Sobre Choosing Wisely e sobre como sozinha não resolverá a questão da sobreutilização de recursos.
Fala-se muito dos maus profissionais ao se discutir sobreutilização e variabilidade na prática , mas facilitassem os que gostam e acompanham a Choosing Wisely já haveria substrato para um salto de qualidade e minimização de desperdícios.
O documento discute a iniciativa Choosing Wisely, que promove o uso racional de intervenções médicas evitando excessos. Apresenta como a campanha surgiu e se desenvolveu internacionalmente, incluindo no Brasil, com recomendações de várias sociedades médicas. Também aborda formas de ativar pacientes e aplicar a iniciativa na Medicina de Emergência, dando o exemplo do uso de imagem para diagnóstico de tromboembolismo pulmonar.
1. O documento discute o conceito de prevenção quaternária, que se refere a evitar danos desnecessários causados por intervenções médicas.
2. A prevenção quaternária visa prevenir sobrediagnósticos, excesso de exames e tratamentos desnecessários que podem causar mais mal do que bem.
3. Alguns exemplos de situações em que se aplica a prevenção quaternária são rastreamentos excessivos, solicitação desnecessária de exames e medicalização inadequada de fatores de risco.
O documento apresenta as credenciais acadêmicas e profissionais de Dr. Alexandre Miranda Pagnoncelli, incluindo sua formação médica, pós-graduação, especializações e associações profissionais. Também discute tópicos relacionados à saúde suplementar no Brasil como regulamentação, custos, impacto na profissão médica e estratégias de auditoria. Por fim, fornece instruções sobre como acessar recomendações da Câmara Técnica de MBE da Unimed do Brasil.
Trabalho em equipe e comunicação no ambiente hospitalar: hospitalistas e outr...Proqualis
O documento discute a importância do trabalho em equipe e comunicação no ambiente hospitalar. Apresenta intervenções como hospitalistas, treinamento em recursos de equipe, processos normatizados de passagem de plantão e alta hospitalar que podem melhorar a continuidade do cuidado e reduzir erros. Destaca estudos que mostraram que essas estratégias levam a menos readmissões, complicações e custos para o sistema de saúde.
7º Fórum Oncoguia - 28/06/2017 - Rafael KaliksOncoguia
O documento discute como melhorar a oncologia no Brasil de forma sustentável para o paciente. Aborda a importância da prevenção, diagnóstico rápido, tratamentos adequados como cirurgia, radioterapia e quimioterapia e a necessidade de um sistema integrado de cuidado ao paciente com câncer. Também destaca desafios como a precificação de medicamentos e a necessidade de diálogo entre setores para priorizar o bem-estar do paciente.
Pesquisa Clínica: participando de forma ativa e responsável, apresentada por Dra. Luciana Holtz – Instituto Oncoguia Psico-Oncologista especialista em Bioética e Presidente do Instituto Oncoguia, durante o 2º Encontro de Blogueiros da Saúde
O documento discute a iniciativa Choosing Wisely, que promove o uso racional de intervenções médicas evitando excessos. Apresenta como a campanha surgiu e se desenvolveu internacionalmente, incluindo no Brasil, com recomendações de várias sociedades médicas. Também aborda formas de ativar pacientes e aplicar a iniciativa na Medicina de Emergência, dando o exemplo do uso de imagem para diagnóstico de tromboembolismo pulmonar.
1. O documento discute o conceito de prevenção quaternária, que se refere a evitar danos desnecessários causados por intervenções médicas.
2. A prevenção quaternária visa prevenir sobrediagnósticos, excesso de exames e tratamentos desnecessários que podem causar mais mal do que bem.
3. Alguns exemplos de situações em que se aplica a prevenção quaternária são rastreamentos excessivos, solicitação desnecessária de exames e medicalização inadequada de fatores de risco.
O documento apresenta as credenciais acadêmicas e profissionais de Dr. Alexandre Miranda Pagnoncelli, incluindo sua formação médica, pós-graduação, especializações e associações profissionais. Também discute tópicos relacionados à saúde suplementar no Brasil como regulamentação, custos, impacto na profissão médica e estratégias de auditoria. Por fim, fornece instruções sobre como acessar recomendações da Câmara Técnica de MBE da Unimed do Brasil.
Trabalho em equipe e comunicação no ambiente hospitalar: hospitalistas e outr...Proqualis
O documento discute a importância do trabalho em equipe e comunicação no ambiente hospitalar. Apresenta intervenções como hospitalistas, treinamento em recursos de equipe, processos normatizados de passagem de plantão e alta hospitalar que podem melhorar a continuidade do cuidado e reduzir erros. Destaca estudos que mostraram que essas estratégias levam a menos readmissões, complicações e custos para o sistema de saúde.
7º Fórum Oncoguia - 28/06/2017 - Rafael KaliksOncoguia
O documento discute como melhorar a oncologia no Brasil de forma sustentável para o paciente. Aborda a importância da prevenção, diagnóstico rápido, tratamentos adequados como cirurgia, radioterapia e quimioterapia e a necessidade de um sistema integrado de cuidado ao paciente com câncer. Também destaca desafios como a precificação de medicamentos e a necessidade de diálogo entre setores para priorizar o bem-estar do paciente.
Pesquisa Clínica: participando de forma ativa e responsável, apresentada por Dra. Luciana Holtz – Instituto Oncoguia Psico-Oncologista especialista em Bioética e Presidente do Instituto Oncoguia, durante o 2º Encontro de Blogueiros da Saúde
A importancia das estratégias de busca na saúde baseada em evidênciasRosemeire Rocha Pinto
Apresentação no contexto da I Oficina Avançada para Elaboração de Estratégias de Busca de Informação em Saúde.
Ministério da Saúde, CGDI - BIREME/OPAS/OMS - INCA
Rio de Janeiro, 6-8 de junho de 2017
O documento discute a humanização na saúde no Brasil. Ele explica que a humanização significa tornar algo mais humano e civilizado, e na saúde significa trazer mais conforto e cuidado ao paciente. A Política Nacional de Humanização do SUS busca melhorar o atendimento e as relações no sistema de saúde brasileiro de forma a valorizar os pacientes.
O documento discute a reaprendizagem na área da saúde diante das novas tecnologias disruptivas. Aborda como a relação médico-paciente, o engajamento do paciente e o cuidado com idosos precisam ser repensados. Também menciona desafios da telemedicina e do uso de wearables e inteligência artificial no setor.
O documento discute como médicos podem diminuir sua dependência de planos de saúde. Sugere que médicos se diferenciem através de um posicionamento claro para um segmento de pacientes, de forma a serem percebidos como especialistas que resolvem determinados problemas. Também recomenda que médicos traçem um plano de marketing para captar novos pacientes particulares de forma gradual.
O documento discute como os médicos podem usar estratégias de marketing digital e marketing de conteúdo para aumentar sua clientela. Ao entender como os pacientes buscam informações online, os médicos podem fornecer conteúdo educacional em cada etapa do "funil" para construir reputação e autoridade, direcionando potenciais pacientes para sua prática.
O documento discute o papel do médico hospitalista na segurança do paciente. Em 3 pontos:
1) Médicos hospitalistas estão bem posicionados para melhorar a qualidade e segurança dos cuidados aos pacientes devido à dedicação exclusiva ao hospital e continuidade dos cuidados.
2) Eles podem liderar iniciativas para prevenir erros de medicação e infecções hospitalares através de protocolos e educação contínua.
3) Sua presença contínua permite reconhecer precocemente pioras no estado do paciente em compara
O documento discute práticas médicas desnecessárias no pré-operatório, como exames prolongados de jejum e exames cardíacos em pacientes assintomáticos. Apresenta a campanha Choosing Wisely, que incentiva diálogos sobre excessos médicos. Também destaca que a implementação de mudanças requer estratégias em nível individual, organizacional e do sistema de saúde para modificar padrões de prática.
Considerações práticas sobre a aplicação de ATS para equipamentos e dispositi...Empreender Saúde
Wilson Follador apresenta suas credenciais e declara potenciais conflitos de interesses como funcionário de empresa de tecnologia médica. Ele discute a importância da avaliação de tecnologias em saúde para controlar custos e garantir a efetividade e segurança do uso de dispositivos e equipamentos médicos. Follador também destaca os benefícios esperados de se aplicar critérios multicritérios formais na avaliação de tecnologias.
Veja a apresentação do Dr. Leonardo Florêncio realizada no Fórum Saúde Digital em agosto de 2013. Estratégias de tecnologia persuasiva para mudança de hábitos e redução de custos com saúde.
Guilherme Brauner Barcellos é um médico intensivista brasileiro que promove eventos médicos independentes da indústria farmacêutica. Ele defende uma discussão não-punitiva sobre as relações entre médicos e a indústria, focando em propor soluções em vez de críticas. Barcellos também enfatiza a necessidade de mais pesquisas sobre o impacto dessas relações e mudanças culturais em todos os níveis para lidar com conflitos de interesse.
O documento discute a importância da sustentabilidade na saúde corporativa. Aborda temas como: (1) a necessidade de uma abordagem sistêmica que considere múltiplas variáveis e relações; (2) a importância da prevenção e promoção da saúde para reduzir custos de forma sustentável; (3) exemplos de programas bem-sucedidos que melhoram a saúde dos funcionários e reduzem gastos para empresas.
Este documento fornece diretrizes sobre aconselhamento em DST e HIV/AIDS. Ele descreve o aconselhamento como um processo de escuta ativa e individualizado centrado no cliente, que oferece apoio emocional e educativo para avaliar riscos. O documento também discute a importância histórica do aconselhamento no contexto da epidemia de HIV/AIDS no Brasil e como ele é aplicado em diferentes serviços de saúde.
O documento discute a importância da avaliação de tecnologias em saúde (ATS) e da pesquisa em efetividade comparativa para apoiar decisões sobre tecnologias de saúde. A ATS é necessária para avaliar custo-efetividade e evitar a adoção desordenada de novas tecnologias. Nos EUA, há uma oportunidade para reformar o sistema de saúde com foco em evidências de qualidade e custo-efetividade.
