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PALEOECOLOGIA
■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA
♦ Crosta Terrestre → imenso arquivo natural.
♦ Rochas → páginas de registro deste arquivo (geológico & biológico).
♦ Paleontologia → ciência destinada ao estudo dos documentos biológicos
do planeta.
■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA
♦ Paleontologia
→ relacionada com a Biologia e a Geologia.
→ ponto de contato entre estas duas ciências naturais.
♦ Mantém fortes vínculos com a Estratigrafia e a Geologia Histórica.
■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA
♦ Paleontologia → Reconhece as mudanças havidas nas
tafofaunas e tafofloras.
♦ Fóssil → Todo resto orgânico, ou evidência direta da presença de
seres vivos, antes da época geológica atual.
♦ Um fóssil representa:
→ um tipo orgânico.
→ o tempo geológico.
→ o ambiente ecológico.
♦ Um fóssil informa:
→ as modificações geográficas.
→ as modificações ambientais.
→ as modificações anatômicas.
■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA
♦ A Paleontologia apresenta as mesmas subdivisões da biologia atual.
Zoologia ................... Paleozoologia
Botânica ................. Paleobotânica
Microbiologia ... Paleomicrobiologia
Icnologia ................ Paleoicnologia
Parasitologia .... Paleoparasitologia
Palinologia .......... Paleopalinologia
♦ A paleoecologia objetiva refazer as relações entre os organismos do
passado e seu meio ambiente – inferidas a partir do registro fóssil.
■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
♦ Para que os resultados de uma pesquisa paleoecológica sejam precisos,
há a necessidade de um sólido conhecimento dos parâmetros climáticos
modernos e sua ciclicidade.
♦ Aliados aos experimentos realizados com faunas modernas e seu
comportamento, estes fatores permitem uma melhor aproximação dos
processos geológicos do passado e de suas modificações ao longo do tempo.
♦ A Paleoecologia se vale das mesmas regras que governam as relações ecológicas
modernas.
♦ Ernest Haeckel (1834 – 1919)
♦ Ecologia → Estuda o conjunto de relações entre os seres vivos e o meio em que vivem
(complexa teia de relações existentes entre os organismos e o meio físico em que vivem).
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
♦ Etapa inicial do trabalho paleoecológico → detalhada e cuidadosa coleta de
dados de campo.
1. Objetivo – estabelecer até que ponto os processos de transporte e
soterramento influenciariam a informação que nos chega através do
registro.
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
♦ Condições essenciais para processar-se a fossilização:
1. Rápido Sepultamento.
2. Isolamento do cadáver de eventuais necrófagos.
3. Natureza do material sedimentar sepultante.
4. Número de partes duras resistentes à decomposição.
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
♦ Tafonomia
→ Estudo do complexo de fenômenos que tratam do trânsito de
um organismo de integrante da biosfera à integrante da
litosfera.
1. Biostratonomia
2. Fossildiagênese
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
♦ Biostratonomia
→ Estuda o conjunto de eventos que vão da morte ao sepultamento.
• Ambiente terrestre – costuma ser lento (vento e chuva).
* águas fluviais
* cavernas calcárias
• Ambiente marinho – costuma ser rápido.
* águas rasas (sedimentação mais rápida)
* águas profundas (sedimentação mais lenta)
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
♦ Tipos menos frequentes de conservação:
• Gelo
* ótimo agente de fossilização.
* costuma ter caráter temporário.
• Âmbar
* resina vegetal.
* organismos de pequeno porte.
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
• Turfa
* matéria vegetal em início de “carbonização”.
* conserva excelentes fósseis (múmias).
• Betume
* derivado natural do petróleo.
* recobrimento rápido e hermético.
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
♦ Fossildiagênese
→ Estuda o conjunto de eventos que vão do sepultamento de um organismo até
sua condição fóssil.
• Fatores operantes na fossildiagênese:
* pressão
* temperatura
→ merecem ser lembradas também as águas de infiltração.
