SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
Com o advento dos stents farmacológicos, cada vez 
mais pacientes com DAC multiarterial são 
submetidos aACTP. 
Identificar quais lesões causam isquemia e 
necessitam revascularização pode ser difícil. 
Angiografia ainda é a técnica padrão, porém pode 
subesmtimar ou superestimar a gravidade da lesão.
FFR – Índice de significância fisiológica da 
estenose coronariana. 
Definido como o fluxo máximo em artéria 
estenótica, medido durante o cateterismo, em 
relação ao máximo fluxo normal (Pd/Pa).
Medida da pressão coronariana distal à lesão, 
com o uso de catéter, em relação à pressão 
aórtica simultaneamente durante hiperemia 
máxima. 
FLUXO SANGÜÍNEO MÁXIMO 
PROPORCIONADO POR UMA 
ARTÉRIA ESTENÓTICA COMO 
FRAÇÃO DO SEU FLUXO MÁXIMO 
NORMAL
VALOR DE FFR < 0.8 
INDICA ESTENOSE 
CORONARIANA 
RESPONSÁVEL POR 
ISQUEMIA COM 
ACURÁCIA SUPERIOR 
A 90%
Comparar o tratamento baseado no FFR + 
angiografia à pratica atual (angiografia 
isoladamente) em pacientes com DAC 
multiarterial, propícios para angioplastia.
Janeiro de 2006 a Setembro de 
2007 – 20 centros dos EUA e 
Europa. 
DAC multiarterial definida 
como estenose >50% em 2 de 3 
coronárias epicárdicas 
principais. 
Pacientes com IAMCSSST 
poderiam ser incluídos se o 
mesmo ocorreu até 5 dias 
antes. 
Pacientes com ACTP prévia 
poderiam ser incluídos.
Reserva fracionada de fluxo aferida com catéter de 
pressão intra-coronária, após indução de hiperemia 
máxima com Adenosina 140 μg/kg/min, por acesso 
central. 
Angioplastia foi executada de acordo com a técnica 
padrão. 
Todos os pacientes foram tratados por 1 ano com 
AAS+ Clopidogrel.
MACE – Morte, IAM ou qualquer 
revascularização. 
Desfecho primário = taxa de MACE em 1 ano. 
Morte = morte por qualquer causa. 
IAM = aumento de 3x ou mais de CK-MB, ou 
Aparecimento de ondas Q em 2 ou mais derivações 
contíguas ao ECG.
Morte, IAM, MACE e seus componentes individualmente em 2 anos. 
Tempo de procedimento. 
Quantidade de contraste utilizado. 
Classe funcional em 1 e 2 anos. 
Número de medicações anti-anginosas. 
Custo-efetividade
MACE – 
REDUÇÃO DE 
30% NO 
GRUPO FFR. 
Sobrevida livre 
de angina com 
redução 
similar.
A análise do desfecho combinado de morte + 
IAM não foi previamente citada, porém é 
clinicamente significativa.
Desfechos favoráveis comACTP guiada por FFR após 2 anos. 
Embora não tenha havido diferença estatisticamente 
significativa no desfecho composto de morte + IAM + 
necessidade de revascularização entre os grupos, a diferença 
absoluta na taxa de eventos se mantém similar à que foi 
demonstrada em 1 ano, a favor do grupo FFR. 
A alta taxa de pacientes livres de angina se mantém em 2 
anos. 
Classe funcional foi mantida, se não melhorada.
Adiar ACTP em lesões com FFR >0.80 mostrou 
ser uma estratégia segura. 
Incidência de eventos no estudo foi baixa. 
Redução de risco absoluto de MACE de 4.5% 
Uso de FFR em 22 pacientes para previnir 1 evento.
Reestenose ou trombose de stent X Risco de 
eventos isquêmicos 
Aferição sistemática de FFR pode discriminar as 
lesões em que a revascularização seria benéfica. 
.
Inclusão “liberal” e poucos critérios de exclusão – Refletem o 
mundo real dos pacientes com DAC multiarterial encaminhados 
para ACTP. 
Maioria das estenoses era proximal ou medial. 
Em até 40% dos pacientes a ADA era um dos vasos-alvo. 
Pacientes com ACTP prévia não eram excluídos, como na 
maioria dos estudos de DAC multiarterial.
A alta taxa de pacientes livres de angina em 2 anos 
demonstra que a ACTP, especialmente quando aplicada 
apropriadamente, é um meio efetivo de eliminar isquemia e 
melhorar a qualidade de vida. 
As baixas taxas de IAM e revascularizãção tardia para lesões 
não tratadas (FFR>0.80) demonstra que essa é uma 
estratégia segura para DAC multiarterial.
COURAGE –ACTP x tratamento clínico 
SYNTAX –ACTP x CRM 
Resultados diferentes se ACTP guiada por FFR? 
ACTP guiada por variáveis fisiológicas e não 
anatômicas.
Lesões de 50 a 70% - viés do estudo? 
Análise apenas dessas lesões – 1174 de 2764 – pior 
correlação anatomo-fisiológica. 
Analisadas apenas por angiografia 35% das lesões não 
seriam tratadas – hemodinamicamente significativas.
Não aumentou a duração do procedimento. 
Necessidade de acesso venoso central. 
Dados restritos a dois anos de evolução.
Em pacientes com DAC multiarterial submetidos 
à ACTP com stents farmacológicos, a aferição 
rotineira de FFR comparada à ACTP guiada por 
angiografia isoladamente resulta em redução 
significatia nas taxas de mortalidade e IAM em 2 
anos.
FFR reduz mortalidade e IAM em 2 anos em DAC multiarterial submetida à ACTP
FFR reduz mortalidade e IAM em 2 anos em DAC multiarterial submetida à ACTP

