1) O silêncio do aprendiz na loja maçônica não se deve a uma posição inferior, mas sim porque é essencial para seu processo de aprendizagem e aperfeiçoamento.
2) O silêncio protege o aprendiz de erros públicos enquanto se adapta aos novos valores maçônicos, e permite que ele foque na simbologia ao seu redor.
3) Manter o silêncio marca a prioridade do processo de aprendizagem do novato sobre opinar prematuramente.
1. JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
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Informativo Nr. 1.194
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Mario Gentil Costa – Fogo!
Bloco 3 - IrRui Bandeira – O Silêncio do Aprendiz
Bloco 4 - IrJoão Anatalino – A Maçonaria e o Culto à Luz
Bloco 5 - IrSérgio Quirino Guimarães – Olho na Maçonaria
Bloco 6 -Fechando a Cortina –
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 9 de dezembro de 2013, 343º dia do calendário gregoriano. Faltam 22 para acabar o ano.
Dia do Fonoaudiólogo e do Alcoolico Anônimo
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos.
2. JB News – Informativo nr. 1.194 – segunda-feira, 9 de dezembro de 2013. Pág. 2/14
1815 - Fundação do condado de White-Illinois Estados Unidos.
1830 - O então povoado de Cocais é elevado a freguesia da vila de Itu com o nome de Indaiatuba por decreto
imperial.
1839 - Maceió se torna capital da então Província de Alagoas - Brasil.
1898 - O coronel John Patterson consegue caçar o primeiro dos dois leões assassinos que mataram cerca de 140
pessoas na região de Tsavo, no Quênia.
1953 - A lei estadual nº 985, cria o município de Malta (Paraíba).
1958 - Emancipação Política do Município de Novo Brasil - Goiás
1966 - Barbados e Emirados Árabes Unidos são admitidos como Estados-Membros da ONU
1987 - Eclode a Intifada: rebelião palestina nos territórios ocupados e no setor árabe de Jerusalém
1992 - Lady Diana e o Príncipe Charles se separam.
1994 - Começa a ser delineado o acordo da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) na Cimeira das
Américas, na cidade de Miami
1996 - O inovador navegador para web, o Opera , é lançado.
2002 - A Casa de Detenção de São Paulo, mais conhecida como Carandiru é implodida.
2004 - Costa de Caparica, Estarreja, Trancoso, Meda e Tarouca são elevadas à categoria de cidade. Gafanha da
Encarnação, Perafita, Santa Maria do Bouro, Santo Estêvão e Taveiro são elevadas à categoria de vila - Todas
localizadas em Portugal.
2004 - O Ala-armador do Houston Rockets, Tracy McGrady consegue um feito histórico no basquetebol. Após
estar perdendo por 74 a 64 com 47 segundos do fim do jogo, McGrady fez 13 pontos na etapa final e virou o jogo
por 81 a 80.
2007 - um terremoto de 4,9 graus na escala Richter atinge todos os 76 imóveis da comunidade rural de Caraíbas,
em Itacarambi (MG) – um dos imóveis desmoronou sobre uma criança de 5 anos, que morreu (a primeira morte
causada por um terremoto no Brasil).
2010 - Dia Internacional da cantora Lady Gaga em comemoração ao lançamento de suas estátuas de cera no
museu Madame Tussauds.
Brasil
Aniversário de Guarapuava
Aniversário de Maceió
Aniversário de Indaiatuba
Aniversário de Novo Brasil
Dia do Fonoaudiólogo
Dia do Alcoólico Recuperado
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
feriados e eventos cíclicos
3. JB News – Informativo nr. 1.194 – segunda-feira, 9 de dezembro de 2013. Pág. 3/14
(Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 17ª edição e arquivo pessoal)
1821 Chegam ao Rio de Janeiro os decretos das Cortes que pretendem reduzir o Brasil à antiga condição de
colônia, além de exigir o retorno de D. Pedro () a Portugal.
1821 José Joaquim da Rocha () organiza em sua própria casa, o Clube da Resistência, para impedir a
partida do príncipe D. Pedro para Portugal.
