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SNA Parassimpático (colinérgicos e anticolinérgicos)
Soraia K P Costa
Scosta@icb.usp.br - Sala 337 – ICB-I/USP
Objetivos
1. Conceitos - SNA.
2. Comparar brevemente Anatomia e Fisiologia
Básicas entre SNA Simpático e Parassimpático.
3. Conhecer estruturas drogas, receptores,
mecanismos de ação e usos clínicos de drogas
parassimpaticomiméticas.
4. Conhecer estruturas drogas, receptores,
mecanismos de ação e usos clínicos de drogas
parassimpaticolíticas.
1- Veterinary Pharmacology and Therapeutics. Edited
by H. Richard Adams. 8th ed. (2000). Iowa State
University Press/AMES.
2- Pharmacology. H. P. Rang, M.M. Dale., J.M. Ritter.
4th ed. (1999). Churchill Livingstone.
3- Farmacologia Moderna. Charles Craig, Robert E.
Stitizel. 4th ed. Guanabara Koogan.
Referências
Estrutura - Sistema Nervoso Periférico
Nervos Espinhais
(31 pares)
Nervos Cranianos
(12 pares)
• Quais órgãos os
nervos PS inervam?
Simpático
Sistema Nervoso Autônomo
(eferente)
Predomina
principalmente
durante ‘respostas
ativas’
stress, luta e fuga
Parasimpático
Sistema Nervoso Autônomo
(eferente)
Predomina
principalmente
durante ‘respostas
passivas’
saciedade, repouso e
digestão
Segmentos
sacral
Medula
III
VII
X
IX
Nervos
pélvicos
Nervos
cranianos
olho
coração
brônquio
estômago
Intestino delgado
intestino grosso
bexiga
genitália
glândula lacrimal
glândula salivar
Sistema Nervoso Parassimpático
¿ contração pupila
¿ lágrima
¿ reduz batimento
¿ contração
¿ aumenta motilidade
¿ aumenta motilidade
¿ aumenta motilidade
¿ contração
¿ ereção
¿ salivação
AÇÕES SN SIMPÁTICO vs PARASSIMPÁTICO
Miose
↓ F.C.
↓ contratilidade
Olhos
(+) secreção
Midríase
↑ F.C.
↑ contratilidade
gl. salivar (+) secreção
Inervação seletiva
Ações semelhantes ou sinérgicas
Ações opostas
órgãos sex (+) ereção
(+) ejaculação
-
Parassimpático Simpático
Olho:
Pupila
músculo ciliar
glândula lacrimal
Glândula Salivar:
Coração:
frequência
força
Vaso sanguíneo:
Brônquio:
Trato GI:
músculo longitudinal
esfíncters
glândula
Bexiga:
parede (detrusor)
esfincter
Útero
grávido
normal
Órgãos sexuais
Rins
Fígado
contração
contração
secreta lágrima
secreção
dilatação
pouco efeito
pouco efeito
secreção
vs
reduz
pouco efeito
pouco efeito
contração
aumento
aumento
contração
relaxa
contração
relaxa
secreção
relaxa
contração
pouco efeito
contração
relaxa
relaxa
contração
pouco efeito
pouco efeito
contração
relaxa
ereção ejaculação, tumescência
pouco efeito
pouco efeito
secreção renina
mobilização glicose
SNC
Efetor
Gânglio Autonômico
(Simp ou PSimp)
2 3 4
5
6
7
1
Comparação estrutura entre nervos Simpático e
Parassimpático
1. Corpo cel neurônio pre-ganglionar
2. Axônio pre-ganglionar
3. Transmissor ganglionar
4. Receptor ganglionar
5. Axônio neurônio pós-ganglionar
6. Transmissor - Junção neuroefetora
7. Receptor da junção neuroefetora
Medula ou sacral
Axônio longo
Acetilcolina
Nicotínico
Axônio curto
Acetilcolina
Muscarínico
torácico ou segmento lombar
Axônio curto
Acetilcolina
Nicotínico
Axônio longo
Noradrenalina
α ou β adrenérgico
Simpático Parassimpático
M N
Acetilcolina atua em ambos receptores
nicotínico (N) e muscarínico (M)
X
M bloqueado Predomina ações nicotínicas
™Estimulação de todos gânglios autônomos (S e PS).
™Estimulação de músculos voluntários.
™Secreção de catecolaminas da medula supra renal.
Ações da Ach via PS – Exceções (1)
Ações da ACh via PS – Exceções (2)
Alberts et al., 1995 Cross-section of a small blood vessel
Endotélio
Músculo liso
vascular Colágeno
Vasodilatação
Agonista muscarínico atua via rec
(M3) em cél endoteliais (revestem
vasos sanguíneos).
As Cels endoteliais liberam óxido
nítrico (NO) no músculo liso
vascular - RELAXAMENTO.
(importância fisiológica dos
receptores muscarínicos nas cels
endoteliais ainda não é muito
compreendida)
VASODILATAÇÃO – VIA NO
Estrutura dos
RECEPTORES
Subtipos de Receptores N e M
Nn # Nm
NICOTÍNICO
Nn
Gânglio Auton.
Medula adrenal
Nm
Placa terminal
JNM
(Ionotrópico) MUSCARÍNICO
(Metabotrópico)
M1 Gânglio Auton.
Tecido gástrico
M2 Músculo
cardíaco
M3 Músculo liso,
Glândulas
M4, M5 SNC??
Estrutura do Receptor Nicotínico - Gânglio Autonômico
Fibra pré-ganglionar
Os receptores presentes na membrana
pós-sinaptica dos dendritos do
neurônio pós-ganglionar são
NICOTÍNICOS (Nn).
liberação de ACh
‘’pequena liberação
do contéudo
vesicular‘’
Nn
Múltimeros
pentamérico
N C
extra
intra
Cinco subunidades formam o
canal catiônico não específico
α3 α3
β4
β4 β4
ACh
ACh
Na+
K+
Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
ACh
ACh
ACh
Receptores Nicotínicos
Nic.
JNM
Neur.Gânglios
Despolariz.
Excitação Neur.
Contração M.Esq.
Na+
K+
Estrutura do Receptor Muscarínico - Junção Neuro-
efetora
Neurônio pós-
ganglionar
Os receptores pós-sinápticos na membrana
das células da junção neuro-efetora
ganglionar das fibras parassimpáticas são
MUSCARÍNICOS.
liberação ACh
N
C
extra
intra
formado por única proteina
Prot G
N
muscarinic
receptor
out
in
α
GDP
trimeric G-protein
β γ
C
free ACh
molecule
Mecanismo de Transdução de Sinais
N
muscarinic
receptor
out
in
Mecanismo de Transdução de Sinais
α
GTP
trimeric G-protein
β γ
C
ACh
ion channel
K+
?
AC, PLC etc.
Efetors
Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
↑ Ca2+
PLC
IP3
DAG
G
Receptores Muscarínicos
M1
SNC
Estômago
Excitação
Secreção HCl
liberação de ACh
Nervo
C
N
β γ
bound ACh
molecule
ion channel
out
in
K+
?
PKA
muscarinic
receptor
AC
GTP
αi
cAMP
PKA ATP
?
e.g. M2 (cardiac) coupled via Gi
Mecanismo de Transdução de Sinais
Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
Coração
Pré-sinapse
Receptores Muscarínicos
M2
Hiperpolarização
Inibição neural
Inibição cardíaca
Ca2+
cond.K+
AC
AMPc
Gi
Nervo
liberação de ACh
C
N
β γ
bound ACh
molecule
ion channel
out
in
K+
?
PLC
GTP
αq
PIP2
IP3 + DAG
PKC PKC*
Ca2+
muscarinic
receptor
e.g. M3 (smooth muscle, glands) coupled via Gq
X
Mecanismo de Transdução de Sinais
Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
Receptores Muscarínicos
liberação de ACh
Nervo
Secreção
Contração
Síntese NO
Glândulas
Músc. liso
M3
↑ Ca2+
PLC
IP3
DAG
G
M1
M2
M3
M4
M5
geralmente Gq/G11
geralmente Gi
geralmente Gq
presume-se Gi
presume-se Gq/G11
Ativa PLC
Inibe adenilato ciclase
Ativa PLC
Inibe adenilato ciclase
Ativa PLC
[Ca2+]i,, PKC
fecha canais K+ (M corrente)
cAMP, PKA
Abre canais K+ (GIRK)
[Ca2+]i,, PKC, cGMP
Resumo – Mecanismo de Transdução do Receptor
Junção Neuro-efetora
Redução frequência cardíaca (M2)
Vasodilatação (M3) (cels endoteliais – (NÃO depende PS).
Aumento salivação e lacrimejamento (M3)
Contracão do músculo liso (M3)- leva ao aumento da
motilidade gástrica, contração da bexiga e broncoconstrição.
Aumento suco gástrico (M1) e secreção do muco (M3)
Constrição da pupila e contração do músculo ciliar (M3)
Promove sudorese (M3) (NÃO é PS)
Efeitos SNC - excitação, ganho memória (M1), tremor (M2)
Resumo - Consequências Fisiológicas da
Estimulação dos Receptores Muscarínicos
Respostas Cardiovasculares à Acetilcolina
Baixas doses Altas doses
Mecanismo de Transmissão – Gânglio Autonômico
ACh
Neurônio pré-ganlionar
Neurônio pós-ganlionar
(S ou PS)
Nn M1
M2
Outros
Etapas na Transmissão
Neuroquímica - ACh
1. Síntese do Transmissor
2. Armazenamento
3. Liberação por um potencial de ação
4. Interação do transmissor com os receptores na célula
efetora (alteração-resposta)
5. Remoção rápida do transmissor da vizinhança dos
receptores
6. Recuperação da célula efetora ao estado inicial.
Síntese, Armazenamento, Liberação e Remoção da ACh
(fibra colinérgica)
liberação de ACh (exocitose)
Efetor
glicose
colina
colina
glicose
piruvato
Acetil-CoA
Acetil-CoA
+ Colina acetiltransferase
(CAT)
Acetilcolina
Potencial de Ação
Acetilcolinesterase
colina + acetato
M
N
Parassimpaticomiméticas
-Relação estrutura-atividade
-Mecanismos de ação
-Usos clínicos
™ Drogas que produzem respostas de órgãos
terminais semelhantes às produzidas pelo
estímulo de neurônio parassimpático pós-
ganglionar ou estimulam os efeitos da ACh.
™ Outros termos: Colinomiméticas, agonistas
Colinérgicas, agonistas muscarínicas
™ Mecanismos:
- Ação direta (ex.: atua diretamente via receptor M/N)
- Ação Indireta (ex.: inibidores da colinesterase)
i) Agonistas Muscarínicos – mimetizam (ex. Carbacol)
ii) Antagonistas Muscarinícos – bloqueiam
iii) Estimuladores Ganglionares – mimetizam (ex. Nicotina)
iv) Bloqueadores Ganglionares – bloqueiam respostas
v) Bloqueadores Neuromusculares – bloqueiam Ach
vi) Anti-Colinesterásico – previne degradação Ach
(ex. Neostigmina).
vii) Outros (Bloqueadores de canais iônicos, 4-
aminopiridina).
Efeitos de drogas – transmissão colinérgica
Agentes Colinomiméticos
Ação Direta Ação Indireta
Agonistas de
Receptor
Alcalóides
(pilocarpina, muscarina,
oxotremorine, nicotina)
Ésteres da Colina
(betanecol,
carbacol,metacolina)
ACETILCOLINA
Inibidores da
Colinesterase
Carbamatos
(neostigmina,
fisostigmina)
Organofosfatos
(isoflurofato,
ecotiofato)
√ MUSCARÍNICAS
- muscarina = Amanita muscaria
- estimulação parassimpática
√ NICOTÍNICAS
- gânglios autonômicos
- musculatura voluntária
- secreção de Adr (supra renal)
Tipo de Receptor
Classificação das drogas ação direta
COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO DIRETA
(ÉSTERES DA COLINA)
Relação Estrutura-Atividade
Ésteres da colina
1- Acetilcolina
2- Carbacol
3- Metacolina
4- Betanbecol
Seletividade
Musc Nic
Hidrólise (AChE)
+++ +++ +++
++ +++ -
+++ + ++
+++ - -
Relação Estrutura-Atividade
Ésteres da colina
™Moléculas sintéticas foram desenvolvidas com base na
ACh; entretanto procurou-se criar especialmente:
1) Redução da susceptibilidade da molécula à hidrólise
(AChE)
2) Atividade relativa nos receptores M (seletividade)
Efeitos Farmacológicos – Ésteres da Colina
Miose (contração músculo constritor pupilas)
Reduz PIO – portador glaucoma (contrai músculo ciliar)
Olho
↓F.C.
↓contratilidade átrio (reduz D.C.)
Vasodilatação (via NO)
DC + vasodilatação = queda PA
broncoconstrição
-↑ Motilidade peristáltica TGI (causa cólicas)
(+) secreção HCl
-causa dilatação esfíncteres (incontinência urinária)
(+) secreção glândulas (sudorese, lacrimejamento,
salivação
Usos Terapêuticos (1)
™- Betanecol (Urecholine) * – Hipotonia TGI e bexiga – casos
de retenção urinária (pós-operatório e neurogênica). Tb atua
como estimulador da motilidade TGI (v.o./s.c.).
TGI/Urinário
Odontologia
™ Cevimeline (Evoxac) – sialogogo (xerostomia=boca seca)
* Resistente colinesterase
Cardiovascular
™ Suprime taquicardia atrial (inibe atividade marcapasso)
Usos Terapêuticos (2)
Oftalmologia
™ Cloreto de ACh (Miochol) - miose rápida (ex.: cirurgia
catarata)
Diagnóstico
™Metacolina* – instrumento de diagnóstico (ex.:
disautonomia, envenenamento pelo alcalóide Beladona e
teste de reatividade das vias aéreas em indivíduos
asmáticos).
™ Carbacol (isopto cachol) - glaucoma (reduz pio) e causa
miose (cirugia oftálmica)
* Resistente à ação da colinesterase
™ Hipertiroidismo (causa arritmia)
™ Asma (aumenta reatividade das vias aéreas)
™ Insuficiência Coronariana (aumenta queda da
resistência periférica
™ Úlcera péptica ( atividade TGI/secreção HCl)
™ Obstrução mecânica da bexiga ou TGI (força
esvaziamento)
Contra-indicação - Ésteres da Colina
™Rush cutâneo
™Sudorese (diaphoresis)
™Cólicas abdominais
™Contrações bexiga
™Espasmos na acomodação visual
™Miose
™Cefaléia
™Salivação
™Broncoespasmo
™Lacrimejamento
™Hipotensão
™Bradicardia
Efeitos adversos - Ésteres da Colina
™Procainamida + quinidina antagonizam o efeito do
Betanecol.
™Bloqueador ganglionar + Betanecol = queda PA e
alterações abdominais graves.
™Betanecol + depletores de 5-HT = hipotermia
grave
Interações Medicamentosas
-Muscarina
- Pilocarpina
- Oxotremorina
-Nicotina
COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO DIRETA
(ALCALÓIDES)
Alcalóides: substâncias de ocorrência natural, extraídas
de plantas (etc.) e que possuem afinidade pelos
receptores muscarínicos (ex.: Muscarina) ou Nicotínicos
(ex.: Nicotina). Muscarina deu origem aos receptores M.
