SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
Baixar para ler offline
Fracionamento de isótopos
estáveis
Material extraído e modificado de:
- ALBARÈDE, F. Geoquímica: uma introdução.
São Paulo : Oficina de Textos, 2011.
Geoquímica de Alta Temperatura – 6º Período de Geologia
FINOM
Prof. Márcio José dos Santos
O que é fracionamento?
• Fracionamento de isótopos refere-se à flutuação
nas razões de isótopos como resultado de
processos naturais, em função da sua massa
atômica.
• Essa variações não estão relacionadas ao tempo e
ao enfraquecimento radioativo natural.
• Existem três tipos de fracionamento: o
fracionamento de equilíbrio, o fracionamento
cinético e o fracionamento independente de
massa.
O que são isótopos?
• Isótopos são átomos de um elemento químico
cujos núcleos têm o mesmo número atômico,
ou seja, os isótopos de um certo elemento
contêm o mesmo número de prótons
designado por "Z", mas diferentes números de
massa.
• Existem 339 isótopos naturais na Terra. São
conhecidos mais de 3.100.
Tipos de fracionamento
• O fracionamento de equilíbrio consiste na
distribuição desigual dos isótopos estáveis nos
reagentes e produtos de uma reação quando ela
atinge o equilíbrio químico.
• O fracionamento cinético consiste em taxas
diferentes de reação para os diferentes isótopos
de um mesmo elemento numa mesma reação
química.
• O fracionamento independente de massa é
anômalo e não segue as regras dos outros dois
tipos.
• Em incubações em sistemas fechados com o
propósito da medição da produção primária,
que duram algumas horas, apenas o
fracionamento cinético é importante.
• Em medições em sistemas abertos, que
cobrem escalas temporais medidas em
semanas, os fracionamentos de equilíbrio e
independente de massa são mais importantes.
• A aplicação de dados
isotópicos no estudo de
processos naturais é um
dos temas de maior
sucesso da geoquímica
moderna.
• Os métodos isotópicos
dependem de
procedimentos
complexos e
equipamentos analíticos
sofisticados, mas são
conceitualmente simples
e robustos.
A variabilidade natural das abundâncias
isotópicas é resultante de diferentes processos:
1. Em condições termodinâmicas e cinéticas
diversas, os isótopos distribuem-se de modo
desigual entre fases coexistentes (minerais,
líquidos, gases). Esses efeitos são geralmente
sutis, assim como são sutis as diferenças
entre os isótopos, o que explica por que elas
foram percebidas apenas na década de 1950.
2. A radioatividade remove do sistema o
isótopo pai ou radioativo e acrescenta ao
sistema o produto de seu decaimento (p. ex.
87Rb transforma-se em 87Sr). Veremos no
próximo capítulo que a taxa de remoção do
isótopo pai é idêntica em todo o Universo e
ao longo de todo o tempo, e que esse
processo afeta apenas as abundâncias
relativas dos isótopos radiogênicos.
3. Os raios cósmicos contêm partículas produzidas
fora do Sistema Solar e sua origem ainda não é
completamente entendida. A energia de algumas
dessas partículas, na sua maioria prótons e
partículas α, pode exceder a energia de ligação
do núcleo.
• Na alta atmosfera, alguns núcleos (p. ex.
nitrogênio e oxigênio) sofrem colisões com essas
partículas, um processo denominado espalação.
• A maioria das partículas que chega ao solo
terrestre é secundária e está relacionada à
espalação.
4. A turbulência na nebulosa solar, os processos
de mistura e a diferenciação planetária
praticamente apagaram por completo os
vestígios das heterogeneidades isotópicas
originais.
• A exceção é o oxigênio, cujos isótopos
apresentam efeitos de fracionamento
independente da massa da Terra, na Lua, em
