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JB NEWS
Informativo Nr. 274
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras – 20h00 – Templo “Obreiros da Paz”
Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC), 29 de maio de 2011
Índice deste domingo:
1. Almanaque
2. O Desarmamento e a Maçonaria (Ir. Manoel Vinícius de Oliveira Branco)
3. O Segredo Maçônico (Ir. Nuno Raimundo)
4. A Oratória (verbete do Vade-Mecum Do Meio-Dia à Meia-Noite – autor Ir
João Ivo Girardi)
5. Destaques JB
 . 1385 - A batalha de Trancoso entre forças Portuguesas e Castelhanas é primeiro sinal da
vitória dos portugueses durante o Interregno que é a Crise de 1383-1385.
 1453 - Exércitos Mehmed II capturam Constantinopla depois de um cerco, pondo fim ao
Império Bizantino. Assim, inicia-se a Idade Moderna.
 1652 - A Batalha de Goodwin Sands dá início a Primeira Guerra Anglo-Holandesa
 1765 - Na assembleia de Virgínia, Patrick Henry contesta o direito da Inglaterra lançar
contribuições sobre as colónias.
 1790 - Rhode Island torna-se o 13º estado norte-americano, após ter ratificado a
Constituição americana.
 1848 - Wisconsin torna-se o 30º estado norte-americano.
 1853 - Fundação da cidade de Natividade da Serra pelo Coronel José Lopes Figueira de
Toledo.
 1854 - A Cidade de Santo Amaro da Imperatriz é fundada.
 1913 - O balé de Igor Stravinski A Sagração da Primavera estréia com escândalo em
Paris.
 1919 - Observação de variações na posição de estrelas durante o eclipse solar total
confirma a teoria da relatividade de Albert Einstein.
 1925 - O explorador inglês Percy Harrison Fawcett parte para a missão na qual ocorreria
seu desaparecimento na Serra do Roncador, estado de Mato Grosso, Brasil.
 1953 - O Sherpa Tenzing Norgay e Sir Edmund Hillary são os primeiros a atingir o cume
do Monte Everest.
 1969 - Estoura em Córdoba (Argentina) um movimento de trabalhadores e estudantes,
conhecido como o Cordobazo, que causou a morte de 14 pessoas.
 1977 - Janet Guthrie torna-se a primeira mulher a se classificar para as 500 Milhas de
Indianápolis.
 1988 - Começa em Moscou a reunião de cúpula Reagan-Gorbachov em que se foi
acertado um acordo sobre a notificação prévia do lançamento de mísseis intercontinentais
e outro sobre a verificação conjunta de provas atômicas.
 1998 - A FEPASA - Ferrovia Paulista S.A. é extinta ao ser incorporada a RFFSA - Rede
Ferroviária Federal, iniciando-se assim o processo de privatização da malha ferroviária
brasileira.
 2005 - A população francesa rejeita a Constituição Européia.
 Aniversário do município de São Pedro do Turvo - SP
 Aniversário do município de Potim - SP
 Aniversário do município de Ajuricaba - RS
 Feriado Municipal de Trancoso.
 Dia do Estatístico (no Brasil).
 Dia do Geógrafo (no Brasil).
 Dia Mundial da Energia.
 Dia do Sociólogo (no Brasil).
 Dia Internacional dos Soldados da Paz das Nações Unidas
(fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1798 – Fundação do Grande Capítulo dos Maçons do Real Arco da Carolina do Sul – USA.
1914 – Fundação do Grande Capítulo dos Maçons do Real Arco de Alberta, Canadá.
1937 – Nasce em Araraquara SP José Castellani, um dos maiores e mais fecundos
escritores maçônicos brasileiros.
(Trabalho apresentado pelo Ir Manoel Vinícius de Oliveira Branco
obreiro da ARLS Pitágoras - Or de Londrina
em sessão da ARLS Pesquisa Brasil do dia 26/05/2011)
De um tempo para cá, temos constatado que a sociedade brasileira se depara
com uma questão bastante controvertida, que tem sido objeto de intensos
debates, que é a questão quanto ao desarmamento ou não da população.
Esse tema, em razão dos últimos acontecimentos amplamente divulgados
pela mídia, tem se acentuado ainda mais, fazendo com que acirrem os debates entre
aqueles que são a favor e contra o desarmamento. Uns, sustentando que essa é a
forma eficaz de solucionar a violência que aflige o país. Outros, asseverando que o
desarmamento de nada adianta, pois não retira a arma do facínora e somente serve
para instigá-lo a se tornar mais ousado, por saber que não poderá ser enfrentado
pelo cidadão comum.
Desarmar ou não desarmar, eis a questão!
Independentemente dessa divergência, o fato é que atualmente, salvo
raríssimas exceções, é proibido o porte de arma de fogo em todo o território
nacional.
Todavia, com o presente trabalho não pretendo tratar
desse tema polêmico. Tenho certeza de que aqui, entre nós,
podemos encontrar adeptos de uma ou de outra corrente de
pensamentos e não é a minha intenção mostrar ou convencer
que é este ou aquele grupo que está certo ou errado.
Em verdade, o que pretendo é fazer uma acusação. E quero fazer essa
acusação grave contra alguns de nossos Irmãos ativos.
Mas, antes de fazer essa acusação quero recordar que a nossa lei penal
maçônica prevê que toda e qualquer acusação contra Irmãos deve ser dirigida ao
Venerável Mestre da Loja que deverá julgar o acusado, e este necessariamente tem
que acionar o Orador para intervir e acompanhar o caso, funcionando o Secretário
como escrivão do processo. É o que emerge da combinação dos artigos 1º, § 1º, 3º,
4º e 12 do Código Processual Maçônico.
Portanto, Venerável Mestre e Irmãos Orador e Secretário quero manifestar
a minha acusação diretamente para vós e indiretamente para os demais Irmãos, que
têm a competência legal para julgar o presente caso.
E minha acusação é a seguinte: - alguns Irmãos estão entrando no Templo
Maçônico armados! E isto fere de morte os nossos compromissos, princípios,
costumes e leis.
Por isto, é minha intenção requerer que sejam tomadas as providências
cabíveis para o necessário desarmamento.
E pior: esses Irmãos não estão armados com um simples canivete ou coisa
do gênero. A arma que carregam para o interior do Templo é muito mais do que
isto... é perigosíssima.... é letal!
A arma que alguns Irmãos têm trazido para o interior do Templo. Não só
deste, mas de muitos outros Templos é a intolerância, a inveja, a mágoa, a
ganância, a vaidade, a falta de fraternidade, o individualismo, o egocentrismo e o
desânimo (para os estudos e para o trabalho).
Por isto, meus Irmãos, as providências a serem tomadas para que haja o
necessário desarmamento – que não é o desarmamento físico, mas sim o
desarmamento espiritual – devem ser tomadas por cada um de nós.
E, vejam bem, essas providências para o desarmamento de nosso espírito,
que urgem a serem tomadas, não é mera faculdade, mas autêntico dever do
verdadeiro Maçom.
Não podemos nos esquecer que ao sermos iniciados nos comprometemos a
trabalhar na pedra bruta para que sejam alcançados os objetivos da Sublime Ordem
que são: o da incessante investigação da verdade, o exame da moral e a prática das
virtudes.
Justamente em face desse compromisso é que todo iniciado tem a
necessidade de controlar as suas paixões e submeter a sua vontade às leis e aos
princípios da Ordem maçônica, que preceitua o trabalho como um dever essencial
do ser humano, em especial do Maçom, cujo aprendizado está assentado sobre a
busca do seu aperfeiçoamento espiritual.
A propósito, em determinado momento da nossa iniciação somos
advertidos de que os traidores devem ser rejeitados pelos Maçons. Nesse particular
os nossos Rituais de Iniciação invariavelmente trazem a passagem em que o Ir 1º
Vig dirigindo-se aos candidatos faz a seguinte advertência:
- “Ficai também sabendo que consideramos traidor à nossa Ordem aquele
que não cumpre os deveres de maçom em qualquer circunstância.”.
E no mesmo Ritual o Ven Mesclarece aos iniciandos sobre alguns dos
deveres do Maçom, dizendo:
- “Não devereis combater somente as vossas paixões, mas ainda a outros
inimigos da humanidade como sejam: os hipócritas que a enganam; os pérfidos que
a defraudam; os fanáticos que a oprimem; os ambiciosos que a usurpam; e os
corruptos e sem princípios que abusam da confiança das massas.”.
Quando o Ven faz menção a esses inimigos não está se referindo apenas
aos inimigos externos, mas também e principalmente aos inimigos internos, pois
estes são muito mais perigosos, na medida em que estão próximos de nós e às
vezes disfarçados. Aos inimigos externos nós não viramos as costas, mas aos
inimigos internos sim, já que – por serem dissimulados – neles não percebemos o
perigo.
Os inimigos externos podem ser comparados às grandes pedras e os
internos às pequenas pedras. As grandes pedras não nos derrubam, pois são
facilmente percebidas e delas nós nos desviamos. Já, as pequenas pedras, porque
não demonstram o potencial de perigo é que têm a capacidade de nos derrubar e
muitas vezes nos derrubam deixando cicatrizes acentuadas.
O grande problema é que a luta contra esses inimigos internos é muito
difícil e para derrotá-los, precisamos de muita sabedoria, força de vontade e pureza
de princípios consistentes na firmeza de caráter, no aprumo moral e no exercício da
tolerância. Sim, pois os nossos inimigos internos somos nós mesmos; são os nossos
defeitos que, apesar do compromisso assumido, não combatemos e que por isto
fortalecemos, criando em nosso interior não o Templo das virtudes, mas sim a
masmorra dos defeitos.
Armados desses defeitos, muitos Maçons, se apresentam na Loja não para
somar, mas para dividir; não para ajudar, mas para atrapalhar; não para pacificar,
mas para semear a discórdia.
Esses Irmãos são facilmente identificáveis, pois
são aqueles que falam mal da administração da Loja ou
da Potência, buscando desprestigiá-la e desmerecê-la,
sem nunca ou pouco ter se apresentado para ajudar; são
aqueles que conspiram contra todo e qualquer Irmão
que se apresenta para formar uma nova diretoria, por
inveja ou ganância, ao invés de dar apoio e colocar-se à
disposição para o trabalho; são aqueles que só indicam
defeitos de tudo e de todos, ao invés de ver as virtudes
que inegavelmente possuem; são aqueles que nunca
auxiliam em nada, mas que são os primeiros a indicar
eventuais erros dos que fazem, sem perceber que só
erra quem se propõe a fazer.
Meus, Irmãos, é lógico que nós, como seres humanos que somos temos
imperfeições, não somos santos e, aliás, vivemos num mundo que nos impulsiona
para um distanciamento dos verdadeiros valores. Por isto, temos os nossos
defeitos. O problema não é tê-los. O problema é não combatê-los. Esse é o nosso
trabalho. Esse é o nosso dever.
Bem por isto, ou seja, por saber que temos defeitos, é que o Templo
Maçônico, com o mesmo formato do Templo de Jerusalém, possui o átrio, que é o
espaço físico, que separa o mundo profano do mundo sagrado, e é o local em
que no momento antecedente às sessões os maçons devem se recolher, se
concentrar e desarmar o espírito, para entrar e participar dos trabalhos.
O átrio, segundo Juan Carlos Daza, no Dicionário da Franco-Maçonaria, é
o “umbral do Templo e simboliza o espaço de trânsito e de união, que separa o
exterior do interior, e é onde se espera, em recolhimento, para ser acolhido ou
introduzido”; livre, portanto, dos valores mundanos que são empecilhos para a
exata compreensão dos ensinamentos maçônicos.
O mestre Rizzardo da Camino, em artigo de sua lavra, cujo título é “A
Sacralidade do Templo”, manifesta que o átrio é o local “onde o Maçom se despe
mentalmente do aspecto profano, isto é, procede a uma desintoxicação completa,
libertando-se de qualquer resquício de negativismo, ou seja, afasta si qualquer
mágoa que possa ter para com um irmão seu ...”.
Portanto, meus Irmãos, é esse local adequado para que o Maçom se
desarme, para apresentar-se no interior do Templo preparado para a construção do
seu Templo interior,m sem o qual não será possível a construção do Edifício Social
almejado pela Ordem Sublime.
Existem rituais, inclusive que, quando os Irmãos estão no átrio, fazem com
que se profira a seguinte exaltação ao desarmamento espiritual: “meus Irmãos,
antes de entrarmos nesse Augusto Templo, devemos meditar, preparando-nos para
ao mesmo tempo, ingressarmos no Templo de dentro, mergulhando em um Oceano
de tranqüilidade, deixando os pensamentos comuns, os dissabores, as angústias e
os problemas do cotidiano para trás. Nosso escopo é completarmos a edificação do
Templo da Virtude, embelezando-o com os nossos propósitos de aperfeiçoamento.
