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“A RENATURALIZAÇÃO COMO SOLUÇÃO”
Informativo Mensal - Volume 46
JÁ VIU CENÁRIO MAIS CAÓTICO QUE A CANALIZAÇÃO
DE UM CÓRREGO OU RIO?
Pode-se atribuirváriosargumentosdizendoque acanalizaçãosótrará
benefícios,refutamos todos.Nãoexiste nenhumbenefícioemse
canalizar.A canalizaçãonada maisé do que umaforma rápidae fácil de
se livrarde umproblema.Ilude-se apopulaçãocoma falsaideiade que
o rio é o problemae a soluçãoestáem corrigiro seucurso e cimentar
suas laterais.Emalgunscasostampa-se o“problema”e constrói-se uma
praça em cima.Até quandoveremos umviolentocrime desse contraa
naturezae contra a qualidade de vidadapopulaçãodacidade,que na
maioriadasvezesassiste aofatopassivae enganada?
AlgunspaísesdaEuropa já perceberamoerro causadoe estão
renaturalizandoseusrios,voltandoparaaforma original dosmesmos.
Por que entãodevemospassarpelomesmoprocesso?Primeiro
canalizaçãoe depoisse voltatudoatrás com a renaturalização?Já não
seriahora de pegarmosas boas ideias de paísesmuitosmaisantigose
que já sentiramnapele a bobeiraque cometeram.
PRESERVAR, CONSERVAR, RENATURALIZAR
Especialistaalemãomostraque é possível recuperarriose córregos
impactadosA ocupação das terraspelohomemsempre foi norteada
pelapresençadosriose córregos.
A VOZ DO TIETÊ
Desde 2005 o Instituto Navega
São Paulo tem o objetivo de
atrair a atenção da população
para o rio Tietê a partir do seu
trecho mais degradado que é a
região metropolitana de São
Paulo. Conseguimos atingir
nosso proposito por meio das
navegações monitoradas na
embarcação Almirante do Lago,
entre as pontes dos Remédios e
das Bandeiras. Agora nossa
proposta com este informativo
mensal é atrair sua atenção,
levando até você informações
sobre o nosso Tietê para que
juntos identifiquemos o que
fazer para revitalizar tão
precioso patrimônio ambiental.
DI A DO TI ETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEI RAS
A água que elesforneceramfoi indispensável neste processo,jáque
ofereciatransporte,energia,abastecimentoe irrigaçãoparaa
organizaçãodosagrupamentoshumanos.Noentanto, ocrescimento
“desordenado”fezcom que,maistarde,osrios se tornassem
entravesàconstante necessidadede avançoterritorial.Durante
muitotempo,aestratégiaadotadapelasengenhariashidráulicae
fluvial consistiaemregularizarocurso de riose córregospara que seu
trajetose tornasse o maiscurto possível.Estasmodificaçõeseram
feitasparaganhar novasterras e diminuirosefeitoslocaisdascheias.
A realizaçãodestasobrascausouimpactosambientaisnão
consideradosnoplanejamento.
Imagem do Rio Tamanduateí no início da urbanização de São Paulo
Rompeu-se ainteraçãonatural entre rioe baixadae issoocasionougrande empobrecimentodoecossistema.A
variedade de vidaanimal e vegetal foi reduzidae ascheiashoje causamprejuízoscada vezmaioresA velocidade da
corrente aumenta,causandoerosãoe assoreamento,oque exige obrascomplexasparamanterorio retificado.
Alémdisso,osriosretificadose canalizadostêm
seuprocessode renovaçãonatural muito
prejudicado.Atualmente,existe umaconsciência
muitomaiordo homemnasua relaçãocom o meio-
ambiente.Diante dosimpactoscausadospor
séculosde ocupação“desordenada”e dorisco de
esgotamentode algunsrecursosnaturais,surgem
novasalternativasparaum desenvolvimentoque
considere asalteraçõesambientais.Énesse
contextoque aparecemestratégiasdirigidasà
renaturalizaçãode riose córregos.O consultor
alemãoWalterBinder,doDepartamentoEstadual de RecursosHídricosdaBaviera,apresentaessaspossibilidades
emseuestudo.
O desafioé recuperaroscursos d’aguaque sofrerammodificaçõesprofundassemcolocaremriscoaszonas urbanas
e viasde transporte,e semcausar desvantagemparaa população.Paraisso,os engenheirosenvolvidosdevem
elaborarumplanoque leve emconta as particularidadesde cadacaso, e que se articule aosdemaisplanos
territoriaise programasregionais.NaAlemanha,porexemplo,oplanode renaturalizaçãode riosfoi implantado
considerandoosplanejamentosde urbanizaçãoe paisagismo,osprogramasde proteçãodo ecossistemae oplano
diretorde agriculturaexistente.Tambémdeve ocorrer,desdeoinício,aparticipaçãoefetivadaspessoasenvolvidas.
Associaçõesde pescadoresoude agricultoresdasbaixadasafetadas,porexemplo,precisamserinformadase
consultadasantesque asmodificaçõessejamrealizadas.Éindispensável obteracompreensãoe aaceitaçãoda
populaçãoribeirinha.A elaboraçãode umplanocomoeste exige profissionaisque tenhamconhecimentodosnovos
conceitosde engenhariahidráulicae planejamento
territorial.Sóassimé possível implantar
corretamente todasasetapasde renaturalização.
Em zonasurbanas,torna-se maisdifícil a
recuperaçãodosrios.É nas cidadesque eles
sofremasalteraçõesmaisprofundas,havendo
grande comprometimentodasrelaçõesbiológicas.
Nestescasosas possibilidadesde uma
revalorizaçãoecológicasãolimitadas, masexistem,
sim,formasde diminuiroimpactoambiental.
Muitas vezes,essasmelhoriastambémfavorecem
as condiçõesde vidada populaçãoribeirinha,
como nocaso da criação de parquesmunicipais
nas margensrecuperadas.Outravantagemdarenaturalização é a economia.De acordocom Binder,oscustospara
mantera evoluçãonatural dorio são pequenosemcomparaçãoaosde obras hidráulicastradicionaise de
manutenção.
Na Europa o interessee aexpectativadapopulaçãoquantoà renaturalizaçãode riose córregossão imensos,masa
descrençadosproprietáriosdasterrasafetadasaindapersiste.A conscientizaçãode engenheiroshidráulicosfoi um
processobastante demorado,mashoje aengenhariaambiental fazparte docurrículo da formaçãode profissionais
ligadosa recursoshídricos.Enquantona Europajá começa a se estabelecerestaconsciênciaquantoàremoçãode
canais,os riosbrasileirospassamporumaintensacanalização.NoBrasil,aindaexisteacrençade que riocanalizado
significaavanço,progresso. De acordocompareceresde geólogosoutrofatorque caracterizaos rioseuropeusé que
eleschegarama umponto de poluiçãoque programascomoos de renaturalizaçãotornaram-se urgentes.
“Infelizmenteo Brasil temocostume de copiar bonsexemploscom30 anosde atraso”,mas “acreditamosque estas
medidasde renaturalizaçãopodemseradotadas,sim, emnossopaís”.
Carta da Terra – Princípios
Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a
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Informativo insp 46

  • 1. “A RENATURALIZAÇÃO COMO SOLUÇÃO” Informativo Mensal - Volume 46 JÁ VIU CENÁRIO MAIS CAÓTICO QUE A CANALIZAÇÃO DE UM CÓRREGO OU RIO? Pode-se atribuirváriosargumentosdizendoque acanalizaçãosótrará benefícios,refutamos todos.Nãoexiste nenhumbenefícioemse canalizar.A canalizaçãonada maisé do que umaforma rápidae fácil de se livrarde umproblema.Ilude-se apopulaçãocoma falsaideiade que o rio é o problemae a soluçãoestáem corrigiro seucurso e cimentar suas laterais.Emalgunscasostampa-se o“problema”e constrói-se uma praça em cima.Até quandoveremos umviolentocrime desse contraa naturezae contra a qualidade de vidadapopulaçãodacidade,que na maioriadasvezesassiste aofatopassivae enganada? AlgunspaísesdaEuropa já perceberamoerro causadoe estão renaturalizandoseusrios,voltandoparaaforma original dosmesmos. Por que entãodevemospassarpelomesmoprocesso?Primeiro canalizaçãoe depoisse voltatudoatrás com a renaturalização?Já não seriahora de pegarmosas boas ideias de paísesmuitosmaisantigose que já sentiramnapele a bobeiraque cometeram. PRESERVAR, CONSERVAR, RENATURALIZAR Especialistaalemãomostraque é possível recuperarriose córregos impactadosA ocupação das terraspelohomemsempre foi norteada pelapresençadosriose córregos. A VOZ DO TIETÊ Desde 2005 o Instituto Navega São Paulo tem o objetivo de atrair a atenção da população para o rio Tietê a partir do seu trecho mais degradado que é a região metropolitana de São Paulo. Conseguimos atingir nosso proposito por meio das navegações monitoradas na embarcação Almirante do Lago, entre as pontes dos Remédios e das Bandeiras. Agora nossa proposta com este informativo mensal é atrair sua atenção, levando até você informações sobre o nosso Tietê para que juntos identifiquemos o que fazer para revitalizar tão precioso patrimônio ambiental. DI A DO TI ETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEI RAS
