2. ■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA
♦ Crosta Terrestre → imenso arquivo natural.
♦ Rochas → páginas de registro deste arquivo (geológico & biológico).
♦ Paleontologia → ciência destinada ao estudo dos documentos biológicos
do planeta.
3. ■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA
♦ Paleontologia
→ relacionada com a Biologia e a Geologia.
→ ponto de contato entre estas duas ciências naturais.
♦ Mantém fortes vínculos com a Estratigrafia e a Geologia Histórica.
4. ■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA
♦ Paleontologia → Reconhece as mudanças havidas nas
tafofaunas e tafofloras.
♦ Fóssil → Todo resto orgânico, ou evidência direta da presença de
seres vivos, antes da época geológica atual.
5. ♦ Um fóssil representa:
→ um tipo orgânico.
→ o tempo geológico.
→ o ambiente ecológico.
♦ Um fóssil informa:
→ as modificações geográficas.
→ as modificações ambientais.
→ as modificações anatômicas.
■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA
6. ♦ A Paleontologia apresenta as mesmas subdivisões da biologia atual.
Zoologia ................... Paleozoologia
Botânica ................. Paleobotânica
Microbiologia ... Paleomicrobiologia
Icnologia ................ Paleoicnologia
Parasitologia .... Paleoparasitologia
Palinologia .......... Paleopalinologia
♦ A paleoecologia objetiva refazer as relações entre os organismos do
passado e seu meio ambiente – inferidas a partir do registro fóssil.
■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA
7. ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
♦ Para que os resultados de uma pesquisa paleoecológica sejam precisos,
há a necessidade de um sólido conhecimento dos parâmetros climáticos
modernos e sua ciclicidade.
♦ Aliados aos experimentos realizados com faunas modernas e seu
comportamento, estes fatores permitem uma melhor aproximação dos
processos geológicos do passado e de suas modificações ao longo do tempo.
8. ♦ A Paleoecologia se vale das mesmas regras que governam as relações ecológicas
modernas.
♦ Ernest Haeckel (1834 – 1919)
♦ Ecologia → Estuda o conjunto de relações entre os seres vivos e o meio em que vivem
(complexa teia de relações existentes entre os organismos e o meio físico em que vivem).
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
9. ♦ Etapa inicial do trabalho paleoecológico → detalhada e cuidadosa coleta de
dados de campo.
1. Objetivo – estabelecer até que ponto os processos de transporte e
soterramento influenciariam a informação que nos chega através do
registro.
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
10. ♦ Condições essenciais para processar-se a fossilização:
1. Rápido Sepultamento.
2. Isolamento do cadáver de eventuais necrófagos.
3. Natureza do material sedimentar sepultante.
4. Número de partes duras resistentes à decomposição.
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
11. ♦ Tafonomia
→ Estudo do complexo de fenômenos que tratam do trânsito de
um organismo de integrante da biosfera à integrante da
litosfera.
1. Biostratonomia
2. Fossildiagênese
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
12. ♦ Biostratonomia
→ Estuda o conjunto de eventos que vão da morte ao sepultamento.
• Ambiente terrestre – costuma ser lento (vento e chuva).
* águas fluviais
* cavernas calcárias
• Ambiente marinho – costuma ser rápido.
* águas rasas (sedimentação mais rápida)
* águas profundas (sedimentação mais lenta)
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
13. ♦ Tipos menos frequentes de conservação:
• Gelo
* ótimo agente de fossilização.
* costuma ter caráter temporário.
• Âmbar
* resina vegetal.
* organismos de pequeno porte.
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
14. • Turfa
* matéria vegetal em início de “carbonização”.
* conserva excelentes fósseis (múmias).
• Betume
* derivado natural do petróleo.
* recobrimento rápido e hermético.
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
15. ♦ Fossildiagênese
→ Estuda o conjunto de eventos que vão do sepultamento de um organismo até
sua condição fóssil.
• Fatores operantes na fossildiagênese:
* pressão
* temperatura
→ merecem ser lembradas também as águas de infiltração.
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
16. ♦ Local do sepultamento:
• Deposição autóctone
→ o cadáver está sepultado no mesmo local em que vivia.
_______________________________________________________________
• Deposição alóctone
→ o cadáver está numa região distinta daquela em que vivia
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
17. 1. Realizar um perfil detalhado da exposição (textura, granulometria), dos
níveis fossilíferos e camadas associadas.
2. Registrar a posição em que são encontrados os restos orgânicos (seu
estado de preservação).
3. Avaliar a natureza do evento ocorrido (catastrófico ou cíclico) e o tipo de
agente gerador do depósito.
4. Coletar, quando possível, amostras para análises geoquímicas, de
espectrometria e de difratometria de raios-X (para a datação e análise de
proveniência).
