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JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.174
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
São Paulo (SP) – terça-feira, 19 de novembro de 2013
(este informativo foi editado em São Paulo)
Índice:
Bloco 1 Almanaque
Bloco 2 Opinião: Mario Gentil Costa “A Pantomima “
Bloco 3 IrHercule Spoladore – “ A República como foi Proclamada”
Bloco 4 -Ir Pedro Juk – Perguntas e Respostas – (do Ir Juliano Francisco Martinho – Arrumando o
Altar )
Bloco 5 -Destaques JB
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 19 de novembro de 2013, 323º dia do calendário gregoriano. Faltam42 para acabar o ano.
Dia da Bandeira do Brasil; Dia Mundial do Xadrez; Internacional do Homem; Dia Nacional de Mônaco
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
 461 - É eleito o Papa Hilário
 1499 - Vicente Yáñez Pinzón, navegador espanhol, partiu da Espanha, tendo alcançado
a costa brasileira em janeiro do ano seguinte, antecedendo a Pedro Álvares Cabral, o seu
descobridor oficial
 1807 - Humphry Davy escreve à Sociedade Real Britânica sobre as propriedades do
elemento que acaba de descobrir: o Potássio
 1807 - Junot cruza a fronteira portuguesa dando início à 1ª invasão francesa
 1819 - Inauguração do Museu do Prado em Madrid, Espanha
 1863 — O presidente americano Abraham Lincoln dedicou a Gettysburg Adress em
uma homenagem à todos os soldados americanos mortos na Batalha de Gettysburg (veja
também Pensilvânia)
 1889 - Proclamação da República do Brasil: o governo provisório brasileiro baixa os
primeiros decretos, regulamentando a bandeira do Brasil, o brasão de armas, o hino
Nacional do Brasil e o selo nacional
 1906 - Comemora-se pela primeira vez o Dia da bandeira do Brasil
 1910 - Chegada dos missionários da Assembleia de Deus no Brasil
 1946 - Afeganistão, Islândia e Suécia são admitidos como Estados-Membros da ONU
 1964 - Primeira votação do documento Lumen Gentium no Concílio Vaticano II
 1966 - Lacerda e Juscelino emitem a Declaração de Lisboa, onde afirmam a intenção de
trabalhar juntos numa frente ampla de oposição
 1969
o Pelé marca o seu milésimo gol, às 23h11, na sua 909º partida, realizada no
Maracanã, no jogo Vasco 1 x Santos 2, válido pelo Torneio Roberto Gomes
Pedrosa
o Os astronautas da missão Apollo 12, Charles Conrad e Alan Bean, alunaram
 2000 - No Japão, o presidente do Peru, Alberto Fujimori, anuncia a sua renúncia ao
cargo
 2010 - Explosão em mina na Nova Zelândia soterra 29 mineiros.
 Dia da Bandeira do Brasil
 Dia Mundial do Xadrez
 Dia Mundial da Prevenção a Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes
 Dia Nacional de Mônaco
 Dia Internacional do Homem
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
feriados e eventos cíclicos
 Dia do Cordelista (Brasil)
 Feriado Municipal de Odivelas(Portugal)
 Feriado Municipal da Trofa(Portugal)
 Feriado Municipal de Santo Anastácio (São Paulo)
 Dia Nacional da Mancada Brasil
 Aniversário de Paiçandu Brasil
( Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 17ª edição e arquivo pessoal )
1977 Decreto nr. 84 do Grande Oriente do Brasil determina a execução do mesmo cerimoniual para o Pavilhão
Nacional nas Sessões Magnas de todos os Ritos
1980 Fundação da ARLS União Brasileira II, de Florianópolis, que trabalha no Rito Brasileiro (GOB/SC)
1980 Fundação da Loja Maçônica Obreiros da Paz no. 6 – Oriente de Piraúba MG – Obediência: G O M G –
Federado à COMAB – Reunião: Segunda-Feira – Rito: REAA.
1985 Fundação da Loja Maçônica Manchester Mineira nr. 2521 – Oriente de Juiz de Fora MG. Obediência: G
O E M G – Reunião: Segunda-Feira – Rito: REAA
1996 Funndação da ARLS Ordem e Progresso nr. 65, de Joaçaba (GLSC)
1996
Fundação da ARLS Manoel Gomes nr. 24, de Flortianóipolis (GLSC)
2001 Fundação da Loja Maçônica Vigilantes do Pará no. 3411 – Oriente de Pará de Minas MG – Obediência:
G O E M G – Federado ao GOB – Reunião: Quinta-Feira – Rito: REAA
2003 Fundação da ARLS Fraternidade Lourenciana nr. 86, de São Lourenço do Oeste (GLSC)
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal.
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fatos maçônicos do dia
Mario Gentil Costa - Florianópolis.
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“A PANTOMIMA”
Manoel do Prado nunca foi dado à pratica de esportes. Não
que não gostasse. Muito ao contrário. Adorava, mas simplesmente
não levava jeito. Faltava-lhe a ginga ou, como diria o velho
sambista, não tinha o parangolé. Era, entretanto, um assíduo
torcedor de futebol, seu esporte preferido e, mesmo não se
envolvendo diretamente na parte física da prática do mesmo, organizava, com a
anuência e o estímulo do diretor esportivo do colégio, um padre jovem e entusiasta, as
tabelas dos torneios, além de supervisionar a manutenção do material que, sob seus
cuidados, estava sempre convenientemente em dia.
Enchia e encerava as bolas, até as costurava quando rompiam. Além disso, para
aumentar a importância da sua participação, lia freneticamente sobre a matéria e
aprendera tanto que acabou sendo convidado a dar palestras para os atletas, diante
de quem, assumindo a postura de um especialista, proferia, no início da temporada, do
alto de um pódio instalado no galpão coberto, uma verdadeira aula magna sobre os
aspectos disciplinares que a boa educação esportiva exigia, dando ênfase às punições
a que se expunham os faltosos. Seu conhecimento a respeito era tão vasto, que sabia
de cor as famosas 17 regras do esporte bretão.
Diante de tanta competência teórica, tentou a carreira de árbitro, que
infelizmente durou pouco, demitindo-se ele próprio após algumas partidas, por sinal,
com a plena concordância dos diversos contendores, que não se conformavam com
sua visível inaptidão para correr atrás das jogadas. Postava-se, como um galo preso,
dentro do grande círculo e dali não arredava pé, virando o corpo prá-lá-e-prá-cá,
esticando e encolhendo o pescoço, como se desse bicadas no ar, e apitando as faltas
com absoluta imparcialidade. Só que uma miopia acentuada, tipo fundo-de-garrafa,
não lhe permitia ver detalhes à distância, e sua margem de erros era tamanha que
acabou dando origem a verdadeiras batalhas campais.
No jogo final do torneio, por exemplo, deixou de assinalar uma penalidade
máxima escandalosa em favor do time que estava perdendo por 1 x 0 e dependia do
empate para ganhar o título, e logo em seguida, quando faltavam dois minutos para o
encerramento, apitou outra que não existiu e foi convertida em gol em favor do time
que vencia. Resultado: 2 x 0. E o mais triste é que prejudicou precisamente o lado em
que jogava seu ídolo, o inimitável Júlio Saramago, craque consagrado do colégio, que,
dono de um pavio curtíssimo, perdeu a cabeça e partiu para agredi-lo. Não fosse a
turma-do-deixa-disso, que interveio em tempo hábil, nem é bom imaginar onde teria
ido parar o bem intencionado mediador.
2 - Opinião - “a pantomima”
Mario Gentil Costa
- Você é um ladrão! - esbravejava o descontrolado craque, para logo em
seguida arrepender-se.
- Eu não enxerguei, pô! Senão, teria apitado... - protestava Maneca,
consternado com a acusação imerecida.
- E o outro pênalti? Por que apitou?
- Porque enxerguei, ora bolas!
- É isto mesmo, você é um cego! Tá sempre trocando as bolas! - arrematou
Saramago, já mais calmo.
Essa dolorosa discussão encerrou a carreira de Maneca do Prado, que admitiu
seus erros e ficou profundamente abatido. Serenados os ânimos, Júlio Saramago,
que, de resto, fora de campo era um excelente sujeito, pesaroso dos imprompérios
que lançara contra seu mais devoto admirador, “que podia ser míope, mas era
honesto...”, estendeu-lhe cavalheirescamente a mão e pediu desculpas.
Saramago gostava do Maneca, tanto que, à parte o futebol, convidava-o para
sair e até namoraram duas gêmeas. Se um era sério, sisudo, compenetrado, o outro
vivia aprontando molecagens, e talvez em conseqüência disso, o namoro a dois não
foi longe. Diga-se de passagem que poderia ter ido se não coincidisse com o fato de
que as irmãs, embora iguais, tinham temperamentos opostos, e a que coube a
Saramago, sempre festivo e barulhento, também era calada e tímida. Tivesse
acontecido o contrário, e, quem sabe, não teria saído dali um duplo casamento?
- Vamos trocar? - ele propôs, percebendo o detalhe que causava todo o
descompasso.
- Não tenho jeito pra isso, Julinho. Troca de casais. Dá impressão de orgia, de
bacanal. Fico constrangido só de imaginar. Nosso azar foi que erramos na pontaria
desde o começo. Agora fica assim mesmo. Talvez dê certo. Uma me alegra; outra
deixa você triste. E ficamos empatados.
- Então, vamos acabar com esse namoro. A minha é muito chata.
- Se você prefere assim... - arrematou Maneca, concluindo: - Está certo.
E acabaram. Sua camaradagem, entretanto, não sofreu. Em vésperas de
provas, estudavam juntos e, nesse particular, Maneca levava enorme vantagem,
ajudando o companheiro que, conquanto inteligente, tinha aversão por certas matérias
e, simplesmente, não conseguia estudá-las. Essa era, no íntimo, a grande vingança de
Manoel do Prado que, péssimo futebolista, era o primeiro aluno da classe.
Compreendendo a ojeriza do amigo por História, Geografia, Literatura e Latim,
preparava-lhe resumos comentados que lhe permitiam absorver o essencial para
passar de ano.
A convivência diária acabou por gerar uma intimidade tal que Saramago,
impiedoso gozador, sentia-se à vontade para explorar os tiques e as manias de
Maneca, a ponto de chamá-lo impiedosamente de “ceguinho” na frente de terceiros,
exagerando suas idiossincrasias e inventando passagens em que o amigo sempre
levava a pior. Se tomava conhecimento de uma piada, imediatamente o personalizava
no papel do otário, geralmente o português ou aquele que saía perdendo para o
papagaio astuto. Maneca ouvia tudo calado e, em sua habitual bonomia, aceitava
resignadamente o papel que lhe era atribuído. E se alguém lhe perguntava “É verdade,
Maneca?”, limitava-se a dizer, com ar conformado: “É história dele, mas deixa-prá-lá!
Esse cara não tem jeito...”
O tempo passou, o curso ginasial chegou ao fim. À exceção dos bigodinhos e
do crescimento natural dos corpos e dos apetites, quase nada mudou. Mas, depois da
formatura, com habilidades e pendores tão diferentes, cada um foi para seu lado.
Manoel do Prado fez concurso público para uma repartição federal e, aprovado
em primeiro lugar, dedicou-se inteiramente ao trabalho. Logo em seguida, casou-se.
Vieram os filhos, e ele isolou-se no limitado círculo doméstico, sumindo de vista. Lia
cada vez mais e adquiria uma cultura crescente e, quanto mais isso acontecia, menos
amigos tinha. Passou a ser visto como um intelectual esquisito e foi ficando no
ostracismo.
Júlio Saramago, ao contrário, desenvolveu seu talento natural e, em pouco
tempo, era uma estrela do futebol profissional, convocado sempre para a seleção
estadual. Sua fama extrapolou fronteiras e transformou-o num ídolo das multidões.
Chegou a ser convidado a jogar num grande clube do Rio de Janeiro, mas, filho único,
teve dificuldades de convencer os pais a deixá-lo partir para o que chamavam de
“perdição da cidade grande”. Graças a seus contatos com dirigentes do clube em que
jogava, e que tinham influência política, obteve um bom emprego numa para-estatal, e
quando sua carreira esportiva chegou ao fim, estava com o futuro garantido. Já meio
coroa, anos portanto depois de Maneca, casou-se e teve uma belíssima filha. Mas seu
casamento não deu certo, e ele voltou à velha vida de boêmio solteiro. Vivia cercado
de amigos e de mulheres.
Um dia, no meio de uma roda de ex-companheiros que recordavam o passado,
um deles, chamado Nei, que era outro gozador, lhe perguntou:
- Julinho? E o Maneca do Prado, por onde anda?
- Sabe que eu nunca mais vi aquela peça? Às vezes, tenho vontade de ligar
para ele, mas soube que quase não sai de casa. Vive lendo..., agora que herdou a
biblioteca do pai...
- Como você tripudiava sobre o pobre coitado... Pensa que eu não me lembro?
- Não sei quem foi que me disse que ele anda meio maníaco... - observou
Saramago, com expressão irônica e ar reticente.
- Novidade!... Ele já era um poço de manias... - comentou Nei.
- É..., mas agora é coisa séria...; parece que deu para estudar árvores
genealógicas...; que vive, de bloquinho na mão, bisbilhotando a vida alheia...,
ajuntando dados nas bibliotecas, nos cartórios e nas sacristias. Dizem que anda
fuçando até no Instituto Histórico e Geográfico.
- Bem..., nessas duas matérias, ele era um cobra. Eu me lembro.
- Sem dúvida. Sabia tudo. E eu tinha um verdadeiro bloqueio... Sem a ajuda
dele, acho que nunca teria saído do colégio. Tinha a pachorra de me trazer tudo
resumido, e eu passava na tangente. Bom sujeito, o Maneca! Ingênuo como só ele,
mas um ótimo sujeito.
- E que amigo! Hoje não se vê mais isso! - exclamou Nei.
- De fato. Bons tempos que não voltam mais... - lamentou Saramago.
- A vida era uma eterna galhofa... - emendou Nei.
- E a gente achava que era imortal... - filosofou o outro.
- Vamos fazer-lhe uma visita juntos? - propôs Nei, subitamente saudoso.
- Não, vamos fazer melhor... - retrucou Saramago, o olhar de novo aceso.
Tinha-lhe ocorrido uma idéia e já montava um plano para pô-la em prática.
- O que você sugere? - indagou Nei, interessado.
- Você vai lá e, como quem não quer nada, quando achar que a ocasião é
oportuna, conta-lhe uma história a meu respeito. Mas com jeito, hein? Diga que eu
virei bicha...
- Ah, não! Ele pode ser o pai da ingenuidade, mas não vai acreditar nisso...
- Claro que vai. Se você souber dizer...
- Eu não sou bom ator..., vou me trair...
- Faça o seguinte: comece dizendo que eu me separei; que o meu casamento
foi pro brejo. Ele vai perguntar por quê. Aí você entra..., de leve..., como quem conta
um segredo entre amigos...
- Por exemplo?
- Diga que minha mulher me flagrou na cama com um negão...
- Cê tá brincando... Acha que ele vai entrar nessa?
- Vai, eu garanto...
- Como?
- Deixe comigo. Você atiça a curiosidade dele e o leva a um lugar qualquer,
digamos..., ao Escuna-Bar..., em data e hora previamente combinados. Eu apareço e
faço uma demonstração... Ele vai cair como um pato. Quer apostar?
- Tá bem, eu vou tentar - concordou Nei, outro moleque juramentado, já
esfregando as mãos em ansiosa antecipação.
Tudo acertado, lá estavam os dois quando Júlio Saramago entrou. Fez de
conta que não os viu e dirigiu-se ao balcão. No corredor, passando rente à mesa, já
rebolava escandalosamente, emitia gritinhos e dava adeusinhos em todas as direções,
com os dedinhos em leque e o pulso fletido. De costas, aboletado numa banqueta,
começou a passar a mão num e noutro, todos conhecidos que, acostumados a suas
palhaçadas, não estranharam nem desconfiaram de nada.
Manoel do Prado, estarrecido, olhava para Nei e, com olhos esbugalhados,
dizia:
- Pois não é que é verdade, rapaz? É incrível! Esse cara era o tipo do machão.
Não podia ver um rabo-de-saia. Tínhamos até namoradas juntos...
- Então eu não me lembro? Aquelas gêmeas? Também não quis acreditar,
quando me contaram - Nei confirmou, solidário, acrescentando: - Mas a vida tem
dessas coisas.
De repente, virando-se no balcão com um requebro proposital, Saramago deu
com os dois e veio. Maneca já ia esconder-se embaixo da mesa, quando a voz do ex-
companheiro, num falsete exageradamente agudo, abafou o murmúrio geral, gritando:
- Manequinha, meu amor! Há quanto tempo eu não te via? Onde tens andado,
querido?
O desejo sincero de Manoel do Prado era fugir porta afora. E já fazia menção
de se levantar, quando Nei, prevenido, segurou-o pelo braço:
- Calma, Maneca! Ele só quer te dar um abraço...
- Você tá louco? - e o indigitado forcejava para sair.
Júlio Saramago já estava quase em cima e não perdeu tempo. Num salto
elaborado, sentou-se no colo do infeliz. E começou a acariciar-lhe o rosto, os cabelos,
exclamando:
- Manequinha, como você está lindo! Ah, que saudade dos nossos velhos
tempos!
Dominado por um pânico incontrolável, Maneca deu um safanão em Saramago
com o ombro e o cotovelo e, projetando-o por terra, arremeteu pelo corredor entre as
mesas, ganhou a rua e saiu em disparada. Os dois correram atrás, mas foi inútil. Ele
sumira na escuridão.
No outro dia, seu telefone tocou. Era Saramago, com a voz fina e impostada:
- Manequinha? O que foi que deu em você, meu querido? Quase quebrei a
bacia naquele chão duro. Nunca o imaginei capaz de tanta violência. Que homem
machão você se tornou!
