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JJBB NNEEWWSS
Informativo Nr. 063
Responsável: Ir Jerônimo Borges (Loja Templários da Nova Era - GLSC)
Florianópolis (SC) 02 de novembro de 2010
1. Almanaque
2. O Simbolismo da Romã (Ir Laércio Bezerra Galindo)
3. A Farra do Bode
4. Reflexões sobre a Iniciação (Ir Hercule Spoladore)
5. Expressas JB
1 – ALMANAQUE
HOJE, 2 DE NOVEMBRO, É O 306º. DIA DO CALENDÁRIO
GREGORIANO. FALTAM 59 PARA ACABAR O ANO.
EVENTOS HISTÓRICOS
 676 - É eleito o Papa Dono
 1830 - Chopin deixa sua cidadezinha em direção à Varsóvia
 1889 - O território de Dakota é dividido em "do Norte" e "do Sul". Simultaneamente os dois
territórios são transformados em estados
 1895 - Primeira corrida de automóveis na América.
 1920 - O republicano Warren Harding é eleito presidente dos Estados Unidos da América.
 1930 - Haile Selassie (nascido Tafari Makonnen ou Ras Tafari) torna-se o 111º imperador da Etiópia
 1945 - Costa Rica e Libéria são admitidas como Estados-Membros da ONU
 1988 - Primeira propagação de um worm na Internet
 2004 - Nos Estados Unidos da América o presidente George W. Bush vence as eleições contra John
Kerry, sendo re-eleito.
NASCIMENTOS
 1755 - Maria Antonieta, arquiduquesa da Áustria, rainha de França (m. 1793).
 1795 - James Knox Polk, presidente dos Estados Unidos (m. 1849)
 1814 - George Boole, matemático britânico (m. 1854)
 1861 - Braz do Amaral, médico e historiador brasileiro (m. 1949).
 1865 - Warren G. Harding, presidente dos Estados Unidos (m. 1923)
 1877 - Teixeira de Pascoaes, poeta e escritor português (m. 1952)
 1911 - Odysseas Elytis, poeta grego e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1979. (m. 1996)
 1913 - Burt Lancaster, ator norte-americano (m. 1994)
 1927 - Steve Dikto, desenhista e roteirista norte-americano.
 1929 - Richard E. Taylor, físico norte-americano.
 1946 - Alan Jones, piloto de automobilismo australiano.
 1946 - Marieta Severo, atriz brasileira.
 1948 - Dmitri Smirnov, compositor russo.
 1953 - Luís Filipe Menezes, líder do Partido Social Democrata (PSD) entre Setembro de 2007 e Abril
de 2008.
 1957 - Carter Beauford, baterista (norte-americano) da Dave Matthews Band.
 1966 - David Schwimmer, ator norte-americano.
 1972 - Darío Silva, ex-jogador de futebol uruguaio.
 1974 - Sofia Polgar, enxadrista canadense.
 1974 - Stéphane Sarrazin, piloto francês de corridas.
 1974 - Paul Jasper, piloto norte-americano de corridas.
 1980 - Diego Lugano, jogador de futebol uruguaio.
 1982 - Charles Itandje, goleiro francês.
Falecimentos
 1794 - François-Joachim de Pierre de Bernis, cardeal e estadista francês
 1950 - George Bernard Shaw, escritor.
 1961 - James Thurber - humorista e escritor estadunidense (n. 1894).
 1966 - Petrus Josephus Wilhelmus Debye, físico-químico neerlandês (n. 1884)
 1975 - Pier Paolo Pasolini, escritor, poeta e cinegrafista italiano (n. 1922)
 2004 - Theo van Gogh, realizador de cinema.
Feriados e eventos cíclicos
Para a Igreja Católica, é o Dia dos fiéis defuntos, conhecido popularmente por Dia de finados.
FATOS HISTÓRICOS DE SANTA CATARINA
1540 Deixa o porto espanhol de Cádiz a expedição comandada por D. Alvar
Nunes Cabeza de Vaca com o objetivo de ocupar a costa catarinense e
daqui pelo interior alcançar o rio do Prata.
1893 As forças federalistas, comandadas por Gumercindo Saraiva,
atravessam o rio Pelotas, iniciando sua incursão pelo território
catarinense.
1900 Morre no Rio de Janeito o médico, poeta e político catarinense José
Cândido Lacerda Coutinho.
CALENDÁRIO MAÇÔNICO DO DIA:
1822 José Bonifácio inicia perseguição aos Maçons: manda que o
intendente de polícia prenda Gonçalves Ledo “mesmo que para isso
se use violências ou gastos extraordinários (...) “Vossa Mercê fará o
impossível, se for, para o apanhar de qualquer forma”
1744 Nasce Friederich Ludwig Schröeder, ator e erudito alemão, criador do
Rito que reformou e dignificou a Maçonaria alemã e que leva o seu
nome.
1924 Nasce em Florianóipolis o Maçom Amaro Seixas Ribeiro Neto.
Autodidata, conquistou prestígio pelos seus estudos sobre
astronomia e folclore ilhéu. Foi membro da Academia Catarinense de
Letras. Morreu em Florianóipolis a 23 de maio de 1984.
1966 Fundado o Supremo Conselho de Israel.
2 – O SIMBOLISMO DA ROMÃ
IR LAÉRCIO BEZERRA GALINDO-MI-GOPE-GOB
ARLS-AMPARO DA VIRTUDE 0276 OR.'. P O Ç Ã O-PE
ARLS-AMOR E FRATERNIDADE PESQUEIRENSE 3514
OR.'. P E S Q U E I R A - P E REAA
A romanzeira ou pé de romã, em hebraico Rimmôn, é uma pequena
árvore, ou até um arbusto pertencente à família "Punica Granatum"
– nome latino – e no vernáculo mais purista, diz-se Romãzeira. No sul
da Espanha existe uma linda cidade, que foi a capital dos reinos de
Castela e Aragão, conquistada aos árabes em 1492 pelos reis católicos,
chamada romã = Granada.
Cresce silvestre no Oriente Médio e principalmente na Palestina, onde
existem três cidades com o nome desse fruto, Rimon, Gate Rimon e
En-Rimon. Da Palestina, através da Diáspora, foi levada a todo o
mundo, inclusive, depois dos descobrimentos, ao Novo Mundo e
posteriormente à Austrália e Nova Zelândia.
Considerando-se a origem da Romã como sendo hebraica, nada melhor,
para uma compreensão inicial, que recorrermos às Sagradas Escrituras.
O Velho Testamento refere a Romã, ONZE vezes, enquanto o Novo
Testamento, a omite totalmente. Por ordem cronológica, transcrevemos
as passagens alusivas a esse fruto:
1) "Farás, também a sobrepeliz da estola sacerdotal toda de estofo
azul. No meio dela haverá uma abertura para a cabeça; será debruada
essa abertura, como a abertura de uma saia de malha, para que não se
rompa. Em toda a orla da sobrepeliz farás romãs de estofo azul,
púrpura e carmesim; e campainhas de ouro no meio delas. Haverá em
toda
a orla da sobrepeliz uma campainha de ouro e uma romã, outra
campainha
de ouro e outra romã. Esta sobrepeliz estará sobre Aarão quando
praticar o seu ministério, para que se ouça o seu sonido, quando
entrar no santuário diante do Senhor, e quando sair, e isso para que
não morra." (Êxodo 28-31.35.)
2) "Depois vieram até o vale de Escol, por causa do cacho de uvas, o
qual o trouxeram dois homens numa vara, como também romãs e figos."
(Números 13:23)
3) "E porque nos fizeste subir do Egito, para nos trazer a este mau
lugar, que não é de cereais, nem de figos, nem de vides, nem de romãs,
nem de água para beber?" (Números 20:5)
4)"Fez também romãs em duas fileiras por cima de uma das obras de
rede
para cobrir o capitel no alto da coluna; o mesmo fez com o outro
capitel. Os capitéis que estavam no alto das colunas eram de obra de
lírios, como na Sala do Trono, e de quatro côvados. Perto do bojo,
próximo à obra de rede, os capitéis que estavam no alto das duas
colunas tinham duzentas romãs, dispostas em fileiras em redor, sobre
um e outro capitel." (II Reis 7:18-20)
5) "Há quatrocentas romãs para as duas redes, isto é, duas fileiras de
romãs para cada rede, para cobrirem os dois globos dos capitéis que
estavam no alto da coluna." (II Crônicas 4:13)
6) "Os teus lábios são como um fio de escarlate, e tua boca é formosa;
as tuas faces, como romã partida, brilham através de véu." (Cantares
4:3)
7) "Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes."
(Cantares 4:13)
8) "Desci ao jardim das nogueiras, para mirar as renovos do vale, para
ver se brotavam as vides e se floresciam as romãzeiras.
" (Cantares 6:11)]
9) "Levar-te-ia e te introduziria na casa de minha mãe, e tu me
ensinarias; eu te daria a beber vinho aromático e mosto das minhas
romãs." (Cantares 8:2)
10) "Sobre ele havia um capitel de bronze; a altura de cada um era de
cinco côvados; a obra de rede e as romãs sobre o capitel ao redor eram
de bronze. Semelhante a esta era a outra coluna com as romãs. Havia
noventa e seis romãs aos lados; as romãs todas, sobre a obra de rede
ao redor, eram cem." (Jeremias 52:22-23)
11) "Saul se encontrava na extremidade de Gibeá, debaixo da romãzeira
em Migron; e o povo que estava com ele era de cerca de seiscentos
homens."
Desconhece-se a origem das cidades , mas tudo leva a crer, que os seus
nomes derivaram do grande número de Romãzeiras existentes. Alguns
autores dão a Romãzeira como originária do Egito onde era conhecida
pelo nome de "Anhmen"; fazem, outrossim, certa ligação entre a
"Romã" e o nome de "Amon Ra". Prosseguem dizendo não caber dúvida
que foi no Egito que o fruto constituía um símbolo sagrado, pois os
Sacerdotes egípcios, usavam a romã nos atos litúrgicos iniciáticos. Para
os romanos, a sua origem está no norte da África. O seu nome latino –
Punica Granatum – sugere a sua origem na cidade de Cartago. Na
realidade, esta cidade foi fundada pelos fenícios da cidade de Tiro,
que foi fundada pelos sidônios, da cidade de Sidon. Estas cidades
situam-se ao norte da Palestina, no atual Líbano.
Platão teria afirmado que dez mil anos antes de Menés já existia a
cerimônia que incluía a Romã como fruto, com a sua rubra flor. Somente
os sacerdotes de Amon Ra tinham o privilégio de cultivar a Romãzeira.
As Romãs, consideradas como oferendas sagradas, eram colocadas sobre
os túmulos dos Faraós.
Encontram-se referências a respeito junto ao sacerdote Egípcio de
Heliópolis, de nome Manthonm, em sua história dos reis, escrita em
grego, 300 anos antes de Cristo. Sobre os Altares dos deuses Horus,
Set, Isis e Osiris, este o deus supremo e juiz do além vida, protetor
da morte, eram colocadas as mais exuberantes Romãs, como símbolo
dos iniciados nos supremos mistérios. Essas oferendas aumentavam de
número consoante a categoria do iniciado ou a importância do cargo,
como os grandes hierofantes de Amon Ra e de Osiris, que além dessas
ofertas serem colocadas em seus túmulos, eram também plantadas nos
parques funerários, um número determinado e simbólico de Romãzeiras.
O número variava entre três, cinco e sete, de conformidade com a
hierarquia. O rei Thotmesis – Tutmós - da XVIII dinastia, morto no ano
59 a .C. teve plantadas em seu parque funerário, cinco Romãs. Um
hábito curioso diz respeito às pessoas que tinham débitos com o
falecido. Estas dívidas eram pagas com Romãs, depositadas sobre o seu
túmulo. Esse fruto simbolizava a vida e a união geográfica do Egito,
compreendido assim o Alto Egito, o Meio Egito e o Baixo Egito, que
representavam os três "ninhos interiores" ou a câmara baixa; os cinco
"ninhos superiores" ou câmara alta, dos deuses Osiris, o juiz supremo
da outra vida, Set, deus das trevas, que matou a Osiris e Horus, que
vingou a Osíris, casado com Isis, além da deusa Nefritis ou Isis irmã
de Osiris.
