Este documento discute como o hipertexto pode ser usado em sala de classe para promover a interdisciplinaridade. Ele resume que o hipertexto é intertextual por natureza e pode ser usado para conectar conhecimentos de diferentes disciplinas. O documento então propõe construir um hipertexto usando a letra da música "Leão do Norte" e fazendo ligações entre termos nela encontrados e textos de diferentes áreas como geografia e educação artística.
Texto, hipertexto e estrutura do parágrafoAndréa Blessed
O documento discute os conceitos de texto e hipertexto. Define texto como uma manifestação linguística das ideias de um autor e discute os fatores de textualidade, como coesão e coerência. Também diferencia textos literários e não literários e apresenta o conceito de hipertexto, sua estrutura e aplicações educacionais.
O documento discute o conceito de hipertexto, desde suas origens com os trabalhos de Vannevar Bush e Theodore Nelson até suas características atuais. O hipertexto é definido como um conjunto de nós de informação ligados por conexões não lineares, permitindo múltiplos caminhos de leitura. Sua estrutura em rede difere da estrutura hierárquica em árvore dos índices tradicionais.
[1] O documento discute a interatividade como uma nova modalidade comunicacional em emergência em contextos complexos com múltiplas interferências.
[2] A interatividade desenvolve-se a partir de uma conjunção complexa que envolve o diálogo e a multiplicidade, tendo fundamentos na complexidade de Edgar Morin.
[3] Para promover a interatividade na sala de aula, a escola deve se tornar um ambiente de coautoria entre professores e alunos, onde a educação é um processo de troca e não um produto.
Este documento discute a transdisciplinaridade como uma nova visão pedagógica que busca romper barreiras entre disciplinas. A transdisciplinaridade propõe integrar conhecimentos de diferentes áreas para formar o estudante de maneira holística, além de desafiar paradigmas tradicionais de ensino. O autor defende que a transdisciplinaridade pode levar a uma compreensão mais rica e profunda do saber, ao combinar diversas perspectivas como as cores de um espectro.
Este documento discute literacia e alfabetização, definindo literacia como a capacidade de usar habilidades de leitura, escrita e cálculo para alcançar objetivos e participar da sociedade. Também aborda a importância de resumir textos de forma concisa para diferentes audiências, com o objetivo de ajudar o leitor a responder perguntas relevantes.
Este documento apresenta:
1) Uma introdução sobre diferentes concepções de leitura, incluindo leitura como extração de significado do texto, atribuição de significado pelo leitor e interação entre texto e leitor.
2) Uma discussão sobre o que é ler, enfatizando que ler é uma atividade complexa que envolve vários aspectos e objetivos.
3) Uma explicação sobre o papel do conhecimento prévio no processo de leitura, incluindo diferentes níveis de conhecimento como linguístico, textual e de mundo.
Este documento discute o papel da linguagem na aprendizagem significativa, particularmente no ensino de ciências. Aprendizagem significativa envolve a interação entre novos e antigos conhecimentos, mediada pela linguagem. A linguagem é essencial para a formação de conceitos e para a comunicação e compartilhamento de significados. Teóricos como Vygotsky e Vergnaud destacam o papel central da linguagem no pensamento e na conceitualização.
Texto, hipertexto e estrutura do parágrafoAndréa Blessed
O documento discute os conceitos de texto e hipertexto. Define texto como uma manifestação linguística das ideias de um autor e discute os fatores de textualidade, como coesão e coerência. Também diferencia textos literários e não literários e apresenta o conceito de hipertexto, sua estrutura e aplicações educacionais.
O documento discute o conceito de hipertexto, desde suas origens com os trabalhos de Vannevar Bush e Theodore Nelson até suas características atuais. O hipertexto é definido como um conjunto de nós de informação ligados por conexões não lineares, permitindo múltiplos caminhos de leitura. Sua estrutura em rede difere da estrutura hierárquica em árvore dos índices tradicionais.
[1] O documento discute a interatividade como uma nova modalidade comunicacional em emergência em contextos complexos com múltiplas interferências.
[2] A interatividade desenvolve-se a partir de uma conjunção complexa que envolve o diálogo e a multiplicidade, tendo fundamentos na complexidade de Edgar Morin.
[3] Para promover a interatividade na sala de aula, a escola deve se tornar um ambiente de coautoria entre professores e alunos, onde a educação é um processo de troca e não um produto.
Este documento discute a transdisciplinaridade como uma nova visão pedagógica que busca romper barreiras entre disciplinas. A transdisciplinaridade propõe integrar conhecimentos de diferentes áreas para formar o estudante de maneira holística, além de desafiar paradigmas tradicionais de ensino. O autor defende que a transdisciplinaridade pode levar a uma compreensão mais rica e profunda do saber, ao combinar diversas perspectivas como as cores de um espectro.
Este documento discute literacia e alfabetização, definindo literacia como a capacidade de usar habilidades de leitura, escrita e cálculo para alcançar objetivos e participar da sociedade. Também aborda a importância de resumir textos de forma concisa para diferentes audiências, com o objetivo de ajudar o leitor a responder perguntas relevantes.
Este documento apresenta:
1) Uma introdução sobre diferentes concepções de leitura, incluindo leitura como extração de significado do texto, atribuição de significado pelo leitor e interação entre texto e leitor.
2) Uma discussão sobre o que é ler, enfatizando que ler é uma atividade complexa que envolve vários aspectos e objetivos.
3) Uma explicação sobre o papel do conhecimento prévio no processo de leitura, incluindo diferentes níveis de conhecimento como linguístico, textual e de mundo.
Este documento discute o papel da linguagem na aprendizagem significativa, particularmente no ensino de ciências. Aprendizagem significativa envolve a interação entre novos e antigos conhecimentos, mediada pela linguagem. A linguagem é essencial para a formação de conceitos e para a comunicação e compartilhamento de significados. Teóricos como Vygotsky e Vergnaud destacam o papel central da linguagem no pensamento e na conceitualização.
O documento discute a origem do termo "hipertexto", cunhado por Ted Nelson em 1965 para significar "escrita não-sequencial". Nelson se inspirou em sua experiência como escritor e em obras como As Mil e Uma Noites para conceber a ideia de sistemas não lineares de organização da informação. O documento também explora como teóricos como Barthes, Bakhtin e Foucault anteciparam certos conceitos-chave do hipertexto.
O documento discute as estratégias de leitura de hipertextos versus textos lineares tradicionais, argumentando que a leitura de hipertextos é mais descentralizada, participativa e livre. Também aborda como a compreensão é construída em hipertextos através de coerência, coesão e inferências baseadas no conhecimento prévio do leitor.
