O documento discute a evolução histórica do pensamento humano, desde os mitos gregos e pré-socráticos até o racionalismo e empirismo. Aborda os principais conceitos de Platão, Aristóteles, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, além de temas como a Renascença.
2. Mitos Gregos
Na religião, havia muitos deuses na Grécia e todos, claro, eram imortais. Por essa
qualidade, eles se tornavam diferentes dos homens – mortais, portanto.
Do mesmo modo que os mitos, lendas e fábulas, a Grécia foi rica em sua religião. O
culto grego tinha duas características principais: era politeísta, pois eram cultuados
vários deuses; e antropomórfica, uma vez que os deuses tinha forma e comportamento
semelhante aos homens.
A mitologia grega realçava a fraqueza humana em contraste aos grandes e terríveis
poderes da natureza. Os gregos acreditavam que seus deuses, que eram imortais,
controlavam todos os aspectos da natureza. Assim os gregos reconheciam que suas
vidas eram completamente dependentes da boa vontade dos deuses.
3. Pré-Socráticos
Homens que também se debruçaram sobre o por quê das coisas. No entanto se
voltaram mais para as coisas da natureza, a origem do universo, a sua força e
transformações, a influência da natureza nos seres, etc. Muitos dos pré socráticos
se disseram sobre as forças da natureza como fogo, água, o ar e a terra não
preocupados com essas forças em si mesmas, como se fossem cientistas, mas
sobretudo usando as observações destas forças por analogia.
Para uma maior compreensão os pré socráticos são
divididos em o que chamamos “escolas”. São estas:
Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaximenes de
Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso
Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de
Crotona e Árquitas de Tarento;
Escola Eleata: Xenófanes, Parmênides de Eléia,
Zenão de Eléia e Melisso de Samos.
Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento,
Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e
Demócrito de Abdera.
4. Sofistas
Os sofistas eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam
ensinamentos práticos de filosofia, levando em consideração os interesses dos
alunos, davam aulas de eloqüência e sagacidade mental, ensinavam conhecimentos
úteis para o sucesso dos negócios públicos e privados. Transmitindo um jogo de
palavras, raciocínios e concepções que seriam utilizadas na arte de convencer,
driblando as teses dos adversários.
A partir dessa concepção, não haveria uma verdade única, absoluta. Tudo seria
relativo ao homem, ao momento, a um conjunto de fatores e circunstâncias.
5. Sócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates não valorizava os prazeres dos sentidos, todavia se
escalava o belo entre as maiores virtudes, junto ao bom e ao
justo. Dedicava se ao parto das idéias dos cidadãos da Atenas,
mas era indiferente aos seus próprios filhos.
O julgamento e a execução de Sócrates são eventos centrais da
obra de Platão. Sócrates admitiu que poderia ter evitado sua
condenação se tivesse desistido da vida justa.
Platão de Atenas foi um filósofo grego, discípulo de
Sócrates, fundador da Academia e mestre de Aristóteles,
acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido
Aristocles.
Para Platão, a verdade não era subjetiva (não vinha de
dentro dos homens) e sim objetiva, ou seja, estava fora
dos seres humanos e simplesmente existia como tal na
realidade. A tarefa do homem era conhecer racionalmente
essa realidade para alcançar enfim a verdade.
6. Sócrates, Platão e Aristóteles
Aristóteles figura mais influentes filósofos gregos, ao lado de Sócrates e Platão, que
transformaram a filosofia pré-socrática construindo um dos principais fundamentos da filosofia
ocidental. Aristóteles prestou contribuições em diversas áreas do conhecimento humano,
destacando-se: ética, política, física, metafísica, lógica, psicologia, poesia, retórica, zoologia,
biologia e história natural.
Aristóteles discordava de Platão quanto à existência de dois mundos, um sensível e outro
inteligível. Para o jovem discípulo, existia apenas um mundo, o sensível, este em que vivemos
apreensíveis pelos nossos sentidos, pela nossa experiência. A tarefa do filósofo era a de
conhecer a essência imutável das coisas, através da razão, a partir dos sentidos.
7. Alegoria da caverna
Imaginamos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração,
seres humanos estão aprisionados. Como jamais viram outras coisas, os
prisioneiros imaginavam que as sombras vistas são as próprias coisas, ou seja, não
podem saber que são imagens, nem que há seres humanos reais fora da caverna,
também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz fora e
imaginam que toda luminosidade possível é o que reina na caverna.
Platão indaga o que aconteceria se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um
prisioneiro libertado?
8. Santo Agostinho
Em seu livro “O Livre-arbítrio”, Santo Agostino tenta provar de forma filosófica de que
Deus não é o criador do mal. Pois, para ele , torna-se inconcebível o fato de que um ser
tão bom, podesse ter criado o mal. A concepção que Agostinho tem do mal, está
baseada na teoria platônica, assim o mal não é aquilo que “sobraria” quando não existe
mais a presença do bem. Deus seria a completa personificação deste bem. Portanto não
poderia ter criado o mal.
9. São Tomás de Aquino
Tomás de aquino acentuou a diferença entre a filosofia, que estuda todas as coisas pelas ultimas
causas através da luz da razão, e a teologia, ciência de Deus à luz da revelação.
Mostrou que o homem é o ponto de convergência de toda a criação e que nele se encerram, de
certo modo, todas as coisas.
Ensinou que há uma união substancial entre a alma e o corpo, esta é um corpo que está enformado
por uma alma ou uma alma a enformar um corpo.
Defendeu o livre arbítrio, ou seja, a liberdade da vontade humana para aderir ao bem ou ao mal,
onde a responsabilidade moral é do homem. O conhecimento, ensinava Tomás, tem primazia sobre
a ação, pois nada pode ser amado se não for conhecido primeiro.
10. Renascença
A história passou por grandes revoluções no período renascentista.
A visão do homem sobre si mesmo modificou-se radicalmente, pois, no período anterior,
todos os campos do saber humano tendiam a voltar-se para as explicações teocêntricas.
Na Renascença, o homem voltou seu olhar sobre si mesmo, em que o próprio homem toma-
se como objeto de observação, ao mesmo tempo em que é o observador.
Os centros urbanos se multiplicaram a partir do desenvolvimento das atividades comerciais,
substituindo paulatinamente os antigos feudos.
11. Empírismo
O empirismo é descrito-caracterizado pelo conhecimento científico, a sabedoria é
adquirida por percepções; pela origem das idéias por onde se percebe as coisas,
independente de seus objetivos e significados; pela relação de causa-efeito por
onde fixamos na mente o que é percebido atribuindo à percepção causas e efeitos;
pela autonomia do sujeito que afirma a variação da consciência de acordo com cada
momento; pela concepção da razão que não vê diferença entre o espírito e
extensão, como propõe o Racionalismo e ainda pela matemática como linguagem
que afirma a inexistência de hipóteses. A doutrina do empirismo foi definida
explicitamente pela primeira vez pelo filósofo inglês John Locke no século XVII.
12. Racionalismo
O racionalismo é a doutrina que afirma que tudo que existe tem uma causa inteligível,
mesmo que não possa ser demonstrada de fato, como a origem do Universo. Privilegia a
razão em detrimento da experiência do mundo sensível com via de acesso ao conhecimento.
Considera a dedução como método superior de investigação filosófica. René Descartes,
Spinoza e Leibniz introduzem o racionalismo na filosofia moderna.