1863 Após perder as eleições no Grande Oriente do Brasil, Saldanha Marinho funda o Grande Oriente do
Brasil ao Vale dos Beneditinos.
1854 Falece Almeida Garret, () eminente escritor e político português, que adotara o nome simbólico do
herói romano Múcio Cevola.
1996 Fundada a Loja “Igualdade Criciumense” Nr. 66 (GLSC) em Criciúma
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal.
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fatos maçônicos do dia
4. JB News – Informativo nr. 1.194 – segunda-feira, 9 de dezembro de 2013. Pág. 4/14
Fogo!!!
Mario Gentil Costa,
Florianópolis.
Contato: magenco@terra.com.br
http://magenco.blog.uol.com.br
Despertei, assustado,
no meio da noite, com uma
nítida sensação de que algo
estava pegando fogo no apartamento. Passado o
susto inicial – uma impressão quase física, capaz
de sugerir odores característicos – procurei
racionalizar meus impulsos, concluindo, por fim,
tratar-se de restos de um pesadelo, desses que
não se recorda no momento seguinte.
Mesmo assim, antes de dar aquele amasso
personalizado no travesseiro para voltar a dormir,
agucei os ouvidos em busca de sinais sugestivos
de combustão; estalidos, crepitações e ruídos que
tais. Farejei em busca de cheiro de fumaça. O
silêncio era total. O ar, inodoro. A sensação,
todavia, não me abandonava, e tive de me
levantar.
Sair debaixo das cobertas numa noite fria
não é coisa que se faça sem justa causa. Mas
aquela era uma. E caminhei no escuro em busca
de faíscas numa tomada, de algo torrando
sorrateiramente no lixo da véspera, de pontas de
cigarro mal-apagadas no cesto do escritório. Testei
a temperatura de conexões em aparelhos elétricos
ou eletrônicos. Depois de minuciosa inspeção, abri
as janelas, varri com os olhos e o nariz as janelas
vizinhas dos andares próximos. Aparentemente,
tudo estava em ordem. Nesse meio-tempo, já
estava inteiramente acordado e, livre dos maus
presságios, retornei ao quarto. Mas quem disse
que consegui dormir? Começaram a me acudir
pensamentos sombrios em torno da (in)segurança
teórica em que vivem moradores de prédios
residênciais. Afinal, dependemos de tanta gente.
Estamos sujeitos a tantos acasos. Quanta coisa
ruim pode acontecer – e já aconteceu? Uma
inofensiva bagana que escape dos dedos
relaxados de um fumante cansado, que pega no
sono à frente do televisor, pode dar início a um
incêndio num tapete. Um ferro-elétrico pode ficar
ligado sobre uma tábua-de-passar. Uma conexão
mal-ajustada pode gerar calor. Um curto-circuito
qualquer... Há um sem-número de possibilidades
para as quais nem sempre estamos prevenidos. E
estamos preparados?
Somos todos capazes de reagir
racionalmente numa situação de pânico? Sei lá!
Tais conjeturas negativas, quando nos acometem
no meio da noite, assumem proporções
fantasmagóricas, e nessas horas, não temos
condição de analisá-las com a necessária frieza.
Existe, de fato, aquele obrigatório extintor
de incêndio, enorme, provido de uma baita
mangueira enrolada (não raro puída por desuso),
instalado nos corredores e protegido por um vidro
selado, que deve ser quebrado em casos de
emergência. Só que eu – como, acredito, o leitor
também – não saberia como manejá-lo e fazê-lo
funcionar a contento em tempo hábil. E estou
cansado de ouvir depoimentos de bombeiros de
que não puderam aproveitá-los por estarem
imprestáveis.
Tudo isso somado, só consegui dormir
depois de tomada uma decisão irrevogável:
comprar um extintor de incêndio, desses que
equipam automóveis – pequeno, não; tamanho
médio... – e trazê-lo para dentro de casa. E o mais
importante: aprender a manejá-lo. Como? Onde?
No Corpo de Bombeiros. Vou solicitar uma aula
prática. Acho que não a recusarão; afinal, o
interesse é deles...