Marte e em diferentes grupos de meteoritos,
sugerindo a existência de diferentes
reservatórios.
• Isótopos estáveis de carbono, nitrogênio,
enxofre, hidrogênio e oxigênio são
considerados, atualmente, ferramentas úteis
aos geólogos, fisiologistas, ecólogos e a outros
pesquisadores que estudam os ciclos de
matéria e energia no ambiente.
Hidrogênio
• O hidrogênio se concentra principalmente na
hidrosfera, ou seja, em oceanos, geleiras e águas
doces.
• Uma fração expressiva do hidrogênio terrestre pode
estar contida no manto, mas sua concentração por
unidade de massa neste reservatório é muito pequena
(poucas centenas de ppm).
• Como a fração mais expressiva do hidrogênio está na
hidrosfera, a composição isotópica dos aquíferos
praticamente não sofre modificação ao interagir com o
solo e as rochas, a menos que a proporção de água
subterrânea contida nos poros seja extremamente
baixa.
• A razão D/H média na Terra é de cerca de 1,4 x 10-4, o
que equivale a dizer que a abundância isotópica de D é
de 140 ppm.
• Os isótopos de hidrogênio sofrem forte fracionamento
entre vapor e água líquida, e entre vapor e gelo na
faixa de temperatura da superfície terrestre, razão pela
qual os valores de δD são os principais traçadores do
ciclo hidrológico.
• O fracionamento entre D e H é também observado em
minerais hidratados,
• A geoquímica dos isótopos de hidrogênio é uma
ferramenta eficiente no estudo do ciclo hidrológico
profundo e das reações de desidratação associadas ao
soterramento de rochas hidratadas, tais como xistos,
serpentinitos e anfibolitos, particularmente em zonas
de subducção.
Oxigênio
• O oxigênio tem três isótopos estáveis de massas
16, 17 e 18, cujas abundâncias relativas médias
são de 99,76, 0,037 e 0,204%, respectivamente.
• Para o oxigênio, assim como para o hidrogênio, o
material de referência mais usado é a água média
padrão dos oceanos (standard mearz ocean
wafer, SHOW).
• O valor terrestre médio, δ18O ≈ +5,5%o, é
correspondente à composição isotópica das
rochas do manto, que constituem o maior
reservatório geológico de oxigênio.
• A geoquímica isotópica do oxigênio fornece
informações importantes no estudo de rochas ígneas e
metamórficas:
• A diferenciação magmática de rochas basálticas ocorre
a temperaturas de cerca de 1.100 ºC, em que
praticamente não há fracionamento de isótopos de
oxigênio.
• A fusão parcial em temperaturas superiores a 800 ºC
não causa fracionamento isotópico.
• Amostras com desvios expressivos em relação aos
valores de δ18O do manto sugerem que suas rochas-
fonte sofreram processos de baixa temperatura
(podendo conter rochas sedimentares ou alteradas ou
foram submetidas a alteração hidrotermal ou
intemperismo.
Carbono
• O carbono possui dois isótopos estáveis de
massa 12 e 13, com abundâncias relativas de
98,89 e 1,11%, respectivamente.
• O padrão de δ13C é o carbonato dos fósseis de
belemnites da Formação Pee Dee (Pee Dee
beZemnífes, PDB), nos EUA.
• Apesar de ser menos abundante que o oxigênio,
o carbono é amplamente distribuído na natureza:
íons carbonato dissolvidas nos oceanos (H2CO3,
HCO3
- CO3
2-); o carbono atmosférico; rochas
carbonáticas e o carbono do manto.
• O carbono pode se apresentar na forma reduzida
(C, CH4, matéria orgânica) ou oxidada (CO, CO2).
• Ele ocorre em diferentes formas no manto, em
abundâncias relativas que não são bem
conhecidas. O valor médio de δ13C terrestre é,
possivelmente, próximo a -7%o.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Deformação das rochas
Deformação das rochasDeformação das rochas
Deformação das rochasIsabel Lopes
 