Relação Estrutura-Atividade
Alcalóides
Estrutura: Mais complexa que ésteres. Muscarina = ACh
(embora isenta de atividade nicotínica) e resistente
hidrólise (sem éster). Possui grupo amônio 4o ou 3o.
Muscarina
¾Ação prolongada
¾100x mais potente que ACh
¾Não é hidrossolúvel; > efeito SNC
Amanita muscaria.
(http://www.anaesthetist.com/anaes/patient/ans/ach.htm)
Efeitos Farmacológicos – Muscarina
Importância clínica:
™Elevada (envenenamento) – efeitos
intensos = estimulação de nervos OS.
™ Ex: miose, espasmo visual
(acomodação), lacrimejamento,
bradicardia, diarréia, cólica TGI,
incontinência urinária (etc.)
Inocybe sp
Clitocybe sp
9Mimetiza as ações da ACh em músculo
liso, cardíaco e glândulas (+ potente).
9Absorção: alta via TGI
(http://www.anaesthetist.com/anaes/patient/ans/ach.htm)
Jaborandi
(pilocarpus sp)
Relação Estrutura Atividade – Pilocarpina
Estrutura
9# ACh
9Possui grupo amino terciário (base fraca)
9Possui anel imidazólico
9Hidrossolúvel
9Ação predominantemente muscarínica (= Ach).
Predominante em glândulas salivares e sudoríparas, olhos
(> secreção).
9Efeito no coração, TGI e músculo liso < ACh.
9Ação central (cortical) = muscarina
Importância clínica:
9Glaucoma - reduz PIO (pilocar – longa duração)
9Xerostomia
9Síndrome Sjogren
Efeitos Farmacológicos – Pilocarpina
9Efeitos muscarínicos clássicos na periferia
9Ação central muito potente (cortical). Ex.: tremores,
ataxia e espaticidade = sinais da doença de Parkinson.
Importância clínica:
9ferramenta farmacológica em estudos para
desenvolvimento de drogas para o mal de Parkinson.
™Farmacologia:
™Origem:
9Alcalóide sintético (amina terciária)
Efeitos Farmacológicos – Oxotremorina
ARECOLINA
Alcalóide colinérgico,
porém não mais utilizado na
clínica e pesquisa.
ALCALÓIDES
AGONISTAS NICOTÍNICOS
-Nicotina, Lobelina, Dimetilfenilpiperazínio
(DMPP)
COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO DIRETA
Substâncias (alcalóides) de ocorrência natural (ex.: nicotina,
lobelina) ou sintéticas (ex.: DMPP) que atuam seletivamente em
receptores N autonômicos (PS e S), mas tb podem atuar em
receptores Nm (> com).
Relação Estrutura-Atividade
Agonistas Nicotínicos (estimulantes ganglionares)
Nicotina
(Tabaco)
Lobelina
(Lobelina)
9Ambas são aminas terciárias
9DMPP (amina quaternária seletivo para rec N ganglionares)
NICOTINA
™Mimetiza as ações da ACh em receptores nicotínicos
(gânglios)
™ - coração (efeitos Simp alternados c/PS)
™ - hipertensão
™ - náusea, vômito, diarréia
™ - bloqueio nervoso por despolarização
™Estimula receptores N (cels cromafins – Medula adrenal)
™Estimula receptores N em fibras sensoriais
™Estimula receptores Nm na placa terminal (fibras
musculares). (ex. excitação e bloqueio JNM)
Efeitos Farmacológicos – Agonistas nicotínicos
Efeitos Farmacológicos – Agonistas nicotínicos
NICOTINA
™Cigarro – causa estado de alerta
™Altas doses: tremor, vômito, estimulação do centro
respiratório.
™Superdosagem: convulsão, coma e morte
Importância Clínica:
™Nenhum valor terapêutico, exceto plasters p/combate ao fumo
™Ferramenta farmacológica.
™Usado como inseticida
Agentes Colinomiméticos
Ação Direta Ação Indireta
Inibidores da
Colinesterase
Aminas 4
Carbamatos
Organofosfatos
Colinesterases: EXISTE 2 TIPOS:
Acetilcolinesterase: específica (relativamente) para ACh
Butirilcolinesterase (pseudocolinesterase, plasma cholinesterase)
Diagram from Rang, Dale and Ritter, 4th ed (1999) p.132
PROPRIEDADES DA ACETILCOLINESTERASE
Localização
9Neurônios colinérgicos
9Sinapses colinérgicas
9JNM
9Células vermelhas
Substratos
9Ach – melhor
9Metacolina
Não são substratos
9Betanecol
9Carbacol
9Suxinilcolina
PROPRIEDADES DA BUTIRILCOLINESTERASE
Outros nomes
9Pseudocolinesterase
9Esterase sérica
9Falsa colinesterase
Localização
9Plasma
9Figado
9Céls glias e outros tecidos
Substratos
9Butilcolina (melhor)
9ACh
9Suxinilcolina
9Procaína (anestésico)
Não são substratos
9Metacolina
9Betanecol
9Carbacol
ACETILCOLINESTERASE E BUTIRILCOLINESTERASE
™São inibidas por carbamatos e
organofosfatos (inibidores de colinesterase).
™Inibição da colinesterase causa ações
sinergéticas com metacolina, e aditivas com
Betanecol e Carbacol.
COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA
(Inibidores da Colinesterase)
-AMINAS 4o. (ação curta; edrofônio)
- CARBAMATOS (ação média; neostigmina)
Reversíveis
COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA
(Edrofônio)
Efeitos farmacológicos/Relação Estrutura-atividade
™Grupo amino quaternário
™Ação rápida (ineficaz p/terapêutica)
™Principal local de ação (receptor Nm – JNM)
™Usos: diagnóstico de Miastenia Grave
COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA
(Carbamatos – ação média)
Relação Estrutura-atividade
™Derivado do ácido carbâmico; possui radicais orgânicos (grupos
R1 e R2) ou H
™Grupo R3 pode ser anel aromático, contendo amina terciária
™Como era de se esperar epal estrutura, são hidrossolúveis
™Local de ação: depende do composto pode ser receptores Nm ou Nn
™Ex.: Neostigmina, fisostigmina
Neostigmina
COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA
(Carbamatos – ação média)
Efeitos Farmacológicos
™Promove acúmulo ACh nos receptores N e M (base da ação
farmacológica e tóxica) = estimulação colinérgica nervos.
™Ação reversível da AChE (hs).
™Metabolizado no plasma pela esterases
COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA
(Carbamatos – ação média)
Usos terapêuticos
™Glaucoma (ângulo aberto; fisostigmina).
™Atonia de bexiga (neostigmina)
™Intoxicação por anti-muscarínicos (atropina), anti-depressivos
tricíclicos e fenotiazinas (fisostigmina).
™Miastenia grave (neostigmina, ambemônio, piridostigmina)
™Inseticida para piolho/lendias (Carbaril)
™Reverter bloqueio neuromuscular (i.v.; neostigmina)
15 Min - Break
ORGANOFOSFATOS
-DIFLOS
-ECOTIOFATO
-PARATION
-SARIN, ETC.
COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA
Relação Estrutura-atividade
Possui grupos alcoxi (R1 e R2) em moléculas clinicamente úteis
™Grupo X pode ser Flúor ou Isoflurato (exceto ecotiofato; amina 4)
™São compostos lipossolúveis
™Maioria desenvolvido como armas químicas (gás) e pesticidas
™Ação longa (ou irreversível – dias)
™Local de ação: junção PS pós-ganglionar
™Metabolizados pelas esterases plasmáticas (plasma e microssomas)
COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA
(ORGANOFOSFATO – Irreversível)
DIISOPROPYLFLUOROPHOSPHATE (DFP)
Efeitos farmacológicos/Usos clínicos
™Inibe AChE e Pseudocolinesterase.
