
ao qual podemos chamar de EXPERIÊNCIA, o dom do companheiro, que se expressa pela
vivência dos polos opostos, na sua visão inigualável da Igualdade, que o faz experimentar pelo
seu livre arbítrio, as trevas que o trará à luz, a dor que o trará ao prazer, a ignorância que o trará
ao conhecimento, a doença que o trará à saúde, quando ao quinto passo, souber controlar as
frequências em que quer viver, amando seus defeitos tanto quanto ama suas virtudes, pois sabe
que ambos são uma e a mesma coisa, apenas em frequências diferentes, e somente amando essa
mesma coisa, poderá escolher por seu livre arbítrio a frequência mais alta dessa criação.
Temos então que Igualdade é Força, é o que compõe e sustenta por inteiro, na dualidade dos
opostos, na experiência, na luz que cai nas trevas para se experimentar, o anjo caído, o ponto de
luz, o sol que precisa da escuridão para ser notado, tão bem representado no nosso templo pelo
Sol e a Lua e pelo mosaico preto e branco, representando o pacto perfeito entre Luz e Trevas,
entre o Absoluto e o ponto em que o absoluto se manifesta. É entre o quarto e o quinto passo, que
pelo livre arbítrio, ocorre a experiência, a nossa supra consciência a manifestar-se, a existir na 4ª
dimensão antes de atingir a 5ª, a obter experiências, com a única finalidade de se conhecer, de
tomar consciência, que é o propósito final da viagem do maçom. Na verdade é o propósito final da
viagem de todo o Homem, da Humanidade inteira como um só, do Universo. Porque o que está
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em cima é como o que está em baixo. Do caos renasce a ordem, o quarto passo representado
pelo caos e o quinto passo representado pela ordem, quando se apercebe ainda da Igualdade
entre todos os seres à sua volta, tomando consciência que todos buscam o mesmo fim de tomar
consciência, depois de terem viajado ao fundo de si mesmos pelo ato do autoconhecimento
interior, tomando consciência do fundo do poço como um meio de tomar consciência do seu
oposto enquanto ser divino. Eis então que se obtém a mestria, quando dominamos a frequência
dos nossos opostos, e conseguimos atingir o patamar máximo da nossa experiência, vivendo
cada um como um todo, tendo total consciência que todos somos um, que não existe mais o caos
de estarmos separados, que todos representamos a experiência máxima do universo na terra, e
que todos devemos então contribuir sempre que pudermos para a experiência do nosso próximo,
do todo, pois sabemos que nós próprios e o todo somos um só. Esta é a mais sublime relação
humana, e a qual chamamos de Fraternidade, que manifesta a Beleza criada na partilha, por meio
das diversas formas de relacionamento, das quais eu destacaria toda a Arte, que fecunda a
sociedade com sabedoria sem lhe impor nada, pois toda a arte é livre, sendo que essa fraternidade
é o terceiro pilar da trindade Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que por sua vez, representam os
pilares de uma sociedade perfeita.
Não colocarei sobre a maçonaria um peso de arrogância, se eu disser que a maçonaria anima-se
para existir enquanto sociedade perfeita, representando uma sociedade em que a Liberdade,
Igualdade e Fraternidade se cumprem, a Sabedoria, a Força e a Beleza se manifestam, onde a
Harmonia, a Melodia e o Ritmo criam a sinfonia da vida. Poderíamos usar muitas outras trindades
de outras fontes de auto-conhecimento, que seriam todas uma e a mesma coisa, cada uma um
caminho para chegar à verdade através de diferentes metodologias, mitos, ritos, histórias,
fórmulas e o que quer que seja. Pensemos em algumas das trindades divinas que conhecemos.
Sabedoria, Força e Beleza. Espírito, Mente e Corpo. Saúde, Força e União. Liberdade, Igualdade
e Fraternidade. Omnipotência, Omnisciência e Omnipresença. Existência, Consciência e
Experiência. Harmonia, Melodia e Ritmo. Amor, Inteligência e Vontade. Brahma, Vishnu e Shiva.
Dharmakaya, Sambhogakaya e Nirmanakaya. Universo, Luz e Matéria. Pai, Filho e Espírito
Santo.
Todas tendem a representar uma e a mesma coisa, e toda a religião tinha o dever universal de se
tornar em uma forma de arte livre e adogmática que transmite essa sabedoria, a fim de se atingir o
pleno de uma sociedade evoluída constituída por indivíduos evoluídos, que sabem que são um só,
que são a fonte divina a experimentar-se, que eles mesmos são o Deus que adoram, se ouvindo,
se experimentando, se manifestando e tomando consciência de si mesmo. Adorar a Deus, é na
verdade, adorar-se a si mesmo como indivíduo e como um todo, tomando consciência. Na
Maçonaria, chamamos-lhe Grande Arquiteto do Universo, que na verdade somos nós mesmos,
arquitetando nosso Universo até tomarmos total consciência Dele, representado pelo Templo, do
qual tomamos Consciência. Nós somos o Arquiteto do nosso próprio templo, que ao longo dos 33
graus vamos construindo, dando corpo a uma personagem maçónica, na qual depositamos nossa
supra-consciência e que vai percorrendo os 33 anos de idade a fim de ir tomando consciência da
sua própria existência, começando do mesmo lugar em que acaba, como na história do
Alquimista, que sai de sua casa até ao Egipto à procura do tesouro, para no final da viagem tomar
consciência do tesouro que estava debaixo da sua própria cama. Do mesmo jeito, julgo que o
iniciado já tem tudo o que precisa para ser um maçom, para ser um ser evoluído, mas precisa
contudo de passar pelos 33 graus para tomar consciência disso, sendo que quando se torna
mestre recebe uma premonição do seu final que o estimula para, a cada passo da sua caminhada,
tomar consciência real através dos graus que se seguem. Não conheço o ritual do 33º grau, nem
tão pouco pesquisei ou pesquisarei sobre isso, mas arriscaria afirmar, mesmo que do fruto da
minha imaginação, que terá algo a haver com a crucificação de Horus, também replicada pela
igreja enquanto a personagem de Jesus Cristo, enquanto forma de passar o ensinamento ao
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iniciado. Infelizmente, as religiões não se permitiram continuar livres, e acabaram por fugir ao seu
principal fim, que é o de provocar o estado de ânimo que leva à evolução do indivíduo enquanto
forma de tomada de consciência sobre si mesmo e sobre o todo, voltando ao divino, de onde saiu
enquanto anjo caído, enquanto ponto de luz que se experimenta nas trevas a fim de regressar à
luz absoluta pelo pacto feito. Acho que o mesmo destino nos é prometido enquanto maçons,
quando durante o processo dos 33 graus vamos tomando consciência de nós mesmos, pelo
autoconhecimento,
para no fim sermos crucificados ao lado dos nossos defeitos, para renascermos
apenas luz, em total consciência, pois só a luz da consciência que regressa ao estado da
consciência universal pode ressurgir nesse estado de clarividência, de Nirvana, de Êxtase,
deixando para trás todas as baixas frequências, deixando para trás tudo o que é mortal.
Em todo o processo maçónico, a caminhada se faz caminhando, ou seja a evolução da
consciência advém da própria tomada parcelada de consciência, ao longo dos 33 graus, e todo o
ritual, sinal, palavra, sinal, símbolo, instrumento ou toque tem o seu significado na parte da
consciência que leva ao todo, à consciência absoluta, em que o todo é maior que a soma das
partes, pois é “todas essas partes”.
O trabalhos começam ao meio dia. É a esta hora simbólica que podemos absorver conhecimento,
tomar consciência, pela luz que atinge a todos os irmãos por igual, sem causar sombras sobre
qualquer um. Os trabalhos terminam à meia noite e é a esta hora simbólica que começa a
experiência, o ponto de luz que somos nós a experimentar-nos para o fim da nossa evolução,
aprendendo sobre o controlo de nossas frequências, caindo enquanto seres celestiais numa
realidade física num templo próprio que nos ajuda a tomar consciência do templo universal. A Luz
não poderia tomar consciência de si mesmo sem as experiências de auto-conhecimento que a
ajudassem a elevar-se até se conhecer a si mesmo na mais alta frequência vibracional, no seu
estado de Nirvana, de Absoluto, do seu regresso enquanto Arquiteto do Universo. Da mesma
maneira, não há saúde sem doença, sendo que a saúde absoluta é a tomada de consciência
absoluta da mais alta frequência de nós mesmos. Assim como não há Prazer sem Dor, sendo que
o prazer é a mais alta frequência de dor, que são uma e a mesma coisa em frequências
diferentes. Isto será o mesmo que dizer que não há virtudes sem defeitos, o que nos leva de novo
ao ponto de que é necessário amar os nossos defeitos, pois eles são também as nossas virtudes,
mas em uma frequência menor, da mesma maneira que não escolhemos amar um filho quando
ele se porta bem e de deixar de amar quando ele se porta mal. Amando-os, podemos tomar
consciência deles e elevá-los aos estado de virtudes. Amar é tomar consciência. Viver em amor
universal é viver na mais alta frequência de tudo o que é. Amor Universal é o meio e o fim, é o
próprio caminho e acontece pela tomada de consciência dos opostos - princípio da polaridade -,
pela tomada de consciência do masculino e do feminino - tudo é género -, pela tomada de
consciência que tudo vibra, na já provada teoria das cordas de Einstein - princípio vibracional -,
que leva ao princípio da causa e efeito, em que tomamos consciência de que toda a causa tem o
seu efeito e todo o efeito tem a sua causa, pela tomada de consciência do ritmo, tomando
conhecimento que tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, tudo se
manifesta por oscilações compensadas, descobrindo que o ritmo é a compensação da vida,
tomando ainda consciência que o que está em cima é como o que está em baixo - principio da
correspondência -, pois todo o universo é mental - princípio do Mentalismo.
Vamos tomando consciência de tudo isto ao longo da nossa jornada maçónica, e mesmo que eu
ainda vá muito no início dessa caminhada, descobrir que esse é o propósito desta caminhada,
deixa-me completamente extasiado, ainda mais animado para cumprir a caminhada da evolução,
aumentando a frequência em que vibram os meus medos, culpas e sentido de competição para
passarem a vibrar no sentido mais elevado de si mesmos, em liberdade, igualdade e fraternidade,
a fim de me tornar consciente de mim mesmo enquanto divindade, meu único propósito enquanto
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ser animado, saído do absoluto com o fim de me experimentar e tomar consciência de mim
mesmo para regressar ao absoluto novamente, numa infinita caminhada de queda e ascensão, de
me iniciar numa nova caminhada a caminho da luz sempre que quiser lembrar-me de como é,
sabendo que eu e o todo somos um só e que toda a experiência alheia é também então a minha
própria experiência.
Na maçonaria, essa mudança de frequência é representada pelos sinais, que nos primeiros três
graus, por exemplo, representam o controlo sobre o chakras da garganta, que no sinal de
aprendiz conduz o maçom a silenciar na sua mente, todos os dogmas, preconceitos e outro tipo
de induções contrárias à sua liberdade de tomar consciência; o controlo sobre o chakra do
coração, que no sinal de companheiro conduz o maçom a controlar as suas paixões, responsáveis
pelas oscilações de frequência, e das quais o companheiro toma controlo ao quinto passo; e o
controlo sobre o chakra base ou da raiz, que faz a ligação entre o corpo físico e a terra, e que no
sinal de mestre conduz o maçom a controlar esse limiar entre a experiência e a tomada de
consciência, encontrando o equilíbrio que a frequência animada deste chakra permite.
Na realidade, foi o que aconteceu com Hiram, que enquanto estudioso maçom, era também ele o
arquiteto do seu próprio templo, evoluindo até ao 33º grau, onde sua garganta foi cortada, seu
coração arrancado fora e seu corpo separado pelo chakra base, a fim de que pela sua
ressurreição ressurgisse enquanto luz plena, usando os companheiros enquanto meio para lá
chegar, pois só se pode chegar à tomada de consciência por meio da experiência.
Um maçom quando cumprido, quando no seu estado puro, quando toma consciência, é alguém
que tem esta consciência, e que por isso mesmo goza da sua plena liberdade, sabendo que a
liberdade do seu próximo também é a sua própria liberdade, o que ativa nele o sentido de
igualdade e por conseguinte de fraternidade, adquirindo assim algo a que talvez chamemos de
dignidade, que é a consciência total de que todos somos dignos, pois todos somos UM.
Ele torna-se o próprio Horus, o olho que tudo vê, o Jesus Cristo ressuscitado, o Hiran que
ressurge na essência de uma folha de acácia, pois a essência da folha de acácia é a sua própria
essência. Esta tomada de consciência é o seu único fim, e o motivo pelo qual trabalha no templo
maçónico, entre o meio dia e a meia noite, para depois poder fecundar na humanidade pela
experiência, o cruzamento perfeito entre o masculino e o feminino, aquele que fecunda e aquele
que é fecundado, o criador e onde se gera a coisa criada, motivo pelo qual, alguns ensinamentos
nos levam a querer que o homem - elemento masculino - trabalha e a mulher - elemento feminino
- cuida. Na verdade o elemento masculino cria pela tomada de consciência e o elemento feminino
gera a criação, assim como na lei da vida que todos conhecemos. Em uma estratégia de controlo
da fé - incapacidade de colocar a fé em causa - dos seus fieis, certamente por razões mais
políticas que espirituais, as religiões teimaram em ensinar isto como um conceito em que o
homem trabalha e a mulher cuida do lar, levando-o ao pé da letra a fim de criar um domínio
masculino sobre o elemento feminino, por fim a satisfazer as suas necessidades com base em
poder, alimento do ego, uma baixa frequência da satisfação. Na verdade, o que a meu ver, será a
interpretação mais próxima da verdade, é a de que o homem enquanto ser masculino tem o dever
universal de tomar consciência e de fecundar esse conhecimento no elemento feminino, no
ambiente do seu lar, para que nesse mesmo ambiente mais descontraído, o elemento feminino o
ajude a ornamentar o que na tensão da tomada de consciência não foi possível ornamentar, mais
tarde complementado pela beleza trazida pelo toque feminino. Desta união entre o trabalho e o
lazer, o masculino e o feminino, o que fecunda e o que é fecundado, nasce então uma criação
justa e perfeita, estruturada na sabedoria, que é livre do masculino e do feminino, dos opostos,
pois é absoluta e a qual não se pode criar ou perder, tão somente se pode transformar por meio
da experiência durante a tomada de consciência, representada pela força do elemento masculino,
que sustentou através da experiência aquela tomada de consciência da unidade e por
conseguinte da igualdade, que culmina na beleza do elemento feminino, por meio da fraternidade,
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que ornamentou aquela tomada de consciência total. Não devo errar muito ao pensar que esta é a
principal razão pela qual a maçonaria é por tradição masculina, enquanto oficina de trabalho,
ainda que se discuta a verdadeira essência de liberdade, igualdade e fraternidade quando este é
o assunto, levando-nos a colocar em causa toda a nossa fé em tamanha ambiguidade, o que na
verdade é justo e perfeito, pois somente o que se coloca em causa pode de facto evoluir, que mais
não é que o sentido que se escolhe no sentido da tomada de consciência.