Cada Irmão somará ao que lhe estiver ao lado as vibrações benéficas, visando
encontrar, após o umbral desta porta, a paz que tanto necessita. Que o G.A.D.U.
dirija nossos passos, pois ao ultrapassarmos o portal entraremos no Templo
Sagrado”.
Não quero me delongar e nem é minha intenção atacar quem quer que seja.
Pelo contrário, o meu objetivo é provocar a todos e a cada um de nós para que
façamos uma visita ao nosso interior e, em estando ali, façamos uma profunda
reflexão:
- quanto ao nosso papel junto à Ordem Maçônica em geral e à nossa Loja
em especial: - estamos auxiliando para que os ideais da Ordem e os objetivos da
Loja sejam alcançados? – estamos cumprindo com os nossos compromissos e
juramentos prestados perante a Maçonaria?
- quanto à conduta e exemplo que estamos dando à Sociedade: - estamos
sendo exemplo de tolerância, sensatez e sabedoria perante a nossa família, nossos
amigos, nossos colegas, nossos vizinhos, etc?
- quanto ao nosso estado de espírito, se desarmado ou não: - como
estamos nos apresentando perante a Loja, perante os Irmãos, perante nossa família,
enfim, estamos desarmados espiritualmente, prontos para ouvir, perdoar, ajudar e
atuar?
Por fim, é importante que recordemos que nós todos devemos nos preparar
para ser parte da Obra maçônica. Pelos princípios maçônicos não existe o mais ou
o menos importante. Todos – do Aprendiz ao Grão-Mestre – são igualmente
importantes. A pedra que compõe a base da Obra é tão importante quanto a que
está no seu ápice. Sem elas o Edifício jamais é finalizado. Na Sublime Maçônica
não tem a menor importância o cargo ou título que ostenta um Irmão, seja no
mundo profano seja no mundo maçônico.
Bem por isto, é que temos que – desarmar nossos espíritos – para atuar em
conjunto, fazendo prevalentes os princípios e objetivos da Sublime Ordem. Até
porque os Irmãos que entram armados dentro deste e de outros Templos Sagrados
não enxergam que estão ferindo de morte – em primeiro plano – a Loja a que
pertencem – e em segundo plano – a própria Maçonaria.
A propósito, e para finalizar, gostaria de pedir que os Irmãos ouvissem com
atenção a música que segue, que traz uma poesia que muito tem a ver com que
agora estou a conclamar, ou seja, que devemos nos unir como verdadeiros Irmãos.
Nessa música, o poeta deixa bem claro que somente unidos, de mãos dadas,
poderemos impedir:
- que o pano da insensatez caia sobre os homens;
- que as luzes da sabedoria se apaguem da face da terra;
- que as portas das virtudes se fechem para a sociedade;
- que as vozes da tolerância se calem nos quatro cantos do mundo;
Ainda, nessa mesma canção poética fica claro que se assim não agirmos
chegará o dia em que a noite das trevas imporá a ignorância, o fanatismo e o
despotismo, afastando as luzes da fé, da esperança e do amor e, com isto, fazendo
com que sequem os rios da tolerância e que se percam as mães doutrinárias
dos princípios morais milenares, quando então há de prevalecer o choro e o medo
que criam os covardes e fazem com que tudo se perca. E aí é tarde demais.
Ouçamos a música. (executa-se a música, cuja letra está abaixo)
Portanto, meus queridos Irmãos, conclamo a todos para que desarmemos os
nossos espíritos, nos unamos e de mãos dadas entoemos juntos a canção relativa
aos sagrados e seculares princípios e costumes da Sublime Ordem Maçônica.
Vamos dar as mãos e cantar (Antonio Marcos)
Antes do pano cair
Antes que as luzes se apaguem
Todas as portam se fechem
Todas as vozes se calem
Antes que o dia anoiteça
E nunca mais amanheça
Antes que a vida na terra desapareça
Vamos dar as mãos, vamos dar as mãos
Vamos lá, e vamos juntos cantar
Antes do grande final
Antes dos rios secarem
Todas as mães se perderem
Todos os olhos chorarem
Antes que o medo da vida
Faça de mim um covarde
Antes que tudo se perca
E seja tarde
Vamos dar as mãos..
Extraído da rede projmaconariaoperativa@googlegroups.com
O texto é de autoria do Ir. Nuno Raimundo,
obreiro na R.'.L.'. Mestre Affonso Domingues Nº5,
GLLP/GLRP - Loures (Região de Lisboa) -Portugal
foto: divulgação
Muito se fala e especula sobre o segredo maçônico. O que é, o que será e o que
representa.
Ele não é mais que uma conduta de Vida. E como tal não tem nada de segredo ou
escondido.
O tal segredo, como se costuma designar, é a forma de como o Maçom vive a sua
vida. A forma como respeita, tolera, ama e se solidariza com o seu próximo, é que
é a parte prática do segredo; pois a parte teórica está ao alcance de qualquer
Homem se assim o pretender conhecer. São as boas normas de conduta moral e
social que guiam o Maçom no seu dia-a-dia. E isso não tem nada de segredo, basta
os curiosos atentarem na forma de estar e viver dos Maçons para perceberem afinal
de que de segredo não há nada. O único segredo é de que tudo está à vista de todos,
e tal como o ditado, “quanto mais à vista, menos se vê”, assim está o segredo
maçónico. Tudo o resto, com trabalho, empenho e estudo é fácil de se descobrir…
A vasta literatura maçônica que encontramos ora seja em livrarias especializadas
ou na internet, nem sempre é fidedigna; pois a sua maioria é escrita por profanos,
que por sua vez, também eles, têm um contato muito superficial e limitado com os
mistérios da Ordem; advindo dessa restrição, a impossibilidade de providenciarem
informação correta e fatual.
Uma grande parte dos rituais, palavras de passe e sinais que “pululam” por esse
mundo fora, podem inclusivé não serem verdadeiros, ou o sendo, estarem
desatualizados face aos dias de hoje. Causando dessa forma, enorme confusão aos
detratores da Maçonaria, sobre quais afinal serão os seus segredos e mistérios.
Apesar do core secret ser a “conduta do maçom”, tal como já afirmei, existem
também “segredos” (ou neste caso concreto, informações) que devem ser
conservados apenas entre Maçons.
E são para ser conservados tais segredos, porque fazem parte de um
comprometimento pessoal em os honrar; e um maçom como pessoa honrada que
deve ser, assim o deve escrupulosamente cumprir.
Os tais segredos que a maioria dos curiosos quer saber, mas que lhes estão vetados
ao conhecimento (e passo a explicar o porquê) são:
Ø Não revelar a condição de um Irmão maçom a profanos, porque dessa revelação
poderão advir sérios prejuízos ao Irmão em causa, fruto da ignorância e malvadez
de gente mal informada sobre o que trata a Ordem Maçónica.
Ø Não revelar os rituais maçónicos e/ou cerimónias onde os mesmos são
executados. Porque o seu conhecimento e execução poderão não ser
compreendidos por quem receber essas informações, bem como, se os
recipiendários, não sendo maçons, nada fariam de interessante ou fenomenal com
essas informações.
Mas fundamentalmente, porque tais rituais e cerimónias não devem ser de domínio
público, porque quaisquer cerimónias e rituais executados devem ser sentidos e
vividos por quem os executa e vivência. Logo, se tornaria irrelevante o seu
conhecimento ao público em geral, que não os interpretaria da melhor forma.
Ø Não revelar o que se passa no seio de uma sessão ritual maçónica, nem quais os
maçons nela presentes. Uma vez que, se outros guardam para si o que fazem nas
suas casas, porque não os maçons poderem fazer o mesmo na sua casa?!
Não terão eles esse direito também?!
No fundo, é uma questão de “justiça social” ser respeitada a privacidade das
reuniões de maçons. Porque para além de também eles, respeitarem a privacidade
de outras organizações e particulares. Também o público em geral assim o faz.
Se o “direito à reserva de intimidade” existe para ser cumprido, então que seja por
todos!
Ø Não revelar as formas de identificação e reconhecimento entre maçons. Porque
sendo algo do seu foro íntimo, deve ser respeitado como tal. E porque acima de
tudo, a sua função serve apenas para reconhecimento de e entre Irmãos e nada
mais. E uma vez que não se deve revelar a identidade de um irmão maçom a
profanos, logo se for do conhecimento geral as formas de reconhecimento,
facilmente se saberá quem é maçom e quem não o é. E se em Liberdade e
Democracia isso é de somenos, em regimes ditatoriais, isso seria bem nefasto aos
maçons. Pois quem defende valores de Igualdade, Fraternidade e Liberdade, não
costuma ser bem tolerado nesses países.
Ø E finalmente não revelar a outro Maçom, informação referente a grau superior
ao que ele se encontrar. Porque para além de retirar o efeito surpresa ao Irmão em
causa, na execução dos rituais do grau em questão, estará também a fornecer
conhecimentos que possivelmente não lhe sejam inteligíveis. Ou seja, se a um
maçom lhe for fornecida informação de um grau superior, ele não a saberá
interpretar corretamente, para além de não a executar ritualmente na forma devida.
O que ao contrário de melhorar a sua “cultura maçónica”, só o irá “prejudicar” na
sua formação e caminhada como maçom.
Quanto ao resto, isso eu não posso contar, porque é “segredo”…
Verbete extraído do Vade-Mecum
Do Meio-Dia à Meia-Noite
do Ir. João Ivo Girardi ( Blumenau-SC)
ORATÓRIA: 1. É a arte de falar ao público. Diz a nossa instituição que cabe ao Orador a
linguagem clara, conclusiva e não afetada quando se dirige aos Irmãos. Entendo que para
assumir as funções de Orador a Loja escolha entre os seus membros aqueles que dispõem das
qualidades de uma boa oratória. No entanto, quando qualquer Irmão é designado para uma
Peça de Arquitetura e o mesmo não tem uma mínima preparação de técnicas de oratória, o
resultado é um desastre. Cabe a cada um, individualmente, o desenvolvimento destas
técnicas. Para lembrar aos Irmãos, um dos degraus que dá acesso do Ocidente para o Oriente
é simbolizado pela Retórica. Técnicas de Oratória: 1. Fale sobre aquilo que você conhece
a fundo e sabe que conhece. Ou seja: Prepare-se. Não passe dez minutos ou dez horas em
sua preparação. Passe dez semanas, melhor ainda, dez meses na sua preparação. 2. Fale de
algo que haja despertado seu interesse. Fale daquilo que tem profundo desejo de comunicar
a seus Irmãos. As palestras pobres são geralmente aquelas que foram escritas ou decoradas, e
faladas sem emoção, sem sentimento e, por isso soam artificiais, causando tédio na platéia.
As palestras boas são aquelas que saem do íntimo,
como uma fonte. 3. Tenha um grande desejo de
comunicar sua mensagem. Preocupe-se com a altura
de sua voz. Faça anotações no seu texto, nas partes
que deseja dar ênfase, chamar atenção. Treine em
casa algumas vezes, antes de se apresentar.
Cronometre seu tempo. Saiba quanto tempo vai durar
sua apresentação com antecedência. Assim você não
se preocupará com a duração do trabalho, pois já
saberá antecipadamente o tempo a ser despendido. 4.
Nunca, nunca decore uma palestra palavra por
palavra. Se você decorar sua palestra, o mais
provável é que esqueça no momento de apresentá-la,
e o auditório ficará feliz, já que ninguém quer ouvir
mesmo uma papagaiada. 5. Movimente-se enquanto
fala. Mexa seus braços, olhe para todos os lados,
para os Vigilantes para as duas Colunas. Olhe nos olhos da sua platéia. Isso dissipará sua
tensão e aumentará sua convicção. Ajudará a prender a atenção da platéia para as suas idéias.
Um orador estático rapidamente perde a atenção da platéia, e não conseguirá produzir
sintonia à recepção da oratória. 6. Use sua voz em diferentes tonalidades. Varie a tonalidade
de sua voz de acordo com o desenvolvimento do texto. Fale alto ou fale baixo de acordo com
o andamento de sua apresentação. Discursos pronunciados em tom de voz único provocam
sonolência e desinteresse da platéia. Você certamente não desejará que seu trabalho tão bem
desenvolvido e preparado se perca por falta de comunicabilidade. 7. Ensaie sua palestra
conversando com os amigos. Converse com seus Irmãos sobre o trabalho que está
preparando. Observe neles o interesse sobre o assunto. Peça-lhes sugestão. Este é um modo
infinitamente mais efetivo de ensaiar uma palestra do que gesticular diante do espelho. 8.
Não imite ninguém. Seja você mesmo. Não tema ser você mesmo. Este é um bom conselho
para fazer música, para escrever e para falar. Você é algo novo neste mundo. Alegre-se.
