1. Unidade 2 – Farmacologia do
Sistema Nervoso Autônomo
Profª Me. Amanda R. Ganassin
amanda.ganassin@anhanguera.com
2.
3.
4.
5.
6. O SNA controla:
- Contração e relaxamento da musculatura lisa
- Secreções exócrinas e algumas endócrinas
- A frequência cardíaca
- Certas etapas do metabolismo intermediário (utilização
da glicose)
As ações do sistema simpático e parassimpático são
opostas em algumas situações
- controle da frequência cardíaca
- Musculatura lisa visceral do intestino e da bexiga
7.
8.
9. As ações do sistema simpático e parassimpático NÃO
são opostas em algumas situações
- glândulas sudoríparas
- órgãos sexuais
A atividade simpática aumenta no estresse
(comportamento de “luta-ou-fuga”)
A atividade parassimpática predomina durante a
saciedade e repouso.
Ambos os sistemas exercem um controle fisiológico
contínuo de órgãos específicos em condições normais.
13. Os principais neurotransmissores (NT) são
ACETILCOLINA e NORADRENALINA.
Os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos.
A transmissão ganglionar ocorre através de receptores
nicotínicos de acetilcolina (Ach)
Todas as fibras motoras que deixam o SNC
liberam Ach que atua nos receptores
nicotinicos
14. Os neurônios parassimpáticos pós-ganglionares são
colinérgicos e atuam sobre receptores muscarínicos
nos órgãos alvo.
As fibras parassimpáticas pós-ganglionares
libram Ach que atuam nos receptores
muscarínicos
15. Os neurônios simpáticos pós-ganglionares são
principalmente noradrenérgicos, embora alguns sejam
colinérgicos (gland. sudoríparas)
As fibras simpaticas pós-ganglionares
liberam noradrenalina (NA) que podem
atuar sobre os receptores α ou ß-
adrenérgicos. Exceto nas glândulas
sudoríparas que as fibras simpáticas
liberam Ach que atuam sobre receptores
muscarínicos.
17. Também é denominado sistema nervoso
voluntário por que a sua função motora pode
ser controlada conscientemente. Ele inclui
células nervosas motoras somáticas, que
levam impulsos do sistema nervoso central
para os músculos estriados esqueléticos.
20. F
ACh
Órgão efetor +
Na
Na
+
K+ K+
Acetil-coA
colina
Acetilcolina
AchE
colina
Colina acetiltransferase
colina
Na+ K+
K+/Ca+2
Ca+2
Nic Mus
Terminal colinérgico
Potencial de ação
21.
22. 1. SÍNTESE DO NEUROTRANSMISSOR: ocorre no botão sináptico
Acetil coenzima A + colina = Acetilcolina
2. ARMAZENAMENTO: em vesículas no interior do botão sináptico,
para evitar liberação espontânea e impedir a degradação dos
neurotransmissores por enzimas no botão sináptico
3. LIBERAÇÃO DO NEUROTRANSMISSOR: ocorre mediante a
chegada de um potencial de ação no botão sináptico, por
exocitose. (100-500 vesículas)
23. 4. CONTROLE DE LIBERAÇÃO DO NEUROTRANSMISSOR: a
ativação de receptores muscarínicos na membrana pré-sináptica,
causa um feed-back negativo na liberação do neurotransmissor.
5 . INATIVAÇÃO DO NEUROTRANSMISSOR: após transmitir uma
informação nervosa ligando ao seu receptor o neurotransmissor
deve ser retirado da fenda sináptica. Isso ocorre por:
- Inativação enzimática – enzima acetilcolinesterase (AchE,
resultando em:
ACETATO – eliminado
COLINA – recaptada
25. Exitem 2 tipos de receptores que interagem com a Ach:
Os receptores Nicotínicos e os receptores
Muscarínicos
A ligação do NT ao receptor leva a uma alteração
conformocional do receptor promovendo uma resposta
excitatória ou inibitória.
NICOTÍNICOS (Iônicos) – canais iônicos
Neuronais (Gânglios Autonômicos e medula adrenal)
(Nn)
Musculares (Placa Motora) (Nm)
26. MUSCARÍNICOS (Metabólicos) – proteína G
M1 (Neurônios do SNC e periféricos e tec. gástrico)
EXCITATÓRIO
M2 (musculatura cardíaca) - INIBITÓRIO: provocam
redução da freqüência cardíaca e força de contração
M3 (Musculatura lisa/endotélio vascular, Glândulas
exócrinas) – INIBITÓRIO E EXCITATÓRIO: causam
secreção, contração da musculatura lisa visceral e
relaxamento vascular
M4 e M5 (SNC ???)
27. Colinérgicos e
Anticolinérgicos
1. Atuação sobre transportador de colina na membrana
plasmática
2. Liberação de acetilcolina
3. Receptores muscarínicos
4. Receptores nicotínicos
5. Acetilcolinesterase
28.
29.
30. Modulação da motilidade gastrintestinal
Xerostomia
Glaucoma
Cinetose e como antiemético
Doenças neuromusculares, como miastenia grave e síndrome de
Eaton-Lambert
Bloqueio e reversão neuromuscular aguda
Distonias (Ex.: torcicolo), cefaléias e síndromes dolorosas
Midríase
Broncodilatadores
Espasmos vesicais e incontinência urinária
Efeitos cosméticos sobre linhas cutâneas e rugas
Tratamento dos sintomas da doença de Alzheimer (DA), disfunção
cognitiva e demência
Colinérgicos e
Anticolinérgicos
31. Por interferência na liberação da liberação de Ach
ao inibir sua síntese ou armazenamento vesicular
ou o próprio mecanismo de liberação
EX.:
Toxina botulínica (Clostridium botulinum) – indutora
de paralisia (aumento do tônus muscular),
inativando as proteínas envolvidas na exocitose.
33. ANTICOLINESTERÁSICOS
- Potencializam a transmissão colinérgicas nas
sinapses autônomas colinérgicas e na junção
neuromuscular.
• Efeitos no SNC - fisiostigmina e organofosforados
(atravessam a BHE)
Duração da ação:
1) Edrofônio: ação curta (2 a 10min)
2) Neostigmina e fisiostigmina: ação intermediária (3 a 8 horas)
3) Organofosforados: irreversíveis (centenas de horas)
34. ORGANOFOSFORADOS
SINAIS E SINTOMAS DA INTOXICAÇÃO:
miose acentuada, dor ocular, visão borrada (longe),
secreções, broncoconstrição, cólicas, náuseas, vômitos,
hipotensão, fasciculações, fadiga muscular, paralisia,
confusão, convulsões, depressão respiratória, coma
TRATAMENTO:
- Atropina (anticolinérgico): Via I.M. ou E.V. (0,25mg a 1mg) /
infusão contínua ou repetidas vezes
- Pralidoxima (Contrathion): reativador da AchE – 200mg a
400mg / repetidas vezes.
35.
36. Aumento da transmissão na junção neuromuscular
Tratamento da miastenia gravis
Síndrome de Eaton-Lambert
Envenenamento por tubocurarina
Miastenia gravis: doença auto-imune,
neuromuscular. O sistema imune produz Ac que
atacam os receptores nicotínicos. (fraqueza
muscular)
Síndrome de Eaton-Lambert: destruição dos
receptores por neoplasias
Tubocurarina: Chondrodendron tomentosum
(nomes comuns: curare, pareira-brava, pareira,
uva-da-serra, uva-do-mato).