Sinto que entre muitos cegos, nós, em maçonaria, temos a oportunidade única de nos tornarmos
visionários, e sobretudo, contribuintes de uma sociedade em que todo o homem tem o direito de
aprender que o seu maior propósito de existência é realizar-se enquanto ele mesmo, tomar
consciência do absoluto que ele é. Então vamos, pelo amor universal que nos une, à glória do
Grande Arquiteto do Universo, ou seja, à nossa própria glória, aplicar este conhecimento nos
lugares onde vivemos, começando desde já a agir em conformidade com o facto de sermos
maçons, oferecendo aos outros a nossa clarividência, partilhando com a nossa tribo sobre a nossa
tomada de consciência, fecundando a sociedade com a ideia de que estamos aqui para nos
cumprirmos enquanto seres que se criam em pilares de igualdade, liberdade e fraternidade, a fim
de atingir o mais alto patamar da supra-consciência universal por meio de colunas de sabedoria,
força e beleza, as primeiras palavras e os primeiros símbolos que nos foram apresentadas no dia
da nossa iniciação, quase como camuflados, durante o ritual e nas palavras aclamadas após o
sinal, tal como na história do Alquimista que percorre todo o Egipto a fim de encontrar o tesouro
que estava mesmo debaixo da sua cama, e do qual só precisava de tomar consciência durante a
sua viagem. Assim está o Maçom, que inicia a sua viagem pela evolução, exatamente no ponto
onde está o seu maior tesouro, mas do qual ainda não tomou consciência.
Podes até perguntar-te porque partilhei tudo isto contigo nesta carta que te escrevo, se até ouso
colocar em causa tudo o que escrevi aqui, e responder-te-ei que senti que a viagem por esta
quaresma - meu processo de encontro comigo mesmo -, foi tão maravilhosa e magnificente, que
partilhá-la é a forma de amor de mais alta frequência que posso manifestar neste momento,
enquanto ser físico em evolução.
No final, o objetivo único desta carta será a de que eu e tu coloquemos em causa toda a
informação nela contida, a fim de continuarmos a evoluir.
Como é óbvio, pelo teor dos assuntos aqui tratados, reconheço que conheces a Acácia, sendo
que o reconhecimento é tudo o que precisamos para vivermos uns com os outros, uns pelos
outros, e uns em todos, como um TODO.
Boa viagem, meu irmão.
Um triplice abraço fraterno, deste teu irmão,
(Ricardo Teixeira) Fernando Pessoa,
M.’.M.’. da A’R’L’ Dom Pedro de Alcântara, G.’.O.’.L
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IRMÃO OU AMIGO
( A visão de um M∴M∴ e eterno Aprendiz )
IrValter Cardoso Júnior –
MM da Loja Delta do Norte nº 3273 –
Oriente de Florianópolis – GOB/SC
Recentemente tive o prazer de ler sobre a vida do grande Benjamin Franklin, que
viveu entre os anos de 1706 á 1790, um dos fundadores dos Estados Unidos da América e,
que como Diplomata marcou sua participação e viabilidade da Independência Americana,
deixando sua assinatura em documentos primordiais como fez ser: “O Tratado de Paris”,
“O Tratado de Aliança com a França”, “A Constituição” e a “Declaração da
Independência”.
Aos vinte e quatro anos Benjamim Franklin publicou seu primeiro artigo sobre a
nossa Arte Real (1730) e em 1731 com outros IIr∴ Maçons, juntaram seus recursos
financeiros e iniciaram a primeira biblioteca pública da Filadélfia.
Quando exerceu o cargo de Embaixador na França, Benjamim Franklin foi Grão
Mestre da Loja “Les Neuf Soeurs” com sede em Paris e, sem dúvida alguma é um Ir∴ que
muito orgulho e ensinamento nos deixou e, que podemos dizer que é um daqueles que deixou
bem cedo, que a Maçonaria entrasse dentro de si.
Ao fazer esta leitura sobre a vida deste grande personagem mundial, encontrei dois
fragmentos de sua autoria que me trouxeram motivos para reflexão, o primeiro foi: “Achar
que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de
uma explosão numa tipografia”, o segundo foi quando ele afirmou que:
“Um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo
sempre será um irmão”.
6 – Irmão ou Amigo
Valter Cardoso Júnior
JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 21/34
Foi exatamente este segundo fragmento que me fez refletir e escrever sobre este tema
“Amigo ou Irmão”, dentro de minha visão como maçom. A frase a seguir não é minha,
todavia já ouvi várias vezes através de pessoas diferentes que ao tentarem conceituar o que
seja um amigo, dizem: “Amigos complementam a nossa vida, são os irmãos que nós podemos
escolher para nos acompanhar nos bons e maus momentos de nossas vidas. Eles estão
sempre ao nosso lado, nos apoiando em todos os momentos”
Na Revista Super Interessante edição de número 288 de fevereiro de 2011, dois
jornalistas Camilla Costa e Bruno Garattoni, escreveram uma reportagem sobre
“AMIGOS”, onde dois momentos me chamaram a atenção, o primeiro deles quando
afirmam:
Pura, sincera, desinteressada. A amizade humana não nasceu assim. Mas
um improviso do cérebro mudou tudo: criou um novo tipo de relação,
que revolucionou a convivência entre as pessoas - e fez a humanidade ser
o que é hoje. Tudo começou por puro interesse. Quando os primeiros
macacos se tornaram amigos, fizeram isso por motivos bem objetivos -
ajudar uns aos outros em lutas contra rivais, no caso dos machos, e
cuidar melhor dos filhotes, no caso das fêmeas. A amizade não passava de
uma troca de favores. Agora pense nos dias de hoje: com você e os seus
amigos, não é assim. Você tem amigos simplesmente porque gosta de
estar na companhia deles, certo? Errado. Você continua fazendo
amizades por puro interesse – no caso, alimentar o seu cérebro com uma
substância chamada “ocitocina”.
Interessei-me e, resolvi buscar mais informações sobre o hormônio “Ocitocina”
quando descobri que a sua função é exatamente estreitar o vínculo afetivo entre mãe e filho,
fazendo também com que o útero se contraia no final da gravidez, para que o bebê venha ao
mundo. Interessante ainda é que este hormônio é também conhecido como hormônio do
amor, pois se encontra inteiramente ligada a chamada sensação de prazer, do bem estar
físico, de segurança e de fidelidade entre os casais.
Este hormônio no sexo masculino, deixa-nos menos agressivos e nos faz ter
comportamentos mais adequados dentro das sociedades em que vivemos, tornando-nos mais
generosos.
Outro aspecto trazido pelos autores da reportagem e, que servirá de base para nossa
conclusão, é de que nosso cérebro comporta no máximo 150 amigos e que estes são divididos
em grupos, assim formados:
 5 amigos, seriam os chamados amigos íntimos, com quem você mais fala e,
que também para o Grande pensador Aristóteles cinco seria o número
máximo de “amigos verdadeiros”;
 15 amigos seriam pessoas bastante importantes para nós, e se alguma
delas morresse amanhã, ficaríamos muito tristes. Neste grupo estariam
inclusos amigos do trabalho, ou amigos dos amigos.
 50 amigos seriam denominados como um número típico, um número de
amizades mantidas pela maioria de nós e também considerado o tamanho
médio dos agrupamentos humanos primitivos ( como bando de caças por
exemplo).
JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 22/34
 Enfim 150 amigos seria o limite máximo que o cérebro consegue
administrar ao mesmo tempo. São as pessoas cujos nomes, rostos e
características nós conseguimos memorizar e acionar caso seja
necessário.
Nesta pequena viagem que fiz ao ler a reportagem daquela revista, é que acabei
considerando como boa base para entendimento de que “Amigo” é exatamente o nome que
nós damos a todo aquele individuo que mantém conosco um relacionamento de afeto,
consideração e respeito mútuo.
Todavia, “Amigo Verdadeiro” , diferentemente do simples amigo, é aquele que
efetivamente coloca o outro em primeiro plano e, é honesto, leal em todas as suas ações,
tendo o comprometimento como o real e significado desta amizade, este amigo verdadeiro, é
aquele que tem a capacidade de acrescentar ao outro um bom nível de lealdade, atenção,
carinho, afeto e muito amor, que são os fundamentos que tornam estes amigos confidentes e
cúmplices em suas ações.
Esta amizade verdadeira é aquela em que cada indivíduo de forma automática não
titubeia em ajudar o outro e se mantém sempre disponível de peito aberto sem pedir nada
em troca, ele simplesmente é amigo e pensa rapidamente no bem estar do outro.
Não podemos nunca esquecer que assim como nosso amigo verdadeiro é o outro, para
esse outro também somos o outro, uma visão bastante filosófica mais muito verdadeira, pois
este tipo de amizade não possui barreiras, gera por si só as chamadas qualidades especiais
de justiça e perfeição.
A responsabilidade de Mestres e futuros Padrinhos será sempre muito grande, ao
assumir o nome de um neófito para fazer parte de nossa família maçônica, pois não é
simplesmente qualquer amigo, precisamos verificar exatamente se este é um “Amigo
Verdadeiro” que nos parece a principio contemplar os predicados que tanto precisamos.
Necessário estarmos sempre de olho, não na quantidade simplesmente, mais sobre
tudo na qualidade destes que como padrinhos iremos convidar. A base de sustentação, da
continuidade de nossa Arte Real, dependerá sempre de novos IIr∴ que venham somar no
desenvolvimento e aplicação de nossos princípios primordiais da Liberdade com Igualdade
e com fraternidade.
Bom sempre lembrar que o Padrinho será sempre o responsável por seu afilhado,
todavia nunca se esquecendo da responsabilidade dos sindicantes que podem abrir os olhos
dos padrinhos em determinados momentos dos preenchimentos dos pré-requisitos que
fazem parte da Sindicância.
Muitos autores dizem ainda que o Padrinho deva continuar sua responsabilidade
indefinidamente, mesmo que seu pupilo ascenda os autos graus maçônicos, pois todos nós
seremos sempre eternos aprendizes.
Assim, desejo colocar uma idéia que evidentemente é minha e que não representa a
idéia maçônica ou de algum autor, de que a ponte entre um “verdadeiro amigo” convidado a
fazer parte de nossas fileiras preenche inegavelmente com méritos o direito futuro de ser
chamado de “Irmão”.
Precisamos lembrar sempre do fragmento deixado pela Loja Obreiros de Irajá, em
seu site ( www.obreirosdeiraja.com.br//irmão), que quando é oferecida a luz ao novo membro
JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 23/34
da família de uma Loja Maçônica ou seja um Ir∴Aprendiz, ele passa a ter o direito de saber
que:
“O maior cargo em maçonaria é o de Irmão.” A partir daquele momento
todos os que a ele se referem o tratam como Irmão. (...) O jovem e o
velho, o sábio e o ignorante, o nobre e o plebeu, porque vê irmãos em
todos os homens. (...) Esse é um sentimento de irmandade, é muitas vezes,
mais forte que entre irmãos de sangue.
Assim, volto a lembrar o fragmento deixado por nosso grande Ir∴ Benjamim Franklin
de que “Um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo sempre será um irmão”, para
colocar que, se um “amigo verdadeiro”, possui sentimentos de tolerância, respeito e amor
fraternal, fatalmente estaremos encontrando neste amigo uma sintonia energética
primordial para tornar-se mais um de nossos irmãos Maçons.
Permito-me afirmar que nele encontraremos os requisitos garantidores da liberdade
de consciência e a de expor nossos pensamentos, respeitando a moral e as leis de nossa
Pátria, permitindo que a Virtude e a Sabedoria alcancem um dos grandes ideais maçônicos
que é o da busca da paz universal pela confraternização dos povos e, assim este termo
“Amigo Verdadeiro” pode sim ajustar-se positivamente com o termo “Irmão”.
Nosso Ir∴ Valdemar Sansão em seu artigo “A origem da palavra Irmão” nos deixou
dito que:
Esse tratamento existe em todas as sociedades iniciáticas e nas confrarias,
em que o seu significado é a condição adquirida com a participação de
um mesmo ideal baseado na amizade. É o tratamento que se davam entre
si os maçons operativos.
