Este documento discute as representações da natureza na poesia de Paulo Franchetti e na fotografia. Argumenta-se que a escrita de haikais de Franchetti cria novas naturezas e mundos, assim como a fotografia captura o real. Defende-se que há um diálogo entre a imagem fotográfica e o haikai e que ambos podem construir pontos de encontro entre a literatura e a fotografia.
O documento discute a obra do pintor brasileiro Antônio Parreiras, considerado um pioneiro do impressionismo no Brasil. Apresenta sua formação artística e estilo inovador de pintar paisagens ao ar livre, antecipando técnicas impressionistas. Também analisa uma ilustração autobiográfica de Parreiras que representa o pintor em um momento de lembrança e saudade do passado.
O documento discute o movimento literário do Simbolismo através de sete questões e suas respectivas soluções comentadas. As questões abordam características do Simbolismo como a musicalidade da linguagem, a ênfase na subjetividade e transcendência, e a proximidade com o Parnasianismo quanto à técnica da versificação. Um poema de Eduardo Guimaraens é analisado para ilustrar esses elementos simbolistas.
O manifesto defende uma poesia concreta que assume uma responsabilidade total perante a linguagem, vendo as palavras como objetos dinâmicos com propriedades físicas. A poesia concreta propõe uma nova estrutura capaz de captar a experiência humana no momento histórico, usando relações gráfico-fonéticas e o espaço como elemento de composição. O manifesto apresenta os precursores deste novo procedimento poético e defende que o poema concreto comunica sua própria estrutura através de isomorfismos
O documento apresenta uma aula de teoria literária que discute noções básicas como definição de literatura, funções da literatura, gêneros literários e elementos da versificação e métrica poética. É apresentada a distinção entre texto literário e não-literário e discutem-se conceitos como estilo individual, estilo de época e escolas literárias.
Este documento discute as diferenças entre a poesia clássica e moderna. Na poesia clássica, a poesia era vista como uma variação ornamental da prosa, enquanto na poesia moderna a poesia é uma qualidade irredutível sem heranças da prosa. Na linguagem clássica, as palavras são usadas em relações superficiais para transmitir sentido, enquanto na poesia moderna cada palavra contém significado profundo e possibilidades múltiplas.
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasilJonatas Carlos
O documento descreve as principais características do movimento literário Simbolismo, que surgiu no final do século XIX como reação ao Realismo/Naturalismo. Apresenta os maiores representantes do Simbolismo em Portugal e no Brasil, como Camilo Pessanha, Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens. Destaca elementos simbolistas como a sugestão, a musicalidade e o uso de símbolos para retratar estados da alma.
Descrição das paisagens nas topografias corpografias de adriana varejãogrupointerartes
Este documento analisa a obra da artista Adriana Varejão sob a perspectiva da paisagem e da relação entre imagem e texto no catálogo de arte. A obra de Varejão revisita elementos da paisagem barroca brasileira, como azulejos, de uma forma fragmentada que propõe novas reflexões sobre o passado colonial e o processo de colonização. O documento também discute a importância da figura do viajante e da viagem no romantismo, relacionando-a à obra de Varejão.
1. Os textos comparam a efemeridade da vida, mostrando como tudo passa rapidamente e se transforma, da juventude para a velhice e da vida para a morte.
2. Tanto o poema barroco quanto a canção contemporânea usam antíteses e oposições para expressar essa ideia, como dia e noite, passado e futuro, igual e diferente.
3. A brevidade da vida é o tema central de ambos os textos através dos séculos.
O documento discute a obra do pintor brasileiro Antônio Parreiras, considerado um pioneiro do impressionismo no Brasil. Apresenta sua formação artística e estilo inovador de pintar paisagens ao ar livre, antecipando técnicas impressionistas. Também analisa uma ilustração autobiográfica de Parreiras que representa o pintor em um momento de lembrança e saudade do passado.
O documento discute o movimento literário do Simbolismo através de sete questões e suas respectivas soluções comentadas. As questões abordam características do Simbolismo como a musicalidade da linguagem, a ênfase na subjetividade e transcendência, e a proximidade com o Parnasianismo quanto à técnica da versificação. Um poema de Eduardo Guimaraens é analisado para ilustrar esses elementos simbolistas.
O manifesto defende uma poesia concreta que assume uma responsabilidade total perante a linguagem, vendo as palavras como objetos dinâmicos com propriedades físicas. A poesia concreta propõe uma nova estrutura capaz de captar a experiência humana no momento histórico, usando relações gráfico-fonéticas e o espaço como elemento de composição. O manifesto apresenta os precursores deste novo procedimento poético e defende que o poema concreto comunica sua própria estrutura através de isomorfismos
O documento apresenta uma aula de teoria literária que discute noções básicas como definição de literatura, funções da literatura, gêneros literários e elementos da versificação e métrica poética. É apresentada a distinção entre texto literário e não-literário e discutem-se conceitos como estilo individual, estilo de época e escolas literárias.
Este documento discute as diferenças entre a poesia clássica e moderna. Na poesia clássica, a poesia era vista como uma variação ornamental da prosa, enquanto na poesia moderna a poesia é uma qualidade irredutível sem heranças da prosa. Na linguagem clássica, as palavras são usadas em relações superficiais para transmitir sentido, enquanto na poesia moderna cada palavra contém significado profundo e possibilidades múltiplas.
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasilJonatas Carlos
O documento descreve as principais características do movimento literário Simbolismo, que surgiu no final do século XIX como reação ao Realismo/Naturalismo. Apresenta os maiores representantes do Simbolismo em Portugal e no Brasil, como Camilo Pessanha, Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens. Destaca elementos simbolistas como a sugestão, a musicalidade e o uso de símbolos para retratar estados da alma.
Descrição das paisagens nas topografias corpografias de adriana varejãogrupointerartes
Este documento analisa a obra da artista Adriana Varejão sob a perspectiva da paisagem e da relação entre imagem e texto no catálogo de arte. A obra de Varejão revisita elementos da paisagem barroca brasileira, como azulejos, de uma forma fragmentada que propõe novas reflexões sobre o passado colonial e o processo de colonização. O documento também discute a importância da figura do viajante e da viagem no romantismo, relacionando-a à obra de Varejão.
1. Os textos comparam a efemeridade da vida, mostrando como tudo passa rapidamente e se transforma, da juventude para a velhice e da vida para a morte.
2. Tanto o poema barroco quanto a canção contemporânea usam antíteses e oposições para expressar essa ideia, como dia e noite, passado e futuro, igual e diferente.
3. A brevidade da vida é o tema central de ambos os textos através dos séculos.
O documento descreve uma instalação de arte contemporânea chamada "SanTUÁRIO CACTU'San" que usa o tema do cacto. A instalação consiste em cinco partes interligadas que representam momentos de um ritual, incluindo Ofertório, Oratório, Adoração, Sacrifício e Sepulcro. O objetivo é apresentar uma narrativa visual sagrada sobre o cacto por meio da linguagem poética da arte.