- Olhe, Julinho. Eu sinto muito. Mas fique longe de mim, tá me entendendo? Eu
sou casado..., pai de filhos. Nunca me arrependi tanto de ter ido àquele antro. De
qualquer maneira, vou rezar por você. Mas por favor, desligue. Não temos mais nada
para conversar. Passe bem!
- Espere, Manequinha! Não saia da linha. Eu não imaginava que você fosse
reagir daquele jeito. Afinal, não tenho culpa do que me aconteceu. É a vida, querido.
- Não quero ouvir mais nada, Julinho. Viva sua vida como quiser, mas trate de
me esquecer. Por favor, não telefone mais.
- Espere! Não desligue ainda, querido. Antes, preciso que me perdoe! -
implorou Saramago, com a voz propositadamente embargada.
- Está perdoado. Mas saia da linha!
- E também quero que saiba que sempre tive uma queda irresistível por você.
Qualquer dia desses, quando você estiver mais calmo, volto a ligar para marcarmos
um encontro, tá bem, Manequinha?
- Quer saber de uma coisa, Júlio Saramago?
- Fale, meu amor!
- Vá à merda!
E o telefone ficou mudo. Saramago e Nei, que estava ao lado ouvindo numa
extensão, rolavam no chão de tanto rir. Dias mais tarde, Maneca, procurado pelo
segundo na repartição, confessava sua revolta:
- Você acredita que ele teve a coragem de me telefonar?
- Não me diga!
- Tô lhe dizendo! E disse que vai ligar de novo. Já estou providenciando a troca
do meu número.
- Sinto muito, Maneca. Afinal, de certa forma, o culpado sou eu.
- Você não teve culpa alguma. Eu é que não devia ter ido lá.
- Olhe, vamos esquecer isso tudo. E, para me redimir, quero lhe fazer um
convite... Na realidade, vim aqui pra isso...
- Convite? Convite pra quê? - perguntou Maneca, já ressabiado.
- Eu sei que você adora uma carne. Pelo menos, adorava. Estou errado?
- Claro que não. Continuo gostando muito de carne.
- Então vamos ao churrasco da saudade, no colégio. É amanhã, sábado.
Combinado?
- Tem certeza de que ele não vai aparecer?
- Claro que tenho! Os padres já sabem de tudo e proibiram sua entrada...
- Então está bem. Combinado!
- Passo em sua casa às dez.
Tudo estava preparado. Júlio chegou antes e escondeu-se no banheiro do
vestiário. Enquanto isso, Nei encarregou-se de criar uma rodinha de velhos
companheiros do time de futebol e foi enchendo de chope o pobre Maneca que,
distraído na conversa, derrubava um copo atrás do outro. Lá pelas tantas, com a
bexiga estourando e já meio tonto, ele declarou:
- Meus amigos, preciso tirar a água do joelho. Já volto.
Meio cambaleante, ele esvaziava a cervejada e assobiava uma modinha,
olhando fixamente o interminável jato que escorria pela calha de aço junto à parede,
quando ouviu um ruído e virou-se. Saramago, sacudindo, com um sorriso de mofa, a
chave da porta, pendurada na ponta dos dedos, olhava propositadamente para o que
Maneca segurava na mão e dizia, à medida que avançava:
- Que maravilha, Manequinha! Ah, desta vez você não me escapa! - e, arriando
rapidamente as calças, virava-lhe o traseiro, acrescentando: - Venha, Manequinha.
Aproveite!
Manoel do Prado, assombrado, guardou precipitadamente seu instrumental e,
com o jato caudaloso ainda em pleno andamento, começou a gritar, a calça de brim
azul-claro já toda molhada:
- Socorro!!!... Abram a porta!!!... Socorro!!!
E Saramago, fazendo coro com seus berros, insistia:
- Venha, Manequinha! Venha, querido!! Aproveite!!!
Maneca, acuado, sem saber como livrar-se do assédio, bradava, desesperado:
- Prefiro a morte!!!... Prefiro a morte!!!
Enquanto isso, Nei, que, precavido, reservara uma duplicata da chave,
escancarava a porta e espiava para dentro. Maneca, com a braguilha ainda aberta e a
mancha escura já escorrendo pela perna esquerda da indumentária, surgiu à sua
frente como um bólido, deu-lhe um safanão com o cotovelo, disparou pelo galpão e
atravessou o pátio rumo à porta da rua. O resto do pessoal, que nada sabia da
tramóia, correu para o banheiro e o que viu, foi os dois amigos dando pulos e rindo
tanto que escorriam lágrimas de seus olhos.
***
Foi um trabalho para desfazer o mal-entendido. Finalmente, depois de
infrutíferas tentativas de reaproximação, por telefone, Júlio Saramago procurou o velho
amigo no emprego e fez o possível para convencê-lo de que tudo não passara de mais
uma brincadeira de mau gosto.
***
Os anos passaram. Hoje estão todos grisalhos. Mas sempre que pode, quando
eventualmente se encontram, e o clima do ambiente favorece, Júlio Saramago
ameaça um trejeito que lembra o episódio, e Manoel Prado, por via das dúvidas,
continua alerta, sempre pronto a sair em disparada.
A prova disso é que, recentemente, interpelado de propósito, no centro da
cidade, por alguém que estava no Escuna-Bar naquela noite inesquecível, ele deixou
transparecer sua velha incerteza:
- Escuta, Maneca, é verdade que o Saramago é bicha?
- Quem..., o Júlio Saramago? Claro que não!!
- Mas me disseram que ele quis sentar no seu colo...
- Onde? Quando?
- No Escuna Bar...
- Quem lhe disse?
- O Nei..., uma noite dessas...
- Então, fique de olho, meu chapa. Eles estão lhe preparando alguma coisa... -
profetizou Maneca, com ar reticente, enquanto olhava a data no mostrador do relógio e
apenas acrescentava um sorrisinho enigmático.
- O que quer dizer com isso, cara?
- Você não foi aluno do Catarinense?
- Fui, por quê?
- Ah,ah,ah!... E ele o convidou para o Churrasco da Saudade, no próximo
sábado...(?) - antecipou-se o Maneca, já com a certeza de que seu raciocínio se
confirmava.
- Convidou. E daí?
- Quer um conselho, meu caro? Não vá!... Ouça bem!... Não vá!!!
- Ah, você está misterioso demais pro meu gosto, Maneca. Por que eu não
haveria de ir? É um negócio bacana, aquele...
- Bacana, é?... Já lhe disse: não vá!! - insistiu Maneca, de dedo em riste,
enquanto se afastava pelo calçadão.
- Quer dizer que você também não vai... - provocou o outro.
- Eu? - ele gritou, voltando-se de certa distância e chamando a atenção dos
que passavam: - Ir ao Churrasco da Saudade? Você tá louco? Prefiro a morte!!... - e
repetiu, mais alto ainda, a expressão do olhar perdida no passado distante: - Prefiro a
morte!!!...
Mario Gentil Costa
A REPÚBLICA, COMO FOI PROCLAMADA
Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”
As causas principais que levaram o Império a cair foram:
Abolição dos Escravos com a expropriação dos donos de escravos que não
receberam a indenização do investimento financeiro que haviam feito.
Centralismo econômico-financeiro, o qual era normal enquanto a Província do
Rio de Janeiro era o guindaste da economia nacional, tendo como base a plantação
de café. Porem, com o enfraquecimento dos seus solos, e quando as outras
Províncias começaram a produzir, principalmente São Paulo passaram a exigir outro
tratamento por parte Imperador o qual sempre se negou a atender os seus interesses,
centralizando tudo no Rio de Janeiro, quando a realidade nacional já era bem outra.
Militares. Emergentes da Guerra do Paraguai tornaram-se indisciplinados e
poderosos. Apareceu uma geração de altos oficiais que foram promovidos de forma
rápida e que começaram a ocupar os espaços dos velhos marechais e outras
oficialidades e entre eles os de Caxias e Osório já falecidos.
Esta nova geração, esquecendo seus postos de soldados, começou a
protestar e criticar tudo e ainda se imiscuir em problemas da nação que não lhes
dizia respeito. Começaram os jovens oficiais a se pronunciar contra o poder civil
abertamente. As escolas militares passaram a politizar demais seus alunos
constando em seus currículos alem das teorias de guerra, que eram
absolutamente necessárias na formação dos soldados, ensinavam positivismo,
neo-sociologismo e outras idéias avançadas. Não resta dúvidas, que a constante
escaramuça entre o poder militar e o poder civil, especialmente contra o
Ministério da Guerra sempre sob o comando de um civil, e em permanente
regime de confronto, não havendo habilidade para tratar os militares, punindo-
os, quando em certas situações as soluções poderiam ser mais políticas.
Alem destes fatores haviam outros de menor importância, como a Questão
Religiosa , a possível ascensão ao poder do Conde D’Eu( maçom), esposo da beata
Princesa Isabel, não muito apreciado pelos brasileiros, além da economia obsoleta e
estagnada do Império quando a situação internacional exigia novos modelos
econômicos. Já estávamos em plena era industrial
E não podemos deixar de mencionar a participação e luta dos republicanos,
que desde o Manifesto de 1870 estavam difundindo a nova doutrina. A quase
3 – a república, como foi proclamada
Ir Hercule Spoladore
totalidade dos republicanos eram maçons e estes se não foram os responsáveis
diretos, pelos menos fizeram a diferença nos últimos estertores da monarquia
decadente. Houve a participação de maçons e não da Maçonaria.
Estava preparado o palco dos acontecimentos.
No dia 07/06/1889 tornou-se chefe do 36º Gabinete do 2° Império, o
monarquista convicto, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto
(iniciado na “Loja Amizade” – São Paulo) que trazia um programa mais liberal de
governo tais como extensão do direito de voto, maior autonomia municipal, casamento
civil e liberdade de cultos.
Ouro Preto estava firme na proposição de impedir o movimento dos
republicanos através de algumas reformas e também combater a indisciplina militar.
Como a Câmara dos Deputados não aceitou o plano de reformas imposto pelo
Gabinete Liberal, esta foi dissolvida no dia 17/06, sendo convocada novamente
somente em 20/11.
Entre as várias causas que estavam alimentando uma provável conspiração,
esta veio agravar ainda mais.
Os conspiradores militares desde o final de Outubro de 1889, estavam se
articulando e ao mesmo tempo entrando em confronto com o Gabinete Ministerial,
sempre em função das suas rusgas com o dito Ministério, cujo titular era o visconde de
Ouro Preto.
Não esqueçamos que apesar do grande poder do Imperador, o Brasil era
governado por uma monarquia constitucional.
O maçom e positivista Benjamin Constant era para ser o líder do levante.
Mas ele próprio admitia que era necessário para ocupar este cargo um militar
de carreira e que Deodoro reunia todas qualidades que resumiam a angustia, o
protesto dos militares.
No dia 04/11, o maçom Deodoro da Fonseca( iniciado na Loja “Rocha Negra“
São Gabriel RS e pertenceu posteriormente à Loja “02 de Dezembro” – Rio de
Janeiro), apesar de doente, pois tinha uma dispnéia que o perseguia há tempos de
origem cardíaca, inclusive com edema das extremidades, tendo que se acamar com
freqüência, recebeu em sua residência, um grupo de oficiais e estes disseram a
Deodoro que Ouro Preto pretendia reorganizar a extinta Guarda Nacional e fortalecer
a Polícia no Rio para fazer frente ao Exército.
Deodoro teria comentado que só mudando a forma de governo e ao mesmo
tempo deu o seu aval o grupo para conseguir mais adeptos.
Estes procuraram entre os civis da causa republicana os maçons Quintino
Bocaiuva, Aristides Lobo e em São Paulo, Manoel Ferraz de Campos Sales, também
maçom e que pôs ao par da provável sedição, todos os republicanos paulistas.
Só que os civis falavam de República e os militares ainda falavam na queda do
Gabinete de Ouro Preto, que os perseguia.
Tanto é verdade que no dia 09/11, enquanto a Monarquia se deliciava em seu
famoso e último baile na Ilha Fiscal, com convite para 4.500 pessoas, o Clube Militar
se reunia e ninguém pronunciou o termo república. O próprio Benjamin Constant não
disse o “nome”. Em seu discurso para mais de cem militares, foi enfático, afirmando
solenemente que se dentro de um prazo de oito dias não fosse resgatada a honra
castrense, ou seja, a honra militar, iria para a as ruas quebrar a espada e derramar
sangue.
No dia 10/11 já havia sido decidido na residência de Benjamin Constant, que o
Império seria derrubado, numa reunião na qual participaram Quintino Bocaiúva,
Campos Salles, Francisco Glicéreo e Aristides Lobo que no dia seguinte estariam
presentes em outra reunião na casa de Deodoro.
Somente no dia 11/11 foi falado abertamente com Deodoro sobre a República.
Deodoro relutou muito, pois respeitava muito D.Pedro II. Tiveram que usar de toda a
persuasão possível para convence-lo. Mas mesmo assim ele talvez pensasse apenas
em derrubar o Gabinete Ouro Preto. Quando Bocaiúva, Rui Barbosa, Aristides Lobo
Campos Sales, Frederico Solon Sampaio Ribeiro Francisco Glicério chegaram a
residência de Deodoro, encontraram lá o almirante Eduardo Wandenkolk (maçom) que
foi o primeiro oficial da Marinha a aderir à conspiração.
Benjamin Constant também presente foi muito transparente quando afirmou
que seria necessário proclamar a República. Deodoro ouviu a todos e referiu ser muito
amigo do Imperador. Ainda Benjamin disse do seu receio à respeito de Floriano
Peixoto(maçom), que era então ajudante-general do gabinete ministerial. Deodoro
acalmou os presentes afirmando que na hora exata, Floriano estaria do lado dos
militares.
Entretanto de qualquer forma Floriano era uma figura enigmática e seu
comportamento até a deposição do Gabinete foi um tanto ambíguo, pelo menos
aparentemente.
No dia 14/11 o major Frederico Solon Sampaio Ribeiro, maçom, saiu do Campo
da Aclimação, deslocando o 9º Batalhão de Cavalaria e 2º Regimento de Artilharia
para o da Praia Vermelha.
Ele era de opinião que o levante deveria ocorrer imediatamente, porem o
tenente coronel Benjamin Constant, líder dos cadetes da Escola Militar, não achava
prudente, porque haviam muitos oficiais que ainda não estavam convencidos.
Solon estava desesperado porque tinha em mãos, os dois melhores
regimentos, os mais preparados e engajados contra o Governo de Ouro Preto e estes
estavam sendo transferidos para um local mais distante.
Solon achava que a revolução se diluiria se os regimentos fossem transferidos
para a Praia Vermelha. Foi aí que teve uma idéia bastante original.
Espalhou o boato por todo o Rio de Janeiro que o Governo ordenara a prisão
de Deodoro e Benjamin Constant e que vários regimentos estavam sendo deslocados
para o interior do país e quem manteria a ordem seria a Guarda Negra, fundada pelo
vereador, maçom José do Patrocínio, grande abolicionista, porem fiel à Princesa
Isabel. Esta guarda era composta de capoeiristas, considerados na época maus
elementos e até de alguns bandidos e como tal não se dava bem com os republicanos.
Interessantes são os caminhos da História , eis que no dia da Proclamação da
República, Patrocínio aderiu à mesma.
No dia 14/11 chegou às mãos do Ministro da Guerra, uma carta de Floriano
onde ele referia que “que tramam algo”, mas que isso não tinha importância porque
conhecia a fidelidade dos chefes.
Ouro Preto que já tinha percebido há muito tempo que alguma coisa estava
prestes a acontecer, reuniu o seu Gabinete neste mesmo dia. Seu Ministro da Guerra,
o visconde de Maracajú ( Rufino Enéias Gustavo Galvão), afirmou que a ordem
pública seria mantida que qualquer forma. Ouro Preto quis saber do envolvimento de
Deodoro e lhe foi respondido que nada constava contra Deodoro, o qual inclusive
achava-se enfermo.
Nestas alturas o boato espalhado por Solon já estava surtindo os seus efeitos.
Neste dia Benjamin Constant, vindo da casa de Deodoro, encontrou-se com Aristides
Lobo e Francisco Glicério. Ele estava desanimado com o estado de saúde de
Deodoro, inclusive achando até que este viesse a falecer. Eles não sabiam que o
boato estava tomando corpo.
A notícia da prisão eminente dos correligionários chegou aos ouvidos de
Quintino Bocaiúva e este mandou saber no Clube Naval, onde se achava
Benjamin Constant se tudo estava bem com ele. O mensageiro voltou dizendo
que sim, e que o levante havia sido adiado para o dia l7/11. Quintino Bocaiúva
assustou-se com a perspectiva de adiamento, procurou o major Solon e os dois
deliberaram que apesar da doença de Deodoro, a sorte da sedição estava em
jogo e marcaram para o dia 15 onde jogariam tudo ou nada. Sim, no dia 15 de
Novembro, sexta-feira.
Uma vez estando tudo definido, necessário se torna , analisar alguns
pontos.
A Proclamação da República acabou acontecendo em meio a uma série
de trapalhadas, desencontros entre os lideres, confusões, boatos e com
Deodoro relutante até o fim quanto à proclamação de um novo regime ou não, já
que ele era monarquista e estava indeciso, e ainda a República aconteceu
praticamente sem derramamento de sangue.
As tropas rebeladas estavam em São Cristóvão, nos quartéis e na Escola
Militar. O marechal Deodoro que havia passado o dia na casa de seu irmão
recuperando-se, voltou à sua residência, um sobrado no Campo de Santana.
Ouro Preto, estava em sua residência próxima a Estação São Francisco
quando foi avisado da revolta, mais ou menos um pouco antes da meia-noite do
dia 14. Em seguida dirige-se a Secretaria de Polícia. Ouro Preto teve a desdita
de perceber que a resistência aos sediciosos não havia começado ainda. O
Ajudante-General Floriano Peixoto apresentou novamente um comportamento
um tanto estranho e incoerente.