Rochas metamórficas
Rochas metamórficasRochas metamórficas
Rochas metamórficasCatir
 
3 b classificaçãorochassedimentares
3 b   classificaçãorochassedimentares3 b   classificaçãorochassedimentares
3 b classificaçãorochassedimentaresmargaridabt
 
Geologia do Quaternário
Geologia do QuaternárioGeologia do Quaternário
Geologia do QuaternárioRuana Viana
 
7 rochas metamórficas
7   rochas metamórficas7   rochas metamórficas
7 rochas metamórficasmargaridabt
 
Geo 16 rochas magmáticas - classificação das rochas magmáticas
Geo 16   rochas magmáticas - classificação das rochas magmáticasGeo 16   rochas magmáticas - classificação das rochas magmáticas
Geo 16 rochas magmáticas - classificação das rochas magmáticasNuno Correia
 
Os minerais e as suas características
Os minerais e as suas característicasOs minerais e as suas características
Os minerais e as suas característicasCatir
 
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIA
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIARELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIA
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIAEzequias Guimaraes
 
1ºRochas MagmáTicas
1ºRochas MagmáTicas1ºRochas MagmáTicas
1ºRochas MagmáTicasArminda Malho
 
Fotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossínteseFotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossíntesemargaridabt
 
Rochas Metamórficas
Rochas MetamórficasRochas Metamórficas
Rochas MetamórficasTânia Reis
 
Tipos de rochas sedimentares
Tipos de rochas sedimentaresTipos de rochas sedimentares
Tipos de rochas sedimentaresGéssica Santos
 

Mais procurados (20)

Deformação das rochas
Deformação das rochasDeformação das rochas
Deformação das rochas
 
Rochas metamórficas
Rochas metamórficasRochas metamórficas
Rochas metamórficas
 
3 b classificaçãorochassedimentares
3 b   classificaçãorochassedimentares3 b   classificaçãorochassedimentares
3 b classificaçãorochassedimentares
 
Rochas magmáticas
Rochas magmáticasRochas magmáticas
Rochas magmáticas
 
Geoquímica Aula 1
Geoquímica   Aula 1Geoquímica   Aula 1
Geoquímica Aula 1
 
Geologia do Quaternário
Geologia do QuaternárioGeologia do Quaternário
Geologia do Quaternário
 
7 rochas metamórficas
7   rochas metamórficas7   rochas metamórficas
7 rochas metamórficas
 
Geo 16 rochas magmáticas - classificação das rochas magmáticas
Geo 16   rochas magmáticas - classificação das rochas magmáticasGeo 16   rochas magmáticas - classificação das rochas magmáticas
Geo 16 rochas magmáticas - classificação das rochas magmáticas
 
Os minerais e as suas características
Os minerais e as suas característicasOs minerais e as suas características
Os minerais e as suas características
 
Texturas magmaticas
Texturas magmaticasTexturas magmaticas
Texturas magmaticas
 
IX - ROCHAS MAGMÁTICAS
IX - ROCHAS MAGMÁTICASIX - ROCHAS MAGMÁTICAS
IX - ROCHAS MAGMÁTICAS
 
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIA
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIARELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIA
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ESTRATIGRAFIA
 
1ºRochas MagmáTicas
1ºRochas MagmáTicas1ºRochas MagmáTicas
1ºRochas MagmáTicas
 
Fotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossínteseFotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossíntese
 
Modulo a2.3 fotossíntese
Modulo a2.3 fotossínteseModulo a2.3 fotossíntese
Modulo a2.3 fotossíntese
 
Rochas Metamórficas
Rochas MetamórficasRochas Metamórficas
Rochas Metamórficas
 
origem dos solos!
origem dos solos!origem dos solos!
origem dos solos!
 