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Resultado discordante cintilografia miocardio e teste ergometrico3
Resultado discordante cintilografia miocardio e teste ergometrico3Resultado discordante cintilografia miocardio e teste ergometrico3
Resultado discordante cintilografia miocardio e teste ergometrico3Joao Bruno Oliveira
 
Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...
Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...
Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...Academia Nacional de Medicina
 
Pacientes com requisitos especiais
Pacientes com requisitos especiais Pacientes com requisitos especiais
Pacientes com requisitos especiais resenfe2013
 
Anestesia no trauma Trauma Anesthesia
Anestesia no trauma Trauma AnesthesiaAnestesia no trauma Trauma Anesthesia
Anestesia no trauma Trauma AnesthesiaMohamad Youssef
 
Avaliação pré anestésica 2017
Avaliação pré anestésica 2017Avaliação pré anestésica 2017
Avaliação pré anestésica 2017Fabricio Mendonca
 
Angiotomografia e cintilografia de perfusao do miocardio no diagnostico das d...
Angiotomografia e cintilografia de perfusao do miocardio no diagnostico das d...Angiotomografia e cintilografia de perfusao do miocardio no diagnostico das d...
Angiotomografia e cintilografia de perfusao do miocardio no diagnostico das d...Joao Bruno Oliveira
 
Dissecção de aorta tipo III
Dissecção de aorta tipo IIIDissecção de aorta tipo III
Dissecção de aorta tipo IIIPaulo Prates
 
Iam pos cirurgia valvar incor 2009
Iam pos cirurgia valvar incor 2009Iam pos cirurgia valvar incor 2009
Iam pos cirurgia valvar incor 2009galegoo
 
Assistência de enfermagem na realização de exames diagnósticos
Assistência de enfermagem na realização de exames diagnósticosAssistência de enfermagem na realização de exames diagnósticos
Assistência de enfermagem na realização de exames diagnósticosresenfe2013
 
Avaliação pré anestésica 2016
Avaliação pré anestésica 2016Avaliação pré anestésica 2016
Avaliação pré anestésica 2016Fabricio Mendonca
 
Anestesia para revascularização do miocárdio 2017
Anestesia para revascularização do miocárdio 2017Anestesia para revascularização do miocárdio 2017
Anestesia para revascularização do miocárdio 2017Fabricio Mendonca
 