Floriano soubera da sublevação da 1ª Brigada através do capitão
Godolfin, que viera lhe falar em nome do tenente coronel João Batista da Silva
Telles e não o pendera. Alegou para Ouro Preto que se o prendesse, logo o
saberiam, e poderiam ataca-los militarmente.
Ouro Preto convoca imediatamente uma reunião ministerial e manda um
telegrama à D.Pedro II relatando o ocorrido, o qual só é recebido pela manhã do
dia 15. Este, continua a sua rotina normal, escreveu seus dois sonetos diários,
praticamente não tomando conhecimento.
Floriano vai para Quartel General no Campo de Santana. Lá recebe o
tenente coronel Silva Teles, comandante da 2ª Brigada, limitando-se a
aconselha-lo a ter cuidado a não se precipitar e referiu ao mesmo que gostaria
de falar com Deodoro e Benjamin Constant.
Ouro Preto por sugestão de seu Ministro da Guerra, visconde de Maracajú
se transfere com todo o Ministério para o Quartel General, chegando lá mais ou
menos às 7 horas.
Seguindo os acontecimentos, os Oficiais da 2ª Brigada, acharam por bem
avisar a Benjamin Constant que a revolução estava em andamento, uma vez que
ele, pensava que ela seria deflagrada somente no domingo, dia 17. Ele foi
acordado de madrugada.
Benjamin Constant, enviou seu cunhado, o capitão Bittencourt Costa a
casa de Deodoro, avisa-lo, e juntamente com seu irmão carnal major Botelho de
Magalhães, foram sublevar os cadetes da Escola Militar na Praia Vermelha.
Deodoro, estava dormindo, pensou ser uma cilada do Governo levantou-
se com extrema dificuldade, sob os protestos de sua esposa, e só depois de
saber pelo mensageiro que fora Benjamin Constant que o estava informando,
fardou-se, colocou um revolver no bolso, colocou os arreios de sua montaria em
um saco de lona, não levou a espada por não poder suportar o seu peso, tomou
um tilburi e seguiu para São Cristóvão.
Constant chegou antes de Deodoro e dirigiu-se à Escola Superior de
Guerra onde foi verificar se tudo estava pronto. Todos os cadetes já estavam em
armas. Os três Regimentos da 2ª Brigada, também.
Então iniciou-se a famosa marcha que derrubaria o 2º Império.
O únicos civis a seguirem com os sediciosos, que se tem notícia, foram o
maçom Quintino Bocaiúva e o cidadão Antônio Rodrigues Campos Sobrinho,
funcionário público que “engajou” no 2° Regimento de Artilharia.
Na frente das tropas, marchou o 1º Regimento de Cavalaria, comandado
pelo tenente-coronel João Batista da Silva Telles. Logo atrás, dois pelotões da
Escola Superior de Guerra, liderados pelo tenente Pedro Paulino da Fonseca. A
seguir o 2º Regimento com 16 canhões comandados pelo major João Carlos
Lobo Botelho.
Fechando este contingente, vinha o 9º Regimento de Cavalaria,
comandado pelo major Solon Sampaio Ribeiro. O regimento marchou a pé, por
falta de eqüinos, porem trazia munições em carroças atrás da tropa. Estavam
trazendo carabinas Winchester, as quais eram munições novas no Exército e os
soldados ainda não estavam treinados suficientemente para usa-las.
As forças reuniam em torno de 450 praças e 50 Oficiais, mais os cadetes,
perfazendo mais ou menos um total de 600 homens. A maioria dos soldados,
mal armados, não sabia que estavam marchando para derrubar a monarquia.
Ainda para piorar, a oficialidade que estava junto com as tropas, era de média
patente. Os comandantes na sua maioria eram monarquistas e não estavam
presentes.
Vendo que com aquele contingente, os revoltosos não iriam muito longe,
Benjamin Constant, o cérebro da revolução, mandou o tenente Lauro Müller(Loja
“Dois de Dezembro” Rio de Janeiro e “Acácia Itajaiense” SC) ir a casa de
Deodoro para saber onde ele estava. Deodoro já estava a caminho, e
encontrando os revoltosos mais a frente, a altura do Gasômetro do Mangue
ainda dentro do tílburi, foi aplaudido freneticamente por toda a tropa.
O velho marechal ordenou que a tropa continuasse avançando e com
muita dificuldade saiu da condução em que estava e montou num cavalo.
Quando chegou à saida da Rua Visconde de Itauna que vai dar no Campo
de Santana, encontrou as forças da Marinha e da Polícia, prontas para dar
combate aos sublevados.
Quando as duas frentes se encontraram, houve hesitação por parte das
forças fiéis ao Império, disso se aproveitando Deodoro com muita autoridade e
habilidade. “Então não me prestam continência?” Marinheiros e policiais em
resposta apresentaram as armas. Graças a astúcia, liderança e respeito que
tinham por Deodoro, a revolta ganhava aí a primeira parte da luta, sem disparar
um tiro sequer.
Entretanto, dentro do Quartel General estavam 2000 soldados, bem
armados.
Apesar de ter um contingente de soldados bem maior e bem mais
equipado que os revoltosos, segundo o Barão de Ladário ( José da Costa
Azevedo), estas tropas não eram confiáveis.
Ouro Preto, vendo um destacamento avançado e fazendo
reconhecimentos, comandados pelo capitão Godolfin e mais oito soldados e que
ninguém foi prende-los, achou muito estranho, e fala com Floriano, o 2º em
comando no Ministério e este não tomou qualquer providência. Acabou
ordenando ao general José de Almeida Barreto ( maçom), que fosse capturar o
referido destacamento. Este se havia comprometido dias antes com os
sediciosos, porem na última hora ficou do lado de Ouro Preto. Interessante que
o general simulou que prenderia os soldados mas não o fez, e ainda ficou
hesitante relutando em colocar suas tropas sob o comando de Deodoro. Refere
a História que Deodoro usou um xingamento de baixo calão contra Almeida
Barreto naquele momento.
Dentro do Quartel General todos estavam nervosos, porem Floriano
permanecia impassível, aparentando calma.
A situação continuou sem definição até as oito horas da manhã do dia 15,
quando então Deodoro coloca suas tropas em frente aos portões do quartel, e
enviou o tenente-coronel João Batista da Silva Teles para levar um recado à
Floriano, dizendo que queria conferenciar. Floriano com seu estado maior
montados em cavalos sai para palestrar com Deodoro.
Neste momento o barão de Ladário vindo em direção à Deodoro, salta de
um cupê ministerial da Marinha, de revolver em punho atira em direção de
Deodoro, errando o alvo. Atira de novo, e também não acerta. Neste momento os
tenentes Müller e Adolfo Pena atiraram em Ladário, ferindo-o e acertando um
dos tiros na região glútea. A pedido de Deodoro, não mataram o barão. Este foi o
único sangue derramado na Proclamação de nossa República. Por sinal o barão
de Ladario foi o único membro do governo que enfrentou as tropas rebeldes. Se
o barão de Ladário tivesse matado Deodoro, não se pode prever quais seriam as
conseqüências.
No interior do Quartel General, Ouro Preto, quis fazer valer sua última
chance, ordenando a Floriano que enviasse um destacamento e tomasse à
baioneta os canhões( “bocas de fogo”) de Deodoro, dizendo que no Paraguai os
soldados brasileiros haviam se apoderado da artilharia paraguaia em piores
condições. Floriano respondeu: “Sim, mas as bocas do Paraguai eram inimigas
e que aquelas que V. Excia está vendo, são brasileiras e eu sou antes de tudo
um soldado da nação”.
Neste momento, Ouro Preto viu que estava tudo perdido.
Restava aos sediciosos entrarem no Quartel General e isso foi facilitado
por um mais um sobrinho militar de Deodoro, o capitão Pedro Paulo da
Fonseca Galvão que estava lá dentro. Referem que Deodoro ao entrar naquele
reduto, teria dito “Viva Sua Majestade, o Imperador”.
Apesar de muitos republicanos desmentirem, o alferes Cândido Rondon
presente ao ato, que o Brasil haveria de conhecer seus feitos indianistas futuros,
afirmou que ele realmente pronunciou tal frase.
Deodoro logo após entrar conversou de forma íntima com Floriano e foi
convidado a subir até o 1º andar, onde estava o Chefe de Gabinete a ser
deposto.
Deodoro, ao chegar lá, cumprimentou seu primo, o visconde de
Maracajú, Ministro da Guerra e após um silêncio natural que acontece nestes
momentos, disse a Ouro Preto: “Vossa Excelência e seus colegas estão
demitidos por haver perseguido o Exército”
Estando assim demitido todo o ministério, com Ouro Preto e Cândido de
Oliveira, Ministro da Justiça, considerados presos e seriam deportados.
Entretanto, Deodoro se referiu a D.Pedro II da seguinte maneira: “quanto ao
Imperador tem a minha dedicação, sou seu amigo, devo-lhe favores, seus
direitos serão respeitados e garantidos”. Referiu também que enviaria uma lista
com nomes do novo ministério.
Concluído o fato, Deodoro, desceu para se regozijar e confraternizar junto
às tropas e os civis republicanos que se aglomeravam no Campo de Santana.
O capitão Antonio Adolfo Menna Barreto deu tantos “vivas” à República
que até teve um mal súbito, perdendo os sentidos. Entretanto em nenhum
momento, Deodoro proclamou de peito aberto, a República. Após um tenente ter
notado este fato e dito à Benjamin Constant, este disse em voz baixa a Deodoro
que aquele momento, era a hora certa de dize-lo. Deodoro mandou tranqüilizar o
tenente, alegando que a “nossa causa triunfou” e que se deixasse para o povo
esta manifestação.
O major Solon notou que a derribada da monarquia não estava a
contento, teria dito a Deodoro que só embainharia a espada se ele proclamasse
a república
Os amigos de Deodoro afirmam que nesta hora ele teria dado “vivas” ao
novo regime, mas não se comprovou.
A seguir, Deodoro diante de suas tropas com Quintino Bocaiúva,
cavalgando ao seu lado, tomaram o rumo do centro da cidade; Benjamin
Constant e Aristides Lobo, foram à pé.
O povo, atônito, e até assustado não sabia o que estava se passando.
Nestas alturas, os sintomas do seu problema cardíaco estavam se
agravando, uma provável insuficiência cardíaca congestiva, ele mal podia
manter-se ereto na montaria, ainda assim quis ir até o Arsenal da Marinha para
conferir “in loco” se tudo estava em ordem. Uma vez constatando que tudo
estava bem, dirigiu-se até sua casa e acamou-se imediatamente.
Mais ou menos às treze horas, isto é no inicio da tarde, se para os
militares tudo estava resolvido e a honra militar havia sido resgatada, para os
republicanos, a situação não estava muito transparente, pois até parecia que o
movimento estava derrotado.
D.Pedro retornou ao Rio de Janeiro, vindo de Petrópolis, por cerca das
quinze horas, dirigindo-se ao seu palácio.
Nesta mesma hora, percorrendo as ruas da cidade, Benjamin Constant,
futuramente considerado o Pai da República, o articulador, o republicano por
excelência achava muito estranho tudo o que estava acontecendo. Encontrando
com o jornalista republicano Anibal Falcão, incitou que ele imediatamente
agitasse o povo, alegando que a República ainda não estava proclamada.
Falcão juntou-se aos republicanos Pardal Mallet e Silva Jardim e se
dirigiram a Câmara Municipal. Procuraram o vereador monarquista José do
Patrocínio, até então detestado pelos republicanos, mas que neste dia ele fez a
sua profissão de fé republicana, e na condição de vereador mais jovem
convocou uma sessão da Câmara imediatamente.
Os republicanos arregimentaram as pessoas que puderam e na Câmara
foi referendada uma moção que Aníbal Falcão havia escrito.
O povo reunido isto é, mais ou menos cerca de 100 pessoas ouviu a
aprovação da Câmara a moção “ O povo reunido em massa na Câmara
Municipal, fez a proclamação da República na forma lei ainda vigente, pelo
vereador mais moço, após a revolução que aboliu a monarquia do Brasil, o
governo republicano”.
A moção ainda referia para quem de direito proclamasse a República de
fato.
Foi feito um abaixo assinado representando o povo do Rio de Janeiro. De
posse deste documento, os manifestantes foram se postar em frente à casa de
Deodoro.
Deodoro, por estar se sentindo mal, foi representado por Benjamin
Constant (sempre ele), que da sacada do sobrado onde Deodoro morava afirmou
ao grupo que um Governo Provisório convocaria uma Assembléia Constituinte
para que a nação pudesse deliberar definitivamente a respeito de uma nova
forma de governo.
Esta vacilação de Constant talvez se devesse ao fato dele ser um homem
pacifista, positivista de longa data e possivelmente não quisesse que o Exército
tivesse um papel tão importante na administração de um novo regime,
preferindo que uma Constituinte decidisse sobre como seria um novo regime.
Entretanto, graças às atitudes de tomadas a seguir por D.Pedro II e pelo
visconde Ouro Preto, o regime escolhido acabou mesmo sendo a República.
D.Pedro chegando ao Rio logo que se instalou no seu palácio aceitou
com relutância a demissão de Ouro Preto e concordou com nome indicado para
substitui-lo, o senador Gaspar Silveira Martins( maçom, grau 33 Ex-Grão-Mestre
do Grande Oriente do Passeio). O senador gaúcho estava fora do Rio, só
chegaria no dia 17. Isto tornaria mais caótica ainda a situação, pois o país estava
em plena vigência uma revolução, e alem do mais, o senador Gaspar era inimigo
antigo e declarado de Deodoro. Detestavam-se, simplesmente.
Já era quase noite, quando Deodoro ficou sabendo que o senador Gaspar
tinha sido indicado para a vaga de Ouro Preto. Esta foi a gota d’água para a
decisão final de Deodoro.
Não se tem provas cabais que o senador tenha sido realmente indicado
para chefiar o Gabinete por indicação do Imperador. Há uma outra versão, a
qual talvez seja a mais provável que tenha acontecido, como sendo uma
estratégia de Benjamin Constant, que quando percebeu a hesitação de Deodoro,
inclusive podendo pôr tudo a perder, teria usado o nome do senador Gaspar
Martins como provável futuro chefe de Gabinete, fato este que Deodoro jamais
toleraria. Eram inimigos há muito tempo.
D.Pedro II foi persuadido a nomear outro político, o maçom e Conselheiro
José Antônio Saraiva.
Saraiva enviou através do capitão Roberto Trompowisky uma carta à
Deodoro, porem este disse ao capitão: “Já é tarde, a República está feita e os
principais culpados são o conde D’Eu visconde de Ouro Preto. O último por
perseguir os militares e o primeiro por consentir nesta perseguição”.
Como vimos o prestígio, a liderança a confiabilidade num líder como todo
o Exército teve em Deodoro, naquele dado momento de nossa História, foi o
maior em todos os tempos que um líder já teve neste país.
Ele proclamou a República na hora que achou melhor, porem poderia
permitir a constituição de um novo Gabinete com continuidade da monarquia se
assim ele o quisesse. Isto significa que naquele dia, naquela hora, ele tinha a
liderança total de um povo nas suas mãos, fato este que desde então jamais foi
registrado no Brasil. Liderança total.
Mas não esqueçamos que Benjamin Constant, foi o maestro, foi o
articulador o homem que cuidou de todos os detalhes, por menores que fossem,
que ele cuidou de improviso de acertar todos os erros que seus companheiros
cometeram de última hora, que ainda teve o vislumbre de achar que o Exército,
deveria passar a parte política administrativa à civis, enfim foi o homem certo na
hora certa, podendo os brasileiros com toda razão, chama-lo de o Pai da
República.
Sabendo que o soldado puro Deodoro era uma Pedra Bruta em matéria
de política, sempre esteve ao seu lado para lapida-lo com conselhos e
orientações e também para protege-lo.
Agora com a anuência total de Deodoro em se instituir a República,
Aristides Lobo, Francisco Glicério e Benjamin Constant se reuniram para
instituir o governo republicano e preparar os primeiros decretos. O primeiro
Gabinete do Governo Provisório foi constituído somente por republicanos
maçons.
No dia seguinte, ou seja dia 16, num sábado Deodoro ordenou que a
Família Real fosse deportada e enviou o major Solon para comunica-los. O
major Solon, ficou todo embaraçado com o peso da decisão dos revoltosos que
levava ao ex-monarca, tratando-o de Vossa Excelência, Alteza, Majestade e ainda
após dar-lhe a notícia, solicitou licença para se retirar.
O maçom, grau 33, e coronel João Francisco da Costa, foi encarregado de
vigiar e proteger a Família Real até que esta partisse para o exílio.
E assim terminou o longo reinado de D.Pedro II, sem que seus barões,
condes e viscondes, protegidos e toda aristocracia o preservassem ou
defendessem. Ressalte-se que dentro desta aristocracia existiam muitos maçons
sérios, que eram opositores aos maçons republicanos.
O número dois está em realce, o famoso número dos contrários. Haviam
pois, maçons republicanos e monarquistas.
Está certo que foi um golpe militar, mas talvez o próprio povo foi
conivente, pois não admitia que o maçom Conde D'Eu, apesar de príncipe
consorte, seria o governante de fato, já que o Imperador velho e doente, com
uma diabetes progressiva, não teria muito tempo de vida.
Mas o Império caiu porque, em realidade, o país estava antiquado e
exaurido economicamente e já não tinha condições de oferecer uma perspectiva
melhor, especialmente no sentido de aumentar a liberdade e o direito dos
cidadãos. Foi a última monarquia da América do Sul a ruir.
Entretanto, ressalte-se que alguns bons amigos da Família Real, como o
Barão e a Baronesa de Loreto, seu médico particular, o Conde Mota Maia, o
Barão e a Baronesa de Muritiba alem do engenheiro abolicionista André
Rebouças o acompanharam espontaneamente na viagem pelo vapor “Alagoas”
para a Europa sem que tivessem sido presos ou deportados.