™Promove acúmulo de Ach nos receptores Nn (base da sua
toxicidade), mas as ações via receptores M tb contribuem.
™Tratamento glaucoma ângulo aberto - o acúmulo de ACh nos
receptores N e M do músculo ciliar é base terapêutica
(somente 2 compostos: ecotiofato e DFP).
™Inseticida (comumente causa efeitos tóxicos no homem)
(Ex. Paration).
™Síntese de outras enzimas são necessárias (irreversível)
COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA
(ORGANOFOSFATO – Irreversível)
Efeitos tóxicos - Usos armas químicas (agentes nervosos)
™Promove acúmulo de ACh receptores Nn (efeito estimulante
no coração, glândulas e músculo liso) = envenenamento Muscarina
™Causa bradicardia e hipotensão (alguns casos taquicardia).
™Paralisia músculo esquelético – bloqueio por despolarização
(acúmulo ACh na placa terminal). Diafragma para (morte).
™Tratamento; remoção do paciente do local exposto.
Administrar Atropina ou reativadores enzima (Pralidoxima).
COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA
(ORGANOFOSFATO – Irreversível)
´´Síndrome da guerra do Golfo´´
Piridostigmina foi administrado
como antídoto nos soldados para
proteção contra o possível
envenamento com o gás do nervo
(ex.: sarin - organofosforados).
Qual o mecanismo?
Pralidoxima: antídoto usado no envenamento causado por
inibidores irreversíveis da acetilcolinesterase.
Diagram from Rang, Dale, Ritter and Moore, 5th ed (2003) p.157
Reativadores de acetilcolinesterase
™O grupo (=NOH) possui alta afinidade pelo átomo P.
™Pralidoxima possui sítio nucleofílico que interage com o sítio
fosforilado da enzima (AChE fosforilada).
™Altas doses de Pralidoxima podem inibir AChE.
Pralidoxima
ANTICOLINÉRGICOS
9antagonistas receptores
muscarinícos, parassimpaticolícos,
antagonistas colinérgicos.
1- Veterinary Pharmacology and Therapeutics. Edited
by H. Richard Adams. 8th ed. (2000). Iowa State
University Press/AMES.
2- Pharmacology. H. P. Rang, M.M. Dale., J.M. Ritter.
4th ed. (1999). Churchill Livingstone.
3- Farmacologia Moderna. Charles Craig, Robert E.
Stitizel. 4th ed. Guanabara Koogan.
Referências
Protótipo = Atropina
Outros agentes anti-colinérgicos (ação direta) :
9
9 Hioscina (Datura stramonium)
9 Homatropina
9 Metonitrato de Atropina
9 Ipatropium
9 Pirenzepina
9 Tropicamida
9 Ciclopentolato
9 Benzexol
9 Benztropina
BLOQUEADORES RECEPTORES
MUSCARÍNICOS
M N
X
As ações nicotínicas da ACh permanecem
Drogas que interferem com ações da ACh
Coração
TGI
Glânds
Gânglios
JNM
Fisiostigmina
(-)
Colina
+
acetato
AChE
Ach (+)
Carbacol (+)
Atropina (-)
ACh (+)
Nicot (+)
Curare (-)
Nervo
ACh
Ações Farmacológicas -ATROPINA
™ Fonte: (Atropa Belladona)
™ Natureza química: Alcalóide
™ Sítio ação: antagonista rec M colinérgico
™ Tipo de bloqueio: competitivo
Indicações:
™ Agente pré-anestésico (reduz secreções)
™ Controla bradicardia, bloqueio cardíaco.
™ Antídoto para agentes colinérgicos.
™ Tratamento incontinência urinária.
Efeito da ACh na presença da Atropina
Log dose of acetylcholine
Response
c
o
n
t
r
o
l
a
t
r
o
p
i
n
e
Atropina inibe competitivamente as ações da ACh
™ Natureza química: amônio quaternário
™ Nome comercial: Atrovent
™ Sítio de ação: antagonista M colinérgico
™ Administração: inalatória (local), não é absorvido
v.o. e não atravessa a barreira hematoencefálica.
Indicação
™ Tratamento broncoespasmo associado com doença
pulmonar obstrutiva crônica (ex.: bronquite,
enfisema).
™ Reações adversas: taquicardia, palpitação, cefaléia,
xerostomia, naúsea, tosse, dispnéia etc.
Ações Farmacológicas -IPRATRÓPIO
™ Origem: Datura stramonium
™ Nome comercial: Transderm Scop
™ Natureza química; alcalóide (amina terciária)
™ Sítio de ação: antagonista rec muscarínico
™ Indicação
™ Prevenção de naúsea e anti-emético.
™ Contra-indicação: glaucoma
Ações Farmacológicas -Escopolamina
(-) Secrecões exócrinas (lacrimal, salivar, gástrica)
(M3, M1)
Principais Efeitos Antagonistas muscarínicos
Taquicardia (M2)
Relaxamento musculatura lisa visceral
intestino
bexiga
brônquios (M3)
Principais Efeitos dos Antagonistas Muscarínicos
SNC - excitatórios (atropina)
- depressores (hioscina)
- ↓ reflexo vômitos (antieméticos)
- antiparkinsoniano
dilatação pupilas (midríase / paralisia acomodação)
relaxamento do músculo ciliar → ↑ PIO (M4)
Usos Clínicos dos Antagonistas Muscarínicos
Oftálmico - dilatação pupilar (tropicamida
ciclopentolato)
Tratamento de bradicardia (atropina )
Neurológicos- cinestose (hioscina/escopolamina)
- Parkinsonismo (benzexol
benzotropina)
Usos Clínicos dos Antagonistas Muscarínicos
Gastrointestinal ação entiespasmódica
↓ secreção gástrica (pirenzepina)
síndrome cólon irritável (diclomina)
Respiratório - tratamento asma (ipratrópio)
Efeitos Adversos - Antagonistas Muscarínicos
™Inibição das secreções
™Taquicardia
™SNC : excitação - atropina
™depressão e amnésia - hioscina
™Midríase
Bloqueadores ganglionares
Bloqueadores ganglionares e transmissão
preganglionic
autonomic nerve
fibre
acetylcholine release
small 'clear'
storage vesicles
Choline + acetyl-CoA
Acetylcholine (ACh)
H3C–C–O–C–C–N–
CH3
CH3
CH3
O H
H
H
H
+
CAT
extracellular
choline
z
z z
z
z
z
z
z
z z
z z
z
z
z
z
z
z
z
= acetylcholine carrier / transporter
CAT
CAT
CAT
ACh
preganglionic
autonomic nerve
fibre
acetylcholine release
small 'clear'
storage vesicles
Choline + acetyl-CoA
Acetylcholine (ACh)
H3C–C–O–C–C–N–
CH3
CH3
CH3
O H
H
H
H
+
CAT
ACh
vesamicol
extracellular
choline
hemicholinium
z
z z
z
z
z
z
z
z z
z z
z
z
z
z
z
z
z
Bloqueadores ganglionares e transmissão
preganglionic
autonomic nerve
fibre
acetylcholine release
small 'clear'
storage vesicles
In the synapse;
Choline + acetate
AChase = acetylcholine esterase
Acetylcholine (ACh)
AChase
Bloqueadores ganglionares e transmissão
™Praticamente obsoleto (efeitos disseminados).