Já nosso Ir∴ Sérgio Quirino Guimarães em seu texto “Amigo ou Irmão” deixou
registrado que: “ (...) um Irmão não nasce na Iniciação, a iniciação é um processo individual
e pessoal, o candidato é o único protagonista, todos nós somos apenas “figurantes”deste
movimento interno. Com o tempo ele há de compreender que um Amigo o trouxe para a
Loja e ele também há de reconhecê-lo e a todos os demais como Irmãos, Um posicionamento
mal colocado em nosso meio é dizermos que nem sempre nossos melhores amigos devam ser
nossos irmãos”.
O Ir∴ Quirino coloca ainda:
Só se ele não quiser, pois se o profano realmente é seu melhor amigo, você
deseja o melhor para ele, então com certeza deseja que ele se torne um
Homem Livre e de Bons Costumes. Se ele conquistou o direito de
frequentar sua casa ele pode participar dos nossos trabalhos.
E continua nosso Ir∴ Quirino dizendo que: “(...) devemos celebrar em nossas Oficinas
a dulcificante ternura da amizade, e não é por ser simplesmente um sentimento, é um
DEVER e seus praticantes são considerados virtuosos! Se os leitores acreditam que ser
Irmão é mais importante do que ser Amigo, eu recorro ao Livro da Lei; por tradição
JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 24/34
dizemos que o Livro de Eclesiastes foi escrito por Salomão e no Capítulo “6“ temos os
seguintes versículos.
 Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro.
 Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável.
 Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão.
Nosso Ir∴ Quirino, acredita ainda, que a intenção de seu trabalho é a: (...)
consubstanciação dos valores de “Irmão” e “Amigo” em nosso meio, a síntese está no
provérbio 17:17 “O Amigo ama em todo o tempo; e para a angustia nasce o irmão. “Se
algum dia você se armou de espada foi para defender ou auxiliar um Maçom, então tornou-
se um amigo dedicado e leal ou seja um “verdadeiro amigo”.
Concluo dizendo, que no mundo profano existe uma diferença entre “Verdadeiro
Amigo” e “Irmão”, é que os pais são indivíduos diferentes. Já no mundo Maçônico acredito
não existir diferença, pois Irmãos são amigos Verdadeiros e, portanto criações da mesma
força fluídica universal do Grande Arquiteto do Universo.
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
05/03/2005 Aurora Florianópolis
10/03/1972 Templários da Justiça Lages
15/03/1998 Estrela do Sul Lages
18/03/1998 Jacy Daussen São José
18/03/2011 Monteiro Lobato Itajaí
19/03/1993 III Milênio Curitibanos
19/03/1994 Renascer da Luz Criciúma
20/03/1949 Januário Corte Florianópolis
23/03/1996 Pedra Cintilante Itapema
24/03/1998 Fiel Amizade Florianópolis
30/03/1998 Amigos para Sempre Joinville
30/03/1999 Círculo da Luz Joinville
31/03/1975 Estrela do Mar Balneário Camboriú
31/03/2011 Colunas do Arquiteto Ituporanga
7 – DESTAQUES JB – Resenha Geral
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Março
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
03.03.2012 Guardiões das Virtudes - 4198 Biguaçú
14.03.1981 Estrela do Planalto -2119 Canoinhas
16.03.1899 União III Luz E Trab. 664 Porto União
16.03.2005 Cavaleiros da Luz - 3657 Florianópolis
19.03.2004 Quintessência - 3572 Bombinhas
21.03.1990 Luz da Acácia - 2586 Jaraguá do Sul
21.03.2009 Acácia de Balneário - 3978 Baln. Camboriú
29.03.1973 Acácia Joinvilense - 1937 Joinville
29.03.1973 Gênesis - 2701 Tubarão
29.03.2012 União Palhocense - 4236 Palhoça
30.03.2006 Luz da Porta do Vale - 3764 Itajaí
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
11.03.2003 Fraternidade Itajaiense nr. 85 Itajaí
17.03.2010 Fonte de Luz nr. 102 Chapecó
18.03.1989 Tríplice Fraternidade nr. 48 Dionísio Cerqueira
20.03.2009 Acácia Itajaiense II nr. 100 Itajaí
21.03.1940 Cruzeiro do Sul nr. 05 Joaçaba
24.03.2010 Loja do Sol nr. 103 Blumenau
28.03.1970 Pitágoras nr. 15 Florianópolis
30.03.1995 Leão de Judá nr. 62 Florianópolis
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Obrigado Loja Harmonia!
Com agradabilíssima surpresa recebemos na manhã de hoje, via postal,
a prancha datada de 23 de março de 2016 enviada pelo Venerável
Mestre, Irmão João Batista Pinto, anexando o Diploma de Membro
Honorário da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Harmonia nr. 26,
jurisdicionada à Grande Loja Maçônica de Minas Gerais.
Sensibilizados, agradecemos mais esta deferência, esperando que o
nosso informativo JB News possa contribuir, cada vez mais e melhor,
com a difusão da cultura maçônica e especial, com essa magnânima
Oficina. Sentimo-nos honrados com tão distinta honraria.
Muito obrigado.
Jeronimo Borges
Editor do JB News
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Loja Maçônica “UNIVERSO II” nº 57
Fundada em 17 de setembro de 1993.
Jurisdicionada à Grande Loja de Santa Catarina
Rua Almíscar, 33 – Bairro Monte Verde – 88032-300 - Florianópolis -
SC.
Dia das Sessões às 1ª e 3ª Sextas Feiras às 20 h
C O N V I T E
A A RlS “UNIVERSO II” nº 57, tem a honra e a
satisfação de convidar os IIre digníssimas Famílias para
participarem da SESSÃO BRANCA ESPECIAL “HOMENAGEM
à ARLS“UNIVERSO II” nº 57, agora com transferência
para a ARlS “Rei David” nº 58 e Jantar após a Sessão, no dia
01.04.2016 (sexta-feira), às 20:00h, no Templo e Salão de Festas da
Associação Beneficente e Cultural Luz do Oriente – ABCLO, Rua
Almíscar, 33 – Bairro Monte Verde – Florianópolis – SC,
com a seguinte programação:
Data: 01 de Abril de 2016 (sexta-feira) às 20:00hs, Sessão Branca
“Homenagem ao IrGilberto José Graff” pelos seus 22 anos dedicados à Loja;
Jantar: - 21:30h (aprox.) – Jantar Italiano a cargo do Buffet
“Massas Caseiras Alvarito” com cardápio de 4 tipos de Gratinados
(Rondellis, Lazanhas e Canellonis), 2 tipos de Espaghettis,
Saladas, Caponata e Sobremesa;
Valor do Jantar: - Por adesão a R$ 40,00 por pessoa;
Bebidas: - Os IIrpoderão adquirir bebidas no local ou poderão
trazer outras bebidas de suas preferências;
Confirmação: - até o dia 30.03.2016 (quarta-feira) diretamente
com o Chanceler Ir.’. Thiago Fabeni Habkost pelo telefone Cel.
(48)8815-2331(Tim) ou e-mail thiago@fabeniadvocacia.adv.br
Antecipadamente, agradecemos a presença dos IIr e Famílias.
Fraternalmente,
Altani Luiz de Oliveira Gonçalves
Venerável Mestre
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Sessão de Instalação do MWBro. Hillel Benedykt como Grão- Mestre, na United Grand Lodge of Victoria -
Australia (300 Albert Street, East Melbourne, Victoria, 3002 Australia). Foto Ir Humberto Borges
JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 31/34
Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News.
Fotos históricas raríssimas:
1 – Einstein em Nova Iorque, no verão de 1939.
2 – Ele ficou sozinho, recusando-se a fazer a saudação nazi, em 1936.
3 – Em 1967, a Suécia passou a conduzir pela direita: resultado da primeira manhã.
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4 – Um soldado no Vietname em 1965,
no seu capacete diz "A guerra é o Inferno" .
5 – As mulheres não tinham permissão para correr a Maratona de Boston. Em 1967, Kathrine Switzer
quebrou essa regra, e apesar de os organizadores terem tentado impedi-la (Momento que se vê na foto), ela
conseguiu acabar a prova tornando-se a primeira mulher a fazer a Maratona.
6 – A última foto do Titanic:
7 – Filme do dia: (Ruínas Místicas)– Documentário legendado
https://www.youtube.com/watch?v=qndzclq4cMw
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Ir Raimundo Augusto Corado
MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737
Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e
Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182
Barreiras – GOB/BA. Escreve às terças e quintas-feiras
raimundoaugusto.corado@gmail.com
DEPUTADOS MAÇÔNICOS
-o preço da imunidade e prerrogativas-
Autor: Raimundo A. Corado.
Barreiras, 16 de maio de 2014.
Entre quatro e seis vezes ao ano;
Nas Assembleias se farão presentes;
Para Salvador ou Brasília deslocando;
Representando a Loja e o Oriente.
Seiscentos reais por cada reunião;
Este é o preço médio da imunidade;
Em nome da Loja e dos irmãos;
Levando consigo a representatividade.
Quando o assunto é Deputado;
O primeiro ponto a ser lembrado;
É a isenção de frequência.
JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 34/34
É muito caro o valor da imunidade;
Supera os valores da mensalidade;
Será que ser Deputado compensa?

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  • 1. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.007 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 31 de março de 2016 Bloco 1 – Almanaque Bloco 2 – IrÉlio Figueiredo – (Opinião) – Um Homem Bloco 3 - IrRui Jung Neto – 27ª Coluna do Rito Schröder - Bloco 4 – IrLuiz Marcelo Viegas (do Site O Ponto Dentro do Círculo) A Royal Society e a .... Bloco 5 – IrFernando Pessoa – Carta ao meu Irmão Maçom Bloco 6 – IrValter Cardoso Júnior – Irmão ou Amigo Bloco 7 – Destaques JB – Hoje com versos do Ir. Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 2/34 Autor: gilsonrigoli@hotmail.com  1146 - Bernardo de Claraval prega seu famoso sermão em um campo de Vézelay, ressaltando a necessidade de empreender uma Segunda Cruzada. Luís VII está presente e se junta aos cruzados;  1371 - Celebrado o Tratado de Alcoutim entre os reis D. Fernando e D. Henrique II de Castela, onde o soberano de Portugal compromete-se a manter boas relações com o rei de França;  1774 - Guerra da Independência dos Estados Unidos da América: O Reino da Grã-Bretanha ordena que o porto de Boston, Massachusetts seja fechado;  1821 - É extinta a Inquisição em Portugal, por uma sessão das Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa;  1822 - A população da ilha grega de Quíos é massacrada pelos turcos após uma tentativa de rebelião;  1829 - Francesco Severio Castiglione é eleito Papa e assume com o nome de Pio VIII; 1 – ALMANAQUE Eventos históricos - (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas Hoje é o 91º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante às 12h17) Faltam 275 dias para terminar este ano bissexto Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. Livros
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 3/34  1849 - Início do Moderno Espiritualismo;  1854 - O comandante Matthew Perry assina o Tratado de Kanagawa com o governo japonês, abrindo os portos de Shimoda e Hakodate ao comércio com os Estados Unidos da América;  1866 - A Armada espanhola bombardeia o porto de Valparaíso, Chile;  1885 - O Reino Unido cria um protetorado em Bechuanalândia;  1889 - A Torre Eiffel é inaugurada por Gustave Eiffel que a projetou;  1892 - Treze autoridades militares brasileiras assinam o Manifesto dos 13 generais contestando a legitimidade do governo e condenando as atitudes de Floriano Peixoto contra rebeliões nos estados e solicitando a convocação de nova eleição para a presidência da república;  1905 - A visita do Kaiser Guilherme II da Alemanha a Tânger, no Marrocos, desencadeia a Primeira Crise do Marrocos;  1909 - A Sérvia aceita o controle austríaco sobre a Bósnia e Herzegovina;  1917 - Os Estados Unidos da América tomam posse das Índias Ocidentais Dinamarquesas depois de pagarem $25 milhões à Dinamarca e renomear o território como Ilhas Virgens Americanas, por considerá-lo estratégico para a proteção do Canal do Panamá;  1918 - O Horário de Verão entre em vigor nos Estados Unidos da América pela primeira vez;  1931 - Um sismo destrói Manágua, Nicarágua, matando 2000 pessoas;  1942 - Na Segunda Guerra Mundial, as forças japonesas invadem a possessão britânica da Ilha Christmas;  1959 - O 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, cruza a fronteira da Índia e consegue asilo político;  1964 o O Golpe Militar de 1964 no Brasil derruba o presidente João Goulart e dá início ao regime militar do marechal Castello Branco, que dura até 1985. o Deflagrada a Operação Brother Sam pelos Estados Unidos da América, que consistia no envio de armas leves e munições, navios petroleiros, uma esquadrilha de aviões de caça, um navio de transporte de helicópteros, um porta-aviões classe Forrestal, seis destróiers, um encouraçado, além de um navio de transporte de tropas, e 25 aviões C-135 para transporte de material bélico com a intenção de invadir o Brasil, caso o golpe militar não se concretizasse;  1965 - O Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil com 2.994 m de altitude, é escalado pela primeira vez;  1970 - O primeiro satélite artificial lançado ao espaço pelos Estados Unidos da América, o Explorer I, reingressa na atmosfera da Terra (depois de 12 anos em órbita);  1991 - Dissolução do Pacto de Varsóvia;  1992 - O USS Missouri, o último encouraçado construído pelos Estados Unidos da América, é decomissionado pela última vez;  1994 - O jornal científico Nature reporta o achado na Etiópia do primeiro crânio completo de um Australopithecus afarensis (veja Evolução humana);  1995 - Em Corpus Christi, Texas, a superstar latina Selena Quintanilla Perez é baleada e morta por Yolanda Saldívar, a presidenta de seu próprio fã-clube; 1712 Chegam à ilha de Santa Catarina os navios “Saint Joseph” e “Marie”, trazendo a expedição francesa da qual fazia parte o engenheiro hidrógrafo M. Frezier, que deixou interessante relato sobre a vila do Desterro e os seus habitantes. 1822 Nasce, em Windoscholhausen, Alemanha, Johan Fireridch Theodor Muller, depois conhecido como Fritz Muller. Graduado em Filosofia e Medicina, veio estabelecer-se em Santa Catarina. Foi professor do Liceu Provincial na cidade de Desterro. Radicou-se, depois em Blumenau, dedicando-se à pesquisa científica, produzindo trabalhos sobre zoologia e botânica que o consagraram mundialmente. Participou da política, tendo sido Superintendente Municipal em Blumenau. Morreu, naquela cidade, a 21 de maio de 1897. 1877 Instala-se na capital da Província de Santa Catarina o “Instituto dos Professores Públicos Primários de Santa Catarina”. Fatos históricos de santa Catarina
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 4/34 1732 Nasce Joseph Haydn, um dos maiores compositores clássicos, membro da Loja austríaca Zur Wahren Eintracht. 1975 Fundada a Loja Estrela do Mar Nº. 23 (GOSC) em Balneário Camboriú - SC 2011 Fundada a Loja Colunas do Arquiteto nr. 133 - (GOSC) de Ituporanga Filantropia Bom dia meus IIr.´. Sei que este grupo existe para difundir trabalhos, pesquisas maçônicas e entre outros, mas estou aqui para pedir ajuda. Sou fabricante de sacarias alvejadas ou melhor dizendo pano para limpar chão. E devido a crise financeira, estou tendo muito dificuldade para colocar meu produto no mercado. Meus clientes reduziram muito suas compras, para menos da metade. Gostaria de saber se tem algum Irmão que tenha contato ou amizade com alguém que tenha supermercados ou seja atacadista neste seguimento. No aguardo IIr .´. Gilberto Leonel de Morais Cavalheiros da Arte Real 326 Oriente São Francisco de Sales MG Fatos maçônicos do dia (Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 20ª edição e arquivo pessoal)
