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Editor médico
Reginaldo Albuquerque - CRM 647/DF
Responsável Técnico
Ricardo Cabral - CRM 31594/MG
Organização:
Laura Gris Mota, jornalista - 2573/DF
Equipe Eu Saúde
Patrícia Cabral Santiago
EuSaúde Gestação é parte da coleção “EuSaúde”
e está licenciado com Creative Commons - Atri-
buição-Não Comercial 4.0 Internacional.
Estudos mostram que pessoas que têm maior conhecimento sobre
saúde, têm muito mais saúde. Por isso, a Health Insight criou um projeto
com o objetivo de engajar pessoas na promoção de saúde e bem-estar, a
partir de um programa de educação, compartilhamento de experiências
e adesão a programas de prevenção, seguimento de tratamentos para
pacientes crônicos e qualidade de vida: O EuSaúde.
Comunidades dedicadas a cada assunto, como Gestação, Cân-
cer ou Diabetes, por exemplo, tornam possível que usuários interajam e
compartilhem experiências e expectativas com pessoas que estão pas-
sando pelo mesmo momento de vida. Também é possível falar com pro-
fissionais de saúde, que podem tirar dúvidas sobre os assuntos relacio-
nados. Como suporte à experiência, será disponibilizada uma biblioteca
de conteúdos médicos, ebooks e vídeos sobre cada tema.
O engajamento de pacientes na promoção da saúde é um conceito
amplo, que vem crescendo em todo o mundo, por que já se sabe que só
assim poderemos, ao mesmo tempo, enfrentar doenças e aumentar a
qualidade de vida e o bem-estar. Estimulamos o conhecimento, a adesão
a programas de saúde, a convivência em redes de afinidade e o com-
partilhamento de dados e experiências. Esse livro faz parte da coleção
EuSaúde e apoia o aprendizado básico sobre cada tema. Aprenda com o
livro e inscreva-se em nosso programa, pelo site www.eusaude.com.br
Icones Freepick from Flaticon, licenciados
pela Creative Commons BY 3.0 e HelgaMariah—
Shutterstock.
Sumário
Página 06.
Página 14.
Introdução
Página 15.
Página 08.
Página 16.
Quando
a Jornada
Começa
Primeira
Consulta
Alto Risco Fatores
de Risco
Página 09.
Página 18.
Página 11.
Página 19.
Página 13.
Página 20.
Os Primeiros
Sintomas
Exercícios Zika VírusAlimentação
Viagem
Pelo Corpo
Diário
de Bordo
Sumário
Página 21. Página 23.
Página 36.Página 34.Página 32.
Página 25.
Primeiro
Trimestre
Tipos
de Parto
Parto Natural
Tipos
de Parto
Cesárea
Segundo
Trimestre
Terceiro
Trimestre
Pos Parto
Página 38.
Página 27. Página 30.
Final Da
Viagem
Pré-Parto
O Final
da Viagem
Parto Normal
Início de
uma Aventura
98
Introdução
O desejo de terfilhos pode surgir bem cedo, ainda nas brincadei-
ras de infância. Pode, também, ser resultado de um grande amor
que pede frutos ou da vontade de uma casa cheia no futuro. A
gravidez, às vezes, chega sem planos ou mesmo depois de uma
longa jornada na tentativa de vencer problemas relacionados à
fertilidade. Seja qual for a jornada inicial, a gestação é acompa-
nhada de transformações físicas e emocionais e sobram mitos,
medos e dificuldades.
Este livro foi feito para todos que querem entender essas mu-
danças e participar da jornada da mulher, desde a descoberta da
gestação até o nascimento.
Para ir além, o programa Materno Infantil EuSaúde, disponível
no www.eusaude.com.br complementa essas informações e ofe-
rece acesso organizado à informação de qualidade. No programa,
você encontra ferramentas de acompanhamento da gestação e
para o estímulo de um estilo de vida saudável, para o autocui-
dado e a melhoria da qualidade de vida durante este período tão
importante.
Tudo muda com a chegada de um filho: o coração se expande, a
vida familiar ganha outro sentido, as responsabilidades também.
E nós, do EuSaúde, estamos aqui para ajudar durante o caminho.
Como tudo começa
01.
1110
02.Quando
a Jornada
Começa
O diagnóstico de gravidez primário se baseia na falta de menstru-
ação e no aparecimento de alguns sintomas clássicos de gravidez.
Algumas mulheres conhecem muito bem seu corpo a ponto de sa-
ber que estão grávidas antes mesmo de perceberem a interrupção
da menstruação. Porém, o mais comum é só perceber os sintomas
quando eles já estão bem claros. Isso normalmente acontece cerca
de duas semanas depois da última menstruação - partir do momen-
to em que o óvulo fertilizado se implanta na parede do útero.
Por que é importante identificar
cedo a gravidez?
O principal motivo pelo qual é importante detectar uma gravidez
cedo é garantir a saúde e segurança da mulher e do bebê. Princi-
palmente no início da gestação, alguns cuidados como adminis-
tração de vacinas, interrupção do consumo de álcool e de alguns
medicamentos são importantes para garantir um percurso seguro
até o parto.
Os testes de farmácia são um indicador para a gravidez. Se o seu
resultado for positivo, procure seu médico para a confirmação da
gravidez por exames de urina e/ou de sangue.
03.Os Primeiros
Sintomas
7 sintomas mais comuns no
início da gravidez
1 - Sono, muito sono
O excesso de sono e um cansaço fora do normal
típico do início da gestação.
2 - Enjoos
Outra marca registrada da gestação, os enjoos cos-
tumam começar semanas depois da concepção. Eles
costumam aparecer sem hora nem lugar marcado.
3 - Fome e vontade de comer fora de hora
As gestantes costumam ter mais sensação de fome
e vontade de comer em horários estranhos. Esse não
é um sintoma exclusivo da gestação. Por isso, consi-
dere se outros sinais também estiverem presentes.
1312
Os testes comprados em farmácias podem ajudar na hora dúvida.
Eles detectam a presença do hormônio hCG – que só é produzido na
gravidez, exceto em casos raríssimos.
A maioria destes testes podem ser feitos 3 a 4 dias após um atraso
menstrual.
Às vezes, quando é feito cedo demais, o resultado é negativo. Se a
dúvida persistir, repita após alguns dias.
Vamos falar dos testes de farmácia
4 - Sabores e odores
Começar a estranhar sabores que antes eram
considerados bons e mesmo não suportar alguns
alimentos que normalmente gostava é comum no
início da gestação. A percepção dos cheiros tam-
bém muda e a sensibilidade aos odores aumenta.
5 - Vontade de ir ao banheiro
Outro sintoma que pode confundir com o período
pré-menstrual é o aumento da vontade de urinar.
Se começar a ter que levantar à noite, anote esse
sintoma.
6 - Pequenos sangramentos e cólicas
Quando o óvulo fecundado se aloja no útero, pode
haver pequenos sangramentos e cólicas. Esse sin-
toma pode, inclusive, ser confundido como início da
menstruação.
7 - Atraso menstrual
Se você tem ciclos menstruais regulares e a
menstruação está atrasada, vale a pena investigar
a situação. Esse é o sintoma mais garantido de gra-
videz, principalmente para mulheres que que têm
ciclos regulares.
04.Viagem
Pelo Corpo
O corpo da mulher passa por várias adap-
tações e mudanças durante o período ges-
tacional. Algumas alterações são bastante
perceptíveis, outras mais sutis.