Resta saber se terei a necessária disciplina
para mantê-lo viável, substituindo-o nos prazos de
vencimento, como nem sempre faço com o do
carro. Digo tudo isso baseado em experiência
própria: quando pesadelos não passam de
pesadelos, e a luz do dia, com sua claridade, nos
devolve o otimismo burro em que nos iludimos, em
geral jogamos para debaixo do tapete a maioria
das sábias decisões “pessimistas” tomadas na
calada da noite.
Agora pergunto: este artigo lhe pareceu
inconveniente ou pessimista?
Mario Gentil Costa – MaGenCo (2013)
2 - Opinião - fogo!!!
Mario Gentil Costa
5. O silêncio do Aprendiz
Ir Rui Bandeira
Loja Mestre Afonso Domingues,
Cascaiz-Portugal
Em Loja, o Aprendiz Maçon não tem direito ao uso da palavra.
Esta frase, sendo substancialmente verdadeira, não espelha, porém, correctamente a realidade. A mesma
ideia, correctamente formulada, expressa-se pela seguinte frase: em Loja, o Aprendiz Maçon beneficia do
direito ao silêncio e cumpre o dever do silêncio.
O Aprendiz Maçon não usa da palavra em Loja, não porque se lhe não reconheça capacidade para tal (pelo
contrário: o Aprendiz foi cooptado para integrar a Loja, pelo que se lhe reconhece valor), não porque se lhe
atribua um estatuto inferior aos restantes (mais uma vez, pelo contrário: o Aprendiz tem um estatuto de plena
igualdade com os restantes obreiros e é um importante pólo de atenção da Loja, que tem como uma das suas
mais importantes tarefas a sua formação), mas porque o cumprimento de um período de silêncio é
considerado imprescindível para o seu processo de aperfeiçoamento.
O silêncio do Aprendiz em Loja é importante por, pelo menos, três razões: a defesa do próprio Aprendiz, a
focalização da sua atenção para a simbologia de que se vê rodeado e a demarcação de prioridades no seu
processo de aperfeiçoamento.
Em primeiro lugar, estando o Aprendiz Maçon confinado ao silêncio, nada tem de dizer, sobre nada tem que
opinar, nenhuma posição lhe é exigida. O silêncio a que é confinado funciona, desde logo, como um meio de
defesa, de protecção, do mesmo.
O Aprendiz Maçon está a efectuar um processo de integração num grupo novo, com regras específicas, com
uma ligação inter-pessoal forte. Desejaria, porventura, ter uma atitude proactiva de se dar a conhecer, de
intervir, de mostrar o seu valor. Mas não precisa: que tem valor, já todo o grupo o sabe - por isso o aceitou no
seu seio -, o conhecimento advirá, nos dois sentidos, com o tempo e a naturalidade dos contactos entre
todos. O Aprendiz Maçon está num processo de mudança de paradigma quanto à forma de estar social. Os
valores apreciados nos meios profanos não serão os mesmos que são preferidos entre os maçons. Na
Maçonaria não se busca eficiência, produtividade, riqueza, estatuto, etc.. Na Maçonaria valoriza-se a força de
carácter, o reconhecimento das próprias imperfeições, o desejo de melhorar, a ponderação, o respeito pelo
outro, a tolerância, a paciência, etc.. Seria injusto para o Aprendiz maçon que, vindo das realidades do mundo
profano, está ainda em processo de adaptação aos objectivos do método maçónico de aperfeiçoamento,
deixá-lo expressar opiniões que, a breve trecho, mudará, exprimir conceitos que, desejavelmente,
abandonará, em suma, actuar como está habituado a actuar no mundo profano, para logo verificar que errou
e que o seu erro foi publicamente exposto.