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 5/34 Élio Figueiredo Loja Templários da Luz e Perfeição 3716 GOSP/GOB São Paulo UM HOMEM Há muitos anos, surgiu no horizonte da cultura maçônica um sonhador, mas com os pés no chão e a cabeça voltada para o oriente, para o nascer do sol, da Luz e do Conhecimento e com uma vontade férrea de transmitir, a quem quisesse, pílulas do saber maçônico e geral. Resolveu, sozinho, enfrentar a resistência de grande parte dos maçons com relação ao estudo, à pesquisa, enfim, à vontade de crescer interiormente, ampliando, com isso, sua forma de enfrentar a vida. Iniciou seu trabalho de forma simples, mas com determinação férrea e sem pensar em esmorecer quanto à sua meta, de atingir o maior número de interessados na difusão da cultura geral, porém, muito mais voltada para a cultura maçônica. Aos poucos foi ganhando adeptos e pessoas interessadas em difundir o saber próprio para outros, recebendo, como pagamento, apenas o ‘muito obrigado’ desse teimoso maçom, que insistia em prosseguir em sua viagem de difusão do conhecimento. Nos últimos dias ele chegou ao número 2000 de sua publicação, que tem solo fértil e seguro no seio da Maçonaria brasileira e, quiçá, estrangeira, pois, sabemos de irmãos de fora do Brasil que se deliciam com essa leitura diária, o que inclui 365 números anuais (em anos bissextos 366) e que, como nós, sentem falta daquele e-mail que nos chega, com o título JB News nº ..., para alegrar nosso intelecto, que se fortalece nessa fonte de energia e de sabedoria. Com estas linhas gostaria de deixar meu preito de agradecimento pela insistência e alegria com que ele faz diária e diuturnamente, o JB News. Espero que essa sua insistência em manter viva essa edição diária, e que deve servir de exemplo para os que curtem a ‘preguiça mental’ do homem brasileiro e, em especial – infelizmente – do maçom, que insiste em se manter longe dos estudos e da pesquisa. Esta é uma pequena homenagem a esse grande maçom que é Jerônimo Borges. Élio Figueiredo 2 – Opinião – Um Homem Élio Figueiredo
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 6/34 27ª Coluna do Rito Schröder – 31 de março de 2016 O Rito Schröder, composto pelos Rituais das Lojas de Aprendiz (com a Loja de Mesa e a Loja de Funeral), Companheiro e Mestre Maçom, é um Sistema de Ensino maçônico há muito adotado por algumas das mais antigas Lojas na Alemanha. No último dia de cada mês o JB News brinda os Irmãos do Rito Schröder e seus simpatizantes, com uma coluna mensal sob a coordenação do Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 - ao Or. de Porto Alegre – RS – que trabalha no Rito Schröder desde 1958 – GLMERGS, membro do Colegiado Diretor do “Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia”, e que estará à disposição para responder aos Irmãos leitores através do e-mail: ruijung@gmail.com Nesta coluna reproduzimos, com a devida autorização do autor, Peça de Arq. do Ven. Ir. Ailton Pinto Trindade Branco, ex-V.M. da Loja Maçônica de Estudos e Pesquisas “Universum” nº 147 – GLMERGS; membro do “Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia” e da “Oficina de Restauração do R.E.A.A.”; estudioso de Maçonaria, Iniciado no Rito York (Ritual Emulação); Obreiro e ex-V.M. de Loja do R.E.A.A. Ir. Ailton Branco, grato pela autorização, por aumentar nossa compreensão e conhecimento e pelo carinho sempre demonstrado para com o Rito Schröder. Boa leitura e até a nossa 28ª Coluna em abril de 2016! O RITO DE SCHRÖDER, ENTRE A ÉTICA E A RELIGIÃO Ailton Pinto Trindade Branco* Friedrich Ludwig Schröder, quando Venerável Mestre de sua Loja-mãe “Emanuel Zur Maiemblume”, Oriente de Hamburgo, Alemanha, dedicava-se ao estudo e à pesquisa da história da Maçonaria, seus usos e costumes, liturgia e procedimentos formais, dando início ao trabalho de revisão das “novidades” acrescentadas na segunda metade do Século XVIII, no antigo ritual inglês. Entre 1790 e 1800, Schröder intensificou os estudos de depuração de cerca de trinta rituais conhecidos na época, incluindo-se alguns dos chamados “Graus superiores”. Para melhor realizar as comparações entre os diversos exemplares e selecionar a liturgia mais próxima do catecismo Simbólico “antigo”, convidou irmãos de diversas Lojas para se integrarem no projeto, dentre eles os Irmãos Herder e Goethe da Loja “Amália” de Weimar, o Irmão Wesselhöft, proprietário de uma tipografia em Rudolfstadt que publicava livros e, portanto, poderia imprimir os novos rituais pretendidos. O Rito Precursor O Rito Estrita Observância foi o mais praticado na Alemanha durante boa parte do Século XVIII e seu prestígio se apoiou na representatividade que alcançou como espelho do caráter da 3 – Coluna do Rito Schröder (27ª.) Rui Jung Neto
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 7/34 Franco-maçonaria inglesa. Gradualmente o Rito perdeu sua identidade de origem, quando passou a ser praticado com alterações que se multiplicaram por influência de valores místicos, ocultistas, filosóficos e de culturas forjadas pelos conceitos de nobreza das cortes europeias. Parcela da Maçonaria alemã, principalmente em Berlim e Hamburgo, desenvolveu um sentimento de inconformismo com aquilo que considerou uma deturpação de ideia tradicional e original da irmandade. Schröder, por outro lado, ainda como Grão-Mestre Adjunto, instituiu nas Lojas filiadas à Grande Loja de Hamburgo uma modalidade de trabalho, excedente ao das sessões tradicionais de instrução, visando o estudo histórico dos diversos rituais colecionados por ele. Todos os aspectos, sistemas, Graus e costumes da Maçonaria desde o final do Século XVII receberam a análise dos Mestres, e apenas desses, das muitas Lojas alemãs que aderiram ao movimento de reestruturação. Constituíram-se grupos de estudos que receberam a denominação de Engbunds, um de cada Loja, e todos sob a coordenação de Mutterbund, sediado em Hamburgo, vinculado à Grande Loja Provincial. Nesses fóruns todos os Graus superiores conhecidos foram reproduzidos, dissecados e interpretados, mas nenhum admitido. Na opinião de alguns historiadores maçônicos os Engbunds se transformaram em um Grau maçônico separado do simbolismo. Ludwig Schröder reconheceu que muitos Irmãos, ao mesmo tempo em que concordaram com a restauração dos tradicionais Graus Simbólicos, ficaram contrariados com a supressão dos Graus superiores. Assim, o Engbund não deixou de ser um Grau superior híbrido, porquanto não foi formalmente classificado como Grau, mas previa até mesmo um discreto ritual de admissão para todos os mestres que dele quisesse, participar. Biógrafos maçônicos entendem que o Engbund se transformou em um Grau Independente. Para Schröder, foi apenas uma espécie de academia ou ateneu de estudos maçônicos. O Novo Rito O levantamento minucioso da credibilidade do material quanto à origem, efetuado pelos Irmãos integrados no trabalho liderado por Friedrich Ludwig Schröder elegeu o “The Three Distinct Knocks” (As Três Batidas Diferentes) como o catecismo mais antigo e original adotado pelas velhas Lojas inglesas na Grã-Bretanha, foi publicado pela primeira vez em 1760 e traz uma informação importante quanto às Colunas do Primeiro e Segundo Vigilantes, que representam as colunas que sustentam o pórtico do Templo de Salomão. Ao contrário do que consta na Bíblia no Primeiro Livro dos Reis, cap. VII, a publicação diz que a coluna do Primeiro Vigilante se chama B. (Força), ao passo que a coluna do Segundo Vigilante se chama J. (Estabelecer). Schröder baseou a elaboração de um ritual único e simples para a Maçonaria alemã no texto do “Three Distinct Knocks”, com a ressalva de que adaptou termos e diálogos à Cultura e à Religião da sociedade alemã no final do Século XVIII. O termo simples é empregado como uma das prerrogativas do ritual em formação em atendimento à intenção de Schröder, Fessler, Wilhelm Meyer, Herder e outros, de suprimirem a maioria dos conceitos ou ideias de cunho ocultista, místico, esotérico, filosófico-iluminista e cavalheiresco, forte e variadamente presentes na Maçonaria europeia do período. O Painel do Rito O Painel do Rito de Schröder é representado por um Tapete estendido no piso do Templo e ostentando desenhos. Esse Tapete, que possui várias figuras referentes aos três Graus Simbólicos, é denominado “a planta do Templo do Rei Salomão”. Sua forma é a de um quadrilátero oblongo, como o Templo. Os lados representam os quatro pontos cardeais. Na orla do Tapete veem-se três Portas, simbolizando os três principais Oficiais da Loja e na face que fica para cima estão
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 8/34 representadas diversas ferramentas de pedreiro, transferidas para o trabalho maçônico especulativo com a responsabilidade de marcarem o caráter construtivo da obra pessoal. Ritual Religioso Schröder, por convicções pessoais, encarou a Maçonaria como uma atitude do espírito humano. No entanto, diante da realidade constatada no quotidiano da Ordem, sua religiosidade não estava à vontade em meio a um ocultismo dominante e eclético. Filhos do protestantismo, os Irmãos do grupo de Schröder não assimilaram o excesso de dogmas ritualísticos no culto da Maçonaria do seu tempo e a hierarquia de Graus a obedecer. A reforma empreendida por Schröder teve a participação desse sentimento religioso, que acompanhou muitos dos idealizadores da obra. Sabemos que a Maçonaria administra sacramentos quando desenvolve a liturgia das sessões de Iniciação, com a finalidade de conferir os benefícios espirituais que comportam. Tal ato determina a presença da graça divina, mediante um procedimento mágico. É o máximo que a tolerância saxônica aceita. A magia onipresente no ritual não é apanágio valorizado. O estilo preferencial do caráter germânico é o da objetividade com simplicidade. Não há dúvidas que a atitude da consciência do maçom, muitas vezes se confunde com sua experiência pessoal sobre o mistério da participação de um Ser Superior na sua vida. Cícero, em De Inventione Rhetorica II, observa muito apropriadamente: “Religio est, quae superioris cuiusdam naturae (quam divinam vocant) curam caeremoniamque affert”; (Religião é aquilo que nos incute zelo e um sentimento de reverência por uma certa natureza de ordem superior que chamamos divina). E a Maçonaria, embora não considerada uma religião, também cabe no conceito acima. A definição, mencionada sobre religião bem pode descrever uma atitude espiritual maçônica, onde se exercita, sob aspectos, a ideia mais genérica de uma essência religiosa. Não a confissão como profissão de fé, mas, a experiência do Superior diferenciado, misterioso, que age promovendo mudanças no conhecimento difuso sobre fenomenologia existencial. Esse enfoque também cultivado pela comunidade alemã, com inspiração luterana, foi invadido por valores de outros cultos, via ritual maçônico, contrariando o pensamento conceitual alemão. Schröder e colaboradores reconheceram o desconforto e providenciaram o tratamento mediante a feitura de um ritual que manifesta, por excelência, o relativismo consciente protestante. A Sutileza Esotérica Os estudiosos criadores do Rito de Schröder deram ênfase à intenção de suprimirem o que denominaram de “aditamentos inseridos no final do Século XVIII, que adulteraram os ensinamentos puros do Rito dos maçons ingleses”. Assim está reproduzido na edição moderna do Ritual seguido pela Loja Absalom zu den Drei Nesseln (Absalão das Três Urtigas) de Hamburgo, fundada em 1737, o mesmo que é adotado pelas Lojas Brasileiras. Essa preocupação deu ensejo para que descrições sobre características do Rito o rotulem como despido de conteúdo esotérico. Trata-se de uma dispensável deturpação. Os Ritos maçônicos praticados na etapa da Maçonaria considerada Especulativa possuem todos um componente esotérico. Não há como conceber uma liturgia maçônica moderna sem esoterismo, apenas como ciência como pretendeu Fessler. Numa instituição hoje apenas simbólica os mitos, as lendas e os símbolos visam atingir o interior do maçom. Uma comprovação do perfil esotérico mantido por Schröder encontra-se nas três portas desenhadas no painel do Rito, entre outros símbolos de inspiração não operária, que continuaram válidas após a reforma da Maçonaria alemã. Eles referendam a manutenção do sentimento místico, que o Tapete revela no centro do Templo de Salomão. As portas, as janelas, o
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 9/34 próprio Templo são heranças do misticismo hebraico presentes nos diversos painéis maçônicos de Ritos tradicionais. Na explicação literal esses portões estão dispostos conforme as localizações dos três principais Oficiais que dirigem uma Loja. As Portas guardam vínculos com as três principais posições do Sol – Oriente, Sul e Ocidente – durante sua trajetória física como parte da Natureza que o Templo simboliza. A analogia entre o Sol como materialização do Divino, a Natureza como Obra do Deus Criador e os Oficiais dirigentes da Loja como mensageiros iluminados do processo de transformação do profano em Iniciado, se torna verdadeira através de lendas e parábolas. As lendas e parábolas precisam do cimento formado pela racionalidade e pelo sopro da curiosidade sobre o místico, o Deus não revelado que pode vir a sê-lo e a influência capaz de exercer sobre o homem. As aberturas representadas no Tapete do Rito de Schröder admitem, portanto, interpretações de inspiração bíblica e de inspiração religiosa do Rito Solar, respeitado pelos povos e pelos sacerdotes do antigo Egito. O Rito de Schröder tem na sua liturgia predominâncias de valores religiosos cristão- racionalistas e pouca presença de conceitos e estilos ocultistas e mágicos. O Ritual exercita uma espiritualidade mais revelada, com poucos labirintos de complexidade mística. Condições que não devem ser confundidas com uma ideia ingênua de Rito despojado de esoterismo. Isto posto, o que cabe destacar é o alvo principal do grande trabalho de Friedrich Ludwig Schröder e equipe; a compilação do Ritual em referência, visando em sua pesquisa: a) - restringir a confusão gerada pelas dezenas de Ritos maçônicos que proliferaram na Alemanha no curso do Século XVIII, Ritos com pouca densidade de participação coletiva, criados para atender interesses e vaidades, às vezes de uma única pessoa. É o exemplo dado pelo teosofista sueco Swedemborg que deu origem pessoalmente, ou por intermédio de seus discípulos, a quatro Ritos particulares. As dissidências religiosas também contribuíram muito para a idealização de Ritos maçônicos variados e múltiplos; b) - sintetizar os ensinamentos maçônicos em três Graus Simbólicos e com isso limitar as alegações de ordem cultural, para a criação de infindáveis cadeias de Graus. Diante do exposto, é mister se reconhecer o Rito de Schröder como um Rito maçônico com essência religiosa definida, resgate merecido do espírito que embalou a mente e o coração de seu criador. *Ir. Ailton Pinto Trindade Branco – ex-V.M. da Loja Maçônica de Estudos e Pesquisas “Universum” nº 147 – GLMERGS. bibliografia: ABRINES, Frau e ARDERIU, Arús. Diccionario Enciclopédico de la Masoneria. Ed. Kier, 1962. CÍCERO, Marcus Tullius. De Inventione Rhetorica. 1588. DYER, Colin S. W. Symbolism In Craft Freemasons. Lewis Masonic Publisher Limited. London, 1983. GLMERGS. Rituais dos Graus Simbólicos do Rito Schröder.
