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do estudante
Núm. 63 - ANO VIII Outubro – 2021
Folhetim do estudante é uma
publicação de cunho cultural e
educacional com artigos e textos de
Professores, alunos, membros de
comunidades das Escolas Públicas
do Estado de SP e pensadores
humanistas.
Acesse o BLOG do folhetim
http://ofolhetimdoestudante.blogspot.com.br
Sugestões e textos encaminhar para:
prof.valter.gomes@gmail.com
Saindo da caverna
https://washingtonpamplona.com.br/mito-da-
caverna/
O mito da caverna foi escrito pelo
filósofo grego - Platão - por volta do
século IV a.c, encontra-se na obra
“A república” livro VII. Esta procura
discutir o conceito de justiça, a
melhor forma de governo, teoria do
conhecimento, educação e etc. A
parte que nos interessa desse
pensamento filosófico, nesse
momento, é a alegoria da caverna, a
qual usa símbolos para retratar a
condição humana em relação ao
conhecimento da realidade em que
estão inseridos os personagens e um
diálogo que envolve Sócrates e
Glauco.
A alegoria da caverna foi redigida no
período histórico em que Atenas era
uma cidade- Estado da Grécia antiga
e seu sistema governamental era
“democrático”. Contudo, os que
tinham direitos de participar
diretamente da vida política da pólis
eram homens maiores de idade,
nascidos na Grécia, livres, nobres,
comerciantes e donos de terra. Tal
engrenagem funcionava na Ágora,
ou seja, na praça pública se
discutiam projetos e rumos para a
sociedade ateniense. No entanto, o
filósofo tinha uma visão crítica ao
establishment político da época, é
nesse pano de fundo surge a
alegoria da caverna.
Diálogo entre Sócrates e Glauco
SÓCRATES. Figura-te agora o estado
da natureza humana, em relação à
ciência e à ignorância, sob a forma
alegórica que passo a fazer. Imagina
os homens encerrados em morada
subterrânea e cavernosa que dá
entrada livre à luz em toda extensão.
Aí, desde a infância, têm os homens
o pescoço e as pernas presos de
modo que permanecem imóveis e só
veem os objetos que lhes estão
diante. Presos pelas cadeias, não
podem voltar o rosto. Atrás deles, a
certa distância e altura, um fogo cuja
luz os alumia; entre o fogo e os
cativos imagina um caminho
escarpado, ao longo do qual um
pequeno muro parecido com o
tabiques que os pelotiqueiros põem
entre si e os espectadores para
ocultar-lhes as molas do bonecos
maravilhosos que lhes exibem.
GLAUCO – Imagino tudo isso.
SÓCRATES – Supõe ainda homens
que passam ao longo deste muro,
com figuras e objetos que se elevam
acima dele, figuras de homens e
animais de toda a espécie, talhados
em pedra ou madeira. Entre os que
carregam tais objetos, uns se
entretêm em conversa, outros
guardam em silêncio.
GLAUCO – Similar quadro e não
menos singulares cativos!
SÓCRATES – Pois são nossa imagem
perfeita. Mas, diz-me: assim
colocados, poderão ver de si
mesmos e de seus companheiros
algo mais que as sombras
projetadas, à claridade do fogo, na
parede que lhes fica fronteira?
GLAUCO – Não, uma vez que são
forçados a ter imóveis a cabeça
durante toda a vida.
SÓCRATES – E dos objetos que lhes
ficam por detrás, poderão ver outra
coisa que não a sombras?
GLAUCO - Não.
SÓCRATES – Ora, supondo-se que
pudessem conversar, não te parece
que, ao falar das sombras que veem,
lhes dariam os nomes que elas
representam?
GLAUCO – Sem dúvida.
SÓCRATES – E, se, no fundo da
caverna, um eco lhes repetisse as
palavras dos que passam, não
julgariam certo que os sons fossem
articulados pelas sombras dos
objetos?
GLAUCO – Claro que sim.
SÓCRATES – Em suma, não creriam
que houvesse nada de real e
verdadeiro fora das figuras que
desfilaram.
GLAUCO – Necessariamente.