™Emergência (crise hipertensiva).
™Hipotensão induzida (ex. cirurgias que necessitam
ampla dissecção cutânea; plástica, oftálmica etc.).
Usos clínicos – bloqueadores
ganglionares
(ex.: hexametônio)
¾Favorece a conservação de energia
¾Reduz frequência cardíaca
¾Promove secreção glandular
¾Protege a retina do excesso de luz
¾Promove o esvaziamento de cavidades
¾Favorece descanso e reparação
¾Antagoniza fisiologicamente o SNA Simpático
Resumo - Principais Funções do SNA
Parassimpático
Receptores Nn
Rec M
Inervação Simpática (vermelha) e PS (verde) no coração

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SNA Parassimpático e drogas colinomiméticas

  • 1. SNA Parassimpático (colinérgicos e anticolinérgicos) Soraia K P Costa Scosta@icb.usp.br - Sala 337 – ICB-I/USP Objetivos 1. Conceitos - SNA. 2. Comparar brevemente Anatomia e Fisiologia Básicas entre SNA Simpático e Parassimpático. 3. Conhecer estruturas drogas, receptores, mecanismos de ação e usos clínicos de drogas parassimpaticomiméticas. 4. Conhecer estruturas drogas, receptores, mecanismos de ação e usos clínicos de drogas parassimpaticolíticas.
  • 2. 1- Veterinary Pharmacology and Therapeutics. Edited by H. Richard Adams. 8th ed. (2000). Iowa State University Press/AMES. 2- Pharmacology. H. P. Rang, M.M. Dale., J.M. Ritter. 4th ed. (1999). Churchill Livingstone. 3- Farmacologia Moderna. Charles Craig, Robert E. Stitizel. 4th ed. Guanabara Koogan. Referências
  • 3. Estrutura - Sistema Nervoso Periférico Nervos Espinhais (31 pares) Nervos Cranianos (12 pares) • Quais órgãos os nervos PS inervam?
  • 5. Parasimpático Sistema Nervoso Autônomo (eferente) Predomina principalmente durante ‘respostas passivas’ saciedade, repouso e digestão
  • 6. Segmentos sacral Medula III VII X IX Nervos pélvicos Nervos cranianos olho coração brônquio estômago Intestino delgado intestino grosso bexiga genitália glândula lacrimal glândula salivar Sistema Nervoso Parassimpático ¿ contração pupila ¿ lágrima ¿ reduz batimento ¿ contração ¿ aumenta motilidade ¿ aumenta motilidade ¿ aumenta motilidade ¿ contração ¿ ereção ¿ salivação
  • 7.
  • 8. AÇÕES SN SIMPÁTICO vs PARASSIMPÁTICO Miose ↓ F.C. ↓ contratilidade Olhos (+) secreção Midríase ↑ F.C. ↑ contratilidade gl. salivar (+) secreção Inervação seletiva Ações semelhantes ou sinérgicas Ações opostas órgãos sex (+) ereção (+) ejaculação -
  • 9. Parassimpático Simpático Olho: Pupila músculo ciliar glândula lacrimal Glândula Salivar: Coração: frequência força Vaso sanguíneo: Brônquio: Trato GI: músculo longitudinal esfíncters glândula Bexiga: parede (detrusor) esfincter Útero grávido normal Órgãos sexuais Rins Fígado contração contração secreta lágrima secreção dilatação pouco efeito pouco efeito secreção vs reduz pouco efeito pouco efeito contração aumento aumento contração relaxa contração relaxa secreção relaxa contração pouco efeito contração relaxa relaxa contração pouco efeito pouco efeito contração relaxa ereção ejaculação, tumescência pouco efeito pouco efeito secreção renina mobilização glicose
  • 10. SNC Efetor Gânglio Autonômico (Simp ou PSimp) 2 3 4 5 6 7 1 Comparação estrutura entre nervos Simpático e Parassimpático 1. Corpo cel neurônio pre-ganglionar 2. Axônio pre-ganglionar 3. Transmissor ganglionar 4. Receptor ganglionar 5. Axônio neurônio pós-ganglionar 6. Transmissor - Junção neuroefetora 7. Receptor da junção neuroefetora Medula ou sacral Axônio longo Acetilcolina Nicotínico Axônio curto Acetilcolina Muscarínico torácico ou segmento lombar Axônio curto Acetilcolina Nicotínico Axônio longo Noradrenalina α ou β adrenérgico Simpático Parassimpático
  • 11. M N Acetilcolina atua em ambos receptores nicotínico (N) e muscarínico (M) X M bloqueado Predomina ações nicotínicas ™Estimulação de todos gânglios autônomos (S e PS). ™Estimulação de músculos voluntários. ™Secreção de catecolaminas da medula supra renal.
  • 12. Ações da Ach via PS – Exceções (1)
  • 13. Ações da ACh via PS – Exceções (2) Alberts et al., 1995 Cross-section of a small blood vessel Endotélio Músculo liso vascular Colágeno Vasodilatação Agonista muscarínico atua via rec (M3) em cél endoteliais (revestem vasos sanguíneos). As Cels endoteliais liberam óxido nítrico (NO) no músculo liso vascular - RELAXAMENTO. (importância fisiológica dos receptores muscarínicos nas cels endoteliais ainda não é muito compreendida)
  • 16. Subtipos de Receptores N e M Nn # Nm NICOTÍNICO Nn Gânglio Auton. Medula adrenal Nm Placa terminal JNM (Ionotrópico) MUSCARÍNICO (Metabotrópico) M1 Gânglio Auton. Tecido gástrico M2 Músculo cardíaco M3 Músculo liso, Glândulas M4, M5 SNC??