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 10/34 HAUSER, Kurt Max. A Verdade Sobre o Rito de Schröder e seu Fundador. Edições Universum, nº 147. Porto Alegre, 1997. HORNE, Alex. O Templo do Rei Salomão na Tradição Maçônica. Ed. Pensamento. 1972. LEWIS, A. Perfect Cerimonies of Craft. London, 1896. MACKEY, Albert Gallatin. Enciclopedia de la Francmasonería. Ed. Gribaldo, 1993. MACNULTY, W. Kirk. Maçonaria – Mitos. Deuses. Mistérios. Fernando Chinaglia Distribuidora S.A. Rio de Janeiro, 1996. Δ Rumo ao “VII SEMINÁRIO Nacional do Rito Schröder – Ir. Kurt Max Hauser”, ao Or. de Porto Alegre, dias 11 e 12/11/2016!
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 11/34 O Ponto Dentro do Círculo https://opontodentrodocirculo.wordpress.com Seu espaço para estudos e pesquisas A Royal Society e a Grande Loja de Londres de 1717 – Parte IV Publicado em 23 de março de 2016por Luiz Marcelo Viegas O Papel de Sir Robert Moray (continuação) Quando o Primeiro Estatuto foi entregue, Moray ficou por trás, colocando em evidência o entusiasta Naval, Lord Bouncker como Primeiro Presidente, na esperança de que aSociedade agora continuaria sob a sua própria dinâmica. Talvez ele esperasse passar mais tempo trabalhando na História da Maçonaria, que ele começou a escrever e incentivar o livre intercâmbio de informações por meio de suas ‘Transactions’ propostas. Ele foi bem sucedido em estabelecer as Transações, mas sua História da Maçonaria foi perdida quando o Hanoveriano Duque de Sussex ‘reorganizou’ a biblioteca da Royal Society, no início do século XIX e a purgou de qualquer história Stuart. O primeiro sinal de que a sociedade de Moray estava se desenvolvendo em algo mais do que uma comissão maçônica especializada para apoiar o Rei, veio quando ele apresentou o Primeiro Estatuto à sua Royal Society. Os companheiros não gostaram do título, que, talvez, era muito uma 4 – A Royal Society e a Grande Loja de Londres de 1717 (do Site O Ponto Dentro do Círculo do Ir Luiz Marcelo Viegas) -
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 12/34 indicação da intenção de Moray. Eles queriam um título que os ligasse à ciência, e não apenas com a Realeza. Seus membros insistiram em um título que fizesse deles mais do que apenas uma ‘Sociedade de Apoio ao Rei’; eles se tornaram uma Sociedade para a busca do conhecimento, que era patrocinada pelo Rei. No entanto, o princípio que Moray tinha estabelecido de misturar amadores ricos para fornecer os fundos e cientistas menos ricos para fazer o trabalho de experimentação provou ser sólido pelos próximos duzentos anos. A filosofia maçônica de Moray foi herdada pela nova Sociedade e ela levou a cultivar os avanços científicos mais importantes de todos os tempos. Os problemas enfrentados pela marinha de Charles eram os problemas de compreensão do Universo. Através do desenvolvimento de técnicas para auxiliar a navegação, os fundadores da Royal Societycriaram técnicas e tecnologias que permitiram aos seus membros estudar as estrelas. A política de realizar demonstrações extravagantes para difundir as ideias da ciência às camadas mais influentes da sociedade. Ao usar o microscópio para investigar criaturas minúsculas para divertir a nobreza, a ciência da biologia foi descoberta. Finalmente, a política de publicar os resultados de estudos e experimentos aumentou a taxa de inovação. Em menos de vinte anos, o estudo das estrelas havia se mudado da tradição da astrologia para a aplicação prática das Leis de Newton para prever o retorno do cometa Halley. É um pensamento caprichoso que a primeira edição do Almanaque do Velho Moore tenha sido publicado apenas sete anos antes que o estudo dos céus de Newton transformasse a ciência da Astrologia de Francis Moore em mera superstição. A Royal Society recém-formada foi um pacote potente que levou um animado grupo de pensadores e lhes deu financiamento; incentivo e um meio de partilhar conhecimentos. Sem a mudança de atitude em relação ao estudo dos céus que a Royal Society tinha conseguido, Newton poderia nunca ter sido publicado. Menos de uma geração anteriormente, enquanto Bacon estava escrevendo sua Casa de Salomão, Galileu era perseguido pela Igreja por se atrever a sugerir que a Terra podia girar em torno do sol! Todos os maçons hoje recitam a declaração formal da heresia Galileana que faz parte das perguntas do teste do Grau de Companheiro. Talvez esse seja um memorial permanente para o trabalho do Ir∴ Sir Robert Moray em colocar em prática o seu juramento maçônico de “estudar os segredos ocultos da Natureza e da Ciência para conhecer melhor o seu Criador”. Apesar da evidência de suas ações, acho difícil acreditar que Sir Robert se propôs a criar a primeira Sociedade Científica do mundo em 28 de Novembro de 1660. Ele provavelmente só esperava que o grupo resolvesse os problemas militares que Charles não podia dar-se o luxo de resolver. No entanto, ele usou os princípios maçônicos de igualdade e o estudo da ciência para criar uma força vital enorme. Seu grupo estava livre dos grilhões do dogma religioso e tinha uma estrutura democrática única para a época. Seja por acidente ou de propósito, ele usou três das ideias mais poderosas da Maçonaria escocesa e as aplicou para o desenvolvimento da tecnologia. Estas foram as ideias que ele tirou da Maçonaria: 1. Que o estudo das obras da natureza pode levar a uma compreensão do plano subjacente de Deus, ou seja, que há uma ordem subjacente das leis da natureza que pode ser determinada pela observação e experimentação. Essa ideia levou diretamente ao trabalho de Newton. 2. Que todos os homens são iguais. Se eles se reúnem para discutir a aprendizagem, e proíbem a discussão de religião e política, eles serão capazes de cooperar. Essa concentração em ciência experimental com a exclusão de todas as distrações ajudou aRoyal Society a se tornar uma grande força na criação de nossa era científica moderna. 3. Que para Diretores e Presidentes terem verdadeiro poder, eles devem ser eleitos por seus pares, e contar com o apoio dos membros que governam. William Schaw, o Primeiro Grande Vigilante da Maçonaria tinha decretado isso 60 anos antes, e Moray inseriu a ideia nos Estatutos da Sociedade, assegurando que os Fellows elegeriam seus próprios líderes para que pudessem ser leais a eles.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 13/34 Esses princípios provaram ser uma base sólida para a construção de uma instituição científica. O quarto princípio de Moray, de que amadores ricos podiam ser levados para aSociedade para financiar cientistas menos ricos, incentivou os cientistas, que tinham sido fortes defensores do Parlamento, a se sentar e se reunir com monarquistas ricos, que por sua vez, ajudaram a financiar o trabalho deles e ajudá-los em sua reabilitação na sociedade da Restauração. Mas essa ideia só durou até a presidência do Duque de Sussex. Agora, aRoyal Society limita seus membros a cientistas de renome mundial, sem quaisquer amadores ricos. Esta, então, é a minha explicação do sucesso improvável da Royal Society. Foi fundada por um maçom astuto, motivado politicamente. Seu objetivo era resolver uma crise de curto prazo na tecnologia militar para uma Marinha em ruínas. Sir Robert Moray tomou a estrutura e filosofia da Maçonaria escocesa e as usou para construir um tipo totalmente novo de organização. Logo ela ultrapassou os objetivos limitados de Moray e elaborou para si uma agenda muito mais ampla, tomando o melhor das ideias de Moray e aplicando-as à sua própria escolha de problemas. Suas novas atitudes em relação ao conhecimento e ao estudo dos mistérios ocultos da natureza e da ciência levaram ao estudo da física de sucesso e às teorias de Newton. A Filosofia Natural tornou-se uma ciência preditiva e a tecnologia floresceu da superstição. Devemos a nossa sociedade moderna, e seus muitos aparelhos científicos maravilhosos ao sucesso acidental do irmão Sir Robert Moray. Ele viu a sabedoria dos ensinamentos maçônicos, que o havia inspirado; ele usou o sistema escocês Schaw de Lojas e seus métodos de promoção da harmonia Maçônica para reunir os lados opostos após a grande guerra civil; e ele forneceu uma estrutura que permitiu à ciência libertar-se da gaiola supersticiosa da religião. Não importa quão cuidadosamente você analise uma situação complexa; você não será capaz de prever todos os possíveis resultados de suas ações. Isto é certamente verdadeiro sobre os fundadores da Royal Society. Esse pequeno grupo de maçons provavelmente só esperava resolver alguns dos problemas de tecnologia naval e então recuperar um pouco de sua posição perdida na sociedade. O que eles fizeram foi muito maior. Eles criaram um sistema que trouxe um grande aumento no bem-estar humano, mais do que qualquer outro na história. O método científico começou com o trabalho da Royal Society que, por sua vez, foi inspirado pelos ensinamentos da Maçonaria escocesa. Acontecimentos políticos posteriores podem muito bem ter tornado conveniente para a Monarquia Hanoveriana esquecer a dívida que nossa sociedade tem com a Maçonaria escocesa jacobita, e a Grande Loja Unida da Inglaterra pode preferir ser tímida sobre suas raízes escocesas, mas tempo suficiente já não decorreu agora para que a ameaça de um renascimento jacobita que inspirou esta atitude seja esquecido? Certamente agora podemos celebrar livremente a história do nascimento maçônico da ciência moderna e honrar a memória do irmão Sir Robert Moray, o maçom que concebeu aRoyal Society, alimentada por nove meses de presidências iniciais e, finalmente, deu origem a ela através de seus Estatutos fundadores. FINIS Autor: Dr. Robert Lomas Tradução: José Filardo
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 14/34 (Ricardo Teixeira) Fernando Pessoa, MM da Loja Dom Pedro de Alcântara, Grande Oriente Lusitano Lisboa Carta ao meu irmão Maçom, Meu querido irmão, As viagens que fazemos inspiram-nos a escrever cartas aos nossos entes queridos. Essa é a razão mais que especial para te escrever esta carta, meu irmão maçom, porque fiz uma viagem e quero partilhar contigo os melhores momentos desta maravilhosa viagem sobre a minha mente. Esta pode ser uma carta longa, talvez a maior que te escrevi, mas creio que será um ponto forte da nossa relação, ambos sabermos que partilhamos este momento único, neste meio de relação que é a escrita e a leitura, a nobreza da criação com a sabedoria da aceitação. Estaremos a trocar amor, ao partilharmos este momento. Convido-te então a ler esta carta e a partilhar comigo esta viagem, que no final poderás colocar em causa, ou melhor, que no final deverás colocar em causa, para que encontres o teu próprio entendimento sobre as causas e os efeitos da existência, na liberdade de seres por meio das tuas próprias escolhas e não pelas minhas, ainda que no final possamos concordar um com o outro. Começo por contar-te que a minha quaresma foi complexa. Eis que essa minha quaresma coincidiu exatamente com a quaresma do calendário ocidental cristão que todos conhecemos. Durante a minha quaresma involuntária, talvez pela força do espírito ou pela vontade conspirativa do universo, passei por diversas fases que pude comparar ao que conhecemos dentro dos nossos templos maçónicos através das palavras, rituais, sinais, instrumentos e toques. Em cada sinal que me chegava neste momento de clarividência - ou como diz um irmão nosso, neste momento de colocar a claro a evidência -, eu podia sentir a maravilhosa sensação de estar ligado ao Todo, por meio do amor universal, numa relação estreita entre mim e o principio criativo do universo. A cada luz que recebia, conseguia vislumbrar todas as coisas que aprendi dentro do nosso templo, nas nossas sessões e fora delas, quando ainda fisicamente fora do templo, lá continuo a trabalhar sobre todos os ensinamentos que aqueles ritos, sinais, símbolos, palavras, instrumentos e toques me passam, sendo que esses são focos de memória do conhecimento envolvido em todos os conceitos. São como pendrives informáticas onde guardamos a informação vinda dos derivados conceitos que vamos absorvendo, e no final todo aquele símbolo representa um conceito inteiro, o sinal resume a um único gesto todo um processo, aquela palavra sintetiza todo um texto, determinado instrumento representa todo o trabalho tido até então, e cada ritual faz recriar uma maneira de chegar a um determinado lugar, por meio de todas as metáforas contidas ali, assim como cada toque representa toda a consciência de fraternidade entre dois seres diferentes que fazem parte de uma consciência universal comum. No final de tudo, eles não servem para nada, ou seja, apenas são sagrados porque a nossa consciência assim os trata, pois são meios de se ativar enquanto consciente, sendo que a tomada de consciência é tudo o que precisamos de fazer para nos cumprirmos. No dia que não forem mais precisos os símbolos, sinais, palavras, rituais e instrumentos, - porque a consciência total, o nirvana do conhecimento foi adquirido - então eles não serão mais sagrados. 5 – Carta ao meu Irmão Maçom – Fernando Pessoa Pedro Juk