SÓCRATES – Vejamos agora o que
aconteceria, se se livrassem a um
tempo das cadeias e do erro em que
laboravam. Imaginemos um destes
cativos desatado, obrigado a
levantar-se de repente, a volver a
cabeça, a andar, a olhar firmemente
para a luz. Não poderia fazer tudo
isso sem grande pena; a luz, sobre
ser-lhe dolorosa, o deslumbraria,
impedindo-lhe de discernir os
objetos cuja sombra antes via. Que
te parece agora que ele responderia
a quem lhe dissesse que até então
só havia visto fantasmas, porém que
agora, mais perto da realidade e
voltado para objetos mais reais, via
com mais perfeição? Supõe agora
Folhetim
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do estudante ano VIII Outubro-2021
que, apontando-lhe alguém as
figuras que lhe desfilavam ante os
olhos, o obrigasse a dizer o que
eram. Não te parece que, na sua
grande confusão, se persuadiria de
que o que antes via era mais real e
verdadeiro que os objetos ora
contemplados?
GLAUCO – Sem dúvida nenhuma.
SÓCRATES – Obrigado a fitar o fogo,
não desviaria os olhos doloridos para
as sombras que poderia ver sem
dor? Não as consideraria realmente
mais visíveis que os objetos ora
mostrados?
GLAUCO – Certamente.
SÓCRATES – Se o tirassem depois
dali, fazendo-o subir pelo caminho
áspero e escarpado, para só o liberar
quando estivesse lá fora, à plena luz
do sol, não é de crer que daria grito
lamentosos e brados de cólera?
Chegando à luz do dia, olhos
deslumbrados pelo esplendor
ambiente, ser-lhe ia possível
discernir os objetos que o comum
dos homens tem por serem reais?
GLAUCO – A princípio nada veria.
SÓCRATES – Precisaria de algum
tempo para se afazer à claridade da
região superior. Primeiramente, só
discerniria bem as sombras, depois,
as imagens dos homens e outros
seres refletidos nas águas;
finalmente erguendo os olhos para a
lua e as estrelas, contemplaria mais
facilmente os astros da noite que o
pleno resplendor do dia.
GLAUCO – Não há dúvida.
SÓCRATES – Mas, ao cabo de tudo,
estaria, decerto, em estado de ver o
próprio sol, primeiro refletido na
água e nos outros objetos, depois
visto em si mesmo e no seu próprio
lugar, tal qual é.
GLAUCO – Fora de dúvida.
SÓCRATES – Refletindo depois sobre
a natureza deste astro,
compreenderia que é o que produz
as estações e o ano, o que tudo
governa no mundo visível e, de certo
modo, a causa de tudo o que ele e
seus companheiros viam na caverna.
GLAUCO – É claro que gradualmente
chegaria a todas essas conclusões.
SÓCRATES – Recordando-se então
de sua primeira morada, de seus
companheiros de escravidão e da
ideia que lá se tinha da sabedoria,
não se daria os parabéns pela
mudança sofrida, lamentando ao
mesmo tempo a sorte dos que lá
ficaram?
GLAUCO – Evidentemente.
SÓCRATES – Se na caverna houvesse
elogios, honras e recompensas para
quem melhor e mais prontamente
distinguisse a sombra dos objetos,
que se recordasse com mais precisão
dos que precediam, seguiam ou
marchavam juntos, sendo, por isso
mesmo, o mais hábil em lhes
predizer a aparição, cuidas que o
homem de que falamos tivesse
inveja dos que no cativeiro eram os
mais poderosos e honrados? Não
preferiria mil vezes, como o herói de
Homero, levar a vida de um pobre
lavrador e sofrer tudo no mundo a
voltar às primeiras ilusões e viver a
vida que antes vivia?
GLAUCO – Não há dúvida de que
suportaria toda a espécie de
sofrimentos de preferência a viver
da maneira antiga.
SÓCRATES – Atenção ainda para este
ponto. Supõe que nosso homem
volte ainda para a caverna e vá
assentar-se em seu primitivo lugar.
Nesta passagem súbita da pura luz à
obscuridade, não lhe ficariam os
olhos como submersos em trevas?
GLAUCO – Certamente.
SÓCRATES – Se, enquanto tivesse a
vista confusa — porque bastante
tempo se passaria antes que os
olhos se afizessem de novo à
obscuridade — tivesse ele de dar
opinião sobre a sombras e a este
respeito entrasse em discussão com
os companheiros ainda presos em
cadeias, não é certo que os faria rir?
Não lhe diriam que, por ter subido à
região superior, cegara, que não
valera a pena o esforço, e que assim,
se alguém quisesse fazer com eles o
mesmo e dar-lhes a liberdade,
mereceria ser agarrado e morto?
GLAUCO – Por certo que o fariam.