Todo o processo de aprendizagem é um processo de tentativa-erro-correcção. O aperfeiçoamento pessoal é
um processo também com estas características. Errar é normal. Será, porventura, até necessário. Os maçons
experientes sabem-no. Mas quem está a soletrar as primeiras letras do novo alfabeto de valores só com o
tempo o verificará. Não necessita de errar publicamente e, porventura, sentir-se diminuído com isso. Tempos
virão em que será muito útil, para si e para os demais, que expresse a sua opinião, que colabore, que
3 – o silêncio do aprendiz
Ir Rui Bandeira
6. JB News – Informativo nr. 1.194 – segunda-feira, 9 de dezembro de 2013. Pág. 6/14
intervenha. Enquanto está na fase de aprendizagem, o que se espera dele é que aprenda, que se situe, que
se concentre em si próprio, não na imagem que gostaria de transmitir para os demais.
Por outro lado, o facto de o Aprendiz maçon estar confinado ao silêncio, permite-lhe focalizar a sua atenção
para tudo o que o rodeia, para tudo o que se passa, para tudo o que é dito - sem necessidade de responder!
A experiência mostra-nos que, muitas vezes, não damos a atenção que deveríamos dar a situações, a
acções, a declarações, porque estamos em simultâneo a pensar na resposta que vamos dar à situação, à
acção, à declaração. O Aprendiz Maçon, com o seu direito ao silêncio, está eximido de responder, de opinar.
Não tem assim de desviar a sua atenção para preparar a sua resposta. Pode e deve concentrar toda a sua
atenção no que se passa, meditar sobre o seu significado, errar ou acertar, emendar o erro ou confirmar o
acerto, em suma, ver (ver mesmo, não apenas olhar...) os símbolos, procurar compreendê-los e atribuir-lhes
significados, utilizar esse conhecimento para sua própria melhoria.
O silêncio do Aprendiz permite-lhe, finalmente, pensar, depois reflectir e seguidamente meditar. E pensar,
reflectir e meditar é o principal trabalho que tem a fazer. Porque só assim verá para além do óbvio, só assim
despertará para o desconhecido, só assim se virará do exterior para o interior de si mesmo. E só assim
poderá descobrir que tudo o que verdadeiramente importa já o tem, dentro de si. Basta que o encontre, que o
utilize, que o aceite, que o desfrute!
A prioridade do maçon é ele próprio. O trabalho do maçon é melhorar, aperfeiçoar-se. Tudo o que de bom o
maçon faça tem como objectivo esse aperfeiçoamento. A solidariedade é um meio de aperfeiçoamento. A
fraternidade é um meio de aperfeiçoamento. O comportamento tolerante é um meio de aperfeiçoamento.
O importante está dentro de si. Tudo o que é exterior, incluindo a riqueza, posição social, reconhecimento dos
demais, só tem valor na medida em que se repercuta positivamente no interior de cada um.
O Aprendiz Maçon vai, em silêncio, conhecer e aprender o significado de muitos símbolos. Vai, em silêncio,
assistir a rituais e procedimentos. Vai, em silêncio, assistir a debates e verificar como se podem debater
opiniões contrárias de modo civilizado, profícuo e satisfatório. Mas vai, sempre com o auxílio do silêncio, que
há-de vir a compreender que não foi uma imposição, antes um benefício, sobretudo surpreender, apreender e
compreender que o primeiro grande objectivo do maçon, o primeiro grande passo para se aperfeiçoar, a
primeira ferramenta para descortinar o significado da Vida e da sua existência, é CONHECER-SE A SI
MESMO.
E esse conhecimento de si mesmo não se obtém falando para os outros, conversando, discursando,
palrando, opinando.
Esse conhecimento de si mesmo adquire-se lentamente, às vezes dolorosamente, sempre buscando
persistentemente, apenas em diálogo consigo mesmo.
O silêncio do Aprendiz Maçon - quanto mais cedo este o perceba, melhor! - só existe perante os demais. Na
realidade, o silêncio do Aprendiz mais não é do que um ensurdecedor diálogo consigo próprio, uma discussão
que o que tem de bom trava com o que tem de mau, uma conversa com a criança que nos esquecemos de
ser, com o adulto ponderado que, às vezes, deixamos para trás de nós próprios, com o experiente e sabedor
ser que, de qualquer forma, o decurso do tempo mostrará que existe em nós, nós é que, muitas vezes, não
damos por ele e não nos damos ao trabalho de inquirir se ele existe.
É no silêncio que o Aprendiz Maçon vai amaciando as asperezas da pedra bruta que é ele próprio. O silêncio
do Aprendiz Maçon é o primeira prenda que a Loja lhe dá. Deve o Aprendiz Maçon utilizá-la como uma
ferramenta. Se a utilizará bem ou mal, ele próprio - e só ele - o avaliará!
7. JB News – Informativo nr. 1.194 – segunda-feira, 9 de dezembro de 2013. Pág. 7/14
A MAÇONARIA E O CULTO Á LUZ
O Reino da Luz
João Anatalino
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Então disse Deus: que a luz exista!
A luz surgiu e era de fato tão bela,
Que Ele decidiu que faria com ela,
Todas as coisas que tinha em vista.
E no vazio cósmico ela foi lançada.
Como um jorro de esperma divino,
Quando fecunda o útero feminino,
A criança-universo foi engendrada.
O mundo é pura energia acelerada
Na velocidade que só a luz etérea,
Alcança quando da treva é liberada.
Por isso os Mestres dizem a verdade:
─ O espirito que se liberta da matéria
É como luz brilhando da eternidade
∆
“ Deus (disse o rabino Schimeon), quando quis criar, velou sua glória e nas pregas desse véu
projetou sua sombra. “ Dessa sombra se destacaram os gigantes que disseram: ─Somos reis !
Mas não eram mais que fantasmas.“ Eles apareceram porque Deus havia se ocultado,
iniciando a noite dentro do caos, e desapareceram quando dirigiu para o oriente a cabeça
luminosa, a cabeça que a humanidade assume proclamando a existência de Deus, o sol
regulador de nossas aspirações e pensamentos.“Os deuses são ilusões óticas da sombra e
Deus é a síntese dos esplendores. Os usurpadores caem quando o rei ascende ao seu trono e
quando Deus aparece os deuses se desvanecem.”[1]
∆
A ideia de que Deus é luz e o que o espírito humano é feito de luz é uma intuição bastante antiga que já
existia nos tempos mais primitivos da civilização humana. Os persas e os hindus, em tempos anteriores a
Zaratrusta (século XII a.C), já possuíam uma noção bastante avançada desse conceito, pois sustentavam a
existência de dois princípios a reger a vida no universo. Esses princípios eram a luz, representada pelo deus
Marduc (Ahura Mazda) e as trevas, representada pelo deus Arimã. Paralelamente, numa tradição que tem,
provavelmente, a mesma idade que a tradição religiosa persa, os egípcios, igualmente, desenvolveram uma
teogonia com base num conceito similar, que colocava o deus Rá, simbolizado pelo sol, como a divindade
suprema do seu panteão, a quem estavam submissas todas as outras deidades. Os povos da Mesopotâmea
também colocavam o fenômeno luminoso, representado pelo sol, como princípio gerador de todo o universo.
Destarte, todos seus deuses tinham vindo do espaço, sendo Shamash aquele que representava o sol. Assim,
praticamente, todos os povos antigos desenvolveram religiões solares, onde o astro-rei aparece como origem
e mantenedor da vida. Nem os israelitas, que sintetizaram a noção da divindade num conceito abstrato, de
um Deus- espírito que não podia ser representado por nenhuma forma que a mente humana pudesse
imaginar, escaparam da tradição de que Deus é, em essência, uma forma de energia que se manifestou em
forma de luz. Assim, o primeiro ato de Deus, ao fazer o mundo, segundo a Bíblia, foi “fazer a luz”. E quando
quis se manifestar a um ser humano, Ele o fez na forma de uma chama, ou seja, uma forma luminosa.[2]
4 - A maçonaria e o culto à luz
Ir João Anatalino
8. JB News – Informativo nr. 1.194 – segunda-feira, 9 de dezembro de 2013. Pág. 8/14
Ora, o que é “fazer a luz?” Certamente não é fabricar a luz, pois fabricar sugere uma ação de transformação
de uma matéria prima em produto. A Bíblia diz que Deus “tirou” a luz de dentro das trevas para com ela
formatar as realidades universais. Os cientistas dizem que o universo saiu de dentro de um átomo que
explodiu. Nem a Bíblia nem a ciência dizem o que havia antes disso e o que era Deus antes de fazer o
universo. Mas para algo sair de dentro de alguma coisa é preciso que ele tenha uma existência anterior ao
próprio parto. Não pode simplesmente “nascer” algo que não tem existência anterior ao nascimento, sendo o
nascimento apenas o ingresso de alguma coisa na esfera da existência positiva.
Nascer é uma etapa que é posterior a gerar. Só pode nascer algo que foi gerado. Por isso o mestre cabalista
diz que “ Deus, quando quis criar, velou sua glória e nas pregas desse véu projetou sua sombra”. Isso quer
dizer: Deus existia antes de sua criação. Ele era a luz presa dentro da própria sombra, o imenso Caos, a “luz
interdita” dos cientistas atômicos, [3] “Dessa sombra se destacaram os gigantes que disseram: ─ Somos reis
! Mas não eram mais que fantasmas.”
Estes eram as leis naturais, que se manifestaram no abismo sombrio, mobilizando a imobilidade, para que a
energia se manifestasse. Por isso, um iminente cabalista, ao responder à pergunta de um discípulo sobre o
que era Deus, ele disse simplesmente: "Deus é pressão". E a isso os cientistas acrescentam: o universo saiu
de um ponto no espaço, tão denso, que não podendo conter em si tamanha quantidade de energia, explodiu.
Essa explosão foi o Big-Bang, o começo do universo.
Nessa mesma dicção, o mestre cabalista diz: “ Eles apareceram porque Deus havia se ocultado, iniciando a
noite dentro do caos, e desapareceram quando dirigiu para o oriente a cabeça luminosa, a cabeça que a
humanidade assume proclamando a existência de Deus, o sol regulador de nossas aspirações e
pensamentos.”
Sim. As leis naturais existem e regulam a vida do universo enquanto Deus não interfere nelas. Elas foram
necessárias para regular o caos liberado com a manifestação de Deus (a energia) no terreno da existência
positiva. Todos os cientistas concordam que o universo nasceu caótico e descontrolado. Como a energia de
uma bomba que explode e expele a sua força destruidora para todos os lados. Mas quando o universo
começa a ser organizado, quando a energia começa a se transformar em massa, gerando os grandes corpos
celestes e os sistemas siderais, todas as leis naturais passam a obedecer a um comando único: a gravidade,
que é força da energia existente em cada corpo, controlando os movimentos dos demais corpos com menor
grau de energia (luz). Então estrelas se juntam em galáxias, e os planetas se aglomeram em volta de
estrelas. É a prevalência da luz maior sobre a menor, a energia mais forte sobre a mais fraca. Nasce daí o
simbolismo da deidade máxima, simbolizada pelo sol, que os antigos cultuavam.
Então conclui o mestre: “Os deuses são ilusões óticas da sombra e Deus é a síntese dos esplendores”. Os
usurpadores caem quando o rei ascende ao seu trono e quando Deus aparece os deuses se desvanecem.”
Quer dizer: nada ofusca o brilho de Deus. Não há poder no universo que não seja dado pelo brilho da sua luz.
E como ele é pura luz, a ele só nos integraremos quando nós mesmos formos luz.
Essa é razão pela qual toda iniciação busca, simbolicamente, levar o candidato a um estado em que ele
possa, livremente, liberar a própria luz que nele está contida, "interdita" pela condição de profano em que ele
se encontra. Dai as perguntas contidas no Ritual de Iniciação maçônica que se refere ao "temerário que tem o
arrojo de querer forçar a entrada no Templo" e a consequente resposta que diz tratar-se de "um pobre
candidato que caminha nas trevas e, despojado de todas as vaidades, deseja receber a Luz". E por fim, a
apoteose final da iniciação, que revela o cerne do simbolismo contido nesse verdadeiro culto á luz, que se
pratica na maçonaria.
VM:- No princípio do mundo, disse o Gr.’.Arq .’. do Univ.’.:
- Faça-se a luz
E a Luz foi feita; A Luz seja dada ao neófito!