Coração e circulação
A quantidade de sangue bombeada pelo
coração aumenta entre 30% e 50%. Assim,
a frequência cardíaca em repouso acelera.
Rins
Os rins passam a filtrar um volume maior
de sangue e sua atividade aumenta.
Pulmões
Com a necessidade de oxigênio para si e
para o bebê, a mulher grávida respira de for-
ma mais rápida e mais profundamente.
1514
Sistema digestivo
A pressão do útero no sistema digestivo
e as alterações hormonais podem causar
prisão de ventres. Azia e refluxo também
são frequentes.
Pele
É comum o aparecimento de cloasmas -
manchas que aparecem principalmente no
rosto. Há o aparecimento de uma linha es-
cura no meio do abdômen. O estiramento da
pele no abdômen pode provocar estrias.
Seios
Há um crescimento dos seios e o aumento
dos mamilos e da aréola.
A jornada da gestante inicia na concep-
ção e segue até o parto. Durante o período
pré-natal, há etapas de cuidados recomen-
dadas a todas as mulheres.
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
recomenda um mínimo de seis consultas
durante o pré-natal, para acompanhamen-
to da gestante e do bebê. Esse número
pode variar de acordo com a complexidade
da gestação.
Esquema padrão de consultas pré-natal
Até a 28º semama – mensais
Entre 28º e 38º semana – quinzenais
Após 38º semana – semanais
Quando o parto não ocorre até a 41º semana, a gestante
deve ser encaminhada para a avaliação do bem-estar fetal,
avaliação do índice do líquido amniótico e monitoramento
cardíaco fetal.
05.Diário
de Bordo
1716
Hemograma
06.Primeira
Consulta
A primeira consulta é o ponto de partida da jornada da gestação.
Nela, são identificados fatores de risco que podem interferir na ges-
tação e elaborado o plano de atendimento até o parto.
Para identificação de condições específica, a gestante passa por
três etapas:
A futura mãe também começa a receber, já na primeira consul-
ta, orientações gerais sobre alimentação, exercício físico e outras
questões que envolvem esse período
Tipo Sanguíneo
Glicemia de jejum
Exame analítico da
urina (EAS)
Teste para ZIKA
VDRL
Sorologia para rubéola: IgG
e IgM
Sorologia para Citomegaloví-
rus : IgG e IgM
Sorologia para Toxoplasmose:
IgG e IgM
Sorologia anti-HIV
Colpocitologia oncótica
Ecografia transvaginal ou eco-
grafia gestacional (dependen-
do da idade gestacional)
Lista de exames complementares da primeira
consulta pré-natal
ExamesComplementares
Uma gravidez considerada de alto risco é aquela onde a saúde
da mãe ou da criança pode ser comprometida antes ou depois do
parto. Identificar uma situação de alto risco nos exames iniciais
assegura que todos recebam a assistência médica necessária para
evitar problemas.
Um dos principais fatores de risco é a probabilidade de um parto
prematuro (antes da 37ª semana de gestação). Por isso, os proce-
dimentos do pré-natal nessas condições é diferenciado e varia de
mulher para mulher.
07. Alto Risco
O que é pré-eclâmpsia?
Incompatibilidade do Fator RH
Presente em cerca de 5% das mulheres, a pré-eclâmpsia é carac-
terizada pelo aumento excessivo da pressão arterial da gestante,
eliminação de proteínas pela urina e retenção de líquido. Ela pode
ocorrer entre a 20ª semana da gravidez e o final da primeira sema-
na pós-parto. Diferente da hipertensão, a pré-eclâmpsia não res-
ponde aos diuréticos e o tratamento é a redução do sal, aumento
do consumo de água e repouso. Os quadros podem evoluir para a
eclampsia, uma forma grave da doença, que provoca convulsões
e pode levar à morte. As causas da pré-eclâmpsia e da eclâmpsia
ainda não são conhecidas.
Um dos riscos da gravidez é a incompatibilidade do Fator RH entre
mãe e bebê. Isso ocorre quando a mãe tem Rh positivo e a criança,
RH negativo. Essa incompatibilidade pode originar a doença hemo-
lítica do recém nascido. Os fatores Rh pode ser diferentes quando
pai e mãe do bebê tem fatores diferentes.
Pré-natal de alto risco: o que é isso?
18 19
Risco de anomalias cromossômicas (p.ex. sín-
drome de Down)
Risco de pré-eclâmpsia
Risco de pré-eclâmpsia
Riscos de parto prematuro
Risco de diabetes gestacional (em obesos)
Risco que bebês pequenos e/ou com baixo peso
Risco de parto prematuro
Risco que bebês pequenos e/ou com baixo peso
Risco de parto prematuro
Risco de reincidência do problema anterior
Risco de aborto
Risco de parto prematuro
08.Fatores
de Risco
Idade elevada
Doenças crônicas (hipertensão, diabetes,
obesidade, cardiopatias)
Baixo peso (mulheres com menos de 45g)
Baixa estatura
Problemas em partos anteriores
Anomalia nos órgãos reprodutores femininos
Fatores de risco anteriores à gestação Possíveis problemas
História familiar de doenças hereditárias
Consumo de drogas, medicamentos específi-
co, fumo ou álcool durante a gestação
Infecções durante a gestação (sífilis, varicela,
rubéola, toxoplasmose, entre outros)
Doenças que provoquem febre alta (superior
a 39,5º)
Hemorragias
Gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos...)
Gravidez pós-termo (nascimento não ocorre
até as 42 semanas de gestação)
Risco de transmissão da doença
Risco de parto prematuro
Risco de anomalias cromossômicas
Risco de pré-eclâmpsia
Risco que bebês pequenos e/ou com
baixo peso
Risco de anomalias cromossômicas
Risco de aborto
Risco de anomalias no sistema nervoso
do bebê
Risco de aborto
Risco de parto prematuro
Risco de malformação fetal
Risco de parto prematuro
Risco de aborto
Risco de morte da criança
2120
Nutrição
A gestante não precisa comer por dois.
A manutenção de uma dieta balanceada é
suficiente para garantir uma gestação sau-
dável para mãe e bebê. Em qualquer situ-
ação, seguir as orientações do seu médico
é fundamental.
A diabetes gestacional é quando uma mulher não diabética de-
senvolve hiperglicemia (níveis altos de açúcar no sangue ) du-
rante a gravidez. Essa condição é um fator de risco para parto
prematuro e mesmo aborto.
Para reduzir esses riscos, é fundamental seguir todas as orien-
tações de alimentação do seu médico.
09.Alimentação
21
10.Exercícios
O corpo da mulher passa por várias adap-
tações e mudanças durante o período ges-
tacional. Algumas alterações são bastante
perceptíveis, outras mais sutis.
Coração e circulação - A quantidade de sangue bombeada pelo
coração aumenta entre 30% e 50%. Assim, a frequência cardíaca
em repouso acelera.
Rins - Os rins passam a filtrar um volume maior de sangue e sua
atividade aumenta.
Pulmões - Com a necessidade de oxigênio para si e para o bebê, a
mulher grávida respira de forma mais rápida e mais profundamente.
Sistema digestivo - A pressão do útero no sistema digestivo e as
alterações hormonais podem causar prisão de ventres. Azia e reflu-
xo também são frequentes.