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
18. ♦ Todos dados pertinentes à vida e à constituição do nicho
ecológico devem ser buscados.
1. Posição na cadeia trófica.
2. Situação no ou entre os ecossistemas
3. Fatores condicionantes de sua existência
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
19. ♦ As rochas variam de tipo devido as mudanças nas condições ambientais...
Verticalmente → no tempo geológico
Horizontalmente → no espaço geográfico.
■ Fácies → caráter distintivo de uma rocha.
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♦ Biofácies – conjunto de fósseis de determinado nível sedimentar utilizados para
avaliar a população paleobiológica.
1. Associação catastrófica – restos acumulados pela ação de catástrofes.
2. Associação atricional – restos acumulados gradativamente (mortos em distintos
momentos).
■ ASSOCIAÇÕES POPULACIONAIS
22. 1. Composição do esqueleto – permite avaliar as condições de temperatura
da água do mar onde viveram moluscos e foraminíferos.
♦ A síntese de biomateriais pode ser utilizada na avaliação da salinidade da
água.
■ BIOINDICADORES
23. ♦ Quando se deseja reconstruir ambientes pretéritos, um dos passos iniciais é
reconhecer o modo como os ambientes físicos e biótico se comportam na atualidade
♦ PENETRAÇÃO DA LUZ SOLAR NAS ÁGUAS MARINHAS
1. a luz solar penetra até o máximo de 400 m de profundidade.
2. a maior penetração é na região equatorial (verticalidade dos raios solares).
3. diminui para os pólos (obliqüidade dos raios).
♦ Segundo a iluminação, as águas são divididas em:
4. Zona fótica → da lâmina superf. até 200 m de profundidade.
5. Zona disfótica → entre 200 m e 400 m de profundidade.
6. Zona afótica → abaixo dos 400 m de profundidade.
■ BIOGEOGRAFIA DE AMBIENTES AQUÁTICOS
24. ♦ TEMPERATURA DAS ÁGUAS MARINHAS
→ Luz e Temperatura são determinadas pela irradiação solar e pelo balanço
energético da Terra.
1. Animais de águas frias → crescimento lento; maturação sexual tardia; vida
prolongada.
2. Animais de águas quentes → crescimento rápido; maturação sexual
acelerado; vida curta.
♦ Região psicósfera → águas com temperatura abaixo dos 10°C.
♦ Região termósfera → águas com temperatura acima dos 10°C.
■ BIOGEOGRAFIA DE AMBIENTES AQUÁTICOS
25. ♦ A SALINIDADE DAS ÁGUAS
■ BIOGEOGRAFIA DE AMBIENTES AQUÁTICOS
26. → o ambiente marinho, segundo o critério de profundidade, é dividido em
cinco regiões:
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♦ REGIÃO LITORÂNEA (INTERCOTIDIAL)
→ situa-se entre os limites máximo e mínimo das marés.
→ é exposta ao ar e recoberta pelas águas a cada 6°13’.
→ é submetida ao impacto constante das ondas.
→ desfavorável para a vida (nível de especialização).
→ favorável para o fenômeno da decomposição.
→ pouca sedimentação.
■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS
27. ♦ REGIÃO NERÍTICA (SUB-LITORÂNEA)
→ corresponde a área da plataforma continental (faixa de suave declínio, até cerca de
200 m de profundidade).
→ recoberta pelas águas neríticas (são águas superficiais, sendo muito agitadas, bem
oxigenadas, bem iluminadas e quentes).
→ vida abundante (tanto vegetal como animal).
→ região onde ocorre a mais volumosa sedimentação.
→ região onde ocorre a maior concentração de cadáveres.
■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS
28. ♦ REGIÃO BATIAL
→ corresponde a área do “talude continental”.
→ quebra da topografia continental.
→ as águas tornam-se progressivamente mais frias.
→ as águas tornam-se progressivamente mais escuras até a total
escuridão.
→ a sedimentação é lenta (sedimentos originados do continente).
■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS
29. ♦ REGIÃO ABISSAL
→ região profunda (entre 2000 m e 6000 m).
→ as águas são permanentemente escuras e frias (entre 0°C e
4°C).
→ a pressão é muito forte e a vida muito especializada).
→ sedimentação pouco volumosa (lenta e fina).
→ a Geologia jamais encontrou sedimentos abissais na
superfície de terras hoje emersas.
■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS
30. ♦ REGIÃO HADAL
→ região dos abismos oceânicos (após os 6000 m de profundidade).
→ águas sempre escuras e frias.
→ vida animal altamente especializada e rara.
→ em seu centro estão as “cristas oceânicas” formadas por cordilheiras
montanhosas (Cordilheira Mesoatlântica).
# As regiões ABISSAL e HADAL juntas formam mais de 60% da superfície
total da crosta terrestre, sendo a porção menos conhecida do nosso
planeta.
■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS