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Enfermagem na
Saúde da Mulher
Assistência no pré-parto e parto
Prof. Ms. Danieli Garbuio
• Unidade de Ensino: 3
• Competência da Unidade: Compreender sobre a assistência
no trabalho de parto e parto.
• Resumo: Aborda sobre a preparação para o parto, assistência
durante o parto, tipos de parto.
• Palavras-chave: Trabalho de parto, assistência no pré-parto,
assistência no parto, tipos de parto, mecanismos do parto,
complicações no parto, nascimento, humanização, analgesia,
anestesia.
• Título da Teleaula: Assistência no pré-parto e parto
• Teleaula nº: 3
Convite ao estudo
Assistência durante o pré-parto
Assistência no parto
Tipos de parto
métodos não
Humanização do parto/ Violência obstétrica
Analgesia ou anestesia no TP e uso de
farmacológicos para alívio da dor
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/doula-support-instead-partner-pregnant-woman-
1750555031. Acessoem: 05 out. 2021.
 No Brasil, ocorrem 3 milhões de nascimentos (ano)
 98% acontecem no ambiente hospitalar
 O hospital se caracteriza pela adoção de várias tecnologias e procedimentos com
o objetivo de tornar mais seguro para a mulher e seu filho o nascimento
 As mulheres e recém-nascidos são expostos a altas taxas de intervenções, como a
episiotomia, o uso de ocitocina, a cesariana, aspiração naso-faringeana, entre
outras.
Contextualização
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/black-white-shot-newborn-baby-right-263110772. Acesso em: 05
out. 2021.
Contextualização
 Novas evidências científicas contribuíram para mudanças
da prática obstétrica;
 Maior ênfase na promoção e resgate das características
naturais e fisiológicas do parto e nascimento;
 Vários procedimentos hospitalares têm sido questionados
pela carência de evidências científicas que os suportem,
a existência de evidências que os contra indiquem e por
trazerem desconforto à mulher.
 Fortalecimento das enfermeiras obstétricas como atores
importantes no processo assistencial.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/pregnant-woman-doctors-appointment-maternity-hospital-
1802890258. Acesso em: 05 out. 2021.
Assistência de
enfermagem no pré-
parto
Gestante em fase latente
Caracterização
Contrações uterinas dolorosas e há alguma modificação
cervical, incluindo apagamento e dilatação até 4 cm.
Orientar quanto aos sinais do trabalho de parto, para que
retorne à residência, mas se necessário procurar o
serviço.
Fonte
da
imagem:
Ana
Mendes
Doula.
Disponível
m:
https://bit.ly/3bRVr6h.
Acesso
em:
08
nov.
2021.
Diagnóstico de trabalho de parto
Contração uterina
Frequência 2 ou mais em 10 minutos,
Duração mais de 30 segundos
Características rítmicas que provocam alterações progressivas no
colo do útero como dilatação, esvaecimento e centralização.
≥ 4 cm de dilatação cervical
Duração do trabalho de parto ativo pode variar:
- nas primíparas dura em média 8 a 18 horas;
- nas multíparas dura em média 5 a 12 horas.
Fonte
da
imagem:
Ana
Mendes
Doula.
Disponível
m:
https://bit.ly/3bRVr6h.
Acesso
em:
08
nov.
2021.
Assistência no pré-parto: admissão
Entrevista
Verificar
SSVV
Exame físico
geral e
obstétrico:
BCF, DU
(frequência,
duração e
intensidade)
Exame
vaginal:
verificar
dilatação
cervical,
bolsa
amniótica
Observar
apresentação,
posição e
altura do feto
Admissão da gestante
Solicitar exames laboratoriais, como VDRL, anti-HIV, Hb e Ht, se necessário a tipagem
sanguínea e fator Rh (teste rápido para sífilis e HIV).
Verificar os desejos da paciente com relação ao parto e analgesia: Plano de parto
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/pregnant-woman-empty-white-paper-medical-1880951779.
Acesso em: 06 out. 2021.
Lei do
acompanhante nº
11.108/2005
Doula
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/doula-support-instead-partner-pregnant-woman-
1699135264. Acesso em: 06 out. 2021.
Assistência durante o
pré-parto
Palpação obstétrica
Fonte: Creative commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Handgriffe.JPG. Acesso em: 05 out. 2021.
Situação fetal
relação entre o eixo uterino e o eixo fetal, que pode ser: longitudinal
(99,5%), transversa (0,5%) e oblíqua (rara).
Apresentação fetal
trata-se da parte do feto que ocupa a área do estreito superior da
bacia e nele pode se insinuar, pode ser: cefálica, pélvica, transversa ou
acromial.
Posição fetal
trata-se da relação do dorso do feto com o lado direito ou esquerdo
materno. A variedade é determinada por siglas, empregando-se o
ponto de referência fetal que está voltado para os pontos maternos.
Relações útero fetais
Relações entre o feto e a bacia materna.
Atitude: trata-se da relação das partes fetais entre si,
em que pode ser fletida (ponto de referência ao toque
a fontanela posterior) ou defletida de:
 1º grau: em que o ponto de referência ao toque é a
fontanela anterior.
 2º grau: em que o ponto de referência ao toque é a
raiz do nariz.
 3º grau: em que o ponto de referência ao toque é o
mento.
Fonte:
UnaSUS.
Disponível
em:
https://bit.ly/3GYQ3wF.
Acesso
em:
08
nov.
2021.
Fletida Defletida I Defletida II Defletida III
Períodos
clínicos do
parto
Dilatação Expulsão Dequitação Greenberg
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/vector-cervical-effacement-dilatation-during-labor-
1574027293. Acesso em: 06 out. 2021.
Ocitocina e prostaglandinas
Ocitocina promove a contração
rápida após estímulos nervosos
Prostaglandinas - processo de
contração, sem saber ao certo
o exato efeito.
Contrações de Braxton-Hicks
São de baixa frequência e Endurecimento do miométrio,
amplitude, mas que podem indolor, e com intervalos de um
confundir a gestante longo período de tempo.
Contrações uterinas
Estímulo que faz uma célula se
contrair, passando assim para
as demais células – Tríplice
Gradiente descendente
Elevação da concentração de
estrogênio materno e queda do
nível da progesterona.
Fatores que contribuem
para o trabalho de
parto:
 o feto,
 o canal do parto e a
 força
feto
que move o
no canal
(contrações uterinas)
Assistência de enfermagem no primeiro período clínico
do parto
Registrar as seguintes observações:
 frequência das contrações uterinas de 1 em 1 hora (dinâmica uterina).
 pulso de 1 em 1 hora;
 temperatura e PA de 4 em 4 horas;
 frequência da diurese;
 exame vaginal de 4 em 4 horas (acompanhamento do partograma com
linha de ação de 4 horas - registro do progresso do parto).
Frequência cardíaca fetal (FCF) normal entre 110
e 160 bpm; observar desacelerações na ausculta
intermitente.
Intervenções e medidas de rotina no primeiro período do
parto
 O enema e a tricotomia pubiana e perineal não devem ser realizados
de forma rotineira durante o trabalho de parto.
 A amniotomia precoce não deve ser realizada de rotina em mulheres
em trabalho de parto que estejam progredindo bem.
 As mulheres devem ser encorajadas a se movimentar e a
adotarem posições confortáveis no trabalho de parto.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/labor-swept-drug-baby-foley-strip-2013815846. Acesso em: 06
out.2021.
Assistência durante o
parto
Períodos
clínicos do
parto
Dilatação Expulsão Dequitação Greenberg
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/normal-delivery-steps-infographic-diagram-including-
662159614. Acesso em: 06 out. 2021.
Definição e
duração do
segundo
período do
trabalho de
parto
Fase inicial ou passiva: dilatação total do colo sem sensação de
puxo involuntário ou parturiente com analgesia e a cabeça do
feto ainda relativamente alta na pelve;
Fase ativa: dilatação total do colo, cabeça do bebê visível,
contrações de expulsão ou esforço materno ativo após a
confirmação da dilatação completa do colo do útero, na
ausência das contrações de expulsão.
Primíparas: cerca de 0,5–2,5 horas sem peridural e 1–3
horas com peridural. Multíparas: até 1 hora sem peridural e
2 horas com peridural.
Em falha de progresso a mulher deve ser encaminhada para
cesárea, ou oferecer assistência em parto vaginal operatório, se o
nascimento não for iminente.
Mecanismo
de
parto
Insinuação ou
encaixamento (flexão)
Descida ou progressão
Rotação interna da
cabeça
Desprendimento da
cabeça
Rotação externa da
cabeça
Desprendimento do
tronco
Fonte: Shutterstock. Disponível
emhttps://www.shutterstock.com/pt/image-vector/stages-
baby-birth-vaginal-delivery-fetus-1176031399. Acesso em:
06 out. 2021.
Assistência no período expulsivo
 A mulher deve ser incentivada a adotar qualquer posição
que ela achar mais confortável incluindo as posições de
cócoras, lateral ou quatro apoios.
 Deve-se apoiar a realização de puxos espontâneos no
segundo período do trabalho de parto em mulheres sem
analgesia, evitando os puxos dirigidos.
 A manobra de Kristeller não deve ser realizada no segundo
período do trabalho de parto.
 Cuidados com o períneo.
Fonte: Medicina Salud Publica. Disponível em: https://bit.ly/303x4Ar. Acesso em: 08nov. 2021.
Distocia
Qualquer perturbação no bom andamento do parto em que estejam implicadas
alterações em um dos três fatores fundamentais que participam do parto:
 Força motriz ou contratilidade uterina – caracteriza a distocia funcional
(hipoatividade e hiperatividade uterina, hipotonia e hipertonia uterina, distocia
de dilatação).
 Objeto – caracteriza a distocia fetal (anormalidades que ocorrem no trabalho
de parto atribuídas ao feto e às relações materno-fetais como tamanho fetal,
distocia biacromial, anormalidades de situação e apresentação fetal).
Trajeto – caracteriza a distocia do trajeto (anormalidades
ósseas ou de partes moles).
O enfermeiro pode realizar o parto sem distocia.
Períodos
clínicos do
parto
Dequitação Greenberg
Dilatação Expulsão
O terceiro período do parto é o momento desde o
nascimento da criança até a expulsão da placenta
e membranas. Considerar terceiro período
prolongado após decorridos 30 minutos (placenta
retida). Examinar a placenta e membranas.
Observar na mulher: condição física geral, através
da coloração de pele e mucosas, respiração e
sensação de bem-estar; perda sanguínea.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/close-bloody-placenta-fresh-womb-782724946. Acesso em: 06 out. 2021.
Períodos
clínicos do
parto
Dilatação Expulsão Dequitação Greenberg
O período de Greenberg compreende o puerpério imediato, que se
inicia após a saída da placenta, compreende as duas horas pós-parto.
Partograma
Professora Gloria então colocou cada aluno em uma sala
de parto para que acompanhasse e observasse os
procedimentos que nela são realizados. Ao acompanhar
um trabalho de parto, a aluna Paula foi orientada a
observar o preenchimento do partograma. Então ela se
perguntou: o que seria o partograma e qual a sua
finalidade?
Partograma Representação gráfica que diz respeito à evolução do
trabalho
frequência
de parto, registra, principalmente, a
das contrações uterinas, os batimentos
cardíacos fetais e a dilatação cervical materna.
Fase latente tem duração de 16 horas em multíparas e
20 horas em primíparas.
Fase ativa, possui um padrão regular e coordenado de
contrações, com uma dilatação de 1 cm por hora (iniciar
partograma)
Diagnóstico de desproporção céfalopélvico,
indicação de ocitocina, acesso aos dados de
evolução, identificação de sofrimento fetal e
diminuição de intervenções desnecessárias.