2322
A zika, como é conhecida a doença viral
transmitida pela picada do mosquito Ae-
des aegipty é uma séria preocupação para
a gestante. A sua ocorrência está associa-
da ao nascimento de bebês com micro-
cefalia – crianças com cérebro não total-
mente desenvolvidos durante a gestação.
Apesar de não totalmente comprovada,
a relação entre microcefalia e zika deve
ser seriamente considerada.
Usar repelentes, roupas de mangas com-
pridas e calças , manter as janelas fecha-
das durante o final do dia e à noite são
pedidas que podem ajudar na prevenção.
11. Zika Vírus
Sintomas da Zika
Febre
Pontos e manchas avermelhadas na pela
Dores articulares
Conjuntivite
12.Primeiro
Trimestre
Chegou a 13ª semana e o primeiro tri-
mestre de gestação termina. Seus enjoos
devem estar com os dias contados, afinal o
corpo já está mais acostumado com todas
as mudanças hormonais. Mas outros sinto-
mas começam a aparecer como as varizes.
As pernas podem inchar e você começa a
se sentir um pouco mais cansada.
Seu bebê é do tamanho de um pêssego e
cresce rapidamente. Seus ossos estão em
formação e suas cordas vocais se desen-
volvendo.
Manter uma alimentação saudável e uma
suplementação de vitaminas, caso tenha
sido indicada pelo médico, é importante
para garantir o crescimento do seu bebê.
Exercícios físicos moderados, como ioga
e pilates trazem benefícios para o seu bem
estar e ajudam a desinchar o corpo.
2524
História Clínica
Identificação de riscos
Exame Físico geral
Exame de mamas
Exame ginecológico
Estatura
Peso
Pressão Arterial
Pesquisa de edema
Altura fundo Uterino
Ausculta fetal
Hemograma
Veja o checklist de sua consulta desse trimestre
Consultadoprimeirotrimestre
Glicemia
EAS
Colpocitologia (se não fez
no último ano)
Sorologia Rubéola
Sorologia Toxoplasmose
Sorologia Citomegalovírus
VDRL
Anti-HIV (recomendável)
Ecografia
Zika
Fim do segundo trimestre. Na 27ª semana de gestação, você
deve estar sentindo pequenas contrações. É o útero em pleno
treinamento para o parto. A sua digestão começa a ficar mais
lenta e pode ocorrer flatulência.
Seu bebê começa a abrir os olhos. É possível que, ao expor a
barriga à luminosidade, receba um chute de protesto. Ele tam-
bém é um sonhador. A atividade cerebral do bebê está em alta e
ele passa bastante tempo em sono REM. Ele já pode estar reagin-
do ao som da sua voz.
Mantenha a alimentação saudável. Para evitar os problemas di-
gestivos, evite alimentos fritos, gordurosos ou que causem ga-
ses, como feijão, brócolis, couve-flor e bebidas com gás. Porções
menores e mais frequentes ajudam na digestão. Para ajudar no
desenvolvimento cerebral do bebê, garanta a ingestão correta de
proteínas e ferro.
Esse também é o momento para você evitar o estresse e garan-
tir bom sono para vocês dois.
13.Segundo
Trimestre
2726
História Clínica (atualizar)
Identificação de riscos
(atualizar)
Peso
Pressão Arterial
Pesquisa de edema
Altura fundo Uterino
Ausculta fetal
Hemograma
TTGO-S
Sorologia Rubéola
(se não for imune)
Sorologia Toxoplasmose
(se não for imune)
Sorologia Citomegalovírus
(se não for imune)
Lista de exames complementares da primeira
consulta pré-natal
VDRL
Ecografia
Zika
Veja o seu protocolo de consulta para
esse trimestre
14.Terceiro
Trimestre
Na 38ª semana, os seios anunciam que o final da jornada se
aproxima. Provavelmente, eles já gotejem o colostro, uma primei-
ra forma de leite, que começa a ser produzido algumas semanas
antes do parto.
Você deve estar se sentindo desconfortável com a barriga bem
grande. O sono começa a ficar difícil. Manter a rotina de exercí-
cios é importante porque pode ajudar a criança a ficar na posição
correta para o parto. Caminhadas curtas e alongamento ajudam
também na melhoria do sono. A alimentação saudável e leve no
final do dia também ajudam na hora de ir para a cama.
Seu bebê está do tamanho de uma abóbora. O desenvolvimento
do seu cérebro está mais acelerado que antes, formando trilhões
de conexões neurais. A coordenação motora já está melhor e ele
já consegue, inclusive, segurar o cordão umbilical.
Chegou o fim da jornada. Na 40ª semana, seu corpo está pre-
parado para o trabalho de parto. Nesse período, você pode estar
com pouco espaço no estômago e comer pode ser desconfortá-
vel. Apesar disso, mantenha uma alimentação saudável, o que vai
garantir nutrientes para você e o bebê.
Fazer exercícios pode ser a última coisa que você está pensan-
do. Mas não abandone a rotina. Os exercícios vão ajudar seu cor-
po no trabalho de parto.
2928
História Clínica (atualizar)
Identificação de riscos
(atualizar)
Exame ginecológico
Peso
Pressão Arterial
Pesquisa de edema
Altura fundo Uterino
Ausculta fetal
Estática fetal
Lista de exames complementares da primeira
consulta pré-natal
Com a barriga maior, o desconforto para dormir se torna inevitável.
No www.eusaude.com.br, você pode ver um vídeo com dicas de po-
sição para melhorar a qualidade do seu sono. Acesse!
Hemograma
Sorologia Rubéola (se não
for imune)
Sorologia Toxoplasmose
(se não for imune)
Sorologia Citomegalovírus
(se não for imune)
VDRL
Ecografia
Zika
Veja o protocolo de consulta do seu
último trimestre:
Algumas semanas antes do parto, o seu
bebê vai começar a descer. Ele está ajustan-
do sua posição para o parto, ou seja, virando
para ficar de cabeça para baixo e de baixo.
O colo do útero também começa a dilatar.
Por isso é importante diminuir o interva-
lo entre as consultas pré-natal, para que o
médico avalie.
As dores nas costas podem aumentar pois
os músculos e articulações estão se prepa-
rando para o nascimento. Ao mesmo tempo,
você deve parar de ganhar peso, o que ajuda
um pouco na administração dos desconfor-
tos musculares.
Você se sente extremamente cansada e,
por outro lado, dormir já está cada vez mais
difícil. A barriga grande e a frequência de ida
ao banheiro interferem no sono tranquilo.
15.Final da
Viagem
Pré-Parto
30 31
Se quando você muda de posição, as
contrações continuam. Ou se quando
você se movimenta, as contrações pio-
ram, é um sinal de pré-parto.
Contrações
Um sinal importante
As contrações podem estar presentes
semanas, ou meses, antes do parto. Mas,
quanto mais próximo da data, mais atento
você deve ficar. As contrações do parto co-
meçam na parte inferior das costas e irradia
para a parte inferior do abdômen. O interva-
lo entre as contrações vai se tornando cada
vez mais regular e constante, à medida que
se aproxima da hora do parto.
Nos filmes, esse momento sempre é bem característico. Mas na
vida real, esse sinal quase sempre é sutil. Às vezes são vazamen-
tos pequenos. Outras, nem ocorre.
Você deve ir para o hospital e informar seu médico quando:
Rompimento da bolsa
Contrações se tornarem constante e com pequenos in-
tervalos regulares entre elas.