Ninguém tem sido igual, nunca haverá ninguém igual a você. Assim aproveite sua
individualidade. Sua conversação deve ser parte de sua própria pele. Deve sair de suas
próprias experiências, convicções, personalidade e de sua própria maneira de viver. Ninguém
sabe o que é que você pode fazer, até que você o faça. 9. Sempre que possível utilize os
nomes de alguns de seus ouvintes. Esta regra é útil se usada com moderação. O nome de
uma pessoa é para ela o som mais doce e importante do idioma. Ajuda a prender a atenção do
grupo para suas próximas citações. 10. Fale com modéstia e não com presunção. A
modéstia e a humildade inspiram confiança e benevolência. A pessoa que está segura de si
mesmo e tem confiança, nunca sente a necessidade impressionar os demais com sua
capacidade. Só o fracassado e o indivíduo sem valor querem forçar-nos a reconhecer seus
méritos. 11. Nunca fale com cara de poucos amigos e com tom de voz áspero. Lembremo-
nos que a expressão de nossos rostos e o tom de nossa voz muitas fala
melhor e mais fortes que nossas palavras. Aquilo que ofende nossos
ouvidos não poderá ganhar aceitação facilmente. 12. Desfrute sua
oratória enquanto fala. Se não desfrutarmos enquanto falamos, como
vamos esperar que os outros desfrutem ouvindo? Por isso prepara-se para falar, ponha brilho
no seu olhar, sentimento na sua voz, e o faça com satisfação. 13. Não se desculpe nunca.
Quantas vezes já ouvimos um orador iniciar dizendo: Eu tinha um grande desejo de
preparar-me, mas... e assim temo não poder desempenhar a contento. Além disso, não sou
um grande orador, e portanto... Neste caso é preferível nem começar a Peça de Arquitetura.
14. Recebamos bem as críticas (construtivas), em vez de aborrecermo-nos com elas.
Aprenda a ouvir com cordialidade as vozes discordantes. Reflita sobre elas. Procure tirar
proveito das observações. Os elogios fáceis e despropositados não ajudam a construir um
bom palestrante. 2. Suportei, recentemente, uma palestra a
respeito da Importância da Maçonaria na Arte
Contemporânea; evidentemente, como os leitores poderão
perceber no decorrer desta história, o título foi outro e o
nome do palestrante jamais será revelado. Tal palestra nada
acrescentou, nem a mim nem a ninguém. Contudo, pude
extrair algumas sábias lições de como não incorrer nos
mesmos erros. A palestra principiou quarenta e cinco
minutos após a hora anunciada; o palestrante fez-se
apresentar por um Orador que leu uma dezena de páginas;
em vez de falar, leu; e leu mal. O palestrante, por sua vez,
também leu; e embora lendo bem, leu. Quem não sabe falar
sem ler não deve dar palestras. Ninguém é obrigado a dá-
las. A palestra é uma conversa com o público e somente
poderemos perceber a reação dos ouvintes se estivermos
falando. O público, por sua vez, é o termômetro do
palestrante, e quem lê, olhando folhas de papel, não
consegue perceber as utilíssimas indicações desse
termômetro, suas oscilações, variações, quedas e
ascensões. O palestrante, em lugar de entrar
diretamente no assunto, fez um longo e desnecessário
preâmbulo e, vinte minutos depois, quando abordou
realmente o tema, metade da platéia já cochilava;
sem disso se aperceber, pois estava atento apenas à
sua leitura, o palestrante solicitou que as luzes
fossem apagadas e que alguém o auxiliasse no
manuseio de um retroprojetor; resultado: três quartos
do público já dormia. O operador do retroprojetor
manteve-se, o tempo todo, em descompasso com o palestrante; quando este mencionava a
Coluna dórica, aquele projetava a jônica; quando um discorria acerca do compasso, o outro
projetava o esquadro, e assim por diante...Felizmente, para o orador, quando ele solicitou que
as luzes se acendessem novamente, alguém tropeçou, caiu, alguns riram e todos despertaram.
O único momento comovedor foi quando, finalmente, o orador declarou que, não querendo
abusar mais da paciência de todos, apressaria-se em concluir. Foi, então, entusiasticamente
aplaudido. Na saída, recebeu os cumprimentos e os elogios habituais: Parabéns, mestre. Foi
uma palestra inesquecível. Adoramos. E assim por diante... Conclusões: 1) Não acredite,
palestrante, que o público comparece ávido para ouvi-lo; o público geralmente são seus
parentes, que comparecem por obrigação; são seus amigos, que comparecem por espírito
fraterno, e são seus subalternos, que assim pretendem cair nas boas graças do chefe. Algumas
vezes são também seus inimigos e adversários, que apenas desejam perceber seus pontos
fracos ou aguardar a oportunidade de uma vaia ou de uma violenta contestação no momento
certo. Poucos, bem poucos, são os que comparecem por estarem realmente interessados no
tema. 2) Quando anunciar que vai começar às 20 horas, comece às 20 horas, mesmo que
ainda haja muitas poltronas vagas; se aguardar mais alguns minutinhos por consideração aos
retardatários, estará cometendo uma descortesia com todos aqueles que chegaram
pontualmente. 3) Não acredite nos aplausos. Aplaudem-se todos os palestrantes,
independentemente do valor de suas palestras. O aplauso, salvo aquele espontâneo que
irrompe no meio de uma frase, é mera convenção social, algo que não custa nada. 4) Não
fale, como falam muitos, como se fizesse uso de uma metralhadora; faça com que as palavras
não formem uma torrente, mas um rio sereno e variado. 5) Não queira dar lições. Passada a
idade escolar, ninguém está disposto a sentar-se à carteira e ouvir sermões. Se quiser
convencer ou persuadir aqueles que o ouvem, deixe-lhes a ilusão de que a idéia partiu de
cada um, e não de você. É o método socrático, pelo qual se induz os outros a mudarem de
opinião, com uma concatenização de perguntas que demonstram seus erros. 6) A capacidade
de resistência do público tem limites; nunca os ultrapasse. Uma palestra lida não deve durar
mais que trinta minutos; falada, sessenta; impecável, noventa. 7) O interesse do público se
demonstra pela imobilidade nas poltronas, pela ausência de conversas paralelas e pelos
olhares que o acompanham. Quando estes esmaecerem, conclua rapidamente... e todos lhe
agradecerão. (Carlos Brasílio Conte, em, O Livro do Orador).
3. Pequeno Dicionário de Oratória: Ambigüidade - Não deixar claro o sentido de uma
palavra ou de uma frase que podem ser interpretadas pelo menos de duas maneiras diferentes.
Antítese - Figura de linguagem que faz uso de expressões opostas: De repente do riso fez-se
o pranto (Vinícius de Morais). Aparência - Uma boa aparência ajuda a aumentar a
autoconfiança e a confiança que as pessoas têm no orador. Isto mostra que o orador os
respeita e se esforçou para se vestir adequadamente. Apresentação - É uma ferramenta de
comunicação muito poderosa que deve ser adequada à personalidade do orador. As imagens
devem ser usadas com parcimônia. Embora se diga que uma figura vale por 1000 palavras, é
preciso verificar se ela não está deixando a inteligência inativa. Arcaísmo - Emprego de
palavras ou construções antigas, que já caíram em desuso. Antanho por no passado.
Antelóquio por prefácio. Argumento - Ao nível da Retórica, o argumento consiste no
emprego de provas, justificativas, arrazoados, a fim de apoiar uma opinião ou tese, e/ou
rechaçar uma outra. Auditório - Tecnicamente, é o conjunto de todos aquelas pessoas que o
orador quer influenciar mediante o seu discurso. Barbarismo - Consiste em grafar ou
pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta. Eles ocorrem: 1) na grafia:
analizar por analisar; 2) na pronuncia: rúbrica por rubrica; 3) na morfologia: deteu por
deteve; 4) na semântica (sentido das palavras): o iminente jurista presidiu a seção (por
eminente sessão). Cacoetes Lingüísticos - São palavras ou partículas usadas com muita
insistência para encerrar a frase ou para continuá-la. Eis alguns: Tá, né? Entende? Sabe?
Percebe? Uai... Da mesma forma, há quem abuse de a gente isso, a gente aquilo, a gente
chegou, a gente pediu, etc. Evitar o uso constante de a nível de, enquanto que, de repente,
etc. Cacofonia - Qualquer seqüência silábica que provoque som desagradável como A boca
dela é enorme por Sua boca é enorme. A cacofonia compreende: a) Cacófato: Encontro de
sílabas que forma uma palavra obscena. Envie-me já os catálogos. Polícia federal confisca
gado de fazendeiros. b) Eco: Repetição desagradável de terminações iguais. Freqüentemente
o presidente sente dor de dente. c) Colisão: Repetição de consoantes iguais ou semelhantes.
O monstro medonho mede, mais ou menos, um metro e meio. d) Hiato: Seqüência
ininterrupta de vogais. Ou eu o ouço ou eu o ignoro. Carismáticos - As pessoas descrevem
como carismáticos aquelas de quem gostam sem nenhuma razão aparente. Comparação -
Figura de linguagem que consiste em atribuir a um ser características presentes em outro ser,
pelo fato de haver entre os dois uma determinada semelhança. Minha dor é inútil como uma
gaiola numa terra onde não há pássaros. (Fernando Pessoa). Comparações, analogias e
metáforas - Enquanto uma analogia geralmente faz uma comparação relativamente
completa, mostrando explícita ou implicitamente muitos pontos em comum, uma
comparação acentua um só ponto e nela costuma-se usar as palavras como ou igual a. Já a
metáfora é uma comparação que, ao invés de mostrar explicitamente as semelhanças entre
duas coisas, aceita-as implicitamente, dizendo que uma coisa é outra, sob certos aspectos.
Além disso, na metáfora não se usam as palavras como ou iguais. Comunicação - É
freqüentemente definida como a troca de informações entre um transmissor e um receptor, e
a inferência (percepção) do significado entre os indivíduos envolvidos. Debate Orientado -
O debate é o método no qual os oradores apresentam seus pontos de vista e falam pró ou
contra uma determinada proposição. Use-o quando os assuntos requeiram sutileza; para
estimular a análise; para apresentar diferentes pontos de vista. Vantagens: Apresenta os dois
aspectos de um problema; aprofunda os assuntos em discussão; desperta o interesse.
Limitações: O desejo de ganhar pode ser demasiadamente enfatizado; requer muita
preparação; pode produzir demasiada emoção. Desenvolvimento - Quanto ao
desenvolvimento, o discurso bifurca-se em: a) Narração: Consiste na exposição minuciosa,
parcial, encarecedora, do que de modo sintético e direto se expressa na proposição: o orador
seleciona os fatos que convém à sua causa e focaliza-os da perspectiva que mais lhe favorece
o intento, emprestando relevo a alguns e minimizando outros, de acordo com o interesse do
momento. b) Argumentação: É a parte nuclear e decisiva do discurso, e vem já preparada
pelo exórdio e pela narração. Para exercer seu efeito no conjunto do discurso, a
argumentação deve conter uma ou mais provas, ou seja, um ou mais argumentos, calcados no
raciocínio e no princípio da dedução: o silogismo, a dialética e o paradoxo. A argumentação
pode conter exemplo, ou melhor, prova trazida de fora. Dialética - Na boa visão de Hegel, é
o diálogo dos opostos. Quer dizer, o bem existe porque é comparado ao mal, a liberdade à
escravidão e a verdade ao erro. Dicção - Modo de dizer; arte de dizer, de recitar. Dinâmica
de Grupo - É a divisão de um grupo grande em diversas equipes. Estas equipes discutem
problemas já assinalados anteriormente, geralmente com o propósito de informar depois ao
grupo maior. Use-o quando o grupo é demasiadamente grande para que todos os membros
participem; quando se exploram vários aspectos de um assunto; quando o tempo é limitado.
Vantagens: Estimula os alunos tímidos; desperta um sentimento cordial de amizade;
desenvolve a habilidade para dirigir. Limitações: Pode ser o resultado de um conjunto de
deficiência; os grupos podem desviar-se do assunto em questão; a direção pode ser mal
organizada. Discurso - Do latim discursu. Ação de correr por ou para várias partes. Discorrer
sobre vários assuntos. No plano da oratória, designa a elocução pública, que visa a comover e
persuadir. Trata-se de um termo de largo uso e de sentidos diversos: a) O discurso pode ser
verbal - centrado nas palavras - e não-verbal - centrado na imagem nos gestos etc. b) O
discurso verbal pode ser oral ou escrito - também chamado texto. c) Considerando que a
unidade máxima do sistema da língua é a frase, podemos dizer que o discurso está centrado
nas seqüências frasais - eventualmente numa frase. d) O discurso implica um esforço
expressivo do eu - o que irá configurar o estilo - no sentido transitar uma mensagem para
alguém. Elipse - Omissão de um termo facilmente identificável. O principal efeito é a
conclusão. Exemplo: No céu, dois fiapos de nuvens. (No céu, aparecem (existem/há) dois
fiapos de nuvens). Equívoco - Mudar o significado ou a conotação de uma palavra.