Foi triste o acaso do monarca. Talvez, D.Pedro II merecesse melhor sorte.
E o povo que tanto o amava, facilmente o esqueceu.
Tivemos um paranaense participando ativamente dos eventos da
Proclamação da República.
Ele talvez foi o maior militar por seus feitos, que o Paraná já teve na sua
História. Não só pela participação na Proclamação da República em si, mas sim
pela sua conduta como soldado e artilheiro na Revolução Federalista que
ocorreria daí há 4 anos.
Trata-se do então jovem José Cândido da Silva Muricy que um dia seria
general e que estava cursando a Escola Superior de Guerra na Praia Vermelha
no Rio de Janeiro como cadete por ocasião dos eventos da Proclamação da
República.
Republicano e de total confiança de seus superiores tomou parte em
algumas reuniões onde foram detalhados os planos da derrubada da Monarquia
e foi um dos elementos de ligação, que transmitia as ordens aos diversos
corpos da guarnição e na Escola Militar.
Ele foi um dos soldados que marcharam junto com a tropa para o Campo
de Santana no dia 15/11. Incorporou-se à coluna do capitão Hermes da Fonseca
(maçom), sobrinho de Deodoro, que lhe emprestou a espada e estava portando
naquele momento uma clavina Comblain . Estas duas armas o acompanhariam
por toda a sua vida, como recordação.
Ele foi iniciado na Loja “Ganganelli” – Rio de Janeiro e teve
posteriormente destacada atuação na maçonaria paranaense.
Hercule Spoladore
BIBLIOGRAFIA
Castellani, José “A Maçonaria e o Movimento Republicano
Brasileiro”
Traço Editora – São Paulo – 1989
Castellani, José “Os Maçons que fizeram a História do Brasil”
Editora A Gazeta Maçônica – São Paulo- sem data
Prober, Kurt “Achegas para a História da Maçonaria no Brasil”
São Paulo, 1968
Kurt, Prober “Catálogos dos Selos Maçônicos Brasileiros”
Paquetá –Rio de Janeiro, 1984
Machado,Manoel L. “Sangue e Bravura” (romance histórico)
. Oficinas Gráficas da Penitenciária do Paraná –
Curitiba, 1944
Martins, Romário “História do Paraná”
Editora Rumo Limitada – Curitiba - 1939
Vernalha Milton Miró “Do Império à República”
Editora Litero Técnica – Curitiba – 1989
Grande Enciclopédia Delta Larousse
Dicionário-Histórico-Biográfico do Estado do Paraná
Editora “Livraria do Chain” Banestado– Curitiba – 1991
Revista “A Trolha” nº 228 – Outubro 2005 – Artigo “Campos Salles, Um
Maçom Ilustre” – Autor:Mario Name
PRINCIPAIS MAÇONS REPUBLICANOS HISTÓRICOS QUE TIVERAM
PARTICIPAÇÃO DIRETA NA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Américo Brasiliensi de Almeida Melo ( Lojas “Amizade” e “América” - São
. Paulo)
Américo Brasilio de Campos ( Lojas “Amizade” e ”América” - São Paulo)
Antonio da Silva Jardim ( Loja “América” - São Paulo)
Aristides da Silva Lobo (não se sabe onde foi iniciado)
Benjamin Constant de Marques Botelho( não se sabe onde foi iniciado)
Bernardino José de Campos ( Lojas “Amizade” - São Paulo – “Trabalho” -
. de Amparo e“ Independência ” – Campinas -SP
Carlos de Campos(Loja “Trabalho” de Amparo – SP)
Demétrio Ribeiro( não se sabe onde foi iniciado)
Eduardo Wandelkolk ( Loja “Esperança” Rio de Janeiro -RJ)
Fernando Prestes de Albuquerque ( Loja “Firmeza” - “Itapetininga” SP)
Francisco Glicério de Cerqueira Leite( Lojas “Independência” - . .
. . Campinas SP e “Piratininga” São Paulo
.
Francisco Quirino dos Santos ( não se sabe onde foi iniciado)
Francisco Rangel Pestana ( Lojas “Amizade” e “América” - São Paulo)
Hermes Rodrigues da Fonseca (Loja “Ganganelli” - Rio de Janeiro)
João Tibiriçá Piratininga ( Loja “Beneficência Ituana” - Itú- SP)
Joaquim Saldanha Marinho ( Grão-Mestre do Grande Oriente dos
Beneditinos)
Jorge Tibiriçá ( Loja “Amizade” - São Paulo)
José Luiz Flaquer( Loja “América”- São Paulo)
José Gomes Pinheiro Machado (Lojas “América”-São Paulo, “Harmonia .
Cruzaltense” - Cruz Alta – RS, “Luz e Fraternidade” – .
Santa Maria –RS e “Luz da Serra” – Santo Ângelo -RS
José Maria Lisboa ( Loja “Amizade” - São Paulo)
Julio Cesar Ferreira Mesquita ( Loja “Amizade” - São Paulo)
Lauro Nina Sodré e Silva ( Loja “Harmonia” - Belem – PA.)
Luiz Gama (Loja “América” - São Paulo)
Manoel Ferraz de Campos Salles (Loja “Fraternidade Campineira” -
. . Campinas SP. filiado à Loja . .
. “Independência” – Campinas - SP .
. . . fundador da Loja “Sete de . ..
. Setembro” – São Paulo
Manoel de Moraes Barros ( Loja “Beneficência Ituana”- Itú, SP e .
. fundador da Loja “Piracicaba” – Piracicaba SP
Martinico do Prado (Martinho Prado Jr.) ( Lojas “Amizade” e “América” -.
São Paulo)
Nilo Procopio Peçanha ( Loja “Ganganelli”- Rio de Janeiro)
Pedro de Toledo (Lojas “Piratininga” e “Amizade” - São Paulo)
Prudente José de Moraes Barros ( possivelmente iniciado na Loja “7 de
. “Setembro pertenceu a Loja “Beneficência
Ituana” - Itú e fundador da Loja “Piracicaba”-SP)
.
Quintino de Souza Ferreira Bocaiúva ( Loja “Amizade” - São Paulo Lojas .
. “Segredo” e “Comércio” GOU Rio de
Janeiro)
Solon Sampaio Ribeiro, major( Loja “Amparo à Virtude”- Rio de Janeiro)
Venâncio Aires ( Lojas “Firmeza” – Itapetininga –SP e “Luz da Serra”- .
Santo Angelo RS.)
Ubaldino do Amaral Fontoura- paranaense- ( Lojas “Perseverança III”
e “Constância” – Sorocaba SP e “América” -
São Paulo)
Tivemos republicanos de última hora, ou últimos dias, como José
Carlos do Patrocínio (Loja “União” e Tranqüilidade nº02 – Rio de Janeiro),
Rui Barbosa( Loja “América” – São Paulo) Floriano Peixoto ( Loja
“Perfeita Amizade”- Maceió- AL ) o próprio Marechal Deodoro da Fonseca
(Loja “Rocha Negra” São Gabriel – RS e posteriormente Grão-Mestre do
GOB).
Estes foram envolvidos pelas contingências e o fizeram por livre
e espontânea vontade e não como a maioria quase que absoluta dos
monarquistas, inclusive maçons, que se tornaram republicanos por
conveniência, de uma hora para outra engajando-se como puderam no
novo regime, sempre tentando tirar proveito próprio.
Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk,
às terças, quintas, sábados e domingos.
Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes - PR
Arrumando o altar
O Respeitável Irmão Juliano Francisco Martinho, Loja Igualdade, 1.647, sem
declinar o nome do Rito, GOB, Oriente de Monte Alto, Estado de São Paulo,
apresenta a seguinte questão.
juliano.martinho@cestari.com.br
Mais uma vez lhe solicito um esclarecimento.
Dia de sessão. Os Irmãos começam a chegar à Loja, e a verificar o Templo para
que tudo esteja em ordem antes do inicio dos trabalhos. Estão dentro do
Templo, sem os paramentos organizando os materiais quando o Irmão Mestre de
Cerimônias nota que o malhete do Venerável não está no Altar.
Há juntado a ele, um Irmão Aprendiz lhe auxiliando na organização e ele lhe pede
que leve o malhete até o Altar.
Há algum impedimento para que esse Irmão realize esta tarefa?
Pergunto por que um Mestre mais antigo se aborreceu com o fato, dizendo que o
Aprendiz não pode adentrar no Oriente. Que é um local “sagrado”.
No meu entendimento, não vejo sustentação neste argumento. A Loja não estava
trabalhando, todos estão sem paramentos, apenas organizando a Oficina.
Se for assim, não poderíamos deixar a faxineira entrar no Templo para limpeza!
Estou correto?
4 - Perguntas e Respostas
Ir Pedro Juk
CONSIDERAÇÕES:
Infelizmente ainda existem Irmãos que querem fazer da Sala da Loja um lugar
sagrado nos termos de uma religião.
Obviamente que isso não existe. Primeiro porque nesse caso o termo sagrado é
mesmo rotulado como consagrado o que, em linhas gerais dá dignidade ao
espaço, respeito, etc. Segundo porque existe uma diferença entre o espaço e a
Loja aberta. Esta somente estará aberta com os procedimentos de abertura e
assim declarada pelo Venerável Mestre.
Em Loja aberta, os Aprendizes e Companheiros realmente lá não tem acesso
devido à escalada iniciática pertinente ao Rito que a Loja pertence. Mas, em Loja
aberta.
Agora, no preparo da Loja, ou antes, do início dos trabalhos, não existe qualquer
óbice para que alguém adentre ao Oriente, seja ele Aprendiz, Companheiro ou a
própria faxineira como diz o Irmão.
O que eu acho mesmo engraçado é que tenho visto “certas sessões públicas”,
isto é, com a presença de não iniciados, porém com a Loja aberta, com o Oriente
repleto de autoridades profanas assim como convidados não maçons recebendo
homenagens, proferido palestras, etc. E então? Nesse momento não existe
espaço consagrado?
Deveríamos perguntar aos puristas de plantão se autoridades e convidados não
iniciados estão acima dos nossos Irmãos Aprendizes e Companheiros, ou é
mesmo o caso de se fazer “média”.
Assim, realmente não existe qualquer argumento que se possa proibir ingresso
no Oriente antes do início dos trabalhos, ou mesmo durante a faxina do
ambiente.
Com base nesses pormenores é que tenho evitado, quando possível, usar o
rótulo de “templo” para a Loja Maçônica. Prefiro “Sala da Loja” à moda inglesa.
Assim me parece que ficam reduzidas as especulações.
Também nunca é demais lembrar que o termo “profano” não está ligado a
definição e ação do verbo transitivo direto “profanar” – tratar com irreverência
coisas sagradas; transgredir, violar, infringir (regra, princípio sagrado); violar
santidade, macular, desonrar, etc. Em Maçonaria o termo “profano”, consignado
como adjetivo está mais ligado à etimologia da palavra. Do latim profanu –
pró=antes; fanum=templo, o que designa “ates do templo”, por extensão, aquele
que não é iniciado.
T.F.A.
PEDRO JUK –
AGO/2013
jukirm@hotmail.com
Lojas Aniversariantes do GOB/SC
Data Nome Oriente
19.11.80 União Brasileira – 2085 Florianópolis
19.11.04 Verdade e Justiça – 3646 Florianópolis
21.11.69 Jerônimo Coelho – 1820 Florianópolis
22.11.95 Luz da Verdade – 2933 Lages
24.11.92 Nereu de O. Ramos – 2744 Florianópolis
25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho
25.l1.06 Obreiros da Terra Firme – 3827 Florianópolis
29.11.11 Ciência e Misticismo – 4177 São José
Lojas Aniversariantes da GLSC
Data Nome Oriente
19/11 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba
19/11 Manoel Gomnes nr. 24 Florianópolis
19/11 Fraternidade Lourenciana nr. 86 São Lourenço do Oeste
21/11 Fraternidade Capinzalense Capinzal
21/11 União e Verdade Florianópolis
21/11 Liberdade e Justiça Abelardo Luz
24/11 Ary Batalha São José
02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau
02/12 Lauro Mullher São José
06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma
07/12 Voluntas Florianópolis
09/12 Igualdade Criciumense Criciumense
5 - destaques jb
Resenha Geral
Lojas Aniversariantes do GOSC
Data Nome Oriente
22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho
25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis
01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis
01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão
11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul
13/12/1983 Nova Aurora Criciúma
18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo
20/12/2003 Luz Templária Curitibanos
22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis
21/121999 Silvio Ávila Içara
LOJAS SIMBÓLICAS – SANTA CATARINA
CALENDÁRIO DE ordens do dia – EVENTOS – CONVITES
Data Hora Loja Endereço Evento – Ordem do Dia
19.11.13 20h00 Jacy Daussen, 71 - GOSC Barreiros – São José Sessão de Companheiro -
Telhamento
19.11.13 20h00 Loja Renascer do Vale 4007 GOB/SC Rua Anibal de Lara
Cardoso, 245 Penha
Sessão Magna Elevação:
Ewerton Fernandez; Jorge
Luiz Rodrigues Madeira e
Walter Riedel Neto
19.11.13 20h00 Lysis Brandão da Rocha, 104 – GOSC Estreito -
Florianópolis
Sessão MAGNA em
homenagem à
Proclamação da
República. Palestra do
ir.: Pires.
19.11.13 20h00 Colunas do Imbé, 120 – GOSC Imbituba Sessão Magna de Exaltação
20.11.13 20h00 Monteiro Lobato, 132 – GOSC Rua José Siqueira -
Ressacada -
Itajaí/SC
Sessão Magna de Exaltação
ao Grau de Companheiro
dos Irmãos: Cristiano Alves
De Jesus - Felipe Couto
Reiser - Guilherme O. De
Mattos Da Silva Flores -
Henrique Aguiar Felicio -
Jaques Finardi - Marcos
Clasen Dos Santos - Mauro
Luiz Goncalves Federighi -
20.11.13 20h00 Igualdade Criciumense, 66 – GLSC Criciúma Palestra – tema:
―Observatório Social‖ – a
ser proferida pelo Ir
Ramon Antonio, presidente
do Observatório Social de
Tubarão.
20.11.13 20h00 Loja Abelardo Lunardelli, 107 – GOSC Barreiros – São José
L
o
j
Loja De Mesa Conjunta
com Lojas Léo Martins
N. 84 E Universo N. 43
(GLSC.)
21.11.13 20h00 Consensio nr. 131 – GOSC Içara Sessão de Companheiro.
Introdução a Filosofia -
Escolas onde a maçonaria
buscou suas bases.
Alexandre Badaraco
21.11.13 20h00 Círculo da Luz, - GOSC Templo Roberto
Fortkamp - Centro
Sessão Magna de Elevação
21.11.13 20h30 Lealdade, Ação e Vigilância, 39 - GOSC Barreiros, São José Sessão Magna de Elevação
22.11.13 20h00 Phoenix, 55 - GOSC Baln. Camboriú A História do Grande
Oriente de Santa Catarina
com o Ir Wady
25.11.13 20h00 Loja Pedreiros da Liberdade nr. 75 -
GLSC
Condomínio
Itacorubí
Palestra com o Dr. Ivan
Moritz sobre ―A saúde do
homem maduro‖
Comunicado do Irmão José Maurício
COMUNICO aos amigos que pedi minha transferência da Loja "Inconfidência
47" (GLMMG) para a Loja "Fraternidade e Justiça" 32, também da GLMMG.
As reuniões de minha Loja atual acontecem nas terças-feiras, no Templo 602
do Palácio Maçônico Grão-Mestre Arlindo dos Santos e trabalhamos no Ritual
de Emulação (Rito York).
- Informo também que fui empossado, no último dia 8, como Venerável da Loja
Maçônica de Pesquisas "Quatuor Coronati Pedro Campos de Miranda", para
uma segunda gestão frente à Loja, juntamente com Geraldo Gomes Mendes
(Primeiro Vigilante) e Antônio José da Silva (Segundo Vigilante).
Nossas Sessões serão retomadas no início de 2014 e o calendário das
reuniões e temas lhes será enviado oportunamente.
Desde já coloco-me à disposição dos Irmãos e envio-lhes o meu
TFA
José Maurício Guimarães
Programa Ponto de Expressão
Indicado pelo Tribunal de Contas de MG o Irmão Cássio Tadeu de Melo está
sendo responsável pelo programa Ponto de Expressão, evento de debates
entre autoridades, profissionais e professores universitários, que acontecerá
dia 26 de novembro. O último Ponto de Expressão será sobre o tema "Guerra
Fiscal", que será gratuito. Ressalta o Irmão Cássio que gostaria de ver o
auditório do Tribunal de Contas repleto de irmãos, pois somos formadores de
opinião, e com certeza a presença de maçons abrilhantará por demais o
evento.
Acesse abaixo para inscrever-se.
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal.
Acesse www.radiosintonia33.com.br
1 - Nosso Ir Thiago precisa de apoiadores para o seu projeto:
Meus Irmãos, gostaria de pedir um pouco da atenção dos senhores para
divulgar meu trabalho de animação, o curta-metragem chamado A Orelha de
Van Gogh. O filme A Orelha de Van Gogh -
http://orelhadevangoghofilme.blogspot.com.br/ vem sendo desenvolvido desde
janeiro deste ano, na cidade de Belo Horizonte.
É uma adaptação do conto literário homônimo de Moacyr Scliar, retirado do
livro “A orelha de Van Gogh”: contos, publicados em 1989, pela Cia das Letras.
Seus textos se caracterizam por uma linguagem de fácil acesso, dotada de um
humor peculiar, fazendo valer dos elementos da fantasia e da imaginação,
características mantidas no filme. Moacyr Scliar faleceu no primeiro semestre
de 2011. Assim, o curta A Orelha de Van Gogh também será uma singela
homenagem à Scliar e sua obra. Atenciosamente, Thiago Franco Ribeiro”
http://orelhadevangoghofilme.blogspot.com.br/
2 – *Bryce Canyon, Colorado River San Juan River Utah Usa:*
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Bryce-Canyon-
Utah
3 -
*Torres Petronas Kuala Lumpur Malasia:*
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Kuala-Lumpur-
Malaysia
4 - Fronteira Proibida ( Filme Completo.)
http://www.youtube.com/watch?v=KK5_xQrt668
SONETO A UMA BANDEIRA !