Sangramentos ou corrimentos vermelho-vivo.
Corrimento estiver marrom ou esverdeado.
Apresentar sintomas de pré-eclâmpsia: dor de cabeça,
problemas de visão ou inchaço súbito.
Enxoval do bebê
Enxoval da mamãe
Mala para levar para a maternidade
Contatos da maternidade
Contatos do ginecologista
Acompanhamento no parto – converse com o marido
ou a família sobre quem que vai teacompanhar no parto
e na internação e quem vai ficar em casa com os filhos
mais velhos.
Pediatra
32 33
A escolha do tipo de parto depende de vá-
rios fatores, mas todos devem preservar a
saúde da mãe e da criança. A decisão sobre
o tipo de parto deve ser feita em conjunto
com seu médico, avaliando as alternativas e
as questões de saúde envolvidas.
É essencial conversar com seu médico so-
bre todas as possibilidades de parto desde
o início da gravidez.
Parto normal ou natural é aquele sem in-
tervenção cirúrgica.
Existem várias técnicas para o parto na-
tural. O mais comum é aquele deitado de
costas na cama, com os pés nos apoios la-
terais. Mas há posições alternativas como
em banheiras de água morna.
Parto normal
16. Final da
Viagem
Parto Normal
No parto natural, você usa a força do pró-
prio corpo no processo do parto. Estudos
apontam que essa participação ativa em
todas as etapas do nascimento pode ajudar
na amamentação.
Se quando você muda de posição, as
contrações continuam. Ou se quando
você se movimenta, as contrações pio-
ram, é um sinal de pré-parto.
34 35
A recuperação no parto natural é rápida e
você já pode sair da cama e se movimentar
poucas horas depois do parto, caso você
se sinta confortável.
17. Tipos de Parto
Parto Natural
Entrar em trabalho de parto a partir da 38º semana
de gestação.
Não ter problemas crônicos de saúde.
Não ter apresentado complicações na gravidez.
Não ser diabética ou ter tido diabetes gestacional
Estar dentro da faixa de peso saudável durante a gestação.
O bebê estar na posição correta no momento do parto.
Para parto natural, considere:
Parto natural não é recomendado se:
Entrar em trabalho de parto inicia antes da 38º semana
de gestação.
Ser gestação de múltiplos.
Ter tido complicações durante a gestação ou em gesta-
ções anteriores.
Ter diabetes ou diabetes gestacional.
Estar fora da faixa de peso saudável – muito acima ou
muito abaixo do peso indicado.
O bebê estar na posição invertida na hora do parto.
36 37
Apesar de todo o planejamento para um
parto natural, pode ser que, para garantir
a sua saúde e a do bebê, um parto cesaria-
na seja indicado.
18. Tipos de Parto
Parto Cesárea
Doenças crônicas (cardíacas, diabetes, pressão arterial
elevada, doença renal, entre outras)
Infecções por vírus que podem ser transmitidos pelo
parto, como HIV-positivo, herpes genital ativo.
Bebê muito grande.
Seu peso.
Sua idade.
A posição do bebê.
Gestação de múltiplos.
Doença congênita do bebê
Problemas placentários.
Pré-eclâmpsia.
Uma cesárea anterior
Para a cesárea programada, considere:
A recuperação da cesárea é um pouco mais demorada do que a
do parto natural. Serão cerca de três a quatro dias no hospital e
até seis semanas antes de poder voltar à rotina normal de esfor-
ço, em virtude da cicatrização do corte.
Às vezes a decisão pela cesárea acontece durante o trabalho
de parto, quando o médico avalia que há riscos na continuidade
de um parto natural. Veja três fatores que podem levar a essa
decisão:
Complicações da cesárea
Recuperação
Você tem contrações mas o colo do útero não dilata.
Seu bebê pode estar em exaustão ou sofrimento fetal, seja
pela demora do trabalho de parto, ou por outro fator.
Quando o cordão umbilical fica comprimido e corta o oxigê-
nio do bebê.
Apesar de seguro, o procedimento é uma cirurgia. Nas cirurgias
há sempre o risco de reações a medicamentos, hemorragias, in-
fecção, coágulos. Os bebês têm maior risco de taquipnéia transi-
tória - respiração rápida devido a líquido de sobra nos pulmões.
Siga todas as orientações de limpeza
do corte para garantir uma cicatriza-
ção perfeita e poucas marcas.
38 39
Após o parto, alguns sintomas são co-
muns e devem ser esperados.
19.
Fadiga pós parto
Não é só a privação de sono das semanas finais da gestação, mas
também o esforço e o estresse do parto, a contração do útero, no
processo de retorno ao tamanho normal e o turbilhão de mudan-
ças hormonais colaboraram para a fadiga. A rotina de um bebê na
casa também no descanso.
Constipação e gases
O acumulo de gases e a constipação são sintomas comuns do
pós-parto. Atenção à uma alimentação equilibrada pode atenuar
os desconfortos. Caminhadas também atenuam esses sintomas.
Sangramento
Depois do um parto você vai ter um corrimento de sangue, muco
e tecidos, remanescentes do parto. O sangramento pode ser in-
tenso por até 10 dias, mas, em geral, o sangramento volumoso dura
três dias.
Barriga pós parto
Durante a gravidez, o útero, os músculos abdominais e da pele
são esticados ao extremo. Pode demorar semanas para que a re-
gião se recupere. Se você tiver feito uma cesárea, pode ter inchaço
e fraqueza na região.
Pós Parto
Contrações do útero
Seu útero está voltando ao tamanho anterior e você vai sentir
algumas contrações nesse processo. Essas contrações pós-parto
são sentidas, principalmente, durante a amamentação, devido do
hormônio oxitocina.
Dores
Se o seu parto foi natural, a região do períneo estará sensível
e sentar, por exemplo, pode ser desconfortável. Se você fez uma
cesárea, estará se recuperando com um corte abdominal.
Humor
No período pós parto é normal altos e baixos emocionais, pois
esse é um período de adaptação. As causas são as alterações hor-
monais, o desconforto físico e as alterações de rotina do recém-
-nascido. Se o desconforto emocional for persistente por mais de
duas semanas e passe a afetar seu relacionamento com o bebê ou
com sua família, é importante procurar seu médico.
Medicação Pós-parto
Use somente medicamentos indicados pelo seu médico. Ele é a
melhor pessoa para orientar sobre o uso seguro, que não interfira
na amamentação.
40 41
Início
de uma
Aventura
O fim da jornada da gestação marca o
início da grande aventura de ser mãe.
No mesmo momento em que o corpo,
fisicamente, se recupera, iniciam novos
desafios de relacionamento e entendimento
com o recém nascido. São dois novos seres
se conhecendo, se reconhecendo.
A aventura do primeiro ano de vida é pau-
tada em descobertas e desafios. Conheça
um pouco mais sobre o primeiro ano de
vida do seu bebê em A Grande Aventura do
Primeiro Ano.
Você também pode saber mais sobre ges-
tação e primeira infância na rede Materno
Infantil do EuSaúde.
20.
Baby Q
http://www.babyq.com/
Mahan, L. H., & Escott-Stump, S. (2008). Krause’s Food & Nutrition
Therapy (12th ed.). Canada: Saunders Elsevier.