Minerais
MineraisMinerais
Minerais
 
Tipos de rochas sedimentares
Tipos de rochas sedimentaresTipos de rochas sedimentares
Tipos de rochas sedimentares
 
03 aula métodos sismicos
03 aula métodos sismicos03 aula métodos sismicos
03 aula métodos sismicos
 

Destaque

Hidrogeologia de Meios Cársticos
Hidrogeologia de Meios CársticosHidrogeologia de Meios Cársticos
Hidrogeologia de Meios CársticosBrunoS26
 
Utilização da energia nuclear na agricultura 23 11 2012
Utilização da energia nuclear na agricultura 23 11 2012Utilização da energia nuclear na agricultura 23 11 2012
Utilização da energia nuclear na agricultura 23 11 2012José Lavres Junior
 
Geoquímica sedimentação e intemperismo
Geoquímica   sedimentação e intemperismoGeoquímica   sedimentação e intemperismo
Geoquímica sedimentação e intemperismomarciotecsoma
 
Isótopos e suas aplicações
Isótopos e suas aplicaçõesIsótopos e suas aplicações
Isótopos e suas aplicaçõesmaariane27
 
Geoquímica - Dispersão Geoquímica
Geoquímica - Dispersão GeoquímicaGeoquímica - Dispersão Geoquímica
Geoquímica - Dispersão Geoquímicamarciotecsoma
 
Geoquímica Distribuição dos elementos químicos
Geoquímica   Distribuição dos elementos químicosGeoquímica   Distribuição dos elementos químicos
Geoquímica Distribuição dos elementos químicosmarciotecsoma
 
Elemento quimicos e isotopos
Elemento quimicos e isotoposElemento quimicos e isotopos
Elemento quimicos e isotoposIsadora Girio
 
Conservação da massa e fracionamento elemental
Conservação da massa e fracionamento elementalConservação da massa e fracionamento elemental
Conservação da massa e fracionamento elementalMarcio Santos
 
GeoSudeste2015_CursoIsótopos
GeoSudeste2015_CursoIsótoposGeoSudeste2015_CursoIsótopos
GeoSudeste2015_CursoIsótoposPamela Vilela
 
Classificação Geoquímica de Rochas Igneas
Classificação Geoquímica de Rochas IgneasClassificação Geoquímica de Rochas Igneas
Classificação Geoquímica de Rochas IgneasAstrid Siachoque
 
Eggs, mass and mole calculations
Eggs, mass and mole calculationsEggs, mass and mole calculations
Eggs, mass and mole calculationsdrbob72
 
Metassomatismo, depósitos de Greisen e Skarn
Metassomatismo, depósitos de Greisen e SkarnMetassomatismo, depósitos de Greisen e Skarn
Metassomatismo, depósitos de Greisen e SkarnLucas Quaiatti
 
Geoquímica do solo aula 6
Geoquímica do solo   aula 6Geoquímica do solo   aula 6
Geoquímica do solo aula 6marciotecsoma
 
Ciclagem de matéria e energia
Ciclagem de matéria e energiaCiclagem de matéria e energia
Ciclagem de matéria e energiaLimnos Ufsc
 
22 quimica dos-nao_metais_capitulo 22
22  quimica dos-nao_metais_capitulo 2222  quimica dos-nao_metais_capitulo 22
22 quimica dos-nao_metais_capitulo 22Márcio dos Santos
 
Palestra_Ulisses
Palestra_UlissesPalestra_Ulisses
Palestra_UlissesReprotec
 

Destaque (20)

Hidrogeologia de Meios Cársticos
Hidrogeologia de Meios CársticosHidrogeologia de Meios Cársticos
Hidrogeologia de Meios Cársticos
 
Utilização da energia nuclear na agricultura 23 11 2012
Utilização da energia nuclear na agricultura 23 11 2012Utilização da energia nuclear na agricultura 23 11 2012
Utilização da energia nuclear na agricultura 23 11 2012
 
Geoquímica sedimentação e intemperismo
Geoquímica   sedimentação e intemperismoGeoquímica   sedimentação e intemperismo
Geoquímica sedimentação e intemperismo
 
Isótopos e suas aplicações
Isótopos e suas aplicaçõesIsótopos e suas aplicações
Isótopos e suas aplicações
 
Geoquímica - Dispersão Geoquímica
Geoquímica - Dispersão GeoquímicaGeoquímica - Dispersão Geoquímica
Geoquímica - Dispersão Geoquímica
 