No antigo Egito o mês tinha três semanas de dez dias cada uma, e o ano
doze meses ou seja, 360 dias aos quais, para corrigir a anomalia
astronômica, foram acrescentados cinco dias que eram os
correspondentes aos aniversários dos deuses Osiris, Horus, Set, Isis e
Nefritis. Esses cinco dias acrescidos eram considerados de maus
augúrios, e para aplacar o azar, eram oferecidas Romãs colocadas nos
altares. Paralelamente, semeavam no parque funerário, três Romãs,
simbolizando as três o Egito e mais cinco em honra aos cinco deuses
patronos dos cinco últimos dias, e mais sete, em homenagem às sete
trajetórias que as almas deviam percorrer para purificar-se. Essa
origem da Romã no Egito conflita com as sagradas escrituras.
Na oportunidade em que Jacó saiu de Israel em direção ao Egito, para
fugir da fome que assolava a sua região, levou consigo mudas de
videira, de romãzeira, figueiras e demais árvores frutíferas,
plantando-as e cultivando-as. Na volta para Canaã, quando os hebreus
chefiados por Moisés foram inspecionar a terra prometida, trouxeram de
lá, frutos excepcionais, descritos como gigantescos, eis que para
carregar um cacho de uvas, foram precisos dois homens, pendurado o
cacho numa vara; junto, trouxeram figos e romãs; podemos imaginar, se
comparados com o enorme cacho de uvas, o tamanho dos figos e das
romãs! Sem dúvida a origem da Romãzeira, é da Palestina.
Para os Assírios, a romã simbolizava a vida e os primeiros frutos da
colheita eram entregues ao sacerdote que extraía o seu suco para que o
Rei o oferecesse ao ídolo. Os frutos mais formosos que simbolizavam o
prolongamento da vida eram preservados para o templo; a Romãzeira
era
considerada como o pai da vida; com a madeira da árvore, eram
confeccionados amuletos. Os fenícios, tinham a Romã, também, como
frutos sagrados, bem como os Cartagineses e os Romanos, que os
reproduziam nos capitéis de suas colunas e os colocavam nas tumbas dos
sacerdotes e dos reis. Para os gregos a Romã era sagrada e eles a
denominavam de Roidion, e a Romãzeira de Roía; os frutos eram
oferecidos à deusa da sabedoria, protetora da cidade de Atenas. Para
os iniciados nos mistérios de Eleusis, Dodone, Delfos, Megara e
outros, a Romã simbolizava a fecundidade e a vida.
Se a Romã era usada como símbolo de vida, a concepção hebraica a
reforça, considerando a propagação da espécie como o elemento mais
relevante da vida. A Romã é de difícil uso como alimento, porque a
separação dos grãos, firmemente inseridos em sua polpa, exige certa
habilidade; mas, o seu suco, obtido com o esmagamento das suas
sementes, que na realidade se constituem cada uma em um fruto
separado, é de fácil obtenção. Obtido o suco, de certa forma
abundante, fermentado esse, produz-se um vinho de sabor suave e
delicado que, talvez para o paladar do ocidental, possa parecer
estranho.
Quando de nossa estada em Israel, justamente, em Canaã, adquiri no
comércio, uma garrafa de vinho de romã; gelado, nos pareceu de
agradável paladar. Retornados ao Brasil, procuramos obter certa
quantidade de romãs retirando-lhes os grãos que esmagamos, coamos o
suco, acrescentamos um pouco de açúcar e deixamos fermentar. O vinho
obtido tinha o mesmo paladar daquele que adquirimos em Israel.
Efetivamente, depois de degustá-lo em pequenas doses, decorrido algum
tempo, notamos o seu efeito energético; preferimos denominá-lo assim,
de afrodisíaco. O relato contém além das insinuações, simbolismos
profundos relacionados com os costumes hebreus. A análise meticulosa
desvenda preciosas lições.
Por quê Salomão valorizava tanto a romã e o seu vinho? Além do
atributo afrodisíaco que os comerciantes dão ao vinho da Romãzeira, o
relato de Cantares é claro. O rei Salomão reinou sobre Israel durante
quarenta anos, portanto, não se o pode julgar uma pessoa já idosa, mas
no vigor da idade. O relato inserido em I Reis 11 nos dá:
"Ora além da filha do faraó, amou Salomão, muitas mulheres
estrangeiras; moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias,
mulheres das nações de que havia o Senhor dito aos filhos de Israel:
não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o
coração, para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo
amor. Tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas.
Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir
outros deuses; e o seu coração não era de todo para com o Senhor seu
Deus, como fora o de Davi, seu pai."
Apesar do texto bíblico denominá-lo de "velho", um homem para
contentar a mil mulheres, mesmo com higidez excepcional, deveria
valer-se de algum produto afrodisíaco, que não era outro senão o vinho
da romã. Isto justifica o seu uso, a ponto de fazer da Romã um símbolo
sexual conjugado com os lírios, símbolo da excelência feminina.
Colocadas as Romãs e os Lírios, nos capitéis das Colunas do Templo,
quis Salomão render destaque à sua condição de rei poderoso em todos
os sentidos. Poder-se-ia, contudo, questionar sobre esse evento: mas
quando Salomão tinha mil mulheres o Templo já estava construído como
as duas respectivas colunas. No entanto, já naquele momento, Salomão
possuía mulheres em grande número e é de se supor que a ingestão do
vinho afrodisíaco já era um hábito e uma necessidade. Não se conhece a
idade exata de Salomão.
No livro I Crônicas, 29:1 lemos: "Disse mais o rei Davi a toda a
congregação; Salomão meu filho, o único a quem Deus escolheu, é ainda
moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque o palácio não é para
homens, mas para o Senhor Deus." E no livro I Reis, 3:7 lemos: "Agora,
pois, ó Senhor meu Deus, tu fizestes reinar a teu servo em lugar de
Davi meu pai; não passo de uma criança, não sei como conduzir-me".
Quando Davi ordenou o censo, excluiu os que tinham a idade de menos
de 20 anos. Poderíamos, calcular, a grosso modo, que Salomão sentira-
se criança, talvez por não ter atingido a idade de vinte anos. Portanto,
se Salomão reinara durante quarenta anos, e assumira o reinado aos
vinte anos, ao morrer, teria sessenta anos, idade que não podemos
aceitar como de pessoa já velha. Porém, se Salomão se considerou
criança, poderia, perfeitamente, ter apenas quatorze ou treze anos de
idade, e então ao morrer teria cinqüenta e três a cinqüenta e quatro
anos! Mas, se com essa idade iniciou a construção do Templo, como
justificar a presença das Romãs e dos Lírios? Talvez uma manifestação
profética, uma vez que esses adornos foram determinados por Davi que
os recebera do Senhor. Davi, por sua vez, tivera um grande número de
mulheres e concubinas, e o uso do vinho afrodisíaco, poderia ter sido
também um hábito seu. Em Jerusalém era muito usada a Alcaparra,
denominada em hebraico de Abyynah, cujos brotos e flores excitavam os
desejos sexuais; hoje as sementes conservadas em vinagre constituem
um condimento muito apreciado em toda a parte.
De qualquer forma, é preciso encontrar-se uma justificativa muito mais
coerente sobre a presença das Romãs, do que a simplista de que
simbolizava a união fraterna, pela coesão de seus grãos. A necessidade
dos excitantes sexuais vem justificada pelo costume que os poderosos
tinham de manter junto a si, múltiplas esposas e concubinas; os
excessos sexuais da época não constituíam pecado ou falha moral.
Completaremos o estudo sobre a Romã, examinando detalhadamente o
seu aspecto interno e externo. O fruto é arredondado, assemelhando-se a
um pequeno cântaro, ou a uma laranja de bom tamanho. Sua casca é lisa
e manchada na coloração mista do vermelho com o verde, com manchas
amareladas.
Na parte oposta ao pedúnculo que se prende ao ramo, apresenta uma
coroa formada de pequenos triângulos, e no seu centro, restos de
pistilos secos de sua flor. Essa flor é de cor escarlate e composta de
três pétalas carnosas que após desabrochar completamente dão lugar a
uma rosácea de cinco pétalas; curiosamente, ao formar-se o fruto,
surgem mais duas pétalas que se mantêm envolvidas pela coroa, secando
paulatinamente até ao completo desenvolvimento do fruto.
A casca é grossa e robusta; quando bem maduro o fruto rompe-se, pondo
à mostra alguns grãos; quando colhida e deixada em lugar quente, a
Romã seca lentamente; não apodrece; e mesmo seco, o fruto é utilizado,
pois os seus grãos apresentam-se mais doces ainda. O interior
apresenta duas câmaras: a alta que contém cinco celas onde se espremem
dezenas de grãos, e a câmara baixa, que se apresenta da mesma forma;
os grãos têm no centro, uma diminuta semente branca e ao redor uma
grande parte carnosa e transparente, nas colorações que partem do rosa
pálido ao vermelho rubi. Essa parte interna lembra os favos de mel; as
celas são divididas por uma espécie de cortina branca e leve.
Essa película resistente é amarga, como o é toda a casca exterior,
possuindo propriedades medicinais; pela grande quantidade de tanino
que contém, é usada como adstringente para diarréia; a casca, em forma
de chá é um excelente vermífugo. Os grãos são saborosos, podendo ser
ingeridos agrupados; o gosto esquisito, é agridoce. No Oriente, como
já referimos, esses grãos macerados produzem um líquido que
fermentado resulta em vinho afrodisíaco. O simbolismo do fruto e de sua
flor se adequa à filosofia maçônica. A planta, ou melhor, o arbusto, tem
as folhas pequenas e perenes, de um verde escuro; a planta não atinge
altura significativa e desde cedo, quando em desenvolvimento, tendo um
metro e meio, já produz frutos. Os grãos simbolizam a união dos maçons
em seus vários aspectos: o fisiológico, porque cada grão possui
"carne", "sangue" (o suco) e "ossos", (as sementes). Os grãos crescem
unidos de tal forma que perdem o formato natural, que seria redondo;
espremidos uns aos outros, são semelhantes a polígonos geométricos,
com várias facetas; são lustrosos e belos, lembrando os favos de uma
colméia de abelhas; as abelhas trabalham sem descanso e assim lutam os
maçons.
Os frutos representam os maçons que estão no Oriente Eterno; são
pedras totalmente polidas que abrilhantam o Reino Celestial. As
câmaras simbolizam a vida externa e a interna, ou seja, a mente humana
e o espírito. As cinco células da Câmara Alta representam as fases
intelectuais onde se estuda a razão da verdade eterna;, o conhecimento, o
impulso para o elevado, para a moral e para a perfeita harmonia.
Representam, ao mesmo-tempo, as cinco raças humanas, perfeitamente
unidas, sem preconceitos; também recordam as cinco idades do homem:
a embrionária, a infância, a do aprendizado, a construtiva e a madura.
As três células da Câmara Baixa correspondem ao aprendizado, ao
companheirismo e ao mestrado. As três substâncias do homem: sangue,
carne e ossos; ao homem Templo, ao homem Altar e ao homem Alma.
As três luzes: Ven.'. e Vvig.'.. O formato externo, representa a Terra,
seja pela sua esfera, seja pela sua coloração e conteúdo.
O astronauta soviético Yuri Gagarin, quando pôde contemplar a Terra do
Cosmos, exclamou: "Ela é azul!". Hoje passada quase uma geração, o
jornalista japonês Akiyama, a bordo da estação orbital russa Mir
enviou a seguinte mensagem: "O ar e as águas estão visivelmente sujos.
Estou muito ocupado aqui, em cima, para ser filosófico; mas sinto que
realmente faço parte da mãe Terra, agora, e acredito que temos que
realmente fazer alguma coisa para salvá-la - acrescentou: eu não estou
falando dos desertos, mas em outras partes da África e da Ásia não há
muitas árvores". Que expressiva diferença após poucos anos! A Terra
para Gagarin era azul; para Toyohiro Akiyama, a Terra perdeu a
suavidade colorida!
A Romã expressa, na sua coloração, a realidade. A coroa de triângulos
ou coroa da virtude, do sacrifício, da ciência, da fraternidade, do
amor ao próximo, está colocada numa extremidade da esfera. Simboliza
o coroamento da obra da Arte Real. A flor rubra representa a chama do
entusiasmo que conduz o Neófito ao seu destino, iluminando a sua
jornada. As cores da Romã simbolizam: o verde, o reino vegetal; a
amarela, o reino mineral; e a vermelha, o reino animal. As membranas
brancas, que não constituem cor, mas a mistura de todas as cores como
as obtidas quando o raio transpassa o cristal formando o arco-íris,
simboliza a paz e o amor fraterno.
Podemos acrescentar que o simbolismo da romã se equivale, na Arte
Real, ao simbolismo da Cadeia de União, da Orla Dentada, da Corda de
81 Nós, e ao do Feixe de Esopo.
Em suma, a romã simboliza a própria Loja e a sua a Egrégora.
3 – A FARRA DO BODE
Recebi para publicação dois artigos sobre “O Bode na
Maçonaria”. Já tive a oportunidade de divulgar o mesmo teor, sem
que, entretanto, não evitasse algum exagero e ufanismo na matéria.
Permitam-me os IIr que gentilmente me enviaram esses escritos, de
transcrever o que o Ir. Eleutério Nicolau da Conceição,
estudioso no assunto, e membro da Academia Catarinense de Letras
Maçônicas, nos diz a respeito.
Possuo guardada esta manifestação por um bom tempo, tendo
chegado, pois, o momento, de divulgá-la.
Caro irmão Jerônimo, permita-me comentar o texto enviado. Já o
conhecia de outras fontes, e creio que o momento é oportuno para
esclarecer certos equívocos. Apesar de antigo, ele é uma ficção
baseada no desconhecimento da história. Senão vejamos: "Vários
apóstolos saíram pelo mundo para divulgar o cristianismo e foram
para o lado judaico da Palestina"
Ora, os apóstolos (assim como Jesus) eram Judeus, e sairam da
Palestina, levando o evangelho para o resto do mundo. Como
judeus, eles, obviamente, conheciam todos os costumes desse povo.
O autor dessa história fantasiosa parece desconhecer esse fato,
considerando esses apóstolos estrangeiros na Palestina. Da mesma
forma, ele desconhece que o Apóstolo Paulo, era também judeu, da
tribo de Benjamim, e Fariseu (a facção do judaísmo mais rigorosa no
que se refere ao cumprimento da lei), portanto, profundamente
conhecedor dos costumes de seu povo. Também o costume ao qual
ele se refere, parece ter sido ouvido de terceiros, e bastante
distorcido. Na verdade, trata-se do seguinte:
SEGUNDO NOS NARRA A BÍBLIA, DESDE A ÉPOCA DOS PATRIARCAS (ABRAÃO TERIA
VIVIDO CERCA DE 1850 A.C.), EXISTIAM NO CULTO HEBRAICO SACRIFÍCIOS VOTIVOS A
DEUS. ERIGIAM-SE ALTARES DE PEDRA, SOBRE OS QUAIS DERRAMAVA-SE ÓLEO E
SACRIFICAVAM-SE OVELHAS, CARNEIROS E BODES. ESCOLHIA-SE O MELHOR ANIMAL
DO REBANHO, QUE ERA MORTO E QUEIMADO SOBRE O ALTAR, "ELEVANDO-SE A
FUMAÇA COMO PERFUME AGRADÁVEL AO CRIADOR".
No transcurso do êxodo nos desertos da Arábia, Moisés
codificou o cerimonial litúrgico do culto, detalhan- do o
procedimento adequado, e a natureza de cada oferenda
correspondente ao pecado que a oferta tinha intenção de remir. O
pensamento subjacente era que o ofertante transferia sua culpa ao
animal e, morrendo este, aquele ficava limpo e puro. Daí a origem do
termo "bode expiatório", alguém que paga pela culpa de outro.
No livro de Levítico, no primeiro capítulo,
lemos:
"... quando um de vós fizer uma oferta ao Senhor, pode reis fazer esta oferenda
com animal grande ou pequeno. Se sua oferenda consistir de animal grande,
oferecerá um macho sem defeito; oferecê-lo-á à entrada da tenda da reunião,
para que seja aceito perante o Senhor".(Lev 1. 2,3)
Mais adiante, no capítulo 4 encontramos:
"Se alguém do povo pecou involuntariamente, cometendo uma ação
proibida pelo Senhor, tornando-se assim culpado, tão logo tome consciência de
seu pecado, trará sua oferta pelo pecado cometido, uma cabra sem defeitos.
Imporá as mãos sobre a cabeça da vítima pelo pecado e a imolará no lugar
onde se oferecem holocaustos. O sacerdote tomará com o dedo um pouco do
sangue dela e os depositará nos chifres do altar dos holocaustos. Depois
derramará todo o sangue na base do altar." (Lev 4.27-29).
Havia uma cerimônia especial entre os israelitas, na qual dois
bodes tinham participação especial. Esta narrativa encontra-se
também no livro de Levíticos, no capítulo16. O texto nos apresenta
Deus dando instruções a Moisés a respeito do cerimonial a ser
desenvolvido por seu irmão Aarão, o Sumo Sacerdote:
"Receberá da comunidade dos filhos de Israel dois bodes destinados ao
sacrifício pelo pecado, e um carneiro para o holocausto. Depois de haver
oferecido o novilho do sacrifício pelo seu próprio pecado e de ter feito o rito
de expiação por si mesmo e pela sua casa, Aarão tomará os dois bodes e os
colocará diante do Senhor, na entrada daTenda da Reunião. Lançará sorte
sobre os dois bodes, atribuindo uma sorte ao Senhor e outra a Azazel.
Aarão tomará o bode sobre o qual caiu a sorte "para o Senhor" e fará com
ele um sacrifício pelo pecado. Quanto ao bode sobre o qual caiu a sorte
"para Azazel" será colocado vivo diante do Senhor, para fazer com ele o
rito da expiação, a fim de ser enviado a Azazel, no deserto.(...) Imolará
então o bode destinado ao sacrifício pelo pecado e levará o seu sangue para
detrás do véu. Fará com esse sangue o mesmo que fez com o sangue do
novilho, aspergindo-o sobre o propiciatório e diante deste. Fará assim o rito
de expiação pelo santuário, pelas impurezas dos filhos de Israel, pelas suas
transgressões e por todos os seus pecados.(...) Tomará do sangue do novilho
e do sangue do bode e o porá nos chifres do altar, ao redor. Com o mesmo
sangue fará sete aspersões sobre o altar, com o dedo. Assim purificará e o
separará das impurezas dos filhos de Israel. Feita a expiação do santuário,
da Tenda da reunião e do altar, fará aproximar o bode ainda vivo. Aarão
porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode e confessará sobre ele todas
as faltas dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus
pecados. E depois de tê-los assim posto sobre a cabeça do bode, enviá-lo-á
ao deserto, conduzido por um homem preparado para isso, e o bode levará
sobre si todas as faltas deles para uma região desolada.(...) E aquele que
tiver levado o bode a Azazel deverá lavar suas vestes e banhar o corpo com
água, e depois disso poderá entrar no acampamento."
A renomada tradução da Bíblia conhecida como A Bíblia de
Jerusalém, em nota de rodapé no livro de Levítico nos informa de
crença existente entre os antigos hebreus e cananeus, segundo a
qual as regiões desérticas eram habitadas por um demônio chamado
Azazel, ao qual, na cerimônia descrita acima, era enviado o bode
carregando os pecados do povo. Este é o protótipo do "bode
expiatório", pois leva sobre si culpas alheias, morrendo nas terras
áridas, distantes da fecundidade de Deus, por isso habitadas por
demônios. Em certa época, os israelitas costumavam sacrificar
também a gênios em forma animal, notadamente de bode, que se
supunha habitar as regiões desérticas. Esta figura agregou-se à
conhecida imagem da mitologia grega: os sátiros perseguindo as
ninfas nos bosques, seduzindo-as com o mágico som de suas flautas.
Representantes do deus Pã, deus das florestas, dos rebanhos,
pastores e vida silvestre, exibiam curiosa figura: tinham cascos e
pernas de bode, barba e chifres, tocando sua flauta, e com ela
encantando animais e ninfas, eram vistos pela mitologia grega de
modo positivo e bem-humorado. No judaísmo antigo, contudo,
figura semelhante era associada a demônios habitantes de locais
desertos, aos quais faziam-se oferendas.
É sobre esse costume que recai a proibição do capítulo 17 do
livro citado:
Não mais oferecerão seus sacrifícios aos sátiros, com os quais se
prostituem, isto é uma lei perpétua, para eles e seus descendentes ( Lev
17.7).
Imagens da sensualidade, foram associados pela
mentalidade cristã medieval ao conceito cristão de Satanás. A
figura de satã com chifres, pequena barba, pernas e cascos de
bode, foi decalcada dos sátiros gregos.
No período de estagnação cultural e crescente superstição
pelo qual passou a Europa da época feudal à Renascença, e também
durante a vigência da "Santa" Inquisição, desenvolveram-se no
imaginário popular (às vezes com fundamento real) as narrativas de
cerimônias mágicas, círculos de feiticeiras, cultos demoníacos e
missas negras com sacrifício de crianças.
Quando o rei francês Felipe, o Belo, decidiu apoderar-se da
imensa riqueza amealhada pelos Templários, no início do século XIV
(1307), com o apoio do papa Clemente V, elaborou libelo acusativo
onde se inseriam descrições de cerimônias heréticas de profanação
do crucifixo, da hóstia e cultos satânicos. Falava-se de uma cabeça
supostamente adorada pelos templários, chamada "baphomet", que
em algumas versões teria a forma de um bode, e em outras de um
torso feminino com cabeça de bode. São bem conhecidas as
conseqüências daquelas
acusações: a poderosa Ordem dos Templários foi desfeita, seus
membros, perseguidos, fugiam por toda Europa, sendo seu último
Grão Mestre, Jaques de Molay queimado vivo na praça em frente da
igreja Notre Dame de Paris.
Após o início do século XVIII, quando a maçonaria assumiu
seu caráter especulativo, defendendo o livre exame de todas as
idéias , não aceitando outro dogma além da existência do Grande
Arquiteto do Universo, colocou-se em confronto com o pensamento
religioso da época. Apontada por alguns autores como herdeira da
Ordem do Templo, a instituição maçônica viu serem lançadas sobre
si muitas das acusações antes imputadas aos monges guerreiros. Por
serem suas reuniões secretas, aguçava-se a imaginação popular, e
facilmente aceitavam-se versões apócrifas de rituais maçônicos
descrevendo cerimônias sacrílegas de rejeição ao cristianismo, e
cultos satânicos, com proeminência da figura do bode, emblema mor
do príncipe dastrevas. É importante lembrar que, ao compor seu
acervo de símbolos, a maçonaria adotou também o pentagrama, a
estrela de cinco pontas, usada também em cerimônias de magia
negra. No uso maçônico o ápice da estrela aponta para cima,
podendo-se dentro dela inscrever uma figura humana significando o
domínio da razão (cabeça) sobre os sentidos, do espírito (a Quinta
essência) sobre a matéria (o quaternário). Nas cerimônias mágicas,
as pontas para cima e o ápice para.baixo representam o inverso do
significado comentado: domínio dos sentidos sobre a razão e da
carne sobre o espírito. Vem .assim representado o símbolo do
satanismo, com a inserão da figura do bode na estrela invertida:
chifres e orelhas nas pontas superiores e laterais, barba na ponta
inferior.
Em 1885, o francês Gabriel Jogang Pages, com o pseudônimo de
Leo Taxil, aproveitando a situação de confronto que existia na
França entre a maçonaria e a igreja católica, iniciou a publicação de
inúmeros livretos anti-maçônicos, onde descrevia minúcias de
cerimônias satânicas supostamente praticadas pela maçonaria. Em
19 de abril de 1897, confrontado com a iminência de seu
desmascaramento, em conferência pública, e na presença de
autoridades eclesiásticas e jornalistas, ele confessou o embuste,
vangloriando-se do apoio recebido da igreja e de ter conseguido
enganar a todos por 12 longos anos. Por essa época, outros autores
já tinham utilizado os livros de Taxil como referência, e outros ainda
citavam os textos dos primeiros, desenvolvendo assim o que os
maçons norte- americanos vieram a chamar de "The lie that will
never die" A mentira que nunca morrerá.
Estas são as razões porque a figura do bode está historicamente
associada aos cultos satânicos, e de modo enviesado, à maçonaria, sendo
totalmente sem sentido as histórias apresentadas no texto comentado.
Ciclicamente, autores oriundos principalmente de igrejas
fundamentalistas desenterram os livros de Taxil, ou de outros nele
embasados, trazendo outra vez à luz as velhas acusações. Há alguns
anos surgiu nas livrarias evangélicas a tradução de um livro de
original norte- americano do autor William Shnowebelem, dizendo
tratar-se de ex- maçom do grau 32, arrependido de suas práticas
anticristãs, resolvido a revelar os "segredos tenebrosos" da
maçonaria. A leitura atenta revela as inúmeras contradições do
autor, que se confessa antigo praticante de ritos mágicos de
bruxaria (sobre cuja natureza ele mantém segredo), antes de ter
sido iniciado maçom, e dentro da nova ordem interpretou os novos
símbolos a partir de sua antiga fonte de referências. Faz também uso
indiscriminado dos textos de Leo Taxil, sem citar referência.
descrevendo a maçonaria como declaradamente satânica,
diretamente responsável por todos os males da atual sociedade. Em
tom inflamado, desenvolve sua prédica conclamando a uma nova
"caça às bruxas"(os maçons, no seu entender), chegando a extremos
ridículos de propor rituais de purificação para edifícios cuja pedra
fundamental tenha sido colocada por maçons, bem como sua
exclusão de postos no serviço público!