Doentes devem ser guiados nas pesquisas de internetPaulo Morais
Marketing na Saúde: É importante que se criem espaços isentos de interesses económicos, com conteúdo de qualidade e adaptado às necessidades de cada um.
A Internet pode ser um grande aliado na Saúde, não vem substituir profissionais de Saúde mas sim complementar o seu trabalho optimizando recursos.
O documento descreve diretrizes para o rastreamento do câncer de colo de útero no Brasil, incluindo: (1) recomendações para a periodicidade e população-alvo do rastreamento, como iniciar aos 25 anos e repetir a cada 3 anos após dois resultados negativos; (2) orientações para situações especiais como gestantes e mulheres na pós-menopausa; (3) critérios para adequabilidade da amostra colhida.
O documento apresenta diretrizes para o rastreamento do câncer de colo de útero no Brasil. Ele recomenda que o rastreamento seja realizado por meio de exame citopatológico a cada 3 anos para mulheres entre 25 e 29 anos e a cada 5 anos para mulheres entre 30 e 64 anos. Também fornece orientações sobre a conduta a ser tomada de acordo com os resultados dos exames, incluindo repetição de exames ou encaminhamento para colposcopia.
Importância da Mídia Social para os Laboratórios ClínicosRafael Kiso
Twitter, YouTube, Facebook, e outras formas de mídia social se mostram um nicho de oportunidades para os laboratórios clínicos e para o sistema de saúde. Mas ainda há uma linha tênue entre medo e evolução. Fazer a saúde ficar mais "social" não é algo somente a se fazer, mas uma maneira de ser. A mídia social já está se provando ser uma ferramenta fundamental em nossa busca por transformação do sistema de saúde. Veja esta palestra apresentada pelo Rafael Kiso, Diretor de Novos Negócios da Focusnetworks e Diretor de Inovação da MídiaNext, no 5 Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos que aconteceu na Hospitalar 2011.
Does Preoperative Coronary Revascularization Improve Perioperative Cardiac Ou...Guilherme Barcellos
Draft que encontrei de apresentação em 201: Primeiro Encontro de Medicina Hospitalista da Argentina. Slides alguns já traduzidos, outros não - não encontrei versão final. De brasileiros no evento participaram eu, Lucas Zambon e Tiago Daltoé. Boas lembranças! Resgatei agora porque trata de evidência consolidada desde aquela época, e seguimos sobreutilizando o recurso. Ou algo novo que justifique?
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Rio de Janeiro, 6-8 de junho de 2017
O documento discute a humanização na saúde no Brasil. Ele explica que a humanização significa tornar algo mais humano e civilizado, e na saúde significa trazer mais conforto e cuidado ao paciente. A Política Nacional de Humanização do SUS busca melhorar o atendimento e as relações no sistema de saúde brasileiro de forma a valorizar os pacientes.
O documento discute a reaprendizagem na área da saúde diante das novas tecnologias disruptivas. Aborda como a relação médico-paciente, o engajamento do paciente e o cuidado com idosos precisam ser repensados. Também menciona desafios da telemedicina e do uso de wearables e inteligência artificial no setor.
O documento discute como médicos podem diminuir sua dependência de planos de saúde. Sugere que médicos se diferenciem através de um posicionamento claro para um segmento de pacientes, de forma a serem percebidos como especialistas que resolvem determinados problemas. Também recomenda que médicos traçem um plano de marketing para captar novos pacientes particulares de forma gradual.
O documento discute como os médicos podem usar estratégias de marketing digital e marketing de conteúdo para aumentar sua clientela. Ao entender como os pacientes buscam informações online, os médicos podem fornecer conteúdo educacional em cada etapa do "funil" para construir reputação e autoridade, direcionando potenciais pacientes para sua prática.
O documento discute o papel do médico hospitalista na segurança do paciente. Em 3 pontos:
1) Médicos hospitalistas estão bem posicionados para melhorar a qualidade e segurança dos cuidados aos pacientes devido à dedicação exclusiva ao hospital e continuidade dos cuidados.
2) Eles podem liderar iniciativas para prevenir erros de medicação e infecções hospitalares através de protocolos e educação contínua.
3) Sua presença contínua permite reconhecer precocemente pioras no estado do paciente em compara
O documento discute práticas médicas desnecessárias no pré-operatório, como exames prolongados de jejum e exames cardíacos em pacientes assintomáticos. Apresenta a campanha Choosing Wisely, que incentiva diálogos sobre excessos médicos. Também destaca que a implementação de mudanças requer estratégias em nível individual, organizacional e do sistema de saúde para modificar padrões de prática.
Considerações práticas sobre a aplicação de ATS para equipamentos e dispositi...Empreender Saúde
Wilson Follador apresenta suas credenciais e declara potenciais conflitos de interesses como funcionário de empresa de tecnologia médica. Ele discute a importância da avaliação de tecnologias em saúde para controlar custos e garantir a efetividade e segurança do uso de dispositivos e equipamentos médicos. Follador também destaca os benefícios esperados de se aplicar critérios multicritérios formais na avaliação de tecnologias.
Veja a apresentação do Dr. Leonardo Florêncio realizada no Fórum Saúde Digital em agosto de 2013. Estratégias de tecnologia persuasiva para mudança de hábitos e redução de custos com saúde.