Mercredi monitorização hemodinamica
Mercredi monitorização hemodinamicaMercredi monitorização hemodinamica
Mercredi monitorização hemodinamicactisaolucascopacabana
 
Arritmais cardíacas na infância e adolescência
Arritmais cardíacas na infância e adolescênciaArritmais cardíacas na infância e adolescência
Arritmais cardíacas na infância e adolescênciagisa_legal
 

Mais procurados (20)

Equipamentos 2017
Equipamentos 2017Equipamentos 2017
Equipamentos 2017
 
Mitral
MitralMitral
Mitral
 
Aula margarete nóbrega 2012
Aula margarete nóbrega 2012Aula margarete nóbrega 2012
Aula margarete nóbrega 2012
 
Resultado discordante cintilografia miocardio e teste ergometrico3
Resultado discordante cintilografia miocardio e teste ergometrico3Resultado discordante cintilografia miocardio e teste ergometrico3
Resultado discordante cintilografia miocardio e teste ergometrico3
 
Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...
Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...
Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...
 
Pacientes com requisitos especiais
Pacientes com requisitos especiais Pacientes com requisitos especiais
Pacientes com requisitos especiais
 
Anestesia no trauma Trauma Anesthesia
Anestesia no trauma Trauma AnesthesiaAnestesia no trauma Trauma Anesthesia
Anestesia no trauma Trauma Anesthesia
 
Avaliação pré anestésica 2017
Avaliação pré anestésica 2017Avaliação pré anestésica 2017
Avaliação pré anestésica 2017
 
Angiotomografia e cintilografia de perfusao do miocardio no diagnostico das d...
Angiotomografia e cintilografia de perfusao do miocardio no diagnostico das d...Angiotomografia e cintilografia de perfusao do miocardio no diagnostico das d...
Angiotomografia e cintilografia de perfusao do miocardio no diagnostico das d...
 
TAVI
TAVITAVI
TAVI
 
Fallot pulmonar
Fallot pulmonarFallot pulmonar
Fallot pulmonar
 
Dissecção de aorta tipo III
Dissecção de aorta tipo IIIDissecção de aorta tipo III
Dissecção de aorta tipo III
 
Iam pos cirurgia valvar incor 2009
Iam pos cirurgia valvar incor 2009Iam pos cirurgia valvar incor 2009
Iam pos cirurgia valvar incor 2009
 
exames
examesexames
exames
 
Assistência de enfermagem na realização de exames diagnósticos
Assistência de enfermagem na realização de exames diagnósticosAssistência de enfermagem na realização de exames diagnósticos
Assistência de enfermagem na realização de exames diagnósticos
 
Avaliação pré anestésica 2016
Avaliação pré anestésica 2016Avaliação pré anestésica 2016
Avaliação pré anestésica 2016
 
FAME 2 anos
FAME 2 anosFAME 2 anos
FAME 2 anos
 
Anestesia para revascularização do miocárdio 2017
Anestesia para revascularização do miocárdio 2017Anestesia para revascularização do miocárdio 2017
Anestesia para revascularização do miocárdio 2017
 
Mercredi monitorização hemodinamica
Mercredi monitorização hemodinamicaMercredi monitorização hemodinamica
Mercredi monitorização hemodinamica
 
Arritmais cardíacas na infância e adolescência
Arritmais cardíacas na infância e adolescênciaArritmais cardíacas na infância e adolescência
Arritmais cardíacas na infância e adolescência
 

Semelhante a FFR reduz mortalidade e IAM em 2 anos em DAC multiarterial submetida à ACTP

Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações.
Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações. Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações.
Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações. Carlos Volponi Lovatto
 
Artigo_SVcO2 e lactato na CEC_Associação c/ resultados C.C.Pediátrica
Artigo_SVcO2 e lactato na CEC_Associação c/ resultados C.C.PediátricaArtigo_SVcO2 e lactato na CEC_Associação c/ resultados C.C.Pediátrica
Artigo_SVcO2 e lactato na CEC_Associação c/ resultados C.C.PediátricaPaulo Sérgio
 
Terapia de ressicronização cardíaca
Terapia de ressicronização cardíacaTerapia de ressicronização cardíaca
Terapia de ressicronização cardíacaCarlos Volponi Lovatto
 
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler JúniorAnestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler JúniorSMA - Serviços Médicos de Anestesia
 
Transcatheter aortic valve replacement with a self-expanding valve in
Transcatheter aortic valve replacement with a self-expanding valve inTranscatheter aortic valve replacement with a self-expanding valve in
Transcatheter aortic valve replacement with a self-expanding valve inThiago Henrique
 
aularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdf
aularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdfaularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdf
aularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdfMarcelAzevedo5
 
Estenose supra VP após cirurgia de Jatene
Estenose supra VP após cirurgia de JateneEstenose supra VP após cirurgia de Jatene
Estenose supra VP após cirurgia de Jatenegisa_legal
 
Infarto no perioperatório de cirurgia cardíaca
Infarto no perioperatório de cirurgia cardíacaInfarto no perioperatório de cirurgia cardíaca
Infarto no perioperatório de cirurgia cardíacaMário Barbosa
 
Hrav-trauma esplenico revisão
Hrav-trauma esplenico revisãoHrav-trauma esplenico revisão
Hrav-trauma esplenico revisãoLee James Ramos
 
Monitorização hemodinâmica e os estados de choque
Monitorização hemodinâmica e os estados de choqueMonitorização hemodinâmica e os estados de choque
Monitorização hemodinâmica e os estados de choqueMartfreddie
 
Monitorização hemodinâmica e os estados de choque
Monitorização hemodinâmica e os estados de choqueMonitorização hemodinâmica e os estados de choque
Monitorização hemodinâmica e os estados de choqueMartfreddie
 
24 como selecionar o paciente para cirurgia ou rxtqt
24   como selecionar o paciente para cirurgia ou rxtqt24   como selecionar o paciente para cirurgia ou rxtqt
24 como selecionar o paciente para cirurgia ou rxtqtONCOcare
 
Fibrilação Atrial -Rodrigo Mont'Alverne
Fibrilação Atrial -Rodrigo Mont'AlverneFibrilação Atrial -Rodrigo Mont'Alverne
Fibrilação Atrial -Rodrigo Mont'AlverneRodrigo Mont'Alverne
 
Fibrilação Atrial Tecnicas e resultados Overview.pptx
Fibrilação Atrial Tecnicas e resultados Overview.pptxFibrilação Atrial Tecnicas e resultados Overview.pptx
Fibrilação Atrial Tecnicas e resultados Overview.pptxHenriqueMaia26
 
Coronary intervention for persistent occlusion after myocardial infarction
Coronary intervention for persistent occlusion after myocardial infarctionCoronary intervention for persistent occlusion after myocardial infarction
Coronary intervention for persistent occlusion after myocardial infarctionThiago Henrique
 

Semelhante a FFR reduz mortalidade e IAM em 2 anos em DAC multiarterial submetida à ACTP (20)

Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações.
Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações. Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações.
Fibrilação atrial - aspectos práticos e atualizações.
 
Artigo_SVcO2 e lactato na CEC_Associação c/ resultados C.C.Pediátrica
Artigo_SVcO2 e lactato na CEC_Associação c/ resultados C.C.PediátricaArtigo_SVcO2 e lactato na CEC_Associação c/ resultados C.C.Pediátrica
Artigo_SVcO2 e lactato na CEC_Associação c/ resultados C.C.Pediátrica
 
Terapia de ressicronização cardíaca
Terapia de ressicronização cardíacaTerapia de ressicronização cardíaca
Terapia de ressicronização cardíaca
 
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler JúniorAnestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
 
Transcatheter aortic valve replacement with a self-expanding valve in
Transcatheter aortic valve replacement with a self-expanding valve inTranscatheter aortic valve replacement with a self-expanding valve in
Transcatheter aortic valve replacement with a self-expanding valve in
 
aularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdf
aularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdfaularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdf
aularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdf
 
Estenose supra VP após cirurgia de Jatene
Estenose supra VP após cirurgia de JateneEstenose supra VP após cirurgia de Jatene
Estenose supra VP após cirurgia de Jatene
 
Infarto no perioperatório de cirurgia cardíaca
Infarto no perioperatório de cirurgia cardíacaInfarto no perioperatório de cirurgia cardíaca
Infarto no perioperatório de cirurgia cardíaca
 
IAMSSST
IAMSSSTIAMSSST
IAMSSST
 
Hrav-trauma esplenico revisão
Hrav-trauma esplenico revisãoHrav-trauma esplenico revisão
Hrav-trauma esplenico revisão
 
Monitorização hemodinâmica e os estados de choque
Monitorização hemodinâmica e os estados de choqueMonitorização hemodinâmica e os estados de choque
Monitorização hemodinâmica e os estados de choque
 
Monitorização hemodinâmica e os estados de choque
Monitorização hemodinâmica e os estados de choqueMonitorização hemodinâmica e os estados de choque
Monitorização hemodinâmica e os estados de choque
 
Eco
EcoEco
Eco
 
24 como selecionar o paciente para cirurgia ou rxtqt
24   como selecionar o paciente para cirurgia ou rxtqt24   como selecionar o paciente para cirurgia ou rxtqt
24 como selecionar o paciente para cirurgia ou rxtqt
 
Fibrilação Atrial -Rodrigo Mont'Alverne
Fibrilação Atrial -Rodrigo Mont'AlverneFibrilação Atrial -Rodrigo Mont'Alverne
Fibrilação Atrial -Rodrigo Mont'Alverne
 
Has artigo[2006]
Has artigo[2006]Has artigo[2006]
Has artigo[2006]
 
Fibrilação Atrial Tecnicas e resultados Overview.pptx
Fibrilação Atrial Tecnicas e resultados Overview.pptxFibrilação Atrial Tecnicas e resultados Overview.pptx
Fibrilação Atrial Tecnicas e resultados Overview.pptx
 
Sca SINDROME CORONARIO AGUDO
Sca SINDROME CORONARIO AGUDOSca SINDROME CORONARIO AGUDO
Sca SINDROME CORONARIO AGUDO
 
Aula PCR.pptx
Aula PCR.pptxAula PCR.pptx
Aula PCR.pptx
 
Coronary intervention for persistent occlusion after myocardial infarction
Coronary intervention for persistent occlusion after myocardial infarctionCoronary intervention for persistent occlusion after myocardial infarction
Coronary intervention for persistent occlusion after myocardial infarction
 