O documento apresenta um índice com seis seções sobre literatura e linguística portuguesa: 1) Fernando Pessoa e seus heterônimos, 2) Os Lusíadas e Mensagem, 3) Felizmente Há Luar!, 4) Memorial do Convento, 5) Gramática portuguesa, e 6) Leitura de imagens. Cada seção descreve os principais tópicos, obras, autores, e conceitos a serem abordados.
1) A poesia é definida como uma forma de comunicação e resistência à globalização homogeneizadora. 2) A poesia equilibra inspiração lírica e mensagem literária de forma a emocionar sem perder certezas. 3) A poesia transcende a materialidade da vida através de palavras que elevam ideias e pensamentos.
O poema "Retrato" de Cecília Meireles descreve as mudanças físicas e emocionais decorrentes do passar do tempo através dos olhos do "eu" lírico. Imagens de envelhecimento, tristeza e imobilidade são evocadas por meio de recursos como assonâncias, aliterações e repetições que criam um ritmo lento e melancólico. No final, o "eu" lírico questiona em que momento perdeu sua juventude, representada pela metáfora da face no espelho.
Análise semiótica de uma escultura feminina do Centro Histórico de Manaus. Abordando as categorias peirceanas de primeiridade, secundidade e terceiridade. Texto publicado na Revista FMF - Educação, Sociedade e Meio Ambiente. Vol.7, nº2, jul/dez 2007.
CAMINHOS POSSÍVEIS PARA UMA ANÁLISE DA NARRATIVA DA PINTURA DE SÃO FRANCISCO ...Raquel Alves
Este artigo tem como finalidade apresentar um estudo introdutório sobre a análise de uma pintura pertencente à arte barroca paraibana, levando em consideração que a arte em si é o portal que conduz o sujeito rumo a uma descoberta histórica, de memórias e narrativas. Especificamente por meio de uma pintura no teto da Capela de São Francisco, que faz parte do Complexo Cultural São Francisco (CCSF) em João Pessoa (Paraíba), propomos através de tal imagem (São Francisco de Assis em chamas numa carruagem rumo aos céus) indicar possíveis intencionalidades e significados acerca deste processo de construção/intercruzamento de narrativas, perguntando-nos qual o enigma ou inquietação desta obra de arte barroca anônima e o significado da transposição de uma possível lenda fransciscana, bem como a associação de São Francisco a Cristo e ao profeta Elias. Valemo-nos de um estudo do sujeito que vislumbra tal pintura e do imaginário simbólico, por meio de uma tradução criativa através da estética e de um olhar semiótico, transporte este que nos conduzirá às descobertas da arte barroca, especialmente no espaço/obra de arte citados.
O documento discute a relação entre literatura e música no cancioneiro de Chico Buarque. Apresenta influências literárias em suas letras, como a poesia medieval, João Cabral de Melo Neto e Drummond. Também mostra como Chico usou recursos poéticos e referências eruditas para burlar a censura durante a ditadura militar no Brasil.
1) O livro analisa a relação entre poesia, música e voz na canção, reunindo ensaios de diferentes áreas do conhecimento.
2) Dois ensaios destacam a importância de se compreender a canção como performance, questionando abordagens tradicionais e redimensionando o papel da voz.
3) Mário de Andrade buscou compreender a canção de forma interdisciplinar e a partir da origem comum da fala e do canto no grito primitivo.
O Simbolismo surgiu na Europa no século XIX em resposta ao positivismo e materialismo, buscando retomar elementos do Romantismo como subjetivismo e ênfase na imaginação.
O documento descreve as principais características do movimento literário Simbolismo no Brasil no final do século XIX, incluindo o uso de vocabulário litúrgico, musicalidade, subjetivismo, sinestesia e temas como sonho e mistério. Também apresenta os principais poetas simbolistas brasileiros como Cruz e Sousa, Alphonsus de Guimaraens e Augusto dos Anjos.
O documento explora vários temas relacionados à linguagem, poesia e significado através de frases reflexivas e imagens poéticas. Em particular, discute a função simbólica das palavras e como elas podem ter significados múltiplos dependendo da interpretação do leitor. Também reflete sobre a natureza dinâmica da linguagem e como palavras podem se interligar de maneiras novas através da poesia.
Joao andre brito garboggini consideracoes sobre qorpo santo-lanterna de fogoGladis Maia
O documento discute uma dramaturgia audiovisual baseada nas obras do autor brasileiro Qorpo Santo, descrevendo o processo de transcriação de trechos de suas peças teatrais para um roteiro e storyboard audiovisual. O resumo apresenta a estrutura e personagens principais da peça audiovisual resultante, intitulada "Qorpo Santo - Lanterna de Fogo".
Este documento apresenta um dicionário de língua portuguesa. A introdução descreve os objetivos da editora de fornecer um recurso prático e moderno para estudantes, incluindo termos atuais de áreas como informática. O documento também contém uma seção sobre a arte literária e os diferentes gêneros literários.
O documento apresenta diferentes tipos de textos e suas características, incluindo declarações, requerimentos, contratos, cartas, regulamentos, relatórios, memórias, diários e poemas. Fornece detalhes sobre a estrutura, linguagem, temas e estilos associados a cada um desses gêneros textuais.
1) O documento discute vários aspectos da poesia e da Semana da Arte Moderna de 1922, incluindo definições de poema, tipos de figuras de linguagem como aliteração e assonância, e detalhes sobre a Semana da Arte Moderna como seus objetivos e participantes.
2) A Semana da Arte Moderna de 1922 teve como objetivo renovar a cena artística e cultural de São Paulo apresentando as tendências modernas da época e promovendo uma arte brasileira independente.
3) Poetas e artistas importantes
O documento descreve as principais vanguardas artísticas europeias do início do século XX, como o Cubismo, o Futurismo, o Dadaísmo, o Expressionismo e o Surrealismo. Essas correntes surgiram após grandes mudanças sociais e tecnológicas e tinham o objetivo de romper com a tradição artística do passado. Essas vanguardas influenciaram fortemente os movimentos de arte moderna no Brasil, como a Semana de Arte Moderna.
Este documento resume as características principais de quatro heterônimos de Fernando Pessoa: o contexto modernista, as temáticas e estilos de Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Descreve o movimento modernista português, as visões da natureza de Caeiro, a admiração da Grécia Antiga de Reis, e as fases de Campos apoiando a vanguarda e depois o tédio.
Este artigo discute o conceito de intertextualidade e dialogismo, definindo-os como referências entre textos onde um autor constrói sua obra com referências a outras obras e autores. A intertextualidade surgiu nos estudos de Bakhtin e Kristeva e pode ocorrer por citação, alusão ou estilização entre diferentes mídias como literatura, artes plásticas e cinema. Exemplos de Rabelais e Cervantes ilustram como incorporaram elementos de outros textos em seus próprios trabalhos de forma dialógica.