Guilherme Brauner Barcellos é um médico intensivista brasileiro que promove eventos médicos independentes da indústria farmacêutica. Ele defende uma discussão não-punitiva sobre as relações entre médicos e a indústria, focando em propor soluções em vez de críticas. Barcellos também enfatiza a necessidade de mais pesquisas sobre o impacto dessas relações e mudanças culturais em todos os níveis para lidar com conflitos de interesse.
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Este documento fornece diretrizes sobre aconselhamento em DST e HIV/AIDS. Ele descreve o aconselhamento como um processo de escuta ativa e individualizado centrado no cliente, que oferece apoio emocional e educativo para avaliar riscos. O documento também discute a importância histórica do aconselhamento no contexto da epidemia de HIV/AIDS no Brasil e como ele é aplicado em diferentes serviços de saúde.
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O documento apresenta diretrizes para o rastreamento do câncer de colo de útero no Brasil. Ele recomenda que o rastreamento seja realizado por meio de exame citopatológico a cada 3 anos para mulheres entre 25 e 29 anos e a cada 5 anos para mulheres entre 30 e 64 anos. Também fornece orientações sobre a conduta a ser tomada de acordo com os resultados dos exames, incluindo repetição de exames ou encaminhamento para colposcopia.
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Twitter, YouTube, Facebook, e outras formas de mídia social se mostram um nicho de oportunidades para os laboratórios clínicos e para o sistema de saúde. Mas ainda há uma linha tênue entre medo e evolução. Fazer a saúde ficar mais "social" não é algo somente a se fazer, mas uma maneira de ser. A mídia social já está se provando ser uma ferramenta fundamental em nossa busca por transformação do sistema de saúde. Veja esta palestra apresentada pelo Rafael Kiso, Diretor de Novos Negócios da Focusnetworks e Diretor de Inovação da MídiaNext, no 5 Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos que aconteceu na Hospitalar 2011.
Does Preoperative Coronary Revascularization Improve Perioperative Cardiac Ou...Guilherme Barcellos
Draft que encontrei de apresentação em 201: Primeiro Encontro de Medicina Hospitalista da Argentina. Slides alguns já traduzidos, outros não - não encontrei versão final. De brasileiros no evento participaram eu, Lucas Zambon e Tiago Daltoé. Boas lembranças! Resgatei agora porque trata de evidência consolidada desde aquela época, e seguimos sobreutilizando o recurso. Ou algo novo que justifique?
O documento discute os conflitos de interesse na área da saúde entre médicos e a indústria farmacêutica. Apresenta exemplos de como relacionamentos com a indústria podem influenciar prescrições médicas e diretrizes clínicas, ainda que de forma inconsciente. Defende uma abordagem não-punitiva para o debate, focando em testar soluções e mudar a cultura para maior independência e transparência nas relações.
This document discusses healthcare in Brazil and the development of hospital medicine (HM) there. Some key points:
- Brazil has a large public healthcare system as well as private services, but there is disparity between the two.
- HM began emerging in Brazil around 2004, with the founding of hospitalist societies. Early hospitalists often had multiple jobs across settings.
- HM is now growing, with more full-time hospitalists and hospital employment. However, some private hospitals still do not fully utilize dedicated hospitalists.
- The future of HM in Brazil includes further defining the roles of generalists and specialists and improving certification processes to support different care models.
O moderno movimento de segurança do paciente e o direito da saúde.Guilherme Barcellos
O documento discute as interfaces, desalinhamentos e ambivalências entre o movimento moderno de segurança do paciente e o direito da saúde. O autor argumenta que embora o objetivo seja melhorar a qualidade e segurança dos cuidados, o sistema jurídico às vezes prejudica esforços de melhoria ao se concentrar demais na culpabilização individual. O autor defende uma abordagem mais sistêmica e orientada para soluções em vez de culpa.
This document discusses the hospitalist model and debunks myths about it. It summarizes research showing that hospitalists can reduce length of stay and costs without harming quality of care. While primary care physicians initially had concerns about loss of continuity and poor communication, studies show patient, family, and physician satisfaction are preserved or improved with hospitalists. For hospitals, hospitalists can increase efficiency and market share. The model has grown significantly since being introduced.
1) O documento discute eventos adversos em pacientes hospitalizados no Brasil, incluindo a incidência e causas de eventos adversos.
2) Foi realizado um estudo em três hospitais no Rio de Janeiro em 2003 que encontrou uma incidência de 7,6% de eventos adversos entre pacientes, dos quais 66,7% poderiam ser evitados.
3) Cirurgias, procedimentos médicos e diagnósticos eram as principais causas de eventos adversos.
O documento fornece orientações sobre a iniciativa Choosing Wisely no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). A Choosing Wisely tem como objetivo ajudar médicos e pacientes a dialogarem sobre excessos em testes e procedimentos desnecessários, visando escolhas sensatas em saúde. O HCPA trabalhará localmente com listas de recomendações de intervenções a serem evitadas e projetos de melhoria da qualidade baseados nessas recomendações.