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
♦ Local do sepultamento:
• Deposição autóctone
→ o cadáver está sepultado no mesmo local em que vivia.
_______________________________________________________________
• Deposição alóctone
→ o cadáver está numa região distinta daquela em que vivia
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
1. Realizar um perfil detalhado da exposição (textura, granulometria), dos
níveis fossilíferos e camadas associadas.
2. Registrar a posição em que são encontrados os restos orgânicos (seu
estado de preservação).
3. Avaliar a natureza do evento ocorrido (catastrófico ou cíclico) e o tipo de
agente gerador do depósito.
4. Coletar, quando possível, amostras para análises geoquímicas, de
espectrometria e de difratometria de raios-X (para a datação e análise de
proveniência).
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
♦ Todos dados pertinentes à vida e à constituição do nicho
ecológico devem ser buscados.
1. Posição na cadeia trófica.
2. Situação no ou entre os ecossistemas
3. Fatores condicionantes de sua existência
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
♦ As rochas variam de tipo devido as mudanças nas condições ambientais...
Verticalmente → no tempo geológico
Horizontalmente → no espaço geográfico.
■ Fácies → caráter distintivo de uma rocha.
_____________________________________________________________________
♦ Biofácies – conjunto de fósseis de determinado nível sedimentar utilizados para
avaliar a população paleobiológica.
1. Associação catastrófica – restos acumulados pela ação de catástrofes.
2. Associação atricional – restos acumulados gradativamente (mortos em distintos
momentos).
■ ASSOCIAÇÕES POPULACIONAIS
♦ Ambientes continentais → clima, geografia e quantidade de
luz
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
♦ Ambientes aquáticos → temperatura, salinidade,
profundidade das águas.
■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
1. Composição do esqueleto – permite avaliar as condições de temperatura
da água do mar onde viveram moluscos e foraminíferos.
♦ A síntese de biomateriais pode ser utilizada na avaliação da salinidade da
água.
■ BIOINDICADORES
♦ Quando se deseja reconstruir ambientes pretéritos, um dos passos iniciais é
reconhecer o modo como os ambientes físicos e biótico se comportam na atualidade
♦ PENETRAÇÃO DA LUZ SOLAR NAS ÁGUAS MARINHAS
1. a luz solar penetra até o máximo de 400 m de profundidade.
2. a maior penetração é na região equatorial (verticalidade dos raios solares).
3. diminui para os pólos (obliqüidade dos raios).
♦ Segundo a iluminação, as águas são divididas em:
4. Zona fótica → da lâmina superf. até 200 m de profundidade.
5. Zona disfótica → entre 200 m e 400 m de profundidade.
6. Zona afótica → abaixo dos 400 m de profundidade.
■ BIOGEOGRAFIA DE AMBIENTES AQUÁTICOS
♦ TEMPERATURA DAS ÁGUAS MARINHAS
→ Luz e Temperatura são determinadas pela irradiação solar e pelo balanço
energético da Terra.
1. Animais de águas frias → crescimento lento; maturação sexual tardia; vida
prolongada.
2. Animais de águas quentes → crescimento rápido; maturação sexual
acelerado; vida curta.
♦ Região psicósfera → águas com temperatura abaixo dos 10°C.
♦ Região termósfera → águas com temperatura acima dos 10°C.
■ BIOGEOGRAFIA DE AMBIENTES AQUÁTICOS
♦ A SALINIDADE DAS ÁGUAS
■ BIOGEOGRAFIA DE AMBIENTES AQUÁTICOS
→ o ambiente marinho, segundo o critério de profundidade, é dividido em
cinco regiões:
_______________________________________________________________
♦ REGIÃO LITORÂNEA (INTERCOTIDIAL)
→ situa-se entre os limites máximo e mínimo das marés.
→ é exposta ao ar e recoberta pelas águas a cada 6°13’.