O documento discute arte, literatura e seus agentes. Aborda como a arte é uma forma de pensamento através de imagens e como desautomatiza o ser humano. Também define texto, realidade versus ficção e os papéis da literatura como provocar reflexão, ensinar e denunciar a realidade.
O documento descreve uma instalação de arte contemporânea chamada "SanTUÁRIO CACTU'San" que usa o tema do cacto. A instalação consiste em cinco partes interligadas que representam momentos de um ritual, incluindo Ofertório, Oratório, Adoração, Sacrifício e Sepulcro. O objetivo é apresentar uma narrativa visual sagrada sobre o cacto por meio da linguagem poética da arte.
O documento apresenta um índice com seis seções sobre literatura e linguística portuguesa: 1) Fernando Pessoa e seus heterônimos, 2) Os Lusíadas e Mensagem, 3) Felizmente Há Luar!, 4) Memorial do Convento, 5) Gramática portuguesa, e 6) Leitura de imagens. Cada seção descreve os principais tópicos, obras, autores, e conceitos a serem abordados.
1) A poesia é definida como uma forma de comunicação e resistência à globalização homogeneizadora. 2) A poesia equilibra inspiração lírica e mensagem literária de forma a emocionar sem perder certezas. 3) A poesia transcende a materialidade da vida através de palavras que elevam ideias e pensamentos.
O poema "Retrato" de Cecília Meireles descreve as mudanças físicas e emocionais decorrentes do passar do tempo através dos olhos do "eu" lírico. Imagens de envelhecimento, tristeza e imobilidade são evocadas por meio de recursos como assonâncias, aliterações e repetições que criam um ritmo lento e melancólico. No final, o "eu" lírico questiona em que momento perdeu sua juventude, representada pela metáfora da face no espelho.
Análise semiótica de uma escultura feminina do Centro Histórico de Manaus. Abordando as categorias peirceanas de primeiridade, secundidade e terceiridade. Texto publicado na Revista FMF - Educação, Sociedade e Meio Ambiente. Vol.7, nº2, jul/dez 2007.
CAMINHOS POSSÍVEIS PARA UMA ANÁLISE DA NARRATIVA DA PINTURA DE SÃO FRANCISCO ...Raquel Alves
Este artigo tem como finalidade apresentar um estudo introdutório sobre a análise de uma pintura pertencente à arte barroca paraibana, levando em consideração que a arte em si é o portal que conduz o sujeito rumo a uma descoberta histórica, de memórias e narrativas. Especificamente por meio de uma pintura no teto da Capela de São Francisco, que faz parte do Complexo Cultural São Francisco (CCSF) em João Pessoa (Paraíba), propomos através de tal imagem (São Francisco de Assis em chamas numa carruagem rumo aos céus) indicar possíveis intencionalidades e significados acerca deste processo de construção/intercruzamento de narrativas, perguntando-nos qual o enigma ou inquietação desta obra de arte barroca anônima e o significado da transposição de uma possível lenda fransciscana, bem como a associação de São Francisco a Cristo e ao profeta Elias. Valemo-nos de um estudo do sujeito que vislumbra tal pintura e do imaginário simbólico, por meio de uma tradução criativa através da estética e de um olhar semiótico, transporte este que nos conduzirá às descobertas da arte barroca, especialmente no espaço/obra de arte citados.
O documento discute a relação entre literatura e música no cancioneiro de Chico Buarque. Apresenta influências literárias em suas letras, como a poesia medieval, João Cabral de Melo Neto e Drummond. Também mostra como Chico usou recursos poéticos e referências eruditas para burlar a censura durante a ditadura militar no Brasil.
1) O livro analisa a relação entre poesia, música e voz na canção, reunindo ensaios de diferentes áreas do conhecimento.
2) Dois ensaios destacam a importância de se compreender a canção como performance, questionando abordagens tradicionais e redimensionando o papel da voz.
3) Mário de Andrade buscou compreender a canção de forma interdisciplinar e a partir da origem comum da fala e do canto no grito primitivo.
O Simbolismo surgiu na Europa no século XIX em resposta ao positivismo e materialismo, buscando retomar elementos do Romantismo como subjetivismo e ênfase na imaginação.
O documento descreve as principais características do movimento literário Simbolismo no Brasil no final do século XIX, incluindo o uso de vocabulário litúrgico, musicalidade, subjetivismo, sinestesia e temas como sonho e mistério. Também apresenta os principais poetas simbolistas brasileiros como Cruz e Sousa, Alphonsus de Guimaraens e Augusto dos Anjos.
O documento explora vários temas relacionados à linguagem, poesia e significado através de frases reflexivas e imagens poéticas. Em particular, discute a função simbólica das palavras e como elas podem ter significados múltiplos dependendo da interpretação do leitor. Também reflete sobre a natureza dinâmica da linguagem e como palavras podem se interligar de maneiras novas através da poesia.
Joao andre brito garboggini consideracoes sobre qorpo santo-lanterna de fogoGladis Maia
O documento discute uma dramaturgia audiovisual baseada nas obras do autor brasileiro Qorpo Santo, descrevendo o processo de transcriação de trechos de suas peças teatrais para um roteiro e storyboard audiovisual. O resumo apresenta a estrutura e personagens principais da peça audiovisual resultante, intitulada "Qorpo Santo - Lanterna de Fogo".
Este documento apresenta um dicionário de língua portuguesa. A introdução descreve os objetivos da editora de fornecer um recurso prático e moderno para estudantes, incluindo termos atuais de áreas como informática. O documento também contém uma seção sobre a arte literária e os diferentes gêneros literários.
O documento apresenta diferentes tipos de textos e suas características, incluindo declarações, requerimentos, contratos, cartas, regulamentos, relatórios, memórias, diários e poemas. Fornece detalhes sobre a estrutura, linguagem, temas e estilos associados a cada um desses gêneros textuais.
1) O documento discute vários aspectos da poesia e da Semana da Arte Moderna de 1922, incluindo definições de poema, tipos de figuras de linguagem como aliteração e assonância, e detalhes sobre a Semana da Arte Moderna como seus objetivos e participantes.
2) A Semana da Arte Moderna de 1922 teve como objetivo renovar a cena artística e cultural de São Paulo apresentando as tendências modernas da época e promovendo uma arte brasileira independente.
3) Poetas e artistas importantes
O documento descreve as principais vanguardas artísticas europeias do início do século XX, como o Cubismo, o Futurismo, o Dadaísmo, o Expressionismo e o Surrealismo. Essas correntes surgiram após grandes mudanças sociais e tecnológicas e tinham o objetivo de romper com a tradição artística do passado. Essas vanguardas influenciaram fortemente os movimentos de arte moderna no Brasil, como a Semana de Arte Moderna.