Isótopos
IsótoposIsótopos
Isótopos
 
Geoquímica Distribuição dos elementos químicos
Geoquímica   Distribuição dos elementos químicosGeoquímica   Distribuição dos elementos químicos
Geoquímica Distribuição dos elementos químicos
 
Elemento quimicos e isotopos
Elemento quimicos e isotoposElemento quimicos e isotopos
Elemento quimicos e isotopos
 
Conservação da massa e fracionamento elemental
Conservação da massa e fracionamento elementalConservação da massa e fracionamento elemental
Conservação da massa e fracionamento elemental
 
GeoSudeste2015_CursoIsótopos
GeoSudeste2015_CursoIsótoposGeoSudeste2015_CursoIsótopos
GeoSudeste2015_CursoIsótopos
 
Classificação Geoquímica de Rochas Igneas
Classificação Geoquímica de Rochas IgneasClassificação Geoquímica de Rochas Igneas
Classificação Geoquímica de Rochas Igneas
 
Geoquímica
GeoquímicaGeoquímica
Geoquímica
 
Eggs, mass and mole calculations
Eggs, mass and mole calculationsEggs, mass and mole calculations
Eggs, mass and mole calculations
 
Metassomatismo, depósitos de Greisen e Skarn
Metassomatismo, depósitos de Greisen e SkarnMetassomatismo, depósitos de Greisen e Skarn
Metassomatismo, depósitos de Greisen e Skarn
 
Ch099 a ch06-if-wkshts
Ch099 a ch06-if-wkshtsCh099 a ch06-if-wkshts
Ch099 a ch06-if-wkshts
 
Geoquímica do solo aula 6
Geoquímica do solo   aula 6Geoquímica do solo   aula 6
Geoquímica do solo aula 6
 
Ciclagem de matéria e energia
Ciclagem de matéria e energiaCiclagem de matéria e energia
Ciclagem de matéria e energia
 
22 quimica dos-nao_metais_capitulo 22
22  quimica dos-nao_metais_capitulo 2222  quimica dos-nao_metais_capitulo 22
22 quimica dos-nao_metais_capitulo 22
 
Palestra_Ulisses
Palestra_UlissesPalestra_Ulisses
Palestra_Ulisses
 
Minas e Jazidas
Minas e JazidasMinas e Jazidas
Minas e Jazidas
 

Semelhante a Fracionamento de isótopos estáveis

Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIA
Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIAEcologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIA
Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIALimnos Ufsc
 
odis10_ppt_subsis_terra.pdf
odis10_ppt_subsis_terra.pdfodis10_ppt_subsis_terra.pdf
odis10_ppt_subsis_terra.pdfcarlotapontes2
 
Água e regulação osmótica
Água e regulação osmóticaÁgua e regulação osmótica
Água e regulação osmóticaCaio Maximino
 
Aula 03_ Quimica da Atmosfera (Quimica Ambiental)
Aula 03_ Quimica da Atmosfera (Quimica Ambiental)Aula 03_ Quimica da Atmosfera (Quimica Ambiental)
Aula 03_ Quimica da Atmosfera (Quimica Ambiental)AndreaGama16
 
A terra e os seus subsistemas aula 3 (1)
A terra e os seus subsistemas aula 3 (1)A terra e os seus subsistemas aula 3 (1)
A terra e os seus subsistemas aula 3 (1)Dinis Tomás
 
1 a terra e os subsistemas terrestres
1   a terra e os subsistemas terrestres1   a terra e os subsistemas terrestres
1 a terra e os subsistemas terrestresmargaridabt
 
Estudos minerais.ppt
Estudos minerais.pptEstudos minerais.ppt
Estudos minerais.pptdaniel936004
 
Aula Ecologia Ciclos BiogeoquíMicos 2009
Aula  Ecologia Ciclos BiogeoquíMicos 2009Aula  Ecologia Ciclos BiogeoquíMicos 2009
Aula Ecologia Ciclos BiogeoquíMicos 2009RAFAELA BARBOSA
 