  • 17. Estrutura do Receptor Nicotínico - Gânglio Autonômico Fibra pré-ganglionar Os receptores presentes na membrana pós-sinaptica dos dendritos do neurônio pós-ganglionar são NICOTÍNICOS (Nn). liberação de ACh ‘’pequena liberação do contéudo vesicular‘’ Nn Múltimeros pentamérico N C extra intra Cinco subunidades formam o canal catiônico não específico α3 α3 β4 β4 β4 ACh ACh Na+ K+
  • 18. Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina ACh ACh ACh Receptores Nicotínicos Nic. JNM Neur.Gânglios Despolariz. Excitação Neur. Contração M.Esq. Na+ K+
  • 19. Estrutura do Receptor Muscarínico - Junção Neuro- efetora Neurônio pós- ganglionar Os receptores pós-sinápticos na membrana das células da junção neuro-efetora ganglionar das fibras parassimpáticas são MUSCARÍNICOS. liberação ACh N C extra intra formado por única proteina Prot G
  • 20. N muscarinic receptor out in α GDP trimeric G-protein β γ C free ACh molecule Mecanismo de Transdução de Sinais
  • 21. N muscarinic receptor out in Mecanismo de Transdução de Sinais α GTP trimeric G-protein β γ C ACh ion channel K+ ? AC, PLC etc. Efetors
  • 22. Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina ↑ Ca2+ PLC IP3 DAG G Receptores Muscarínicos M1 SNC Estômago Excitação Secreção HCl liberação de ACh Nervo
  • 23. C N β γ bound ACh molecule ion channel out in K+ ? PKA muscarinic receptor AC GTP αi cAMP PKA ATP ? e.g. M2 (cardiac) coupled via Gi Mecanismo de Transdução de Sinais
  • 24. Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina Coração Pré-sinapse Receptores Muscarínicos M2 Hiperpolarização Inibição neural Inibição cardíaca Ca2+ cond.K+ AC AMPc Gi Nervo liberação de ACh
  • 25. C N β γ bound ACh molecule ion channel out in K+ ? PLC GTP αq PIP2 IP3 + DAG PKC PKC* Ca2+ muscarinic receptor e.g. M3 (smooth muscle, glands) coupled via Gq X Mecanismo de Transdução de Sinais
  • 26. Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina Receptores Muscarínicos liberação de ACh Nervo Secreção Contração Síntese NO Glândulas Músc. liso M3 ↑ Ca2+ PLC IP3 DAG G
  • 27. M1 M2 M3 M4 M5 geralmente Gq/G11 geralmente Gi geralmente Gq presume-se Gi presume-se Gq/G11 Ativa PLC Inibe adenilato ciclase Ativa PLC Inibe adenilato ciclase Ativa PLC [Ca2+]i,, PKC fecha canais K+ (M corrente) cAMP, PKA Abre canais K+ (GIRK) [Ca2+]i,, PKC, cGMP Resumo – Mecanismo de Transdução do Receptor Junção Neuro-efetora
  • 28. Redução frequência cardíaca (M2) Vasodilatação (M3) (cels endoteliais – (NÃO depende PS). Aumento salivação e lacrimejamento (M3) Contracão do músculo liso (M3)- leva ao aumento da motilidade gástrica, contração da bexiga e broncoconstrição. Aumento suco gástrico (M1) e secreção do muco (M3) Constrição da pupila e contração do músculo ciliar (M3) Promove sudorese (M3) (NÃO é PS) Efeitos SNC - excitação, ganho memória (M1), tremor (M2) Resumo - Consequências Fisiológicas da Estimulação dos Receptores Muscarínicos
  • 29. Respostas Cardiovasculares à Acetilcolina Baixas doses Altas doses
  • 30. Mecanismo de Transmissão – Gânglio Autonômico ACh Neurônio pré-ganlionar Neurônio pós-ganlionar (S ou PS) Nn M1 M2 Outros
  • 31. Etapas na Transmissão Neuroquímica - ACh 1. Síntese do Transmissor 2. Armazenamento 3. Liberação por um potencial de ação 4. Interação do transmissor com os receptores na célula efetora (alteração-resposta) 5. Remoção rápida do transmissor da vizinhança dos receptores 6. Recuperação da célula efetora ao estado inicial.
  • 32. Síntese, Armazenamento, Liberação e Remoção da ACh (fibra colinérgica) liberação de ACh (exocitose) Efetor glicose colina colina glicose piruvato Acetil-CoA Acetil-CoA + Colina acetiltransferase (CAT) Acetilcolina Potencial de Ação Acetilcolinesterase colina + acetato M N
  • 34. ™ Drogas que produzem respostas de órgãos terminais semelhantes às produzidas pelo estímulo de neurônio parassimpático pós- ganglionar ou estimulam os efeitos da ACh. ™ Outros termos: Colinomiméticas, agonistas Colinérgicas, agonistas muscarínicas ™ Mecanismos: - Ação direta (ex.: atua diretamente via receptor M/N) - Ação Indireta (ex.: inibidores da colinesterase)
  • 35. i) Agonistas Muscarínicos – mimetizam (ex. Carbacol) ii) Antagonistas Muscarinícos – bloqueiam iii) Estimuladores Ganglionares – mimetizam (ex. Nicotina) iv) Bloqueadores Ganglionares – bloqueiam respostas v) Bloqueadores Neuromusculares – bloqueiam Ach vi) Anti-Colinesterásico – previne degradação Ach (ex. Neostigmina). vii) Outros (Bloqueadores de canais iônicos, 4- aminopiridina). Efeitos de drogas – transmissão colinérgica
  • 36. Agentes Colinomiméticos Ação Direta Ação Indireta Agonistas de Receptor Alcalóides (pilocarpina, muscarina, oxotremorine, nicotina) Ésteres da Colina (betanecol, carbacol,metacolina) ACETILCOLINA Inibidores da Colinesterase Carbamatos (neostigmina, fisostigmina) Organofosfatos (isoflurofato, ecotiofato)
  • 37. √ MUSCARÍNICAS - muscarina = Amanita muscaria - estimulação parassimpática √ NICOTÍNICAS - gânglios autonômicos - musculatura voluntária - secreção de Adr (supra renal) Tipo de Receptor Classificação das drogas ação direta
  • 38. COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO DIRETA (ÉSTERES DA COLINA)
  • 39. Relação Estrutura-Atividade Ésteres da colina 1- Acetilcolina 2- Carbacol 3- Metacolina 4- Betanbecol Seletividade Musc Nic Hidrólise (AChE) +++ +++ +++ ++ +++ - +++ + ++ +++ - -
  • 40. Relação Estrutura-Atividade Ésteres da colina ™Moléculas sintéticas foram desenvolvidas com base na ACh; entretanto procurou-se criar especialmente: 1) Redução da susceptibilidade da molécula à hidrólise (AChE) 2) Atividade relativa nos receptores M (seletividade)
  • 41. Efeitos Farmacológicos – Ésteres da Colina Miose (contração músculo constritor pupilas) Reduz PIO – portador glaucoma (contrai músculo ciliar) Olho ↓F.C. ↓contratilidade átrio (reduz D.C.) Vasodilatação (via NO) DC + vasodilatação = queda PA broncoconstrição -↑ Motilidade peristáltica TGI (causa cólicas) (+) secreção HCl -causa dilatação esfíncteres (incontinência urinária) (+) secreção glândulas (sudorese, lacrimejamento, salivação
  • 42. Usos Terapêuticos (1) ™- Betanecol (Urecholine) * – Hipotonia TGI e bexiga – casos de retenção urinária (pós-operatório e neurogênica). Tb atua como estimulador da motilidade TGI (v.o./s.c.). TGI/Urinário Odontologia ™ Cevimeline (Evoxac) – sialogogo (xerostomia=boca seca) * Resistente colinesterase Cardiovascular ™ Suprime taquicardia atrial (inibe atividade marcapasso)
  • 43. Usos Terapêuticos (2) Oftalmologia ™ Cloreto de ACh (Miochol) - miose rápida (ex.: cirurgia catarata) Diagnóstico ™Metacolina* – instrumento de diagnóstico (ex.: disautonomia, envenenamento pelo alcalóide Beladona e teste de reatividade das vias aéreas em indivíduos asmáticos). ™ Carbacol (isopto cachol) - glaucoma (reduz pio) e causa miose (cirugia oftálmica) * Resistente à ação da colinesterase
  • 44. ™ Hipertiroidismo (causa arritmia) ™ Asma (aumenta reatividade das vias aéreas) ™ Insuficiência Coronariana (aumenta queda da resistência periférica ™ Úlcera péptica ( atividade TGI/secreção HCl) ™ Obstrução mecânica da bexiga ou TGI (força esvaziamento) Contra-indicação - Ésteres da Colina
  • 45. ™Rush cutâneo ™Sudorese (diaphoresis) ™Cólicas abdominais ™Contrações bexiga ™Espasmos na acomodação visual ™Miose ™Cefaléia ™Salivação ™Broncoespasmo ™Lacrimejamento ™Hipotensão ™Bradicardia Efeitos adversos - Ésteres da Colina
  • 46. ™Procainamida + quinidina antagonizam o efeito do Betanecol. ™Bloqueador ganglionar + Betanecol = queda PA e alterações abdominais graves. ™Betanecol + depletores de 5-HT = hipotermia grave Interações Medicamentosas
  • 48. Alcalóides: substâncias de ocorrência natural, extraídas de plantas (etc.) e que possuem afinidade pelos receptores muscarínicos (ex.: Muscarina) ou Nicotínicos (ex.: Nicotina). Muscarina deu origem aos receptores M. Relação Estrutura-Atividade Alcalóides Estrutura: Mais complexa que ésteres. Muscarina = ACh (embora isenta de atividade nicotínica) e resistente hidrólise (sem éster). Possui grupo amônio 4o ou 3o. Muscarina ¾Ação prolongada ¾100x mais potente que ACh ¾Não é hidrossolúvel; > efeito SNC
  • 49. Amanita muscaria. (http://www.anaesthetist.com/anaes/patient/ans/ach.htm) Efeitos Farmacológicos – Muscarina Importância clínica: ™Elevada (envenenamento) – efeitos intensos = estimulação de nervos OS. ™ Ex: miose, espasmo visual (acomodação), lacrimejamento, bradicardia, diarréia, cólica TGI, incontinência urinária (etc.) Inocybe sp Clitocybe sp 9Mimetiza as ações da ACh em músculo liso, cardíaco e glândulas (+ potente). 9Absorção: alta via TGI
  • 50. (http://www.anaesthetist.com/anaes/patient/ans/ach.htm) Jaborandi (pilocarpus sp) Relação Estrutura Atividade – Pilocarpina Estrutura 9# ACh 9Possui grupo amino terciário (base fraca) 9Possui anel imidazólico 9Hidrossolúvel
  • 51. 9Ação predominantemente muscarínica (= Ach). Predominante em glândulas salivares e sudoríparas, olhos (> secreção). 9Efeito no coração, TGI e músculo liso < ACh. 9Ação central (cortical) = muscarina Importância clínica: 9Glaucoma - reduz PIO (pilocar – longa duração) 9Xerostomia 9Síndrome Sjogren Efeitos Farmacológicos – Pilocarpina
  • 52. 9Efeitos muscarínicos clássicos na periferia 9Ação central muito potente (cortical). Ex.: tremores, ataxia e espaticidade = sinais da doença de Parkinson. Importância clínica: 9ferramenta farmacológica em estudos para desenvolvimento de drogas para o mal de Parkinson. ™Farmacologia: ™Origem: 9Alcalóide sintético (amina terciária) Efeitos Farmacológicos – Oxotremorina
  • 53. ARECOLINA Alcalóide colinérgico, porém não mais utilizado na clínica e pesquisa.