Um convite à interatividade e à complexidade 1Camila Castro
O documento discute a interatividade e como ela pode ser aplicada na educação. A interatividade é definida como disponibilização consciente de comunicação entre usuários e tecnologias de modo complexo e promovendo interações. Na educação, sugere-se disponibilizar múltiplas aberturas para participação dos alunos, bidirecionalidade nas relações, e não linearidade no tratamento de conteúdos.
A linguagem na hipótese sociocognitiva é uma atividade interativa. Todo texto constitui uma proposta de sentidos múltiplos e não de um único sentido, e pode ser considerado um hipertexto na sua recepção. Livros didáticos, reportagens e textos acadêmicos são exemplos de hipertextos não eletrônicos devido ao suporte e forma de acesso. O processo de compreensão se dá através de pistas para orientar a construção do sentido pelo leitor.
Sujeito versus objeto - um novo conceito de interaçãoRodrigo Pires
Este documento discute a relação entre sujeito e objeto no contexto da hipermídia. Aborda a história da Internet e do desenvolvimento da interface gráfica, o que levou à criação da World Wide Web. Também discute como a natureza mutante da hipermídia pode alterar a interação entre sujeito e objeto.
O documento discute conceitos-chave como interação, semiótica, sociointeracionismo e hipertexto. Aborda a perspectiva sociointeracionista de linguagem e a concepção de texto e hipertexto segundo esta perspectiva. Também caracteriza o hipertexto como imaterial, ubíquo, convergente de linguagens e não linear, promovendo intertextualidade infinita.
O hipertexto permite acesso não linear a blocos de informação como texto, imagens e sons através de hiperlinks. Originalmente proposto por Ted Nelson em 1965, o conceito de hipertexto antecipa a internet, permitindo uma construção colaborativa do conhecimento. Na educação, o hipertexto facilita a aprendizagem incidental e a produção colaborativa de conhecimento entre alunos e professores.
Quão interativo é o hipertexto? Da interface potencal à escrita coletivaAlex Primo
Este artigo discute três formas de interação hipertextual: potencial, colaborativa e cooperativa. Questiona termos como "interatividade" e "usuário", argumentando que muitos estudos reduzem a interação mediada a aspectos tecnológicos. Defende que a interação verdadeira envolve diálogo entre os participantes e pode ser mediada por ferramentas como chats e fóruns.
O documento discute o conceito de hipertexto e suas características. Apresenta que um hipertexto possui não-linearidade, fragmentariedade e interatividade, permitindo que o leitor escolha seu próprio caminho de leitura através de hiperlinks. Explica também que a coerência de um hipertexto é construída pelo leitor ao estabelecer continuidade de sentidos através das redes de informação.
O documento discute a história do hipertexto e diferentes perspectivas sobre o que constitui um hipertexto. Algumas visões defendem que um hipertexto deve ser não-linear e digital, enquanto outras acreditam que basta ser não-linear, mesmo em formato impresso. O documento também explora como a leitura hipertextual simula o funcionamento da mente humana.
A metamorfose do aprender na sociedade da informaçãoviviprof
Este documento discute a transformação do aprendizado na sociedade da informação em 3 frases:
1) As novas tecnologias da informação e comunicação desempenham um papel ativo na configuração das ecologias cognitivas e facilitam experiências de aprendizagem complexas e cooperativas.
2) A sociedade da informação precisa se tornar uma sociedade aprendente, onde o aprendizado ocorre ao longo da vida com o apoio das novas tecnologias.
3) Políticas públicas são necessárias para garantir o acess
O documento define hipertexto como um modelo de documento não linear interligado por nós como palavras, imagens e sons. A máquina Memex de Vannevar Bush é considerada precursora da ideia de hipertexto por armazenar e acessar informações. Hipertexto permite acessar blocos de informação como texto e mídia através de hiperlinks e contribui para a construção compartilhada de conhecimento e aprendizagem autônoma dos estudantes.
O documento discute o conceito de hipertexto, desde suas origens até seu uso atual na internet e na educação. Explica que hipertexto permite acesso não-linear a blocos de informação através de hiperlinks, e que seu potencial para educação está em facilitar a aprendizagem por descoberta e construção coletiva de conhecimento. Também aborda como o jornalismo utiliza recursos de hipertexto em diferentes meios.
A construção do_texto_coesão_e_coerência_textuaisBreno Lacerda
O documento discute os conceitos de texto e textualidade. Apresenta as noções centrais de coesão e coerência na construção de um texto bem constituído. Enumera sete fatores linguísticos e extralinguísticos responsáveis pela textualidade, entre eles coesão, coerência e intertextualidade.
Interação mútua e interação reativa: uma proposta de estudoAlex Primo
Este documento discute dois tipos de interação humana: interação mútua e interação reativa. A interação mútua envolve uma relação de interdependência onde cada participante afeta e é afetado pelo outro. Já a interação reativa é mais linear, com ênfase na ação e reação. O texto revisa estudos clássicos sobre comunicação interpessoal e propõe que esses dois tipos de interação também se apliquem à comunicação mediada por computador.
Este documento discute as habilidades de leitura e navegação de estudantes universitários ao ler jornais impressos e digitais. Uma pesquisa com 23 estudantes encontrou que alguns navegavam bem em jornais digitais, mas não compreendiam o que liam, enquanto outros compreendiam bem o conteúdo, mas tinham dificuldades em navegar. Isso sugere que habilidades de leitura e navegação são distintas e um leitor pode ter habilidades assimétricas nessas áreas.
O documento discute as visões de Bakhtin e Lévy sobre a cibercultura e a linguagem. Bakhtin via a linguagem como dialógica e polifônica, constituída social e historicamente. Lévy enfatiza a inteligência coletiva emergente na rede. Ambos rejeitam visões objetivistas ou subjetivistas da linguagem.
O documento discute a interatividade na sala de aula, comparando o antigo modelo de comunicação de massa com o novo paradigma do hipertexto. Também aborda três tipos de críticas à interatividade e a importância do pensamento complexo para entendê-la.
Este documento discute a interdisciplinaridade na educação à luz do paradigma da intersubjetividade linguística. Primeiramente, apresenta diferentes níveis de significado do termo interdisciplinaridade e a dificuldade em definí-lo. Em seguida, descreve os objetivos gerais e específicos da pesquisa, que são refletir concepções epistemológicas ancoradas na linguagem para pensar as relações entre interdisciplinaridade e educação. Por fim, apresenta o referencial teórico, discutindo a visão hermenê
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.finaltelasnorte1
O documento discute a implementação de projetos interdisciplinares de educação ambiental nas escolas. Apresenta conceitos de multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade e discute a importância de uma abordagem sociocultural e emancipatória na educação ambiental.