Aula 05 ciclos biogeoquimicos
Aula 05  ciclos biogeoquimicosAula 05  ciclos biogeoquimicos
Aula 05 ciclos biogeoquimicosmikerondon
 
Os Gases vestigiais da Atmosfera
Os Gases vestigiais da AtmosferaOs Gases vestigiais da Atmosfera
Os Gases vestigiais da Atmosferaguest6226ea1
 
Aula hidrosfera 2020.ppt
Aula hidrosfera 2020.pptAula hidrosfera 2020.ppt
Aula hidrosfera 2020.pptRenanElias12
 
1 - A-Terra-e-os-seus-subsistemas-em-interacção (4 aulas) (1).pptx
1 - A-Terra-e-os-seus-subsistemas-em-interacção  (4 aulas) (1).pptx1 - A-Terra-e-os-seus-subsistemas-em-interacção  (4 aulas) (1).pptx
1 - A-Terra-e-os-seus-subsistemas-em-interacção (4 aulas) (1).pptxAntnioAbrantes6
 

Semelhante a Fracionamento de isótopos estáveis (20)

Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIA
Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIAEcologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIA
Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIA
 
odis10_ppt_subsis_terra.pdf
odis10_ppt_subsis_terra.pdfodis10_ppt_subsis_terra.pdf
odis10_ppt_subsis_terra.pdf
 
Água e regulação osmótica
Água e regulação osmóticaÁgua e regulação osmótica
Água e regulação osmótica
 
Química da Atmosfera.pdf
Química da Atmosfera.pdfQuímica da Atmosfera.pdf
Química da Atmosfera.pdf
 
Aula 03_ Quimica da Atmosfera (Quimica Ambiental)
Aula 03_ Quimica da Atmosfera (Quimica Ambiental)Aula 03_ Quimica da Atmosfera (Quimica Ambiental)
Aula 03_ Quimica da Atmosfera (Quimica Ambiental)
 
Ecotono.pptx
Ecotono.pptxEcotono.pptx
Ecotono.pptx
 
A terra e os seus subsistemas aula 3 (1)
A terra e os seus subsistemas aula 3 (1)A terra e os seus subsistemas aula 3 (1)
A terra e os seus subsistemas aula 3 (1)
 
Estudos minerais
Estudos mineraisEstudos minerais
Estudos minerais
 
1 a terra e os subsistemas terrestres
1   a terra e os subsistemas terrestres1   a terra e os subsistemas terrestres
1 a terra e os subsistemas terrestres
 
Estudos minerais.ppt
Estudos minerais.pptEstudos minerais.ppt
Estudos minerais.ppt
 
Aula Ecologia Ciclos BiogeoquíMicos 2009
Aula  Ecologia Ciclos BiogeoquíMicos 2009Aula  Ecologia Ciclos BiogeoquíMicos 2009
Aula Ecologia Ciclos BiogeoquíMicos 2009
 
Aula 05 ciclos biogeoquimicos
Aula 05  ciclos biogeoquimicosAula 05  ciclos biogeoquimicos
Aula 05 ciclos biogeoquimicos
 
Evolução
EvoluçãoEvolução
Evolução
 
Paleoecologia999
Paleoecologia999Paleoecologia999
Paleoecologia999
 
Ciclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosCiclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicos
 
Os Gases vestigiais da Atmosfera
Os Gases vestigiais da AtmosferaOs Gases vestigiais da Atmosfera
Os Gases vestigiais da Atmosfera
 
Cefet Rj Eco Iv
Cefet Rj Eco IvCefet Rj Eco Iv
Cefet Rj Eco Iv
 
Aula hidrosfera
Aula hidrosferaAula hidrosfera
Aula hidrosfera
 
Aula hidrosfera 2020.ppt
Aula hidrosfera 2020.pptAula hidrosfera 2020.ppt
Aula hidrosfera 2020.ppt
 