Este documento resume as características principais de quatro heterônimos de Fernando Pessoa: o contexto modernista, as temáticas e estilos de Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Descreve o movimento modernista português, as visões da natureza de Caeiro, a admiração da Grécia Antiga de Reis, e as fases de Campos apoiando a vanguarda e depois o tédio.
Este artigo discute o conceito de intertextualidade e dialogismo, definindo-os como referências entre textos onde um autor constrói sua obra com referências a outras obras e autores. A intertextualidade surgiu nos estudos de Bakhtin e Kristeva e pode ocorrer por citação, alusão ou estilização entre diferentes mídias como literatura, artes plásticas e cinema. Exemplos de Rabelais e Cervantes ilustram como incorporaram elementos de outros textos em seus próprios trabalhos de forma dialógica.
O documento discute arte, literatura e seus agentes. Aborda como a arte é uma forma de pensamento através de imagens e como desautomatiza o ser humano. Também define texto, realidade versus ficção e os papéis da literatura como provocar reflexão, ensinar e denunciar a realidade.
1) O documento analisa a obra Ohio Impromptu de Samuel Beckett, comparando as representações de espaço na obra com os conceitos de Leonardo da Vinci e Zygmunt Bauman.
2) A autora argumenta que as fronteiras entre os espaços se tornam porosas em Ohio Impromptu, permitindo vozes e memórias atravessarem.
3) Ela defende que é necessário um método interdisciplinar que reconstrua e reorganize os espaços de forma a desvendar os enigmas da obra de Beckett.
O documento discute a poesia visual no Brasil no século XXI, comparando-a à poesia concreta. A poesia concreta surgiu na década de 1950 como uma nova vertente experimental que valorizava os aspectos visuais e geométricos dos poemas. Já a poesia visual utiliza diversos recursos visuais como imagens, tipografias e composições para transmitir mensagens, podendo ou não incluir palavras. Embora sejam conceitos relacionados, a poesia concreta é considerada um caso específico da poes
4 a literatura_em_dialogo_com_outras_artesLuiz Cunha
O documento discute como a literatura brasileira se relaciona e dialoga com outras artes, especialmente as artes plásticas. Apresenta exemplos de como poetas como Oswald de Andrade, Manuel Bandeira recriaram obras literárias inspirados em elementos das artes visuais, como a pintura e a escultura. Analisa poemas que evocam quadros de natureza-morta ou esculturas clássicas, mostrando a influência mútua entre as diferentes formas artísticas.
O artigo versa sobre alguns aspectos da obra de Dorival Caymmi em relação de aproximação com a poesia brasileira.Foi produzido para o curso de graduação em Letras,Literatura brasileira,sobre poesia na UFRJ.Posteriormente,foi apresentado como comunicação em Colóquio sobre poesia e contemporaneidade,2010.
Os poetas nas Cinco Linhas de Vivência segundo Rolando Toro. Cada linha é representada por um poeta consagrado, com a transcrição de um poema e breve biografia. As linhas são vitalidade, sexualidade e criatividade, com poetas como Walt Whitman, William Burroughs e Stéphane Mallarmé respectivamente.
Literatura e Movimentos Literários - uma introduçãoCarolina Matuck
O documento discute a evolução da escrita e sua importância para a comunicação e construção de conhecimento. Também aborda os principais gêneros literários como lírico, narrativo e dramático, ilustrando cada um com exemplos. Por fim, apresenta brevemente alguns movimentos literários.
Este documento discute a ciberpoesia, definindo-a como uma nova forma de expressão poética que surge no contexto da cibercultura e se caracteriza por ser (1) um híbrido que mistura texto, áudio, imagem e outros elementos, (2) colaborativa e (3) aproveita os recursos do ciberespaço como a interatividade para potencializar características da poesia como a sonoridade e mistura de linguagens.
O documento apresenta um resumo de uma aula sobre o Simbolismo no contexto literário brasileiro e internacional do final do século XIX. Aborda os principais conceitos e autores do movimento simbolista como a ênfase nos sentidos e no plano espiritual, assim como poetas brasileiros como Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimarães.
Murilo Mendes foi um poeta e escritor brasileiro nascido em 1901 em Juiz de Fora. Publicou diversos livros de poesia e prosa ao longo de sua carreira, abordando temas como religião e cultura brasileira. Mudou-se para a Europa nos anos 1950 onde lecionou literatura brasileira e faleceu em Portugal em 1975, deixando um importante legado para as letras brasileiras.
1. O documento apresenta um dicionário de imagens, símbolos, mitos, termos e conceitos do filósofo francês Gaston Bachelard.
2. A obra de Bachelard é dividida em duas partes, sendo a primeira parte biográfica e a segunda contendo os verbetes do dicionário.
3. O dicionário tem como objetivo fornecer resumos concisos em no máximo 3 frases sobre cada entrada para apresentar as principais informações e conceitos bachelardianos de forma acessível.
Este documento discute como Roland Barthes abordou a leitura de imagens em seus livros Mitologias e A Câmara Clara. Barthes via o mito como uma forma de discurso que mascara ideologias e dá um novo significado secundário aos signos. Seu conceito de studium em fotografias sugere que imagens podem ser lidas de forma crítica usando operadores como mito e punctum.
O documento descreve o contexto histórico e artístico do período Barroco na Europa e no Brasil, desde a Reforma Protestante até a literatura do século XVII. A arte Barroca foi marcada pela tensão entre visões opostas e a busca pela harmonia da dissonância. Grandes nomes como Gregório de Matos também são apresentados.
O documento discute literaturas pós-autônomas que atravessam os limites entre realidade e ficção. Essas obras se situam em territórios urbanos específicos e constroem o presente a partir da realidade cotidiana, sem se encaixar em categorias literárias tradicionais. Representam o fim do ciclo da autonomia literária diante das novas condições de produção e circulação do livro na era da mídia.
«Em Nome da Luz ou Uma Poética do Silêncio».pdfMadga Silva
Crítica / Recensão literária do livro «Em Nome da Luz», escrita por Paulo José Miranda (professor universitário e escritor).
«Em Nome da Luz» foi a obra vencedora da 31.ª edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres.
Escritor português nascido em 1977. Publicou livros de poesia, crónicas e contos. Foi galardoado com os prémios Revelação de Poesia Ary dos Santos/APE (2001), Conto/Maria Irene Lisboa (2009) e Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres (2001 e 2022). Parte da sua obra literária foi traduzida para castelhano, francês, inglês, servo-croata e arménio.
Este documento apresenta uma aula sobre poesia para alunos do 6o ano. Ele discute a diferença entre poema e poesia, apresenta exemplos de poemas e haicais, e instrui os alunos a criarem seus próprios poemas. O objetivo é ajudar os estudantes a compreenderem melhor a estrutura e significado da poesia.