Práticas de produção textua na universidadeVera Arcas
O documento discute práticas de ensino de produção textual na universidade com foco na reescrita de textos. Aborda três projetos integrados desenvolvidos pelo Departamento de Linguística da Universidade de Brasília para aprimorar habilidades de leitura e escrita de estudantes. O processo de ensino-aprendizagem é baseado em reescritas orientadas utilizando ferramentas como o Moodle e o Laboratório de Texto.
O documento discute a origem do termo "hipertexto", cunhado por Ted Nelson em 1965 para significar "escrita não-sequencial". Nelson se inspirou em sua experiência como escritor e em obras como As Mil e Uma Noites para conceber a ideia de sistemas não lineares de organização da informação. O documento também explora como teóricos como Barthes, Bakhtin e Foucault anteciparam certos conceitos-chave do hipertexto.
O documento discute as estratégias de leitura de hipertextos versus textos lineares tradicionais, argumentando que a leitura de hipertextos é mais descentralizada, participativa e livre. Também aborda como a compreensão é construída em hipertextos através de coerência, coesão e inferências baseadas no conhecimento prévio do leitor.
Um convite à interatividade e à complexidade 1Camila Castro
O documento discute a interatividade e como ela pode ser aplicada na educação. A interatividade é definida como disponibilização consciente de comunicação entre usuários e tecnologias de modo complexo e promovendo interações. Na educação, sugere-se disponibilizar múltiplas aberturas para participação dos alunos, bidirecionalidade nas relações, e não linearidade no tratamento de conteúdos.
A linguagem na hipótese sociocognitiva é uma atividade interativa. Todo texto constitui uma proposta de sentidos múltiplos e não de um único sentido, e pode ser considerado um hipertexto na sua recepção. Livros didáticos, reportagens e textos acadêmicos são exemplos de hipertextos não eletrônicos devido ao suporte e forma de acesso. O processo de compreensão se dá através de pistas para orientar a construção do sentido pelo leitor.
Sujeito versus objeto - um novo conceito de interaçãoRodrigo Pires
Este documento discute a relação entre sujeito e objeto no contexto da hipermídia. Aborda a história da Internet e do desenvolvimento da interface gráfica, o que levou à criação da World Wide Web. Também discute como a natureza mutante da hipermídia pode alterar a interação entre sujeito e objeto.
O documento discute conceitos-chave como interação, semiótica, sociointeracionismo e hipertexto. Aborda a perspectiva sociointeracionista de linguagem e a concepção de texto e hipertexto segundo esta perspectiva. Também caracteriza o hipertexto como imaterial, ubíquo, convergente de linguagens e não linear, promovendo intertextualidade infinita.
O hipertexto permite acesso não linear a blocos de informação como texto, imagens e sons através de hiperlinks. Originalmente proposto por Ted Nelson em 1965, o conceito de hipertexto antecipa a internet, permitindo uma construção colaborativa do conhecimento. Na educação, o hipertexto facilita a aprendizagem incidental e a produção colaborativa de conhecimento entre alunos e professores.
Quão interativo é o hipertexto? Da interface potencal à escrita coletivaAlex Primo
Este artigo discute três formas de interação hipertextual: potencial, colaborativa e cooperativa. Questiona termos como "interatividade" e "usuário", argumentando que muitos estudos reduzem a interação mediada a aspectos tecnológicos. Defende que a interação verdadeira envolve diálogo entre os participantes e pode ser mediada por ferramentas como chats e fóruns.
O documento discute o conceito de hipertexto e suas características. Apresenta que um hipertexto possui não-linearidade, fragmentariedade e interatividade, permitindo que o leitor escolha seu próprio caminho de leitura através de hiperlinks. Explica também que a coerência de um hipertexto é construída pelo leitor ao estabelecer continuidade de sentidos através das redes de informação.
O documento discute a história do hipertexto e diferentes perspectivas sobre o que constitui um hipertexto. Algumas visões defendem que um hipertexto deve ser não-linear e digital, enquanto outras acreditam que basta ser não-linear, mesmo em formato impresso. O documento também explora como a leitura hipertextual simula o funcionamento da mente humana.
A metamorfose do aprender na sociedade da informaçãoviviprof
Este documento discute a transformação do aprendizado na sociedade da informação em 3 frases:
1) As novas tecnologias da informação e comunicação desempenham um papel ativo na configuração das ecologias cognitivas e facilitam experiências de aprendizagem complexas e cooperativas.
2) A sociedade da informação precisa se tornar uma sociedade aprendente, onde o aprendizado ocorre ao longo da vida com o apoio das novas tecnologias.
3) Políticas públicas são necessárias para garantir o acess
O documento define hipertexto como um modelo de documento não linear interligado por nós como palavras, imagens e sons. A máquina Memex de Vannevar Bush é considerada precursora da ideia de hipertexto por armazenar e acessar informações. Hipertexto permite acessar blocos de informação como texto e mídia através de hiperlinks e contribui para a construção compartilhada de conhecimento e aprendizagem autônoma dos estudantes.
O documento discute o conceito de hipertexto, desde suas origens até seu uso atual na internet e na educação. Explica que hipertexto permite acesso não-linear a blocos de informação através de hiperlinks, e que seu potencial para educação está em facilitar a aprendizagem por descoberta e construção coletiva de conhecimento. Também aborda como o jornalismo utiliza recursos de hipertexto em diferentes meios.
A construção do_texto_coesão_e_coerência_textuaisBreno Lacerda
O documento discute os conceitos de texto e textualidade. Apresenta as noções centrais de coesão e coerência na construção de um texto bem constituído. Enumera sete fatores linguísticos e extralinguísticos responsáveis pela textualidade, entre eles coesão, coerência e intertextualidade.
Interação mútua e interação reativa: uma proposta de estudoAlex Primo
Este documento discute dois tipos de interação humana: interação mútua e interação reativa. A interação mútua envolve uma relação de interdependência onde cada participante afeta e é afetado pelo outro. Já a interação reativa é mais linear, com ênfase na ação e reação. O texto revisa estudos clássicos sobre comunicação interpessoal e propõe que esses dois tipos de interação também se apliquem à comunicação mediada por computador.
Este documento discute as habilidades de leitura e navegação de estudantes universitários ao ler jornais impressos e digitais. Uma pesquisa com 23 estudantes encontrou que alguns navegavam bem em jornais digitais, mas não compreendiam o que liam, enquanto outros compreendiam bem o conteúdo, mas tinham dificuldades em navegar. Isso sugere que habilidades de leitura e navegação são distintas e um leitor pode ter habilidades assimétricas nessas áreas.