SÓCRATES – Pois agora, meu caro
GLAUCO, é só aplicar com toda a
exatidão esta imagem da caverna a
tudo o que antes havíamos dito. O
antro subterrâneo é o mundo visível.
O fogo que o ilumina é a luz do sol.
O cativo que sobe à região superior
e a contempla é a alma que se eleva
ao mundo inteligível. Ou, antes, já
que o queres saber, é este, pelo
menos, o meu modo de pensar, que
só Deus sabe se é verdadeiro.
Quanto à mim, a coisa é como passo
a dizer-te. Nos extremos limites do
mundo inteligível está a ideia do
bem, a qual só com muito esforço se
pode conhecer, mas que, conhecida,
se impõe à razão como causa
universal de tudo o que é belo e
bom, criadora da luz e do sol no
mundo visível, autora da inteligência
e da verdade no mundo invisível, e
sobre a qual, por isso mesmo,
cumpre ter os olhos fixos para agir
com sabedoria nos negócios
particulares e públicos.
https://adeilsonfilosofo.jusbrasil.com.br/artigos/236652799/plat
ao-a-republica-livro-vii-o-mito-da-caverna)
Interpretação do mito da caverna.
O mito da caverna é uma metáfora
que faz uso de certos símbolos
problematizando o conhecimento da
realidade em que estamos.
Destacaremos cada um desses
símbolos.
Caverna: Mundo sensível em que
estamos inseridos é uma cópia do
mundo inteligível. Mundo de
aparências. Para o filósofo, um deus,
chamado Demiurgo, decidiu fazer
uma cópia do mundo inteligível,
assim nasce o mundo da matéria.
Este é conhecido pelos sentidos,
contudo, não é possível saber como
os entes são, por que e como são, ou
seja, a essência da matéria vigente.
Por isso, somos prisioneiros.
Prisioneiros: Todos habitantes deste
globo são considerados prisioneiros,
pois vivem em um tipo de escravidão
inconsciente ou até mesmo
voluntária. Tal condição é por causa
das sombras. Como não veem os
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do estudante ano VIII Outubro-2021
objetos na sua realidade, mas penas
sombras projetadas diante dos seus
olhos tomam como conhecimento
verdadeiro.
Sombras: As coisas que percebemos.
O mundo material é a sombra de
uma realidade ideal e perfeita. Por
não terem um conhecimento sólido,
fundamentado, analítico, crítico e
base racional deste, a consequência
é o surgimento de ideias
preconceituosas, ignorância e
prejulgamento.
Correntes e grilhões: Representam
as ideias ignorantes e
preconceituosas, discurso do ódio,
ou seja, visão estreita da realidade.
Fogueira: Nossas vontades, desejos
e vícios.
Parede: Divisão social entre os que
têm privilégios e os que não têm, ou
seja, pessoas que manipulam os
prisioneiros. Seu papel é executar
bem para o que foi designado,
consequentemente, obterão
benefícios, sendo assim, controlam e
alienam o povo. Diferente dos
prisioneiros, eles não estão
acorrentados e conseguem enxergar
a saída da caverna, mas assim como
eles, também estão enclausurados,
pois temem que no mundo externo
não tenham os mesmos privilégios
que adquirem por meio da
"cegueira" da população que
dominam.
O sol: Luz da sabedoria, do
conhecimento e da verdade, ou seja,
a realidade.
Concluindo, a partir do pressuposto
da simbologia dessa alegoria,
podemos elencar para nossa
realidade do século XXI instrumentos
que manipulam, enganam e
distorcem criando uma sombra por
meio das fake news e pós-verdade
da realidade.
Os meios de comunicação, a saber:
televisão, rádio, internet e redes
sociais são ferramentas de
informações, contudo, o modo como
são operadas podem servir um
propósito, na verdade, toda forma
de transmitir tais conteúdos carrega
no seu bojo interesse político, social
e econômico. Sendo assim, o alcance
e a capacidade de influenciar destas
na sociedade é gigantesco, sabendo
disso, o modus operandi seguirá a
lógica de conduzir a maneira de ser,
pensar, agir e consumir o que foi
decidido pelos senhores do poder.
Então, surgem algumas perguntas:
Somos livres ou prisioneiros? A
sociedade contemporânea tem
conhecimento da realidade em que
está inserida? Como podemos sair
da caverna?