O documento apresenta um resumo histórico dos Times de Resposta Rápida (TRR), discute suas bases teóricas e evidências, e aponta desafios em sua implementação como a fragmentação do cuidado e falhas nos mecanismos de ativação e resposta. O documento sugere que a medicina baseada em evidências ao longo de todo o processo de cuidado está associada a melhores desfechos.
Este documento descreve a evolução da medicina hospitalar no Brasil desde 2004, destacando casos de sucesso em hospitais como o Hospital Pompéia e o Hospital Divina Providência. Apresenta dados que mostram como a medicina hospitalar melhorou resultados como mortalidade, tempo de internação e readmissões em comparação com o modelo tradicional.
O documento discute os desafios da transição do cuidado após a alta hospitalar, incluindo a comunicação deficiente entre profissionais de saúde e pacientes, a falta de adesão aos tratamentos e altas taxas de eventos adversos e readmissões. Ele também apresenta intervenções possíveis como educação do paciente, reconciliação de medicamentos e follow-up após a alta para melhorar os resultados.
Gestão de Corpo Clínico: entre conceitos ultrapassados, novas realidades e ho...Guilherme Barcellos
O documento discute o modelo de corpo clínico fechado versus corpo clínico aberto em hospitais, comparando as vantagens e desvantagens de cada modelo. Também apresenta o conceito de hospitalista, médico dedicado exclusivamente ao atendimento hospitalar, e exemplos de implementação desse modelo no Brasil, demonstrando redução de custos. Por fim, propõe um modelo global de assistência em hospital integrando diferentes especialidades, incluindo hospitalistas.
This document summarizes the history and current state of hospital medicine in Brazil. It discusses:
1) Brazil is the largest country in South America and Latin America, with healthcare as a constitutional right provided through both private and public systems.
2) There are disparities between private and public systems as well as between hospitals. Some public hospitals are examples of excellence while others have access and infrastructure problems.
3) The field of hospital medicine started in Brazil in 2005 and has grown through various conferences and meetings, with international participation and support.
4) Currently, hospital medicine programs vary in development and quality across the country, with both challenges and opportunities to improve care. The author invites the audience to visit and
1. Quando Menos pode
ser Mais em Saúde
Guilherme Brauner Barcellos
Choosing Wisely Brasil®
@choosewiselybr
@ChooseWiselyBR
@choosingwiselybrasil
2. Há pelo menos uma década não possuo
nenhum tipo de relação direta com indústrias
de medicamentos ou dispositivos de uso direto
em pacientes.
Enquanto coordenador nacional da Choosing
Wisely Brasil sou regulado na relação com
fontes pagadores da saúde:
https://www.choosingwisely.com.br/coipolicies
DECLARAÇÃO DE
CONFLITOS DE
INTERESSE
3. A Campanha Choosing Wisely®: Base teórica
e desdobramentos no Brasil
É UMA INICIATIVA, HOJE MULTINACIONAL,
PARA AJUDAR MÉDICOS E ENGAJAR PACIENTES
EM DIÁLOGOS SOBRE EXCESSOS EM INTERVENÇÕES,
COLABORANDO PARA ESCOLHAS SÁBIAS EM SAÚDE.
@choosewiselybr
@ChooseWiselyBR
@choosingwiselybrasil
4. CW: Como Surgiu?
“.... se nos restringirmos às boas e flagrantes
causas de desperdícios, podemos demonstrar a
um público cético que estamos genuinamente
protegendo os interesses dos pacientes e não
simplesmente racionando os cuidados de saúde,
para fins de redução de custos”.
2010
2012
Wendy Levinson e Daniel Wolfson
10. Albarqouni L, Palagama S, Chai J, Sivananthajothy P, Pathirana T, Bakhit M, Arab-Zozani M,
Ranakusuma R, Cardona M, Scott A, Clark J, Smith CF, Effa E, Ochodo E, Moynihan R; &
the Overdiagnosis and Overuse of Healthcare Services in LMICs Network. Overuse of
medications in low- and middle-income countries: a scoping review. Bull World Health
Organ. 2023 Jan 1;101(1):36-61D. doi: 10.2471/BLT.22.288293. Epub 2022 Oct 31. PMID:
36593777; PMCID: PMC9795388.
11. “Até pode existir sobreutilização de recursos em países menos
desenvolvidos, mas a questão chave neles é subutilização!”
Afirmação acima é bastante frequente e
ignora uma interdependência bem
documentada entre os dois
fenômenos (overuse & underuse);
Bem como que interdependentes
também são as soluções: para
combater gargalos de acesso e
subutilização de recursos na saúde é
imprescindível gerenciar
sobreutilização e desperdícios.