Manuais MSD - Edição Saúde para a Família - Alterações Fisiológicas
durante a gravidez.
http://www.manuaismsd.pt/?id=269&cn=1775
The Bump
http://www.thebump.com/a/what-really-happens-after-labor
Web MD
http://www.webmd.com/baby/guide/exercise-during-pregnancy
What to Expect
http://www.whattoexpect.com/
O EUSAÚDE tem propósitos edu-
cacionais e o seu conteúdo não deve
ser usado para diagnóstico e trata-
mentos.
O EUSAÚDE não prediz se você vai
ter uma determinada doença, apenas
estima a sua chance e oferece orien-
tação de como reduzir o seu risco.
Não há garantia de que, seguindo as
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va a doença. O SEU MÉDICO DEVE
SER SEMPRE CONSULTADO.
Referências
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E-book EuSaúde - Gestante

  • 1.
  • 2. Editor médico Reginaldo Albuquerque - CRM 647/DF Responsável Técnico Ricardo Cabral - CRM 31594/MG Organização: Laura Gris Mota, jornalista - 2573/DF Equipe Eu Saúde Patrícia Cabral Santiago EuSaúde Gestação é parte da coleção “EuSaúde” e está licenciado com Creative Commons - Atri- buição-Não Comercial 4.0 Internacional. Estudos mostram que pessoas que têm maior conhecimento sobre saúde, têm muito mais saúde. Por isso, a Health Insight criou um projeto com o objetivo de engajar pessoas na promoção de saúde e bem-estar, a partir de um programa de educação, compartilhamento de experiências e adesão a programas de prevenção, seguimento de tratamentos para pacientes crônicos e qualidade de vida: O EuSaúde. Comunidades dedicadas a cada assunto, como Gestação, Cân- cer ou Diabetes, por exemplo, tornam possível que usuários interajam e compartilhem experiências e expectativas com pessoas que estão pas- sando pelo mesmo momento de vida. Também é possível falar com pro- fissionais de saúde, que podem tirar dúvidas sobre os assuntos relacio- nados. Como suporte à experiência, será disponibilizada uma biblioteca de conteúdos médicos, ebooks e vídeos sobre cada tema. O engajamento de pacientes na promoção da saúde é um conceito amplo, que vem crescendo em todo o mundo, por que já se sabe que só assim poderemos, ao mesmo tempo, enfrentar doenças e aumentar a qualidade de vida e o bem-estar. Estimulamos o conhecimento, a adesão a programas de saúde, a convivência em redes de afinidade e o com- partilhamento de dados e experiências. Esse livro faz parte da coleção EuSaúde e apoia o aprendizado básico sobre cada tema. Aprenda com o livro e inscreva-se em nosso programa, pelo site www.eusaude.com.br Icones Freepick from Flaticon, licenciados pela Creative Commons BY 3.0 e HelgaMariah— Shutterstock.
  • 3. Sumário Página 06. Página 14. Introdução Página 15. Página 08. Página 16. Quando a Jornada Começa Primeira Consulta Alto Risco Fatores de Risco Página 09. Página 18. Página 11. Página 19. Página 13. Página 20. Os Primeiros Sintomas Exercícios Zika VírusAlimentação Viagem Pelo Corpo Diário de Bordo
  • 4. Sumário Página 21. Página 23. Página 36.Página 34.Página 32. Página 25. Primeiro Trimestre Tipos de Parto Parto Natural Tipos de Parto Cesárea Segundo Trimestre Terceiro Trimestre Pos Parto Página 38. Página 27. Página 30. Final Da Viagem Pré-Parto O Final da Viagem Parto Normal Início de uma Aventura
  • 5. 98 Introdução O desejo de terfilhos pode surgir bem cedo, ainda nas brincadei- ras de infância. Pode, também, ser resultado de um grande amor que pede frutos ou da vontade de uma casa cheia no futuro. A gravidez, às vezes, chega sem planos ou mesmo depois de uma longa jornada na tentativa de vencer problemas relacionados à fertilidade. Seja qual for a jornada inicial, a gestação é acompa- nhada de transformações físicas e emocionais e sobram mitos, medos e dificuldades. Este livro foi feito para todos que querem entender essas mu- danças e participar da jornada da mulher, desde a descoberta da gestação até o nascimento. Para ir além, o programa Materno Infantil EuSaúde, disponível no www.eusaude.com.br complementa essas informações e ofe- rece acesso organizado à informação de qualidade. No programa, você encontra ferramentas de acompanhamento da gestação e para o estímulo de um estilo de vida saudável, para o autocui- dado e a melhoria da qualidade de vida durante este período tão importante. Tudo muda com a chegada de um filho: o coração se expande, a vida familiar ganha outro sentido, as responsabilidades também. E nós, do EuSaúde, estamos aqui para ajudar durante o caminho. Como tudo começa 01.
  • 6. 1110 02.Quando a Jornada Começa O diagnóstico de gravidez primário se baseia na falta de menstru- ação e no aparecimento de alguns sintomas clássicos de gravidez. Algumas mulheres conhecem muito bem seu corpo a ponto de sa- ber que estão grávidas antes mesmo de perceberem a interrupção da menstruação. Porém, o mais comum é só perceber os sintomas quando eles já estão bem claros. Isso normalmente acontece cerca de duas semanas depois da última menstruação - partir do momen- to em que o óvulo fertilizado se implanta na parede do útero. Por que é importante identificar cedo a gravidez? O principal motivo pelo qual é importante detectar uma gravidez cedo é garantir a saúde e segurança da mulher e do bebê. Princi- palmente no início da gestação, alguns cuidados como adminis- tração de vacinas, interrupção do consumo de álcool e de alguns medicamentos são importantes para garantir um percurso seguro até o parto. Os testes de farmácia são um indicador para a gravidez. Se o seu resultado for positivo, procure seu médico para a confirmação da gravidez por exames de urina e/ou de sangue. 03.Os Primeiros Sintomas 7 sintomas mais comuns no início da gravidez 1 - Sono, muito sono O excesso de sono e um cansaço fora do normal típico do início da gestação. 2 - Enjoos Outra marca registrada da gestação, os enjoos cos- tumam começar semanas depois da concepção. Eles costumam aparecer sem hora nem lugar marcado. 3 - Fome e vontade de comer fora de hora As gestantes costumam ter mais sensação de fome e vontade de comer em horários estranhos. Esse não é um sintoma exclusivo da gestação. Por isso, consi- dere se outros sinais também estiverem presentes.
  • 7. 1312 Os testes comprados em farmácias podem ajudar na hora dúvida. Eles detectam a presença do hormônio hCG – que só é produzido na gravidez, exceto em casos raríssimos. A maioria destes testes podem ser feitos 3 a 4 dias após um atraso menstrual. Às vezes, quando é feito cedo demais, o resultado é negativo. Se a dúvida persistir, repita após alguns dias. Vamos falar dos testes de farmácia 4 - Sabores e odores Começar a estranhar sabores que antes eram considerados bons e mesmo não suportar alguns alimentos que normalmente gostava é comum no início da gestação. A percepção dos cheiros tam- bém muda e a sensibilidade aos odores aumenta. 5 - Vontade de ir ao banheiro Outro sintoma que pode confundir com o período pré-menstrual é o aumento da vontade de urinar. Se começar a ter que levantar à noite, anote esse sintoma. 6 - Pequenos sangramentos e cólicas Quando o óvulo fecundado se aloja no útero, pode haver pequenos sangramentos e cólicas. Esse sin- toma pode, inclusive, ser confundido como início da menstruação. 7 - Atraso menstrual Se você tem ciclos menstruais regulares e a menstruação está atrasada, vale a pena investigar a situação. Esse é o sintoma mais garantido de gra- videz, principalmente para mulheres que que têm ciclos regulares. 04.Viagem Pelo Corpo O corpo da mulher passa por várias adap- tações e mudanças durante o período ges- tacional. Algumas alterações são bastante perceptíveis, outras mais sutis. Coração e circulação A quantidade de sangue bombeada pelo coração aumenta entre 30% e 50%. Assim, a frequência cardíaca em repouso acelera. Rins Os rins passam a filtrar um volume maior de sangue e sua atividade aumenta. Pulmões Com a necessidade de oxigênio para si e para o bebê, a mulher grávida respira de for- ma mais rápida e mais profundamente.