O documento discute as visões de Bakhtin e Lévy sobre a cibercultura e a linguagem. Bakhtin via a linguagem como dialógica e polifônica, constituída social e historicamente. Lévy enfatiza a inteligência coletiva emergente na rede. Ambos rejeitam visões objetivistas ou subjetivistas da linguagem.
O documento discute a interatividade na sala de aula, comparando o antigo modelo de comunicação de massa com o novo paradigma do hipertexto. Também aborda três tipos de críticas à interatividade e a importância do pensamento complexo para entendê-la.
Este documento discute a interdisciplinaridade na educação à luz do paradigma da intersubjetividade linguística. Primeiramente, apresenta diferentes níveis de significado do termo interdisciplinaridade e a dificuldade em definí-lo. Em seguida, descreve os objetivos gerais e específicos da pesquisa, que são refletir concepções epistemológicas ancoradas na linguagem para pensar as relações entre interdisciplinaridade e educação. Por fim, apresenta o referencial teórico, discutindo a visão hermenê
Currículo de ciências da natureza e suas tecnologias see.sp.finaltelasnorte1
O documento discute a implementação de projetos interdisciplinares de educação ambiental nas escolas. Apresenta conceitos de multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade e discute a importância de uma abordagem sociocultural e emancipatória na educação ambiental.
Práticas de produção textua na universidadeVera Arcas
O documento discute práticas de ensino de produção textual na universidade com foco na reescrita de textos. Aborda três projetos integrados desenvolvidos pelo Departamento de Linguística da Universidade de Brasília para aprimorar habilidades de leitura e escrita de estudantes. O processo de ensino-aprendizagem é baseado em reescritas orientadas utilizando ferramentas como o Moodle e o Laboratório de Texto.
1) O documento discute a importância de ensinar gêneros textuais digitais, como e-mails, dentro de seu contexto real de uso, ao invés de apenas como ferramentas pedagógicas.
2) Define gêneros textuais e suportes textuais, explicando que gêneros existem dentro de sistemas sociais e fora deles são apenas instrumentos.
3) Argumenta que as TICs contribuem para a educação quando usadas de forma criativa e contextualizada, envolvendo alunos no contexto digital.
O documento discute a educação online e a formação de professores para atuar como tutores em ambientes virtuais de aprendizagem. Aborda como as interfaces e AVA podem contribuir para a formação de professores para a cibercultura e quais equipes são necessárias. Também reflete sobre como fica o papel do professor e quais dispositivos podem ser usados para a formação, como blogs, fóruns de discussão e chats.
O documento discute a evolução do hipertexto desde sua criação por Theodore Nelson na década de 1960 até os dias atuais. Explica como o hipertexto permite a navegação não linear de informações e a construção flexível de significados pelos leitores. Também descreve como as tecnologias digitais atuais, incluindo o hipertexto, transformaram a produção e socialização do conhecimento.
Tema: Integração Curricular -
Autor: Paula Correia - ES José Belchior Viegas - S. Brás Alportel
Evento: reunião de trabalho RBE
Data: 25 de Novembro 2008
Local: DREAlg - Auditório
O documento discute conceitos de interatividade, hipertexto e escrita colaborativa. Apresenta três tipos de interação hipertextual: potencial, colaborativa e cooperativa. Também aborda blogs, wikis e como esses permitiram novas formas de interação e construção coletiva de conhecimento.
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFGZara Hoffmann
1. O documento discute os conceitos de transdisciplinaridade e interdisciplinaridade no contexto da Licenciatura Intercultural Indígena da UFG.
2. A licenciatura busca articular saberes acadêmicos e não-acadêmicos (saberes tradicionais), de forma transdisciplinar e intercultural.
3. O currículo é construído de forma coletiva com professores e lideranças indígenas, respeitando as diferenças culturais e propiciando uma formação que permita o diálogo entre culturas.
A LINGUAGEM ESCRITA EM TEMPOS E ESPAÇOS VIRTUAISVanessa Nogueira
O documento discute como os alunos constroem suas identidades no ambiente virtual através da linguagem escrita. Analisa como as experiências passadas com tecnologia influenciam as contribuições dos alunos no fórum de discussão e como eles constroem significado através do diálogo.
1. O documento apresenta quatro pré-projetos relacionados à educação agrícola, focando em temas como ensino de língua portuguesa, pedagogia de projetos, processamento de leite e recomposição de matas.
2. Ele também descreve um projeto de pesquisa sobre uma abordagem interdisciplinar no ensino de língua portuguesa em cursos técnicos agrícolas, com o objetivo de melhorar a produção de textos escritos pelos alunos.
3. O projeto de pesquisa será real
O documento apresenta as principais teorias sociocríticas e como elas podem ser aplicadas no contexto educacional com o apoio das tecnologias de informação e comunicação. As teorias discutidas incluem a teoria curricular crítica, a teoria histórico-cultural, a teoria sócio-cognitiva e a teoria da ação comunicativa. A conclusão argumenta que o universo cibernético se encaixa nas abordagens sociocríticas e permite ampliar o espaço educacional com o apoio de ferramentas virtuais
Este documento discute um protótipo de aulas para professores do ensino fundamental que envolve a multimodalidade e novos letramentos. Ele propõe uma sequência didática centrada na hibridização entre o verbal e o visual com base na semiótica multimodal, teoria do discursivo-enunciativo e estratégias cognitivas e metacognitivas em leitura. O documento também discute o conceito de multiletramento, hibridismo cultural e como trabalhar essa perspectiva na educação de crianças.
Este documento apresenta uma apostila sobre comunicação e expressão com 8 unidades temáticas. A primeira unidade discute a relação entre texto e contexto, enfatizando a importância do conhecimento prévio do leitor. A segunda trata da contextualização na escrita. A terceira aborda a intertextualidade. As demais unidades discutem pressupostos e subentendidos, condições de produção do texto, alteração de sentido das palavras, argumentação em textos e gêneros discursivos como artigo de opinião e resenha.
- O documento discute conceitos de interação e Práticas Educacionais Abertas (PEA), abordando interação na aprendizagem, benefícios e barreiras de PEA, e como criar uma PEA.
- A interação é fundamental para a aprendizagem segundo Piaget, Vygotsky e Belloni, ocorrendo na interação entre sujeito-objeto, no contexto social e na aprendizagem colaborativa.