1 - A-Terra-e-os-seus-subsistemas-em-interacção (4 aulas) (1).pptx
1 - A-Terra-e-os-seus-subsistemas-em-interacção  (4 aulas) (1).pptx1 - A-Terra-e-os-seus-subsistemas-em-interacção  (4 aulas) (1).pptx
1 - A-Terra-e-os-seus-subsistemas-em-interacção (4 aulas) (1).pptx
 

Último

DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 

Último (20)

DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 

Fracionamento de isótopos estáveis

  • 1. Fracionamento de isótopos estáveis Material extraído e modificado de: - ALBARÈDE, F. Geoquímica: uma introdução. São Paulo : Oficina de Textos, 2011. Geoquímica de Alta Temperatura – 6º Período de Geologia FINOM Prof. Márcio José dos Santos
  • 2. O que é fracionamento? • Fracionamento de isótopos refere-se à flutuação nas razões de isótopos como resultado de processos naturais, em função da sua massa atômica. • Essa variações não estão relacionadas ao tempo e ao enfraquecimento radioativo natural. • Existem três tipos de fracionamento: o fracionamento de equilíbrio, o fracionamento cinético e o fracionamento independente de massa.
  • 3. O que são isótopos? • Isótopos são átomos de um elemento químico cujos núcleos têm o mesmo número atômico, ou seja, os isótopos de um certo elemento contêm o mesmo número de prótons designado por "Z", mas diferentes números de massa. • Existem 339 isótopos naturais na Terra. São conhecidos mais de 3.100.
  • 4. Tipos de fracionamento • O fracionamento de equilíbrio consiste na distribuição desigual dos isótopos estáveis nos reagentes e produtos de uma reação quando ela atinge o equilíbrio químico. • O fracionamento cinético consiste em taxas diferentes de reação para os diferentes isótopos de um mesmo elemento numa mesma reação química. • O fracionamento independente de massa é anômalo e não segue as regras dos outros dois tipos.
  • 5. • Em incubações em sistemas fechados com o propósito da medição da produção primária, que duram algumas horas, apenas o fracionamento cinético é importante. • Em medições em sistemas abertos, que cobrem escalas temporais medidas em semanas, os fracionamentos de equilíbrio e independente de massa são mais importantes.
  • 6. • A aplicação de dados isotópicos no estudo de processos naturais é um dos temas de maior sucesso da geoquímica moderna. • Os métodos isotópicos dependem de procedimentos complexos e equipamentos analíticos sofisticados, mas são conceitualmente simples e robustos.
  • 7. A variabilidade natural das abundâncias isotópicas é resultante de diferentes processos: 1. Em condições termodinâmicas e cinéticas diversas, os isótopos distribuem-se de modo desigual entre fases coexistentes (minerais, líquidos, gases). Esses efeitos são geralmente sutis, assim como são sutis as diferenças entre os isótopos, o que explica por que elas foram percebidas apenas na década de 1950.
  • 8. 2. A radioatividade remove do sistema o isótopo pai ou radioativo e acrescenta ao sistema o produto de seu decaimento (p. ex. 87Rb transforma-se em 87Sr). Veremos no próximo capítulo que a taxa de remoção do isótopo pai é idêntica em todo o Universo e ao longo de todo o tempo, e que esse processo afeta apenas as abundâncias relativas dos isótopos radiogênicos.
  • 9. 3. Os raios cósmicos contêm partículas produzidas fora do Sistema Solar e sua origem ainda não é completamente entendida. A energia de algumas dessas partículas, na sua maioria prótons e partículas α, pode exceder a energia de ligação do núcleo. • Na alta atmosfera, alguns núcleos (p. ex. nitrogênio e oxigênio) sofrem colisões com essas partículas, um processo denominado espalação. • A maioria das partículas que chega ao solo terrestre é secundária e está relacionada à espalação.