FFR reduz mortalidade e IAM em 2 anos em DAC multiarterial submetida à ACTP

  • 1.
  • 2. Com o advento dos stents farmacológicos, cada vez mais pacientes com DAC multiarterial são submetidos aACTP. Identificar quais lesões causam isquemia e necessitam revascularização pode ser difícil. Angiografia ainda é a técnica padrão, porém pode subesmtimar ou superestimar a gravidade da lesão.
  • 3. FFR – Índice de significância fisiológica da estenose coronariana. Definido como o fluxo máximo em artéria estenótica, medido durante o cateterismo, em relação ao máximo fluxo normal (Pd/Pa).
  • 4. Medida da pressão coronariana distal à lesão, com o uso de catéter, em relação à pressão aórtica simultaneamente durante hiperemia máxima. FLUXO SANGÜÍNEO MÁXIMO PROPORCIONADO POR UMA ARTÉRIA ESTENÓTICA COMO FRAÇÃO DO SEU FLUXO MÁXIMO NORMAL
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. VALOR DE FFR < 0.8 INDICA ESTENOSE CORONARIANA RESPONSÁVEL POR ISQUEMIA COM ACURÁCIA SUPERIOR A 90%
  • 9. Comparar o tratamento baseado no FFR + angiografia à pratica atual (angiografia isoladamente) em pacientes com DAC multiarterial, propícios para angioplastia.
  • 10. Janeiro de 2006 a Setembro de 2007 – 20 centros dos EUA e Europa. DAC multiarterial definida como estenose >50% em 2 de 3 coronárias epicárdicas principais. Pacientes com IAMCSSST poderiam ser incluídos se o mesmo ocorreu até 5 dias antes. Pacientes com ACTP prévia poderiam ser incluídos.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Reserva fracionada de fluxo aferida com catéter de pressão intra-coronária, após indução de hiperemia máxima com Adenosina 140 μg/kg/min, por acesso central. Angioplastia foi executada de acordo com a técnica padrão. Todos os pacientes foram tratados por 1 ano com AAS+ Clopidogrel.
  • 14. MACE – Morte, IAM ou qualquer revascularização. Desfecho primário = taxa de MACE em 1 ano. Morte = morte por qualquer causa. IAM = aumento de 3x ou mais de CK-MB, ou Aparecimento de ondas Q em 2 ou mais derivações contíguas ao ECG.
  • 15. Morte, IAM, MACE e seus componentes individualmente em 2 anos. Tempo de procedimento. Quantidade de contraste utilizado. Classe funcional em 1 e 2 anos. Número de medicações anti-anginosas. Custo-efetividade
  • 16. MACE – REDUÇÃO DE 30% NO GRUPO FFR. Sobrevida livre de angina com redução similar.
  • 17.
  • 18. A análise do desfecho combinado de morte + IAM não foi previamente citada, porém é clinicamente significativa.
  • 19.
  • 20.
  • 21. Desfechos favoráveis comACTP guiada por FFR após 2 anos. Embora não tenha havido diferença estatisticamente significativa no desfecho composto de morte + IAM + necessidade de revascularização entre os grupos, a diferença absoluta na taxa de eventos se mantém similar à que foi demonstrada em 1 ano, a favor do grupo FFR. A alta taxa de pacientes livres de angina se mantém em 2 anos. Classe funcional foi mantida, se não melhorada.
  • 22. Adiar ACTP em lesões com FFR >0.80 mostrou ser uma estratégia segura. Incidência de eventos no estudo foi baixa. Redução de risco absoluto de MACE de 4.5% Uso de FFR em 22 pacientes para previnir 1 evento.
  • 23. Reestenose ou trombose de stent X Risco de eventos isquêmicos Aferição sistemática de FFR pode discriminar as lesões em que a revascularização seria benéfica. .
  • 24. Inclusão “liberal” e poucos critérios de exclusão – Refletem o mundo real dos pacientes com DAC multiarterial encaminhados para ACTP. Maioria das estenoses era proximal ou medial. Em até 40% dos pacientes a ADA era um dos vasos-alvo. Pacientes com ACTP prévia não eram excluídos, como na maioria dos estudos de DAC multiarterial.
  • 25. A alta taxa de pacientes livres de angina em 2 anos demonstra que a ACTP, especialmente quando aplicada apropriadamente, é um meio efetivo de eliminar isquemia e melhorar a qualidade de vida. As baixas taxas de IAM e revascularizãção tardia para lesões não tratadas (FFR>0.80) demonstra que essa é uma estratégia segura para DAC multiarterial.
  • 26. COURAGE –ACTP x tratamento clínico SYNTAX –ACTP x CRM Resultados diferentes se ACTP guiada por FFR? ACTP guiada por variáveis fisiológicas e não anatômicas.
  • 27. Lesões de 50 a 70% - viés do estudo? Análise apenas dessas lesões – 1174 de 2764 – pior correlação anatomo-fisiológica. Analisadas apenas por angiografia 35% das lesões não seriam tratadas – hemodinamicamente significativas.
  • 28. Não aumentou a duração do procedimento. Necessidade de acesso venoso central. Dados restritos a dois anos de evolução.
  • 29. Em pacientes com DAC multiarterial submetidos à ACTP com stents farmacológicos, a aferição rotineira de FFR comparada à ACTP guiada por angiografia isoladamente resulta em redução significatia nas taxas de mortalidade e IAM em 2 anos.