Estereótipo - Frase ou expressão modelar que de tanto ser usada perdeu sua força inicial.
Trata-se de um clichê, de uma fórmula muitas vezes vazia. Exemplo: Não tenho palavras
para agradecer, A memorável vitória etc. Estilo - É a maneira peculiar de que se seve cada
ser humano para expressar suas próprias idéias. Não se deve confundir o estilo com as
palavras e as idéias empregadas por um homem, que as pode usar justas e corretas, apesar de
ser vicioso, duro ou frio, frouxo ou afetado o seu estilo. Estrangeirismo - Quando usados
desnecessariamente também constituem barbarismo 1) Galicismo: garçon por garçom 2)
Anglicismo: cocktail por coquetel; week-end por fim de semana. Etimologia - É a ciência
que investiga as origens próximas e remotas das palavras e sua evolução histórica. Do grego
etymon (étimo) vocábulo que é origem de outro. Eufemismo - Figura de linguagem que
consiste no abrandamento de expressões cruas ou desagradáveis. Foi acometido pelo mal de
Hansen (= contraiu lepra). Os funcionários da limpeza pública estão em greve (= lixeiros).
Exórdio - Contendo a introdução do discurso, objetiva ganhar a simpatia do juiz (ou, em
sentido mais amplo, do público) para o assunto do discurso. No geral, o exórdio encerra
duas partes: a) A proposição: que consiste no enunciado do tema ou assunto, e b) A divisão,
vale dizer, a enumeração das partes que totalizam o discurso e, portanto, assinalam o
caminho a seguir pelo orador. Falar bem e dizer bem - Há uma diferença essencial entre o
falar bem (utilizar com eficiência os recursos gramaticais, as
metáforas e os argumentos criativos) e o dizer bem
(sintonizar-se com os ouvintes de forma natural, persuasiva
e empática). O líder empresarial deve ser um facilitador da
aprendizagem e canalizador da energia do grupo. Por isso,
espera-se que em suas comunicações o falar e o dizer se
harmonizem perfeitamente. Gestos - Ato ou ação por meio
do qual se dá força às palavras. Deve ser feito sem exagero e
sem excessos, isto é, com naturalidade e elegância. Lembrar
sempre que ele é apenas a essência, tão somente, do que se
quer exprimir. Deve preceder à palavra ou acompanhá-la,
nunca sucedê-la. Se anteceder, prepara o efeito da palavra;
se acompanhá-la, reforça-a; se suceder, perde sua força. Gestualidade - É o comportamento
do corpo que abrange gestos (em movimento) e atitudes ou posturas (parados). É a
linguagem do corpo: sermo corporis. O Corpo fala através de gestos e atitudes que
acompanham significativamente a pronunciação. Dentro da gestualidade se destaca uma nova
área de investigação: a proxêmica. Hipérbole - É uma afirmação exagerada para conseguir-
se maior efeito estilístico. - Chorou um rio de lágrimas.- Toda a vida se tece de mil mortes. -
Um oceano de cabeças ondulava à sua frente. Idéia central - É um pensamento único,
expresso numa frase simples, clara e, se possível, direta, e que resuma a essência do que se
quer provar ou demonstrar através da palestra inteira. Em torno dela e/ou em direção a ela se
encaminharão todos os assuntos e ilustrações. Obs.: A idéia central não deve ser confundida
com o tema, que é o assunto da palestra. A idéia central é a definição, objetivo específico
dentro do tema. Sinônimo: idéia-mãe. Ironia - Consiste em sugerir, pela entonação e
contexto, o contrário do que as palavras ou as frases exprimem, por intenção sarcástica. Que
belo negócio! (=que péssimo negócio). O rapaz tem a sutileza de um elefante. Língua - O
conhecimento da língua portuguesa é muito importante para o orador, pois as incorreções
gramaticais não são perdoáveis a quem se atreve a falar em público. Alguns erros que
causam má impressão: Me vejo na obrigação... Tenho a súbida honra... Se ele intervir...
acabo de assistir um espetáculo. Linguagem - É a expressão de nossas idéias por meio de
certos sons articulados que lhes servem de sinais. É a expressão da evolução espiritual e
mental do homem, e a verbalização do comportamento faz parte dela. Maiêutica - Método
socrático, onde o instrutor desenvolve sua exposição fazendo perguntas aos alunos. Deve-se
evitar o pseudo-diálogo. Medo - Reflete a sensação de se expor a uma situação nova com a
condição de enfrentar ou escapar. Os oradores se beneficiam disso: a adrenalina se
transforma em energia; suas mentes parecem mais alerta; surgem novos pensamentos, fatos e
idéias. Cícero disse que todo discurso de mérito autêntico se caracteriza pelo nervosismo. É
uma forma de autopreservação comum a todas as pessoas, contra aquilo que consideramos
ser a concretização de uma ameaça dolorosa. Ele aumenta desproporcionalmente a sensação
de perigo: é a forma que o corpo e a mente encontram para se protegerem das ameaças.
Memória - É a capacidade de fixar, reter, evocar e reconhecer impressões ou acontecimentos
passados. A memória pode ser comparada a uma câmara fotográfica: a atenção é, para a
mente, o que o poder de focalizar a lente é para a câmara. Exercício para a memória: a)
Olhar um objeto, fechar depois os olhos e passar a descrevê-lo mentalmente. Abrir logo após
os olhos, e verificar o que esquecemos e o que lembramos. b) Abrir as páginas de um jornal,
ler os cabeçalhos; fechar em seguida os olhos, e rememorar mentalmente. c) Ler um
pensamento, duas, três, quatro vezes. Depois, repita-o de cor. Obtida a memorização, medite
sobre ele. d) Há à sua frente um grupo de pessoas. Observe-as. Imediatamente procure
recordá-las na ordem em que estão da direita para a esquerda e vice-versa. Verifique logo
depois se acertou ou errou. e) Ao assistir a uma palestra ou conferência, ou ao ler um artigo,
etc., faça logo, de memória, uma síntese, e preferentemente a escreva. Metáfora - É a
mudança do sentido comum de uma palavra por outro sentido possível que, a partir de uma
comparação subentendida, tal palavra possa sugerir. Essa mulher é uma cascavel. Método -
Do grego méthodos - caminho para chegar a um fim. Processo ou técnica de ensino. O
método depende dos propósitos que se tenha, da habilidade do professor ou líder, da
disposição do aluno, do tamanho do grupo, do tempo disponível e dos materiais de trabalho.
Metonímia - É a substituição de uma palavra por outra, quando entre ambas existe uma
relação de proximidade de sentidos que permite essa troca. Exemplo: O estádio aplaudiu o
jogador. Estádio está substituindo torcedores (a troca foi possível porque o estádio contém os
torcedores). Opinião - É preciso ultrapassar a preguiça do: Vou dar minha opinião sobre... A
palavra opinião é eminentemente reveladora: pois a opinião é muito subjetiva. Ela pode ser
um sinal de humildade, as na maioria das vezes revela um grande empobrecimento do
pensamento. Palavras que revelam insegurança – Evite usar: quem sabe, talvez seja, aliás,
pode ser, assim parece, quero crer, julgo que, tudo parece indicar que. Substituí-las por
palavras afirmativas. Parábola - É um relato que possui sentido próprio, destinado, porém, a
sugerir, além desse sentido imediato, uma lição moral. É um tipo de comparação construído
em forma de narrativa. Conta-se uma história para se
extraírem ensinamentos que possam ilustrar outra
situação. No fundo do parabole grego há a idéia de
comparação, enigma, curiosidade. As parábolas
evangélicas contadas por Jesus são imagens tomadas
das realidades terrestres para serem sinais das
realidades reveladas por Deus. Elas precisam de uma
explicação mais profunda. Peroração - É a
conclusão de um discurso. A recapitulação, mediante
a qual o orador refresca a memória da audiência.
Persuasão - É o emprego de argumentos, legítimos e
não legítimos, com o propósito de se conseguir que outros indivíduos adotem certas linhas de
conduta, teorias ou crenças. Diz-se também que é a arte de captar as mentes dos homens
através das palavras. Preciosismo - Exagero na linguagem, em prejuízo da naturalidade e
clareza da frase. Exemplo: Isso é colóquio flácido para acalentar bovino (por Isso é conversa
mole pra boi dormir). Pregação - Deveria ser considerada a mais nobre tarefa que existe na
terra. Significa a verdade divina através da personalidade ou a verdade de Deus apresentada
por uma personalidade, para ir ao encontro das necessidades humanas. Preleção - É o
método clássico, onde o orador faz seu discurso diante do auditório. Use-o quando vai dar
informação, quando os discípulos já estão interessados e quando o grupo é demasiado grande
para empregar outros métodos. Vantagens: Transmissão de grande quantidade de
informações em pouco tempo; pode ser empregado com grupos grandes; requer uso de pouco
material. Limitações: Impede que o aluno participe contestando; dificulta o poder de
retenção; poucos conferencistas são bons oradores. Princípio do diga - Diga a eles o que
você vais lhes dizer. Diga a eles. Diga a eles o que você lhes disse. As pessoas lembram
melhor o que ouvem no início e no fim do discurso. Faça um sumário do discurso nos dois
extremos e os ouvintes, quando forem embora, vão se lembrar de uma boa parte do
enchimento. Prova do telefone - Qualquer pessoa que souber utilizar bem um telefone tem
geralmente jeito para ser um bom orador. De fato, uma artimanha usada por organizadores ou
agentes a quem foi recomendado um orador desconhecido, é telefonar-lhe. Se conseguir
despertar o interesse de um estranho - e, sobretudo, de fazer rir é um orador prometedor.
Proxêmica - O orador se movimenta no espaço entre ele e o público de modo pertinente. Ora
se situa num plano mais elevado ou mais baixo ou no mesmo nível; ou se distancia ou se
aproxima com intenções definidas. Raciocínio apodíctico - Do grego apodeiktkós. Possuía o
tom da verdade inquestionável. O que se pode verificar aqui é o mais completo dirigismo das
idéias; a argumentação é redigida com tal grau de fechamento que não resta ao receptor
qualquer dúvida quanto à verdade do emissor. Retórica - No sentido original, a retórica
inclui qualquer discurso ou texto escrito eficaz. Modernamente, a retórica implica uma
tentativa de persuadir por meio de palavras, faladas ou escritas. Semântica - É o estudo das
mudanças que no espaço e no tempo, experimenta a significação das palavras consideradas
como sinais das idéias: semasiologia; semiologia. Do grego sêma-tos, sinal, marca,
significação. Sinônimos - São palavras de significado aproximado, já que não existe
sinônimo perfeito. Solecismo - Qualquer erro de sintaxe: a) De concordância: Fazem anos
que não o vejo (por Faz) b) De regência: Esqueceram de mim (por Esqueceram-se de mim).
c) De colocação: Não coloque-a na água (por Não a coloque na água). Tautologia -
Repetição desnecessária de informações. O mesmo que redundância. Exemplo: Ele detém o
monopólio exclusivo dos refrigerantes na Índia. (Na palavra monopólio já existe a idéia de
exclusividade). Vícios de linguagem - Uso de palavras ou frases que ferem a língua
portuguesa, em regra, colocando erradamente os pronomes ou formando cacófatos. 4. Se eu
for falar por dez minutos, eu preciso de uma semana de preparação; se quinze minutos, três
dias; se meia-hora, dois dias; se uma hora, estou pronto agora. (Woodrow Wilson). 5. Que
órgão maravilhoso o da fala, quando manobrada por um Mestre. (V. Eloqüência,
Retórica).
Hoje é domingo. Dia do JB News divulgar um dos 700 verbetes que se encontram
no Vade-Mecum Maçônico do Ir João Ivo Girardi da Loja Obreiros de
Salomão, nr. 39, de Blumenau. (joaogira@terra.com.br ).
O assunto selecionado de hoje é sobre Oratória, que está bem acima, no quarto
bloco deste informativo. No próximo domingo tem mais, porque o Ir Girardi
agora nos envia todos os domingos um dos verbetes de sua obra.
E, todos os sábados, quem vai escrever é o Ir. Luiz Felipe Brito Tavares,
Aprendiz-Maçom da Loja Luz do Planalto nr. 76 de São Bento do Sul (GLSC).
Que não se analise sob o prisma religioso, mas histórico, os cinco vídeos abaixo
sobre a Arca da Aliança:
Arca da Aliança parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=mngzn4I6bh8
Arca da Aliança parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=UNxLw4qjAAA&feature=related
Arca da Aliança parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=yYx9BhYHw78&feature=related
Arca da Aliança parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=ifOQFP1guWM&feature=related
Arca da Aliança parte 5
http://www.youtube.com/watch?v=O1dWlv2qUrE&feature=related
Músicas sugestivas para a Harmonia da Loja:
http://www.saigonocean.com/nghenhacHoaTau/jukebox.swf
Quando precisar utilize o CONJUGADOR DE VERBOS. Com dois toques se
pode conjugar 280 mil verbos. É só clicar no site abaixo:
http://linguistica.insite.com.br/cgi-bin/conjugue
Tenha um excelente domingo com sua família, sob a proteção e
guarda do nosso Pai Celestial.