Este documento analisa a representação do escritor como intelectual em dois romances: A correspondência de Fradique Mendes de Eça de Queiróz e Nação Crioula de José Eduardo Agualusa. Ambos usam o personagem Fradique Mendes para construir projetos intelectuais diferentes para o escritor. No primeiro, Fradique endossa o discurso imperialista português da época. No segundo, escrito quase 100 anos depois, Fradique é reescrito para deslocar o ethos do escritor e produzir um novo modelo de su
Semelhante a Imagens da natureza no haikai de Paulo Franchetti (20)
1. I Congresso Internacional de Literatura e Ecocrítica: As linguagens da Natureza e suas representações
ISBN: 978-85-237-0605-0
IMAGENS DA NATUREZA NA POESIA
DE PAULO FRANCHETTI
Rodrigo Michell dos Santos Araujo
PPGL/UFS/FAPITEC-SE
rodrigo.literatura@yahoo.com.br
Fernanda Bezerra de Aragão Correia
PRODEMA/UFS/CAPES
fernanda_aragao@yahoo.com.br
Tomemos o mundo em sua infinidade de aberturas, onde tudo pode ser fotografado e
filmado, onde tudo pode tornar-se, deixa-se ver como um todo, sem portas e sem muros. Um
mundo (super) exposto. Superexposição
transparente, se
seguirmos com Paul Virilio (1993), e ainda bombardeada de signos. Do regime das imagens,
circulantes e em movimento, parece-nos que tudo está mesmo à mostra, lição antonioniana de
Blow-Up (1966), e mesmo que se fuja das imagens, cobrindo espelhos, esta é revelada, lição
beckettiana de Film (1965).
Como o mundo não pode falar põe-se no confessionário da imagem. Na superfície da
humanidade algo circula, fazendo do mundo um vir-a-ser, um tornar-se. Mundo codificado, se
assim quisermos denominá-lo, ou exposto. Salutar são, assim, as palavras de Vilém Flusser (2007)
dirigindo-se às programações da superfície, marcada de cores e imagens, códigos, símbolos, tudo
significando o mundo, construindo rotas, guiando-nos como um fio de Dédalo
Imagens-mundo.
Mas imagens que outrora, com o uso da fotografia, foram tomadas como ameaça à
própria pintura por desestabilizarem a tábua do tempo, como se a chapa da máquina vencesse,
finalmente, o pincel (DUBOIS, 1993). Longe de pensar e adentrar nos pontos de afinidades e
oposições que se estabeleceram entre a fotografia e a pintura, interessa-nos olhar para a imagem
fotográfica a partir de dois momentos: de uma leitura, partindo de um viés estruturalista,
sontaguiana (2004) e barthesiana (1984), em um primeiro momento; e de uma leitura alçada em
um viés semiótico e sociológico a partir Charles Sanders Peirce (2008) e José Martins (2009),
respectivamente. Imagens em confronto, mas também em diálogo, para construir modos de
perceber, ver e ler.
E ainda: primeiridade, secundidade, terceiridade. Ícones, índices, símbolos; hipoícones,
imagem, diagrama, metáfora; qualissigno, sinsigno, legissigno. É com a semiótica, ou Teoria Geral
705
2. I Congresso Internacional de Literatura e Ecocrítica: As linguagens da Natureza e suas representações
ISBN: 978-85-237-0605-0
dos Signos, que tomaremos o mundo como povoado de signos
sendo o próprio homem um
p. 131). Nesta altura do percurso perguntas fazem-se notórias: o que pode a imagem fotográfica?
O que pode um haikai? Para onde apontam ambos, se é que apontam para algo? Poderia um
encontro entre o não-verbal (fotografia) e o verbal (haikai)? Como se daria uma confluência, ou
transa, entre a imagem fotográfica e a literatura?
Entre a imagem fotográfica e o haikai, o olhar. Mas não qualquer olhar. Para que direção
elas olham? Para si mesmas, para o mundo? O que resulta desse olhar? Uma imagem em tons
desbotados, uma imagem onírica, uma imagem que fala, que clama. Uma imagem que, por vezes,
é ora tarkovskiana, ora sukoroviana. A fotografia e o haikai assim conversam, mas por uma janela
entreaberta. Sussurram. Olham-se, na tentativa de abrirem a janela, entrecruzarem-se, confluírem,
figurarem. Assim, argumentaremos aqui que é na escrita do haikai de Paulo Franchetti que pode
se manifestar a força, ou melhor, a potência da natureza. Ao escrever a natureza , sua poesia cria
outras naturezas, outros mundos. Assim como a fotografia ao captar o real. Nessas possibilidades
de novos caminhos que se busca a urgência de não só uma teoria semiótica, mas como também
uma teoria contemporânea da fotografia que auxilie a estruturação do pensamento. Deste modo,
ao tomarmos os haikais de Paulo Franchetti, buscamos construir um terreno comum onde se
possa estabelecer um trânsito entre escrita e imagens da natureza, construir um ponto de
encontro entre literatura e fotografia.
O
: algumas considerações
Uma página em branco à espera. Uma página-silêncio. Página-meditação. A página-palco à
espera das palavras. Palavras que cortam espaços, loucas, frenéticas, sem rumo. Linhas que
cruzam as margens. E ainda, palavras que dançam pelo vazio do branco da página. Vazio que
tudo diz. Palavras que perfuram o abismo da página. Tão velozes como um lance mallarmaico. O
haikai quer percorrer este incerto caminho, perfurar a página, dançar, mergulhar, habitar,
heideggerianamente falando. Haikai é uma composição poética japonesa de três versos, dispostos
em uma ordem métrica de cinco/sete/cinco sílabas poéticas. Três versos e dezessete silabas
poéticas que configuram uma mescla de simplicidade e concisão, versos curtos que parecem
querer chegar mais rápido ao leitor. Um drama de poucas palavras, poesia ideogramática de
brevidade expressiva.
O tradicional haikai oriental mantém uma íntima relação com a natureza, uma expressão
do real, das estações do ano, interagindo o homem com o meio. Preza a objetividade, mas perder
de vista a subjetividade. Expressa os sentidos da natureza, penetrava na vida das coisas, portanto
706
3. I Congresso Internacional de Literatura e Ecocrítica: As linguagens da Natureza e suas representações
ISBN: 978-85-237-0605-0
místico. Cheio de iluminação, satori em japonês, o haikai é um caminho espiritual à natureza búdica
de cada ser. Argumentos que, por ser o haikai uma poesia do ver/sentir, isto é, o que poderia
chamar de uma poesia-imagem1, o haikai constrói imagens da natureza.