12. Interdependência entre overuse & underuse
Se vc somente consegue oferecer um
número limitado de “portas de entrada” no
sistema, escolhas erradas (sejam através de
portas de baixo valor, seja através de um
critério que determine “muitas entradas
para o “tamanho da porta”) fará com que a
aleatoriedade (em lugar do julgamento
técnico) determine quem terá acesso ao
sistema e quem não terá:
19. Choosing Wisely Brasil®: Principais Braços da Iniciativa
• Conversas entre profissionais da saúde
• Projeto STARS (Students and Trainees Advocating for Resource Stewardship)
• Conversas com potenciais pacientes e familiares;
• Implantação e mensuração: desenvolvimento de iniciativas multimodais para
“colocar em prática”;
• Educação em Saúde Baseada em Evidências, muito amparada no conteúdo
gratuito de http://medicinabaseadaemevidencias.blogspot.com.
www.choosingwisely.com.br
22. Conversas entre profissionais da saúde
ASSOCIAÇÕES PROFISSIONAIS QUE JÁ GERARAM RECOMENDAÇÕES:
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (duas edições)
Academia Brasileira de Medicina Hospitalista
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Departamento de Tireoide
Sociedade Brasileira de Mastologia (duas edições)
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial (duas edições)
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (duas edições)
Sociedade Brasileira de Nefrologia
Federação Brasileira de Gastroenterologia
Associação de Medicina Intensiva Brasileira
Sociedade Brasileira de Infectologia
Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato-Ortopédica (três edições)
Sociedade Brasileira de Hepatologia – Departamento de Hepatites Virais
Sociedade Brasileira de Dermatologia
EM PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO:
Sociedade de Anestesiologia do Estado de Santa Catarina
Associação Brasileira de Estomaterapia
Associação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial Atualização Julho 2023
24. Implantação e mensuração:
“colocando CW em prática”
0.20
0.25
0.30
0.35
0.40
0.45
tx
de
rx/pt-d
mês/ano
Taxa de RX de tórax por paciente-dia no CTI - HCPA
taxa rx/pac-d mediana basal mediana intermediária mediana pós-interv
redução de 25% entre o
período basal e o atual
início da intervenção
25. Dificuldades, desafios e oportunidades
• O que NÃO é Choosing Wisely, e muitas vezes a atrapalha!
• Grupamentos profissionais desviam de recomendações que impactam em
remuneração ou prestígio, entre outros conflitos de interesse;
• Heurísticas e vieses, a mentalidade do médico ativo, o politicamente correto, e
a conspiração da boa intenção;
• Campanhas informativas e educação, isoladamente, mudam pouco
comportamento;
• Reduzir cuidados de baixo valor / valorizar cuidados de alto valor dependem de
ações múltiplas e abrangentes, além de confiança entre players do sistema.
26. Choosing Wisely NÃO é...
• Trilho! SBE não é trilho! Ciência não é trilho!
Protocolos das Unimed não deveriam ser trilho!
São uma espécie de bússola para identificação de Norte.
Outras vezes uma iluminação para reconhecimento do terreno
e das vantagens e desvantagens entre caminhos possíveis.
• Apologia ao Natureba
• Apologia cega ao Minimalismo
• Movimento anti-establishment
27. Grupamentos profissionais desviam de recomendações que
impactam em remuneração ou prestígio
• Apenas 20% das recomendações impactam em intervenções
geradoras de renda e, dessas recomendações, a maioria é voltada
para não membros.
Zadro, J.R., Farey, J., Harris, I.A. et al. Do choosing wisely recommendations about low-value
care target income-generating treatments provided by members? A content analysis of 1293
recommendations. BMC Health Serv Res 19, 707 (2019).
• Experiência brasileira
28. A Mentalidade do
Médico Ativo
O ‘Viés de Ação’ - o incentivo
psicológico para fazer alguma
coisa, qualquer coisa, mesmo que
seja bobagem, é muito forte na
Saúde, onde intuições na linha de
“sempre melhor prevenir do que
remediar” e “por via das dúvidas”
são extremamente comuns.
Espera-se do profissional que faça
alguma coisa, que reafirme seu
conhecimento e sua autoridade
com ações (exames e receitas),
mesmo que representem tiros no
escuro. O que está em jogo neste
tipo de circunstância é menos o
resultado final e mais como ao
profissional é visto — pelos outros
e, também, por si mesmo.
30. A conspiração da boa intenção
“Alegações exageradas sobre a eficácia de
um tratamento raramente são resultado
de uma intenção deliberada de enganar.
Geralmente são o resultado de uma
conspiração benevolente onde todos têm
as melhores intenções: o paciente quer
melhorar, seu médico deseja que a terapia
recomendada deixe o paciente melhor, e a
industria farmacêutica também quer que
essa melhora aconteça. O ensaio clínico
randomizado é uma tentativa de escapar
[dessa conspiração da boa intenção]”.
31. Exemplo Clínico #1 de Politicamente Correto
- Rastreamentos em Geral -
O NNT, a Redução de Risco
Esperada e o Rastreamento
Absolutamente Universal
Países com piores desempenhos em indicadores globais
de saúde e mais pobres devem investir mais em
rastreios!
✅ ou ❌ ?
A População
Adoooora
“Prevenção”!
😻
🆚
32. Exemplo Clínico #1 de Politicamente Correto
- Rastreamentos em Geral -
Implantar e manter um bom programa de
rastreamento de doenças requer
capacidade adequada e, habitualmente,
ampliação da rede. Requer fortes
investimentos em recursos humanos. Não
bastasse, programas de rastreamento
podem determinar realocação de recursos,
o que pode afetar negativamente outras
áreas ou setores. Administradores da
saúde precisam planejar com muita
atenção para minimizar questões dessa
natureza, evitando o atalho tentador do
populismo em saúde. É quando os
recursos já são escassos que programas
de rastreio costumam perder valor, e não o
contrário.