→ é submetida ao impacto constante das ondas.
→ desfavorável para a vida (nível de especialização).
→ favorável para o fenômeno da decomposição.
→ pouca sedimentação.
■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS
♦ REGIÃO NERÍTICA (SUB-LITORÂNEA)
→ corresponde a área da plataforma continental (faixa de suave declínio, até cerca de
200 m de profundidade).
→ recoberta pelas águas neríticas (são águas superficiais, sendo muito agitadas, bem
oxigenadas, bem iluminadas e quentes).
→ vida abundante (tanto vegetal como animal).
→ região onde ocorre a mais volumosa sedimentação.
→ região onde ocorre a maior concentração de cadáveres.
■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS
♦ REGIÃO BATIAL
→ corresponde a área do “talude continental”.
→ quebra da topografia continental.
→ as águas tornam-se progressivamente mais frias.
→ as águas tornam-se progressivamente mais escuras até a total
escuridão.
→ a sedimentação é lenta (sedimentos originados do continente).
■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS
♦ REGIÃO ABISSAL
→ região profunda (entre 2000 m e 6000 m).
→ as águas são permanentemente escuras e frias (entre 0°C e
4°C).
→ a pressão é muito forte e a vida muito especializada).
→ sedimentação pouco volumosa (lenta e fina).
→ a Geologia jamais encontrou sedimentos abissais na
superfície de terras hoje emersas.
■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS
♦ REGIÃO HADAL
→ região dos abismos oceânicos (após os 6000 m de profundidade).
→ águas sempre escuras e frias.
→ vida animal altamente especializada e rara.
→ em seu centro estão as “cristas oceânicas” formadas por cordilheiras
montanhosas (Cordilheira Mesoatlântica).
# As regiões ABISSAL e HADAL juntas formam mais de 60% da superfície
total da crosta terrestre, sendo a porção menos conhecida do nosso
planeta.
■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS

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Paleoecologia e ambientes pretéritos

  • 2. ■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA ♦ Crosta Terrestre → imenso arquivo natural. ♦ Rochas → páginas de registro deste arquivo (geológico & biológico). ♦ Paleontologia → ciência destinada ao estudo dos documentos biológicos do planeta.
  • 3. ■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA ♦ Paleontologia → relacionada com a Biologia e a Geologia. → ponto de contato entre estas duas ciências naturais. ♦ Mantém fortes vínculos com a Estratigrafia e a Geologia Histórica.
  • 4. ■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA ♦ Paleontologia → Reconhece as mudanças havidas nas tafofaunas e tafofloras. ♦ Fóssil → Todo resto orgânico, ou evidência direta da presença de seres vivos, antes da época geológica atual.
  • 5. ♦ Um fóssil representa: → um tipo orgânico. → o tempo geológico. → o ambiente ecológico. ♦ Um fóssil informa: → as modificações geográficas. → as modificações ambientais. → as modificações anatômicas. ■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA
  • 6. ♦ A Paleontologia apresenta as mesmas subdivisões da biologia atual. Zoologia ................... Paleozoologia Botânica ................. Paleobotânica Microbiologia ... Paleomicrobiologia Icnologia ................ Paleoicnologia Parasitologia .... Paleoparasitologia Palinologia .......... Paleopalinologia ♦ A paleoecologia objetiva refazer as relações entre os organismos do passado e seu meio ambiente – inferidas a partir do registro fóssil. ■ A CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA
  • 7. ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS ♦ Para que os resultados de uma pesquisa paleoecológica sejam precisos, há a necessidade de um sólido conhecimento dos parâmetros climáticos modernos e sua ciclicidade. ♦ Aliados aos experimentos realizados com faunas modernas e seu comportamento, estes fatores permitem uma melhor aproximação dos processos geológicos do passado e de suas modificações ao longo do tempo.