  • 2. A água que elesforneceramfoi indispensável neste processo,jáque ofereciatransporte,energia,abastecimentoe irrigaçãoparaa organizaçãodosagrupamentoshumanos.Noentanto, ocrescimento “desordenado”fezcom que,maistarde,osrios se tornassem entravesàconstante necessidadede avançoterritorial.Durante muitotempo,aestratégiaadotadapelasengenhariashidráulicae fluvial consistiaemregularizarocurso de riose córregospara que seu trajetose tornasse o maiscurto possível.Estasmodificaçõeseram feitasparaganhar novasterras e diminuirosefeitoslocaisdascheias. A realizaçãodestasobrascausouimpactosambientaisnão consideradosnoplanejamento. Imagem do Rio Tamanduateí no início da urbanização de São Paulo Rompeu-se ainteraçãonatural entre rioe baixadae issoocasionougrande empobrecimentodoecossistema.A variedade de vidaanimal e vegetal foi reduzidae ascheiashoje causamprejuízoscada vezmaioresA velocidade da corrente aumenta,causandoerosãoe assoreamento,oque exige obrascomplexasparamanterorio retificado. Alémdisso,osriosretificadose canalizadostêm seuprocessode renovaçãonatural muito prejudicado.Atualmente,existe umaconsciência muitomaiordo homemnasua relaçãocom o meio- ambiente.Diante dosimpactoscausadospor séculosde ocupação“desordenada”e dorisco de esgotamentode algunsrecursosnaturais,surgem novasalternativasparaum desenvolvimentoque considere asalteraçõesambientais.Énesse contextoque aparecemestratégiasdirigidasà renaturalizaçãode riose córregos.O consultor alemãoWalterBinder,doDepartamentoEstadual de RecursosHídricosdaBaviera,apresentaessaspossibilidades emseuestudo. O desafioé recuperaroscursos d’aguaque sofrerammodificaçõesprofundassemcolocaremriscoaszonas urbanas e viasde transporte,e semcausar desvantagemparaa população.Paraisso,os engenheirosenvolvidosdevem elaborarumplanoque leve emconta as particularidadesde cadacaso, e que se articule aosdemaisplanos territoriaise programasregionais.NaAlemanha,porexemplo,oplanode renaturalizaçãode riosfoi implantado considerandoosplanejamentosde urbanizaçãoe paisagismo,osprogramasde proteçãodo ecossistemae oplano diretorde agriculturaexistente.Tambémdeve ocorrer,desdeoinício,aparticipaçãoefetivadaspessoasenvolvidas. Associaçõesde pescadoresoude agricultoresdasbaixadasafetadas,porexemplo,precisamserinformadase consultadasantesque asmodificaçõessejamrealizadas.Éindispensável obteracompreensãoe aaceitaçãoda populaçãoribeirinha.A elaboraçãode umplanocomoeste exige profissionaisque tenhamconhecimentodosnovos conceitosde engenhariahidráulicae planejamento territorial.Sóassimé possível implantar corretamente todasasetapasde renaturalização. Em zonasurbanas,torna-se maisdifícil a recuperaçãodosrios.É nas cidadesque eles sofremasalteraçõesmaisprofundas,havendo grande comprometimentodasrelaçõesbiológicas. Nestescasosas possibilidadesde uma revalorizaçãoecológicasãolimitadas, masexistem, sim,formasde diminuiroimpactoambiental. Muitas vezes,essasmelhoriastambémfavorecem as condiçõesde vidada populaçãoribeirinha, como nocaso da criação de parquesmunicipais
  • 3. nas margensrecuperadas.Outravantagemdarenaturalização é a economia.De acordocom Binder,oscustospara mantera evoluçãonatural dorio são pequenosemcomparaçãoaosde obras hidráulicastradicionaise de manutenção. Na Europa o interessee aexpectativadapopulaçãoquantoà renaturalizaçãode riose córregossão imensos,masa descrençadosproprietáriosdasterrasafetadasaindapersiste.A conscientizaçãode engenheiroshidráulicosfoi um processobastante demorado,mashoje aengenhariaambiental fazparte docurrículo da formaçãode profissionais ligadosa recursoshídricos.Enquantona Europajá começa a se estabelecerestaconsciênciaquantoàremoçãode canais,os riosbrasileirospassamporumaintensacanalização.NoBrasil,aindaexisteacrençade que riocanalizado significaavanço,progresso. De acordocompareceresde geólogosoutrofatorque caracterizaos rioseuropeusé que eleschegarama umponto de poluiçãoque programascomoos de renaturalizaçãotornaram-se urgentes. “Infelizmenteo Brasil temocostume de copiar bonsexemploscom30 anosde atraso”,mas “acreditamosque estas medidasde renaturalizaçãopodemseradotadas,sim, emnossopaís”. Carta da Terra – Princípios Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada a sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.