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 15/34 Meu irmão, apesar de não te poder garanti-lo, penso ter chegado à verdade da maçonaria. À minha verdade e não à tua. No entanto não podia deixar de partilhar contigo esta minha viagem, ainda que eu mesmo, amanhã venha a colocar em causa tudo o que te direi aqui. Colocar a minha fé em causa é algo que faço permanentemente, pois isso me mantém livre, me mantém impermanente na minha capacidade de evoluir, animando-me na verdadeira acepção da palavra, colocando-me em estado de ânimo, que é o estado necessário à criação da minha própria evolução. Sinceramente, penso que esta foi a visão que faltou às religiões, na sua maioria, pois rejeitam colocar a sua própria fé em causa, não compreendendo que é ao fazê-lo que podem evoluir para chegar a uma verdade maior, a uma fé mais bela, ao ponto da tomada de consciência universal. Posso dizer-te meu irmão, que na maçonaria, tenho a percepção de sermos diferentes e notáveis no modo como conduzimos a tomada da consciência. Começa logo no ponto que a Maçonaria nunca me ensinou nada. Tudo o que aprendi na maçonaria, não foi a maçonaria que me ensinou, ela somente me deu os sinais, as palavras, os rituais e os instrumentos e eu próprio tomei consciência através delas, e pela relação com os meus irmãos, da minha própria verdade, e não de alguma verdade que a maçonaria me tentou ensinar. No início era-me difícil compreender qual o sentido de tudo aquilo, sem existir alguém acima de nós a passar-nos ensinamentos sobre as coisas que devemos aprender, mas agora compreendi que é perfeito, ninguém assume uma posição de professor, nem há alunos, há tão só aprendizes que primeiro aprendem pelo silêncio, depois aprendem pela experiência e no final aprendem pela mestria da tomada de consciência. Não existe da parte da maçonaria, a imposição de um sistema de instrutor e instruído, mas antes um sistema de partilha entre as partes em que cada uma contribui para a evolução do próximo através da partilha das suas próprias experiências de tomada de consciência sobre aqueles símbolos, sinais, rituais, palavras, instrumentos e toques. Seria bom sinal dizer-te que esta é a visão que tenho de uma sociedade altamente evoluída, em que a liberdade de cada um descobrir-se a si mesmo, vale mais que qualquer dogma ou preconceito comum. A par da igualdade e da fraternidade, a liberdade é um pilar fundamental de uma sociedade evoluída. Liberdade, Igualdade e Fraternidade da qual toma consciência o indivíduo, e como consequência a sociedade, o todo, o universo. Liberdade é sabedoria, sendo que toda a sabedoria é livre, pelo que se toma consciência dela no silêncio, do qual o aprendiz que se inicia tem o total controlo, sabendo que a sabedoria não se aprende, tão só se pode tomar consciência dela através dos sinais, os símbolos, as palavras, os rituais, os instrumentos e os toques da vida, que são como meios que nos orientam para o passo da tomada de consciência, e ao qual podemos chamar de EXPERIÊNCIA, o dom do companheiro, que se expressa pela vivência dos polos opostos, na sua visão inigualável da Igualdade, que o faz experimentar pelo seu livre arbítrio, as trevas que o trará à luz, a dor que o trará ao prazer, a ignorância que o trará ao conhecimento, a doença que o trará à saúde, quando ao quinto passo, souber controlar as frequências em que quer viver, amando seus defeitos tanto quanto ama suas virtudes, pois sabe que ambos são uma e a mesma coisa, apenas em frequências diferentes, e somente amando essa mesma coisa, poderá escolher por seu livre arbítrio a frequência mais alta dessa criação. Temos então que Igualdade é Força, é o que compõe e sustenta por inteiro, na dualidade dos opostos, na experiência, na luz que cai nas trevas para se experimentar, o anjo caído, o ponto de luz, o sol que precisa da escuridão para ser notado, tão bem representado no nosso templo pelo Sol e a Lua e pelo mosaico preto e branco, representando o pacto perfeito entre Luz e Trevas, entre o Absoluto e o ponto em que o absoluto se manifesta. É entre o quarto e o quinto passo, que pelo livre arbítrio, ocorre a experiência, a nossa supra consciência a manifestar-se, a existir na 4ª dimensão antes de atingir a 5ª, a obter experiências, com a única finalidade de se conhecer, de tomar consciência, que é o propósito final da viagem do maçom. Na verdade é o propósito final da viagem de todo o Homem, da Humanidade inteira como um só, do Universo. Porque o que está
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 16/34 em cima é como o que está em baixo. Do caos renasce a ordem, o quarto passo representado pelo caos e o quinto passo representado pela ordem, quando se apercebe ainda da Igualdade entre todos os seres à sua volta, tomando consciência que todos buscam o mesmo fim de tomar consciência, depois de terem viajado ao fundo de si mesmos pelo ato do autoconhecimento interior, tomando consciência do fundo do poço como um meio de tomar consciência do seu oposto enquanto ser divino. Eis então que se obtém a mestria, quando dominamos a frequência dos nossos opostos, e conseguimos atingir o patamar máximo da nossa experiência, vivendo cada um como um todo, tendo total consciência que todos somos um, que não existe mais o caos de estarmos separados, que todos representamos a experiência máxima do universo na terra, e que todos devemos então contribuir sempre que pudermos para a experiência do nosso próximo, do todo, pois sabemos que nós próprios e o todo somos um só. Esta é a mais sublime relação humana, e a qual chamamos de Fraternidade, que manifesta a Beleza criada na partilha, por meio das diversas formas de relacionamento, das quais eu destacaria toda a Arte, que fecunda a sociedade com sabedoria sem lhe impor nada, pois toda a arte é livre, sendo que essa fraternidade é o terceiro pilar da trindade Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que por sua vez, representam os pilares de uma sociedade perfeita. Não colocarei sobre a maçonaria um peso de arrogância, se eu disser que a maçonaria anima-se para existir enquanto sociedade perfeita, representando uma sociedade em que a Liberdade, Igualdade e Fraternidade se cumprem, a Sabedoria, a Força e a Beleza se manifestam, onde a Harmonia, a Melodia e o Ritmo criam a sinfonia da vida. Poderíamos usar muitas outras trindades de outras fontes de auto-conhecimento, que seriam todas uma e a mesma coisa, cada uma um caminho para chegar à verdade através de diferentes metodologias, mitos, ritos, histórias, fórmulas e o que quer que seja. Pensemos em algumas das trindades divinas que conhecemos. Sabedoria, Força e Beleza. Espírito, Mente e Corpo. Saúde, Força e União. Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Omnipotência, Omnisciência e Omnipresença. Existência, Consciência e Experiência. Harmonia, Melodia e Ritmo. Amor, Inteligência e Vontade. Brahma, Vishnu e Shiva. Dharmakaya, Sambhogakaya e Nirmanakaya. Universo, Luz e Matéria. Pai, Filho e Espírito Santo. Todas tendem a representar uma e a mesma coisa, e toda a religião tinha o dever universal de se tornar em uma forma de arte livre e adogmática que transmite essa sabedoria, a fim de se atingir o pleno de uma sociedade evoluída constituída por indivíduos evoluídos, que sabem que são um só, que são a fonte divina a experimentar-se, que eles mesmos são o Deus que adoram, se ouvindo, se experimentando, se manifestando e tomando consciência de si mesmo. Adorar a Deus, é na verdade, adorar-se a si mesmo como indivíduo e como um todo, tomando consciência. Na Maçonaria, chamamos-lhe Grande Arquiteto do Universo, que na verdade somos nós mesmos, arquitetando nosso Universo até tomarmos total consciência Dele, representado pelo Templo, do qual tomamos Consciência. Nós somos o Arquiteto do nosso próprio templo, que ao longo dos 33 graus vamos construindo, dando corpo a uma personagem maçónica, na qual depositamos nossa supra-consciência e que vai percorrendo os 33 anos de idade a fim de ir tomando consciência da sua própria existência, começando do mesmo lugar em que acaba, como na história do Alquimista, que sai de sua casa até ao Egipto à procura do tesouro, para no final da viagem tomar consciência do tesouro que estava debaixo da sua própria cama. Do mesmo jeito, julgo que o iniciado já tem tudo o que precisa para ser um maçom, para ser um ser evoluído, mas precisa contudo de passar pelos 33 graus para tomar consciência disso, sendo que quando se torna mestre recebe uma premonição do seu final que o estimula para, a cada passo da sua caminhada, tomar consciência real através dos graus que se seguem. Não conheço o ritual do 33º grau, nem tão pouco pesquisei ou pesquisarei sobre isso, mas arriscaria afirmar, mesmo que do fruto da minha imaginação, que terá algo a haver com a crucificação de Horus, também replicada pela igreja enquanto a personagem de Jesus Cristo, enquanto forma de passar o ensinamento ao
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 17/34 iniciado. Infelizmente, as religiões não se permitiram continuar livres, e acabaram por fugir ao seu principal fim, que é o de provocar o estado de ânimo que leva à evolução do indivíduo enquanto forma de tomada de consciência sobre si mesmo e sobre o todo, voltando ao divino, de onde saiu enquanto anjo caído, enquanto ponto de luz que se experimenta nas trevas a fim de regressar à luz absoluta pelo pacto feito. Acho que o mesmo destino nos é prometido enquanto maçons, quando durante o processo dos 33 graus vamos tomando consciência de nós mesmos, pelo autoconhecimento, para no fim sermos crucificados ao lado dos nossos defeitos, para renascermos apenas luz, em total consciência, pois só a luz da consciência que regressa ao estado da consciência universal pode ressurgir nesse estado de clarividência, de Nirvana, de Êxtase, deixando para trás todas as baixas frequências, deixando para trás tudo o que é mortal. Em todo o processo maçónico, a caminhada se faz caminhando, ou seja a evolução da consciência advém da própria tomada parcelada de consciência, ao longo dos 33 graus, e todo o ritual, sinal, palavra, sinal, símbolo, instrumento ou toque tem o seu significado na parte da consciência que leva ao todo, à consciência absoluta, em que o todo é maior que a soma das partes, pois é “todas essas partes”. O trabalhos começam ao meio dia. É a esta hora simbólica que podemos absorver conhecimento, tomar consciência, pela luz que atinge a todos os irmãos por igual, sem causar sombras sobre qualquer um. Os trabalhos terminam à meia noite e é a esta hora simbólica que começa a experiência, o ponto de luz que somos nós a experimentar-nos para o fim da nossa evolução, aprendendo sobre o controlo de nossas frequências, caindo enquanto seres celestiais numa realidade física num templo próprio que nos ajuda a tomar consciência do templo universal. A Luz não poderia tomar consciência de si mesmo sem as experiências de auto-conhecimento que a ajudassem a elevar-se até se conhecer a si mesmo na mais alta frequência vibracional, no seu estado de Nirvana, de Absoluto, do seu regresso enquanto Arquiteto do Universo. Da mesma maneira, não há saúde sem doença, sendo que a saúde absoluta é a tomada de consciência absoluta da mais alta frequência de nós mesmos. Assim como não há Prazer sem Dor, sendo que o prazer é a mais alta frequência de dor, que são uma e a mesma coisa em frequências diferentes. Isto será o mesmo que dizer que não há virtudes sem defeitos, o que nos leva de novo ao ponto de que é necessário amar os nossos defeitos, pois eles são também as nossas virtudes, mas em uma frequência menor, da mesma maneira que não escolhemos amar um filho quando ele se porta bem e de deixar de amar quando ele se porta mal. Amando-os, podemos tomar consciência deles e elevá-los aos estado de virtudes. Amar é tomar consciência. Viver em amor universal é viver na mais alta frequência de tudo o que é. Amor Universal é o meio e o fim, é o próprio caminho e acontece pela tomada de consciência dos opostos - princípio da polaridade -, pela tomada de consciência do masculino e do feminino - tudo é género -, pela tomada de consciência que tudo vibra, na já provada teoria das cordas de Einstein - princípio vibracional -, que leva ao princípio da causa e efeito, em que tomamos consciência de que toda a causa tem o seu efeito e todo o efeito tem a sua causa, pela tomada de consciência do ritmo, tomando conhecimento que tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, tudo se manifesta por oscilações compensadas, descobrindo que o ritmo é a compensação da vida, tomando ainda consciência que o que está em cima é como o que está em baixo - principio da correspondência -, pois todo o universo é mental - princípio do Mentalismo. Vamos tomando consciência de tudo isto ao longo da nossa jornada maçónica, e mesmo que eu ainda vá muito no início dessa caminhada, descobrir que esse é o propósito desta caminhada, deixa-me completamente extasiado, ainda mais animado para cumprir a caminhada da evolução, aumentando a frequência em que vibram os meus medos, culpas e sentido de competição para passarem a vibrar no sentido mais elevado de si mesmos, em liberdade, igualdade e fraternidade, a fim de me tornar consciente de mim mesmo enquanto divindade, meu único propósito enquanto