  • 8. ♦ A Paleoecologia se vale das mesmas regras que governam as relações ecológicas modernas. ♦ Ernest Haeckel (1834 – 1919) ♦ Ecologia → Estuda o conjunto de relações entre os seres vivos e o meio em que vivem (complexa teia de relações existentes entre os organismos e o meio físico em que vivem). ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 9. ♦ Etapa inicial do trabalho paleoecológico → detalhada e cuidadosa coleta de dados de campo. 1. Objetivo – estabelecer até que ponto os processos de transporte e soterramento influenciariam a informação que nos chega através do registro. ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 10. ♦ Condições essenciais para processar-se a fossilização: 1. Rápido Sepultamento. 2. Isolamento do cadáver de eventuais necrófagos. 3. Natureza do material sedimentar sepultante. 4. Número de partes duras resistentes à decomposição. ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 11. ♦ Tafonomia → Estudo do complexo de fenômenos que tratam do trânsito de um organismo de integrante da biosfera à integrante da litosfera. 1. Biostratonomia 2. Fossildiagênese ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 12. ♦ Biostratonomia → Estuda o conjunto de eventos que vão da morte ao sepultamento. • Ambiente terrestre – costuma ser lento (vento e chuva). * águas fluviais * cavernas calcárias • Ambiente marinho – costuma ser rápido. * águas rasas (sedimentação mais rápida) * águas profundas (sedimentação mais lenta) ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 13. ♦ Tipos menos frequentes de conservação: • Gelo * ótimo agente de fossilização. * costuma ter caráter temporário. • Âmbar * resina vegetal. * organismos de pequeno porte. ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 14. • Turfa * matéria vegetal em início de “carbonização”. * conserva excelentes fósseis (múmias). • Betume * derivado natural do petróleo. * recobrimento rápido e hermético. ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 15. ♦ Fossildiagênese → Estuda o conjunto de eventos que vão do sepultamento de um organismo até sua condição fóssil. • Fatores operantes na fossildiagênese: * pressão * temperatura → merecem ser lembradas também as águas de infiltração. ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 16. ♦ Local do sepultamento: • Deposição autóctone → o cadáver está sepultado no mesmo local em que vivia. _______________________________________________________________ • Deposição alóctone → o cadáver está numa região distinta daquela em que vivia ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 17. 1. Realizar um perfil detalhado da exposição (textura, granulometria), dos níveis fossilíferos e camadas associadas. 2. Registrar a posição em que são encontrados os restos orgânicos (seu estado de preservação). 3. Avaliar a natureza do evento ocorrido (catastrófico ou cíclico) e o tipo de agente gerador do depósito. 4. Coletar, quando possível, amostras para análises geoquímicas, de espectrometria e de difratometria de raios-X (para a datação e análise de proveniência). ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 18. ♦ Todos dados pertinentes à vida e à constituição do nicho ecológico devem ser buscados. 1. Posição na cadeia trófica. 2. Situação no ou entre os ecossistemas 3. Fatores condicionantes de sua existência ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 19. ♦ As rochas variam de tipo devido as mudanças nas condições ambientais... Verticalmente → no tempo geológico Horizontalmente → no espaço geográfico. ■ Fácies → caráter distintivo de uma rocha. _____________________________________________________________________ ♦ Biofácies – conjunto de fósseis de determinado nível sedimentar utilizados para avaliar a população paleobiológica. 1. Associação catastrófica – restos acumulados pela ação de catástrofes. 2. Associação atricional – restos acumulados gradativamente (mortos em distintos momentos). ■ ASSOCIAÇÕES POPULACIONAIS