1ª) Os Maçons que trabalham;
2ª) Os Maçons que não trabalham;
3ª) Os Maçons que dão trabalho.
(colaboração do Ir Ives Pizzollatti da Loja Estrela de Herval GOB/SC)

(Obreiro da Loja Alferes Tiradentes nr. 20
e Grande Orador da GLSC)
Jb news   informativo nr. 0274

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  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 274 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras – 20h00 – Templo “Obreiros da Paz” Praia de Canasvieiras Florianópolis (SC), 29 de maio de 2011 Índice deste domingo: 1. Almanaque 2. O Desarmamento e a Maçonaria (Ir. Manoel Vinícius de Oliveira Branco) 3. O Segredo Maçônico (Ir. Nuno Raimundo) 4. A Oratória (verbete do Vade-Mecum Do Meio-Dia à Meia-Noite – autor Ir João Ivo Girardi) 5. Destaques JB
  • 2.
  • 3.  . 1385 - A batalha de Trancoso entre forças Portuguesas e Castelhanas é primeiro sinal da vitória dos portugueses durante o Interregno que é a Crise de 1383-1385.  1453 - Exércitos Mehmed II capturam Constantinopla depois de um cerco, pondo fim ao Império Bizantino. Assim, inicia-se a Idade Moderna.  1652 - A Batalha de Goodwin Sands dá início a Primeira Guerra Anglo-Holandesa  1765 - Na assembleia de Virgínia, Patrick Henry contesta o direito da Inglaterra lançar contribuições sobre as colónias.  1790 - Rhode Island torna-se o 13º estado norte-americano, após ter ratificado a Constituição americana.  1848 - Wisconsin torna-se o 30º estado norte-americano.  1853 - Fundação da cidade de Natividade da Serra pelo Coronel José Lopes Figueira de Toledo.  1854 - A Cidade de Santo Amaro da Imperatriz é fundada.  1913 - O balé de Igor Stravinski A Sagração da Primavera estréia com escândalo em Paris.  1919 - Observação de variações na posição de estrelas durante o eclipse solar total confirma a teoria da relatividade de Albert Einstein.  1925 - O explorador inglês Percy Harrison Fawcett parte para a missão na qual ocorreria seu desaparecimento na Serra do Roncador, estado de Mato Grosso, Brasil.  1953 - O Sherpa Tenzing Norgay e Sir Edmund Hillary são os primeiros a atingir o cume do Monte Everest.  1969 - Estoura em Córdoba (Argentina) um movimento de trabalhadores e estudantes, conhecido como o Cordobazo, que causou a morte de 14 pessoas.
  • 4.  1977 - Janet Guthrie torna-se a primeira mulher a se classificar para as 500 Milhas de Indianápolis.  1988 - Começa em Moscou a reunião de cúpula Reagan-Gorbachov em que se foi acertado um acordo sobre a notificação prévia do lançamento de mísseis intercontinentais e outro sobre a verificação conjunta de provas atômicas.  1998 - A FEPASA - Ferrovia Paulista S.A. é extinta ao ser incorporada a RFFSA - Rede Ferroviária Federal, iniciando-se assim o processo de privatização da malha ferroviária brasileira.  2005 - A população francesa rejeita a Constituição Européia.  Aniversário do município de São Pedro do Turvo - SP  Aniversário do município de Potim - SP  Aniversário do município de Ajuricaba - RS  Feriado Municipal de Trancoso.  Dia do Estatístico (no Brasil).  Dia do Geógrafo (no Brasil).  Dia Mundial da Energia.  Dia do Sociólogo (no Brasil).  Dia Internacional dos Soldados da Paz das Nações Unidas (fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1798 – Fundação do Grande Capítulo dos Maçons do Real Arco da Carolina do Sul – USA. 1914 – Fundação do Grande Capítulo dos Maçons do Real Arco de Alberta, Canadá. 1937 – Nasce em Araraquara SP José Castellani, um dos maiores e mais fecundos escritores maçônicos brasileiros.
  • 5. (Trabalho apresentado pelo Ir Manoel Vinícius de Oliveira Branco obreiro da ARLS Pitágoras - Or de Londrina em sessão da ARLS Pesquisa Brasil do dia 26/05/2011) De um tempo para cá, temos constatado que a sociedade brasileira se depara com uma questão bastante controvertida, que tem sido objeto de intensos debates, que é a questão quanto ao desarmamento ou não da população. Esse tema, em razão dos últimos acontecimentos amplamente divulgados pela mídia, tem se acentuado ainda mais, fazendo com que acirrem os debates entre aqueles que são a favor e contra o desarmamento. Uns, sustentando que essa é a forma eficaz de solucionar a violência que aflige o país. Outros, asseverando que o desarmamento de nada adianta, pois não retira a arma do facínora e somente serve para instigá-lo a se tornar mais ousado, por saber que não poderá ser enfrentado pelo cidadão comum. Desarmar ou não desarmar, eis a questão! Independentemente dessa divergência, o fato é que atualmente, salvo raríssimas exceções, é proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional.
  • 6. Todavia, com o presente trabalho não pretendo tratar desse tema polêmico. Tenho certeza de que aqui, entre nós, podemos encontrar adeptos de uma ou de outra corrente de pensamentos e não é a minha intenção mostrar ou convencer que é este ou aquele grupo que está certo ou errado. Em verdade, o que pretendo é fazer uma acusação. E quero fazer essa acusação grave contra alguns de nossos Irmãos ativos. Mas, antes de fazer essa acusação quero recordar que a nossa lei penal maçônica prevê que toda e qualquer acusação contra Irmãos deve ser dirigida ao Venerável Mestre da Loja que deverá julgar o acusado, e este necessariamente tem que acionar o Orador para intervir e acompanhar o caso, funcionando o Secretário como escrivão do processo. É o que emerge da combinação dos artigos 1º, § 1º, 3º, 4º e 12 do Código Processual Maçônico. Portanto, Venerável Mestre e Irmãos Orador e Secretário quero manifestar a minha acusação diretamente para vós e indiretamente para os demais Irmãos, que têm a competência legal para julgar o presente caso. E minha acusação é a seguinte: - alguns Irmãos estão entrando no Templo Maçônico armados! E isto fere de morte os nossos compromissos, princípios, costumes e leis. Por isto, é minha intenção requerer que sejam tomadas as providências cabíveis para o necessário desarmamento. E pior: esses Irmãos não estão armados com um simples canivete ou coisa do gênero. A arma que carregam para o interior do Templo é muito mais do que isto... é perigosíssima.... é letal! A arma que alguns Irmãos têm trazido para o interior do Templo. Não só deste, mas de muitos outros Templos é a intolerância, a inveja, a mágoa, a ganância, a vaidade, a falta de fraternidade, o individualismo, o egocentrismo e o desânimo (para os estudos e para o trabalho). Por isto, meus Irmãos, as providências a serem tomadas para que haja o necessário desarmamento – que não é o desarmamento físico, mas sim o desarmamento espiritual – devem ser tomadas por cada um de nós.
  • 7. E, vejam bem, essas providências para o desarmamento de nosso espírito, que urgem a serem tomadas, não é mera faculdade, mas autêntico dever do verdadeiro Maçom. Não podemos nos esquecer que ao sermos iniciados nos comprometemos a trabalhar na pedra bruta para que sejam alcançados os objetivos da Sublime Ordem que são: o da incessante investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes. Justamente em face desse compromisso é que todo iniciado tem a necessidade de controlar as suas paixões e submeter a sua vontade às leis e aos princípios da Ordem maçônica, que preceitua o trabalho como um dever essencial do ser humano, em especial do Maçom, cujo aprendizado está assentado sobre a busca do seu aperfeiçoamento espiritual. A propósito, em determinado momento da nossa iniciação somos advertidos de que os traidores devem ser rejeitados pelos Maçons. Nesse particular os nossos Rituais de Iniciação invariavelmente trazem a passagem em que o Ir 1º Vig dirigindo-se aos candidatos faz a seguinte advertência: - “Ficai também sabendo que consideramos traidor à nossa Ordem aquele que não cumpre os deveres de maçom em qualquer circunstância.”. E no mesmo Ritual o Ven Mesclarece aos iniciandos sobre alguns dos deveres do Maçom, dizendo: - “Não devereis combater somente as vossas paixões, mas ainda a outros inimigos da humanidade como sejam: os hipócritas que a enganam; os pérfidos que a defraudam; os fanáticos que a oprimem; os ambiciosos que a usurpam; e os corruptos e sem princípios que abusam da confiança das massas.”. Quando o Ven faz menção a esses inimigos não está se referindo apenas aos inimigos externos, mas também e principalmente aos inimigos internos, pois estes são muito mais perigosos, na medida em que estão próximos de nós e às vezes disfarçados. Aos inimigos externos nós não viramos as costas, mas aos inimigos internos sim, já que – por serem dissimulados – neles não percebemos o perigo. Os inimigos externos podem ser comparados às grandes pedras e os internos às pequenas pedras. As grandes pedras não nos derrubam, pois são facilmente percebidas e delas nós nos desviamos. Já, as pequenas pedras, porque
  • 8. não demonstram o potencial de perigo é que têm a capacidade de nos derrubar e muitas vezes nos derrubam deixando cicatrizes acentuadas. O grande problema é que a luta contra esses inimigos internos é muito difícil e para derrotá-los, precisamos de muita sabedoria, força de vontade e pureza de princípios consistentes na firmeza de caráter, no aprumo moral e no exercício da tolerância. Sim, pois os nossos inimigos internos somos nós mesmos; são os nossos defeitos que, apesar do compromisso assumido, não combatemos e que por isto fortalecemos, criando em nosso interior não o Templo das virtudes, mas sim a masmorra dos defeitos. Armados desses defeitos, muitos Maçons, se apresentam na Loja não para somar, mas para dividir; não para ajudar, mas para atrapalhar; não para pacificar, mas para semear a discórdia. Esses Irmãos são facilmente identificáveis, pois são aqueles que falam mal da administração da Loja ou da Potência, buscando desprestigiá-la e desmerecê-la, sem nunca ou pouco ter se apresentado para ajudar; são aqueles que conspiram contra todo e qualquer Irmão que se apresenta para formar uma nova diretoria, por inveja ou ganância, ao invés de dar apoio e colocar-se à disposição para o trabalho; são aqueles que só indicam defeitos de tudo e de todos, ao invés de ver as virtudes que inegavelmente possuem; são aqueles que nunca auxiliam em nada, mas que são os primeiros a indicar eventuais erros dos que fazem, sem perceber que só erra quem se propõe a fazer. Meus, Irmãos, é lógico que nós, como seres humanos que somos temos imperfeições, não somos santos e, aliás, vivemos num mundo que nos impulsiona para um distanciamento dos verdadeiros valores. Por isto, temos os nossos defeitos. O problema não é tê-los. O problema é não combatê-los. Esse é o nosso trabalho. Esse é o nosso dever. Bem por isto, ou seja, por saber que temos defeitos, é que o Templo Maçônico, com o mesmo formato do Templo de Jerusalém, possui o átrio, que é o espaço físico, que separa o mundo profano do mundo sagrado, e é o local em que no momento antecedente às sessões os maçons devem se recolher, se concentrar e desarmar o espírito, para entrar e participar dos trabalhos.
  • 9. O átrio, segundo Juan Carlos Daza, no Dicionário da Franco-Maçonaria, é o “umbral do Templo e simboliza o espaço de trânsito e de união, que separa o exterior do interior, e é onde se espera, em recolhimento, para ser acolhido ou introduzido”; livre, portanto, dos valores mundanos que são empecilhos para a exata compreensão dos ensinamentos maçônicos. O mestre Rizzardo da Camino, em artigo de sua lavra, cujo título é “A Sacralidade do Templo”, manifesta que o átrio é o local “onde o Maçom se despe mentalmente do aspecto profano, isto é, procede a uma desintoxicação completa, libertando-se de qualquer resquício de negativismo, ou seja, afasta si qualquer mágoa que possa ter para com um irmão seu ...”. Portanto, meus Irmãos, é esse local adequado para que o Maçom se desarme, para apresentar-se no interior do Templo preparado para a construção do seu Templo interior,m sem o qual não será possível a construção do Edifício Social almejado pela Ordem Sublime. Existem rituais, inclusive que, quando os Irmãos estão no átrio, fazem com que se profira a seguinte exaltação ao desarmamento espiritual: “meus Irmãos, antes de entrarmos nesse Augusto Templo, devemos meditar, preparando-nos para ao mesmo tempo, ingressarmos no Templo de dentro, mergulhando em um Oceano de tranqüilidade, deixando os pensamentos comuns, os dissabores, as angústias e os problemas do cotidiano para trás. Nosso escopo é completarmos a edificação do Templo da Virtude, embelezando-o com os nossos propósitos de aperfeiçoamento. Cada Irmão somará ao que lhe estiver ao lado as vibrações benéficas, visando encontrar, após o umbral desta porta, a paz que tanto necessita. Que o G.A.D.U. dirija nossos passos, pois ao ultrapassarmos o portal entraremos no Templo Sagrado”.