___________________
notas
[1] Comentários do Rabi Schimeon Ben-Jochai, o codificador da Cabala, sobre a Siprha Dizeniûta, o Livro do Mistério
Oculto, a bíblia cabalística. Citado por Eliphas Lévi, em sua obra As Origens da Cabala -Editora Pensamento, São Paulo,
1968.
[2] Exodo, 3:3
[3] A expressão “luz interdita” se refere ao fenômeno luminoso associado á uma partícula atômica de alta radioatividade.
9. JB News – Informativo nr. 1.194 – segunda-feira, 9 de dezembro de 2013. Pág. 9/14
Sérgio Quirino Guimarães
Delegado Geral do Grão-Mestre –
G.’.L.’.M.’.M.’.G.’. 0 xx 31 8853-2969
quirino@roosevelt.org.br (assuntos maçônicos) /
quirino@glmmg.org.br (assuntos ligado à Delegacia)
Ano 07 - artigo 49 - número sequencial 437
Sinto muito. Me perdoe. Sou grato. Te amo.
Quatro frases que transformam qualquer realidade negativa.
Pratique!
Saudações, estimado Irmão!
É melhor ficarmos de olho no
OLHO DA MAÇONARIA
(verdades e mentiras)
A missão, preceitos, valores e principalmente nossa história devem ser difundidos pela sociedade de forma
didática e honesta.
As clássicas perguntas “De onde viemos” e “para que viemos”, devem ser a mola motriz dos Irmãos e das Lojas.
Porém, nas reflexões sobre essas perguntas, precisamos estar seguros para não ficarmos reféns das ficções e
imaginações fantasiosas. Ou seja, devemos permanecer vigilantes para não nos transformarmos em delirantes
Cavaleiros Quixotianos afastados da existência e do real.
A nossa verdade é o real. Como, então, podemos nos intitular Homens Justos e de Bons Costumes, se
mentimos ou fantasiamos? As “lendas” que criamos como argumentos
didáticos para transmitir instruções não nos dão o direito de inventar e
fantasiar. Nem nos permite manipular realidades para nos sentirmos
reconhecidos e despertar admiração nas pessoas e na sociedade.
Uma destas fantasias, que às vezes ouvimos, é que os Maçons
idealizaram o “O Olho que tudo vê” e o colocaram na nota de um dólar.
Este conhecido emblema e que não se chama “O Olho que tudo vê”, faz
parte do “The Great Seal of the United States of America”, criado em 1782.
Já, o chamado “Olho da Providência”’é um Símbolo Cristão encontrado em várias Igrejas Européias e assim
descrito pelos bons dicionários: “O Olho da Providência é um símbolo exibindo um olho cercado por raios de luz
ou em glória, muitas vezes dentro ou em cima de um triângulo ou de uma pirâmide. Costuma ser interpretado
como a representação do olho de Deus observando a humanidade, mas não necessariamente significa que
pertença a Ele”.
5 – OLHO NA MAÇONARIA
IrSérgio Quirino Guimarães
10. JB News – Informativo nr. 1.194 – segunda-feira, 9 de dezembro de 2013. Pág. 10/14
Mas, anteriormente, este símbolo já era usado por grandes pintores, como o italiano Jacopo Carucci, que o
incluiu em sua famosa “Santa Ceia” de 1525.
Não podemos, também confundir o Olho da Providência, de origem cristã, com o “Olho de Hórus” ou “Udyat”.
Este é parte da mitologia egípcia, que envolve os deuses Isis, Osiris e Seth. A lenda é muito interessante, mas
seus significados (proteção, coragem e poder) vão além dos labores maçônicos.
O documento histórico maçônico mais antigo em que figura o Olho dentro do Triângulo é o “Monitor Maçônico”
de Thomas Smith Webb, impresso em 1797, ou seja, 15 anos depois da criação do Grande Selo dos Estados
Unidos da América.