  • 54. ALCALÓIDES AGONISTAS NICOTÍNICOS -Nicotina, Lobelina, Dimetilfenilpiperazínio (DMPP) COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO DIRETA
  • 55. Substâncias (alcalóides) de ocorrência natural (ex.: nicotina, lobelina) ou sintéticas (ex.: DMPP) que atuam seletivamente em receptores N autonômicos (PS e S), mas tb podem atuar em receptores Nm (> com). Relação Estrutura-Atividade Agonistas Nicotínicos (estimulantes ganglionares) Nicotina (Tabaco) Lobelina (Lobelina) 9Ambas são aminas terciárias 9DMPP (amina quaternária seletivo para rec N ganglionares)
  • 56. NICOTINA ™Mimetiza as ações da ACh em receptores nicotínicos (gânglios) ™ - coração (efeitos Simp alternados c/PS) ™ - hipertensão ™ - náusea, vômito, diarréia ™ - bloqueio nervoso por despolarização ™Estimula receptores N (cels cromafins – Medula adrenal) ™Estimula receptores N em fibras sensoriais ™Estimula receptores Nm na placa terminal (fibras musculares). (ex. excitação e bloqueio JNM) Efeitos Farmacológicos – Agonistas nicotínicos
  • 57. Efeitos Farmacológicos – Agonistas nicotínicos NICOTINA ™Cigarro – causa estado de alerta ™Altas doses: tremor, vômito, estimulação do centro respiratório. ™Superdosagem: convulsão, coma e morte Importância Clínica: ™Nenhum valor terapêutico, exceto plasters p/combate ao fumo ™Ferramenta farmacológica. ™Usado como inseticida
  • 58. Agentes Colinomiméticos Ação Direta Ação Indireta Inibidores da Colinesterase Aminas 4 Carbamatos Organofosfatos
  • 59. Colinesterases: EXISTE 2 TIPOS: Acetilcolinesterase: específica (relativamente) para ACh Butirilcolinesterase (pseudocolinesterase, plasma cholinesterase) Diagram from Rang, Dale and Ritter, 4th ed (1999) p.132
  • 60. PROPRIEDADES DA ACETILCOLINESTERASE Localização 9Neurônios colinérgicos 9Sinapses colinérgicas 9JNM 9Células vermelhas Substratos 9Ach – melhor 9Metacolina Não são substratos 9Betanecol 9Carbacol 9Suxinilcolina
  • 61. PROPRIEDADES DA BUTIRILCOLINESTERASE Outros nomes 9Pseudocolinesterase 9Esterase sérica 9Falsa colinesterase Localização 9Plasma 9Figado 9Céls glias e outros tecidos Substratos 9Butilcolina (melhor) 9ACh 9Suxinilcolina 9Procaína (anestésico) Não são substratos 9Metacolina 9Betanecol 9Carbacol
  • 62. ACETILCOLINESTERASE E BUTIRILCOLINESTERASE ™São inibidas por carbamatos e organofosfatos (inibidores de colinesterase). ™Inibição da colinesterase causa ações sinergéticas com metacolina, e aditivas com Betanecol e Carbacol.
  • 63. COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA (Inibidores da Colinesterase) -AMINAS 4o. (ação curta; edrofônio) - CARBAMATOS (ação média; neostigmina) Reversíveis
  • 64. COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA (Edrofônio) Efeitos farmacológicos/Relação Estrutura-atividade ™Grupo amino quaternário ™Ação rápida (ineficaz p/terapêutica) ™Principal local de ação (receptor Nm – JNM) ™Usos: diagnóstico de Miastenia Grave
  • 65. COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA (Carbamatos – ação média) Relação Estrutura-atividade ™Derivado do ácido carbâmico; possui radicais orgânicos (grupos R1 e R2) ou H ™Grupo R3 pode ser anel aromático, contendo amina terciária ™Como era de se esperar epal estrutura, são hidrossolúveis ™Local de ação: depende do composto pode ser receptores Nm ou Nn ™Ex.: Neostigmina, fisostigmina Neostigmina
  • 66. COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA (Carbamatos – ação média) Efeitos Farmacológicos ™Promove acúmulo ACh nos receptores N e M (base da ação farmacológica e tóxica) = estimulação colinérgica nervos. ™Ação reversível da AChE (hs). ™Metabolizado no plasma pela esterases
  • 67. COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA (Carbamatos – ação média) Usos terapêuticos ™Glaucoma (ângulo aberto; fisostigmina). ™Atonia de bexiga (neostigmina) ™Intoxicação por anti-muscarínicos (atropina), anti-depressivos tricíclicos e fenotiazinas (fisostigmina). ™Miastenia grave (neostigmina, ambemônio, piridostigmina) ™Inseticida para piolho/lendias (Carbaril) ™Reverter bloqueio neuromuscular (i.v.; neostigmina)
  • 68. 15 Min - Break
  • 70. Relação Estrutura-atividade Possui grupos alcoxi (R1 e R2) em moléculas clinicamente úteis ™Grupo X pode ser Flúor ou Isoflurato (exceto ecotiofato; amina 4) ™São compostos lipossolúveis ™Maioria desenvolvido como armas químicas (gás) e pesticidas ™Ação longa (ou irreversível – dias) ™Local de ação: junção PS pós-ganglionar ™Metabolizados pelas esterases plasmáticas (plasma e microssomas) COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA (ORGANOFOSFATO – Irreversível) DIISOPROPYLFLUOROPHOSPHATE (DFP)
  • 71. Efeitos farmacológicos/Usos clínicos ™Inibe AChE e Pseudocolinesterase. ™Promove acúmulo de Ach nos receptores Nn (base da sua toxicidade), mas as ações via receptores M tb contribuem. ™Tratamento glaucoma ângulo aberto - o acúmulo de ACh nos receptores N e M do músculo ciliar é base terapêutica (somente 2 compostos: ecotiofato e DFP). ™Inseticida (comumente causa efeitos tóxicos no homem) (Ex. Paration). ™Síntese de outras enzimas são necessárias (irreversível) COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA (ORGANOFOSFATO – Irreversível)
  • 72. Efeitos tóxicos - Usos armas químicas (agentes nervosos) ™Promove acúmulo de ACh receptores Nn (efeito estimulante no coração, glândulas e músculo liso) = envenenamento Muscarina ™Causa bradicardia e hipotensão (alguns casos taquicardia). ™Paralisia músculo esquelético – bloqueio por despolarização (acúmulo ACh na placa terminal). Diafragma para (morte). ™Tratamento; remoção do paciente do local exposto. Administrar Atropina ou reativadores enzima (Pralidoxima). COLINOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA (ORGANOFOSFATO – Irreversível)
  • 73. ´´Síndrome da guerra do Golfo´´ Piridostigmina foi administrado como antídoto nos soldados para proteção contra o possível envenamento com o gás do nervo (ex.: sarin - organofosforados). Qual o mecanismo?