33. Exemplo Clínico #2 de Politicamente Correto
- Rastreamento de Cânceres -
Com base nas características dos diversos cânceres,
acurácia dos testes diagnósticos, taxas de
sobrediagnósticos, benefícios e riscos das
abordagens, e valores e preferências dos pacientes,
discute-se caminhos possíveis:
Nem sempre prevenir a qualquer custo é o melhor
remédio! Nem todo rastreio é igual!
34. Exemplo Clínico #3 de Politicamente Correto
- Rastreamento de Doença Coronária -
®
35.
36.
37. É tentador se perceber mais preocupado com a saúde alheia que
sociedades profissionais diversas, mas faz sentido?
38.
39. Como o Sistema Unimed tem contribuído
com cuidados de baixo valor?
🆚
Using Labs Wisely – CW Canada
Em muitos
cenários, e
neste cenário,
quem sabe
TGP apenas?
Em muitos
cenários, e
neste cenário,
quem sabe
apenas
creatinina?
40. Como o Sistema Unimed tem contribuído
com cuidados de baixo valor?
🆚
41. Campanhas informativas e educação,
isoladamente, mudam pouco comportamento;
Reduzir cuidados de baixo valor / valorizar
cuidados de alto valor dependem de
pensamento sistêmico, além de confiança entre
players do sistema.
Choosing Wisely Brasil® sozinha pouco
impactará em cultura médica!
42. Apenas INFORMAÇÃO não muda realidade
Muitas vezes, demoramos mais
de uma década para traduzir
resultados científicos em
prática médica…
…e, a partir disso, empregamos
o conhecimento de forma
completamente correta em 45
– 60% das vezes.
Balas, 2001; Institute of Medicine, 2003b
McGlynn, et al: The quality of health care
delivered to adults in the United States.
NEJM 2003; 348: 2635-2645
43. Capacitação teórica em IMPLEMENTAÇÃO é a peça faltante da equação!
Agora fechou!
DOCE ILUSÃO!
“Mudança de comportamento é
possível, mas esta mudança
geralmente requer abordagens
abrangentes em diferentes níveis
(médico, prática de equipe,
hospital, ambiente mais amplo),
direcionadas para contexto e
públicos específicos”
45. Como um pai atucanado para sair e chegar ao
seu destino final, e que descobre somente no
estacionamento da escola que deixou o filho em
casa, estamos arriscando deixar para trás nosso
movimento em prol de Valor, se falharmos em
assegurar que todos estão a bordo enquanto
nos apressamos em direção ao futuro?
Nunca se falou tanto em ‘engajamento médico’.
Curioso que embora o termo ganhe destaque cada vez maior,
que apesar de nunca termos sido expostos a tantas maneiras
de promover o tal alinhamento,
as estatísticas envolvendo burnout e suas consequências
negativas sobre qualidade e segurança do paciente só
crescem.
Nos hospitais, médicos e enfermeiros têm se sentido cada vez
desmoralizados e pessimistas! Muitos planejam
aposentadoria precoce! Não é possível que não enxerguemos
que algo está na direção errada!
Burnout é coisa obviamente do corner oposto
de ‘engajamento médico’.
46. Origens da Epidemia de Burnout
• Burocratização excessiva da prática;
• Pressões descabidas por eficiência;
• Protocolos rígidos e que ignoram a complexidade do ato médico e demonstram total
desconhecimento do que seja MBE;
• Perda de autonomia (adequada, e inadequada);
• Ausência de cadeira nas mesas das negociações maiores. Fora delas, médicos não
veem sequer o compartilhamento de resultados obviamente comuns 👇🏿
47. Médicos perguntam:
-- Cadê a nossa fatia?
Se os médicos estão ajustando suas decisões para
economizar dinheiro ou sendo pressionados nesse sentido,
não estão vendo nada ou muito pouco do retorno...
É feita a pejotização, e não vem a nossa parte...
Abraça-se a DRG, e não vem a nossa parte...
Escolhe-se sabiamente (choose wisely),
e não vem a nossa parte...
48. Quando são oferecidas contrapartidas, em média, estamos
presos a incentivos simplórios, quando não tacanhos...
É claro que, antes do P4P, o profissionalismo por si só não foi suficiente para melhorar
o atendimento, e muitos pacientes receberam e continuam recebendo muito, pouco
ou através de qualidade insuficiente. Entretanto, os incentivos atuais também não
alcançaram muito e podem inclusive estar impedindo progresso.
Os atuais programas de incentivos têm várias falhas fundamentais. Enfatizam
incentivos financeiros pontuais em detrimento a recompensas não financeiras mais
compreensivas, e contam com seu centro de avaliação muito distante e centralizado,
ao invés de valorizar cultura local e responsabilidade setorial. Devem evoluir para
formas de capitalizar o profissionalismo do médico, enfatizando recompensas não
financeiras e oferecendo os recursos necessários para melhoria da qualidade,
aprendizado contínuo, metas pactuadas localmente e cultura organizacional.