  • 8. 1514 Sistema digestivo A pressão do útero no sistema digestivo e as alterações hormonais podem causar prisão de ventres. Azia e refluxo também são frequentes. Pele É comum o aparecimento de cloasmas - manchas que aparecem principalmente no rosto. Há o aparecimento de uma linha es- cura no meio do abdômen. O estiramento da pele no abdômen pode provocar estrias. Seios Há um crescimento dos seios e o aumento dos mamilos e da aréola. A jornada da gestante inicia na concep- ção e segue até o parto. Durante o período pré-natal, há etapas de cuidados recomen- dadas a todas as mulheres. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um mínimo de seis consultas durante o pré-natal, para acompanhamen- to da gestante e do bebê. Esse número pode variar de acordo com a complexidade da gestação. Esquema padrão de consultas pré-natal Até a 28º semama – mensais Entre 28º e 38º semana – quinzenais Após 38º semana – semanais Quando o parto não ocorre até a 41º semana, a gestante deve ser encaminhada para a avaliação do bem-estar fetal, avaliação do índice do líquido amniótico e monitoramento cardíaco fetal. 05.Diário de Bordo
  • 9. 1716 Hemograma 06.Primeira Consulta A primeira consulta é o ponto de partida da jornada da gestação. Nela, são identificados fatores de risco que podem interferir na ges- tação e elaborado o plano de atendimento até o parto. Para identificação de condições específica, a gestante passa por três etapas: A futura mãe também começa a receber, já na primeira consul- ta, orientações gerais sobre alimentação, exercício físico e outras questões que envolvem esse período Tipo Sanguíneo Glicemia de jejum Exame analítico da urina (EAS) Teste para ZIKA VDRL Sorologia para rubéola: IgG e IgM Sorologia para Citomegaloví- rus : IgG e IgM Sorologia para Toxoplasmose: IgG e IgM Sorologia anti-HIV Colpocitologia oncótica Ecografia transvaginal ou eco- grafia gestacional (dependen- do da idade gestacional) Lista de exames complementares da primeira consulta pré-natal ExamesComplementares Uma gravidez considerada de alto risco é aquela onde a saúde da mãe ou da criança pode ser comprometida antes ou depois do parto. Identificar uma situação de alto risco nos exames iniciais assegura que todos recebam a assistência médica necessária para evitar problemas. Um dos principais fatores de risco é a probabilidade de um parto prematuro (antes da 37ª semana de gestação). Por isso, os proce- dimentos do pré-natal nessas condições é diferenciado e varia de mulher para mulher. 07. Alto Risco O que é pré-eclâmpsia? Incompatibilidade do Fator RH Presente em cerca de 5% das mulheres, a pré-eclâmpsia é carac- terizada pelo aumento excessivo da pressão arterial da gestante, eliminação de proteínas pela urina e retenção de líquido. Ela pode ocorrer entre a 20ª semana da gravidez e o final da primeira sema- na pós-parto. Diferente da hipertensão, a pré-eclâmpsia não res- ponde aos diuréticos e o tratamento é a redução do sal, aumento do consumo de água e repouso. Os quadros podem evoluir para a eclampsia, uma forma grave da doença, que provoca convulsões e pode levar à morte. As causas da pré-eclâmpsia e da eclâmpsia ainda não são conhecidas. Um dos riscos da gravidez é a incompatibilidade do Fator RH entre mãe e bebê. Isso ocorre quando a mãe tem Rh positivo e a criança, RH negativo. Essa incompatibilidade pode originar a doença hemo- lítica do recém nascido. Os fatores Rh pode ser diferentes quando pai e mãe do bebê tem fatores diferentes. Pré-natal de alto risco: o que é isso?
  • 10. 18 19 Risco de anomalias cromossômicas (p.ex. sín- drome de Down) Risco de pré-eclâmpsia Risco de pré-eclâmpsia Riscos de parto prematuro Risco de diabetes gestacional (em obesos) Risco que bebês pequenos e/ou com baixo peso Risco de parto prematuro Risco que bebês pequenos e/ou com baixo peso Risco de parto prematuro Risco de reincidência do problema anterior Risco de aborto Risco de parto prematuro 08.Fatores de Risco Idade elevada Doenças crônicas (hipertensão, diabetes, obesidade, cardiopatias) Baixo peso (mulheres com menos de 45g) Baixa estatura Problemas em partos anteriores Anomalia nos órgãos reprodutores femininos Fatores de risco anteriores à gestação Possíveis problemas História familiar de doenças hereditárias Consumo de drogas, medicamentos específi- co, fumo ou álcool durante a gestação Infecções durante a gestação (sífilis, varicela, rubéola, toxoplasmose, entre outros) Doenças que provoquem febre alta (superior a 39,5º) Hemorragias Gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos...) Gravidez pós-termo (nascimento não ocorre até as 42 semanas de gestação) Risco de transmissão da doença Risco de parto prematuro Risco de anomalias cromossômicas Risco de pré-eclâmpsia Risco que bebês pequenos e/ou com baixo peso Risco de anomalias cromossômicas Risco de aborto Risco de anomalias no sistema nervoso do bebê Risco de aborto Risco de parto prematuro Risco de malformação fetal Risco de parto prematuro Risco de aborto Risco de morte da criança
  • 11. 2120 Nutrição A gestante não precisa comer por dois. A manutenção de uma dieta balanceada é suficiente para garantir uma gestação sau- dável para mãe e bebê. Em qualquer situ- ação, seguir as orientações do seu médico é fundamental. A diabetes gestacional é quando uma mulher não diabética de- senvolve hiperglicemia (níveis altos de açúcar no sangue ) du- rante a gravidez. Essa condição é um fator de risco para parto prematuro e mesmo aborto. Para reduzir esses riscos, é fundamental seguir todas as orien- tações de alimentação do seu médico. 09.Alimentação 21 10.Exercícios O corpo da mulher passa por várias adap- tações e mudanças durante o período ges- tacional. Algumas alterações são bastante perceptíveis, outras mais sutis. Coração e circulação - A quantidade de sangue bombeada pelo coração aumenta entre 30% e 50%. Assim, a frequência cardíaca em repouso acelera. Rins - Os rins passam a filtrar um volume maior de sangue e sua atividade aumenta. Pulmões - Com a necessidade de oxigênio para si e para o bebê, a mulher grávida respira de forma mais rápida e mais profundamente. Sistema digestivo - A pressão do útero no sistema digestivo e as alterações hormonais podem causar prisão de ventres. Azia e reflu- xo também são frequentes.