Partograma
Fonte:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoe
s/cd04_13.pdf. Acesso em: 06 out. 2021.
Interação
Tipos de parto
Tipos de parto
Parto normal
• Parto normal ou espontâneo é o parto em que não se utiliza
fórceps, vácuo extrator ou cesariana, mas que pode haver algum
tipo de intervenção baseada em evidências.
Parto fórceps
• O fórcipe é composto por duas colheres que são articuladas para
preensão, tração e rotação do polo cefálico do feto. Usado
quando o feto se encontra em sofrimento ou quando a mãe não
consegue mais fazer força durante o parto normal.
Parto cesárea
• extração do feto por meio de uma incisão na parede abdominal e
na parede uterina. Trata-se de um procedimento médico, mas o
enfermeiro pode instrumentar ou auxiliar em alguma
emergência.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/newborn-baby-labor-room-553701571.
https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/normal-labor-vaginal-birth-3d-illustration-538993987 (adaptado).
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/correct-placement-elliot-forceps-baby-vector-148197521. Acesso em: 06 out. 2021.
Indicações reais para o parto cesárea
 Prolapso de cordão com dilatação incompleta;
 Descolamento prematuro da placenta com feto vivo
– fora do período expulsivo;
 Placenta prévia parcial ou total;
 Apresentação córmica (situação transversa) durante
o trabalho de parto;
 Ruptura de vasa previa;
 Herpes genital com lesão ativa no trabalho de parto.
Fonte: Shutterstock. Disponível em https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/classic-cesarean-section-operating-theater-127442744. Acesso
em: 06 out. 2021.
Tipos de parto
Parto natural: o foco é o resgate do cuidado prestado no
nascimento e, mesmo sendo uma espécie de “modalidade”
e realização dos procedimentos
simplicidade
intervenções
necessidade,
somente quando houver
além das mudanças
uma
exigidas
do parto normal, diferencia-se do mesmo pela sua
ou
real
de
comportamento, atitudes e do próprio ambiente
(humanização).
Parto induzido: induzir as contrações de maneira artificial
através de amniotomia ou infusão de ocitocina e uso de
prostaglandinas, como o misoprostol.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/first-moments-mother-newborn-after-childbirth-774586795.
Acesso em: 06 out. 2021.
Episiotomia
Incisão realizada na região do períneo a fim de ampliar o canal de parto,
justificada em alguns casos como necessidade de parto instrumentalizado,
sofrimento fetal ou acesso para fletir a cabeça do bebê, realizada normalmente
com anestesia local.
Não realizar episiotomia de rotina durante o parto vaginal espontâneo.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/drawing-possible-episiotomy-angles-performed-during-
200938973. Acesso em: 06 out. 2021.
Analgesia ou
anestesia no trabalho
de parto e métodos
não farmacológicos
Analgesia e anestesia
Analgesia significa
insensibilidade à dor
Anestesia causa um estado de
privação de sensibilidade geral,
com o uso de substância para
eliminar ou reduzir a
sensibilidade.
Não podem interferir na evolução do
trabalho de parto de maneira
negativa. Proporciona conforto e até
mesmo harmonização e regularização
das contrações uterinas.
Anestesia
Bloqueio dos
pudendos
Anestesia
raquidiana
Anestesia
peridural lombar
contínua
Anestesia
peridural lombar
única
Anestesia geral Duplo bloqueio
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/vector-illustration-epidural-nerve-block-injection-
1106736023. Acesso em: 06 out. 2021.
Métodos não farmacológicos para alívio da dor
Massagem
Exercícios respiratórios
Banho morno de aspersão
Bola
Cavalinho
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/position-pregnant-woman-reproduction-set-man-
1465320371. Acesso em: 06 out. 2021.
Parto humanizado
Parto humanizado
Não é um tipo de parto.
É o processo que baseia-se no respeito
ao protagonismo e autonomia das
mulheres nas suas escolhas no trabalho
de parto e parto, ao acompanhamento
multidisciplinar e ao cuidar baseado em
evidências científicas.
