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Imprensa
Música
Peças de Teatro
Cinema

O AI-5 (Ato Institucional número 5) foi o quinto decreto
emitido pelo governo militar brasileiro (1964-1985). É
considerado o mais duro golpe na democracia e deu poderes
quase absolutos ao regime militar. Redigido pelo ministro da
Justiça Luís Antônio da Gama e Silva, o AI-5 entrou em vigor
em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do então
presidente Artur da Costa e Silva.
O AI-5 foi um represália ao discurso do deputado Márcio
Moreira Alves, que pediu ao povo brasileiro que boicotasse as
festividades de 7 de setembro de 1968, protestando assim
contra o governo militar. A Câmara dos Deputados negou a
licença para que o deputado fosse processado por este ato.
O que foi o AI-5

 - Concedia poder ao Presidente da República para dar
recesso a Câmara dos Deputados, Assembléias
Legislativas (estaduais) e Câmara de vereadores
(Municipais). No período de recesso, o poder executivo
federal assumiria as funções destes poderes legislativos;
 - Concedia poder ao Presidente da República para intervir
nos estados e municípios, sem respeitar as limitações
constitucionais;
 - Concedia poder ao Presidente da República para
suspender os direitos políticos, pelo período de 10 anos,
de qualquer cidadão brasileiro;
Determinações mais importantes do Ato
Institucional Número 5:

 - Concedia poder ao Presidente da República para
cassar mandatos de deputados federais, estaduais e
vereadores;
 - Proibia manifestações populares de caráter político;
 - Suspendia o direito de habeas corpus (em casos de
crime político, crimes contra ordem econômica,
segurança nacional e economia popular).
 - Impunha a censura prévia para jornais, revistas,
livros, peças de teatro e músicas.

Fim do AI-5
 No ano de 1978, no governo
Ernesto Geisel, o AI-5 foi
extinto e o habeas corpus
restaurado.

 Durante a Ditadura, mesmo com a censura, a cultura
brasileira não deixou de criar e se espalhar pelo país
e a arte se tornou um instrumento de denúncia da
situação do país.
 Dos festivais de música despontam compositores e
intérpretes das chamadas canções de protesto, como
Geraldo Vandré, Chico Buarque de Holanda e Elis
Regina.
Censura na Música

Geraldo Vandré

Chico Buarque de
Holanda

Elis Regina

 No cinema, os trabalhos de Cacá Diegues e Glauber
Rocha levam para as telas a história de um povo que
perde seus direitos mínimos.
 No teatro, grupos como o Oficina e o Arena
procuram dar ênfase aos autores nacionais e
denunciar a situação do país naquele período.

Cacá Diegues

Glauber Rocha

Teatro Arena Teatro Oficina

 Em 25 de outubro de 1975, sob tortura, foi
assassinado o jornalista chefe da TV Cultura,
Vladimir Herzog.
 A maioria dos jornais alternativos tiveram vida curta
como Versus, Coojornal, Repórter, Opinião,
Movimento, Em Tempo, entre outros;
 o Pasquim durou mais, de 1969 a 1988, sofrendo
forte censura militar até meados da década de 70.
Manifestações : Imprensa

 Os jornais alternativos foram instrumentos de
resistência e espaço público durante o período de
abertura.
 Porém os grandes veículos impressos tinham
jornalistas combativos, em dezembro de 1969, a
revista Veja tinha em sua equipe Raimundo Pereira,
Élio Gaspari, Dirceu Brizola, Bernardo Kucinski, cuja
redação fora desmontada após a publicação de duas
reportagens referentes a tortura de presos políticos.

 Durante o regime militar no Brasil, instaurado a
partir do golpe de 64, muitos
jornalistas desenvolviam o seu trabalho no intuito de
resistência ao regime e rompimento com a ditadura.
 Surgiram diversos jornais alternativos de oposição
ao governo.

O jornalista Vladimir Herzog.
Jornal do Brasil
Jornal Em Tempo

PasquimCoojornalVersus

Revista Veja

 A grande imprensa sofria censura da ditadura, ou se
afinava com o governo, enquanto que os pequenos
jornais alternativos denunciavam os abusos
de tortura e violação dos direitos humanos no Brasil.
 A imprensa alternativa era redigida por jornalistas
de movimento popular ou de orientação política de
esquerda, em boa parte, despedidos dos grandes
veículos.