  • 12. 2322 A zika, como é conhecida a doença viral transmitida pela picada do mosquito Ae- des aegipty é uma séria preocupação para a gestante. A sua ocorrência está associa- da ao nascimento de bebês com micro- cefalia – crianças com cérebro não total- mente desenvolvidos durante a gestação. Apesar de não totalmente comprovada, a relação entre microcefalia e zika deve ser seriamente considerada. Usar repelentes, roupas de mangas com- pridas e calças , manter as janelas fecha- das durante o final do dia e à noite são pedidas que podem ajudar na prevenção. 11. Zika Vírus Sintomas da Zika Febre Pontos e manchas avermelhadas na pela Dores articulares Conjuntivite 12.Primeiro Trimestre Chegou a 13ª semana e o primeiro tri- mestre de gestação termina. Seus enjoos devem estar com os dias contados, afinal o corpo já está mais acostumado com todas as mudanças hormonais. Mas outros sinto- mas começam a aparecer como as varizes. As pernas podem inchar e você começa a se sentir um pouco mais cansada. Seu bebê é do tamanho de um pêssego e cresce rapidamente. Seus ossos estão em formação e suas cordas vocais se desen- volvendo. Manter uma alimentação saudável e uma suplementação de vitaminas, caso tenha sido indicada pelo médico, é importante para garantir o crescimento do seu bebê. Exercícios físicos moderados, como ioga e pilates trazem benefícios para o seu bem estar e ajudam a desinchar o corpo.
  • 13. 2524 História Clínica Identificação de riscos Exame Físico geral Exame de mamas Exame ginecológico Estatura Peso Pressão Arterial Pesquisa de edema Altura fundo Uterino Ausculta fetal Hemograma Veja o checklist de sua consulta desse trimestre Consultadoprimeirotrimestre Glicemia EAS Colpocitologia (se não fez no último ano) Sorologia Rubéola Sorologia Toxoplasmose Sorologia Citomegalovírus VDRL Anti-HIV (recomendável) Ecografia Zika Fim do segundo trimestre. Na 27ª semana de gestação, você deve estar sentindo pequenas contrações. É o útero em pleno treinamento para o parto. A sua digestão começa a ficar mais lenta e pode ocorrer flatulência. Seu bebê começa a abrir os olhos. É possível que, ao expor a barriga à luminosidade, receba um chute de protesto. Ele tam- bém é um sonhador. A atividade cerebral do bebê está em alta e ele passa bastante tempo em sono REM. Ele já pode estar reagin- do ao som da sua voz. Mantenha a alimentação saudável. Para evitar os problemas di- gestivos, evite alimentos fritos, gordurosos ou que causem ga- ses, como feijão, brócolis, couve-flor e bebidas com gás. Porções menores e mais frequentes ajudam na digestão. Para ajudar no desenvolvimento cerebral do bebê, garanta a ingestão correta de proteínas e ferro. Esse também é o momento para você evitar o estresse e garan- tir bom sono para vocês dois. 13.Segundo Trimestre
  • 14. 2726 História Clínica (atualizar) Identificação de riscos (atualizar) Peso Pressão Arterial Pesquisa de edema Altura fundo Uterino Ausculta fetal Hemograma TTGO-S Sorologia Rubéola (se não for imune) Sorologia Toxoplasmose (se não for imune) Sorologia Citomegalovírus (se não for imune) Lista de exames complementares da primeira consulta pré-natal VDRL Ecografia Zika Veja o seu protocolo de consulta para esse trimestre 14.Terceiro Trimestre Na 38ª semana, os seios anunciam que o final da jornada se aproxima. Provavelmente, eles já gotejem o colostro, uma primei- ra forma de leite, que começa a ser produzido algumas semanas antes do parto. Você deve estar se sentindo desconfortável com a barriga bem grande. O sono começa a ficar difícil. Manter a rotina de exercí- cios é importante porque pode ajudar a criança a ficar na posição correta para o parto. Caminhadas curtas e alongamento ajudam também na melhoria do sono. A alimentação saudável e leve no final do dia também ajudam na hora de ir para a cama. Seu bebê está do tamanho de uma abóbora. O desenvolvimento do seu cérebro está mais acelerado que antes, formando trilhões de conexões neurais. A coordenação motora já está melhor e ele já consegue, inclusive, segurar o cordão umbilical. Chegou o fim da jornada. Na 40ª semana, seu corpo está pre- parado para o trabalho de parto. Nesse período, você pode estar com pouco espaço no estômago e comer pode ser desconfortá- vel. Apesar disso, mantenha uma alimentação saudável, o que vai garantir nutrientes para você e o bebê. Fazer exercícios pode ser a última coisa que você está pensan- do. Mas não abandone a rotina. Os exercícios vão ajudar seu cor- po no trabalho de parto.
  • 15. 2928 História Clínica (atualizar) Identificação de riscos (atualizar) Exame ginecológico Peso Pressão Arterial Pesquisa de edema Altura fundo Uterino Ausculta fetal Estática fetal Lista de exames complementares da primeira consulta pré-natal Com a barriga maior, o desconforto para dormir se torna inevitável. No www.eusaude.com.br, você pode ver um vídeo com dicas de po- sição para melhorar a qualidade do seu sono. Acesse! Hemograma Sorologia Rubéola (se não for imune) Sorologia Toxoplasmose (se não for imune) Sorologia Citomegalovírus (se não for imune) VDRL Ecografia Zika Veja o protocolo de consulta do seu último trimestre: Algumas semanas antes do parto, o seu bebê vai começar a descer. Ele está ajustan- do sua posição para o parto, ou seja, virando para ficar de cabeça para baixo e de baixo. O colo do útero também começa a dilatar. Por isso é importante diminuir o interva- lo entre as consultas pré-natal, para que o médico avalie. As dores nas costas podem aumentar pois os músculos e articulações estão se prepa- rando para o nascimento. Ao mesmo tempo, você deve parar de ganhar peso, o que ajuda um pouco na administração dos desconfor- tos musculares. Você se sente extremamente cansada e, por outro lado, dormir já está cada vez mais difícil. A barriga grande e a frequência de ida ao banheiro interferem no sono tranquilo. 15.Final da Viagem Pré-Parto
  • 16. 30 31 Se quando você muda de posição, as contrações continuam. Ou se quando você se movimenta, as contrações pio- ram, é um sinal de pré-parto. Contrações Um sinal importante As contrações podem estar presentes semanas, ou meses, antes do parto. Mas, quanto mais próximo da data, mais atento você deve ficar. As contrações do parto co- meçam na parte inferior das costas e irradia para a parte inferior do abdômen. O interva- lo entre as contrações vai se tornando cada vez mais regular e constante, à medida que se aproxima da hora do parto. Nos filmes, esse momento sempre é bem característico. Mas na vida real, esse sinal quase sempre é sutil. Às vezes são vazamen- tos pequenos. Outras, nem ocorre. Você deve ir para o hospital e informar seu médico quando: Rompimento da bolsa Contrações se tornarem constante e com pequenos in- tervalos regulares entre elas. Sangramentos ou corrimentos vermelho-vivo. Corrimento estiver marrom ou esverdeado. Apresentar sintomas de pré-eclâmpsia: dor de cabeça, problemas de visão ou inchaço súbito. Enxoval do bebê Enxoval da mamãe Mala para levar para a maternidade Contatos da maternidade Contatos do ginecologista Acompanhamento no parto – converse com o marido ou a família sobre quem que vai teacompanhar no parto e na internação e quem vai ficar em casa com os filhos mais velhos. Pediatra
  • 17. 32 33 A escolha do tipo de parto depende de vá- rios fatores, mas todos devem preservar a saúde da mãe e da criança. A decisão sobre o tipo de parto deve ser feita em conjunto com seu médico, avaliando as alternativas e as questões de saúde envolvidas. É essencial conversar com seu médico so- bre todas as possibilidades de parto desde o início da gravidez. Parto normal ou natural é aquele sem in- tervenção cirúrgica. Existem várias técnicas para o parto na- tural. O mais comum é aquele deitado de costas na cama, com os pés nos apoios la- terais. Mas há posições alternativas como em banheiras de água morna. Parto normal 16. Final da Viagem Parto Normal No parto natural, você usa a força do pró- prio corpo no processo do parto. Estudos apontam que essa participação ativa em todas as etapas do nascimento pode ajudar na amamentação. Se quando você muda de posição, as contrações continuam. Ou se quando você se movimenta, as contrações pio- ram, é um sinal de pré-parto.