  • 10. Não quero me delongar e nem é minha intenção atacar quem quer que seja. Pelo contrário, o meu objetivo é provocar a todos e a cada um de nós para que façamos uma visita ao nosso interior e, em estando ali, façamos uma profunda reflexão: - quanto ao nosso papel junto à Ordem Maçônica em geral e à nossa Loja em especial: - estamos auxiliando para que os ideais da Ordem e os objetivos da Loja sejam alcançados? – estamos cumprindo com os nossos compromissos e juramentos prestados perante a Maçonaria? - quanto à conduta e exemplo que estamos dando à Sociedade: - estamos sendo exemplo de tolerância, sensatez e sabedoria perante a nossa família, nossos amigos, nossos colegas, nossos vizinhos, etc? - quanto ao nosso estado de espírito, se desarmado ou não: - como estamos nos apresentando perante a Loja, perante os Irmãos, perante nossa família, enfim, estamos desarmados espiritualmente, prontos para ouvir, perdoar, ajudar e atuar? Por fim, é importante que recordemos que nós todos devemos nos preparar para ser parte da Obra maçônica. Pelos princípios maçônicos não existe o mais ou o menos importante. Todos – do Aprendiz ao Grão-Mestre – são igualmente importantes. A pedra que compõe a base da Obra é tão importante quanto a que está no seu ápice. Sem elas o Edifício jamais é finalizado. Na Sublime Maçônica não tem a menor importância o cargo ou título que ostenta um Irmão, seja no mundo profano seja no mundo maçônico. Bem por isto, é que temos que – desarmar nossos espíritos – para atuar em conjunto, fazendo prevalentes os princípios e objetivos da Sublime Ordem. Até porque os Irmãos que entram armados dentro deste e de outros Templos Sagrados não enxergam que estão ferindo de morte – em primeiro plano – a Loja a que pertencem – e em segundo plano – a própria Maçonaria. A propósito, e para finalizar, gostaria de pedir que os Irmãos ouvissem com atenção a música que segue, que traz uma poesia que muito tem a ver com que agora estou a conclamar, ou seja, que devemos nos unir como verdadeiros Irmãos. Nessa música, o poeta deixa bem claro que somente unidos, de mãos dadas, poderemos impedir: - que o pano da insensatez caia sobre os homens; - que as luzes da sabedoria se apaguem da face da terra; - que as portas das virtudes se fechem para a sociedade; - que as vozes da tolerância se calem nos quatro cantos do mundo;
  • 11. Ainda, nessa mesma canção poética fica claro que se assim não agirmos chegará o dia em que a noite das trevas imporá a ignorância, o fanatismo e o despotismo, afastando as luzes da fé, da esperança e do amor e, com isto, fazendo com que sequem os rios da tolerância e que se percam as mães doutrinárias dos princípios morais milenares, quando então há de prevalecer o choro e o medo que criam os covardes e fazem com que tudo se perca. E aí é tarde demais. Ouçamos a música. (executa-se a música, cuja letra está abaixo) Portanto, meus queridos Irmãos, conclamo a todos para que desarmemos os nossos espíritos, nos unamos e de mãos dadas entoemos juntos a canção relativa aos sagrados e seculares princípios e costumes da Sublime Ordem Maçônica. Vamos dar as mãos e cantar (Antonio Marcos) Antes do pano cair Antes que as luzes se apaguem Todas as portam se fechem Todas as vozes se calem Antes que o dia anoiteça E nunca mais amanheça Antes que a vida na terra desapareça Vamos dar as mãos, vamos dar as mãos Vamos lá, e vamos juntos cantar Antes do grande final Antes dos rios secarem Todas as mães se perderem Todos os olhos chorarem Antes que o medo da vida Faça de mim um covarde Antes que tudo se perca E seja tarde Vamos dar as mãos..
  • 12. Extraído da rede projmaconariaoperativa@googlegroups.com O texto é de autoria do Ir. Nuno Raimundo, obreiro na R.'.L.'. Mestre Affonso Domingues Nº5, GLLP/GLRP - Loures (Região de Lisboa) -Portugal foto: divulgação Muito se fala e especula sobre o segredo maçônico. O que é, o que será e o que representa. Ele não é mais que uma conduta de Vida. E como tal não tem nada de segredo ou escondido. O tal segredo, como se costuma designar, é a forma de como o Maçom vive a sua vida. A forma como respeita, tolera, ama e se solidariza com o seu próximo, é que é a parte prática do segredo; pois a parte teórica está ao alcance de qualquer Homem se assim o pretender conhecer. São as boas normas de conduta moral e social que guiam o Maçom no seu dia-a-dia. E isso não tem nada de segredo, basta os curiosos atentarem na forma de estar e viver dos Maçons para perceberem afinal de que de segredo não há nada. O único segredo é de que tudo está à vista de todos, e tal como o ditado, “quanto mais à vista, menos se vê”, assim está o segredo maçónico. Tudo o resto, com trabalho, empenho e estudo é fácil de se descobrir…
  • 13. A vasta literatura maçônica que encontramos ora seja em livrarias especializadas ou na internet, nem sempre é fidedigna; pois a sua maioria é escrita por profanos, que por sua vez, também eles, têm um contato muito superficial e limitado com os mistérios da Ordem; advindo dessa restrição, a impossibilidade de providenciarem informação correta e fatual. Uma grande parte dos rituais, palavras de passe e sinais que “pululam” por esse mundo fora, podem inclusivé não serem verdadeiros, ou o sendo, estarem desatualizados face aos dias de hoje. Causando dessa forma, enorme confusão aos detratores da Maçonaria, sobre quais afinal serão os seus segredos e mistérios. Apesar do core secret ser a “conduta do maçom”, tal como já afirmei, existem também “segredos” (ou neste caso concreto, informações) que devem ser conservados apenas entre Maçons. E são para ser conservados tais segredos, porque fazem parte de um comprometimento pessoal em os honrar; e um maçom como pessoa honrada que deve ser, assim o deve escrupulosamente cumprir. Os tais segredos que a maioria dos curiosos quer saber, mas que lhes estão vetados ao conhecimento (e passo a explicar o porquê) são: Ø Não revelar a condição de um Irmão maçom a profanos, porque dessa revelação poderão advir sérios prejuízos ao Irmão em causa, fruto da ignorância e malvadez de gente mal informada sobre o que trata a Ordem Maçónica. Ø Não revelar os rituais maçónicos e/ou cerimónias onde os mesmos são executados. Porque o seu conhecimento e execução poderão não ser compreendidos por quem receber essas informações, bem como, se os recipiendários, não sendo maçons, nada fariam de interessante ou fenomenal com essas informações. Mas fundamentalmente, porque tais rituais e cerimónias não devem ser de domínio público, porque quaisquer cerimónias e rituais executados devem ser sentidos e vividos por quem os executa e vivência. Logo, se tornaria irrelevante o seu conhecimento ao público em geral, que não os interpretaria da melhor forma. Ø Não revelar o que se passa no seio de uma sessão ritual maçónica, nem quais os maçons nela presentes. Uma vez que, se outros guardam para si o que fazem nas suas casas, porque não os maçons poderem fazer o mesmo na sua casa?!
  • 14. Não terão eles esse direito também?! No fundo, é uma questão de “justiça social” ser respeitada a privacidade das reuniões de maçons. Porque para além de também eles, respeitarem a privacidade de outras organizações e particulares. Também o público em geral assim o faz. Se o “direito à reserva de intimidade” existe para ser cumprido, então que seja por todos! Ø Não revelar as formas de identificação e reconhecimento entre maçons. Porque sendo algo do seu foro íntimo, deve ser respeitado como tal. E porque acima de tudo, a sua função serve apenas para reconhecimento de e entre Irmãos e nada mais. E uma vez que não se deve revelar a identidade de um irmão maçom a profanos, logo se for do conhecimento geral as formas de reconhecimento, facilmente se saberá quem é maçom e quem não o é. E se em Liberdade e Democracia isso é de somenos, em regimes ditatoriais, isso seria bem nefasto aos maçons. Pois quem defende valores de Igualdade, Fraternidade e Liberdade, não costuma ser bem tolerado nesses países. Ø E finalmente não revelar a outro Maçom, informação referente a grau superior ao que ele se encontrar. Porque para além de retirar o efeito surpresa ao Irmão em causa, na execução dos rituais do grau em questão, estará também a fornecer conhecimentos que possivelmente não lhe sejam inteligíveis. Ou seja, se a um maçom lhe for fornecida informação de um grau superior, ele não a saberá interpretar corretamente, para além de não a executar ritualmente na forma devida. O que ao contrário de melhorar a sua “cultura maçónica”, só o irá “prejudicar” na sua formação e caminhada como maçom. Quanto ao resto, isso eu não posso contar, porque é “segredo”…
  • 15. Verbete extraído do Vade-Mecum Do Meio-Dia à Meia-Noite do Ir. João Ivo Girardi ( Blumenau-SC) ORATÓRIA: 1. É a arte de falar ao público. Diz a nossa instituição que cabe ao Orador a linguagem clara, conclusiva e não afetada quando se dirige aos Irmãos. Entendo que para assumir as funções de Orador a Loja escolha entre os seus membros aqueles que dispõem das qualidades de uma boa oratória. No entanto, quando qualquer Irmão é designado para uma Peça de Arquitetura e o mesmo não tem uma mínima preparação de técnicas de oratória, o resultado é um desastre. Cabe a cada um, individualmente, o desenvolvimento destas técnicas. Para lembrar aos Irmãos, um dos degraus que dá acesso do Ocidente para o Oriente é simbolizado pela Retórica. Técnicas de Oratória: 1. Fale sobre aquilo que você conhece a fundo e sabe que conhece. Ou seja: Prepare-se. Não passe dez minutos ou dez horas em sua preparação. Passe dez semanas, melhor ainda, dez meses na sua preparação. 2. Fale de algo que haja despertado seu interesse. Fale daquilo que tem profundo desejo de comunicar a seus Irmãos. As palestras pobres são geralmente aquelas que foram escritas ou decoradas, e faladas sem emoção, sem sentimento e, por isso soam artificiais, causando tédio na platéia.