Primordial para se adentrar nas concepções da poesia haikai é o trabalho do escritor
espanhol e poeta Fernando Rodríguez-Izquierdo que, em seu livro Haiku Japonés: historia y
traducción (2010), faz um pertinente panorama da história do haikai na literatura japonesa,
abordando o período entre os séculos XVII e XX2. Diante da esparsa literatura sobre o haikai 3, a
obra de Rodríguez-Izquierdo soma-se a nomes já consagrados no tema, como Reginald Blyth
(1963) e Donald Keene (1956), ou, se podemos assim dizer, vem contribuir no preenchimento de
lacunas existentes na crítica da poética oriental. Na primeira parte da obra, em que o autor parte
das origens para uma tentativa de conceituação do haikai, destaca-se uma peculiar e salutar
só da vida. É como a flor da existência, e despreocupa-se
4
do além, mas desvela nas coisas uma nat
(RODRÍGUEZ-
IZQUIERDO, 2010, p. 30). Como é a vida o tema central, pode o leitor destacar o lugar de
ausência da subjetividade, o pessoal do poeta, nos haikais. Partindo do pressuposto que o homem
faz parte da natureza ao passo que mantém uma íntima relação com ela, além de que a obra
literária também tem um profundo elo com a realidade, Rodríguez-Izquierdo argumenta que, no
momento em que o haikai abre mão da subjetividade em detrimento da síntese, a personalidade, o
pessoal do poeta, atinge o haikai de forma sublimada e depurada.
haikai contempla o outro (objeto), a árvore,
o céu, as folhas das árvores que caem no outono, os animais, os rios. Zen-budista por excelência,
o haikai
(LOBO, 1993, p. 45). Na síntese de Luiza Lobo:
O haikai é uma prática poética resultante de uma abordagem filosófico-religiosa do
mundo zen-budismo ou confucionismo; emprega, como forma de imagem, símbolos
que se apresentam predeterminados para sua combinação, ligados à natureza. No
ocidente, a busca do haikai deriva de uma necessidade de se reencontrar o símbolo, de
se superar a fragmentação resultante dos efeitos do capitalismo e do cosmopolitismo
modernos, que acarretam o excesso de fragmentação e uma sociedade de simulacros
levados ao extremo pela troca simbólica entre signos já mecanizados e esvaziados de
sentido (LOBO, 1993, p. 68).
______________________
de irradiar imagens próprio da poesia
2 Convém notar que, an
cavaleiros e samurais. Rodríguez-Izquierdo, na primeira parte do livro, aborda as diferenças formais e conteudísticas entre a poesia
anterior ao haikai
3 Em língua portuguesa, vale destacar as importantes considerações acerca do haikai de autores como Haroldo de Campos (1975),
além de duas grandes obras: Haicai no Brasil (1988), de Masuda Goga, e No Japão: impressões da terra e da gente (1997), de Oliveira
Lima.
4
s una
naturaleza divina inmanente a
1
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haikai; do
pois o haikai, como um poema-síntese que mergulha na página em branco, que vaza pelas frestas
percorrendo o vazio budista do papel, é estritamente fragmentário: linhas que se entregam num
enorme turbilhão. Voar pela imensidão. Perguntaríamos, pois, como se com David Harvey
(2002): um turbilhão pós-moderno? Poesia curta. Poesia-minuto. Poética da brevidade. Síntese.
Tudo dizer no mínimo.
E, neste turbilhão, Ocidente e Oriente não tão distantes, como dois blocos em polos
extremamente opostos, mas próximos, conversando. Posto Ocidente e Oriente na rota da
confluência, podemos criar um ponto em comum para a possibilidade do diálogo. Construiremos
nas poesias haikais do poeta, e também ensaísta, Paulo Franchetti um espaço comum para o
trânsito Ocidente e Oriente, e além: construir aberturas, diálogos, intersecções, trocas. Haikai
aqui visto como poética da síntese e como pertencente de um entrelugar,
comprime espaço-tempo (HARVEY, 2002). Pelo haikai, um espaço entre linguagem e mundo
o
que Maurice Blanchot (1987) chamou de espaço literário
palavra cara à Benedito Nunes (2010), entre verbal e não-verbal; uma transa entre literatura e
fotografia.
A imagem fotográfica: algumas problematizações
As imagens fotográficas nos abrem muitos horizontes. Desde as origens a fotografia teve
inscrita em sua história a reprodução mecânica daquilo que não se repetirá, consolidando a
tradição barthesiana de congelamento do real (cf. BARTHES, 1984). Um recorte estático, isto
porque fotografias materializam o mundo. Se já é conhecida, no discurso fotográfico, a
concepção de fotografia como fragmento do mundo (SONTAG, 2004), podem as imagens
fotográficas ampliar as fronteiras do mundo físico e recriá-lo? Diante da tradição que eternizou o
tempo na imagem, pode a fotografia dissimulá-lo para fabricar outros mundos? Poderíamos,
então, radicalizar o estatuto da fotografia? Se assumirmos a tarefa, devemos voltar-nos às origens
do discurso fotográfico, ou seja, à raiz: a fotografia como registro, documento. Tomá-la pela raiz
é, pois, regressar ao eidos da fotografia do discurso amoroso de Roland Barthes que, digamos, foi
ao grau zero da fotografia através de suas concepções de studium e puntum em A Câmara Clara
(1984). Teve a imagem fotográfica seu estatuto de recorte estático de um tempo móvel, algo de
tautológica, imagens sem intenções alimentando-se do real, mas sem duplicá-lo
(1984, p. 66) chamou-
a isso, Barthes
hes
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que inscreveu a fotografia como mensagem
também se enquadram no espaço unário
principalmente as fotografias de imprensa que
puramente ligada a um real literal.
Entretanto, para além do status da fotografia como documento do real podemos deflagrar
um campo de tensões. Levar ao limite a tradição do discurso fotográfico requer penetrarmos em
outros campos de teorizações, como a sociologia e a antropologia, mas não no intuito de pôr em
terra teorias, mas de articulá-las. Na sociedade industrial da reprodução e da cópia (cf.
BENJAMIN, 1994), é lícita a contribuição para o discurso fotográfico do pensamento
sociológico de José de Souza Martins, em Sociologia da fotografia e da imagem (2009). Pensamento
que fez a fotografia se libertar do seu caráter documental, inscrevendo-lhe uma construção
formalmente similar e precisa, e aparentemente objetiva, [...] é documento verdadeiro do que as
pessoas veem e, sobretudo,
Martins assim abre a discussão para repensar o papel da fotografia no contemporâneo,
para pôr a fotografia num adeus ao documental, não para aniquilá-lo, mas para usurpá-lo, um
documental que é impregnado de fantasia, muito mais próximo do irreal que do real. Não intenta
aqui mapear a utilização técnica da fotografia pelo campo das Ciências Sociais, mas sim como, a
partir da reflexão sociológica, traçar novos caminhos, investir em novos pacotes de imagens, em
novas aventuras, em novos mundos, em novas transformações. Pensar com a sociologia da
fotografia e da imagem nos esbarrarmos em novos campos tensionados: imagens-mundo de um
paraíso perdido (OLIVEIRA; ARAUJO, 2011), fotografias que transformam e atualizam o real
(SANTOS, 2010), e que também fabricam mundos.