  • 18. 34 35 A recuperação no parto natural é rápida e você já pode sair da cama e se movimentar poucas horas depois do parto, caso você se sinta confortável. 17. Tipos de Parto Parto Natural Entrar em trabalho de parto a partir da 38º semana de gestação. Não ter problemas crônicos de saúde. Não ter apresentado complicações na gravidez. Não ser diabética ou ter tido diabetes gestacional Estar dentro da faixa de peso saudável durante a gestação. O bebê estar na posição correta no momento do parto. Para parto natural, considere: Parto natural não é recomendado se: Entrar em trabalho de parto inicia antes da 38º semana de gestação. Ser gestação de múltiplos. Ter tido complicações durante a gestação ou em gesta- ções anteriores. Ter diabetes ou diabetes gestacional. Estar fora da faixa de peso saudável – muito acima ou muito abaixo do peso indicado. O bebê estar na posição invertida na hora do parto.
  • 19. 36 37 Apesar de todo o planejamento para um parto natural, pode ser que, para garantir a sua saúde e a do bebê, um parto cesaria- na seja indicado. 18. Tipos de Parto Parto Cesárea Doenças crônicas (cardíacas, diabetes, pressão arterial elevada, doença renal, entre outras) Infecções por vírus que podem ser transmitidos pelo parto, como HIV-positivo, herpes genital ativo. Bebê muito grande. Seu peso. Sua idade. A posição do bebê. Gestação de múltiplos. Doença congênita do bebê Problemas placentários. Pré-eclâmpsia. Uma cesárea anterior Para a cesárea programada, considere: A recuperação da cesárea é um pouco mais demorada do que a do parto natural. Serão cerca de três a quatro dias no hospital e até seis semanas antes de poder voltar à rotina normal de esfor- ço, em virtude da cicatrização do corte. Às vezes a decisão pela cesárea acontece durante o trabalho de parto, quando o médico avalia que há riscos na continuidade de um parto natural. Veja três fatores que podem levar a essa decisão: Complicações da cesárea Recuperação Você tem contrações mas o colo do útero não dilata. Seu bebê pode estar em exaustão ou sofrimento fetal, seja pela demora do trabalho de parto, ou por outro fator. Quando o cordão umbilical fica comprimido e corta o oxigê- nio do bebê. Apesar de seguro, o procedimento é uma cirurgia. Nas cirurgias há sempre o risco de reações a medicamentos, hemorragias, in- fecção, coágulos. Os bebês têm maior risco de taquipnéia transi- tória - respiração rápida devido a líquido de sobra nos pulmões. Siga todas as orientações de limpeza do corte para garantir uma cicatriza- ção perfeita e poucas marcas.
  • 20. 38 39 Após o parto, alguns sintomas são co- muns e devem ser esperados. 19. Fadiga pós parto Não é só a privação de sono das semanas finais da gestação, mas também o esforço e o estresse do parto, a contração do útero, no processo de retorno ao tamanho normal e o turbilhão de mudan- ças hormonais colaboraram para a fadiga. A rotina de um bebê na casa também no descanso. Constipação e gases O acumulo de gases e a constipação são sintomas comuns do pós-parto. Atenção à uma alimentação equilibrada pode atenuar os desconfortos. Caminhadas também atenuam esses sintomas. Sangramento Depois do um parto você vai ter um corrimento de sangue, muco e tecidos, remanescentes do parto. O sangramento pode ser in- tenso por até 10 dias, mas, em geral, o sangramento volumoso dura três dias. Barriga pós parto Durante a gravidez, o útero, os músculos abdominais e da pele são esticados ao extremo. Pode demorar semanas para que a re- gião se recupere. Se você tiver feito uma cesárea, pode ter inchaço e fraqueza na região. Pós Parto Contrações do útero Seu útero está voltando ao tamanho anterior e você vai sentir algumas contrações nesse processo. Essas contrações pós-parto são sentidas, principalmente, durante a amamentação, devido do hormônio oxitocina. Dores Se o seu parto foi natural, a região do períneo estará sensível e sentar, por exemplo, pode ser desconfortável. Se você fez uma cesárea, estará se recuperando com um corte abdominal. Humor No período pós parto é normal altos e baixos emocionais, pois esse é um período de adaptação. As causas são as alterações hor- monais, o desconforto físico e as alterações de rotina do recém- -nascido. Se o desconforto emocional for persistente por mais de duas semanas e passe a afetar seu relacionamento com o bebê ou com sua família, é importante procurar seu médico. Medicação Pós-parto Use somente medicamentos indicados pelo seu médico. Ele é a melhor pessoa para orientar sobre o uso seguro, que não interfira na amamentação.
  • 21. 40 41 Início de uma Aventura O fim da jornada da gestação marca o início da grande aventura de ser mãe. No mesmo momento em que o corpo, fisicamente, se recupera, iniciam novos desafios de relacionamento e entendimento com o recém nascido. São dois novos seres se conhecendo, se reconhecendo. A aventura do primeiro ano de vida é pau- tada em descobertas e desafios. Conheça um pouco mais sobre o primeiro ano de vida do seu bebê em A Grande Aventura do Primeiro Ano. Você também pode saber mais sobre ges- tação e primeira infância na rede Materno Infantil do EuSaúde. 20.
  • 22. Baby Q http://www.babyq.com/ Mahan, L. H., & Escott-Stump, S. (2008). Krause’s Food & Nutrition Therapy (12th ed.). Canada: Saunders Elsevier. Manuais MSD - Edição Saúde para a Família - Alterações Fisiológicas durante a gravidez. http://www.manuaismsd.pt/?id=269&cn=1775 The Bump http://www.thebump.com/a/what-really-happens-after-labor Web MD http://www.webmd.com/baby/guide/exercise-during-pregnancy What to Expect http://www.whattoexpect.com/ O EUSAÚDE tem propósitos edu- cacionais e o seu conteúdo não deve ser usado para diagnóstico e trata- mentos. O EUSAÚDE não prediz se você vai ter uma determinada doença, apenas estima a sua chance e oferece orien- tação de como reduzir o seu risco. Não há garantia de que, seguindo as recomendações, você não desenvol- va a doença. O SEU MÉDICO DEVE SER SEMPRE CONSULTADO. Referências