  • 74. Pralidoxima: antídoto usado no envenamento causado por inibidores irreversíveis da acetilcolinesterase. Diagram from Rang, Dale, Ritter and Moore, 5th ed (2003) p.157
  • 75. Reativadores de acetilcolinesterase ™O grupo (=NOH) possui alta afinidade pelo átomo P. ™Pralidoxima possui sítio nucleofílico que interage com o sítio fosforilado da enzima (AChE fosforilada). ™Altas doses de Pralidoxima podem inibir AChE. Pralidoxima
  • 77. 1- Veterinary Pharmacology and Therapeutics. Edited by H. Richard Adams. 8th ed. (2000). Iowa State University Press/AMES. 2- Pharmacology. H. P. Rang, M.M. Dale., J.M. Ritter. 4th ed. (1999). Churchill Livingstone. 3- Farmacologia Moderna. Charles Craig, Robert E. Stitizel. 4th ed. Guanabara Koogan. Referências
  • 78. Protótipo = Atropina Outros agentes anti-colinérgicos (ação direta) : 9 9 Hioscina (Datura stramonium) 9 Homatropina 9 Metonitrato de Atropina 9 Ipatropium 9 Pirenzepina 9 Tropicamida 9 Ciclopentolato 9 Benzexol 9 Benztropina
  • 79. BLOQUEADORES RECEPTORES MUSCARÍNICOS M N X As ações nicotínicas da ACh permanecem
  • 80. Drogas que interferem com ações da ACh Coração TGI Glânds Gânglios JNM Fisiostigmina (-) Colina + acetato AChE Ach (+) Carbacol (+) Atropina (-) ACh (+) Nicot (+) Curare (-) Nervo ACh
  • 81. Ações Farmacológicas -ATROPINA ™ Fonte: (Atropa Belladona) ™ Natureza química: Alcalóide ™ Sítio ação: antagonista rec M colinérgico ™ Tipo de bloqueio: competitivo Indicações: ™ Agente pré-anestésico (reduz secreções) ™ Controla bradicardia, bloqueio cardíaco. ™ Antídoto para agentes colinérgicos. ™ Tratamento incontinência urinária.
  • 82. Efeito da ACh na presença da Atropina Log dose of acetylcholine Response c o n t r o l a t r o p i n e Atropina inibe competitivamente as ações da ACh
  • 83. ™ Natureza química: amônio quaternário ™ Nome comercial: Atrovent ™ Sítio de ação: antagonista M colinérgico ™ Administração: inalatória (local), não é absorvido v.o. e não atravessa a barreira hematoencefálica. Indicação ™ Tratamento broncoespasmo associado com doença pulmonar obstrutiva crônica (ex.: bronquite, enfisema). ™ Reações adversas: taquicardia, palpitação, cefaléia, xerostomia, naúsea, tosse, dispnéia etc. Ações Farmacológicas -IPRATRÓPIO
  • 84. ™ Origem: Datura stramonium ™ Nome comercial: Transderm Scop ™ Natureza química; alcalóide (amina terciária) ™ Sítio de ação: antagonista rec muscarínico ™ Indicação ™ Prevenção de naúsea e anti-emético. ™ Contra-indicação: glaucoma Ações Farmacológicas -Escopolamina
  • 85. (-) Secrecões exócrinas (lacrimal, salivar, gástrica) (M3, M1) Principais Efeitos Antagonistas muscarínicos Taquicardia (M2) Relaxamento musculatura lisa visceral intestino bexiga brônquios (M3)
  • 86. Principais Efeitos dos Antagonistas Muscarínicos SNC - excitatórios (atropina) - depressores (hioscina) - ↓ reflexo vômitos (antieméticos) - antiparkinsoniano dilatação pupilas (midríase / paralisia acomodação) relaxamento do músculo ciliar → ↑ PIO (M4)
  • 87. Usos Clínicos dos Antagonistas Muscarínicos Oftálmico - dilatação pupilar (tropicamida ciclopentolato) Tratamento de bradicardia (atropina ) Neurológicos- cinestose (hioscina/escopolamina) - Parkinsonismo (benzexol benzotropina)
  • 88. Usos Clínicos dos Antagonistas Muscarínicos Gastrointestinal ação entiespasmódica ↓ secreção gástrica (pirenzepina) síndrome cólon irritável (diclomina) Respiratório - tratamento asma (ipratrópio)
  • 89. Efeitos Adversos - Antagonistas Muscarínicos ™Inibição das secreções ™Taquicardia ™SNC : excitação - atropina ™depressão e amnésia - hioscina ™Midríase
  • 91. Bloqueadores ganglionares e transmissão preganglionic autonomic nerve fibre acetylcholine release small 'clear' storage vesicles Choline + acetyl-CoA Acetylcholine (ACh) H3C–C–O–C–C–N– CH3 CH3 CH3 O H H H H + CAT extracellular choline z z z z z z z z z z z z z z z z z z z = acetylcholine carrier / transporter CAT CAT CAT ACh
  • 92. preganglionic autonomic nerve fibre acetylcholine release small 'clear' storage vesicles Choline + acetyl-CoA Acetylcholine (ACh) H3C–C–O–C–C–N– CH3 CH3 CH3 O H H H H + CAT ACh vesamicol extracellular choline hemicholinium z z z z z z z z z z z z z z z z z z z Bloqueadores ganglionares e transmissão
  • 93. preganglionic autonomic nerve fibre acetylcholine release small 'clear' storage vesicles In the synapse; Choline + acetate AChase = acetylcholine esterase Acetylcholine (ACh) AChase Bloqueadores ganglionares e transmissão
  • 94. ™Praticamente obsoleto (efeitos disseminados). ™Emergência (crise hipertensiva). ™Hipotensão induzida (ex. cirurgias que necessitam ampla dissecção cutânea; plástica, oftálmica etc.). Usos clínicos – bloqueadores ganglionares (ex.: hexametônio)
  • 95. ¾Favorece a conservação de energia ¾Reduz frequência cardíaca ¾Promove secreção glandular ¾Protege a retina do excesso de luz ¾Promove o esvaziamento de cavidades ¾Favorece descanso e reparação ¾Antagoniza fisiologicamente o SNA Simpático Resumo - Principais Funções do SNA Parassimpático
  • 97. Rec M
  • 98.
  • 99. Inervação Simpática (vermelha) e PS (verde) no coração