  • 16. As palestras boas são aquelas que saem do íntimo, como uma fonte. 3. Tenha um grande desejo de comunicar sua mensagem. Preocupe-se com a altura de sua voz. Faça anotações no seu texto, nas partes que deseja dar ênfase, chamar atenção. Treine em casa algumas vezes, antes de se apresentar. Cronometre seu tempo. Saiba quanto tempo vai durar sua apresentação com antecedência. Assim você não se preocupará com a duração do trabalho, pois já saberá antecipadamente o tempo a ser despendido. 4. Nunca, nunca decore uma palestra palavra por palavra. Se você decorar sua palestra, o mais provável é que esqueça no momento de apresentá-la, e o auditório ficará feliz, já que ninguém quer ouvir mesmo uma papagaiada. 5. Movimente-se enquanto fala. Mexa seus braços, olhe para todos os lados, para os Vigilantes para as duas Colunas. Olhe nos olhos da sua platéia. Isso dissipará sua tensão e aumentará sua convicção. Ajudará a prender a atenção da platéia para as suas idéias. Um orador estático rapidamente perde a atenção da platéia, e não conseguirá produzir sintonia à recepção da oratória. 6. Use sua voz em diferentes tonalidades. Varie a tonalidade de sua voz de acordo com o desenvolvimento do texto. Fale alto ou fale baixo de acordo com o andamento de sua apresentação. Discursos pronunciados em tom de voz único provocam sonolência e desinteresse da platéia. Você certamente não desejará que seu trabalho tão bem desenvolvido e preparado se perca por falta de comunicabilidade. 7. Ensaie sua palestra conversando com os amigos. Converse com seus Irmãos sobre o trabalho que está preparando. Observe neles o interesse sobre o assunto. Peça-lhes sugestão. Este é um modo infinitamente mais efetivo de ensaiar uma palestra do que gesticular diante do espelho. 8. Não imite ninguém. Seja você mesmo. Não tema ser você mesmo. Este é um bom conselho para fazer música, para escrever e para falar. Você é algo novo neste mundo. Alegre-se. Ninguém tem sido igual, nunca haverá ninguém igual a você. Assim aproveite sua individualidade. Sua conversação deve ser parte de sua própria pele. Deve sair de suas próprias experiências, convicções, personalidade e de sua própria maneira de viver. Ninguém sabe o que é que você pode fazer, até que você o faça. 9. Sempre que possível utilize os nomes de alguns de seus ouvintes. Esta regra é útil se usada com moderação. O nome de uma pessoa é para ela o som mais doce e importante do idioma. Ajuda a prender a atenção do grupo para suas próximas citações. 10. Fale com modéstia e não com presunção. A modéstia e a humildade inspiram confiança e benevolência. A pessoa que está segura de si mesmo e tem confiança, nunca sente a necessidade impressionar os demais com sua capacidade. Só o fracassado e o indivíduo sem valor querem forçar-nos a reconhecer seus méritos. 11. Nunca fale com cara de poucos amigos e com tom de voz áspero. Lembremo-
  • 17. nos que a expressão de nossos rostos e o tom de nossa voz muitas fala melhor e mais fortes que nossas palavras. Aquilo que ofende nossos ouvidos não poderá ganhar aceitação facilmente. 12. Desfrute sua oratória enquanto fala. Se não desfrutarmos enquanto falamos, como vamos esperar que os outros desfrutem ouvindo? Por isso prepara-se para falar, ponha brilho no seu olhar, sentimento na sua voz, e o faça com satisfação. 13. Não se desculpe nunca. Quantas vezes já ouvimos um orador iniciar dizendo: Eu tinha um grande desejo de preparar-me, mas... e assim temo não poder desempenhar a contento. Além disso, não sou um grande orador, e portanto... Neste caso é preferível nem começar a Peça de Arquitetura. 14. Recebamos bem as críticas (construtivas), em vez de aborrecermo-nos com elas. Aprenda a ouvir com cordialidade as vozes discordantes. Reflita sobre elas. Procure tirar proveito das observações. Os elogios fáceis e despropositados não ajudam a construir um bom palestrante. 2. Suportei, recentemente, uma palestra a respeito da Importância da Maçonaria na Arte Contemporânea; evidentemente, como os leitores poderão perceber no decorrer desta história, o título foi outro e o nome do palestrante jamais será revelado. Tal palestra nada acrescentou, nem a mim nem a ninguém. Contudo, pude extrair algumas sábias lições de como não incorrer nos mesmos erros. A palestra principiou quarenta e cinco minutos após a hora anunciada; o palestrante fez-se apresentar por um Orador que leu uma dezena de páginas; em vez de falar, leu; e leu mal. O palestrante, por sua vez, também leu; e embora lendo bem, leu. Quem não sabe falar sem ler não deve dar palestras. Ninguém é obrigado a dá- las. A palestra é uma conversa com o público e somente poderemos perceber a reação dos ouvintes se estivermos falando. O público, por sua vez, é o termômetro do palestrante, e quem lê, olhando folhas de papel, não
  • 18. consegue perceber as utilíssimas indicações desse termômetro, suas oscilações, variações, quedas e ascensões. O palestrante, em lugar de entrar diretamente no assunto, fez um longo e desnecessário preâmbulo e, vinte minutos depois, quando abordou realmente o tema, metade da platéia já cochilava; sem disso se aperceber, pois estava atento apenas à sua leitura, o palestrante solicitou que as luzes fossem apagadas e que alguém o auxiliasse no manuseio de um retroprojetor; resultado: três quartos do público já dormia. O operador do retroprojetor manteve-se, o tempo todo, em descompasso com o palestrante; quando este mencionava a Coluna dórica, aquele projetava a jônica; quando um discorria acerca do compasso, o outro projetava o esquadro, e assim por diante...Felizmente, para o orador, quando ele solicitou que as luzes se acendessem novamente, alguém tropeçou, caiu, alguns riram e todos despertaram. O único momento comovedor foi quando, finalmente, o orador declarou que, não querendo abusar mais da paciência de todos, apressaria-se em concluir. Foi, então, entusiasticamente aplaudido. Na saída, recebeu os cumprimentos e os elogios habituais: Parabéns, mestre. Foi uma palestra inesquecível. Adoramos. E assim por diante... Conclusões: 1) Não acredite, palestrante, que o público comparece ávido para ouvi-lo; o público geralmente são seus parentes, que comparecem por obrigação; são seus amigos, que comparecem por espírito fraterno, e são seus subalternos, que assim pretendem cair nas boas graças do chefe. Algumas vezes são também seus inimigos e adversários, que apenas desejam perceber seus pontos fracos ou aguardar a oportunidade de uma vaia ou de uma violenta contestação no momento certo. Poucos, bem poucos, são os que comparecem por estarem realmente interessados no tema. 2) Quando anunciar que vai começar às 20 horas, comece às 20 horas, mesmo que ainda haja muitas poltronas vagas; se aguardar mais alguns minutinhos por consideração aos retardatários, estará cometendo uma descortesia com todos aqueles que chegaram pontualmente. 3) Não acredite nos aplausos. Aplaudem-se todos os palestrantes, independentemente do valor de suas palestras. O aplauso, salvo aquele espontâneo que irrompe no meio de uma frase, é mera convenção social, algo que não custa nada. 4) Não fale, como falam muitos, como se fizesse uso de uma metralhadora; faça com que as palavras não formem uma torrente, mas um rio sereno e variado. 5) Não queira dar lições. Passada a idade escolar, ninguém está disposto a sentar-se à carteira e ouvir sermões. Se quiser convencer ou persuadir aqueles que o ouvem, deixe-lhes a ilusão de que a idéia partiu de cada um, e não de você. É o método socrático, pelo qual se induz os outros a mudarem de opinião, com uma concatenização de perguntas que demonstram seus erros. 6) A capacidade de resistência do público tem limites; nunca os ultrapasse. Uma palestra lida não deve durar mais que trinta minutos; falada, sessenta; impecável, noventa. 7) O interesse do público se demonstra pela imobilidade nas poltronas, pela ausência de conversas paralelas e pelos
  • 19. olhares que o acompanham. Quando estes esmaecerem, conclua rapidamente... e todos lhe agradecerão. (Carlos Brasílio Conte, em, O Livro do Orador). 3. Pequeno Dicionário de Oratória: Ambigüidade - Não deixar claro o sentido de uma palavra ou de uma frase que podem ser interpretadas pelo menos de duas maneiras diferentes. Antítese - Figura de linguagem que faz uso de expressões opostas: De repente do riso fez-se o pranto (Vinícius de Morais). Aparência - Uma boa aparência ajuda a aumentar a autoconfiança e a confiança que as pessoas têm no orador. Isto mostra que o orador os respeita e se esforçou para se vestir adequadamente. Apresentação - É uma ferramenta de comunicação muito poderosa que deve ser adequada à personalidade do orador. As imagens devem ser usadas com parcimônia. Embora se diga que uma figura vale por 1000 palavras, é preciso verificar se ela não está deixando a inteligência inativa. Arcaísmo - Emprego de palavras ou construções antigas, que já caíram em desuso. Antanho por no passado. Antelóquio por prefácio. Argumento - Ao nível da Retórica, o argumento consiste no emprego de provas, justificativas, arrazoados, a fim de apoiar uma opinião ou tese, e/ou rechaçar uma outra. Auditório - Tecnicamente, é o conjunto de todos aquelas pessoas que o orador quer influenciar mediante o seu discurso. Barbarismo - Consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta. Eles ocorrem: 1) na grafia: analizar por analisar; 2) na pronuncia: rúbrica por rubrica; 3) na morfologia: deteu por deteve; 4) na semântica (sentido das palavras): o iminente jurista presidiu a seção (por eminente sessão). Cacoetes Lingüísticos - São palavras ou partículas usadas com muita insistência para encerrar a frase ou para continuá-la. Eis alguns: Tá, né? Entende? Sabe? Percebe? Uai... Da mesma forma, há quem abuse de a gente isso, a gente aquilo, a gente chegou, a gente pediu, etc. Evitar o uso constante de a nível de, enquanto que, de repente, etc. Cacofonia - Qualquer seqüência silábica que provoque som desagradável como A boca dela é enorme por Sua boca é enorme. A cacofonia compreende: a) Cacófato: Encontro de sílabas que forma uma palavra obscena. Envie-me já os catálogos. Polícia federal confisca gado de fazendeiros. b) Eco: Repetição desagradável de terminações iguais. Freqüentemente o presidente sente dor de dente. c) Colisão: Repetição de consoantes iguais ou semelhantes. O monstro medonho mede, mais ou menos, um metro e meio. d) Hiato: Seqüência ininterrupta de vogais. Ou eu o ouço ou eu o ignoro. Carismáticos - As pessoas descrevem como carismáticos aquelas de quem gostam sem nenhuma razão aparente. Comparação - Figura de linguagem que consiste em atribuir a um ser características presentes em outro ser, pelo fato de haver entre os dois uma determinada semelhança. Minha dor é inútil como uma gaiola numa terra onde não há pássaros. (Fernando Pessoa). Comparações, analogias e metáforas - Enquanto uma analogia geralmente faz uma comparação relativamente completa, mostrando explícita ou implicitamente muitos pontos em comum, uma comparação acentua um só ponto e nela costuma-se usar as palavras como ou igual a. Já a metáfora é uma comparação que, ao invés de mostrar explicitamente as semelhanças entre duas coisas, aceita-as implicitamente, dizendo que uma coisa é outra, sob certos aspectos. Além disso, na metáfora não se usam as palavras como ou iguais. Comunicação - É
  • 20. freqüentemente definida como a troca de informações entre um transmissor e um receptor, e a inferência (percepção) do significado entre os indivíduos envolvidos. Debate Orientado - O debate é o método no qual os oradores apresentam seus pontos de vista e falam pró ou contra uma determinada proposição. Use-o quando os assuntos requeiram sutileza; para estimular a análise; para apresentar diferentes pontos de vista. Vantagens: Apresenta os dois aspectos de um problema; aprofunda os assuntos em discussão; desperta o interesse. Limitações: O desejo de ganhar pode ser demasiadamente enfatizado; requer muita preparação; pode produzir demasiada emoção. Desenvolvimento - Quanto ao desenvolvimento, o discurso bifurca-se em: a) Narração: Consiste na exposição minuciosa, parcial, encarecedora, do que de modo sintético e direto se expressa na proposição: o orador seleciona os fatos que convém à sua causa e focaliza-os da perspectiva que mais lhe favorece o intento, emprestando relevo a alguns e minimizando outros, de acordo com o interesse do momento. b) Argumentação: É a parte nuclear e decisiva do discurso, e vem já preparada pelo exórdio e pela narração. Para exercer seu efeito no conjunto do discurso, a argumentação deve conter uma ou mais provas, ou seja, um ou mais argumentos, calcados no raciocínio e no princípio da dedução: o silogismo, a dialética e o paradoxo. A argumentação pode conter exemplo, ou melhor, prova trazida de fora. Dialética - Na boa visão de Hegel, é o diálogo dos opostos. Quer dizer, o bem existe porque é comparado ao mal, a liberdade à escravidão e a verdade ao erro. Dicção - Modo de dizer; arte de dizer, de recitar. Dinâmica de Grupo - É a divisão de um grupo grande em diversas equipes. Estas equipes discutem problemas já assinalados anteriormente, geralmente com o propósito de informar depois ao grupo maior. Use-o quando o grupo é demasiadamente grande para que todos os membros participem; quando se exploram vários aspectos de um assunto; quando o tempo é limitado. Vantagens: Estimula os alunos tímidos; desperta um sentimento cordial de amizade; desenvolve a habilidade para dirigir. Limitações: Pode ser o resultado de um conjunto de deficiência; os grupos podem desviar-se do assunto em questão; a direção pode ser mal organizada. Discurso - Do latim discursu. Ação de correr por ou para várias partes. Discorrer sobre vários assuntos. No plano da oratória, designa a elocução pública, que visa a comover e persuadir. Trata-se de um termo de largo uso e de sentidos diversos: a) O discurso pode ser verbal - centrado nas palavras - e não-verbal - centrado na imagem nos gestos etc. b) O discurso verbal pode ser oral ou escrito - também chamado texto. c) Considerando que a unidade máxima do sistema da língua é a frase, podemos dizer que o discurso está centrado nas seqüências frasais - eventualmente numa frase. d) O discurso implica um esforço expressivo do eu - o que irá configurar o estilo - no sentido transitar uma mensagem para alguém. Elipse - Omissão de um termo facilmente identificável. O principal efeito é a conclusão. Exemplo: No céu, dois fiapos de nuvens. (No céu, aparecem (existem/há) dois fiapos de nuvens). Equívoco - Mudar o significado ou a conotação de uma palavra. Estereótipo - Frase ou expressão modelar que de tanto ser usada perdeu sua força inicial. Trata-se de um clichê, de uma fórmula muitas vezes vazia. Exemplo: Não tenho palavras para agradecer, A memorável vitória etc. Estilo - É a maneira peculiar de que se seve cada