(Homenagem ao Dia da Bandeira)
Onde estiveres, Bandeira !
Solta ao vento a tremular
Esfuzias sobranceira
Com tua gente a te guardar !
Pois és, na paz, altaneira,
Primaz, bem alto a vigiar !
És na guerra, vanguardeira,
Na terra, no mar ou no ar !
Guia de um povo varonil,
Na escola ou na trincheira
Se, lápis nas mãos ou fuzil !
És tu... “Auriverde Anil”
Nossa alma verdadeira...
“BANDEIRA Amada do BRASIL !!!”
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
São Bernardo do Campo – SP
fechando a cortina

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Jb news informativo nr. 1174

  • 1. JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.174 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC São Paulo (SP) – terça-feira, 19 de novembro de 2013 (este informativo foi editado em São Paulo) Índice: Bloco 1 Almanaque Bloco 2 Opinião: Mario Gentil Costa “A Pantomima “ Bloco 3 IrHercule Spoladore – “ A República como foi Proclamada” Bloco 4 -Ir Pedro Juk – Perguntas e Respostas – (do Ir Juliano Francisco Martinho – Arrumando o Altar ) Bloco 5 -Destaques JB Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Hoje, 19 de novembro de 2013, 323º dia do calendário gregoriano. Faltam42 para acabar o ano. Dia da Bandeira do Brasil; Dia Mundial do Xadrez; Internacional do Homem; Dia Nacional de Mônaco Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
  • 2.  461 - É eleito o Papa Hilário  1499 - Vicente Yáñez Pinzón, navegador espanhol, partiu da Espanha, tendo alcançado a costa brasileira em janeiro do ano seguinte, antecedendo a Pedro Álvares Cabral, o seu descobridor oficial  1807 - Humphry Davy escreve à Sociedade Real Britânica sobre as propriedades do elemento que acaba de descobrir: o Potássio  1807 - Junot cruza a fronteira portuguesa dando início à 1ª invasão francesa  1819 - Inauguração do Museu do Prado em Madrid, Espanha  1863 — O presidente americano Abraham Lincoln dedicou a Gettysburg Adress em uma homenagem à todos os soldados americanos mortos na Batalha de Gettysburg (veja também Pensilvânia)  1889 - Proclamação da República do Brasil: o governo provisório brasileiro baixa os primeiros decretos, regulamentando a bandeira do Brasil, o brasão de armas, o hino Nacional do Brasil e o selo nacional  1906 - Comemora-se pela primeira vez o Dia da bandeira do Brasil  1910 - Chegada dos missionários da Assembleia de Deus no Brasil  1946 - Afeganistão, Islândia e Suécia são admitidos como Estados-Membros da ONU  1964 - Primeira votação do documento Lumen Gentium no Concílio Vaticano II  1966 - Lacerda e Juscelino emitem a Declaração de Lisboa, onde afirmam a intenção de trabalhar juntos numa frente ampla de oposição  1969 o Pelé marca o seu milésimo gol, às 23h11, na sua 909º partida, realizada no Maracanã, no jogo Vasco 1 x Santos 2, válido pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa o Os astronautas da missão Apollo 12, Charles Conrad e Alan Bean, alunaram  2000 - No Japão, o presidente do Peru, Alberto Fujimori, anuncia a sua renúncia ao cargo  2010 - Explosão em mina na Nova Zelândia soterra 29 mineiros.  Dia da Bandeira do Brasil  Dia Mundial do Xadrez  Dia Mundial da Prevenção a Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes  Dia Nacional de Mônaco  Dia Internacional do Homem 1 - almanaque Eventos Históricos Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas. feriados e eventos cíclicos
  • 3.  Dia do Cordelista (Brasil)  Feriado Municipal de Odivelas(Portugal)  Feriado Municipal da Trofa(Portugal)  Feriado Municipal de Santo Anastácio (São Paulo)  Dia Nacional da Mancada Brasil  Aniversário de Paiçandu Brasil ( Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 17ª edição e arquivo pessoal ) 1977 Decreto nr. 84 do Grande Oriente do Brasil determina a execução do mesmo cerimoniual para o Pavilhão Nacional nas Sessões Magnas de todos os Ritos 1980 Fundação da ARLS União Brasileira II, de Florianópolis, que trabalha no Rito Brasileiro (GOB/SC) 1980 Fundação da Loja Maçônica Obreiros da Paz no. 6 – Oriente de Piraúba MG – Obediência: G O M G – Federado à COMAB – Reunião: Segunda-Feira – Rito: REAA. 1985 Fundação da Loja Maçônica Manchester Mineira nr. 2521 – Oriente de Juiz de Fora MG. Obediência: G O E M G – Reunião: Segunda-Feira – Rito: REAA 1996 Funndação da ARLS Ordem e Progresso nr. 65, de Joaçaba (GLSC) 1996 Fundação da ARLS Manoel Gomes nr. 24, de Flortianóipolis (GLSC) 2001 Fundação da Loja Maçônica Vigilantes do Pará no. 3411 – Oriente de Pará de Minas MG – Obediência: G O E M G – Federado ao GOB – Reunião: Quinta-Feira – Rito: REAA 2003 Fundação da ARLS Fraternidade Lourenciana nr. 86, de São Lourenço do Oeste (GLSC) Rádio Sintonia 33 e JB News. Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal. Acesse www.radiosintonia33.com.br fatos maçônicos do dia
  • 4. Mario Gentil Costa - Florianópolis. Contato: magenco@terra.com.br http://magenco.blog.uol.com.br “A PANTOMIMA” Manoel do Prado nunca foi dado à pratica de esportes. Não que não gostasse. Muito ao contrário. Adorava, mas simplesmente não levava jeito. Faltava-lhe a ginga ou, como diria o velho sambista, não tinha o parangolé. Era, entretanto, um assíduo torcedor de futebol, seu esporte preferido e, mesmo não se envolvendo diretamente na parte física da prática do mesmo, organizava, com a anuência e o estímulo do diretor esportivo do colégio, um padre jovem e entusiasta, as tabelas dos torneios, além de supervisionar a manutenção do material que, sob seus cuidados, estava sempre convenientemente em dia. Enchia e encerava as bolas, até as costurava quando rompiam. Além disso, para aumentar a importância da sua participação, lia freneticamente sobre a matéria e aprendera tanto que acabou sendo convidado a dar palestras para os atletas, diante de quem, assumindo a postura de um especialista, proferia, no início da temporada, do alto de um pódio instalado no galpão coberto, uma verdadeira aula magna sobre os aspectos disciplinares que a boa educação esportiva exigia, dando ênfase às punições a que se expunham os faltosos. Seu conhecimento a respeito era tão vasto, que sabia de cor as famosas 17 regras do esporte bretão. Diante de tanta competência teórica, tentou a carreira de árbitro, que infelizmente durou pouco, demitindo-se ele próprio após algumas partidas, por sinal, com a plena concordância dos diversos contendores, que não se conformavam com sua visível inaptidão para correr atrás das jogadas. Postava-se, como um galo preso, dentro do grande círculo e dali não arredava pé, virando o corpo prá-lá-e-prá-cá, esticando e encolhendo o pescoço, como se desse bicadas no ar, e apitando as faltas com absoluta imparcialidade. Só que uma miopia acentuada, tipo fundo-de-garrafa, não lhe permitia ver detalhes à distância, e sua margem de erros era tamanha que acabou dando origem a verdadeiras batalhas campais. No jogo final do torneio, por exemplo, deixou de assinalar uma penalidade máxima escandalosa em favor do time que estava perdendo por 1 x 0 e dependia do empate para ganhar o título, e logo em seguida, quando faltavam dois minutos para o encerramento, apitou outra que não existiu e foi convertida em gol em favor do time que vencia. Resultado: 2 x 0. E o mais triste é que prejudicou precisamente o lado em que jogava seu ídolo, o inimitável Júlio Saramago, craque consagrado do colégio, que, dono de um pavio curtíssimo, perdeu a cabeça e partiu para agredi-lo. Não fosse a turma-do-deixa-disso, que interveio em tempo hábil, nem é bom imaginar onde teria ido parar o bem intencionado mediador. 2 - Opinião - “a pantomima” Mario Gentil Costa
  • 5. - Você é um ladrão! - esbravejava o descontrolado craque, para logo em seguida arrepender-se. - Eu não enxerguei, pô! Senão, teria apitado... - protestava Maneca, consternado com a acusação imerecida. - E o outro pênalti? Por que apitou? - Porque enxerguei, ora bolas! - É isto mesmo, você é um cego! Tá sempre trocando as bolas! - arrematou Saramago, já mais calmo. Essa dolorosa discussão encerrou a carreira de Maneca do Prado, que admitiu seus erros e ficou profundamente abatido. Serenados os ânimos, Júlio Saramago, que, de resto, fora de campo era um excelente sujeito, pesaroso dos imprompérios que lançara contra seu mais devoto admirador, “que podia ser míope, mas era honesto...”, estendeu-lhe cavalheirescamente a mão e pediu desculpas. Saramago gostava do Maneca, tanto que, à parte o futebol, convidava-o para sair e até namoraram duas gêmeas. Se um era sério, sisudo, compenetrado, o outro vivia aprontando molecagens, e talvez em conseqüência disso, o namoro a dois não foi longe. Diga-se de passagem que poderia ter ido se não coincidisse com o fato de que as irmãs, embora iguais, tinham temperamentos opostos, e a que coube a Saramago, sempre festivo e barulhento, também era calada e tímida. Tivesse acontecido o contrário, e, quem sabe, não teria saído dali um duplo casamento? - Vamos trocar? - ele propôs, percebendo o detalhe que causava todo o descompasso. - Não tenho jeito pra isso, Julinho. Troca de casais. Dá impressão de orgia, de bacanal. Fico constrangido só de imaginar. Nosso azar foi que erramos na pontaria desde o começo. Agora fica assim mesmo. Talvez dê certo. Uma me alegra; outra deixa você triste. E ficamos empatados. - Então, vamos acabar com esse namoro. A minha é muito chata. - Se você prefere assim... - arrematou Maneca, concluindo: - Está certo. E acabaram. Sua camaradagem, entretanto, não sofreu. Em vésperas de provas, estudavam juntos e, nesse particular, Maneca levava enorme vantagem, ajudando o companheiro que, conquanto inteligente, tinha aversão por certas matérias e, simplesmente, não conseguia estudá-las. Essa era, no íntimo, a grande vingança de Manoel do Prado que, péssimo futebolista, era o primeiro aluno da classe. Compreendendo a ojeriza do amigo por História, Geografia, Literatura e Latim, preparava-lhe resumos comentados que lhe permitiam absorver o essencial para passar de ano. A convivência diária acabou por gerar uma intimidade tal que Saramago, impiedoso gozador, sentia-se à vontade para explorar os tiques e as manias de Maneca, a ponto de chamá-lo impiedosamente de “ceguinho” na frente de terceiros, exagerando suas idiossincrasias e inventando passagens em que o amigo sempre levava a pior. Se tomava conhecimento de uma piada, imediatamente o personalizava no papel do otário, geralmente o português ou aquele que saía perdendo para o papagaio astuto. Maneca ouvia tudo calado e, em sua habitual bonomia, aceitava resignadamente o papel que lhe era atribuído. E se alguém lhe perguntava “É verdade, Maneca?”, limitava-se a dizer, com ar conformado: “É história dele, mas deixa-prá-lá! Esse cara não tem jeito...” O tempo passou, o curso ginasial chegou ao fim. À exceção dos bigodinhos e do crescimento natural dos corpos e dos apetites, quase nada mudou. Mas, depois da formatura, com habilidades e pendores tão diferentes, cada um foi para seu lado.
  • 6. Manoel do Prado fez concurso público para uma repartição federal e, aprovado em primeiro lugar, dedicou-se inteiramente ao trabalho. Logo em seguida, casou-se. Vieram os filhos, e ele isolou-se no limitado círculo doméstico, sumindo de vista. Lia cada vez mais e adquiria uma cultura crescente e, quanto mais isso acontecia, menos amigos tinha. Passou a ser visto como um intelectual esquisito e foi ficando no ostracismo. Júlio Saramago, ao contrário, desenvolveu seu talento natural e, em pouco tempo, era uma estrela do futebol profissional, convocado sempre para a seleção estadual. Sua fama extrapolou fronteiras e transformou-o num ídolo das multidões. Chegou a ser convidado a jogar num grande clube do Rio de Janeiro, mas, filho único, teve dificuldades de convencer os pais a deixá-lo partir para o que chamavam de “perdição da cidade grande”. Graças a seus contatos com dirigentes do clube em que jogava, e que tinham influência política, obteve um bom emprego numa para-estatal, e quando sua carreira esportiva chegou ao fim, estava com o futuro garantido. Já meio coroa, anos portanto depois de Maneca, casou-se e teve uma belíssima filha. Mas seu casamento não deu certo, e ele voltou à velha vida de boêmio solteiro. Vivia cercado de amigos e de mulheres. Um dia, no meio de uma roda de ex-companheiros que recordavam o passado, um deles, chamado Nei, que era outro gozador, lhe perguntou: - Julinho? E o Maneca do Prado, por onde anda? - Sabe que eu nunca mais vi aquela peça? Às vezes, tenho vontade de ligar para ele, mas soube que quase não sai de casa. Vive lendo..., agora que herdou a biblioteca do pai... - Como você tripudiava sobre o pobre coitado... Pensa que eu não me lembro? - Não sei quem foi que me disse que ele anda meio maníaco... - observou Saramago, com expressão irônica e ar reticente. - Novidade!... Ele já era um poço de manias... - comentou Nei. - É..., mas agora é coisa séria...; parece que deu para estudar árvores genealógicas...; que vive, de bloquinho na mão, bisbilhotando a vida alheia..., ajuntando dados nas bibliotecas, nos cartórios e nas sacristias. Dizem que anda fuçando até no Instituto Histórico e Geográfico. - Bem..., nessas duas matérias, ele era um cobra. Eu me lembro. - Sem dúvida. Sabia tudo. E eu tinha um verdadeiro bloqueio... Sem a ajuda dele, acho que nunca teria saído do colégio. Tinha a pachorra de me trazer tudo resumido, e eu passava na tangente. Bom sujeito, o Maneca! Ingênuo como só ele, mas um ótimo sujeito. - E que amigo! Hoje não se vê mais isso! - exclamou Nei. - De fato. Bons tempos que não voltam mais... - lamentou Saramago. - A vida era uma eterna galhofa... - emendou Nei. - E a gente achava que era imortal... - filosofou o outro. - Vamos fazer-lhe uma visita juntos? - propôs Nei, subitamente saudoso. - Não, vamos fazer melhor... - retrucou Saramago, o olhar de novo aceso. Tinha-lhe ocorrido uma idéia e já montava um plano para pô-la em prática. - O que você sugere? - indagou Nei, interessado. - Você vai lá e, como quem não quer nada, quando achar que a ocasião é oportuna, conta-lhe uma história a meu respeito. Mas com jeito, hein? Diga que eu virei bicha... - Ah, não! Ele pode ser o pai da ingenuidade, mas não vai acreditar nisso... - Claro que vai. Se você souber dizer... - Eu não sou bom ator..., vou me trair... - Faça o seguinte: comece dizendo que eu me separei; que o meu casamento foi pro brejo. Ele vai perguntar por quê. Aí você entra..., de leve..., como quem conta um segredo entre amigos...
  • 7. - Por exemplo? - Diga que minha mulher me flagrou na cama com um negão... - Cê tá brincando... Acha que ele vai entrar nessa? - Vai, eu garanto... - Como? - Deixe comigo. Você atiça a curiosidade dele e o leva a um lugar qualquer, digamos..., ao Escuna-Bar..., em data e hora previamente combinados. Eu apareço e faço uma demonstração... Ele vai cair como um pato. Quer apostar? - Tá bem, eu vou tentar - concordou Nei, outro moleque juramentado, já esfregando as mãos em ansiosa antecipação. Tudo acertado, lá estavam os dois quando Júlio Saramago entrou. Fez de conta que não os viu e dirigiu-se ao balcão. No corredor, passando rente à mesa, já rebolava escandalosamente, emitia gritinhos e dava adeusinhos em todas as direções, com os dedinhos em leque e o pulso fletido. De costas, aboletado numa banqueta, começou a passar a mão num e noutro, todos conhecidos que, acostumados a suas palhaçadas, não estranharam nem desconfiaram de nada. Manoel do Prado, estarrecido, olhava para Nei e, com olhos esbugalhados, dizia: - Pois não é que é verdade, rapaz? É incrível! Esse cara era o tipo do machão. Não podia ver um rabo-de-saia. Tínhamos até namoradas juntos... - Então eu não me lembro? Aquelas gêmeas? Também não quis acreditar, quando me contaram - Nei confirmou, solidário, acrescentando: - Mas a vida tem dessas coisas. De repente, virando-se no balcão com um requebro proposital, Saramago deu com os dois e veio. Maneca já ia esconder-se embaixo da mesa, quando a voz do ex- companheiro, num falsete exageradamente agudo, abafou o murmúrio geral, gritando: - Manequinha, meu amor! Há quanto tempo eu não te via? Onde tens andado, querido? O desejo sincero de Manoel do Prado era fugir porta afora. E já fazia menção de se levantar, quando Nei, prevenido, segurou-o pelo braço: - Calma, Maneca! Ele só quer te dar um abraço... - Você tá louco? - e o indigitado forcejava para sair. Júlio Saramago já estava quase em cima e não perdeu tempo. Num salto elaborado, sentou-se no colo do infeliz. E começou a acariciar-lhe o rosto, os cabelos, exclamando: - Manequinha, como você está lindo! Ah, que saudade dos nossos velhos tempos! Dominado por um pânico incontrolável, Maneca deu um safanão em Saramago com o ombro e o cotovelo e, projetando-o por terra, arremeteu pelo corredor entre as mesas, ganhou a rua e saiu em disparada. Os dois correram atrás, mas foi inútil. Ele sumira na escuridão. No outro dia, seu telefone tocou. Era Saramago, com a voz fina e impostada: - Manequinha? O que foi que deu em você, meu querido? Quase quebrei a bacia naquele chão duro. Nunca o imaginei capaz de tanta violência. Que homem machão você se tornou! - Olhe, Julinho. Eu sinto muito. Mas fique longe de mim, tá me entendendo? Eu sou casado..., pai de filhos. Nunca me arrependi tanto de ter ido àquele antro. De qualquer maneira, vou rezar por você. Mas por favor, desligue. Não temos mais nada para conversar. Passe bem!