  • 10. 4. A turbulência na nebulosa solar, os processos de mistura e a diferenciação planetária praticamente apagaram por completo os vestígios das heterogeneidades isotópicas originais. • A exceção é o oxigênio, cujos isótopos apresentam efeitos de fracionamento independente da massa da Terra, na Lua, em Marte e em diferentes grupos de meteoritos, sugerindo a existência de diferentes reservatórios.
  • 11. • Isótopos estáveis de carbono, nitrogênio, enxofre, hidrogênio e oxigênio são considerados, atualmente, ferramentas úteis aos geólogos, fisiologistas, ecólogos e a outros pesquisadores que estudam os ciclos de matéria e energia no ambiente.
  • 12. Hidrogênio • O hidrogênio se concentra principalmente na hidrosfera, ou seja, em oceanos, geleiras e águas doces. • Uma fração expressiva do hidrogênio terrestre pode estar contida no manto, mas sua concentração por unidade de massa neste reservatório é muito pequena (poucas centenas de ppm). • Como a fração mais expressiva do hidrogênio está na hidrosfera, a composição isotópica dos aquíferos praticamente não sofre modificação ao interagir com o solo e as rochas, a menos que a proporção de água subterrânea contida nos poros seja extremamente baixa.
  • 13.
  • 14. • A razão D/H média na Terra é de cerca de 1,4 x 10-4, o que equivale a dizer que a abundância isotópica de D é de 140 ppm. • Os isótopos de hidrogênio sofrem forte fracionamento entre vapor e água líquida, e entre vapor e gelo na faixa de temperatura da superfície terrestre, razão pela qual os valores de δD são os principais traçadores do ciclo hidrológico. • O fracionamento entre D e H é também observado em minerais hidratados, • A geoquímica dos isótopos de hidrogênio é uma ferramenta eficiente no estudo do ciclo hidrológico profundo e das reações de desidratação associadas ao soterramento de rochas hidratadas, tais como xistos, serpentinitos e anfibolitos, particularmente em zonas de subducção.
  • 15. Oxigênio • O oxigênio tem três isótopos estáveis de massas 16, 17 e 18, cujas abundâncias relativas médias são de 99,76, 0,037 e 0,204%, respectivamente. • Para o oxigênio, assim como para o hidrogênio, o material de referência mais usado é a água média padrão dos oceanos (standard mearz ocean wafer, SHOW). • O valor terrestre médio, δ18O ≈ +5,5%o, é correspondente à composição isotópica das rochas do manto, que constituem o maior reservatório geológico de oxigênio.
  • 16. • A geoquímica isotópica do oxigênio fornece informações importantes no estudo de rochas ígneas e metamórficas: • A diferenciação magmática de rochas basálticas ocorre a temperaturas de cerca de 1.100 ºC, em que praticamente não há fracionamento de isótopos de oxigênio. • A fusão parcial em temperaturas superiores a 800 ºC não causa fracionamento isotópico. • Amostras com desvios expressivos em relação aos valores de δ18O do manto sugerem que suas rochas- fonte sofreram processos de baixa temperatura (podendo conter rochas sedimentares ou alteradas ou foram submetidas a alteração hidrotermal ou intemperismo.
  • 17.
  • 18.
  • 19. Carbono • O carbono possui dois isótopos estáveis de massa 12 e 13, com abundâncias relativas de 98,89 e 1,11%, respectivamente. • O padrão de δ13C é o carbonato dos fósseis de belemnites da Formação Pee Dee (Pee Dee beZemnífes, PDB), nos EUA.
  • 20.
  • 21. • Apesar de ser menos abundante que o oxigênio, o carbono é amplamente distribuído na natureza: íons carbonato dissolvidas nos oceanos (H2CO3, HCO3 - CO3 2-); o carbono atmosférico; rochas carbonáticas e o carbono do manto. • O carbono pode se apresentar na forma reduzida (C, CH4, matéria orgânica) ou oxidada (CO, CO2). • Ele ocorre em diferentes formas no manto, em abundâncias relativas que não são bem conhecidas. O valor médio de δ13C terrestre é, possivelmente, próximo a -7%o.