  • 20. ♦ Ambientes continentais → clima, geografia e quantidade de luz ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 21. ♦ Ambientes aquáticos → temperatura, salinidade, profundidade das águas. ■ REFAZENDO RELAÇÕES PRETÉRITAS
  • 22. 1. Composição do esqueleto – permite avaliar as condições de temperatura da água do mar onde viveram moluscos e foraminíferos. ♦ A síntese de biomateriais pode ser utilizada na avaliação da salinidade da água. ■ BIOINDICADORES
  • 23. ♦ Quando se deseja reconstruir ambientes pretéritos, um dos passos iniciais é reconhecer o modo como os ambientes físicos e biótico se comportam na atualidade ♦ PENETRAÇÃO DA LUZ SOLAR NAS ÁGUAS MARINHAS 1. a luz solar penetra até o máximo de 400 m de profundidade. 2. a maior penetração é na região equatorial (verticalidade dos raios solares). 3. diminui para os pólos (obliqüidade dos raios). ♦ Segundo a iluminação, as águas são divididas em: 4. Zona fótica → da lâmina superf. até 200 m de profundidade. 5. Zona disfótica → entre 200 m e 400 m de profundidade. 6. Zona afótica → abaixo dos 400 m de profundidade. ■ BIOGEOGRAFIA DE AMBIENTES AQUÁTICOS
  • 24. ♦ TEMPERATURA DAS ÁGUAS MARINHAS → Luz e Temperatura são determinadas pela irradiação solar e pelo balanço energético da Terra. 1. Animais de águas frias → crescimento lento; maturação sexual tardia; vida prolongada. 2. Animais de águas quentes → crescimento rápido; maturação sexual acelerado; vida curta. ♦ Região psicósfera → águas com temperatura abaixo dos 10°C. ♦ Região termósfera → águas com temperatura acima dos 10°C. ■ BIOGEOGRAFIA DE AMBIENTES AQUÁTICOS
  • 25. ♦ A SALINIDADE DAS ÁGUAS ■ BIOGEOGRAFIA DE AMBIENTES AQUÁTICOS
  • 26. → o ambiente marinho, segundo o critério de profundidade, é dividido em cinco regiões: _______________________________________________________________ ♦ REGIÃO LITORÂNEA (INTERCOTIDIAL) → situa-se entre os limites máximo e mínimo das marés. → é exposta ao ar e recoberta pelas águas a cada 6°13’. → é submetida ao impacto constante das ondas. → desfavorável para a vida (nível de especialização). → favorável para o fenômeno da decomposição. → pouca sedimentação. ■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS
  • 27. ♦ REGIÃO NERÍTICA (SUB-LITORÂNEA) → corresponde a área da plataforma continental (faixa de suave declínio, até cerca de 200 m de profundidade). → recoberta pelas águas neríticas (são águas superficiais, sendo muito agitadas, bem oxigenadas, bem iluminadas e quentes). → vida abundante (tanto vegetal como animal). → região onde ocorre a mais volumosa sedimentação. → região onde ocorre a maior concentração de cadáveres. ■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS
  • 28. ♦ REGIÃO BATIAL → corresponde a área do “talude continental”. → quebra da topografia continental. → as águas tornam-se progressivamente mais frias. → as águas tornam-se progressivamente mais escuras até a total escuridão. → a sedimentação é lenta (sedimentos originados do continente). ■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS
  • 29. ♦ REGIÃO ABISSAL → região profunda (entre 2000 m e 6000 m). → as águas são permanentemente escuras e frias (entre 0°C e 4°C). → a pressão é muito forte e a vida muito especializada). → sedimentação pouco volumosa (lenta e fina). → a Geologia jamais encontrou sedimentos abissais na superfície de terras hoje emersas. ■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS
  • 30. ♦ REGIÃO HADAL → região dos abismos oceânicos (após os 6000 m de profundidade). → águas sempre escuras e frias. → vida animal altamente especializada e rara. → em seu centro estão as “cristas oceânicas” formadas por cordilheiras montanhosas (Cordilheira Mesoatlântica). # As regiões ABISSAL e HADAL juntas formam mais de 60% da superfície total da crosta terrestre, sendo a porção menos conhecida do nosso planeta. ■ LUGAR DE VIDA DOS ORGANISMOS MARINHOS

Notas do Editor

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