O problema desse tipo de livro é o fato de seus leitores terem da
maçonaria idéias superficiais, de tendência negativa e ao lerem
textos bíblicos veementes, condenatórios, que conhecem, não sabem
que eles não se aplicam à maçonaria, como quer fazer crer o autor.
Assim cresce, principalmente entre os evangélicos, a convicção
falsa da negatividade da maçonaria, associadas a cultos nefastos,
com sacrifícios de bodes, entre outras práticas esdrúxulas.
Os maçons brasileiros, refletindo o espírito irreverente e jocoso
do nosso povo, procuraram ridicularizar essas acusações fazendo
uso humorísticos da figura do bode: de monóculo e cartola, com
uniformes regionais, etc. O uso e abuso da figura caprina
generalizou-se de tal modo que mesmo entre os maçons, existem
aqueles menos informa dos, que pensam ser o bode um símbolo
maçônico! Assim chegamos a uma distorção no mínimo curiosa: os
maçons têm aplicado a si mesmos, quase como emblema (ainda que
humoristicamente), a pecha que lhes foi imputada por seus
adversários!
Dentro desse contexto, torna-se necessário ponderar sobre o
seguinte: Os visitantes que percorrerem os salões sociais anexos aos
templos, e em algum deles virem imagens alusivas ao famigerado
ruminante, entenderão prontamente tratar-se apenas de "humor
maçônico"? Considerando-se que as idéias populares sobre
maçonaria ainda hoje associam pactos e cerimônias macabras à
instituição, não poderiam ser os visitantes levados a interpretar os
citados elementos como indícios da confirmação das velhas
acusações? Se os princípios maçônicos não admitem o cultivo de
falsas idéias, ainda que possam elas trazer benefícios, menos ainda
deverão ser difundidas imagens associadas a conceitos que
denigrem a instituição. Ou será que alguns maçons procuram
cultivar a idéia infantil de "assustar os profanos", bem como a
satisfação de serem olhados como homens misteriosos, associados a
poderes ocultos e transcendentes? Portanto, é mais do que tempo de
se extirpar da representação gráfica maçônica o uso dessa figura,
que nada traz de positivo, além do riso, e é tão carregada de pesadas
conotações negativas.
Peço desculpas pela extensão do comentário, mas decidi dar minha
contribuição para o esclarecimento definitivo desse tema. Um TFA.
Eleutério
4 – REFLEXÕES SOBRE A INICIAÇÃO
Ir Hercule Spoladore
LOJA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS “BRASIL”
Costumamos ler com freqüência, ou mesmo ouvir
em Lojas que certos Irmãos por certas condições
peculiares já eram maçons antes de serem
iniciados, pois já agiam como se fossem membros
da Ordem. Achamos que esta afirmação é apenas
uma força de expressão, pois literalmente ela não é
verdadeira.
Ser maçom é sinônimo se ser bom, íntegro, justo, crer em Deus
e outros tantos epítetos, então o mundo seria uma imensa Loja, pois
existe um número muito grande de homens que poderiam ser
maçons, o que realmente não ocorre, portanto não é verdade.
O que realmente acontece é que existem milhões de homens
que preenchem os requisitos que a Maçonaria exige, mas só serão
maçons se ao serem iniciados quer no dia de sua Iniciação, ou quer
com o passar do tempo quando vivenciarão realmente sua Iniciação,
é que verdadeiramente se tornarão maçons, a qual é uma condição
muito especial, espiritual, e também muito pessoal de cada um.
Alguns são realmente muito marcados e sensibilizados no dia
marcado pela Loja do seu recebimento na Ordem. Todo simbolismo
empregado, dirigido, toda a técnica iniciática, a privação da visão
pela venda, por algumas horas, estimulará outros sentidos de tal
maneira que quer queira ou não, o iniciando será obrigado a se
colocar numa introspecção de tal ordem que sua mente se tornará
receptiva recebendo os ensinamentos previamente preparados que
agirão de forma inevitável em cada um, sempre de maneira pessoal,
pois cada qual dadas as suas concepções metafísicas receberá estas
impressões na sua consciência íntima ou seja, no seu EU profundo.
Haverá então uma extrapolação de energias positivas durante a
experiência, onde transfundirá em dado momento a natureza do ser
único e pessoal, impulsionando o iniciando a encontrar novos
caminhos do espírito. Será uma maneira de ele conhecer o seu
mundo interior sem barreiras, de tal forma que terá uma visão mais
realista e coerente do universo em que vive. O seu EU se reverterá
numa massa compacta de harmonia, impulsionando-o a novas
realizações. Aí o maçom perderá sua linguagem habitual, comum
linear e unívoca. Não saberá explicar o que se passou consigo. A
linguagem do EU profundo, ou da consciência dupla descoberta
durante a Iniciação é algo vivido. Não pode ser dito. A mente criará
condições insuperáveis e intransponíveis em que ele mesmo que
queira, não saberá explicar a outrem o
que está acontecendo. Este é o verdadeiro
segredo maçônico e não aqueles que se
propalam nas Lojas de toques sinais e
palavras e que também os profanos
acreditam como tal.
Ato contínuo, dando-se
prosseguimento à cerimônia iniciática no
momento majestoso de se receber a Luz,
quando então o já maçom poderá
enxergar com os olhos físicos, ocorrerá o que alguns autores
chamam de “choque iniciático”. Aliás, a retirada da venda marca a
reentrada do iniciando no mundo comum. Alguns Irmãos referem
depois, sobre esta passagem, que a retirada da venda lhes foi um
tanto desagradável, porque a suspensão da visão durante àquelas
horas e tudo o que sentiram e ouviram foram momentos tão seus,
tão íntimos, tão mágicos que ao perceberem que estavam
novamente em comunidade, deixaram de ser um para ser mais um.
Já tivemos a oportunidade de ver Irmãos viverem no dia de sua
Iniciação todo o esplendor e toda a profundidade inciática, que
mesmo após a cerimônia, estavam num estado emocional parecido
ao transe, tais foram às impressões sentidas e vividas.
É obvio, que estamos discorrendo sobre Iniciações sérias,
tecnicamente bem feitas e bem executadas pelas Lojas que assim
procedem. Todos os ensinamentos iniciáticos não devem se
restringir tão somente ao dia da Iniciação. Eles deverão impregnar o
maçom por toda a vida. Não poderão ser apagados ou esquecidos.
Entretanto, ao lado destes maçons que se tornam praticamente
iniciados no dia de sua Iniciação, há outros que jamais serão
iniciados, apesar de terem passado pelo mesmo processo. Estes
acham que a seqüência iniciática até poderia ser dispensada, pois é
muito longa, se sentem mal com a venda nos olhos, etc. Estes vieram
buscar na Maçonaria uma associação de auxilio mútuo, de esportes,
vieram buscar uma sociedade de banquetes, de festas, como se ela
fosse um clube social ou mesmo um clube de serviço. Usarão
aventais vistosos, saberão realizar os mesmos sinais que seus
Irmãos, conhecerão as palavras, usarão até orgulhosos o famoso
distintivo do esquadro-compasso na lapela, poderão até serem
assíduos às Sessões Todavia, aquela metamorfose espiritual que a
Maçonaria tentou incutir neles mesmo que eles tentem a enganar a
si próprios, mostrando-se solícitos, ou mesmo até generosos em
movimentos de beneficência, ela jamais ocorrerá. Culpa de quem?
Da Maçonaria? Difícil avaliar.
Achamos que a verdadeira Iniciação dependerá do Iniciando e
de mais ninguém.
Dependerá muito mais do que este homem veio buscar na Ordem e
não do que ele pensa estar procurando. As vezes querer não é sentir.
A Maçonaria apenas mostra o caminho. Ela representa um
meio. O fim é o próprio Irmão. Se o Irmão não achar a Verdade em si
próprio, ninguém a achará por ele.
Se o maçom for pequeno espiritualmente, nem usando avental
bordado a ouro, fará dele um verdadeiro maçom.
Krishnamurti disse: “eu sustento que a Verdade é uma terra
não trilhada e que não a alcançareis por nenhum caminho, nenhuma
religião, seita...”. Por analogia, o maçom é que se iniciará a si mesmo
procurando a sua Verdade.
Existe um grupo de homens bastante restrito, fechado, que só
se iniciará verdadeiramente na Ordem pelo Conhecimento. Ao
referirmos esta palavra Conhecimento, não queremos apenas dizer a
somação intelectual de dados, fatos e informações por um processo
de memorização, mas sim a um enorme esforço de conscientização e
espiritualidade que agem gradualmente como agente catalisador de
uma metamorfose interior.
Trata-se de homens que muito embora, não deixaram de ficar
marcados profundamente pela experiência de várias horas que
durou sua Iniciação, porem entendem e concordam que ela foi
apenas o inicio de uma jornada., dado a sua sensibilidade e desejo de
aprender e tendo um sentido aguçado de pesquisa, com muito
esforço e com elevado senso crítico a respeito de tudo que os cerca,
de tal forma que tudo após passar pela sua censura, pelo seu
julgamento será aceite ou rejeitado.
Então, somente após aprenderem por dedução própria o que é
realmente Maçonaria, começará a haver nele aquela abertura
espiritual é que vão se tornando realmente Iniciados. Esta visão
deve ser reciclada dia a dia. O Conhecimento real levará o Irmão a
uma espiritualidade tal, sendo este o mais elevado escopo da Ordem.
Dos abismos de sua consciência, mergulhando para dentro de
seu interior, bem no fundo de sua personalidade arcaica, irá surgir o
verdadeiro Iniciado, o qual a cada revelação tanto mais se
aproximará da perfeição.
Na acepção mais profunda e verdadeira a Iniciação é em última
análise, um processo de regeneração espiritual e moral, através do
conhecimento gradativo lento e seguro das normas que governam o
equilíbrio interior do maçom na mesma evolução e vibração que o
universo exterior.
5 – EXPRESSAS JB
 Chaga-nos o convite para a palestra sobre “Caverna de Platão e a
Maçonaria Moderna” para o próximo dia 8 (segunda-feira) às
20h00 na Loja “Fraternidade Universal” nr. 77, no Templo
“Obreiros da Paz” em Canasvieiras.
 O palestrante será o Ir Abílio Bueno de Oliveira Neto, 2º.
Vigilante daquela Loja. Por certo será uma noite iterativa com
vídeos, slides e transmissão da boa cultura maçônica. Ponto para a
Loja “Fraternidade Universal”. Estaremos lá.
 Um velho índio descreveu certa vez em seus conflitos internos:
“Dentro de mim existem duas feras, uma delas é cruel e má, a
outra é muito boa e dócil. As duas estão sempre brigando...".
 Ao lhe perguntarem qual das feras ganharia a briga, o sábio índio
parou, refletiu e respondeu: "Aquela que eu alimentar".
 Alimentemos, portanto, nossas virtudes e eliminamos o quanto
possível nossos vícios!!
 O Ir Esteban Hrycan dizendo que todos chegaram bem de
regresso à Encarnación e agradecendo à Loja “Alferes Tiradentes”
pela convivência e final de semana esplendoroso que tiveram em
Florianópolis:
 “Q H JERONIMO
ES UN PLACER Y UNA SATISFACCION PODER EXPRESARTE A VOS QH Y A TAVES TUYO
A TODA LA LOG ALFERES TIRADENTES Nro 20, NUESTRA INMENSA GRATITUD Y
BENEPLACITO POR LA FABULOSA ORGANISACION DURATNTE NUESTRA ESTADIA
POR EL VLLE DE FLORIANOPOLI, Q H TE INFORMO QUE LLEGAMOS EN FORMA
ESPLENDIDA A NUESTROS HOGARES Y RECONFORTADOS DESPUES DE NUESTRO
FRUCTIFERO ENCUENTRO. TFA - ESTEBAN”
 QH Esteban, um gran y fraternal abrazo do JB.
 Descobriram que Tiririca é Aprendiz-Maçom. Como Aprendiz ele
não sabe ler nem escrever.
 Do Ir Hélio Dias:
Veja a matéria “Os desafios da Ciência” no link YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=Cyep9YrxKjY.
Veja esta matéria também no blog
http://scienceclubbr.blogspot.com/
 O Bethel 03 (Florianópolis) convidando para logo mais ao meio-
dia no “Celeiros Beer” saborear a sua Macarronada, com
arrecadação para fins filantrópicos.
 Visite a página e o blog da Loja “Alferes Tiradentes”
http://www.alferes20.org criadas e mantidas pelo Ir Juarez de Oliveira
Castro. Muita novidade e excelentes artigos maçônicos.
 Chegando o Informativo Chico da Botica nr. 047 de 30 de
outubro.
 “A carinhosa alcunha de Chico da Botica”; “O Silêncio Perdido”;
“Fundação do Grande Oriente do Rio Grande do Sul” e outros
assuntos, estão no “Boletim Informativo Chico da Botica”. Clique
no PDF correspondente e boa leitura.
 Até amanhã, querendo o GADU!

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  • 1. JJBB NNEEWWSS Informativo Nr. 063 Responsável: Ir Jerônimo Borges (Loja Templários da Nova Era - GLSC) Florianópolis (SC) 02 de novembro de 2010
  • 2. 1. Almanaque 2. O Simbolismo da Romã (Ir Laércio Bezerra Galindo) 3. A Farra do Bode 4. Reflexões sobre a Iniciação (Ir Hercule Spoladore) 5. Expressas JB 1 – ALMANAQUE HOJE, 2 DE NOVEMBRO, É O 306º. DIA DO CALENDÁRIO GREGORIANO. FALTAM 59 PARA ACABAR O ANO.
  • 3. EVENTOS HISTÓRICOS  676 - É eleito o Papa Dono  1830 - Chopin deixa sua cidadezinha em direção à Varsóvia  1889 - O território de Dakota é dividido em "do Norte" e "do Sul". Simultaneamente os dois territórios são transformados em estados  1895 - Primeira corrida de automóveis na América.  1920 - O republicano Warren Harding é eleito presidente dos Estados Unidos da América.  1930 - Haile Selassie (nascido Tafari Makonnen ou Ras Tafari) torna-se o 111º imperador da Etiópia  1945 - Costa Rica e Libéria são admitidas como Estados-Membros da ONU  1988 - Primeira propagação de um worm na Internet  2004 - Nos Estados Unidos da América o presidente George W. Bush vence as eleições contra John Kerry, sendo re-eleito. NASCIMENTOS  1755 - Maria Antonieta, arquiduquesa da Áustria, rainha de França (m. 1793).  1795 - James Knox Polk, presidente dos Estados Unidos (m. 1849)  1814 - George Boole, matemático britânico (m. 1854)  1861 - Braz do Amaral, médico e historiador brasileiro (m. 1949).  1865 - Warren G. Harding, presidente dos Estados Unidos (m. 1923)  1877 - Teixeira de Pascoaes, poeta e escritor português (m. 1952)  1911 - Odysseas Elytis, poeta grego e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1979. (m. 1996)  1913 - Burt Lancaster, ator norte-americano (m. 1994)  1927 - Steve Dikto, desenhista e roteirista norte-americano.  1929 - Richard E. Taylor, físico norte-americano.  1946 - Alan Jones, piloto de automobilismo australiano.  1946 - Marieta Severo, atriz brasileira.  1948 - Dmitri Smirnov, compositor russo.  1953 - Luís Filipe Menezes, líder do Partido Social Democrata (PSD) entre Setembro de 2007 e Abril de 2008.  1957 - Carter Beauford, baterista (norte-americano) da Dave Matthews Band.  1966 - David Schwimmer, ator norte-americano.  1972 - Darío Silva, ex-jogador de futebol uruguaio.  1974 - Sofia Polgar, enxadrista canadense.  1974 - Stéphane Sarrazin, piloto francês de corridas.  1974 - Paul Jasper, piloto norte-americano de corridas.  1980 - Diego Lugano, jogador de futebol uruguaio.  1982 - Charles Itandje, goleiro francês. Falecimentos  1794 - François-Joachim de Pierre de Bernis, cardeal e estadista francês  1950 - George Bernard Shaw, escritor.  1961 - James Thurber - humorista e escritor estadunidense (n. 1894).  1966 - Petrus Josephus Wilhelmus Debye, físico-químico neerlandês (n. 1884)  1975 - Pier Paolo Pasolini, escritor, poeta e cinegrafista italiano (n. 1922)  2004 - Theo van Gogh, realizador de cinema.
  • 4. Feriados e eventos cíclicos Para a Igreja Católica, é o Dia dos fiéis defuntos, conhecido popularmente por Dia de finados. FATOS HISTÓRICOS DE SANTA CATARINA 1540 Deixa o porto espanhol de Cádiz a expedição comandada por D. Alvar Nunes Cabeza de Vaca com o objetivo de ocupar a costa catarinense e daqui pelo interior alcançar o rio do Prata. 1893 As forças federalistas, comandadas por Gumercindo Saraiva, atravessam o rio Pelotas, iniciando sua incursão pelo território catarinense. 1900 Morre no Rio de Janeito o médico, poeta e político catarinense José Cândido Lacerda Coutinho. CALENDÁRIO MAÇÔNICO DO DIA: 1822 José Bonifácio inicia perseguição aos Maçons: manda que o intendente de polícia prenda Gonçalves Ledo “mesmo que para isso se use violências ou gastos extraordinários (...) “Vossa Mercê fará o impossível, se for, para o apanhar de qualquer forma” 1744 Nasce Friederich Ludwig Schröeder, ator e erudito alemão, criador do Rito que reformou e dignificou a Maçonaria alemã e que leva o seu nome. 1924 Nasce em Florianóipolis o Maçom Amaro Seixas Ribeiro Neto. Autodidata, conquistou prestígio pelos seus estudos sobre astronomia e folclore ilhéu. Foi membro da Academia Catarinense de Letras. Morreu em Florianóipolis a 23 de maio de 1984.
  • 5. 1966 Fundado o Supremo Conselho de Israel. 2 – O SIMBOLISMO DA ROMÃ IR LAÉRCIO BEZERRA GALINDO-MI-GOPE-GOB ARLS-AMPARO DA VIRTUDE 0276 OR.'. P O Ç Ã O-PE ARLS-AMOR E FRATERNIDADE PESQUEIRENSE 3514 OR.'. P E S Q U E I R A - P E REAA
  • 6. A romanzeira ou pé de romã, em hebraico Rimmôn, é uma pequena árvore, ou até um arbusto pertencente à família "Punica Granatum" – nome latino – e no vernáculo mais purista, diz-se Romãzeira. No sul da Espanha existe uma linda cidade, que foi a capital dos reinos de Castela e Aragão, conquistada aos árabes em 1492 pelos reis católicos, chamada romã = Granada. Cresce silvestre no Oriente Médio e principalmente na Palestina, onde existem três cidades com o nome desse fruto, Rimon, Gate Rimon e En-Rimon. Da Palestina, através da Diáspora, foi levada a todo o mundo, inclusive, depois dos descobrimentos, ao Novo Mundo e posteriormente à Austrália e Nova Zelândia. Considerando-se a origem da Romã como sendo hebraica, nada melhor, para uma compreensão inicial, que recorrermos às Sagradas Escrituras. O Velho Testamento refere a Romã, ONZE vezes, enquanto o Novo Testamento, a omite totalmente. Por ordem cronológica, transcrevemos as passagens alusivas a esse fruto: 1) "Farás, também a sobrepeliz da estola sacerdotal toda de estofo
  • 7. azul. No meio dela haverá uma abertura para a cabeça; será debruada essa abertura, como a abertura de uma saia de malha, para que não se rompa. Em toda a orla da sobrepeliz farás romãs de estofo azul, púrpura e carmesim; e campainhas de ouro no meio delas. Haverá em toda a orla da sobrepeliz uma campainha de ouro e uma romã, outra campainha de ouro e outra romã. Esta sobrepeliz estará sobre Aarão quando praticar o seu ministério, para que se ouça o seu sonido, quando entrar no santuário diante do Senhor, e quando sair, e isso para que não morra." (Êxodo 28-31.35.) 2) "Depois vieram até o vale de Escol, por causa do cacho de uvas, o qual o trouxeram dois homens numa vara, como também romãs e figos." (Números 13:23) 3) "E porque nos fizeste subir do Egito, para nos trazer a este mau lugar, que não é de cereais, nem de figos, nem de vides, nem de romãs, nem de água para beber?" (Números 20:5) 4)"Fez também romãs em duas fileiras por cima de uma das obras de rede para cobrir o capitel no alto da coluna; o mesmo fez com o outro capitel. Os capitéis que estavam no alto das colunas eram de obra de lírios, como na Sala do Trono, e de quatro côvados. Perto do bojo, próximo à obra de rede, os capitéis que estavam no alto das duas colunas tinham duzentas romãs, dispostas em fileiras em redor, sobre um e outro capitel." (II Reis 7:18-20) 5) "Há quatrocentas romãs para as duas redes, isto é, duas fileiras de romãs para cada rede, para cobrirem os dois globos dos capitéis que estavam no alto da coluna." (II Crônicas 4:13) 6) "Os teus lábios são como um fio de escarlate, e tua boca é formosa; as tuas faces, como romã partida, brilham através de véu." (Cantares
  • 8. 4:3) 7) "Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes." (Cantares 4:13) 8) "Desci ao jardim das nogueiras, para mirar as renovos do vale, para ver se brotavam as vides e se floresciam as romãzeiras. " (Cantares 6:11)] 9) "Levar-te-ia e te introduziria na casa de minha mãe, e tu me ensinarias; eu te daria a beber vinho aromático e mosto das minhas romãs." (Cantares 8:2) 10) "Sobre ele havia um capitel de bronze; a altura de cada um era de cinco côvados; a obra de rede e as romãs sobre o capitel ao redor eram de bronze. Semelhante a esta era a outra coluna com as romãs. Havia noventa e seis romãs aos lados; as romãs todas, sobre a obra de rede ao redor, eram cem." (Jeremias 52:22-23) 11) "Saul se encontrava na extremidade de Gibeá, debaixo da romãzeira em Migron; e o povo que estava com ele era de cerca de seiscentos homens." Desconhece-se a origem das cidades , mas tudo leva a crer, que os seus nomes derivaram do grande número de Romãzeiras existentes. Alguns autores dão a Romãzeira como originária do Egito onde era conhecida pelo nome de "Anhmen"; fazem, outrossim, certa ligação entre a "Romã" e o nome de "Amon Ra". Prosseguem dizendo não caber dúvida que foi no Egito que o fruto constituía um símbolo sagrado, pois os Sacerdotes egípcios, usavam a romã nos atos litúrgicos iniciáticos. Para os romanos, a sua origem está no norte da África. O seu nome latino – Punica Granatum – sugere a sua origem na cidade de Cartago. Na realidade, esta cidade foi fundada pelos fenícios da cidade de Tiro, que foi fundada pelos sidônios, da cidade de Sidon. Estas cidades situam-se ao norte da Palestina, no atual Líbano.
  • 9. Platão teria afirmado que dez mil anos antes de Menés já existia a cerimônia que incluía a Romã como fruto, com a sua rubra flor. Somente os sacerdotes de Amon Ra tinham o privilégio de cultivar a Romãzeira. As Romãs, consideradas como oferendas sagradas, eram colocadas sobre os túmulos dos Faraós. Encontram-se referências a respeito junto ao sacerdote Egípcio de Heliópolis, de nome Manthonm, em sua história dos reis, escrita em grego, 300 anos antes de Cristo. Sobre os Altares dos deuses Horus, Set, Isis e Osiris, este o deus supremo e juiz do além vida, protetor da morte, eram colocadas as mais exuberantes Romãs, como símbolo dos iniciados nos supremos mistérios. Essas oferendas aumentavam de número consoante a categoria do iniciado ou a importância do cargo, como os grandes hierofantes de Amon Ra e de Osiris, que além dessas ofertas serem colocadas em seus túmulos, eram também plantadas nos parques funerários, um número determinado e simbólico de Romãzeiras. O número variava entre três, cinco e sete, de conformidade com a hierarquia. O rei Thotmesis – Tutmós - da XVIII dinastia, morto no ano 59 a .C. teve plantadas em seu parque funerário, cinco Romãs. Um hábito curioso diz respeito às pessoas que tinham débitos com o falecido. Estas dívidas eram pagas com Romãs, depositadas sobre o seu túmulo. Esse fruto simbolizava a vida e a união geográfica do Egito, compreendido assim o Alto Egito, o Meio Egito e o Baixo Egito, que representavam os três "ninhos interiores" ou a câmara baixa; os cinco "ninhos superiores" ou câmara alta, dos deuses Osiris, o juiz supremo da outra vida, Set, deus das trevas, que matou a Osiris e Horus, que vingou a Osíris, casado com Isis, além da deusa Nefritis ou Isis irmã de Osiris. No antigo Egito o mês tinha três semanas de dez dias cada uma, e o ano doze meses ou seja, 360 dias aos quais, para corrigir a anomalia astronômica, foram acrescentados cinco dias que eram os correspondentes aos aniversários dos deuses Osiris, Horus, Set, Isis e
  • 10. Nefritis. Esses cinco dias acrescidos eram considerados de maus augúrios, e para aplacar o azar, eram oferecidas Romãs colocadas nos altares. Paralelamente, semeavam no parque funerário, três Romãs, simbolizando as três o Egito e mais cinco em honra aos cinco deuses patronos dos cinco últimos dias, e mais sete, em homenagem às sete trajetórias que as almas deviam percorrer para purificar-se. Essa origem da Romã no Egito conflita com as sagradas escrituras. Na oportunidade em que Jacó saiu de Israel em direção ao Egito, para fugir da fome que assolava a sua região, levou consigo mudas de videira, de romãzeira, figueiras e demais árvores frutíferas, plantando-as e cultivando-as. Na volta para Canaã, quando os hebreus chefiados por Moisés foram inspecionar a terra prometida, trouxeram de lá, frutos excepcionais, descritos como gigantescos, eis que para carregar um cacho de uvas, foram precisos dois homens, pendurado o cacho numa vara; junto, trouxeram figos e romãs; podemos imaginar, se comparados com o enorme cacho de uvas, o tamanho dos figos e das romãs! Sem dúvida a origem da Romãzeira, é da Palestina. Para os Assírios, a romã simbolizava a vida e os primeiros frutos da colheita eram entregues ao sacerdote que extraía o seu suco para que o Rei o oferecesse ao ídolo. Os frutos mais formosos que simbolizavam o prolongamento da vida eram preservados para o templo; a Romãzeira era considerada como o pai da vida; com a madeira da árvore, eram confeccionados amuletos. Os fenícios, tinham a Romã, também, como frutos sagrados, bem como os Cartagineses e os Romanos, que os reproduziam nos capitéis de suas colunas e os colocavam nas tumbas dos sacerdotes e dos reis. Para os gregos a Romã era sagrada e eles a denominavam de Roidion, e a Romãzeira de Roía; os frutos eram oferecidos à deusa da sabedoria, protetora da cidade de Atenas. Para os iniciados nos mistérios de Eleusis, Dodone, Delfos, Megara e outros, a Romã simbolizava a fecundidade e a vida. Se a Romã era usada como símbolo de vida, a concepção hebraica a
  • 11. reforça, considerando a propagação da espécie como o elemento mais relevante da vida. A Romã é de difícil uso como alimento, porque a separação dos grãos, firmemente inseridos em sua polpa, exige certa habilidade; mas, o seu suco, obtido com o esmagamento das suas sementes, que na realidade se constituem cada uma em um fruto separado, é de fácil obtenção. Obtido o suco, de certa forma abundante, fermentado esse, produz-se um vinho de sabor suave e delicado que, talvez para o paladar do ocidental, possa parecer estranho. Quando de nossa estada em Israel, justamente, em Canaã, adquiri no comércio, uma garrafa de vinho de romã; gelado, nos pareceu de agradável paladar. Retornados ao Brasil, procuramos obter certa quantidade de romãs retirando-lhes os grãos que esmagamos, coamos o suco, acrescentamos um pouco de açúcar e deixamos fermentar. O vinho obtido tinha o mesmo paladar daquele que adquirimos em Israel. Efetivamente, depois de degustá-lo em pequenas doses, decorrido algum tempo, notamos o seu efeito energético; preferimos denominá-lo assim, de afrodisíaco. O relato contém além das insinuações, simbolismos profundos relacionados com os costumes hebreus. A análise meticulosa desvenda preciosas lições. Por quê Salomão valorizava tanto a romã e o seu vinho? Além do atributo afrodisíaco que os comerciantes dão ao vinho da Romãzeira, o relato de Cantares é claro. O rei Salomão reinou sobre Israel durante quarenta anos, portanto, não se o pode julgar uma pessoa já idosa, mas no vigor da idade. O relato inserido em I Reis 11 nos dá: "Ora além da filha do faraó, amou Salomão, muitas mulheres estrangeiras; moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, mulheres das nações de que havia o Senhor dito aos filhos de Israel: não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o coração, para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo amor. Tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas. Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir
  • 12. outros deuses; e o seu coração não era de todo para com o Senhor seu Deus, como fora o de Davi, seu pai." Apesar do texto bíblico denominá-lo de "velho", um homem para contentar a mil mulheres, mesmo com higidez excepcional, deveria valer-se de algum produto afrodisíaco, que não era outro senão o vinho da romã. Isto justifica o seu uso, a ponto de fazer da Romã um símbolo sexual conjugado com os lírios, símbolo da excelência feminina. Colocadas as Romãs e os Lírios, nos capitéis das Colunas do Templo, quis Salomão render destaque à sua condição de rei poderoso em todos os sentidos. Poder-se-ia, contudo, questionar sobre esse evento: mas quando Salomão tinha mil mulheres o Templo já estava construído como as duas respectivas colunas. No entanto, já naquele momento, Salomão possuía mulheres em grande número e é de se supor que a ingestão do vinho afrodisíaco já era um hábito e uma necessidade. Não se conhece a idade exata de Salomão. No livro I Crônicas, 29:1 lemos: "Disse mais o rei Davi a toda a congregação; Salomão meu filho, o único a quem Deus escolheu, é ainda moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque o palácio não é para homens, mas para o Senhor Deus." E no livro I Reis, 3:7 lemos: "Agora, pois, ó Senhor meu Deus, tu fizestes reinar a teu servo em lugar de Davi meu pai; não passo de uma criança, não sei como conduzir-me". Quando Davi ordenou o censo, excluiu os que tinham a idade de menos de 20 anos. Poderíamos, calcular, a grosso modo, que Salomão sentira- se criança, talvez por não ter atingido a idade de vinte anos. Portanto, se Salomão reinara durante quarenta anos, e assumira o reinado aos vinte anos, ao morrer, teria sessenta anos, idade que não podemos aceitar como de pessoa já velha. Porém, se Salomão se considerou criança, poderia, perfeitamente, ter apenas quatorze ou treze anos de idade, e então ao morrer teria cinqüenta e três a cinqüenta e quatro anos! Mas, se com essa idade iniciou a construção do Templo, como justificar a presença das Romãs e dos Lírios? Talvez uma manifestação profética, uma vez que esses adornos foram determinados por Davi que
  • 13. os recebera do Senhor. Davi, por sua vez, tivera um grande número de mulheres e concubinas, e o uso do vinho afrodisíaco, poderia ter sido também um hábito seu. Em Jerusalém era muito usada a Alcaparra, denominada em hebraico de Abyynah, cujos brotos e flores excitavam os desejos sexuais; hoje as sementes conservadas em vinagre constituem um condimento muito apreciado em toda a parte. De qualquer forma, é preciso encontrar-se uma justificativa muito mais coerente sobre a presença das Romãs, do que a simplista de que simbolizava a união fraterna, pela coesão de seus grãos. A necessidade dos excitantes sexuais vem justificada pelo costume que os poderosos tinham de manter junto a si, múltiplas esposas e concubinas; os excessos sexuais da época não constituíam pecado ou falha moral. Completaremos o estudo sobre a Romã, examinando detalhadamente o seu aspecto interno e externo. O fruto é arredondado, assemelhando-se a um pequeno cântaro, ou a uma laranja de bom tamanho. Sua casca é lisa e manchada na coloração mista do vermelho com o verde, com manchas amareladas. Na parte oposta ao pedúnculo que se prende ao ramo, apresenta uma coroa formada de pequenos triângulos, e no seu centro, restos de pistilos secos de sua flor. Essa flor é de cor escarlate e composta de três pétalas carnosas que após desabrochar completamente dão lugar a uma rosácea de cinco pétalas; curiosamente, ao formar-se o fruto, surgem mais duas pétalas que se mantêm envolvidas pela coroa, secando paulatinamente até ao completo desenvolvimento do fruto. A casca é grossa e robusta; quando bem maduro o fruto rompe-se, pondo à mostra alguns grãos; quando colhida e deixada em lugar quente, a Romã seca lentamente; não apodrece; e mesmo seco, o fruto é utilizado, pois os seus grãos apresentam-se mais doces ainda. O interior apresenta duas câmaras: a alta que contém cinco celas onde se espremem dezenas de grãos, e a câmara baixa, que se apresenta da mesma forma; os grãos têm no centro, uma diminuta semente branca e ao redor uma
  • 14. grande parte carnosa e transparente, nas colorações que partem do rosa pálido ao vermelho rubi. Essa parte interna lembra os favos de mel; as celas são divididas por uma espécie de cortina branca e leve. Essa película resistente é amarga, como o é toda a casca exterior, possuindo propriedades medicinais; pela grande quantidade de tanino que contém, é usada como adstringente para diarréia; a casca, em forma de chá é um excelente vermífugo. Os grãos são saborosos, podendo ser ingeridos agrupados; o gosto esquisito, é agridoce. No Oriente, como já referimos, esses grãos macerados produzem um líquido que fermentado resulta em vinho afrodisíaco. O simbolismo do fruto e de sua flor se adequa à filosofia maçônica. A planta, ou melhor, o arbusto, tem as folhas pequenas e perenes, de um verde escuro; a planta não atinge altura significativa e desde cedo, quando em desenvolvimento, tendo um metro e meio, já produz frutos. Os grãos simbolizam a união dos maçons em seus vários aspectos: o fisiológico, porque cada grão possui "carne", "sangue" (o suco) e "ossos", (as sementes). Os grãos crescem unidos de tal forma que perdem o formato natural, que seria redondo; espremidos uns aos outros, são semelhantes a polígonos geométricos, com várias facetas; são lustrosos e belos, lembrando os favos de uma colméia de abelhas; as abelhas trabalham sem descanso e assim lutam os maçons. Os frutos representam os maçons que estão no Oriente Eterno; são pedras totalmente polidas que abrilhantam o Reino Celestial. As câmaras simbolizam a vida externa e a interna, ou seja, a mente humana e o espírito. As cinco células da Câmara Alta representam as fases intelectuais onde se estuda a razão da verdade eterna;, o conhecimento, o impulso para o elevado, para a moral e para a perfeita harmonia. Representam, ao mesmo-tempo, as cinco raças humanas, perfeitamente unidas, sem preconceitos; também recordam as cinco idades do homem: a embrionária, a infância, a do aprendizado, a construtiva e a madura. As três células da Câmara Baixa correspondem ao aprendizado, ao companheirismo e ao mestrado. As três substâncias do homem: sangue,
  • 15. carne e ossos; ao homem Templo, ao homem Altar e ao homem Alma. As três luzes: Ven.'. e Vvig.'.. O formato externo, representa a Terra, seja pela sua esfera, seja pela sua coloração e conteúdo. O astronauta soviético Yuri Gagarin, quando pôde contemplar a Terra do Cosmos, exclamou: "Ela é azul!". Hoje passada quase uma geração, o jornalista japonês Akiyama, a bordo da estação orbital russa Mir enviou a seguinte mensagem: "O ar e as águas estão visivelmente sujos. Estou muito ocupado aqui, em cima, para ser filosófico; mas sinto que realmente faço parte da mãe Terra, agora, e acredito que temos que realmente fazer alguma coisa para salvá-la - acrescentou: eu não estou falando dos desertos, mas em outras partes da África e da Ásia não há muitas árvores". Que expressiva diferença após poucos anos! A Terra para Gagarin era azul; para Toyohiro Akiyama, a Terra perdeu a suavidade colorida! A Romã expressa, na sua coloração, a realidade. A coroa de triângulos ou coroa da virtude, do sacrifício, da ciência, da fraternidade, do amor ao próximo, está colocada numa extremidade da esfera. Simboliza o coroamento da obra da Arte Real. A flor rubra representa a chama do entusiasmo que conduz o Neófito ao seu destino, iluminando a sua jornada. As cores da Romã simbolizam: o verde, o reino vegetal; a amarela, o reino mineral; e a vermelha, o reino animal. As membranas brancas, que não constituem cor, mas a mistura de todas as cores como as obtidas quando o raio transpassa o cristal formando o arco-íris, simboliza a paz e o amor fraterno. Podemos acrescentar que o simbolismo da romã se equivale, na Arte Real, ao simbolismo da Cadeia de União, da Orla Dentada, da Corda de 81 Nós, e ao do Feixe de Esopo. Em suma, a romã simboliza a própria Loja e a sua a Egrégora.
  • 16. 3 – A FARRA DO BODE Recebi para publicação dois artigos sobre “O Bode na Maçonaria”. Já tive a oportunidade de divulgar o mesmo teor, sem que, entretanto, não evitasse algum exagero e ufanismo na matéria. Permitam-me os IIr que gentilmente me enviaram esses escritos, de transcrever o que o Ir. Eleutério Nicolau da Conceição, estudioso no assunto, e membro da Academia Catarinense de Letras Maçônicas, nos diz a respeito. Possuo guardada esta manifestação por um bom tempo, tendo chegado, pois, o momento, de divulgá-la. Caro irmão Jerônimo, permita-me comentar o texto enviado. Já o conhecia de outras fontes, e creio que o momento é oportuno para esclarecer certos equívocos. Apesar de antigo, ele é uma ficção baseada no desconhecimento da história. Senão vejamos: "Vários apóstolos saíram pelo mundo para divulgar o cristianismo e foram para o lado judaico da Palestina" Ora, os apóstolos (assim como Jesus) eram Judeus, e sairam da Palestina, levando o evangelho para o resto do mundo. Como judeus, eles, obviamente, conheciam todos os costumes desse povo. O autor dessa história fantasiosa parece desconhecer esse fato, considerando esses apóstolos estrangeiros na Palestina. Da mesma forma, ele desconhece que o Apóstolo Paulo, era também judeu, da tribo de Benjamim, e Fariseu (a facção do judaísmo mais rigorosa no
  • 17. que se refere ao cumprimento da lei), portanto, profundamente conhecedor dos costumes de seu povo. Também o costume ao qual ele se refere, parece ter sido ouvido de terceiros, e bastante distorcido. Na verdade, trata-se do seguinte: SEGUNDO NOS NARRA A BÍBLIA, DESDE A ÉPOCA DOS PATRIARCAS (ABRAÃO TERIA VIVIDO CERCA DE 1850 A.C.), EXISTIAM NO CULTO HEBRAICO SACRIFÍCIOS VOTIVOS A DEUS. ERIGIAM-SE ALTARES DE PEDRA, SOBRE OS QUAIS DERRAMAVA-SE ÓLEO E SACRIFICAVAM-SE OVELHAS, CARNEIROS E BODES. ESCOLHIA-SE O MELHOR ANIMAL DO REBANHO, QUE ERA MORTO E QUEIMADO SOBRE O ALTAR, "ELEVANDO-SE A FUMAÇA COMO PERFUME AGRADÁVEL AO CRIADOR". No transcurso do êxodo nos desertos da Arábia, Moisés codificou o cerimonial litúrgico do culto, detalhan- do o procedimento adequado, e a natureza de cada oferenda correspondente ao pecado que a oferta tinha intenção de remir. O pensamento subjacente era que o ofertante transferia sua culpa ao animal e, morrendo este, aquele ficava limpo e puro. Daí a origem do termo "bode expiatório", alguém que paga pela culpa de outro. No livro de Levítico, no primeiro capítulo, lemos: "... quando um de vós fizer uma oferta ao Senhor, pode reis fazer esta oferenda com animal grande ou pequeno. Se sua oferenda consistir de animal grande, oferecerá um macho sem defeito; oferecê-lo-á à entrada da tenda da reunião, para que seja aceito perante o Senhor".(Lev 1. 2,3) Mais adiante, no capítulo 4 encontramos:
  • 18. "Se alguém do povo pecou involuntariamente, cometendo uma ação proibida pelo Senhor, tornando-se assim culpado, tão logo tome consciência de seu pecado, trará sua oferta pelo pecado cometido, uma cabra sem defeitos. Imporá as mãos sobre a cabeça da vítima pelo pecado e a imolará no lugar onde se oferecem holocaustos. O sacerdote tomará com o dedo um pouco do sangue dela e os depositará nos chifres do altar dos holocaustos. Depois derramará todo o sangue na base do altar." (Lev 4.27-29). Havia uma cerimônia especial entre os israelitas, na qual dois bodes tinham participação especial. Esta narrativa encontra-se também no livro de Levíticos, no capítulo16. O texto nos apresenta Deus dando instruções a Moisés a respeito do cerimonial a ser desenvolvido por seu irmão Aarão, o Sumo Sacerdote: "Receberá da comunidade dos filhos de Israel dois bodes destinados ao sacrifício pelo pecado, e um carneiro para o holocausto. Depois de haver oferecido o novilho do sacrifício pelo seu próprio pecado e de ter feito o rito de expiação por si mesmo e pela sua casa, Aarão tomará os dois bodes e os colocará diante do Senhor, na entrada daTenda da Reunião. Lançará sorte sobre os dois bodes, atribuindo uma sorte ao Senhor e outra a Azazel. Aarão tomará o bode sobre o qual caiu a sorte "para o Senhor" e fará com ele um sacrifício pelo pecado. Quanto ao bode sobre o qual caiu a sorte "para Azazel" será colocado vivo diante do Senhor, para fazer com ele o rito da expiação, a fim de ser enviado a Azazel, no deserto.(...) Imolará então o bode destinado ao sacrifício pelo pecado e levará o seu sangue para detrás do véu. Fará com esse sangue o mesmo que fez com o sangue do novilho, aspergindo-o sobre o propiciatório e diante deste. Fará assim o rito de expiação pelo santuário, pelas impurezas dos filhos de Israel, pelas suas transgressões e por todos os seus pecados.(...) Tomará do sangue do novilho e do sangue do bode e o porá nos chifres do altar, ao redor. Com o mesmo sangue fará sete aspersões sobre o altar, com o dedo. Assim purificará e o
  • 19. separará das impurezas dos filhos de Israel. Feita a expiação do santuário, da Tenda da reunião e do altar, fará aproximar o bode ainda vivo. Aarão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode e confessará sobre ele todas as faltas dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados. E depois de tê-los assim posto sobre a cabeça do bode, enviá-lo-á ao deserto, conduzido por um homem preparado para isso, e o bode levará sobre si todas as faltas deles para uma região desolada.(...) E aquele que tiver levado o bode a Azazel deverá lavar suas vestes e banhar o corpo com água, e depois disso poderá entrar no acampamento." A renomada tradução da Bíblia conhecida como A Bíblia de Jerusalém, em nota de rodapé no livro de Levítico nos informa de crença existente entre os antigos hebreus e cananeus, segundo a qual as regiões desérticas eram habitadas por um demônio chamado Azazel, ao qual, na cerimônia descrita acima, era enviado o bode carregando os pecados do povo. Este é o protótipo do "bode expiatório", pois leva sobre si culpas alheias, morrendo nas terras áridas, distantes da fecundidade de Deus, por isso habitadas por demônios. Em certa época, os israelitas costumavam sacrificar também a gênios em forma animal, notadamente de bode, que se supunha habitar as regiões desérticas. Esta figura agregou-se à conhecida imagem da mitologia grega: os sátiros perseguindo as ninfas nos bosques, seduzindo-as com o mágico som de suas flautas. Representantes do deus Pã, deus das florestas, dos rebanhos, pastores e vida silvestre, exibiam curiosa figura: tinham cascos e pernas de bode, barba e chifres, tocando sua flauta, e com ela encantando animais e ninfas, eram vistos pela mitologia grega de modo positivo e bem-humorado. No judaísmo antigo, contudo, figura semelhante era associada a demônios habitantes de locais desertos, aos quais faziam-se oferendas.
  • 20. É sobre esse costume que recai a proibição do capítulo 17 do livro citado: Não mais oferecerão seus sacrifícios aos sátiros, com os quais se prostituem, isto é uma lei perpétua, para eles e seus descendentes ( Lev 17.7). Imagens da sensualidade, foram associados pela mentalidade cristã medieval ao conceito cristão de Satanás. A figura de satã com chifres, pequena barba, pernas e cascos de bode, foi decalcada dos sátiros gregos. No período de estagnação cultural e crescente superstição pelo qual passou a Europa da época feudal à Renascença, e também durante a vigência da "Santa" Inquisição, desenvolveram-se no imaginário popular (às vezes com fundamento real) as narrativas de cerimônias mágicas, círculos de feiticeiras, cultos demoníacos e missas negras com sacrifício de crianças. Quando o rei francês Felipe, o Belo, decidiu apoderar-se da imensa riqueza amealhada pelos Templários, no início do século XIV (1307), com o apoio do papa Clemente V, elaborou libelo acusativo onde se inseriam descrições de cerimônias heréticas de profanação do crucifixo, da hóstia e cultos satânicos. Falava-se de uma cabeça supostamente adorada pelos templários, chamada "baphomet", que em algumas versões teria a forma de um bode, e em outras de um torso feminino com cabeça de bode. São bem conhecidas as conseqüências daquelas acusações: a poderosa Ordem dos Templários foi desfeita, seus membros, perseguidos, fugiam por toda Europa, sendo seu último Grão Mestre, Jaques de Molay queimado vivo na praça em frente da igreja Notre Dame de Paris.
  • 21. Após o início do século XVIII, quando a maçonaria assumiu seu caráter especulativo, defendendo o livre exame de todas as idéias , não aceitando outro dogma além da existência do Grande Arquiteto do Universo, colocou-se em confronto com o pensamento religioso da época. Apontada por alguns autores como herdeira da Ordem do Templo, a instituição maçônica viu serem lançadas sobre si muitas das acusações antes imputadas aos monges guerreiros. Por serem suas reuniões secretas, aguçava-se a imaginação popular, e facilmente aceitavam-se versões apócrifas de rituais maçônicos descrevendo cerimônias sacrílegas de rejeição ao cristianismo, e cultos satânicos, com proeminência da figura do bode, emblema mor do príncipe dastrevas. É importante lembrar que, ao compor seu acervo de símbolos, a maçonaria adotou também o pentagrama, a estrela de cinco pontas, usada também em cerimônias de magia negra. No uso maçônico o ápice da estrela aponta para cima, podendo-se dentro dela inscrever uma figura humana significando o domínio da razão (cabeça) sobre os sentidos, do espírito (a Quinta essência) sobre a matéria (o quaternário). Nas cerimônias mágicas, as pontas para cima e o ápice para.baixo representam o inverso do significado comentado: domínio dos sentidos sobre a razão e da carne sobre o espírito. Vem .assim representado o símbolo do satanismo, com a inserão da figura do bode na estrela invertida: chifres e orelhas nas pontas superiores e laterais, barba na ponta inferior. Em 1885, o francês Gabriel Jogang Pages, com o pseudônimo de Leo Taxil, aproveitando a situação de confronto que existia na França entre a maçonaria e a igreja católica, iniciou a publicação de inúmeros livretos anti-maçônicos, onde descrevia minúcias de cerimônias satânicas supostamente praticadas pela maçonaria. Em
  • 22. 19 de abril de 1897, confrontado com a iminência de seu desmascaramento, em conferência pública, e na presença de autoridades eclesiásticas e jornalistas, ele confessou o embuste, vangloriando-se do apoio recebido da igreja e de ter conseguido enganar a todos por 12 longos anos. Por essa época, outros autores já tinham utilizado os livros de Taxil como referência, e outros ainda citavam os textos dos primeiros, desenvolvendo assim o que os maçons norte- americanos vieram a chamar de "The lie that will never die" A mentira que nunca morrerá. Estas são as razões porque a figura do bode está historicamente associada aos cultos satânicos, e de modo enviesado, à maçonaria, sendo totalmente sem sentido as histórias apresentadas no texto comentado. Ciclicamente, autores oriundos principalmente de igrejas fundamentalistas desenterram os livros de Taxil, ou de outros nele embasados, trazendo outra vez à luz as velhas acusações. Há alguns anos surgiu nas livrarias evangélicas a tradução de um livro de original norte- americano do autor William Shnowebelem, dizendo tratar-se de ex- maçom do grau 32, arrependido de suas práticas anticristãs, resolvido a revelar os "segredos tenebrosos" da maçonaria. A leitura atenta revela as inúmeras contradições do autor, que se confessa antigo praticante de ritos mágicos de bruxaria (sobre cuja natureza ele mantém segredo), antes de ter sido iniciado maçom, e dentro da nova ordem interpretou os novos símbolos a partir de sua antiga fonte de referências. Faz também uso indiscriminado dos textos de Leo Taxil, sem citar referência. descrevendo a maçonaria como declaradamente satânica, diretamente responsável por todos os males da atual sociedade. Em tom inflamado, desenvolve sua prédica conclamando a uma nova
  • 23. "caça às bruxas"(os maçons, no seu entender), chegando a extremos ridículos de propor rituais de purificação para edifícios cuja pedra fundamental tenha sido colocada por maçons, bem como sua exclusão de postos no serviço público! O problema desse tipo de livro é o fato de seus leitores terem da maçonaria idéias superficiais, de tendência negativa e ao lerem textos bíblicos veementes, condenatórios, que conhecem, não sabem que eles não se aplicam à maçonaria, como quer fazer crer o autor. Assim cresce, principalmente entre os evangélicos, a convicção falsa da negatividade da maçonaria, associadas a cultos nefastos, com sacrifícios de bodes, entre outras práticas esdrúxulas. Os maçons brasileiros, refletindo o espírito irreverente e jocoso do nosso povo, procuraram ridicularizar essas acusações fazendo uso humorísticos da figura do bode: de monóculo e cartola, com uniformes regionais, etc. O uso e abuso da figura caprina generalizou-se de tal modo que mesmo entre os maçons, existem aqueles menos informa dos, que pensam ser o bode um símbolo maçônico! Assim chegamos a uma distorção no mínimo curiosa: os maçons têm aplicado a si mesmos, quase como emblema (ainda que humoristicamente), a pecha que lhes foi imputada por seus adversários! Dentro desse contexto, torna-se necessário ponderar sobre o seguinte: Os visitantes que percorrerem os salões sociais anexos aos templos, e em algum deles virem imagens alusivas ao famigerado ruminante, entenderão prontamente tratar-se apenas de "humor maçônico"? Considerando-se que as idéias populares sobre maçonaria ainda hoje associam pactos e cerimônias macabras à instituição, não poderiam ser os visitantes levados a interpretar os
  • 24. citados elementos como indícios da confirmação das velhas acusações? Se os princípios maçônicos não admitem o cultivo de falsas idéias, ainda que possam elas trazer benefícios, menos ainda deverão ser difundidas imagens associadas a conceitos que denigrem a instituição. Ou será que alguns maçons procuram cultivar a idéia infantil de "assustar os profanos", bem como a satisfação de serem olhados como homens misteriosos, associados a poderes ocultos e transcendentes? Portanto, é mais do que tempo de se extirpar da representação gráfica maçônica o uso dessa figura, que nada traz de positivo, além do riso, e é tão carregada de pesadas conotações negativas. Peço desculpas pela extensão do comentário, mas decidi dar minha contribuição para o esclarecimento definitivo desse tema. Um TFA. Eleutério 4 – REFLEXÕES SOBRE A INICIAÇÃO Ir Hercule Spoladore LOJA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS “BRASIL”
  • 25. Costumamos ler com freqüência, ou mesmo ouvir em Lojas que certos Irmãos por certas condições peculiares já eram maçons antes de serem iniciados, pois já agiam como se fossem membros da Ordem. Achamos que esta afirmação é apenas uma força de expressão, pois literalmente ela não é verdadeira. Ser maçom é sinônimo se ser bom, íntegro, justo, crer em Deus e outros tantos epítetos, então o mundo seria uma imensa Loja, pois existe um número muito grande de homens que poderiam ser maçons, o que realmente não ocorre, portanto não é verdade. O que realmente acontece é que existem milhões de homens que preenchem os requisitos que a Maçonaria exige, mas só serão maçons se ao serem iniciados quer no dia de sua Iniciação, ou quer com o passar do tempo quando vivenciarão realmente sua Iniciação, é que verdadeiramente se tornarão maçons, a qual é uma condição muito especial, espiritual, e também muito pessoal de cada um. Alguns são realmente muito marcados e sensibilizados no dia marcado pela Loja do seu recebimento na Ordem. Todo simbolismo empregado, dirigido, toda a técnica iniciática, a privação da visão pela venda, por algumas horas, estimulará outros sentidos de tal maneira que quer queira ou não, o iniciando será obrigado a se colocar numa introspecção de tal ordem que sua mente se tornará receptiva recebendo os ensinamentos previamente preparados que agirão de forma inevitável em cada um, sempre de maneira pessoal, pois cada qual dadas as suas concepções metafísicas receberá estas impressões na sua consciência íntima ou seja, no seu EU profundo. Haverá então uma extrapolação de energias positivas durante a
  • 26. experiência, onde transfundirá em dado momento a natureza do ser único e pessoal, impulsionando o iniciando a encontrar novos caminhos do espírito. Será uma maneira de ele conhecer o seu mundo interior sem barreiras, de tal forma que terá uma visão mais realista e coerente do universo em que vive. O seu EU se reverterá numa massa compacta de harmonia, impulsionando-o a novas realizações. Aí o maçom perderá sua linguagem habitual, comum linear e unívoca. Não saberá explicar o que se passou consigo. A linguagem do EU profundo, ou da consciência dupla descoberta durante a Iniciação é algo vivido. Não pode ser dito. A mente criará condições insuperáveis e intransponíveis em que ele mesmo que queira, não saberá explicar a outrem o que está acontecendo. Este é o verdadeiro segredo maçônico e não aqueles que se propalam nas Lojas de toques sinais e palavras e que também os profanos acreditam como tal. Ato contínuo, dando-se prosseguimento à cerimônia iniciática no momento majestoso de se receber a Luz, quando então o já maçom poderá enxergar com os olhos físicos, ocorrerá o que alguns autores chamam de “choque iniciático”. Aliás, a retirada da venda marca a reentrada do iniciando no mundo comum. Alguns Irmãos referem depois, sobre esta passagem, que a retirada da venda lhes foi um tanto desagradável, porque a suspensão da visão durante àquelas horas e tudo o que sentiram e ouviram foram momentos tão seus, tão íntimos, tão mágicos que ao perceberem que estavam novamente em comunidade, deixaram de ser um para ser mais um.
  • 27. Já tivemos a oportunidade de ver Irmãos viverem no dia de sua Iniciação todo o esplendor e toda a profundidade inciática, que mesmo após a cerimônia, estavam num estado emocional parecido ao transe, tais foram às impressões sentidas e vividas. É obvio, que estamos discorrendo sobre Iniciações sérias, tecnicamente bem feitas e bem executadas pelas Lojas que assim procedem. Todos os ensinamentos iniciáticos não devem se restringir tão somente ao dia da Iniciação. Eles deverão impregnar o maçom por toda a vida. Não poderão ser apagados ou esquecidos. Entretanto, ao lado destes maçons que se tornam praticamente iniciados no dia de sua Iniciação, há outros que jamais serão iniciados, apesar de terem passado pelo mesmo processo. Estes acham que a seqüência iniciática até poderia ser dispensada, pois é muito longa, se sentem mal com a venda nos olhos, etc. Estes vieram buscar na Maçonaria uma associação de auxilio mútuo, de esportes, vieram buscar uma sociedade de banquetes, de festas, como se ela fosse um clube social ou mesmo um clube de serviço. Usarão aventais vistosos, saberão realizar os mesmos sinais que seus Irmãos, conhecerão as palavras, usarão até orgulhosos o famoso distintivo do esquadro-compasso na lapela, poderão até serem assíduos às Sessões Todavia, aquela metamorfose espiritual que a Maçonaria tentou incutir neles mesmo que eles tentem a enganar a si próprios, mostrando-se solícitos, ou mesmo até generosos em movimentos de beneficência, ela jamais ocorrerá. Culpa de quem? Da Maçonaria? Difícil avaliar. Achamos que a verdadeira Iniciação dependerá do Iniciando e de mais ninguém.
  • 28. Dependerá muito mais do que este homem veio buscar na Ordem e não do que ele pensa estar procurando. As vezes querer não é sentir. A Maçonaria apenas mostra o caminho. Ela representa um meio. O fim é o próprio Irmão. Se o Irmão não achar a Verdade em si próprio, ninguém a achará por ele. Se o maçom for pequeno espiritualmente, nem usando avental bordado a ouro, fará dele um verdadeiro maçom. Krishnamurti disse: “eu sustento que a Verdade é uma terra não trilhada e que não a alcançareis por nenhum caminho, nenhuma religião, seita...”. Por analogia, o maçom é que se iniciará a si mesmo procurando a sua Verdade. Existe um grupo de homens bastante restrito, fechado, que só se iniciará verdadeiramente na Ordem pelo Conhecimento. Ao referirmos esta palavra Conhecimento, não queremos apenas dizer a somação intelectual de dados, fatos e informações por um processo de memorização, mas sim a um enorme esforço de conscientização e espiritualidade que agem gradualmente como agente catalisador de uma metamorfose interior. Trata-se de homens que muito embora, não deixaram de ficar marcados profundamente pela experiência de várias horas que durou sua Iniciação, porem entendem e concordam que ela foi apenas o inicio de uma jornada., dado a sua sensibilidade e desejo de aprender e tendo um sentido aguçado de pesquisa, com muito esforço e com elevado senso crítico a respeito de tudo que os cerca, de tal forma que tudo após passar pela sua censura, pelo seu julgamento será aceite ou rejeitado.
  • 29. Então, somente após aprenderem por dedução própria o que é realmente Maçonaria, começará a haver nele aquela abertura espiritual é que vão se tornando realmente Iniciados. Esta visão deve ser reciclada dia a dia. O Conhecimento real levará o Irmão a uma espiritualidade tal, sendo este o mais elevado escopo da Ordem. Dos abismos de sua consciência, mergulhando para dentro de seu interior, bem no fundo de sua personalidade arcaica, irá surgir o verdadeiro Iniciado, o qual a cada revelação tanto mais se aproximará da perfeição. Na acepção mais profunda e verdadeira a Iniciação é em última análise, um processo de regeneração espiritual e moral, através do conhecimento gradativo lento e seguro das normas que governam o equilíbrio interior do maçom na mesma evolução e vibração que o universo exterior. 5 – EXPRESSAS JB  Chaga-nos o convite para a palestra sobre “Caverna de Platão e a Maçonaria Moderna” para o próximo dia 8 (segunda-feira) às 20h00 na Loja “Fraternidade Universal” nr. 77, no Templo “Obreiros da Paz” em Canasvieiras.  O palestrante será o Ir Abílio Bueno de Oliveira Neto, 2º. Vigilante daquela Loja. Por certo será uma noite iterativa com
  • 30. vídeos, slides e transmissão da boa cultura maçônica. Ponto para a Loja “Fraternidade Universal”. Estaremos lá.  Um velho índio descreveu certa vez em seus conflitos internos: “Dentro de mim existem duas feras, uma delas é cruel e má, a outra é muito boa e dócil. As duas estão sempre brigando...".  Ao lhe perguntarem qual das feras ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu: "Aquela que eu alimentar".  Alimentemos, portanto, nossas virtudes e eliminamos o quanto possível nossos vícios!!  O Ir Esteban Hrycan dizendo que todos chegaram bem de regresso à Encarnación e agradecendo à Loja “Alferes Tiradentes” pela convivência e final de semana esplendoroso que tiveram em Florianópolis:  “Q H JERONIMO ES UN PLACER Y UNA SATISFACCION PODER EXPRESARTE A VOS QH Y A TAVES TUYO A TODA LA LOG ALFERES TIRADENTES Nro 20, NUESTRA INMENSA GRATITUD Y BENEPLACITO POR LA FABULOSA ORGANISACION DURATNTE NUESTRA ESTADIA POR EL VLLE DE FLORIANOPOLI, Q H TE INFORMO QUE LLEGAMOS EN FORMA ESPLENDIDA A NUESTROS HOGARES Y RECONFORTADOS DESPUES DE NUESTRO FRUCTIFERO ENCUENTRO. TFA - ESTEBAN”  QH Esteban, um gran y fraternal abrazo do JB.  Descobriram que Tiririca é Aprendiz-Maçom. Como Aprendiz ele não sabe ler nem escrever.
  • 31.  Do Ir Hélio Dias: Veja a matéria “Os desafios da Ciência” no link YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=Cyep9YrxKjY. Veja esta matéria também no blog http://scienceclubbr.blogspot.com/  O Bethel 03 (Florianópolis) convidando para logo mais ao meio- dia no “Celeiros Beer” saborear a sua Macarronada, com arrecadação para fins filantrópicos.  Visite a página e o blog da Loja “Alferes Tiradentes” http://www.alferes20.org criadas e mantidas pelo Ir Juarez de Oliveira Castro. Muita novidade e excelentes artigos maçônicos.
  • 32.  Chegando o Informativo Chico da Botica nr. 047 de 30 de outubro.  “A carinhosa alcunha de Chico da Botica”; “O Silêncio Perdido”; “Fundação do Grande Oriente do Rio Grande do Sul” e outros assuntos, estão no “Boletim Informativo Chico da Botica”. Clique no PDF correspondente e boa leitura.  Até amanhã, querendo o GADU!