Saindo da caverna
https://tribunadaimprensalivre.com/a-caverna/
A dialética do conhecimento na
alegoria da caverna pressupõe a
elevação do que sabemos do mundo
sensível para o mundo inteligível,
isto é, passando dos sentidos, doxa-
opinião ao lógos-razão. Essa é a
alétheia da teoria do conhecimento
que encontramos nesse mito
descrito por Platão, pois só
alcançaremos a ideia, essência, o
Bem e a verdade que revela a
realidade pela abstração,
pensamento racional alimentando
nossa alma, que um dia já esteve em
contato com as formas perfeitas, a
ideia essencial de tudo o que existe.
Este processo de desenvolvimento
do conhecimento se dá na atitude
de indagar, refletir, pensamento
crítico, analítico e sistemático em
relação às informações que chegam-
nos. A filosofia é o instrumento, cujo
objetivo é alcançar a excelência da
verdade e da realidade, na qual
estamos inseridos.
Portanto, não é fácil sair da
“caverna”, pois estamos apegados às
coisas supérfluas, estamos
acomodados numa situação de
conforto e não queremos deixá-la.
Por isso a saída é difícil, íngreme,
cheia de obstáculos e exigente,
todavia, a filosofia é a nossa arma
contra esse sistema de manipulação,
engano e ilusão e a recompensa é
conhecer a realidade e, de fato, ser
um cidadão de pensamento crítico.
A hermenêutica que podemos fazer
sobre a alma nada mais é do que o
senso crítico se debruçando a
respeito da realidade na qual
fazemos parte para conhecê-la
melhor e profundamente, trocando
em miúdos, é usarmos nossa
racionalidade como filtro do pathos-
informações que nos afetam. Sendo
assim, estaremos blindados contra
fake news e a pós-verdade.
Prof. Sérgio Batista
PROJETO
ATRÁS DOS
FATOS
História
folhetim
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do estudante ano VIII Outubro-2021
Atentados de 11 de
Setembro
No século 21, um acontecimento é
universalmente conhecido por sua
data: o 11 de Setembro.
O nome refere-se ao dia 11 de
setembro de 2001, quando os
Estados Unidos sofreram o maior
ataque a seu território desde o
bombardeio japonês à base de Pearl
Harbor (no Havaí, em 1941).
Na manhã daquela terça-feira de
setembro, no primeiro ano do século
21, quatro aviões comerciais
americanos foram sequestrados na
costa leste do país.
Dois deles foram lançados contra as
torres gêmeas do World Trade
Center (WTC), na ilha de Manhattan,
em Nova York, um chocou-se com o
Pentágono (sede do Departamento
de Defesa dos EUA, em Washington
D.C.), e outro caiu numa área
desabitada no Estado da Pensilvânia.
Ao todo, 2.977 pessoas foram
mortas nos ataques, além dos 19
sequestradores dos aviões.
O 11 de Setembro é considerado o
ataque com o maior número de
mortos da história. Além disso, foi
uma tragédia que mudou, em vários
aspectos, os rumos do mundo.
Os ataques
Os atentados começaram às 08h46,
horário local, quando o primeiro
avião — um Boeing 767 fazendo o
voo 11, de Boston em direção a Los
Angeles — atingiu a torre Norte do
World Trade Center.
O incidente rapidamente ocupou as
transmissões ao vivo de canais de TV
mundo afora, que reproduziam
imagens vindas de Nova York
mostrando uma densa e escura
fumaça saindo das laterais da torre
Norte.
Durante a transmissão, às 09h03, 17
minutos depois do primeiro ataque,
um segundo Boeing 767 — o voo
175, que também saíra de Boston
com destino a Los Angeles —
chocou-se contra a torre Sul, numa
cena vista ao vivo por milhões de
pessoas ao redor do mundo.
As suspeitas de um ataque se
confirmaram e o caos aumentou em
Nova York com a população
tentando deixar a todo custo a área
do centro financeiro da ilha de
Manhattan.
Às 09h37, o terceiro avião, um
Boeing 757 fazendo o voo 77, de
Washington a Los Angeles, atingiu
uma das laterais do Pentágono.
Sobre o quarto avião, um Boeing 757
que saíra de Newark (Nova Jersey)
com destino a San Francisco no voo
93 e caiu na Pensilvânia às 10h03, as
investigações inicialmente sugeriam
que ele provavelmente se dirigia
para a Casa Branca, residência oficial
do presidente americano, em
Washington D.C.
A aeronave chocou-se com o solo
depois que passageiros lutaram com
os sequestradores dentro da cabine.
Colapso
Em Nova York, a torre Sul do WTC,
atingida pelo segundo avião,
desabou às 09h59, causando pânico
generalizado em Manhattan, onde
pessoas corriam na tentativa de fugir
da fumaça que tomava as ruas.