A reflexão de Martins vai à raiz, nas teorizações da fotografia, para negar a tese de
congelamento
aí a crítica barthesiana
polissêmica da fot
retrata o que está lá. [...] Nutre a sua interpretação por uma contínua remessa do real , que não se
erteza. Mas
é a fotografia ficcional porque apresenta o caráter narrativo. Fotografias narram, tecem histórias,
inventam, recriam, representam, apresentam.
A fotografia vista como conjunto narrativo de histórias, e ao como mero fragmento
imagético, se propõe como memória dos dilaceramentos, das rupturas, dos abismos e
distanciamentos, como recordação do impossível, do que não ficou e não retornará.
Memória das perdas. Memória desejada e indesejada. Memória do que opõe a sociedade
moderna à sociedade tradicional, memória do comunitário que não dura, que não
permanece (MARTINS, 2009, p. 45).
A reflexão sociológica da fotografia foi a que mais nos direcionou para os seus paradoxos
em seu campo de tensões, entre ver e o não-ver, entre o presente e o ausente, entre o real e o
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irreal. Colocou-a em descongelamento. Deste modo, somos lançados à carência de novos modos de
ver (cf. BERGER, 1999). O que teríamos então para ver? Se é a fotografia imaginação e narração,
poderia ser ela narração de uma realidade que já é em si encenação? A tese de José Martins, de
de instrumento de registro, com objetividade, elas ainda assim criam imagens de ficção.
Se levarmos às últimas consequências o fato de que o mundo é bombardeado por
imagens e que a realidade é e sempre foi interpretada por meio de informações fornecidas por
imagens, podemos, partindo da semiótica peirceana, problematizar ainda mais o lugar da
fotografia. Para o filósofo e matemático norte-americano Charles Sanders Peirce (2008), o mundo
é povoado por signos, sendo o próprio homem um signo. Signo, para Peirce, é tudo aquilo que
r
origem a outro signo.
E se entendermos um signo como um duplo
pois ele representa algo
imagens sempre
tricotomias peirceanas, as categorias de ícone, índice, símbolo são as principais para o filósofo,
sendo ícone um signo que mantém relação por analogia com o objeto; índice o que mantém uma
relação direta com o objeto; símbolo o que mantém uma relação convencional com o objeto.
Assim como as imagens eram estabelecidas como hipoícones para Peirce, as fotografias eram
imagem com aquilo que ela se refere que esta assume um caráter indexal, isto é, traz em si o
referente.
Como, desde os primórdios de sua história, a fotografia fora posta no banco do registro
do real, agora, tem diante de si, ou em si, um processo de signagem (cf. PIGNATARI, 2004). À
esteira destes processos caminharam outras teorizações, não apenas para recobrir lacunas como
também para sintetizar discursos, como as de Philippe Dubois (1993) ao tratar dos recortes que
faz do mundo e do modo como a ele se refere, situando a imagem fotográfica tanto no índice
como no referente ao objeto. Na trilha de Peirce, Philippe Dubois (1993) sintetizará o discurso
fotográfico e aproximará a fotografia da categoria de índice peirceana. A partir de sua obra O Ato
Fotográfico (1993) observamos a trajetória dos discursos sobre a fotografia que partem do que
Peirce concebeu como aqui-e-agora de uma qualidade (PEIRCE, 2008) que constitui a experiência.
Dubois nomeia os percursos da fotografia como i) espelho do real, isto é, mimética, no campo da
similaridade, um analogon ou para a epistemologia peirceana, um ícone; ii) transformação do real,
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determinada culturalmente, onde um determinado conjunto de códigos age sobre ela, ou seja, a
foto é um símbolo; iii) traço do real, assinalando a sua relação com o referente, onde ela atesta e
estabelece, assim, uma relação de contigüidade com o objeto. As imagens fotográficas, em sua
maioria, mantêm relação direta com o objeto, estabelecendo uma conexão física, para, depois da
singularidade
e ao mesmo tempo , assumir um caráter de sintaxe, qualissigno ou ícone.
Fotografia como singularidade, pois, assim como um índice peirceano, ela certifica, ratifica,
atesta. É só na fotograf
NÖTH; 2008, p. 131).
Ainda podemos trazer a urgência de uma filosofia da fotografia de Vilém Flusser (1995)
a discussão arte e ciência, como os textos surgiram no momento da crise das imagens e como as
imagens aparecem na crise dos textos, pois cabe à fotografia (imagem técnica) remagicizar os
índice e ícone, referência e composição, aqui e lá, atual e virtual, documento e expressão, função
a fotografia renuncia ao infinito
deve estar a serviço da objetividade, muito menos dependente da subjetividade do fotógrafo, mas
(MACHADO, 1984, p.54), a imagem, enfim, transfigurará o mundo. Portanto, é a partir do
discurso fotográfico, de seu caráter indexal e de sua referencialidade que poderemos estabelecer
um trânsito entre fotografia e literatura na escrita do haikai, pois, se é o haikai
(barthesiano) do real, como se o haikaísta, com uma câmera na mão, fotografasse a natureza ao
mundos,
narração de outras naturezas. Ficção.
Narrações de uma natureza fluida
Um território tão fugidio quanto palpável, tão belo quanto aterrorizante. É somente e,
sobretudo, a materialidade da imagem que é capaz de tornar a natureza presente. Só mesmo a
imagem estaria apta a inscrever todas as peculiaridades e segredos da mais recôndita vida
selvagem por todos os cantos do planeta. Como não pode falar, a natureza é posta no
confessionário da imagem, levada a mostrar-se em todas as suas formas. A natureza é
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garantia de verdade as fotografias. A natureza é para aqueles que andam por ela, que a apalpam,
viajam pelos caminhos que ela própria se incumbiu de traçar, aqueles que compreendem suas
-se o próprio Império, sua
própria imagem e semelhança: imprevisível, móvel, fluída, flexível, dinâmica, criativa,
surpreendente, poderosa.
Como se dão essas relações na obra de Paulo Franchetti? Tomamos aqui a obra Oeste
(2007) do poeta, que gira em torno das quatro estações do ano, do campo, da terra natal. Obra
bilíngue, traduzida para o japonês por Masuda Goga, os haikais de Paulo Franchetti vão de
encontro com os tradicionais haikais nipônicos cultuados pelo mestre Bashô. São haikais que, nas
próprias palavras de Franchetti, trazem, para o leitor
a presentificação de um instante como algo inacabado, aberto, um esboço ou um
diagrama do choque entre a sensação fugaz e irrepetível e seu longo e profundo ecoar
nas diversas cordas da sensibilidade e da memória (FRANCHETTI, 2007, p. 11).
O haikai
cordas da sensibilidade). E por estar na fronteira, ambos se mesclam. Um incorpora o outro,
como se a objetividade do haikaísta abrisse espaço para a percepção do olhar e pa ra a
sensibilidade
do fotografar.
Assim Paulo Franchetti, em Oeste, trabalha entre fronteiras.