“Os olhos são a janela da alma e o espelho do mundo” (Leonardo Da Vinci). Vemos e vivenciamos o Mundo que
criamos. Junte-se ao olho a forma geométrica do triângulo, com três lados iguais, três ângulos internos iguais,
três ângulos externos iguais.
Não cabe aqui a exposição das Instruções Maçônicas sobre o número três. Mas reflita sobre a importância de
que os “três lados” que lhe dão forma (corpo, alma e espírito) devem estar harmonizados (em igual proporção).
Seja em aspectos materiais (externos) quanto em aspectos espirituais (interno), devemos compreender que não
há apenas dois “pontos de vistas” (ângulos de visão). Pois, além do “meu” e do “seu”, há o “nosso” em prol do
“dele”.
Assim é que devemos compreender o simbolismo do olho na sua
completude. O olho que vê não só nossas ações, mas, conhece nossos
sentimentos e pensamentos. Sua presença não se faz no sentido de vigiar,
abençoar ou causar temor, mas na certeza da inspiração motivacional para o
caminho da Verdade e do Bem.
TFA
Quirino
11. JB News – Informativo nr. 1.194 – segunda-feira, 9 de dezembro de 2013. Pág. 11/14
Colegiado do GOSC
O Grande Oriente de Santa Catarina (GOSC) realizou no sábado (7) na cidade de Brusque, a última
reunião do Colegiado, com uma pauta de muitos assuntos administrativos. Ao final o Grão-Mestre,
Irmão Alaor Tissot ao agradecer a presença de todos, desejou um Feliz Natal e venturoso 2014 com
muita saúde e prosperidade.
Veja o link fotográfico do correspondente, Irmão Borbinha:
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/GOSCColegiadoEmBrusque71213?authke
y=Gv1sRgCPngsanxq6nHFw#
6 - destaques jb
Resenha Geral
12. JB News – Informativo nr. 1.194 – segunda-feira, 9 de dezembro de 2013. Pág. 12/14
1 – * Vale a pena ver de novo ”
http://www.youtube.com/embed/rv7dGhj5UlA
2 – Não há textos, só fotos.
Não fechem os olhos nem 2 segundos, porque se perdem 2000 anos num só momento!!!
É realmente extraordinário este resumo fotográfico para mostrar a história do mundo !!
http://www.youtube.com/watch_popup?v=MrqqD_Tsy4Q
3 – Magnifique - SUPERAÇÃO do LOU e de seus pais
Para refletir e curtir, abraços. Pedro
JE M'APPELLE LOU - Magnifique!!!
Mes Amies - Pour vous une message magnifique.
Merci à Lou il nous donne une bonne claque et en même temps il nous remet à notre place !
Salut
http://www.youtube.com/watch_popup?v=VumaWumENEk
4 – "Nós valorizamos a vida" (08/05/2012) - Comentário de Luiz Carlos
http://www.youtube.com/watch?v=bNAQWx_R1G4
5 - Perigo em Alto Mar (Filme Completo)
http://www.youtube.com/watch?v=2aBHwQMydCI
13. JB News – Informativo nr. 1.194 – segunda-feira, 9 de dezembro de 2013. Pág. 13/14
Caros IIr:. dos Graus Superiores - Grau 4 ao Grau 33
Definidas as Administrações dos Graus Superiores da Grande Florianópolis do:
- Consistório dos Príncipes do Real Segredo "Xaver Arp Drolshagen",
- Conselho de Cavaleiros Kadosch "Osvaldo Zin",
- Capítulo Rosa Cruz "Acelino Assonipo Cardoso",
- Excelsa Loja de Perfeição "Luz e Meditação"
- Excelsa Loja de Perfeição "Manoel Gomes".
AGENDEM-SE:
Posse: Dia 05 de Março de 2014
Local: Templo da Padre Roma Ii, 34
Endereço: Rua Mal. Rondon, 48
Bairro: Barreiros/São José
Hora: 20:00
Traje: Maçônico com Paramento do Grau
Grau: Sessão será no Grau 4
Fraterno abraço a todos.
Édio Coan
14. JB News – Informativo nr. 1.194 – segunda-feira, 9 de dezembro de 2013. Pág. 14/14