- PEA são práticas que sustentam a criação e uso de Recursos Educacionais Abertos, promovendo
O documento discute conceitos-chave relacionados à educação hipertextual e às tecnologias digitais aplicadas à educação, como ciberespaço, cibercultura, inteligência coletiva e hipertexto. Também aborda desafios da educação digital, como a capacitação de professores para o uso pedagógico das tecnologias e o acesso a elas.
Interação, colaboração e cooperação em ambiente de aprendizagemPsicanalista Santos
Este documento discute a importância da interação, colaboração e cooperação em ambientes de aprendizagem computacional. Aprendizagem é vista como um processo social e construtivo que envolve troca de ideias entre estudantes e professores. Ferramentas digitais podem apoiar diferentes tipos de interação que estimulam conflitos cognitivos e construção compartilhada de conhecimento.
Este documento discute teorias sociocríticas e como elas se relacionam com o uso de tecnologias de informação na educação. Apresenta teorias como a currículo crítica, histórico-cultural, sócio-cognitiva e ação comunicativa, que enfatizam fatores sociais e culturais no desenvolvimento do conhecimento. Conclui que as ferramentas virtuais podem apoiar essas teorias ao ampliar os espaços educacionais de acordo com as experiências dos alunos.
Este documento discute teorias sociocríticas e como elas se relacionam com o uso de tecnologias de informação na educação. Apresenta várias teorias como a teoria currícular crítica, a teoria histórico-cultural e a teoria da ação comunicativa. Conclui que o universo cibernético se encaixa bem nas teorias sociocríticas e que as novas tecnologias podem ampliar o espaço educacional colocando o aluno no centro do processo de aprendizagem.
O documento discute a interdisciplinaridade na prática pedagógica do educador como um elemento que possibilita a formação cidadã e inclusão social. Apresenta os conceitos de multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade e como cada um promove diferentes níveis de integração entre disciplinas. Defende que a metodologia interdisciplinar integra conteúdos e sujeitos envolvidos, promovendo uma visão unitária do conhecimento.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e bateria de longa duração. O dispositivo também possui processador mais rápido e armazenamento expansível. O novo modelo será lançado em outubro por um preço inicial de US$799.
O documento discute o mito na sociedade atual, analisando:
1) A origem e evolução dos mitos na Grécia antiga e como eles explicavam a realidade;
2) A função dos mitos em unir grupos em torno de pontos comuns e explicar o mundo;
3) O mito de Prometeu, que deu o fogo aos humanos, sendo punido por isso.
Este estudo analisa as estratégias de cooperação e competição entre usuários da rede social Plurk. A pesquisa observa como os usuários interagem no sistema buscando aumentar seu "karma", que é um indicador de popularidade, através da publicação e compartilhamento de conteúdos. A análise é baseada na teoria dos jogos e identifica diferentes táticas empregadas pelos usuários para obter ganhos sociais e simbólicos na plataforma.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui recursos adicionais de inteligência artificial e segurança de dados aprimorados. O lançamento do novo smartphone está programado para o final deste ano.
A proposta comercial oferece um aparelho Apex 3 por R$1.739,00, incluindo carregador, bateria de lítio, clipe de cinto e papel térmico por 1 ano, com pagamento em até 28 dias e entrega em até 15 dias.
Portfolio disciplina planejamento e avaliaçãoJOAO AURELIANO
O documento apresenta o portfólio de quatro alunos do curso de pós-graduação em formação para a docência do ensino superior. Cada aluno inclui seu currículo, objetivos e experiências profissionais. O portfólio é composto por planos de aula, mapas conceituais e hipertextos produzidos pelos alunos como exemplos de seu trabalho.
Este plano de ensino descreve uma unidade curricular de Filosofia da Educação I para o curso de Licenciatura em Pedagogia. O curso terá 36 horas com 2 horas semanais e será ministrado por 3 professores. O curso analisará as relações entre educação e filosofia e as bases do pensamento pedagógico para o século XXI de forma crítica.
O documento resume o currículo de Tânia Regina Pinha Harkensee, incluindo sua formação acadêmica em Letras e Pedagogia, experiência profissional como coordenadora pedagógica e professora, e cursos extras realizados ao longo de sua carreira.
O currículo de Tânia Regina Pinha Harkensee resume sua formação acadêmica em Letras e Pedagogia e experiência como coordenadora pedagógica e professora de Português e Administração Escolar em escolas de Maceió, Alagoas entre 2002 e 2010.
Este currículo resume a experiência profissional e formação acadêmica de Sâmara Silva Rêgo, uma brasileira de 31 anos formada em Biologia que busca uma posição como professora para transmitir conhecimentos adquiridos. Seu currículo destaca experiências como professora de Biologia, Ciências e no Ensino Fundamental, além de ter trabalhado como assistente administrativo em um laboratório de análises clínicas.
Este documento discute a importância do planejamento no processo educativo. Ele explica que o planejamento é essencial para estabelecer objetivos e estratégias e evitar improvisações, e deve levar em conta a realidade dos alunos. Também ressalta que alguns professores se opõem ao planejamento e apenas improvisam suas aulas, não promovendo o desenvolvimento adequado dos estudantes.
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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1. HIPERTEXTO EM SALA DE AULA: UM CAMINHO PARA A INTERDISCIPLINARIDADE?
Nadiana Lima da Silva
(UFPE)
nadianalima@gmail.com
Dayse dos Santos Maciel
(UFPE)
dayse_maciel@hotmail.com
Aline Guedes Alcoforado
(UFPE)
alinealcoforado@gmail.com
RESUMO: Sabemos que o “hipertexto é, por natureza e essência, intertextual ” (Koch, 2003) e
que é preciso recuperar, em nossa memória, o intertexto necessário para a compreensão.
Diante disso, nesta análise, propomos demonstrar como poderíamos construir um hipertexto e
inter-relacionar conhecimentos diversos, interdisciplinarmente. Permeia esta proposta o fato de
ser imprescindível para a educação que as disciplinas estejam em diálogo.
PALAVRAS-CHAVE: hipertexto, interdisciplinaridade, conhecimento.
ABSTRACT: We know that "hypertext is, for nature and essence, intertextual" (Koch, 2003) and
that it’s necessary to remind, in our memory, the intertext necessary for the understanding.
Hence, in this analysis, we intend to demonstrate the possibilities of a hypertext construction
and the interrelations among diverse knowledge through interdisciplinarity, noting, therefore, the
importance of disciplines dialogue for the education.
KEY WORDS: hypertext, interdisciplinarity, knowledge.