Tem direito a um ambiente sossegado,
privativo, arejado e com a presença de
seu (a) acompanhante.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/prenatal-care-flat-color-vector-faceless-1780479536. Acesso
em: 06 out. 2021.
Parto humanizado
Objetivo de incentivar a prática do parto normal, como resgate do aspecto
fisiológico, e diminuir a taxa de cesariana, realizando apenas quando
necessário e indicado. O contato pessoal e os aspectos emocionais são de
extrema importância para a eficácia do tratamento, pois o profissional deve
privilegiar o que viu, palpou e o que a paciente descreveu. Portanto, não
basta criar técnicas, mas sim construir uma relação de laços humanos.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/prenatal-care-flat-color-vector-faceless-1780479536. Acesso
em: 06 out. 2021.
Atitudes relacionadas com o parto humanizado
Estar atento ao
monitoramento do
bem-estar físico e
emocional durante
todo o atendimento
Respeitar a vontade e
a escolha do
acompanhante
durante o trabalho de
parto e parto
Permitir que a
paciente caminhe para
que ajude na dilatação
e que adote a posição
que preferir durante o
período de expulsão
Orientar e oferecer
técnicas de
relaxamento e
massagem para alívio
da dor durante o
trabalho de parto
Imediatamente após o
parto, permitir o
contato pele a pele da
mãe e bebê,
estimulando o início
da amamentação
Monitorar a evolução
do parto, oferecer
alojamento conjunto e
estimular e orientar a
prática da
amamentação o
quanto antes
Direitos
obstétricos
Permanecer
acompanhada
por alguém de
sua escolha no
trabalho de
parto e parto
Conhecer os
profissionais e
ser informada
em relação aos
procedimentos
que estão
sendo
realizados
Receber
líquidos e
alimentos leves
durante o
trabalho de
parto
Caminhar e
receber
massagem
durante o
trabalho de
parto
Ser chamada
pelo nome
Tomar banho
morno e
adotar a
posição que
preferir para a
expulsão
Receber o seu
recém-nascido
imediatamente
após o parto
para o início da
amamentação
Violência obstétrica
Os alunos continuam nas salas de parto, observando os
nascimentos. Como esta etapa é formada de vários procedimentos
e tipos de parto, pensando de uma maneira geral, a professora
Glória perguntou aos seus alunos: Vocês sabem o que seria
violência obstétrica?
Violência
obstétrica:
relatos de
trabalho de
parto e parto
• Ela (profissional) ficou me recriminando pela quantidade de
filhos que eu tenho. Ficou dizendo: “ainda vai querer mais”.
“com esse monte de filho e ainda fazendo esse escândalo”
• A médica mandou eu parar de gemer, pois era um momento
mágico e eu estava tornando-o sofrido, passando o
sofrimento para quem estava perto de mim.
• O médico, com ignorância, dizia: abra mais as pernas. A
enfermeira falou para eu não fechar as pernas, se não ia
matar o bebê.
• Eu senti dor durante os pontos e falei para o médico, mas
ele disse que já tinha dado anestesia e não podia fazer
nada. Então eu disse que fizesse seu trabalho, mas que
estava doendo, estava.
Violência obstétrica
A violência, seja de ordem física, emocional ou simbólica, é produtora de
elevado grau de sofrimento. É toda e qualquer ação ou procedimento que seja
realizado sem o consentimento da mulher e que não seja baseado em
evidências científicas atuais, sejam de caráter físico, psicológico, sexual,
institucional, midiático e material, são consideradas violência obstétrica.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/teenage-problem-conceptsocial-problemteen-women-
stress-572682532. Acesso em: 06 out. 2021.