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 18/34 ser animado, saído do absoluto com o fim de me experimentar e tomar consciência de mim mesmo para regressar ao absoluto novamente, numa infinita caminhada de queda e ascensão, de me iniciar numa nova caminhada a caminho da luz sempre que quiser lembrar-me de como é, sabendo que eu e o todo somos um só e que toda a experiência alheia é também então a minha própria experiência. Na maçonaria, essa mudança de frequência é representada pelos sinais, que nos primeiros três graus, por exemplo, representam o controlo sobre o chakras da garganta, que no sinal de aprendiz conduz o maçom a silenciar na sua mente, todos os dogmas, preconceitos e outro tipo de induções contrárias à sua liberdade de tomar consciência; o controlo sobre o chakra do coração, que no sinal de companheiro conduz o maçom a controlar as suas paixões, responsáveis pelas oscilações de frequência, e das quais o companheiro toma controlo ao quinto passo; e o controlo sobre o chakra base ou da raiz, que faz a ligação entre o corpo físico e a terra, e que no sinal de mestre conduz o maçom a controlar esse limiar entre a experiência e a tomada de consciência, encontrando o equilíbrio que a frequência animada deste chakra permite. Na realidade, foi o que aconteceu com Hiram, que enquanto estudioso maçom, era também ele o arquiteto do seu próprio templo, evoluindo até ao 33º grau, onde sua garganta foi cortada, seu coração arrancado fora e seu corpo separado pelo chakra base, a fim de que pela sua ressurreição ressurgisse enquanto luz plena, usando os companheiros enquanto meio para lá chegar, pois só se pode chegar à tomada de consciência por meio da experiência. Um maçom quando cumprido, quando no seu estado puro, quando toma consciência, é alguém que tem esta consciência, e que por isso mesmo goza da sua plena liberdade, sabendo que a liberdade do seu próximo também é a sua própria liberdade, o que ativa nele o sentido de igualdade e por conseguinte de fraternidade, adquirindo assim algo a que talvez chamemos de dignidade, que é a consciência total de que todos somos dignos, pois todos somos UM. Ele torna-se o próprio Horus, o olho que tudo vê, o Jesus Cristo ressuscitado, o Hiran que ressurge na essência de uma folha de acácia, pois a essência da folha de acácia é a sua própria essência. Esta tomada de consciência é o seu único fim, e o motivo pelo qual trabalha no templo maçónico, entre o meio dia e a meia noite, para depois poder fecundar na humanidade pela experiência, o cruzamento perfeito entre o masculino e o feminino, aquele que fecunda e aquele que é fecundado, o criador e onde se gera a coisa criada, motivo pelo qual, alguns ensinamentos nos levam a querer que o homem - elemento masculino - trabalha e a mulher - elemento feminino - cuida. Na verdade o elemento masculino cria pela tomada de consciência e o elemento feminino gera a criação, assim como na lei da vida que todos conhecemos. Em uma estratégia de controlo da fé - incapacidade de colocar a fé em causa - dos seus fieis, certamente por razões mais políticas que espirituais, as religiões teimaram em ensinar isto como um conceito em que o homem trabalha e a mulher cuida do lar, levando-o ao pé da letra a fim de criar um domínio masculino sobre o elemento feminino, por fim a satisfazer as suas necessidades com base em poder, alimento do ego, uma baixa frequência da satisfação. Na verdade, o que a meu ver, será a interpretação mais próxima da verdade, é a de que o homem enquanto ser masculino tem o dever universal de tomar consciência e de fecundar esse conhecimento no elemento feminino, no ambiente do seu lar, para que nesse mesmo ambiente mais descontraído, o elemento feminino o ajude a ornamentar o que na tensão da tomada de consciência não foi possível ornamentar, mais tarde complementado pela beleza trazida pelo toque feminino. Desta união entre o trabalho e o lazer, o masculino e o feminino, o que fecunda e o que é fecundado, nasce então uma criação justa e perfeita, estruturada na sabedoria, que é livre do masculino e do feminino, dos opostos, pois é absoluta e a qual não se pode criar ou perder, tão somente se pode transformar por meio da experiência durante a tomada de consciência, representada pela força do elemento masculino, que sustentou através da experiência aquela tomada de consciência da unidade e por conseguinte da igualdade, que culmina na beleza do elemento feminino, por meio da fraternidade,
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 19/34 que ornamentou aquela tomada de consciência total. Não devo errar muito ao pensar que esta é a principal razão pela qual a maçonaria é por tradição masculina, enquanto oficina de trabalho, ainda que se discuta a verdadeira essência de liberdade, igualdade e fraternidade quando este é o assunto, levando-nos a colocar em causa toda a nossa fé em tamanha ambiguidade, o que na verdade é justo e perfeito, pois somente o que se coloca em causa pode de facto evoluir, que mais não é que o sentido que se escolhe no sentido da tomada de consciência. Sinto que entre muitos cegos, nós, em maçonaria, temos a oportunidade única de nos tornarmos visionários, e sobretudo, contribuintes de uma sociedade em que todo o homem tem o direito de aprender que o seu maior propósito de existência é realizar-se enquanto ele mesmo, tomar consciência do absoluto que ele é. Então vamos, pelo amor universal que nos une, à glória do Grande Arquiteto do Universo, ou seja, à nossa própria glória, aplicar este conhecimento nos lugares onde vivemos, começando desde já a agir em conformidade com o facto de sermos maçons, oferecendo aos outros a nossa clarividência, partilhando com a nossa tribo sobre a nossa tomada de consciência, fecundando a sociedade com a ideia de que estamos aqui para nos cumprirmos enquanto seres que se criam em pilares de igualdade, liberdade e fraternidade, a fim de atingir o mais alto patamar da supra-consciência universal por meio de colunas de sabedoria, força e beleza, as primeiras palavras e os primeiros símbolos que nos foram apresentadas no dia da nossa iniciação, quase como camuflados, durante o ritual e nas palavras aclamadas após o sinal, tal como na história do Alquimista que percorre todo o Egipto a fim de encontrar o tesouro que estava mesmo debaixo da sua cama, e do qual só precisava de tomar consciência durante a sua viagem. Assim está o Maçom, que inicia a sua viagem pela evolução, exatamente no ponto onde está o seu maior tesouro, mas do qual ainda não tomou consciência. Podes até perguntar-te porque partilhei tudo isto contigo nesta carta que te escrevo, se até ouso colocar em causa tudo o que escrevi aqui, e responder-te-ei que senti que a viagem por esta quaresma - meu processo de encontro comigo mesmo -, foi tão maravilhosa e magnificente, que partilhá-la é a forma de amor de mais alta frequência que posso manifestar neste momento, enquanto ser físico em evolução. No final, o objetivo único desta carta será a de que eu e tu coloquemos em causa toda a informação nela contida, a fim de continuarmos a evoluir. Como é óbvio, pelo teor dos assuntos aqui tratados, reconheço que conheces a Acácia, sendo que o reconhecimento é tudo o que precisamos para vivermos uns com os outros, uns pelos outros, e uns em todos, como um TODO. Boa viagem, meu irmão. Um triplice abraço fraterno, deste teu irmão, (Ricardo Teixeira) Fernando Pessoa, M.’.M.’. da A’R’L’ Dom Pedro de Alcântara, G.’.O.’.L
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 20/34 IRMÃO OU AMIGO ( A visão de um M∴M∴ e eterno Aprendiz ) IrValter Cardoso Júnior – MM da Loja Delta do Norte nº 3273 – Oriente de Florianópolis – GOB/SC Recentemente tive o prazer de ler sobre a vida do grande Benjamin Franklin, que viveu entre os anos de 1706 á 1790, um dos fundadores dos Estados Unidos da América e, que como Diplomata marcou sua participação e viabilidade da Independência Americana, deixando sua assinatura em documentos primordiais como fez ser: “O Tratado de Paris”, “O Tratado de Aliança com a França”, “A Constituição” e a “Declaração da Independência”. Aos vinte e quatro anos Benjamim Franklin publicou seu primeiro artigo sobre a nossa Arte Real (1730) e em 1731 com outros IIr∴ Maçons, juntaram seus recursos financeiros e iniciaram a primeira biblioteca pública da Filadélfia. Quando exerceu o cargo de Embaixador na França, Benjamim Franklin foi Grão Mestre da Loja “Les Neuf Soeurs” com sede em Paris e, sem dúvida alguma é um Ir∴ que muito orgulho e ensinamento nos deixou e, que podemos dizer que é um daqueles que deixou bem cedo, que a Maçonaria entrasse dentro de si. Ao fazer esta leitura sobre a vida deste grande personagem mundial, encontrei dois fragmentos de sua autoria que me trouxeram motivos para reflexão, o primeiro foi: “Achar que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de uma explosão numa tipografia”, o segundo foi quando ele afirmou que: “Um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo sempre será um irmão”. 6 – Irmão ou Amigo Valter Cardoso Júnior
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 21/34 Foi exatamente este segundo fragmento que me fez refletir e escrever sobre este tema “Amigo ou Irmão”, dentro de minha visão como maçom. A frase a seguir não é minha, todavia já ouvi várias vezes através de pessoas diferentes que ao tentarem conceituar o que seja um amigo, dizem: “Amigos complementam a nossa vida, são os irmãos que nós podemos escolher para nos acompanhar nos bons e maus momentos de nossas vidas. Eles estão sempre ao nosso lado, nos apoiando em todos os momentos” Na Revista Super Interessante edição de número 288 de fevereiro de 2011, dois jornalistas Camilla Costa e Bruno Garattoni, escreveram uma reportagem sobre “AMIGOS”, onde dois momentos me chamaram a atenção, o primeiro deles quando afirmam: Pura, sincera, desinteressada. A amizade humana não nasceu assim. Mas um improviso do cérebro mudou tudo: criou um novo tipo de relação, que revolucionou a convivência entre as pessoas - e fez a humanidade ser o que é hoje. Tudo começou por puro interesse. Quando os primeiros macacos se tornaram amigos, fizeram isso por motivos bem objetivos - ajudar uns aos outros em lutas contra rivais, no caso dos machos, e cuidar melhor dos filhotes, no caso das fêmeas. A amizade não passava de uma troca de favores. Agora pense nos dias de hoje: com você e os seus amigos, não é assim. Você tem amigos simplesmente porque gosta de estar na companhia deles, certo? Errado. Você continua fazendo amizades por puro interesse – no caso, alimentar o seu cérebro com uma substância chamada “ocitocina”. Interessei-me e, resolvi buscar mais informações sobre o hormônio “Ocitocina” quando descobri que a sua função é exatamente estreitar o vínculo afetivo entre mãe e filho, fazendo também com que o útero se contraia no final da gravidez, para que o bebê venha ao mundo. Interessante ainda é que este hormônio é também conhecido como hormônio do amor, pois se encontra inteiramente ligada a chamada sensação de prazer, do bem estar físico, de segurança e de fidelidade entre os casais. Este hormônio no sexo masculino, deixa-nos menos agressivos e nos faz ter comportamentos mais adequados dentro das sociedades em que vivemos, tornando-nos mais generosos. Outro aspecto trazido pelos autores da reportagem e, que servirá de base para nossa conclusão, é de que nosso cérebro comporta no máximo 150 amigos e que estes são divididos em grupos, assim formados:  5 amigos, seriam os chamados amigos íntimos, com quem você mais fala e, que também para o Grande pensador Aristóteles cinco seria o número máximo de “amigos verdadeiros”;  15 amigos seriam pessoas bastante importantes para nós, e se alguma delas morresse amanhã, ficaríamos muito tristes. Neste grupo estariam inclusos amigos do trabalho, ou amigos dos amigos.  50 amigos seriam denominados como um número típico, um número de amizades mantidas pela maioria de nós e também considerado o tamanho médio dos agrupamentos humanos primitivos ( como bando de caças por exemplo).