RESUMÉ: Nous savons que “l’hypertexte est, par nature et essence, intertextual" (Koch, 2003)
et que c' est précis de récupérer, dans notre mémoire, l' intertexto nécessaire pour la
compréhension. En avant de cela, dans cette analyse, nous proposons démontrer comme nous
pourrions construire une hypertexte et rapportera des connaissances diverses,
interdisciplinairement. Nous considérons le costume d'
être indispendable pour l'éducation que
les disciplines soient dans dialogue.
MOTS-CLÉ: hypertexte, interdisciplinarité, connaissances.
Considerações iniciais
“Para que aprender isso?”, “Onde vou usar isso?”. Não raro, muitos professores já se
viram em uma situação constrangedora ao escutarem questionamentos como esses, que
ilustram um grande problema, verificado em várias instituições de ensino: a fragmentação do
conhecimento em disciplinas cada vez mais estanques, o que resulta numa visão de mundo
bastante esquemática. Em decorrência dessa divisão, por não se articularem com outras áreas
de saber e, por isso, tornarem-se tão distantes da realidade do aluno (que, na maior parte das
vezes, tem sua bagagem de conhecimentos desconsiderada), os conteúdos passam a ter
sentido apenas para os especialistas daquela área.
Diante disso, a interdisciplinaridade se mostra como uma alternativa para solucionar o
problema, na medida em que implica uma mudança de postura diante do conhecimento, que
2. passa a ser construído coletivamente, frente às relações estabelecidas entre as disciplinas.
Para tanto, algumas ferramentas pedagógicas podem ser utilizadas. Uma delas, em potencial,
bastante promissora, é o uso das novas tecnologias, em especial o hipertexto, como inibidor
das barreiras decorrentes das disciplinas.
Assim, considerando que “o hipertexto é, por natureza e essência, intertextual” (Koch,
2003) e que o texto é um lugar de múltiplos sentidos, em que estes são construídos numa ação
colaborativa entre os interlocutores, que precisam mobilizar diversos conhecimentos
(lingüísticos, enciclopédicos e interacionais), e recuperar em sua memória social o intertexto
necessário para o processamento textual, propomos demonstrar, nesta análise, como
poderíamos construir um hipertexto e inter-relacionar conhecimentos diversos,
interdisciplinarmente. Permeia esta proposta o fato de ser imprescindível para a educação o
diálogo entre as disciplinas, diminuindo a barreira entre as áreas de conhecimento.
Para tanto, diante da forte presença de referências à cultura nordestina, utilizamos,
como corpus do nosso trabalho e como texto-base para construção do hipertexto, a letra da
música Leão do Norte, composta por Lenine e Paulo César Pinheiro.
Ancoramo-nos, para fundamentação teórica, nos estudos de Lévy (1993), Xavier
(2002), Komesu (2006), Koch (2003 e 2006) e Kleiman e Moraes (1999).
1. Fundamentação teórica: interligando alguns nós
Tendo em vista que a compreensão é um processo inferencial, em que os sentidos do
texto são sócio-interativamente construídos por sujeitos ativos numa ação colaborativa, faz-se
necessário considerar o texto não um repositório de informações que são pré-estabelecidas
pelo autor e apenas apreendidas pelo leitor, mas o produto da interação entre texto e
interlocutores. Deste modo, encaramos o texto como passível de múltiplos sentidos,
construídos a partir da mobilização de conhecimentos de natureza variada do leitor e de
estratégias sociocognitivas utilizadas por este. Os sentidos, então, não estão, explicitamente,
na superfície lingüística do texto, mas são produzidos a partir de algumas sinalizações que este
nos apresenta. Muitas dessas sinalizações do texto nos fazem recorrer a outros textos,
anteriormente produzidos, para compreendermos a informação veiculada e os propósitos
comunicativos do produtor. Se partirmos do pressuposto que todo texto é um “mosaico de
citações” de outros dizeres, como afirma Kristeva1, e que “todo texto é um intertexto; outros
textos estão presentes nele”, conforme Barthes (1983), ao reforçar o conceito da autora,
podemos afirmar ser de grande influência (em vários graus), na leitura2, o reconhecimento
destes outros textos.
Em sintonia com que afirma Xavier, no que diz respeito à pluritextualidade do hipertexto
(ver próximo tópico), podemos afirmar ser de grande importância, no ambiente escolar, o
desenvolvimento das competências dos alunos (tendo em vista tanto as estratégias de leitura
1
Júlia Kristeva propôs o conceito de intertextualidade, ancorada nos conceitos de dialogismo e
de polifonia, formulados por Mikhail Bakhtin.
2
Consideramos, neste estudo, os termos compreensão e leitura como sinônimos.
3. específicas dos leitores do hipertexto, quanto as de escritura) a partir articulação de vários
“aportes sígnicos”. Deste modo, além do aprimoramento dessas competências, podemos tecer
uma rede entre as mais diversas áreas de conhecimento, distanciando as barreiras construídas
entre essas áreas. Essa perspectiva é bastante útil em sala de aula, na medida em que,
articulando as disciplinas entre si (interdisciplinaridade), via hipertexto, podemos:
“desenvolver o letramento pleno porque [os projetos disciplinares] expõem o aluno a
vários tipos de texto em vários tipos de eventos, ou a várias formas de ler um mesmo texto,
dando oportunidade para se vivenciarem as várias práticas de forma colaborativa e com a
ajuda de alguém familiarizado com elas”. (Kleiman e Moraes, 1999:99).
1.1 Percorrendo as trilhas do hipertexto
Assim como procedemos neste trabalho, ao selecionarmos algumas palavras e a elas
associarmos uma nota de rodapé ou mesmo ao fazermos menção a outros estudos que
remetem a uma determinada fonte bibliográfica, estamos disponibilizando links, mesmo não
sendo em suporte material. Esta prática de escolher textos, sons, vídeos etc. por associação
permitiu que o matemático e físico Vannevar Bush propusesse um dispositivo chamado Memex
(Memory Extension), no artigo As we way think, em 1945. Segundo Bush (apud Lévy, 1993:28),
nesse artigo, assim como o cérebro humano, o dispositivo deveria funcionar a partir de
associações e não apenas pela indexação simples. O leitor poderia mobilizar rapidamente,
através de um botão, qualquer informação de um reservatório extenso de informações,
anteriormente criado. Além disso, o leitor poderia fazer observações acerca do conteúdo
selecionado, o que já caracterizava o papel ativo do leitor que poderia construir um texto
paralelo, interativamente. O termo hipertexto, contudo, surge apenas nos anos sessenta, com
Theodor Holm Nelson, na proposta do projeto Xanadu. Nelson, baseado no Memex de Bush,
elaborou um sistema que armazenava dados e permitia o acesso a qualquer informação,
através do computador. Conceituar o hipertexto, entretanto, não é tarefa fácil. Para tanto,
apresentaremos algumas visões e destacaremos as mais pertinentes para o presente estudo.