Fotografa, com a escrita, o real. Seus haikais são como lentes de uma câmera que quer captar as
potencialidades da natureza, a sua essência, a natureza búdica das coisas. A primeira parte da obra é
dividida entre as quatro estações do ano. Cada haikai tematizando sua estação. Em um haikai da
primavera, temos:
Mesmo o velho eucalipto
Parece feliz
Névoa da manhã
(FRANCHETTI, 2007, p. 23).
Segundo a tradição haikaista do poeta nipônico Bashô, o primeiro verso de um haikai é
uma circunstância eterna e absoluta, que, de certo modo, é a objetivação do mundo exterior; o
segundo verso seria a ocorrência do evento, e no terceiro verso tem-se a interação, ou, por vezes,
o resultado do ocorrido. Neste haikai
haikai, o velho
eucalipto já é logo capturado pela lente fotográfica de Franchetti. Eis a nossa imagem fotográfica.
a ocorrência do evento. O estado de sentimento ligará o segundo
podemos dizer que a névoa relaciona-se com a felicidade do eucalipto. Ora, esse elo entre o
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objeto (eucalipto) e o mundo exterior (névoa) é marcado por uma profunda carga de oniricidade
termo chave para a filosofia de Gaston Bachelard em sua Poética do Espaço (2008). O eucalipto
está no mundo, vive no mundo, é o mundo. Como se ambos fossem um só. Mas vejamos que o
haikai
eo
mundo oniricamente vivem. Assim, a fotografia que temos deste haikai é de uma paisagem
acinzentada, mas viva de cor pelo eucalipto. Neste haikai de verão, a mescla de tons parece ainda
mais nítida:
Tarde de verão
Uma nuvem solitária
Chovendo no vale
(FRANCHETTI, 2007, p. 52).
Da imensa tarde de verão, todos esperam o sol. Entre esta imensidão da tarde, uma
-se a ela, como se
fosse desmanchar-se, esgotar-se. Não que a nuvem solitária estrague a tarde de verão, mas que ela
viva na tarde de verão. Uma pequena nuvem chuvosa na imensidão do céu ensolarado. E
perguntaria, com razão, o leitor: não haveria algo de metalinguístico nesse esgotar-se? Isto é, uma
pequena nuvem (o haikai) que se esgota na imensidão do céu ensolarado de verão (a página em
branco)? Esse haikai de Franchetti mais que nos leva a Bashô, mais que uma intertextualidade (cf.
SAMOYAULT, 2008), é uma homenagem ao poeta nipônico, uma homenagem à tradição secular
do haikai oriental. Outro haikai fotografa uma paisagem da tarde, mas não mais de verão, e sim de
outono:
Tarde de outono
Os olhos não desgrudam
Da árvore seca
(FRANCHETTI, 2007, p. 61).
Neste haikai, sujeito e objeto se fundem. As imagens captadas (tarde de outono, árvore
seca) relacionam-se. A imagem que temos não corresponde apenas a uma determinada paisagem
fotografada, mas a várias possibilidades de outras imagens, de outras tardes de outono, de outras
árvores secas. Uma imagem, portanto, do máximo do cotidiano quantos de nós já não paramos
em uma tarde para observar uma árvore mesmo que seca? E quantos hoje parariam? A árvore
pode nada querer dizer, mas pode também tudo querer.
Os haikais
, dos tons
cinza, do frio, imagens típicas de um cenário de inverno. Citemos este:
Sob a névoa fria
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O cemitério da vila
Cercado de ciprestes
(FRANCHETTI, 2007, p. 81).
Aqui, três imagens impactantes: a névoa fria, o cemitério, os ciprestes ao redor do
cemitério. No cemitério, o silêncio. Silêncio coberto de névoa. Nada se move a não ser a névoa e
o balançar dos ciprestes. Temos uma imagem de um paraíso, mas um paraíso isolado, frio,
distante, onde todos ali descansam em seu silêncio. Um paraíso que parece ser delirante,
mórbido, tão frio quanto o inverno. E os ciprestes, estes que parecem esconder o paraíso,
esconder os mortos, mas também guardá-los, protegê-los.
Os haikais de Paulo Franchetti irradiam imagens, criam imagens no leitor, ícones como
quer a semiótica. Imagens que dão materialidade à natureza, multiplicam essa natureza por todos
os lados. Imagens-natureza. Imagens que criam, constroem, falam, pensam, escrevem, circulam.
Neste espaço propício ao diálogo da escrita com imagens da natureza, podemos dizer que tudo
está em movimento. Haikais que dançam na página em branco, imagens que circundam o mundo.
Frenesi.
Considerações finais
Se, como sugere o já clássico Jacques Aumont (1993), as imagens pensam, elas pensam,
acima de tudo, que nós somos alguma coisa. As imagens querem, desejam, sonham não só com
mundos e os projetam, mas também com sujeitos que o povoem e criam demandas subjetivas
sobre aquilo que nós somos (ELLSWORTH, 2001). E nós, leitores, embarcamos nos fluxos
vertiginosos de informações e imagens da natureza, percorremos caminhos sem direções, que não
se sabe para onde e que lado vão. Sobretudo, vivemos a imagem da nature za em todos os seus
limites. Deste modo que os haikais
novos choques com o mundo natural, novas aventuras, novos animais, novas plantas que nos
UJO; 2011, p. 9). Um aquémmundo?
É na confluência da literatura com a fotografia, do haikai com as imagens da natureza que
as poesias de Paulo Franchetti, como uma câmera fotográfica, além de captarem imagens do real,
além do mero registro do cotidiano, ficcionalizam imagens, constroem novas outras naturezas.
Imagens que narram. Imagens-narração. Isto porque a fotografia não pode ser entendida
exclusivamente como realidade capturada, mas, sim, como transformação e atualização do real,
ou melhor, como criação de um novo real fotográfico (SANTOS, 2010). Certamente os haikais
de Paulo Franchetti homenageiam não apenas os difusores do estilo nipônico, mas também a
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Ocidente/Oriente, Paulo Franchetti reescreve o Oriente, intertextualizando com ele. Um
entrecruzamento de textos, multiplicidade, heterogeneidade, transmissão, mas também
continuidade (SAMOYAULT, 2008).
Posto tudo em diálogo, em movimento, em trânsito, à luz de teorias semióticas, de teorias
clássicas e contemporâneas da fotografia, a urgência do haikai: mostrar que é possível ir além do
cotidiano capturado pelas suas lentes e que as imagens que captura podem ir além do registro. A
literatura e a fotografia enquanto atividades humanas mantêm suas particularidades, suas
diferenças, quesito que se deve pontuar em qualquer tentativa de confronto entre atividades e
campos disciplinares. O elo que as une é um cordão subjetivo que desponta da narração, na
ficção, na criação. Construir saídas quando não há saídas. Na rota de fuga que haikai e fotografia
podem, enfim, se encontrar.
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