1. ÉTICA E CIDADANIA: OS
PROFISSIONAIS LIDANDO
COM OS PRÓPRIOS
PRECONCEITOS, CRENÇAS E
TABUS
2. ÉTICA
O homem vive em sociedade, e nessa
convivência com outros homens cabe-
lhe pensar e responder a seguinte
pergunta:
Como devo agir perante os outros?
Essa é a questão central da
Moral e da Ética.
3. ÉTICA
A ética é a parte da filosofia que se
ocupa com a reflexão a respeito das
noções e princípios que fundamentam a
vida moral.
A moral é o conjunto das regras de
conduta admitidas em determinada
época ou por um grupo de homens.
O homem moral é aquele que age bem
ou mal na medida em que acata ou
transgride as regras do grupo.
4. “A cidadania expressa um conjunto de direitos
que dá à pessoa a possibilidade de participar
ativamente da vida em sociedade. Quem não
tem cidadania está marginalizado ou excluído da
vida social e da tomada de decisões, ficando
numa posição de inferioridade dentro do grupo
social”.DALLARI, DALMO. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14)
O QUE É CIDADANIA
5. CIDADANIA
A cidadania não surge do nada como um
toque de mágica, nem tão pouco a simples
conquista legal de alguns direitos significa
a realização destes direitos. É necessário
que o cidadão participe, seja ativo, faça
valer os seus direitos.
O exercício da cidadania pressupõe íntima
relação entre respeitar e ser respeitado.
6. ÉTICA E CIDADANIA/ USO DE DROGAS
Para superar as desigualdades impostas
à este segmento da sociedade é
necessário a apropriação por parte dos
profissionais:
Do conhecimento sobre a temática e
sobre os direitos que a estes são
assegurados pela Constituição Federal
de 1988, SUS, Reforma Psiquiátrica e as
Leis Específicas.
7. AS CONSTRUÇÕES SOCIAIS
•Obscurecem o protagonismo dos sujeitos
no contexto da drogadição:
•“Drogas, nem morto”, “drogas, tô fora”,
“droga é brega” “cavalo selvagem”, “tô
limpo e sereno por um dia”.
•Pessoas impuras, sujas e malditas,
transgressoras, rebeldes e violentas.
•A droga não têm vida, é uma substância
inerte.
8. A PRÁTICA PROFISSIONAL E AS
CONSTRUÇÕES SOCIAIS
Frequentemente existe uma forte
tendência em categorizar as pessoas de
acordo com os problemas que causaram
a sociedade:O “drogadicto” é visto como
alguém em quem não se pode confiar:
todo “drogado” é “mentiroso,preguiçoso,
desonesto, sedutor”, como se estes
aspectos fossem uma particularidade
apenas dessas pessoas, e não fizessem
parte da condição humana.
9. Analisar a questão das drogas apartada
dos processos históricos, culturais e do
contexto social que participam os atores da
cena do uso:
fragmenta e despolitiza a discussão;
reforça o discurso policialesco
moralizador e repressivo que é hegemônico
nos espaços públicos.
10. AS CONSTRUÇÕES SOCIAIS E SUAS
CONSEQUÊNCIAS
São entraves que perpetuam acarretando
crenças, preconceitos e tabus na sociedade e
serviços de saúde.
Mitos e tabus
Em relação ao uso de álcool:
possuidores de forças do mal, portadores de
graves falhas de caráter, desprovidos de força
de vontade para sucumbirem ao vício.
11. Desqualificação Moral: Preconceito e o
horror ao drogado e suas famílias.
São vistos como: todo o drogado é
marginal,mentiroso, desonesto, sedutor
Conseqüências: Sofrimento, culpa,
desamparo e vergonha de estar neste lugar
de “diferente”.
Em relação ao uso de outras
drogas:
12. ÉTICA DO CUIDADO:
A escuta respeitosa, o acolhimento “ao que
parece diferente”, o respeito a singularidade
do usuário, a realização do projeto
terapêutico individual, do trabalho de cuidar
em geral, constitui-se num princípio de
intervenção de qualidade em defesa radical
da defesa dos direitos a saúde desses
sujeitos.
13. Em que devemos nos basear para que a
nossa postura como profissionais
possa ser considerada ética?
As nossas convicções e nossos princípios
são relevantes, mas atuar baseando-se neles,
significa atuar para adaptação, daquilo que
se julga adequado e correto, ignorando os
valores e princípios da pessoa atendida.
A postura ética deve incluir a diferença que
não deve ser percebida como desvio, mas
como uma outra possibilidade de ser e viver.
14. COMPROMISSO SOCIAL COMO
PROFISSIONAIS
Temos o compromisso ético de
estimular a livre expressão dos sujeitos
e das suas famílias e trabalhar a
serviço da desconstrução desses
discursos que colocam as pessoas em
condições marginais.
15. O profissional precisa atentar para as
manifestações do poder inscritos em sua
prática, bem como a adoção de uma
postura reflexiva em relação a ela.
Precisamos desconstruir essa condição de
determinar o outro, invalidar o outro.
16. Ao invés de objetos passivos do
cuidado profissional, os usuários de
álcool e outras drogas, transformam-se
em autores, protagonistas de suas
histórias de vida, com potencial
reflexivo e transformador sobre suas
ações no mundo.
17. O CONVÍVIO COM SUBSTÂNCIAS
PSICOATIVAS E TODOS OS
DESDOBRAMENTOS ADVINDOS DO USO,
EXIGEM POSTURAS OBJETIVAS E
INOVADORAS.
18. Referências Bibliográficas:
BRAVO,S.I.M.(et al.).Saúde e Serviço Social. São Paulo:Cortez, 2004.
CHAUI, M de S. Convite à Filosofia. São Paulo:Ática, 2005.
COURE, M.L. A Cidadania que não temos.São Paulo: Brasiliense,1986
DEMO,P. Política Social, Educação e Cidadania.
Campinas:Papirus,1994
ARANHA,M.L.A.Filosofando, Introdução à Filosofia.São Paulo:
Moderna,1995