 A censura, era política e de costumes, e muitas vezes
configurando apenas e tão somente perseguição
aberta e deslavada a classe artística sem nenhuma
razão outra que o preconceito vigente naquela época,
e exigia que os filmes cumprissem diversas
exigências absurdas, sem as quais os mesmos seriam
sumariamente proibidos (muitos foram liberados
totalmente retalhados pelos cortes, o que os tornava
incompreensíveis).
Manifestações : FILMES

 Focando o contexto político da época não havia
muito filme exibido o que realmente estava
acontecendo no Brasil.
 Contudo, vários momentos da Ditadura podem ser
vistos em filmes, exibido no nosso cotidiano, feitos
pelo cinema brasileiro retratando a época.
Sinopse: São Paulo, fim dos anos 60. O
convento dos frades dominicanos torna-se
uma trincheira de resistência à ditadura
militar que governa o Brasil. Movidos por
ideais cristãos, os freis Tito (Caio Blat),
Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo
(Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão)
e Ivo (Odilon Esteves) passam a apoiar o
grupo guerrilheiro Ação Libertadora
Nacional, comandado por Carlos
Marighella (Marku Ribas). Eles logo
passam a ser vigiados pela polícia e
posteriormente são presos, passando por
terríveis torturas.

Sinopse: Brasil, anos 60. A ditadura militar
faz o país mergulhar em um dos momentos
mais negros de sua história. Alheia a tudo
isto, Zuzu Angel (Patrícia Pillar), uma
estilista de modas, fica cada vez mais famosa
no Brasil e no exterior. Paralelamente seu
filho, Stuart (Daniel de Oliveira), ingressa na
luta armada, que combatia as arbitrariedades
dos militares. Numa noite Zuzu recebe uma
ligação, dizendo que "Paulo caiu", ou seja,
Stuart tinha sido preso pelos militares.
Pouco tempo depois ela recebe uma carta
dizendo que Stuart foi torturado até a morte
na. Zuzu vai se tornando uma figura cada
vez mais incômoda para a ditadura.

 O teatro conheceu um esplendor que não resistiria à
asfixia causada pela censura e pela repressão.
 Resultava do trabalho realizado, em especial, por
dois grupos, o Oficina, em torno de seu diretor José
Celso Martinez Corrêa (no exílio de 1974 a 78), e o
Arena, em torno de Augusto Boal (no exílio a partir
de 1969), que se dedicaram a criar uma dramaturgia
brasileira e uma nova formação do ator.
Manifestações : Teatro

 Extremamente engajados, e invocando Brecht como
nome tutelar, vincariam a história do teatro no país.
 Ambos os grupos seriam dizimados pelo AI - 5, Ato
Institucional.
 O teatro mais artístico refugiou-se em pequenas
companhias.

José Celso
Martinez Corrêa
Augusto Boal

 Grande exemplo dessas manifestações, podemos
citar a criação da tropicália.
 Um movimento cultural brasileiro que teve
influências musicais de artistas de vanguardas e
cultura pop nacional e internacional.
 As manifestações do movimento não se restringiram
a música, conhecidas pelos cantores Caetano Veloso,
Gilberto Gil, Gal Costa, Os Mutantes, Tom Zé e
Torquato Neto, mas também influenciaram o
cinema, teatro e nas artes plásticas.
Manifestações : Música
 Caetano Veloso
Gilberto Gil
Gal Costa
Os Mutantes
Tom Zé
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
Bernardo Kucinski
Dirceu Brizola

Élio
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A imprensa alternativa na ditadura militar brasileira