  • 8. - Espere, Manequinha! Não saia da linha. Eu não imaginava que você fosse reagir daquele jeito. Afinal, não tenho culpa do que me aconteceu. É a vida, querido. - Não quero ouvir mais nada, Julinho. Viva sua vida como quiser, mas trate de me esquecer. Por favor, não telefone mais. - Espere! Não desligue ainda, querido. Antes, preciso que me perdoe! - implorou Saramago, com a voz propositadamente embargada. - Está perdoado. Mas saia da linha! - E também quero que saiba que sempre tive uma queda irresistível por você. Qualquer dia desses, quando você estiver mais calmo, volto a ligar para marcarmos um encontro, tá bem, Manequinha? - Quer saber de uma coisa, Júlio Saramago? - Fale, meu amor! - Vá à merda! E o telefone ficou mudo. Saramago e Nei, que estava ao lado ouvindo numa extensão, rolavam no chão de tanto rir. Dias mais tarde, Maneca, procurado pelo segundo na repartição, confessava sua revolta: - Você acredita que ele teve a coragem de me telefonar? - Não me diga! - Tô lhe dizendo! E disse que vai ligar de novo. Já estou providenciando a troca do meu número. - Sinto muito, Maneca. Afinal, de certa forma, o culpado sou eu. - Você não teve culpa alguma. Eu é que não devia ter ido lá. - Olhe, vamos esquecer isso tudo. E, para me redimir, quero lhe fazer um convite... Na realidade, vim aqui pra isso... - Convite? Convite pra quê? - perguntou Maneca, já ressabiado. - Eu sei que você adora uma carne. Pelo menos, adorava. Estou errado? - Claro que não. Continuo gostando muito de carne. - Então vamos ao churrasco da saudade, no colégio. É amanhã, sábado. Combinado? - Tem certeza de que ele não vai aparecer? - Claro que tenho! Os padres já sabem de tudo e proibiram sua entrada... - Então está bem. Combinado! - Passo em sua casa às dez. Tudo estava preparado. Júlio chegou antes e escondeu-se no banheiro do vestiário. Enquanto isso, Nei encarregou-se de criar uma rodinha de velhos companheiros do time de futebol e foi enchendo de chope o pobre Maneca que, distraído na conversa, derrubava um copo atrás do outro. Lá pelas tantas, com a bexiga estourando e já meio tonto, ele declarou: - Meus amigos, preciso tirar a água do joelho. Já volto. Meio cambaleante, ele esvaziava a cervejada e assobiava uma modinha, olhando fixamente o interminável jato que escorria pela calha de aço junto à parede, quando ouviu um ruído e virou-se. Saramago, sacudindo, com um sorriso de mofa, a chave da porta, pendurada na ponta dos dedos, olhava propositadamente para o que Maneca segurava na mão e dizia, à medida que avançava: - Que maravilha, Manequinha! Ah, desta vez você não me escapa! - e, arriando rapidamente as calças, virava-lhe o traseiro, acrescentando: - Venha, Manequinha. Aproveite! Manoel do Prado, assombrado, guardou precipitadamente seu instrumental e, com o jato caudaloso ainda em pleno andamento, começou a gritar, a calça de brim azul-claro já toda molhada: - Socorro!!!... Abram a porta!!!... Socorro!!! E Saramago, fazendo coro com seus berros, insistia: - Venha, Manequinha! Venha, querido!! Aproveite!!! Maneca, acuado, sem saber como livrar-se do assédio, bradava, desesperado:
  • 9. - Prefiro a morte!!!... Prefiro a morte!!! Enquanto isso, Nei, que, precavido, reservara uma duplicata da chave, escancarava a porta e espiava para dentro. Maneca, com a braguilha ainda aberta e a mancha escura já escorrendo pela perna esquerda da indumentária, surgiu à sua frente como um bólido, deu-lhe um safanão com o cotovelo, disparou pelo galpão e atravessou o pátio rumo à porta da rua. O resto do pessoal, que nada sabia da tramóia, correu para o banheiro e o que viu, foi os dois amigos dando pulos e rindo tanto que escorriam lágrimas de seus olhos. *** Foi um trabalho para desfazer o mal-entendido. Finalmente, depois de infrutíferas tentativas de reaproximação, por telefone, Júlio Saramago procurou o velho amigo no emprego e fez o possível para convencê-lo de que tudo não passara de mais uma brincadeira de mau gosto. *** Os anos passaram. Hoje estão todos grisalhos. Mas sempre que pode, quando eventualmente se encontram, e o clima do ambiente favorece, Júlio Saramago ameaça um trejeito que lembra o episódio, e Manoel Prado, por via das dúvidas, continua alerta, sempre pronto a sair em disparada. A prova disso é que, recentemente, interpelado de propósito, no centro da cidade, por alguém que estava no Escuna-Bar naquela noite inesquecível, ele deixou transparecer sua velha incerteza: - Escuta, Maneca, é verdade que o Saramago é bicha? - Quem..., o Júlio Saramago? Claro que não!! - Mas me disseram que ele quis sentar no seu colo... - Onde? Quando? - No Escuna Bar... - Quem lhe disse? - O Nei..., uma noite dessas... - Então, fique de olho, meu chapa. Eles estão lhe preparando alguma coisa... - profetizou Maneca, com ar reticente, enquanto olhava a data no mostrador do relógio e apenas acrescentava um sorrisinho enigmático. - O que quer dizer com isso, cara? - Você não foi aluno do Catarinense? - Fui, por quê? - Ah,ah,ah!... E ele o convidou para o Churrasco da Saudade, no próximo sábado...(?) - antecipou-se o Maneca, já com a certeza de que seu raciocínio se confirmava. - Convidou. E daí? - Quer um conselho, meu caro? Não vá!... Ouça bem!... Não vá!!! - Ah, você está misterioso demais pro meu gosto, Maneca. Por que eu não haveria de ir? É um negócio bacana, aquele... - Bacana, é?... Já lhe disse: não vá!! - insistiu Maneca, de dedo em riste, enquanto se afastava pelo calçadão. - Quer dizer que você também não vai... - provocou o outro. - Eu? - ele gritou, voltando-se de certa distância e chamando a atenção dos que passavam: - Ir ao Churrasco da Saudade? Você tá louco? Prefiro a morte!!... - e repetiu, mais alto ainda, a expressão do olhar perdida no passado distante: - Prefiro a morte!!!...
  • 10. Mario Gentil Costa A REPÚBLICA, COMO FOI PROCLAMADA Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” As causas principais que levaram o Império a cair foram: Abolição dos Escravos com a expropriação dos donos de escravos que não receberam a indenização do investimento financeiro que haviam feito. Centralismo econômico-financeiro, o qual era normal enquanto a Província do Rio de Janeiro era o guindaste da economia nacional, tendo como base a plantação de café. Porem, com o enfraquecimento dos seus solos, e quando as outras Províncias começaram a produzir, principalmente São Paulo passaram a exigir outro tratamento por parte Imperador o qual sempre se negou a atender os seus interesses, centralizando tudo no Rio de Janeiro, quando a realidade nacional já era bem outra. Militares. Emergentes da Guerra do Paraguai tornaram-se indisciplinados e poderosos. Apareceu uma geração de altos oficiais que foram promovidos de forma rápida e que começaram a ocupar os espaços dos velhos marechais e outras oficialidades e entre eles os de Caxias e Osório já falecidos. Esta nova geração, esquecendo seus postos de soldados, começou a protestar e criticar tudo e ainda se imiscuir em problemas da nação que não lhes dizia respeito. Começaram os jovens oficiais a se pronunciar contra o poder civil abertamente. As escolas militares passaram a politizar demais seus alunos constando em seus currículos alem das teorias de guerra, que eram absolutamente necessárias na formação dos soldados, ensinavam positivismo, neo-sociologismo e outras idéias avançadas. Não resta dúvidas, que a constante escaramuça entre o poder militar e o poder civil, especialmente contra o Ministério da Guerra sempre sob o comando de um civil, e em permanente regime de confronto, não havendo habilidade para tratar os militares, punindo- os, quando em certas situações as soluções poderiam ser mais políticas. Alem destes fatores haviam outros de menor importância, como a Questão Religiosa , a possível ascensão ao poder do Conde D’Eu( maçom), esposo da beata Princesa Isabel, não muito apreciado pelos brasileiros, além da economia obsoleta e estagnada do Império quando a situação internacional exigia novos modelos econômicos. Já estávamos em plena era industrial E não podemos deixar de mencionar a participação e luta dos republicanos, que desde o Manifesto de 1870 estavam difundindo a nova doutrina. A quase 3 – a república, como foi proclamada Ir Hercule Spoladore
  • 11. totalidade dos republicanos eram maçons e estes se não foram os responsáveis diretos, pelos menos fizeram a diferença nos últimos estertores da monarquia decadente. Houve a participação de maçons e não da Maçonaria. Estava preparado o palco dos acontecimentos. No dia 07/06/1889 tornou-se chefe do 36º Gabinete do 2° Império, o monarquista convicto, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto (iniciado na “Loja Amizade” – São Paulo) que trazia um programa mais liberal de governo tais como extensão do direito de voto, maior autonomia municipal, casamento civil e liberdade de cultos. Ouro Preto estava firme na proposição de impedir o movimento dos republicanos através de algumas reformas e também combater a indisciplina militar. Como a Câmara dos Deputados não aceitou o plano de reformas imposto pelo Gabinete Liberal, esta foi dissolvida no dia 17/06, sendo convocada novamente somente em 20/11. Entre as várias causas que estavam alimentando uma provável conspiração, esta veio agravar ainda mais. Os conspiradores militares desde o final de Outubro de 1889, estavam se articulando e ao mesmo tempo entrando em confronto com o Gabinete Ministerial, sempre em função das suas rusgas com o dito Ministério, cujo titular era o visconde de Ouro Preto. Não esqueçamos que apesar do grande poder do Imperador, o Brasil era governado por uma monarquia constitucional. O maçom e positivista Benjamin Constant era para ser o líder do levante. Mas ele próprio admitia que era necessário para ocupar este cargo um militar de carreira e que Deodoro reunia todas qualidades que resumiam a angustia, o protesto dos militares. No dia 04/11, o maçom Deodoro da Fonseca( iniciado na Loja “Rocha Negra“ São Gabriel RS e pertenceu posteriormente à Loja “02 de Dezembro” – Rio de Janeiro), apesar de doente, pois tinha uma dispnéia que o perseguia há tempos de origem cardíaca, inclusive com edema das extremidades, tendo que se acamar com freqüência, recebeu em sua residência, um grupo de oficiais e estes disseram a Deodoro que Ouro Preto pretendia reorganizar a extinta Guarda Nacional e fortalecer a Polícia no Rio para fazer frente ao Exército. Deodoro teria comentado que só mudando a forma de governo e ao mesmo tempo deu o seu aval o grupo para conseguir mais adeptos. Estes procuraram entre os civis da causa republicana os maçons Quintino Bocaiuva, Aristides Lobo e em São Paulo, Manoel Ferraz de Campos Sales, também maçom e que pôs ao par da provável sedição, todos os republicanos paulistas. Só que os civis falavam de República e os militares ainda falavam na queda do Gabinete de Ouro Preto, que os perseguia. Tanto é verdade que no dia 09/11, enquanto a Monarquia se deliciava em seu famoso e último baile na Ilha Fiscal, com convite para 4.500 pessoas, o Clube Militar se reunia e ninguém pronunciou o termo república. O próprio Benjamin Constant não disse o “nome”. Em seu discurso para mais de cem militares, foi enfático, afirmando solenemente que se dentro de um prazo de oito dias não fosse resgatada a honra castrense, ou seja, a honra militar, iria para a as ruas quebrar a espada e derramar sangue. No dia 10/11 já havia sido decidido na residência de Benjamin Constant, que o Império seria derrubado, numa reunião na qual participaram Quintino Bocaiúva, Campos Salles, Francisco Glicéreo e Aristides Lobo que no dia seguinte estariam presentes em outra reunião na casa de Deodoro. Somente no dia 11/11 foi falado abertamente com Deodoro sobre a República. Deodoro relutou muito, pois respeitava muito D.Pedro II. Tiveram que usar de toda a persuasão possível para convence-lo. Mas mesmo assim ele talvez pensasse apenas em derrubar o Gabinete Ouro Preto. Quando Bocaiúva, Rui Barbosa, Aristides Lobo
  • 12. Campos Sales, Frederico Solon Sampaio Ribeiro Francisco Glicério chegaram a residência de Deodoro, encontraram lá o almirante Eduardo Wandenkolk (maçom) que foi o primeiro oficial da Marinha a aderir à conspiração. Benjamin Constant também presente foi muito transparente quando afirmou que seria necessário proclamar a República. Deodoro ouviu a todos e referiu ser muito amigo do Imperador. Ainda Benjamin disse do seu receio à respeito de Floriano Peixoto(maçom), que era então ajudante-general do gabinete ministerial. Deodoro acalmou os presentes afirmando que na hora exata, Floriano estaria do lado dos militares. Entretanto de qualquer forma Floriano era uma figura enigmática e seu comportamento até a deposição do Gabinete foi um tanto ambíguo, pelo menos aparentemente. No dia 14/11 o major Frederico Solon Sampaio Ribeiro, maçom, saiu do Campo da Aclimação, deslocando o 9º Batalhão de Cavalaria e 2º Regimento de Artilharia para o da Praia Vermelha. Ele era de opinião que o levante deveria ocorrer imediatamente, porem o tenente coronel Benjamin Constant, líder dos cadetes da Escola Militar, não achava prudente, porque haviam muitos oficiais que ainda não estavam convencidos. Solon estava desesperado porque tinha em mãos, os dois melhores regimentos, os mais preparados e engajados contra o Governo de Ouro Preto e estes estavam sendo transferidos para um local mais distante. Solon achava que a revolução se diluiria se os regimentos fossem transferidos para a Praia Vermelha. Foi aí que teve uma idéia bastante original. Espalhou o boato por todo o Rio de Janeiro que o Governo ordenara a prisão de Deodoro e Benjamin Constant e que vários regimentos estavam sendo deslocados para o interior do país e quem manteria a ordem seria a Guarda Negra, fundada pelo vereador, maçom José do Patrocínio, grande abolicionista, porem fiel à Princesa Isabel. Esta guarda era composta de capoeiristas, considerados na época maus elementos e até de alguns bandidos e como tal não se dava bem com os republicanos. Interessantes são os caminhos da História , eis que no dia da Proclamação da República, Patrocínio aderiu à mesma. No dia 14/11 chegou às mãos do Ministro da Guerra, uma carta de Floriano onde ele referia que “que tramam algo”, mas que isso não tinha importância porque conhecia a fidelidade dos chefes. Ouro Preto que já tinha percebido há muito tempo que alguma coisa estava prestes a acontecer, reuniu o seu Gabinete neste mesmo dia. Seu Ministro da Guerra, o visconde de Maracajú ( Rufino Enéias Gustavo Galvão), afirmou que a ordem pública seria mantida que qualquer forma. Ouro Preto quis saber do envolvimento de Deodoro e lhe foi respondido que nada constava contra Deodoro, o qual inclusive achava-se enfermo. Nestas alturas o boato espalhado por Solon já estava surtindo os seus efeitos. Neste dia Benjamin Constant, vindo da casa de Deodoro, encontrou-se com Aristides Lobo e Francisco Glicério. Ele estava desanimado com o estado de saúde de Deodoro, inclusive achando até que este viesse a falecer. Eles não sabiam que o boato estava tomando corpo. A notícia da prisão eminente dos correligionários chegou aos ouvidos de Quintino Bocaiúva e este mandou saber no Clube Naval, onde se achava Benjamin Constant se tudo estava bem com ele. O mensageiro voltou dizendo que sim, e que o levante havia sido adiado para o dia l7/11. Quintino Bocaiúva assustou-se com a perspectiva de adiamento, procurou o major Solon e os dois deliberaram que apesar da doença de Deodoro, a sorte da sedição estava em jogo e marcaram para o dia 15 onde jogariam tudo ou nada. Sim, no dia 15 de Novembro, sexta-feira. Uma vez estando tudo definido, necessário se torna , analisar alguns pontos.