Para Lévy (1993, 33), o hipertexto constitui-se por um conjunto de nós, que podem ser
formados por imagens, gráficos, palavras, etc., que podem, por sua vez, serem hipertextos.
Para Marcuschi, sob o prisma dos estudos lingüísticos, o hipertexto “não é um gênero textual
nem um simples suporte de gêneros diversos, mas como um tipo de escritura. É uma forma de
organização cognitiva e referencial cujos princípios constituem um conjunto de possibilidades
estruturais” (apud, Komesu, 2006). Segundo Koch, ao considerar a concepção de texto
adotada pela Lingüística Textual, afirma que “o hipertexto constitui um suporte lingüístico-
semiótico hoje intensamente utilizado para estabelecer interações virtuais desterritorializadas”
(2003: 63). Para essa autora, o que difere o hipertexto do texto impresso é apenas o suporte e
a rapidez com que é acessado.
4. No entanto, o conceito que adotamos nesta análise é a definição assumida por Xavier,
segundo o qual, o hipertexto pode ser considerado “uma forma híbrida, dinâmica e flexível de
linguagem que dialoga com outras interfaces semióticas, adiciona e condiciona à sua superfície
formas outras de textualidade” (2004: 171). É de grande importância, para esse autor, a idéia
de hiperlink, por meio do qual “a distância de um indivíduo a outro, de uma idéia a outra, passa
a ser medida por célebres clicks-de-mouse sobre estas inteligentes engenhocas digitais”
(2002). Ainda conforme o autor, a pluritextualidade, que “é uma novidade fascinante do
hipertexto por viabilizar a absorção de diferentes aportes sígnicos numa mesma superfície de
leitura, tais como palavras, ícones animados, efeitos sonoros, diagramas e tabelas
tridimensionais.” (2004, 175), conferiria ao hipertexto uma peculiaridade. Quanto a esse
aspecto do hipertexto, Komesu afirma haver lacunas no estudo de Xavier, uma vez que,
segundo a autora, este autor “focaliza sua atenção em estratégias de referenciação ligadas,
principalmente, ao texto escrito, e parece colocar em segundo plano a análise dos dados não
verbais” (Komesu, 2006). Komesu ainda afirma compartilhar das definições de Koch (2002),
Marcuschi (1999) e Xavier (2002), apresentadas acima, mas declara ter algumas ressalvas
quanto a algumas afirmações a respeito dos traços do hipertexto (não-linearidade,
intertextualidade, multissemiose, etc.).
Posto isso e levando em conta que “todo texto impresso pode ser um hipertexto”
(Xavier, 2004: 175), veremos adiante como poderíamos construir um hipertexto, tendo vista os
objetivos específicos e os conteúdos das disciplinas escolares.
2. Construindo o hipertexto
Diante das marcantes e constantes referências à cultura popular nordestina, sobretudo
3
a pernambucana, reconhecemos na letra “Leão do Norte” um forte potencial no que diz
respeito à interdisciplinaridade. Por isso, tentaremos demonstrar como esse texto poderia ser
desenvolvido em sala de aula, entre algumas disciplinas curriculares. Para tanto, destacamos
alguns termos (que constituiriam os futuros hiperlinks) e os associamos a trechos de outros
textos, ora publicados e pré-existentes, ora produzidos por nós.
Vale salientar que partimos do pressuposto, em conformidade com que afirma
4
Possenti acerca da ênfase do papel do leitor no hipertexto, que o produtor deste sinaliza,
explicitamente, através dos termos ao qual se relaciona o link, por quais caminhos o leitor pode
seguir (mesmo que não o faça), de acordo com seus objetivos comunicativos. Assim, a escolha
dos textos e, conseqüentemente, dos hiperlinks a serem selecionados, é norteada pelos
propósitos do professor, em função do conteúdo específico do programa ou dos temas que
julgue pertinentes.
3
A letra está reproduzida, juntamente com as relações estabelecidas, em anexo.
4
Para Possenti, a ênfase no papel do leitor é decorrente da concepção de língua que se
considere. Desse modo, ao encararmos a língua como um processo interativo, naturalmente,
estamos considerando o leitor como um sujeito ativo que mobiliza diversos conhecimentos, a
partir das sinalizações do texto. Esse papel do leitor está presente tanto na leitura do hipertexto
quanto em qualquer texto impresso.
5. Antes de aprofundar alguns temas em sala de aula, utilizando o texto escolhido, faz-se
necessário apresentar alguns conceitos básicos de informática que permitam a construção do
hipertexto, como a criação de hiperlinks, a criação de páginas da web (Microsoft FrontPage),
navegação na internet, etc. Depois de os alunos estarem familiarizados com as ferramentas da
informática, os professores de cada disciplina aprofundariam os temas desejados.
Primeiramente, com o intuito de trabalhar, a partir do texto-base, um tema do conteúdo
da disciplina Geografia, selecionamos o termo “Capibaribe” (linha 8) e o relacionamos a um
texto que aborda a hidrografia pernambucana, em que há uma tipologia dos rios, seus
afluentes e suas características, incluindo o Capibaribe. Vale lembrar que, se fosse outro o
nosso propósito (explorar um tema de literatura, por exemplo), poderíamos ter escolhido um
texto que abordasse os recursos estéticos utilizados por João Cabral de Melo Neto quando se
refere ao rio Capibaribe, que tem forte influência na obra desse autor.
Em relação à disciplina Educação Artística, selecionamos o termo “mamulengo” (linha
10). Em um primeiro momento, o professor poderia traçar um panorama histórico acerca do
contexto sócio-cultural que permitiu o surgimento desses bonecos, como eles são
caracterizados, quais os tipos principais e como se deu a trajetória quanto ao aspecto
valorativo deles, desde seu surgimento até os dias de hoje. Depois de situados social, cultural e
historicamente, os alunos poderiam aprender, passo a passo, numa atividade prática, como
produzir seus próprios mamulengos, que poderiam, posteriormente, se tornar personagens de
uma pequena representação dramática realizada pelos próprios alunos para outros alunos do
colégio.