A maioria dos programas atuais oferece incentivos individuais, que podem estimular a
competição e o interesse próprio em detrimento da colaboração e do aprendizado em
equipe. Como os cuidados médicos são cada vez mais prestados em equipes...
Professionalism, Performance, and the Future of Physician
Incentives // JAMA December 18, 2018 Volume 320, Number 23
49. Novos modelos e o “princípio do balão”...
Já reconhecemos caminhos em média bem
sucedidos no controle de custos focais... Mas segue
inacabado o desafio global...
Para o “balão de saúde”, isso significa que você não
deve simplesmente limitar os gastos em apenas
uma ou algumas áreas de serviço; você precisa
atuar no todo. Senão o ganho de um acaba sendo
inexoravelmente com a perda do outro...
Se você quiser realmente um balão de tamanho
menor, não deveria apertá-lo; seria preciso deixar o
ar sair… Mas não muito do ar sair, ou você não terá
mais exatamente um 🎈. Ou Qualidade, na tal
equação do “Valor”.
50. A “terra prometida da saúde” que resolverá a
questão da caneta do médico, ideia comprada
amplamente pelas Unimeds nos últimos anos: the
integrated delivery network
• A partir da década de 90, surgiu a “terra prometida da
saúde” e com ela algumas ondas de verticalização;
• Kaiser virou o grande benchmark;
• Houve o boom dos consultores, dos case studies, das
entrevistas estruturadas e surveys, e dos MBA’s com
disciplinas alicerçadas em evidências de baixa
qualidade e viés de publicação;
• VERTICALIZAÇÃO, EM MÉDIA: Preços globais seguem
aumentando, qualidade permanece estável (The High
Cost of Health Care in America, Danid Dravone &
Lawton Burns)
51. Integração vertical como saída para o
‘alinhamento/engajamento médico’?
Os defensores da verticalização geralmente trabalham com um modelo causal implícito no qual a integração
formal médico-hospital/clínica promove o alinhamento do profissional com a organização que, por sua vez,
ajuda a promover esforços colaborativos para melhorar a qualidade e reduzir custos.
Tudo parece tão fácil!
O problema é que ninguém parece saber o que exatamente é alinhamento (ou não concordam com a
definição), ninguém consegue mostrar que a integração promove o tal alinhamento e ninguém é capaz de
demonstrar que o tal alinhamento leva a melhor qualidade ou custos mais baixos. Fora isto, o modelo causal
faz muito sentido!
DAVID DRANOVE e LAWTON BURNS 2021
Nada disso é exatamente novidade no mundo dos negócios.
Cabe lembrar o exemplo da indústria automotiva: por décadas, a General Motors abraçou a integração
vertical, enquanto empresas europeias e japonesas adotaram outra abordagem, preferindo redes
semiautônomas e fornecedores independentes. Ambas as formas de fazer deram certo. E também
deram errado. Talvez o segredo do tal engajamento esteja em questão terceira...
52. Algumas Soluções Sistêmicas
• Aprimorar o relacionamento entre executivos/lideranças e profissionais da linha de
frente em busca de ‘estabilidade da gestão’ e melhores formas de trabalharmos
juntos, de forma verdadeiramente construtiva:
• Escritórios de qualidade ou de inovação como facilitadores, não como
catalisadores principais da mudança;
• Bottom-Up Change (o contrário tem falhado em larga escala). Até mesmo
mudanças cuja pretensão é facilitar o profissional no trabalho diário devem ser
confirmadas com eles próprios;
• Top-Down deve ser exceção com características bem peculiares (como para o
tratamento de violações a serem inegociáveis e universais);
• Promoção de “autonomia clínica responsável”; Protocolos negociáveis!
• Confiança e cultura devem ser contruídas, não se resolvem nos
contratos;
• O sistema de avaliação e recompensas deve melhorar: aproveitamento de
métricas que importem também para os médicos (queremos facilitar trabalho
cognitivo e tempo com o paciente, por exemplo).
53.
54. Algumas Soluções Sistêmicas
• A resposta para os problemas na área da saúde pode não residir em encontrarmos grandes inovações disruptivas (se é que
já emplacou alguma, desde o livro clássico de Clayton Christensen), mas sim na soma de várias pequenas;
• Também pode não residir em todo mundo fazendo tudo igual (padronização baseada em formulismos). É preciso um ‘onde
se quer chegar’ comum (em especial quando se fala em qualidade assistencial), mas não devemos impedir localmente que
novos jeitos de fazer sejam experimentados e, especialmente, que adaptações não possam existir.
• Talvez não deva existir novo modelo remuneratório
e sim novos modelos remuneratórios:
• Pacotes para determinados procedimentos cirúrgicos;
• Capitation para doenças crônicas.
• Novos modelos de remuneração não devem
ser o ímpeto para redesenhar o cuidado,
devem seguir e encorajar esses esforços.
• Viabilizar velhas promessas tecnológicas (como bons prontuários eletrônicos e interoperabilidade)
e novas (como IA) sem que prevaleçam consequências negativas não intencionais.