  • 13. A Proclamação da República acabou acontecendo em meio a uma série de trapalhadas, desencontros entre os lideres, confusões, boatos e com Deodoro relutante até o fim quanto à proclamação de um novo regime ou não, já que ele era monarquista e estava indeciso, e ainda a República aconteceu praticamente sem derramamento de sangue. As tropas rebeladas estavam em São Cristóvão, nos quartéis e na Escola Militar. O marechal Deodoro que havia passado o dia na casa de seu irmão recuperando-se, voltou à sua residência, um sobrado no Campo de Santana. Ouro Preto, estava em sua residência próxima a Estação São Francisco quando foi avisado da revolta, mais ou menos um pouco antes da meia-noite do dia 14. Em seguida dirige-se a Secretaria de Polícia. Ouro Preto teve a desdita de perceber que a resistência aos sediciosos não havia começado ainda. O Ajudante-General Floriano Peixoto apresentou novamente um comportamento um tanto estranho e incoerente. Floriano soubera da sublevação da 1ª Brigada através do capitão Godolfin, que viera lhe falar em nome do tenente coronel João Batista da Silva Telles e não o pendera. Alegou para Ouro Preto que se o prendesse, logo o saberiam, e poderiam ataca-los militarmente. Ouro Preto convoca imediatamente uma reunião ministerial e manda um telegrama à D.Pedro II relatando o ocorrido, o qual só é recebido pela manhã do dia 15. Este, continua a sua rotina normal, escreveu seus dois sonetos diários, praticamente não tomando conhecimento. Floriano vai para Quartel General no Campo de Santana. Lá recebe o tenente coronel Silva Teles, comandante da 2ª Brigada, limitando-se a aconselha-lo a ter cuidado a não se precipitar e referiu ao mesmo que gostaria de falar com Deodoro e Benjamin Constant. Ouro Preto por sugestão de seu Ministro da Guerra, visconde de Maracajú se transfere com todo o Ministério para o Quartel General, chegando lá mais ou menos às 7 horas. Seguindo os acontecimentos, os Oficiais da 2ª Brigada, acharam por bem avisar a Benjamin Constant que a revolução estava em andamento, uma vez que ele, pensava que ela seria deflagrada somente no domingo, dia 17. Ele foi acordado de madrugada. Benjamin Constant, enviou seu cunhado, o capitão Bittencourt Costa a casa de Deodoro, avisa-lo, e juntamente com seu irmão carnal major Botelho de Magalhães, foram sublevar os cadetes da Escola Militar na Praia Vermelha. Deodoro, estava dormindo, pensou ser uma cilada do Governo levantou- se com extrema dificuldade, sob os protestos de sua esposa, e só depois de saber pelo mensageiro que fora Benjamin Constant que o estava informando, fardou-se, colocou um revolver no bolso, colocou os arreios de sua montaria em um saco de lona, não levou a espada por não poder suportar o seu peso, tomou um tilburi e seguiu para São Cristóvão. Constant chegou antes de Deodoro e dirigiu-se à Escola Superior de Guerra onde foi verificar se tudo estava pronto. Todos os cadetes já estavam em armas. Os três Regimentos da 2ª Brigada, também. Então iniciou-se a famosa marcha que derrubaria o 2º Império. O únicos civis a seguirem com os sediciosos, que se tem notícia, foram o maçom Quintino Bocaiúva e o cidadão Antônio Rodrigues Campos Sobrinho, funcionário público que “engajou” no 2° Regimento de Artilharia. Na frente das tropas, marchou o 1º Regimento de Cavalaria, comandado pelo tenente-coronel João Batista da Silva Telles. Logo atrás, dois pelotões da Escola Superior de Guerra, liderados pelo tenente Pedro Paulino da Fonseca. A seguir o 2º Regimento com 16 canhões comandados pelo major João Carlos Lobo Botelho.
  • 14. Fechando este contingente, vinha o 9º Regimento de Cavalaria, comandado pelo major Solon Sampaio Ribeiro. O regimento marchou a pé, por falta de eqüinos, porem trazia munições em carroças atrás da tropa. Estavam trazendo carabinas Winchester, as quais eram munições novas no Exército e os soldados ainda não estavam treinados suficientemente para usa-las. As forças reuniam em torno de 450 praças e 50 Oficiais, mais os cadetes, perfazendo mais ou menos um total de 600 homens. A maioria dos soldados, mal armados, não sabia que estavam marchando para derrubar a monarquia. Ainda para piorar, a oficialidade que estava junto com as tropas, era de média patente. Os comandantes na sua maioria eram monarquistas e não estavam presentes. Vendo que com aquele contingente, os revoltosos não iriam muito longe, Benjamin Constant, o cérebro da revolução, mandou o tenente Lauro Müller(Loja “Dois de Dezembro” Rio de Janeiro e “Acácia Itajaiense” SC) ir a casa de Deodoro para saber onde ele estava. Deodoro já estava a caminho, e encontrando os revoltosos mais a frente, a altura do Gasômetro do Mangue ainda dentro do tílburi, foi aplaudido freneticamente por toda a tropa. O velho marechal ordenou que a tropa continuasse avançando e com muita dificuldade saiu da condução em que estava e montou num cavalo. Quando chegou à saida da Rua Visconde de Itauna que vai dar no Campo de Santana, encontrou as forças da Marinha e da Polícia, prontas para dar combate aos sublevados. Quando as duas frentes se encontraram, houve hesitação por parte das forças fiéis ao Império, disso se aproveitando Deodoro com muita autoridade e habilidade. “Então não me prestam continência?” Marinheiros e policiais em resposta apresentaram as armas. Graças a astúcia, liderança e respeito que tinham por Deodoro, a revolta ganhava aí a primeira parte da luta, sem disparar um tiro sequer. Entretanto, dentro do Quartel General estavam 2000 soldados, bem armados. Apesar de ter um contingente de soldados bem maior e bem mais equipado que os revoltosos, segundo o Barão de Ladário ( José da Costa Azevedo), estas tropas não eram confiáveis. Ouro Preto, vendo um destacamento avançado e fazendo reconhecimentos, comandados pelo capitão Godolfin e mais oito soldados e que ninguém foi prende-los, achou muito estranho, e fala com Floriano, o 2º em comando no Ministério e este não tomou qualquer providência. Acabou ordenando ao general José de Almeida Barreto ( maçom), que fosse capturar o referido destacamento. Este se havia comprometido dias antes com os sediciosos, porem na última hora ficou do lado de Ouro Preto. Interessante que o general simulou que prenderia os soldados mas não o fez, e ainda ficou hesitante relutando em colocar suas tropas sob o comando de Deodoro. Refere a História que Deodoro usou um xingamento de baixo calão contra Almeida Barreto naquele momento. Dentro do Quartel General todos estavam nervosos, porem Floriano permanecia impassível, aparentando calma. A situação continuou sem definição até as oito horas da manhã do dia 15, quando então Deodoro coloca suas tropas em frente aos portões do quartel, e enviou o tenente-coronel João Batista da Silva Teles para levar um recado à Floriano, dizendo que queria conferenciar. Floriano com seu estado maior montados em cavalos sai para palestrar com Deodoro. Neste momento o barão de Ladário vindo em direção à Deodoro, salta de um cupê ministerial da Marinha, de revolver em punho atira em direção de Deodoro, errando o alvo. Atira de novo, e também não acerta. Neste momento os tenentes Müller e Adolfo Pena atiraram em Ladário, ferindo-o e acertando um
  • 15. dos tiros na região glútea. A pedido de Deodoro, não mataram o barão. Este foi o único sangue derramado na Proclamação de nossa República. Por sinal o barão de Ladario foi o único membro do governo que enfrentou as tropas rebeldes. Se o barão de Ladário tivesse matado Deodoro, não se pode prever quais seriam as conseqüências. No interior do Quartel General, Ouro Preto, quis fazer valer sua última chance, ordenando a Floriano que enviasse um destacamento e tomasse à baioneta os canhões( “bocas de fogo”) de Deodoro, dizendo que no Paraguai os soldados brasileiros haviam se apoderado da artilharia paraguaia em piores condições. Floriano respondeu: “Sim, mas as bocas do Paraguai eram inimigas e que aquelas que V. Excia está vendo, são brasileiras e eu sou antes de tudo um soldado da nação”. Neste momento, Ouro Preto viu que estava tudo perdido. Restava aos sediciosos entrarem no Quartel General e isso foi facilitado por um mais um sobrinho militar de Deodoro, o capitão Pedro Paulo da Fonseca Galvão que estava lá dentro. Referem que Deodoro ao entrar naquele reduto, teria dito “Viva Sua Majestade, o Imperador”. Apesar de muitos republicanos desmentirem, o alferes Cândido Rondon presente ao ato, que o Brasil haveria de conhecer seus feitos indianistas futuros, afirmou que ele realmente pronunciou tal frase. Deodoro logo após entrar conversou de forma íntima com Floriano e foi convidado a subir até o 1º andar, onde estava o Chefe de Gabinete a ser deposto. Deodoro, ao chegar lá, cumprimentou seu primo, o visconde de Maracajú, Ministro da Guerra e após um silêncio natural que acontece nestes momentos, disse a Ouro Preto: “Vossa Excelência e seus colegas estão demitidos por haver perseguido o Exército” Estando assim demitido todo o ministério, com Ouro Preto e Cândido de Oliveira, Ministro da Justiça, considerados presos e seriam deportados. Entretanto, Deodoro se referiu a D.Pedro II da seguinte maneira: “quanto ao Imperador tem a minha dedicação, sou seu amigo, devo-lhe favores, seus direitos serão respeitados e garantidos”. Referiu também que enviaria uma lista com nomes do novo ministério. Concluído o fato, Deodoro, desceu para se regozijar e confraternizar junto às tropas e os civis republicanos que se aglomeravam no Campo de Santana. O capitão Antonio Adolfo Menna Barreto deu tantos “vivas” à República que até teve um mal súbito, perdendo os sentidos. Entretanto em nenhum momento, Deodoro proclamou de peito aberto, a República. Após um tenente ter notado este fato e dito à Benjamin Constant, este disse em voz baixa a Deodoro que aquele momento, era a hora certa de dize-lo. Deodoro mandou tranqüilizar o tenente, alegando que a “nossa causa triunfou” e que se deixasse para o povo esta manifestação. O major Solon notou que a derribada da monarquia não estava a contento, teria dito a Deodoro que só embainharia a espada se ele proclamasse a república Os amigos de Deodoro afirmam que nesta hora ele teria dado “vivas” ao novo regime, mas não se comprovou. A seguir, Deodoro diante de suas tropas com Quintino Bocaiúva, cavalgando ao seu lado, tomaram o rumo do centro da cidade; Benjamin Constant e Aristides Lobo, foram à pé. O povo, atônito, e até assustado não sabia o que estava se passando. Nestas alturas, os sintomas do seu problema cardíaco estavam se agravando, uma provável insuficiência cardíaca congestiva, ele mal podia manter-se ereto na montaria, ainda assim quis ir até o Arsenal da Marinha para
  • 16. conferir “in loco” se tudo estava em ordem. Uma vez constatando que tudo estava bem, dirigiu-se até sua casa e acamou-se imediatamente. Mais ou menos às treze horas, isto é no inicio da tarde, se para os militares tudo estava resolvido e a honra militar havia sido resgatada, para os republicanos, a situação não estava muito transparente, pois até parecia que o movimento estava derrotado. D.Pedro retornou ao Rio de Janeiro, vindo de Petrópolis, por cerca das quinze horas, dirigindo-se ao seu palácio. Nesta mesma hora, percorrendo as ruas da cidade, Benjamin Constant, futuramente considerado o Pai da República, o articulador, o republicano por excelência achava muito estranho tudo o que estava acontecendo. Encontrando com o jornalista republicano Anibal Falcão, incitou que ele imediatamente agitasse o povo, alegando que a República ainda não estava proclamada. Falcão juntou-se aos republicanos Pardal Mallet e Silva Jardim e se dirigiram a Câmara Municipal. Procuraram o vereador monarquista José do Patrocínio, até então detestado pelos republicanos, mas que neste dia ele fez a sua profissão de fé republicana, e na condição de vereador mais jovem convocou uma sessão da Câmara imediatamente. Os republicanos arregimentaram as pessoas que puderam e na Câmara foi referendada uma moção que Aníbal Falcão havia escrito. O povo reunido isto é, mais ou menos cerca de 100 pessoas ouviu a aprovação da Câmara a moção “ O povo reunido em massa na Câmara Municipal, fez a proclamação da República na forma lei ainda vigente, pelo vereador mais moço, após a revolução que aboliu a monarquia do Brasil, o governo republicano”. A moção ainda referia para quem de direito proclamasse a República de fato. Foi feito um abaixo assinado representando o povo do Rio de Janeiro. De posse deste documento, os manifestantes foram se postar em frente à casa de Deodoro. Deodoro, por estar se sentindo mal, foi representado por Benjamin Constant (sempre ele), que da sacada do sobrado onde Deodoro morava afirmou ao grupo que um Governo Provisório convocaria uma Assembléia Constituinte para que a nação pudesse deliberar definitivamente a respeito de uma nova forma de governo. Esta vacilação de Constant talvez se devesse ao fato dele ser um homem pacifista, positivista de longa data e possivelmente não quisesse que o Exército tivesse um papel tão importante na administração de um novo regime, preferindo que uma Constituinte decidisse sobre como seria um novo regime. Entretanto, graças às atitudes de tomadas a seguir por D.Pedro II e pelo visconde Ouro Preto, o regime escolhido acabou mesmo sendo a República. D.Pedro chegando ao Rio logo que se instalou no seu palácio aceitou com relutância a demissão de Ouro Preto e concordou com nome indicado para substitui-lo, o senador Gaspar Silveira Martins( maçom, grau 33 Ex-Grão-Mestre do Grande Oriente do Passeio). O senador gaúcho estava fora do Rio, só chegaria no dia 17. Isto tornaria mais caótica ainda a situação, pois o país estava em plena vigência uma revolução, e alem do mais, o senador Gaspar era inimigo antigo e declarado de Deodoro. Detestavam-se, simplesmente. Já era quase noite, quando Deodoro ficou sabendo que o senador Gaspar tinha sido indicado para a vaga de Ouro Preto. Esta foi a gota d’água para a decisão final de Deodoro. Não se tem provas cabais que o senador tenha sido realmente indicado para chefiar o Gabinete por indicação do Imperador. Há uma outra versão, a qual talvez seja a mais provável que tenha acontecido, como sendo uma estratégia de Benjamin Constant, que quando percebeu a hesitação de Deodoro,
  • 17. inclusive podendo pôr tudo a perder, teria usado o nome do senador Gaspar Martins como provável futuro chefe de Gabinete, fato este que Deodoro jamais toleraria. Eram inimigos há muito tempo. D.Pedro II foi persuadido a nomear outro político, o maçom e Conselheiro José Antônio Saraiva. Saraiva enviou através do capitão Roberto Trompowisky uma carta à Deodoro, porem este disse ao capitão: “Já é tarde, a República está feita e os principais culpados são o conde D’Eu visconde de Ouro Preto. O último por perseguir os militares e o primeiro por consentir nesta perseguição”. Como vimos o prestígio, a liderança a confiabilidade num líder como todo o Exército teve em Deodoro, naquele dado momento de nossa História, foi o maior em todos os tempos que um líder já teve neste país. Ele proclamou a República na hora que achou melhor, porem poderia permitir a constituição de um novo Gabinete com continuidade da monarquia se assim ele o quisesse. Isto significa que naquele dia, naquela hora, ele tinha a liderança total de um povo nas suas mãos, fato este que desde então jamais foi registrado no Brasil. Liderança total. Mas não esqueçamos que Benjamin Constant, foi o maestro, foi o articulador o homem que cuidou de todos os detalhes, por menores que fossem, que ele cuidou de improviso de acertar todos os erros que seus companheiros cometeram de última hora, que ainda teve o vislumbre de achar que o Exército, deveria passar a parte política administrativa à civis, enfim foi o homem certo na hora certa, podendo os brasileiros com toda razão, chama-lo de o Pai da República. Sabendo que o soldado puro Deodoro era uma Pedra Bruta em matéria de política, sempre esteve ao seu lado para lapida-lo com conselhos e orientações e também para protege-lo. Agora com a anuência total de Deodoro em se instituir a República, Aristides Lobo, Francisco Glicério e Benjamin Constant se reuniram para instituir o governo republicano e preparar os primeiros decretos. O primeiro Gabinete do Governo Provisório foi constituído somente por republicanos maçons. No dia seguinte, ou seja dia 16, num sábado Deodoro ordenou que a Família Real fosse deportada e enviou o major Solon para comunica-los. O major Solon, ficou todo embaraçado com o peso da decisão dos revoltosos que levava ao ex-monarca, tratando-o de Vossa Excelência, Alteza, Majestade e ainda após dar-lhe a notícia, solicitou licença para se retirar. O maçom, grau 33, e coronel João Francisco da Costa, foi encarregado de vigiar e proteger a Família Real até que esta partisse para o exílio. E assim terminou o longo reinado de D.Pedro II, sem que seus barões, condes e viscondes, protegidos e toda aristocracia o preservassem ou defendessem. Ressalte-se que dentro desta aristocracia existiam muitos maçons sérios, que eram opositores aos maçons republicanos. O número dois está em realce, o famoso número dos contrários. Haviam pois, maçons republicanos e monarquistas. Está certo que foi um golpe militar, mas talvez o próprio povo foi conivente, pois não admitia que o maçom Conde D'Eu, apesar de príncipe consorte, seria o governante de fato, já que o Imperador velho e doente, com uma diabetes progressiva, não teria muito tempo de vida. Mas o Império caiu porque, em realidade, o país estava antiquado e exaurido economicamente e já não tinha condições de oferecer uma perspectiva melhor, especialmente no sentido de aumentar a liberdade e o direito dos cidadãos. Foi a última monarquia da América do Sul a ruir. Entretanto, ressalte-se que alguns bons amigos da Família Real, como o Barão e a Baronesa de Loreto, seu médico particular, o Conde Mota Maia, o