37. Aumento da atividade colinérgica central
Doença de Alzheimer
Doença degenerativa e progressiva
Diminuição da memória
Dificuldade no raciocínio
Pensamento e alterações comportamentais
tacrina, donepezila, rivastigmina,
galantamina
39. Parassimpaticomiméticos
Imitam a ação da Ach
Amanita muscarina
Alcalóides naturais
Efeitos
farmacológicos /
adversos:
lacrimejamento,
euforia, salivação,
sudorese, aumento
motilidade GI,
aumento secreções
GI e respiratórias,
náuseas, vômitos,
soluços, astenia
Sem indicação terapêutica
40. PILOCARPINA
Reduzir pressão intraocular no glaucoma
(solução a 2 e 4%)
Sialagogo – tratamento da xerostomia
CEVIMELINA
Tratamento da xerostomia na síndrome de
Sjögren
41. METACOLINA
3x mais resistente a hidrólise pela AchE
Parada cardíaca pode ser fatal
Administração: Via cutânea
É utilizada para diagnóstico da asma
Ésteres de colina
CARBACOL
Antigamente era usado para tratamento
da retenção urinária
Atualmente diminuição da pressão
intraocular do glaucoma (soluções 0,75 a
3%)
Produzir miose (solução a 0,01%)
42. BETANICOL
Promover motilidade GI e do trato
urinário
Ésteres de colina
Dose:
5mg, 10mg, 25mg
3/3h ou 4/4h
GOLAN, 2009. cap. 8, pág: 111
43. Sudorese
Cólicas abdominais
Dificuldade de acomodação visual
Salivação, vômito
Dor de cabeça
44. (Parassimpaticolíticos)
Bloqueiam competitivamente a ação da
Ach
IPATRÓPIO (Atrovent ®) – Broncodilatador
HIOSCINA E ESCOPOLAMINA (Buscopan®) –
antiespasmódica
ATROPINA (Atroveran®) – induzir midríase, reverter
bradicardia, antiespasmódica, inibir o excesso de
salivação e de secreção de muco durante a cirurgia ou
intoxicação por organofosforado
OXIBUTININA, PROPANTELLINA – Tratamento da
bexiga hiperativa
54. NORADRENALINA: substância transmissora
liberada por neurônios simpáticos pós-
glanglionares (noraepinefrina)
ADRENALINA: hormônio secretado, juntamente
com a noradrenalina, pela supra-renal (epinefrina)
DOPAMINA: percursor metabólico da
noradrenalina e da adrenalina, que atua como
neurotransmissor no cérebro (SNC).
55. Estudos demonstraram que há 2 tipos de receptores para Adrenalina
e Noradrenalina: e (aclopados a proteína G)
Subtipo Localização
1 Vasos de resistência
2
Pós-sinápticos
Inibição da insulina
β1 Coração
β2
Brônquios e vasos
(músculos esqueléticos)
Liberação do glucagon
Relaxamento da musc. uterina
β3 Células adiposas
58. Estocagem e Liberação da
Noradrenalina
• Armazenadas em vesículas pré
sinápticas (terminal adrenérgico).
• A NA fica ligada a ATP e proteínas
(diminuir difusão – evita destruição
enzimática – complexo inativo), até
liberação por estímulo - EXOCITOSE.
59. Ligação com o receptor:
Remoção da noradrenalina
A remoção da noradrenalina pode se dar por três caminhos:
1. Difundir-se fora do espaço sináptico e entrar na circulação.
2. Ser metabolizada pela catecol O-metiltransferase (COMT) ou
MAO no espaço sináptico.
3. Ser recaptada para dentro do neurônio
Esta bomba pode ser inibida por antidepressivos triciclicos como
IMIPRAMINA, ou pela COCAÍNA.
61. Inibidores da síntese de catecolaminas
Inibidores do armazenamento das catecolaminas
Inibidores da recaptação de catecolaminas
Inibidores da Enzimas
Agonistas dos receptores α-adrenérgicos
Agonistas dos receptores ß-adrenérgicos
Antagonistas dos receptores α-adrenérgicos
Antagonistas dos receptores ß-adrenérgicos
62. Possuem utilidade clínica limitada, visto que esses
agentes inibem de modo inespecífico a formação de
todas as catecolaminas
A α-metiltirosina inibe a tiroxina hidroxilase, a
primeira enzima na via de biossíntese das catecolaminas.