Em seguida, destacamos o termo “mangue” (linha 17) que, por si só, já permitiria um
projeto pedagógico interdisciplinar. Em uma visita a um manguezal, em conjunto com os
professores de Ciências, Geografia, Matemática e Música, por exemplo, os alunos poderiam
conhecer, respectivamente: (1) a riqueza biológica deste ecossistema complexo; (2) o tipo de
vegetação característica, como o mangue se forma e quais seus benefícios para a economia;
(3) alguns dados relevantes a respeito do mangue, através da leitura de gráficos e de tabelas
matemáticas, bem como de conceitos desta área; e, por fim, (4) o Movimento Manguebeat,
bem como sua proposta na condição de movimento musical, que foi fortemente influenciado
por esse ecossistema.
Na linha 20, com o propósito de explorar um conteúdo de Literatura, destacamos o
nome do poeta Joaquim Cardoso. O professor da disciplina citada poderia apresentar um
pouco da biografia do autor e das características de sua poesia, através da leitura de vários
textos a respeito dele. A partir dessa caracterização, os alunos passariam a perceber que há
uma forte presença de representações matemáticas, fruto dos conhecimentos do poeta (que é
formado em Engenharia) em sua produção poética. Além disso, o professor poderia ressaltar a
importância de conhecer alguns dos conceitos matemáticos dos quais se utiliza o poeta para a
compreensão do poema. Assim, um professor de Matemática poderia retomar alguns desses
conceitos.
6. Na linha 21, destacamos o termo “pifo” com o intuito de explorar o tema “Formação de
palavras”, que faz parte do conteúdo de Língua Portuguesa. O professor da disciplina poderia
explorar, além das já conhecidas regras de formação, os efeitos de sentido que a redução do
termo “pífano” provocam na música; alguns aspectos da variação lingüística, ao levantar
hipóteses sobre os prováveis membros de grupos sociais que utilizam a forma destacada
tipicamente e que, normalmente, constituem as bandas de pífano; ou os recorrentes “erros” à
norma padrão, que alguns compositores cometem e que são fundamentais para a sonoridade
ou para o propósito da música. Se escolhido este último tema, o professor poderia comparar a
letra Leão do Norte com outras composições, como: História de uma gata (de Chico Buarque),
em que o autor vai de encontro às regras da gramática normativa quanto à colocação
pronominal (“Me alimentaram/ me acariciaram/ me aliciaram/ me acostumaram”), com o intuito
de fazer alusão a um miado; Fora de Si (de Arnaldo Antunes) que não utiliza a concordância
verbal adequada, conforme aponta a gramática, com o objetivo de demonstrar que há um
desregramento dos sentidos da voz enunciadora, que passa a se despersonalizar (“Eu fico
louco/ eu fico fora de si/ eu fica assim/ eu fica fora de mim/ eu fico um pouco/ depois eu saio
daqui/ eu vá embora/ eu fico fora de si/ eu fico oco/ eu fica bem assim/ eu fico sem ninguém em
mim”); e muito outros exemplos.
Diante dos conhecimentos para construção do hipertexto, os alunos poderiam
pesquisar na rede ou em outras fontes, textos relevantes e complementares ao link destacado,
o que contribuiria para o desenvolvimento do olhar crítico dos alunos, que passariam a
selecionar as informações que forem mais pertinentes. Além disso, os alunos poderiam ser
motivados a produzir seus próprios textos e os transformar em links, construir tabelas e
gráficos, disponibilizar imagens relacionadas etc.
3. Considerações finais
Neste estudo, partimos do pressuposto que poderíamos articular algumas áreas de
saber, através do hipertexto, visto que este potencializa as possibilidades de acesso a outros
textos, por associação, facilitando assim o processo de ensino-aprendizagem. Desta forma,
permitiríamos que alunos e professores, enquanto sujeitos sociais, se engajassem na
construção do conhecimento, por meio de reflexões e interações diante das informações. Vale
a pena ressaltar que, ao defendermos a interdisciplinaridade, via hipertexto, não estamos
propondo a extinção das disciplinas. Aqui, faz-se necessário distinguir dois tipos de relações
entre as disciplinas, propostas por Piaget (além da interdisciplinaridade): multidisciplinaridade,
transdisciplinaridade e interdisciplinaridade. Em uma postura multidisciplinar, recorremos a
várias informações das disciplinas, sem necessariamente, as interligarmos. Já numa ação
transdisciplinar, as matérias se relacionam e interagem entre si de tal forma extremada que não
é possível distingui-las (aqui, haveria, de fato, a eliminação das disciplinas). Acreditamos,
portanto, que seja importante que os alunos entrem em contato com os conteúdos específicos
de cada matéria, contanto que não sejam dispostos em blocos estanques.
7. Quanto à proposta de construção de hipertexto, é interessante notar, como resultado
desta primeira etapa aqui apresentada e como ponto de partida para discussões outras, quais
os principais conteúdos, aos links indexados, foram mais utilizados pelos alunos. Foram
conteúdos bibliográficos ou biográficos? Foram conceituações, descrições, exemplificações ou
sugestões de outros sites? Será que houve coerência e relevância ao tema tratado no texto de
partida (sabemos que a centralidade não caracteriza o hipertexto, mas levemos em conta,
neste caso, que os alunos construíram os hiperlinks a partir de um texto-base), quanto ao texto
“linkado”? Quais possíveis hipóteses estariam relacionadas à escolha de um tipo de conteúdo
em detrimento de outro? Essas e outras questões poderiam ser discutidas, a partir dos
primeiros resultados obtidos.
ANEXO
8.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARTHES, R. O prazer do texto. Lisboa: Edições 70, 1973.
KLEIMAN, A B.; MORAES, Silvia E.. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos
da escola. Campinas (SP): Mercado de Letras Editora, 1999.
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KOMESU, F. C. Pensar em hipertexto. Disponível em:
http://www.ufpe.br/nehte/artigos/hipertexto.pdf. Coletado em: 21/11/06.
LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Trad.:
Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
MARCUSCHI, L. A. e XAVIER, A. C. (orgs.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de
comunicação de sentido. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.
PIAGET, JEAN. 1973 — Problemas gerais da investigação interdisciplinar e mecanismos
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POSSENTI, S. Notas um pouco céticas sobre hipertexto e construção de sentido. Disponível
em: http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/educar/article/view/2098/1750. Coletado em:
20/11/06.
XAVIER, A.C.S. Hipertexto na sociedade da informação: a constituição do modo de enunciação
digital. Tese (Doutorado) em Lingüística. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de
Estudos da Linguagem. Campinas (SP): /s.n./, 2002.
XAVIER, A.C.S. Leitura, texto e hipertexto. In: MARCUSCHI, L. A. & XAVIER, A. C. S. (orgs).
Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido. Rio de Janeiro: Lucerna,
2004.