  • 18. Barão e a Baronesa de Muritiba alem do engenheiro abolicionista André Rebouças o acompanharam espontaneamente na viagem pelo vapor “Alagoas” para a Europa sem que tivessem sido presos ou deportados. Foi triste o acaso do monarca. Talvez, D.Pedro II merecesse melhor sorte. E o povo que tanto o amava, facilmente o esqueceu. Tivemos um paranaense participando ativamente dos eventos da Proclamação da República. Ele talvez foi o maior militar por seus feitos, que o Paraná já teve na sua História. Não só pela participação na Proclamação da República em si, mas sim pela sua conduta como soldado e artilheiro na Revolução Federalista que ocorreria daí há 4 anos. Trata-se do então jovem José Cândido da Silva Muricy que um dia seria general e que estava cursando a Escola Superior de Guerra na Praia Vermelha no Rio de Janeiro como cadete por ocasião dos eventos da Proclamação da República. Republicano e de total confiança de seus superiores tomou parte em algumas reuniões onde foram detalhados os planos da derrubada da Monarquia e foi um dos elementos de ligação, que transmitia as ordens aos diversos corpos da guarnição e na Escola Militar. Ele foi um dos soldados que marcharam junto com a tropa para o Campo de Santana no dia 15/11. Incorporou-se à coluna do capitão Hermes da Fonseca (maçom), sobrinho de Deodoro, que lhe emprestou a espada e estava portando naquele momento uma clavina Comblain . Estas duas armas o acompanhariam por toda a sua vida, como recordação. Ele foi iniciado na Loja “Ganganelli” – Rio de Janeiro e teve posteriormente destacada atuação na maçonaria paranaense. Hercule Spoladore BIBLIOGRAFIA Castellani, José “A Maçonaria e o Movimento Republicano Brasileiro” Traço Editora – São Paulo – 1989 Castellani, José “Os Maçons que fizeram a História do Brasil” Editora A Gazeta Maçônica – São Paulo- sem data Prober, Kurt “Achegas para a História da Maçonaria no Brasil” São Paulo, 1968 Kurt, Prober “Catálogos dos Selos Maçônicos Brasileiros” Paquetá –Rio de Janeiro, 1984 Machado,Manoel L. “Sangue e Bravura” (romance histórico) . Oficinas Gráficas da Penitenciária do Paraná – Curitiba, 1944 Martins, Romário “História do Paraná” Editora Rumo Limitada – Curitiba - 1939 Vernalha Milton Miró “Do Império à República” Editora Litero Técnica – Curitiba – 1989
  • 19. Grande Enciclopédia Delta Larousse Dicionário-Histórico-Biográfico do Estado do Paraná Editora “Livraria do Chain” Banestado– Curitiba – 1991 Revista “A Trolha” nº 228 – Outubro 2005 – Artigo “Campos Salles, Um Maçom Ilustre” – Autor:Mario Name PRINCIPAIS MAÇONS REPUBLICANOS HISTÓRICOS QUE TIVERAM PARTICIPAÇÃO DIRETA NA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA Américo Brasiliensi de Almeida Melo ( Lojas “Amizade” e “América” - São . Paulo) Américo Brasilio de Campos ( Lojas “Amizade” e ”América” - São Paulo) Antonio da Silva Jardim ( Loja “América” - São Paulo) Aristides da Silva Lobo (não se sabe onde foi iniciado) Benjamin Constant de Marques Botelho( não se sabe onde foi iniciado) Bernardino José de Campos ( Lojas “Amizade” - São Paulo – “Trabalho” - . de Amparo e“ Independência ” – Campinas -SP Carlos de Campos(Loja “Trabalho” de Amparo – SP) Demétrio Ribeiro( não se sabe onde foi iniciado) Eduardo Wandelkolk ( Loja “Esperança” Rio de Janeiro -RJ) Fernando Prestes de Albuquerque ( Loja “Firmeza” - “Itapetininga” SP) Francisco Glicério de Cerqueira Leite( Lojas “Independência” - . . . . Campinas SP e “Piratininga” São Paulo . Francisco Quirino dos Santos ( não se sabe onde foi iniciado) Francisco Rangel Pestana ( Lojas “Amizade” e “América” - São Paulo) Hermes Rodrigues da Fonseca (Loja “Ganganelli” - Rio de Janeiro) João Tibiriçá Piratininga ( Loja “Beneficência Ituana” - Itú- SP) Joaquim Saldanha Marinho ( Grão-Mestre do Grande Oriente dos Beneditinos) Jorge Tibiriçá ( Loja “Amizade” - São Paulo) José Luiz Flaquer( Loja “América”- São Paulo) José Gomes Pinheiro Machado (Lojas “América”-São Paulo, “Harmonia . Cruzaltense” - Cruz Alta – RS, “Luz e Fraternidade” – . Santa Maria –RS e “Luz da Serra” – Santo Ângelo -RS José Maria Lisboa ( Loja “Amizade” - São Paulo) Julio Cesar Ferreira Mesquita ( Loja “Amizade” - São Paulo) Lauro Nina Sodré e Silva ( Loja “Harmonia” - Belem – PA.) Luiz Gama (Loja “América” - São Paulo) Manoel Ferraz de Campos Salles (Loja “Fraternidade Campineira” - . . Campinas SP. filiado à Loja . . . “Independência” – Campinas - SP . . . . fundador da Loja “Sete de . .. . Setembro” – São Paulo Manoel de Moraes Barros ( Loja “Beneficência Ituana”- Itú, SP e . . fundador da Loja “Piracicaba” – Piracicaba SP Martinico do Prado (Martinho Prado Jr.) ( Lojas “Amizade” e “América” -. São Paulo) Nilo Procopio Peçanha ( Loja “Ganganelli”- Rio de Janeiro) Pedro de Toledo (Lojas “Piratininga” e “Amizade” - São Paulo) Prudente José de Moraes Barros ( possivelmente iniciado na Loja “7 de
  • 20. . “Setembro pertenceu a Loja “Beneficência Ituana” - Itú e fundador da Loja “Piracicaba”-SP) . Quintino de Souza Ferreira Bocaiúva ( Loja “Amizade” - São Paulo Lojas . . “Segredo” e “Comércio” GOU Rio de Janeiro) Solon Sampaio Ribeiro, major( Loja “Amparo à Virtude”- Rio de Janeiro) Venâncio Aires ( Lojas “Firmeza” – Itapetininga –SP e “Luz da Serra”- . Santo Angelo RS.) Ubaldino do Amaral Fontoura- paranaense- ( Lojas “Perseverança III” e “Constância” – Sorocaba SP e “América” - São Paulo) Tivemos republicanos de última hora, ou últimos dias, como José Carlos do Patrocínio (Loja “União” e Tranqüilidade nº02 – Rio de Janeiro), Rui Barbosa( Loja “América” – São Paulo) Floriano Peixoto ( Loja “Perfeita Amizade”- Maceió- AL ) o próprio Marechal Deodoro da Fonseca (Loja “Rocha Negra” São Gabriel – RS e posteriormente Grão-Mestre do GOB). Estes foram envolvidos pelas contingências e o fizeram por livre e espontânea vontade e não como a maioria quase que absoluta dos monarquistas, inclusive maçons, que se tornaram republicanos por conveniência, de uma hora para outra engajando-se como puderam no novo regime, sempre tentando tirar proveito próprio.
  • 21. Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk, às terças, quintas, sábados e domingos. Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes - PR Arrumando o altar O Respeitável Irmão Juliano Francisco Martinho, Loja Igualdade, 1.647, sem declinar o nome do Rito, GOB, Oriente de Monte Alto, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão. juliano.martinho@cestari.com.br Mais uma vez lhe solicito um esclarecimento. Dia de sessão. Os Irmãos começam a chegar à Loja, e a verificar o Templo para que tudo esteja em ordem antes do inicio dos trabalhos. Estão dentro do Templo, sem os paramentos organizando os materiais quando o Irmão Mestre de Cerimônias nota que o malhete do Venerável não está no Altar. Há juntado a ele, um Irmão Aprendiz lhe auxiliando na organização e ele lhe pede que leve o malhete até o Altar. Há algum impedimento para que esse Irmão realize esta tarefa? Pergunto por que um Mestre mais antigo se aborreceu com o fato, dizendo que o Aprendiz não pode adentrar no Oriente. Que é um local “sagrado”. No meu entendimento, não vejo sustentação neste argumento. A Loja não estava trabalhando, todos estão sem paramentos, apenas organizando a Oficina. Se for assim, não poderíamos deixar a faxineira entrar no Templo para limpeza! Estou correto? 4 - Perguntas e Respostas Ir Pedro Juk
  • 22. CONSIDERAÇÕES: Infelizmente ainda existem Irmãos que querem fazer da Sala da Loja um lugar sagrado nos termos de uma religião. Obviamente que isso não existe. Primeiro porque nesse caso o termo sagrado é mesmo rotulado como consagrado o que, em linhas gerais dá dignidade ao espaço, respeito, etc. Segundo porque existe uma diferença entre o espaço e a Loja aberta. Esta somente estará aberta com os procedimentos de abertura e assim declarada pelo Venerável Mestre. Em Loja aberta, os Aprendizes e Companheiros realmente lá não tem acesso devido à escalada iniciática pertinente ao Rito que a Loja pertence. Mas, em Loja aberta. Agora, no preparo da Loja, ou antes, do início dos trabalhos, não existe qualquer óbice para que alguém adentre ao Oriente, seja ele Aprendiz, Companheiro ou a própria faxineira como diz o Irmão. O que eu acho mesmo engraçado é que tenho visto “certas sessões públicas”, isto é, com a presença de não iniciados, porém com a Loja aberta, com o Oriente repleto de autoridades profanas assim como convidados não maçons recebendo homenagens, proferido palestras, etc. E então? Nesse momento não existe espaço consagrado? Deveríamos perguntar aos puristas de plantão se autoridades e convidados não iniciados estão acima dos nossos Irmãos Aprendizes e Companheiros, ou é mesmo o caso de se fazer “média”. Assim, realmente não existe qualquer argumento que se possa proibir ingresso no Oriente antes do início dos trabalhos, ou mesmo durante a faxina do ambiente. Com base nesses pormenores é que tenho evitado, quando possível, usar o rótulo de “templo” para a Loja Maçônica. Prefiro “Sala da Loja” à moda inglesa. Assim me parece que ficam reduzidas as especulações. Também nunca é demais lembrar que o termo “profano” não está ligado a definição e ação do verbo transitivo direto “profanar” – tratar com irreverência coisas sagradas; transgredir, violar, infringir (regra, princípio sagrado); violar santidade, macular, desonrar, etc. Em Maçonaria o termo “profano”, consignado como adjetivo está mais ligado à etimologia da palavra. Do latim profanu – pró=antes; fanum=templo, o que designa “ates do templo”, por extensão, aquele que não é iniciado. T.F.A. PEDRO JUK – AGO/2013 jukirm@hotmail.com
  • 23. Lojas Aniversariantes do GOB/SC Data Nome Oriente 19.11.80 União Brasileira – 2085 Florianópolis 19.11.04 Verdade e Justiça – 3646 Florianópolis 21.11.69 Jerônimo Coelho – 1820 Florianópolis 22.11.95 Luz da Verdade – 2933 Lages 24.11.92 Nereu de O. Ramos – 2744 Florianópolis 25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho 25.l1.06 Obreiros da Terra Firme – 3827 Florianópolis 29.11.11 Ciência e Misticismo – 4177 São José Lojas Aniversariantes da GLSC Data Nome Oriente 19/11 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba 19/11 Manoel Gomnes nr. 24 Florianópolis 19/11 Fraternidade Lourenciana nr. 86 São Lourenço do Oeste 21/11 Fraternidade Capinzalense Capinzal 21/11 União e Verdade Florianópolis 21/11 Liberdade e Justiça Abelardo Luz 24/11 Ary Batalha São José 02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau 02/12 Lauro Mullher São José 06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma 07/12 Voluntas Florianópolis 09/12 Igualdade Criciumense Criciumense 5 - destaques jb Resenha Geral
  • 24. Lojas Aniversariantes do GOSC Data Nome Oriente 22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho 25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis 01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis 01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão 11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul 13/12/1983 Nova Aurora Criciúma 18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo 20/12/2003 Luz Templária Curitibanos 22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis 21/121999 Silvio Ávila Içara LOJAS SIMBÓLICAS – SANTA CATARINA CALENDÁRIO DE ordens do dia – EVENTOS – CONVITES Data Hora Loja Endereço Evento – Ordem do Dia 19.11.13 20h00 Jacy Daussen, 71 - GOSC Barreiros – São José Sessão de Companheiro - Telhamento 19.11.13 20h00 Loja Renascer do Vale 4007 GOB/SC Rua Anibal de Lara Cardoso, 245 Penha Sessão Magna Elevação: Ewerton Fernandez; Jorge Luiz Rodrigues Madeira e Walter Riedel Neto 19.11.13 20h00 Lysis Brandão da Rocha, 104 – GOSC Estreito - Florianópolis Sessão MAGNA em homenagem à Proclamação da República. Palestra do ir.: Pires. 19.11.13 20h00 Colunas do Imbé, 120 – GOSC Imbituba Sessão Magna de Exaltação 20.11.13 20h00 Monteiro Lobato, 132 – GOSC Rua José Siqueira - Ressacada - Itajaí/SC Sessão Magna de Exaltação ao Grau de Companheiro dos Irmãos: Cristiano Alves De Jesus - Felipe Couto Reiser - Guilherme O. De Mattos Da Silva Flores - Henrique Aguiar Felicio - Jaques Finardi - Marcos Clasen Dos Santos - Mauro Luiz Goncalves Federighi - 20.11.13 20h00 Igualdade Criciumense, 66 – GLSC Criciúma Palestra – tema: ―Observatório Social‖ – a ser proferida pelo Ir Ramon Antonio, presidente do Observatório Social de Tubarão.
  • 25. 20.11.13 20h00 Loja Abelardo Lunardelli, 107 – GOSC Barreiros – São José L o j Loja De Mesa Conjunta com Lojas Léo Martins N. 84 E Universo N. 43 (GLSC.) 21.11.13 20h00 Consensio nr. 131 – GOSC Içara Sessão de Companheiro. Introdução a Filosofia - Escolas onde a maçonaria buscou suas bases. Alexandre Badaraco 21.11.13 20h00 Círculo da Luz, - GOSC Templo Roberto Fortkamp - Centro Sessão Magna de Elevação 21.11.13 20h30 Lealdade, Ação e Vigilância, 39 - GOSC Barreiros, São José Sessão Magna de Elevação 22.11.13 20h00 Phoenix, 55 - GOSC Baln. Camboriú A História do Grande Oriente de Santa Catarina com o Ir Wady 25.11.13 20h00 Loja Pedreiros da Liberdade nr. 75 - GLSC Condomínio Itacorubí Palestra com o Dr. Ivan Moritz sobre ―A saúde do homem maduro‖ Comunicado do Irmão José Maurício COMUNICO aos amigos que pedi minha transferência da Loja "Inconfidência 47" (GLMMG) para a Loja "Fraternidade e Justiça" 32, também da GLMMG. As reuniões de minha Loja atual acontecem nas terças-feiras, no Templo 602 do Palácio Maçônico Grão-Mestre Arlindo dos Santos e trabalhamos no Ritual de Emulação (Rito York). - Informo também que fui empossado, no último dia 8, como Venerável da Loja Maçônica de Pesquisas "Quatuor Coronati Pedro Campos de Miranda", para uma segunda gestão frente à Loja, juntamente com Geraldo Gomes Mendes (Primeiro Vigilante) e Antônio José da Silva (Segundo Vigilante). Nossas Sessões serão retomadas no início de 2014 e o calendário das reuniões e temas lhes será enviado oportunamente. Desde já coloco-me à disposição dos Irmãos e envio-lhes o meu TFA José Maurício Guimarães
  • 26. Programa Ponto de Expressão Indicado pelo Tribunal de Contas de MG o Irmão Cássio Tadeu de Melo está sendo responsável pelo programa Ponto de Expressão, evento de debates entre autoridades, profissionais e professores universitários, que acontecerá dia 26 de novembro. O último Ponto de Expressão será sobre o tema "Guerra Fiscal", que será gratuito. Ressalta o Irmão Cássio que gostaria de ver o auditório do Tribunal de Contas repleto de irmãos, pois somos formadores de opinião, e com certeza a presença de maçons abrilhantará por demais o evento. Acesse abaixo para inscrever-se. Rádio Sintonia 33 e JB News. Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal. Acesse www.radiosintonia33.com.br
  • 27. 1 - Nosso Ir Thiago precisa de apoiadores para o seu projeto: Meus Irmãos, gostaria de pedir um pouco da atenção dos senhores para divulgar meu trabalho de animação, o curta-metragem chamado A Orelha de Van Gogh. O filme A Orelha de Van Gogh - http://orelhadevangoghofilme.blogspot.com.br/ vem sendo desenvolvido desde janeiro deste ano, na cidade de Belo Horizonte. É uma adaptação do conto literário homônimo de Moacyr Scliar, retirado do livro “A orelha de Van Gogh”: contos, publicados em 1989, pela Cia das Letras. Seus textos se caracterizam por uma linguagem de fácil acesso, dotada de um humor peculiar, fazendo valer dos elementos da fantasia e da imaginação, características mantidas no filme. Moacyr Scliar faleceu no primeiro semestre de 2011. Assim, o curta A Orelha de Van Gogh também será uma singela homenagem à Scliar e sua obra. Atenciosamente, Thiago Franco Ribeiro” http://orelhadevangoghofilme.blogspot.com.br/ 2 – *Bryce Canyon, Colorado River San Juan River Utah Usa:* http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Bryce-Canyon- Utah 3 - *Torres Petronas Kuala Lumpur Malasia:* http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Kuala-Lumpur- Malaysia 4 - Fronteira Proibida ( Filme Completo.) http://www.youtube.com/watch?v=KK5_xQrt668
  • 28. SONETO A UMA BANDEIRA ! (Homenagem ao Dia da Bandeira) Onde estiveres, Bandeira ! Solta ao vento a tremular Esfuzias sobranceira Com tua gente a te guardar ! Pois és, na paz, altaneira, Primaz, bem alto a vigiar ! És na guerra, vanguardeira, Na terra, no mar ou no ar ! Guia de um povo varonil, Na escola ou na trincheira Se, lápis nas mãos ou fuzil ! És tu... “Auriverde Anil” Nossa alma verdadeira... “BANDEIRA Amada do BRASIL !!!” Adilson Zotovici ARLS Chequer Nassif-169 São Bernardo do Campo – SP fechando a cortina