Utilizado no tratamento da hipertensão associada ao
feocromocitoma (um tumor de células enterocromafins da
medula supra-renal que produz norepinefrina e
epinefrina).
63. Efedrina usados como descongestionantes nasal
Anfetamina: aumento do estado de alerta,
diminuição da fadiga, depressão do apetite e insônia
Metilfenidato (análogo da anfetamina) usado no
tratamento do transtorno de déficit de atenção com
hiperatividade em crianças
64. Efeito simpaticomimético - prolongam o tempo de
permanência do neurotransmissor liberado na fenda
sináptica.
Cocaína: ocasionalmente utilizada como anéstesico
local
Imipramina, clomipramina, nortriptilina e
amitriptilina (antidepressivo tricíclico)
67. ADRENALINA E NORADRENALINA
ADR
2 Broncodilatação
1 FC e Contração
ADR
1; 2 Contração
PÂNCREAS 2
Insulina
AGONISTAS inespecíficos
68. USOS: Asma (Tratamento de Emergência)
Choque Anafilático
Parada Cardíaca
EFEITOS COLATERAIS:
Taquicardia, tremor fino das mãos, palidez,
hipertensão, hiperglicemia e ansiedade
Não tem biodisponibilidade oral, pois é
biotransformada em mucosa gastrintestinal e
fígado.
ADRENALINA E NORADRENALINA
69.
70.
71. METOXAMINA e FENILEFRINA
AGONISTA 1
Choque (estados hipotensivos): Metoxamina e
fenilefrina
Descongestionante Nasal (Afrin®): Fenilefrina
Contração
PA
Mucosa
Nasal
AGONISTAS 1
Produzem acentuada vasoconstrição da pele, mucosas e território
esplânico. Aumentam a resistência vascular periférica e a pressão
arterial
72.
73. AGONISTAS 2
CLONIDINA, METILDOPA
AGONISTA 2
Contração PA (agudo)
Atividade
Simpática PA (prolongada)
Hipertensão
EFEITOS COLATERAIS: Sedação, secura na boca, hipotensão
ortostática.
Atuam em centro de controle cardiovascular no sistema nervoso central,
ativando receptores centrais que suprime influxo simpático do cérebro para a
periferia, com queda da pressão arterial.
74. AGONISTAS β
DOBUTAMINA
AGONISTA 1 FC e Contração
Tratamento agudo da insuficiência cardíaca (emergência)
Não é biodisponível por via enteral
Meia-vida de 2 minutos devido à pronta biotransformação
hepática
Admin.: intravenosa contínua
75.
76. AGONISTAS preferencial 2
SALBUTAMOL,
FENOTEROL (berotec)
AGONISTA 2
Broncodilatação
Relaxamento
Tratamento da doença obstrutiva das vias áreas e
broncoespasmos.
Salbutamol - retardo do parto pré-maturo
77. DROGAS SIMPATOLÍTICAS
Os antagonistas dos receptores α-
e ß- adrenérgicos estão entre os
medicamentos mais amplamente
utilizados na prática clínica.
78.
79.
80. Não seletivos: 1 e 2
Ex:propranolol, alprenolol, oxprenolol, timolol etc.
Seletivos: 1
Ex: atenolol, practolol, metoprolol etc.
Antagonistas mistos: atividade e
Ex: labetalol
81. Uso Clínico dos antagonistas adrenérgicos
Redução da Pressão Arterial
Redução de débito cardíaco
Ação central: redução da atividade simpática
Ex: propranolol, alprenolol, atenolol, metoprolol
Glaucoma de ângulo aberto
Contração do músculo ciliar, permitindo a
drenagem do humor aquoso
Ex: timolol gotas oftálmicas
82. Efeitos Colaterais
Broncoconstrição (Efeito que pode ser fatal em
pacientes com problemas respiratórios)
Hipoglicemia
Adrenalina estimula a produção de glicose pelo fígado
(2).
Em geral o uso de antagonistas em pacientes
diabéticos é contra-indicado.