  • 21. ser humano para expressar suas próprias idéias. Não se deve confundir o estilo com as palavras e as idéias empregadas por um homem, que as pode usar justas e corretas, apesar de ser vicioso, duro ou frio, frouxo ou afetado o seu estilo. Estrangeirismo - Quando usados desnecessariamente também constituem barbarismo 1) Galicismo: garçon por garçom 2) Anglicismo: cocktail por coquetel; week-end por fim de semana. Etimologia - É a ciência que investiga as origens próximas e remotas das palavras e sua evolução histórica. Do grego etymon (étimo) vocábulo que é origem de outro. Eufemismo - Figura de linguagem que consiste no abrandamento de expressões cruas ou desagradáveis. Foi acometido pelo mal de Hansen (= contraiu lepra). Os funcionários da limpeza pública estão em greve (= lixeiros). Exórdio - Contendo a introdução do discurso, objetiva ganhar a simpatia do juiz (ou, em sentido mais amplo, do público) para o assunto do discurso. No geral, o exórdio encerra duas partes: a) A proposição: que consiste no enunciado do tema ou assunto, e b) A divisão, vale dizer, a enumeração das partes que totalizam o discurso e, portanto, assinalam o caminho a seguir pelo orador. Falar bem e dizer bem - Há uma diferença essencial entre o falar bem (utilizar com eficiência os recursos gramaticais, as metáforas e os argumentos criativos) e o dizer bem (sintonizar-se com os ouvintes de forma natural, persuasiva e empática). O líder empresarial deve ser um facilitador da aprendizagem e canalizador da energia do grupo. Por isso, espera-se que em suas comunicações o falar e o dizer se harmonizem perfeitamente. Gestos - Ato ou ação por meio do qual se dá força às palavras. Deve ser feito sem exagero e sem excessos, isto é, com naturalidade e elegância. Lembrar sempre que ele é apenas a essência, tão somente, do que se quer exprimir. Deve preceder à palavra ou acompanhá-la, nunca sucedê-la. Se anteceder, prepara o efeito da palavra; se acompanhá-la, reforça-a; se suceder, perde sua força. Gestualidade - É o comportamento do corpo que abrange gestos (em movimento) e atitudes ou posturas (parados). É a linguagem do corpo: sermo corporis. O Corpo fala através de gestos e atitudes que acompanham significativamente a pronunciação. Dentro da gestualidade se destaca uma nova área de investigação: a proxêmica. Hipérbole - É uma afirmação exagerada para conseguir- se maior efeito estilístico. - Chorou um rio de lágrimas.- Toda a vida se tece de mil mortes. - Um oceano de cabeças ondulava à sua frente. Idéia central - É um pensamento único, expresso numa frase simples, clara e, se possível, direta, e que resuma a essência do que se quer provar ou demonstrar através da palestra inteira. Em torno dela e/ou em direção a ela se encaminharão todos os assuntos e ilustrações. Obs.: A idéia central não deve ser confundida com o tema, que é o assunto da palestra. A idéia central é a definição, objetivo específico dentro do tema. Sinônimo: idéia-mãe. Ironia - Consiste em sugerir, pela entonação e contexto, o contrário do que as palavras ou as frases exprimem, por intenção sarcástica. Que belo negócio! (=que péssimo negócio). O rapaz tem a sutileza de um elefante. Língua - O
  • 22. conhecimento da língua portuguesa é muito importante para o orador, pois as incorreções gramaticais não são perdoáveis a quem se atreve a falar em público. Alguns erros que causam má impressão: Me vejo na obrigação... Tenho a súbida honra... Se ele intervir... acabo de assistir um espetáculo. Linguagem - É a expressão de nossas idéias por meio de certos sons articulados que lhes servem de sinais. É a expressão da evolução espiritual e mental do homem, e a verbalização do comportamento faz parte dela. Maiêutica - Método socrático, onde o instrutor desenvolve sua exposição fazendo perguntas aos alunos. Deve-se evitar o pseudo-diálogo. Medo - Reflete a sensação de se expor a uma situação nova com a condição de enfrentar ou escapar. Os oradores se beneficiam disso: a adrenalina se transforma em energia; suas mentes parecem mais alerta; surgem novos pensamentos, fatos e idéias. Cícero disse que todo discurso de mérito autêntico se caracteriza pelo nervosismo. É uma forma de autopreservação comum a todas as pessoas, contra aquilo que consideramos ser a concretização de uma ameaça dolorosa. Ele aumenta desproporcionalmente a sensação de perigo: é a forma que o corpo e a mente encontram para se protegerem das ameaças. Memória - É a capacidade de fixar, reter, evocar e reconhecer impressões ou acontecimentos passados. A memória pode ser comparada a uma câmara fotográfica: a atenção é, para a mente, o que o poder de focalizar a lente é para a câmara. Exercício para a memória: a) Olhar um objeto, fechar depois os olhos e passar a descrevê-lo mentalmente. Abrir logo após os olhos, e verificar o que esquecemos e o que lembramos. b) Abrir as páginas de um jornal, ler os cabeçalhos; fechar em seguida os olhos, e rememorar mentalmente. c) Ler um pensamento, duas, três, quatro vezes. Depois, repita-o de cor. Obtida a memorização, medite sobre ele. d) Há à sua frente um grupo de pessoas. Observe-as. Imediatamente procure recordá-las na ordem em que estão da direita para a esquerda e vice-versa. Verifique logo depois se acertou ou errou. e) Ao assistir a uma palestra ou conferência, ou ao ler um artigo, etc., faça logo, de memória, uma síntese, e preferentemente a escreva. Metáfora - É a mudança do sentido comum de uma palavra por outro sentido possível que, a partir de uma comparação subentendida, tal palavra possa sugerir. Essa mulher é uma cascavel. Método - Do grego méthodos - caminho para chegar a um fim. Processo ou técnica de ensino. O método depende dos propósitos que se tenha, da habilidade do professor ou líder, da disposição do aluno, do tamanho do grupo, do tempo disponível e dos materiais de trabalho. Metonímia - É a substituição de uma palavra por outra, quando entre ambas existe uma relação de proximidade de sentidos que permite essa troca. Exemplo: O estádio aplaudiu o jogador. Estádio está substituindo torcedores (a troca foi possível porque o estádio contém os torcedores). Opinião - É preciso ultrapassar a preguiça do: Vou dar minha opinião sobre... A palavra opinião é eminentemente reveladora: pois a opinião é muito subjetiva. Ela pode ser um sinal de humildade, as na maioria das vezes revela um grande empobrecimento do pensamento. Palavras que revelam insegurança – Evite usar: quem sabe, talvez seja, aliás, pode ser, assim parece, quero crer, julgo que, tudo parece indicar que. Substituí-las por palavras afirmativas. Parábola - É um relato que possui sentido próprio, destinado, porém, a sugerir, além desse sentido imediato, uma lição moral. É um tipo de comparação construído
  • 23. em forma de narrativa. Conta-se uma história para se extraírem ensinamentos que possam ilustrar outra situação. No fundo do parabole grego há a idéia de comparação, enigma, curiosidade. As parábolas evangélicas contadas por Jesus são imagens tomadas das realidades terrestres para serem sinais das realidades reveladas por Deus. Elas precisam de uma explicação mais profunda. Peroração - É a conclusão de um discurso. A recapitulação, mediante a qual o orador refresca a memória da audiência. Persuasão - É o emprego de argumentos, legítimos e não legítimos, com o propósito de se conseguir que outros indivíduos adotem certas linhas de conduta, teorias ou crenças. Diz-se também que é a arte de captar as mentes dos homens através das palavras. Preciosismo - Exagero na linguagem, em prejuízo da naturalidade e clareza da frase. Exemplo: Isso é colóquio flácido para acalentar bovino (por Isso é conversa mole pra boi dormir). Pregação - Deveria ser considerada a mais nobre tarefa que existe na terra. Significa a verdade divina através da personalidade ou a verdade de Deus apresentada por uma personalidade, para ir ao encontro das necessidades humanas. Preleção - É o método clássico, onde o orador faz seu discurso diante do auditório. Use-o quando vai dar informação, quando os discípulos já estão interessados e quando o grupo é demasiado grande para empregar outros métodos. Vantagens: Transmissão de grande quantidade de informações em pouco tempo; pode ser empregado com grupos grandes; requer uso de pouco material. Limitações: Impede que o aluno participe contestando; dificulta o poder de retenção; poucos conferencistas são bons oradores. Princípio do diga - Diga a eles o que você vais lhes dizer. Diga a eles. Diga a eles o que você lhes disse. As pessoas lembram melhor o que ouvem no início e no fim do discurso. Faça um sumário do discurso nos dois extremos e os ouvintes, quando forem embora, vão se lembrar de uma boa parte do enchimento. Prova do telefone - Qualquer pessoa que souber utilizar bem um telefone tem geralmente jeito para ser um bom orador. De fato, uma artimanha usada por organizadores ou agentes a quem foi recomendado um orador desconhecido, é telefonar-lhe. Se conseguir despertar o interesse de um estranho - e, sobretudo, de fazer rir é um orador prometedor. Proxêmica - O orador se movimenta no espaço entre ele e o público de modo pertinente. Ora se situa num plano mais elevado ou mais baixo ou no mesmo nível; ou se distancia ou se aproxima com intenções definidas. Raciocínio apodíctico - Do grego apodeiktkós. Possuía o tom da verdade inquestionável. O que se pode verificar aqui é o mais completo dirigismo das idéias; a argumentação é redigida com tal grau de fechamento que não resta ao receptor qualquer dúvida quanto à verdade do emissor. Retórica - No sentido original, a retórica inclui qualquer discurso ou texto escrito eficaz. Modernamente, a retórica implica uma tentativa de persuadir por meio de palavras, faladas ou escritas. Semântica - É o estudo das mudanças que no espaço e no tempo, experimenta a significação das palavras consideradas
  • 24. como sinais das idéias: semasiologia; semiologia. Do grego sêma-tos, sinal, marca, significação. Sinônimos - São palavras de significado aproximado, já que não existe sinônimo perfeito. Solecismo - Qualquer erro de sintaxe: a) De concordância: Fazem anos que não o vejo (por Faz) b) De regência: Esqueceram de mim (por Esqueceram-se de mim). c) De colocação: Não coloque-a na água (por Não a coloque na água). Tautologia - Repetição desnecessária de informações. O mesmo que redundância. Exemplo: Ele detém o monopólio exclusivo dos refrigerantes na Índia. (Na palavra monopólio já existe a idéia de exclusividade). Vícios de linguagem - Uso de palavras ou frases que ferem a língua portuguesa, em regra, colocando erradamente os pronomes ou formando cacófatos. 4. Se eu for falar por dez minutos, eu preciso de uma semana de preparação; se quinze minutos, três dias; se meia-hora, dois dias; se uma hora, estou pronto agora. (Woodrow Wilson). 5. Que órgão maravilhoso o da fala, quando manobrada por um Mestre. (V. Eloqüência, Retórica).
  • 25. Hoje é domingo. Dia do JB News divulgar um dos 700 verbetes que se encontram no Vade-Mecum Maçônico do Ir João Ivo Girardi da Loja Obreiros de Salomão, nr. 39, de Blumenau. (joaogira@terra.com.br ). O assunto selecionado de hoje é sobre Oratória, que está bem acima, no quarto bloco deste informativo. No próximo domingo tem mais, porque o Ir Girardi agora nos envia todos os domingos um dos verbetes de sua obra. E, todos os sábados, quem vai escrever é o Ir. Luiz Felipe Brito Tavares, Aprendiz-Maçom da Loja Luz do Planalto nr. 76 de São Bento do Sul (GLSC). Que não se analise sob o prisma religioso, mas histórico, os cinco vídeos abaixo sobre a Arca da Aliança: Arca da Aliança parte 1 http://www.youtube.com/watch?v=mngzn4I6bh8 Arca da Aliança parte 2 http://www.youtube.com/watch?v=UNxLw4qjAAA&feature=related Arca da Aliança parte 3 http://www.youtube.com/watch?v=yYx9BhYHw78&feature=related Arca da Aliança parte 4 http://www.youtube.com/watch?v=ifOQFP1guWM&feature=related Arca da Aliança parte 5 http://www.youtube.com/watch?v=O1dWlv2qUrE&feature=related Músicas sugestivas para a Harmonia da Loja: http://www.saigonocean.com/nghenhacHoaTau/jukebox.swf Quando precisar utilize o CONJUGADOR DE VERBOS. Com dois toques se pode conjugar 280 mil verbos. É só clicar no site abaixo: http://linguistica.insite.com.br/cgi-bin/conjugue Tenha um excelente domingo com sua família, sob a proteção e guarda do nosso Pai Celestial.
  • 26.
  • 27. 1ª) Os Maçons que trabalham; 2ª) Os Maçons que não trabalham; 3ª) Os Maçons que dão trabalho.
  • 28. (colaboração do Ir Ives Pizzollatti da Loja Estrela de Herval GOB/SC)
  • 29.  (Obreiro da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 e Grande Orador da GLSC)