Violência obstétrica
Práticas no cuidado na assistência obstétrica
como:
 Episiotomia de rotina;
 manobra de Kristeller;
 proibição de movimento;
 imposição da posição ginecológica ou litotômica;
 proibição de acompanhante durante o trabalho de
parto e parto e pós-parto
Interação
Recapitulando
Recapitulando
 Assistência de enfermagem no trabalho e parto
 Mecanismo de parto
 Períodos clínicos do parto
 Partograma
 Assistência de enfermagem durante o parto
 Tipos de parto
 Analgesia ou anestesia no trabalho de parto
 Métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho
de parto
 Parto humanizado
 Violência obstétrica

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  • 1. Enfermagem na Saúde da Mulher Assistência no pré-parto e parto Prof. Ms. Danieli Garbuio
  • 2. • Unidade de Ensino: 3 • Competência da Unidade: Compreender sobre a assistência no trabalho de parto e parto. • Resumo: Aborda sobre a preparação para o parto, assistência durante o parto, tipos de parto. • Palavras-chave: Trabalho de parto, assistência no pré-parto, assistência no parto, tipos de parto, mecanismos do parto, complicações no parto, nascimento, humanização, analgesia, anestesia. • Título da Teleaula: Assistência no pré-parto e parto • Teleaula nº: 3
  • 3. Convite ao estudo Assistência durante o pré-parto Assistência no parto Tipos de parto métodos não Humanização do parto/ Violência obstétrica Analgesia ou anestesia no TP e uso de farmacológicos para alívio da dor Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/doula-support-instead-partner-pregnant-woman- 1750555031. Acessoem: 05 out. 2021.
  • 4.  No Brasil, ocorrem 3 milhões de nascimentos (ano)  98% acontecem no ambiente hospitalar  O hospital se caracteriza pela adoção de várias tecnologias e procedimentos com o objetivo de tornar mais seguro para a mulher e seu filho o nascimento  As mulheres e recém-nascidos são expostos a altas taxas de intervenções, como a episiotomia, o uso de ocitocina, a cesariana, aspiração naso-faringeana, entre outras. Contextualização Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/black-white-shot-newborn-baby-right-263110772. Acesso em: 05 out. 2021.
  • 5. Contextualização  Novas evidências científicas contribuíram para mudanças da prática obstétrica;  Maior ênfase na promoção e resgate das características naturais e fisiológicas do parto e nascimento;  Vários procedimentos hospitalares têm sido questionados pela carência de evidências científicas que os suportem, a existência de evidências que os contra indiquem e por trazerem desconforto à mulher.  Fortalecimento das enfermeiras obstétricas como atores importantes no processo assistencial. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/pregnant-woman-doctors-appointment-maternity-hospital- 1802890258. Acesso em: 05 out. 2021.
  • 7. Gestante em fase latente Caracterização Contrações uterinas dolorosas e há alguma modificação cervical, incluindo apagamento e dilatação até 4 cm. Orientar quanto aos sinais do trabalho de parto, para que retorne à residência, mas se necessário procurar o serviço. Fonte da imagem: Ana Mendes Doula. Disponível m: https://bit.ly/3bRVr6h. Acesso em: 08 nov. 2021.
  • 8. Diagnóstico de trabalho de parto Contração uterina Frequência 2 ou mais em 10 minutos, Duração mais de 30 segundos Características rítmicas que provocam alterações progressivas no colo do útero como dilatação, esvaecimento e centralização. ≥ 4 cm de dilatação cervical Duração do trabalho de parto ativo pode variar: - nas primíparas dura em média 8 a 18 horas; - nas multíparas dura em média 5 a 12 horas. Fonte da imagem: Ana Mendes Doula. Disponível m: https://bit.ly/3bRVr6h. Acesso em: 08 nov. 2021.