Cerca de meia hora depois, às
10h28, desabou a torre Norte, a
primeira a ser atacada.
Ambas foram destruídas pelo fogo
provocado pelos combustíveis das
aeronaves, que estavam com seus
tanques cheios, tendo sido
sequestradas logo depois da
decolagem.
No final da tarde, outro prédio do
complexo World Trade Center, o 7
WTC, desabou, depois de sua
estrutura ter sido abalada pela
destruição das torres gêmeas.
Envolvidos em tentativas de resgates
daqueles que estavam nas torres,
345 integrantes do Corpo de
Bombeiros de Nova York morreram
com a queda dos edifícios.
As vítimas
Em cerimônias oficiais, como a que
lembrou o quinto aniversário do 11
de Setembro, em 2006, foi feita
referência a "mais de 90
nacionalidades" representadas entre
os 2.977 mortos.
Três deles eram brasileiros: Anne
Marie Sallerin Ferreira, de 29 anos,
Sandra Fajardo Smith, de 37, e Ivan
Kyrillos Fairbanks Barbosa, de 30.
Vários brasileiros que trabalhavam
nas torres gêmeas sobreviveram.
Um deles, André Kamikawa, estava
no 25o andar da Torre Norte, a
primeira a ser atingida.
Investigações
As autoridades apontaram como
idealizador da operação o saudita
Osama bin Laden, líder do grupo
islamista Al-Qaeda.
Na época baseado no Afeganistão,
sob a proteção do então regime do
Talebã, Bin Laden já era o mais
perigoso e conhecido militante
islamista do mundo.
Ele estava na lista dos dez fugitivos
mais procurados pelo FBI como
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do estudante ano VIII Outubro-2021
responsável pelos atentados a
bomba contra as embaixadas
americanas em Nairóbi (Quênia) e
Dar es Salaam (Tanzânia), em 1998,
que deixaram mais de 200 mortos.
Morte de Bin Laden
Aos poucos, os Estados Unidos e
seus aliados conseguiram capturar
ou matar os principais acusados de
planejar e comandar os atentados
do 11 de Setembro. Com a ajuda do
serviço de inteligência paquistanês,
os americanos prenderam no
Paquistão, em 2003, o paquistanês
Khalid Sheikh Mohammed, acusado
de ser o arquiteto dos ataques.
Apenas em maio de 2011, quatro
meses antes do décimo aniversário
do 11 de Setembro, o líder da al-
Qaeda foi finalmente encontrado.
Bin Laden estava numa área de alto
padrão na cidade de Abbottabad, no
Paquistão, a 120 quilômetros da
capital, Islamabad.
Ele se encontrava num prédio
fortemente protegido, onde
provavelmente havia vivido os
cinco anos anteriores e que
possivelmente fora construído
especialmente para abrigá-lo.
A casa ficava a cerca de um
quilômetro de uma academia militar
paquistanesa.
Forças especiais da Marinha dos
Estados Unidos, conhecidas como
SEALs, realizaram uma operação
militar contra a instalação, depois de
partir em helicópteros saídos do
Afeganistão.
A morte de Osama bin Laden foi
anunciada pelo presidente Barack
Obama horas depois, às 23h30 do
dia 1o, pelo horário de Washington.
Após a morte do líder da al-Qaeda,
continuava desconhecido o
paradeiro do chefe do Talebã na
época do início da guerra no
Afeganistão, o Mulá Omar.
Novo World Trade Center
A área onde ficavam as torres
gêmeas do World Trade Center, na
ilha de Manhattan, em Nova York,
chamada desde o 11 de Setembro de
"Ground Zero" (Marco Zero), passou
por um complexo trabalho de
limpeza e retirada de escombros ao
longo de 2001 Depois do
lançamento da pedra fundamental
em 2004, a construção foi iniciada
em 2006.
A torre começou a ser utilizada
comercialmente em 2014, e a
abertura do seu topo para visitação
pública ocorreu em 2015.
Um memorial em homenagem às
vítimas dos atentados e um museu
também ocupam o local.
Com o novo One World Trade
Center, Nova York e os Estados
Unidos viraram a página de
um dos mais trágicos
acontecimentos de sua história, sem
esquecer das milhares de vítimas e
das enormes transformações
causadas pelo 11 de Setembro.
Estevan Carvalho – 1D
.PROJETO ATRÁS
DOS FATOS
História
folhetim