  • 2.  O AI-5 (Ato Institucional número 5) foi o quinto decreto emitido pelo governo militar brasileiro (1964-1985). É considerado o mais duro golpe na democracia e deu poderes quase absolutos ao regime militar. Redigido pelo ministro da Justiça Luís Antônio da Gama e Silva, o AI-5 entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do então presidente Artur da Costa e Silva. O AI-5 foi um represália ao discurso do deputado Márcio Moreira Alves, que pediu ao povo brasileiro que boicotasse as festividades de 7 de setembro de 1968, protestando assim contra o governo militar. A Câmara dos Deputados negou a licença para que o deputado fosse processado por este ato. O que foi o AI-5
  • 3.   - Concedia poder ao Presidente da República para dar recesso a Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas (estaduais) e Câmara de vereadores (Municipais). No período de recesso, o poder executivo federal assumiria as funções destes poderes legislativos;  - Concedia poder ao Presidente da República para intervir nos estados e municípios, sem respeitar as limitações constitucionais;  - Concedia poder ao Presidente da República para suspender os direitos políticos, pelo período de 10 anos, de qualquer cidadão brasileiro; Determinações mais importantes do Ato Institucional Número 5:
  • 4.   - Concedia poder ao Presidente da República para cassar mandatos de deputados federais, estaduais e vereadores;  - Proibia manifestações populares de caráter político;  - Suspendia o direito de habeas corpus (em casos de crime político, crimes contra ordem econômica, segurança nacional e economia popular).  - Impunha a censura prévia para jornais, revistas, livros, peças de teatro e músicas.
  • 5.  Fim do AI-5  No ano de 1978, no governo Ernesto Geisel, o AI-5 foi extinto e o habeas corpus restaurado.
  • 6.   Durante a Ditadura, mesmo com a censura, a cultura brasileira não deixou de criar e se espalhar pelo país e a arte se tornou um instrumento de denúncia da situação do país.  Dos festivais de música despontam compositores e intérpretes das chamadas canções de protesto, como Geraldo Vandré, Chico Buarque de Holanda e Elis Regina. Censura na Música
  • 10.   No cinema, os trabalhos de Cacá Diegues e Glauber Rocha levam para as telas a história de um povo que perde seus direitos mínimos.  No teatro, grupos como o Oficina e o Arena procuram dar ênfase aos autores nacionais e denunciar a situação do país naquele período.
  • 14.   Em 25 de outubro de 1975, sob tortura, foi assassinado o jornalista chefe da TV Cultura, Vladimir Herzog.  A maioria dos jornais alternativos tiveram vida curta como Versus, Coojornal, Repórter, Opinião, Movimento, Em Tempo, entre outros;  o Pasquim durou mais, de 1969 a 1988, sofrendo forte censura militar até meados da década de 70. Manifestações : Imprensa
  • 15.   Os jornais alternativos foram instrumentos de resistência e espaço público durante o período de abertura.  Porém os grandes veículos impressos tinham jornalistas combativos, em dezembro de 1969, a revista Veja tinha em sua equipe Raimundo Pereira, Élio Gaspari, Dirceu Brizola, Bernardo Kucinski, cuja redação fora desmontada após a publicação de duas reportagens referentes a tortura de presos políticos.
  • 16.   Durante o regime militar no Brasil, instaurado a partir do golpe de 64, muitos jornalistas desenvolviam o seu trabalho no intuito de resistência ao regime e rompimento com a ditadura.  Surgiram diversos jornais alternativos de oposição ao governo.
  • 17.  O jornalista Vladimir Herzog. Jornal do Brasil Jornal Em Tempo
  • 20.   A grande imprensa sofria censura da ditadura, ou se afinava com o governo, enquanto que os pequenos jornais alternativos denunciavam os abusos de tortura e violação dos direitos humanos no Brasil.  A imprensa alternativa era redigida por jornalistas de movimento popular ou de orientação política de esquerda, em boa parte, despedidos dos grandes veículos.
  • 21.   A censura, era política e de costumes, e muitas vezes configurando apenas e tão somente perseguição aberta e deslavada a classe artística sem nenhuma razão outra que o preconceito vigente naquela época, e exigia que os filmes cumprissem diversas exigências absurdas, sem as quais os mesmos seriam sumariamente proibidos (muitos foram liberados totalmente retalhados pelos cortes, o que os tornava incompreensíveis). Manifestações : FILMES
  • 22.   Focando o contexto político da época não havia muito filme exibido o que realmente estava acontecendo no Brasil.  Contudo, vários momentos da Ditadura podem ser vistos em filmes, exibido no nosso cotidiano, feitos pelo cinema brasileiro retratando a época.
  • 23. Sinopse: São Paulo, fim dos anos 60. O convento dos frades dominicanos torna-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis Tito (Caio Blat), Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão) e Ivo (Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas). Eles logo passam a ser vigiados pela polícia e posteriormente são presos, passando por terríveis torturas.
  • 24.  Sinopse: Brasil, anos 60. A ditadura militar faz o país mergulhar em um dos momentos mais negros de sua história. Alheia a tudo isto, Zuzu Angel (Patrícia Pillar), uma estilista de modas, fica cada vez mais famosa no Brasil e no exterior. Paralelamente seu filho, Stuart (Daniel de Oliveira), ingressa na luta armada, que combatia as arbitrariedades dos militares. Numa noite Zuzu recebe uma ligação, dizendo que "Paulo caiu", ou seja, Stuart tinha sido preso pelos militares. Pouco tempo depois ela recebe uma carta dizendo que Stuart foi torturado até a morte na. Zuzu vai se tornando uma figura cada vez mais incômoda para a ditadura.
  • 25.   O teatro conheceu um esplendor que não resistiria à asfixia causada pela censura e pela repressão.  Resultava do trabalho realizado, em especial, por dois grupos, o Oficina, em torno de seu diretor José Celso Martinez Corrêa (no exílio de 1974 a 78), e o Arena, em torno de Augusto Boal (no exílio a partir de 1969), que se dedicaram a criar uma dramaturgia brasileira e uma nova formação do ator. Manifestações : Teatro
  • 26.   Extremamente engajados, e invocando Brecht como nome tutelar, vincariam a história do teatro no país.  Ambos os grupos seriam dizimados pelo AI - 5, Ato Institucional.  O teatro mais artístico refugiou-se em pequenas companhias.
  • 28.   Grande exemplo dessas manifestações, podemos citar a criação da tropicália.  Um movimento cultural brasileiro que teve influências musicais de artistas de vanguardas e cultura pop nacional e internacional.  As manifestações do movimento não se restringiram a música, conhecidas pelos cantores Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Os Mutantes, Tom Zé e Torquato Neto, mas também influenciaram o cinema, teatro e nas artes plásticas. Manifestações : Música