  • 9. Assistência no pré-parto: admissão Entrevista Verificar SSVV Exame físico geral e obstétrico: BCF, DU (frequência, duração e intensidade) Exame vaginal: verificar dilatação cervical, bolsa amniótica Observar apresentação, posição e altura do feto
  • 10. Admissão da gestante Solicitar exames laboratoriais, como VDRL, anti-HIV, Hb e Ht, se necessário a tipagem sanguínea e fator Rh (teste rápido para sífilis e HIV). Verificar os desejos da paciente com relação ao parto e analgesia: Plano de parto Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/pregnant-woman-empty-white-paper-medical-1880951779. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 11. Lei do acompanhante nº 11.108/2005 Doula Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/doula-support-instead-partner-pregnant-woman- 1699135264. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 13. Palpação obstétrica Fonte: Creative commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Handgriffe.JPG. Acesso em: 05 out. 2021. Situação fetal relação entre o eixo uterino e o eixo fetal, que pode ser: longitudinal (99,5%), transversa (0,5%) e oblíqua (rara). Apresentação fetal trata-se da parte do feto que ocupa a área do estreito superior da bacia e nele pode se insinuar, pode ser: cefálica, pélvica, transversa ou acromial. Posição fetal trata-se da relação do dorso do feto com o lado direito ou esquerdo materno. A variedade é determinada por siglas, empregando-se o ponto de referência fetal que está voltado para os pontos maternos.
  • 14. Relações útero fetais Relações entre o feto e a bacia materna. Atitude: trata-se da relação das partes fetais entre si, em que pode ser fletida (ponto de referência ao toque a fontanela posterior) ou defletida de:  1º grau: em que o ponto de referência ao toque é a fontanela anterior.  2º grau: em que o ponto de referência ao toque é a raiz do nariz.  3º grau: em que o ponto de referência ao toque é o mento. Fonte: UnaSUS. Disponível em: https://bit.ly/3GYQ3wF. Acesso em: 08 nov. 2021. Fletida Defletida I Defletida II Defletida III
  • 15. Períodos clínicos do parto Dilatação Expulsão Dequitação Greenberg Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/vector-cervical-effacement-dilatation-during-labor- 1574027293. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 16. Ocitocina e prostaglandinas Ocitocina promove a contração rápida após estímulos nervosos Prostaglandinas - processo de contração, sem saber ao certo o exato efeito. Contrações de Braxton-Hicks São de baixa frequência e Endurecimento do miométrio, amplitude, mas que podem indolor, e com intervalos de um confundir a gestante longo período de tempo. Contrações uterinas Estímulo que faz uma célula se contrair, passando assim para as demais células – Tríplice Gradiente descendente Elevação da concentração de estrogênio materno e queda do nível da progesterona. Fatores que contribuem para o trabalho de parto:  o feto,  o canal do parto e a  força feto que move o no canal (contrações uterinas)
  • 17. Assistência de enfermagem no primeiro período clínico do parto Registrar as seguintes observações:  frequência das contrações uterinas de 1 em 1 hora (dinâmica uterina).  pulso de 1 em 1 hora;  temperatura e PA de 4 em 4 horas;  frequência da diurese;  exame vaginal de 4 em 4 horas (acompanhamento do partograma com linha de ação de 4 horas - registro do progresso do parto). Frequência cardíaca fetal (FCF) normal entre 110 e 160 bpm; observar desacelerações na ausculta intermitente.
  • 18. Intervenções e medidas de rotina no primeiro período do parto  O enema e a tricotomia pubiana e perineal não devem ser realizados de forma rotineira durante o trabalho de parto.  A amniotomia precoce não deve ser realizada de rotina em mulheres em trabalho de parto que estejam progredindo bem.  As mulheres devem ser encorajadas a se movimentar e a adotarem posições confortáveis no trabalho de parto. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/labor-swept-drug-baby-foley-strip-2013815846. Acesso em: 06 out.2021.
  • 20. Períodos clínicos do parto Dilatação Expulsão Dequitação Greenberg Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/normal-delivery-steps-infographic-diagram-including- 662159614. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 21. Definição e duração do segundo período do trabalho de parto Fase inicial ou passiva: dilatação total do colo sem sensação de puxo involuntário ou parturiente com analgesia e a cabeça do feto ainda relativamente alta na pelve; Fase ativa: dilatação total do colo, cabeça do bebê visível, contrações de expulsão ou esforço materno ativo após a confirmação da dilatação completa do colo do útero, na ausência das contrações de expulsão. Primíparas: cerca de 0,5–2,5 horas sem peridural e 1–3 horas com peridural. Multíparas: até 1 hora sem peridural e 2 horas com peridural. Em falha de progresso a mulher deve ser encaminhada para cesárea, ou oferecer assistência em parto vaginal operatório, se o nascimento não for iminente.