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 22/34  Enfim 150 amigos seria o limite máximo que o cérebro consegue administrar ao mesmo tempo. São as pessoas cujos nomes, rostos e características nós conseguimos memorizar e acionar caso seja necessário. Nesta pequena viagem que fiz ao ler a reportagem daquela revista, é que acabei considerando como boa base para entendimento de que “Amigo” é exatamente o nome que nós damos a todo aquele individuo que mantém conosco um relacionamento de afeto, consideração e respeito mútuo. Todavia, “Amigo Verdadeiro” , diferentemente do simples amigo, é aquele que efetivamente coloca o outro em primeiro plano e, é honesto, leal em todas as suas ações, tendo o comprometimento como o real e significado desta amizade, este amigo verdadeiro, é aquele que tem a capacidade de acrescentar ao outro um bom nível de lealdade, atenção, carinho, afeto e muito amor, que são os fundamentos que tornam estes amigos confidentes e cúmplices em suas ações. Esta amizade verdadeira é aquela em que cada indivíduo de forma automática não titubeia em ajudar o outro e se mantém sempre disponível de peito aberto sem pedir nada em troca, ele simplesmente é amigo e pensa rapidamente no bem estar do outro. Não podemos nunca esquecer que assim como nosso amigo verdadeiro é o outro, para esse outro também somos o outro, uma visão bastante filosófica mais muito verdadeira, pois este tipo de amizade não possui barreiras, gera por si só as chamadas qualidades especiais de justiça e perfeição. A responsabilidade de Mestres e futuros Padrinhos será sempre muito grande, ao assumir o nome de um neófito para fazer parte de nossa família maçônica, pois não é simplesmente qualquer amigo, precisamos verificar exatamente se este é um “Amigo Verdadeiro” que nos parece a principio contemplar os predicados que tanto precisamos. Necessário estarmos sempre de olho, não na quantidade simplesmente, mais sobre tudo na qualidade destes que como padrinhos iremos convidar. A base de sustentação, da continuidade de nossa Arte Real, dependerá sempre de novos IIr∴ que venham somar no desenvolvimento e aplicação de nossos princípios primordiais da Liberdade com Igualdade e com fraternidade. Bom sempre lembrar que o Padrinho será sempre o responsável por seu afilhado, todavia nunca se esquecendo da responsabilidade dos sindicantes que podem abrir os olhos dos padrinhos em determinados momentos dos preenchimentos dos pré-requisitos que fazem parte da Sindicância. Muitos autores dizem ainda que o Padrinho deva continuar sua responsabilidade indefinidamente, mesmo que seu pupilo ascenda os autos graus maçônicos, pois todos nós seremos sempre eternos aprendizes. Assim, desejo colocar uma idéia que evidentemente é minha e que não representa a idéia maçônica ou de algum autor, de que a ponte entre um “verdadeiro amigo” convidado a fazer parte de nossas fileiras preenche inegavelmente com méritos o direito futuro de ser chamado de “Irmão”. Precisamos lembrar sempre do fragmento deixado pela Loja Obreiros de Irajá, em seu site ( www.obreirosdeiraja.com.br//irmão), que quando é oferecida a luz ao novo membro
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 23/34 da família de uma Loja Maçônica ou seja um Ir∴Aprendiz, ele passa a ter o direito de saber que: “O maior cargo em maçonaria é o de Irmão.” A partir daquele momento todos os que a ele se referem o tratam como Irmão. (...) O jovem e o velho, o sábio e o ignorante, o nobre e o plebeu, porque vê irmãos em todos os homens. (...) Esse é um sentimento de irmandade, é muitas vezes, mais forte que entre irmãos de sangue. Assim, volto a lembrar o fragmento deixado por nosso grande Ir∴ Benjamim Franklin de que “Um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo sempre será um irmão”, para colocar que, se um “amigo verdadeiro”, possui sentimentos de tolerância, respeito e amor fraternal, fatalmente estaremos encontrando neste amigo uma sintonia energética primordial para tornar-se mais um de nossos irmãos Maçons. Permito-me afirmar que nele encontraremos os requisitos garantidores da liberdade de consciência e a de expor nossos pensamentos, respeitando a moral e as leis de nossa Pátria, permitindo que a Virtude e a Sabedoria alcancem um dos grandes ideais maçônicos que é o da busca da paz universal pela confraternização dos povos e, assim este termo “Amigo Verdadeiro” pode sim ajustar-se positivamente com o termo “Irmão”. Nosso Ir∴ Valdemar Sansão em seu artigo “A origem da palavra Irmão” nos deixou dito que: Esse tratamento existe em todas as sociedades iniciáticas e nas confrarias, em que o seu significado é a condição adquirida com a participação de um mesmo ideal baseado na amizade. É o tratamento que se davam entre si os maçons operativos. Já nosso Ir∴ Sérgio Quirino Guimarães em seu texto “Amigo ou Irmão” deixou registrado que: “ (...) um Irmão não nasce na Iniciação, a iniciação é um processo individual e pessoal, o candidato é o único protagonista, todos nós somos apenas “figurantes”deste movimento interno. Com o tempo ele há de compreender que um Amigo o trouxe para a Loja e ele também há de reconhecê-lo e a todos os demais como Irmãos, Um posicionamento mal colocado em nosso meio é dizermos que nem sempre nossos melhores amigos devam ser nossos irmãos”. O Ir∴ Quirino coloca ainda: Só se ele não quiser, pois se o profano realmente é seu melhor amigo, você deseja o melhor para ele, então com certeza deseja que ele se torne um Homem Livre e de Bons Costumes. Se ele conquistou o direito de frequentar sua casa ele pode participar dos nossos trabalhos. E continua nosso Ir∴ Quirino dizendo que: “(...) devemos celebrar em nossas Oficinas a dulcificante ternura da amizade, e não é por ser simplesmente um sentimento, é um DEVER e seus praticantes são considerados virtuosos! Se os leitores acreditam que ser Irmão é mais importante do que ser Amigo, eu recorro ao Livro da Lei; por tradição
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 24/34 dizemos que o Livro de Eclesiastes foi escrito por Salomão e no Capítulo “6“ temos os seguintes versículos.  Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro.  Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável.  Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão. Nosso Ir∴ Quirino, acredita ainda, que a intenção de seu trabalho é a: (...) consubstanciação dos valores de “Irmão” e “Amigo” em nosso meio, a síntese está no provérbio 17:17 “O Amigo ama em todo o tempo; e para a angustia nasce o irmão. “Se algum dia você se armou de espada foi para defender ou auxiliar um Maçom, então tornou- se um amigo dedicado e leal ou seja um “verdadeiro amigo”. Concluo dizendo, que no mundo profano existe uma diferença entre “Verdadeiro Amigo” e “Irmão”, é que os pais são indivíduos diferentes. Já no mundo Maçônico acredito não existir diferença, pois Irmãos são amigos Verdadeiros e, portanto criações da mesma força fluídica universal do Grande Arquiteto do Universo.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 25/34 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 05/03/2005 Aurora Florianópolis 10/03/1972 Templários da Justiça Lages 15/03/1998 Estrela do Sul Lages 18/03/1998 Jacy Daussen São José 18/03/2011 Monteiro Lobato Itajaí 19/03/1993 III Milênio Curitibanos 19/03/1994 Renascer da Luz Criciúma 20/03/1949 Januário Corte Florianópolis 23/03/1996 Pedra Cintilante Itapema 24/03/1998 Fiel Amizade Florianópolis 30/03/1998 Amigos para Sempre Joinville 30/03/1999 Círculo da Luz Joinville 31/03/1975 Estrela do Mar Balneário Camboriú 31/03/2011 Colunas do Arquiteto Ituporanga 7 – DESTAQUES JB – Resenha Geral Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de Março
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 26/34 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 03.03.2012 Guardiões das Virtudes - 4198 Biguaçú 14.03.1981 Estrela do Planalto -2119 Canoinhas 16.03.1899 União III Luz E Trab. 664 Porto União 16.03.2005 Cavaleiros da Luz - 3657 Florianópolis 19.03.2004 Quintessência - 3572 Bombinhas 21.03.1990 Luz da Acácia - 2586 Jaraguá do Sul 21.03.2009 Acácia de Balneário - 3978 Baln. Camboriú 29.03.1973 Acácia Joinvilense - 1937 Joinville 29.03.1973 Gênesis - 2701 Tubarão 29.03.2012 União Palhocense - 4236 Palhoça 30.03.2006 Luz da Porta do Vale - 3764 Itajaí GLSC - http://www.mrglsc.org.br Data Nome da Loja Oriente 11.03.2003 Fraternidade Itajaiense nr. 85 Itajaí 17.03.2010 Fonte de Luz nr. 102 Chapecó 18.03.1989 Tríplice Fraternidade nr. 48 Dionísio Cerqueira 20.03.2009 Acácia Itajaiense II nr. 100 Itajaí 21.03.1940 Cruzeiro do Sul nr. 05 Joaçaba 24.03.2010 Loja do Sol nr. 103 Blumenau 28.03.1970 Pitágoras nr. 15 Florianópolis 30.03.1995 Leão de Judá nr. 62 Florianópolis
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 27/34 Obrigado Loja Harmonia! Com agradabilíssima surpresa recebemos na manhã de hoje, via postal, a prancha datada de 23 de março de 2016 enviada pelo Venerável Mestre, Irmão João Batista Pinto, anexando o Diploma de Membro Honorário da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Harmonia nr. 26, jurisdicionada à Grande Loja Maçônica de Minas Gerais. Sensibilizados, agradecemos mais esta deferência, esperando que o nosso informativo JB News possa contribuir, cada vez mais e melhor, com a difusão da cultura maçônica e especial, com essa magnânima Oficina. Sentimo-nos honrados com tão distinta honraria. Muito obrigado. Jeronimo Borges Editor do JB News
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 28/34
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 29/34 Loja Maçônica “UNIVERSO II” nº 57 Fundada em 17 de setembro de 1993. Jurisdicionada à Grande Loja de Santa Catarina Rua Almíscar, 33 – Bairro Monte Verde – 88032-300 - Florianópolis - SC. Dia das Sessões às 1ª e 3ª Sextas Feiras às 20 h C O N V I T E A A RlS “UNIVERSO II” nº 57, tem a honra e a satisfação de convidar os IIre digníssimas Famílias para participarem da SESSÃO BRANCA ESPECIAL “HOMENAGEM à ARLS“UNIVERSO II” nº 57, agora com transferência para a ARlS “Rei David” nº 58 e Jantar após a Sessão, no dia 01.04.2016 (sexta-feira), às 20:00h, no Templo e Salão de Festas da Associação Beneficente e Cultural Luz do Oriente – ABCLO, Rua Almíscar, 33 – Bairro Monte Verde – Florianópolis – SC, com a seguinte programação: Data: 01 de Abril de 2016 (sexta-feira) às 20:00hs, Sessão Branca “Homenagem ao IrGilberto José Graff” pelos seus 22 anos dedicados à Loja; Jantar: - 21:30h (aprox.) – Jantar Italiano a cargo do Buffet “Massas Caseiras Alvarito” com cardápio de 4 tipos de Gratinados (Rondellis, Lazanhas e Canellonis), 2 tipos de Espaghettis, Saladas, Caponata e Sobremesa; Valor do Jantar: - Por adesão a R$ 40,00 por pessoa; Bebidas: - Os IIrpoderão adquirir bebidas no local ou poderão trazer outras bebidas de suas preferências; Confirmação: - até o dia 30.03.2016 (quarta-feira) diretamente com o Chanceler Ir.’. Thiago Fabeni Habkost pelo telefone Cel. (48)8815-2331(Tim) ou e-mail thiago@fabeniadvocacia.adv.br Antecipadamente, agradecemos a presença dos IIr e Famílias. Fraternalmente, Altani Luiz de Oliveira Gonçalves Venerável Mestre
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 30/34 Sessão de Instalação do MWBro. Hillel Benedykt como Grão- Mestre, na United Grand Lodge of Victoria - Australia (300 Albert Street, East Melbourne, Victoria, 3002 Australia). Foto Ir Humberto Borges
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 31/34 Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News. Fotos históricas raríssimas: 1 – Einstein em Nova Iorque, no verão de 1939. 2 – Ele ficou sozinho, recusando-se a fazer a saudação nazi, em 1936. 3 – Em 1967, a Suécia passou a conduzir pela direita: resultado da primeira manhã.
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 32/34 4 – Um soldado no Vietname em 1965, no seu capacete diz "A guerra é o Inferno" . 5 – As mulheres não tinham permissão para correr a Maratona de Boston. Em 1967, Kathrine Switzer quebrou essa regra, e apesar de os organizadores terem tentado impedi-la (Momento que se vê na foto), ela conseguiu acabar a prova tornando-se a primeira mulher a fazer a Maratona. 6 – A última foto do Titanic: 7 – Filme do dia: (Ruínas Místicas)– Documentário legendado https://www.youtube.com/watch?v=qndzclq4cMw
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 33/34 Ir Raimundo Augusto Corado MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737 Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182 Barreiras – GOB/BA. Escreve às terças e quintas-feiras raimundoaugusto.corado@gmail.com DEPUTADOS MAÇÔNICOS -o preço da imunidade e prerrogativas- Autor: Raimundo A. Corado. Barreiras, 16 de maio de 2014. Entre quatro e seis vezes ao ano; Nas Assembleias se farão presentes; Para Salvador ou Brasília deslocando; Representando a Loja e o Oriente. Seiscentos reais por cada reunião; Este é o preço médio da imunidade; Em nome da Loja e dos irmãos; Levando consigo a representatividade. Quando o assunto é Deputado; O primeiro ponto a ser lembrado; É a isenção de frequência.
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.007 – Florianópolis (SC) - quinta-feira, 31 de março de 2016 Pág. 34/34 É muito caro o valor da imunidade; Supera os valores da mensalidade; Será que ser Deputado compensa?