  • 22. Mecanismo de parto Insinuação ou encaixamento (flexão) Descida ou progressão Rotação interna da cabeça Desprendimento da cabeça Rotação externa da cabeça Desprendimento do tronco Fonte: Shutterstock. Disponível emhttps://www.shutterstock.com/pt/image-vector/stages- baby-birth-vaginal-delivery-fetus-1176031399. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 23. Assistência no período expulsivo  A mulher deve ser incentivada a adotar qualquer posição que ela achar mais confortável incluindo as posições de cócoras, lateral ou quatro apoios.  Deve-se apoiar a realização de puxos espontâneos no segundo período do trabalho de parto em mulheres sem analgesia, evitando os puxos dirigidos.  A manobra de Kristeller não deve ser realizada no segundo período do trabalho de parto.  Cuidados com o períneo. Fonte: Medicina Salud Publica. Disponível em: https://bit.ly/303x4Ar. Acesso em: 08nov. 2021.
  • 24. Distocia Qualquer perturbação no bom andamento do parto em que estejam implicadas alterações em um dos três fatores fundamentais que participam do parto:  Força motriz ou contratilidade uterina – caracteriza a distocia funcional (hipoatividade e hiperatividade uterina, hipotonia e hipertonia uterina, distocia de dilatação).  Objeto – caracteriza a distocia fetal (anormalidades que ocorrem no trabalho de parto atribuídas ao feto e às relações materno-fetais como tamanho fetal, distocia biacromial, anormalidades de situação e apresentação fetal). Trajeto – caracteriza a distocia do trajeto (anormalidades ósseas ou de partes moles). O enfermeiro pode realizar o parto sem distocia.
  • 25. Períodos clínicos do parto Dequitação Greenberg Dilatação Expulsão O terceiro período do parto é o momento desde o nascimento da criança até a expulsão da placenta e membranas. Considerar terceiro período prolongado após decorridos 30 minutos (placenta retida). Examinar a placenta e membranas. Observar na mulher: condição física geral, através da coloração de pele e mucosas, respiração e sensação de bem-estar; perda sanguínea. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/close-bloody-placenta-fresh-womb-782724946. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 26. Períodos clínicos do parto Dilatação Expulsão Dequitação Greenberg O período de Greenberg compreende o puerpério imediato, que se inicia após a saída da placenta, compreende as duas horas pós-parto.
  • 28. Professora Gloria então colocou cada aluno em uma sala de parto para que acompanhasse e observasse os procedimentos que nela são realizados. Ao acompanhar um trabalho de parto, a aluna Paula foi orientada a observar o preenchimento do partograma. Então ela se perguntou: o que seria o partograma e qual a sua finalidade?
  • 29. Partograma Representação gráfica que diz respeito à evolução do trabalho frequência de parto, registra, principalmente, a das contrações uterinas, os batimentos cardíacos fetais e a dilatação cervical materna. Fase latente tem duração de 16 horas em multíparas e 20 horas em primíparas. Fase ativa, possui um padrão regular e coordenado de contrações, com uma dilatação de 1 cm por hora (iniciar partograma) Diagnóstico de desproporção céfalopélvico, indicação de ocitocina, acesso aos dados de evolução, identificação de sofrimento fetal e diminuição de intervenções desnecessárias.
  • 33. Tipos de parto Parto normal • Parto normal ou espontâneo é o parto em que não se utiliza fórceps, vácuo extrator ou cesariana, mas que pode haver algum tipo de intervenção baseada em evidências. Parto fórceps • O fórcipe é composto por duas colheres que são articuladas para preensão, tração e rotação do polo cefálico do feto. Usado quando o feto se encontra em sofrimento ou quando a mãe não consegue mais fazer força durante o parto normal. Parto cesárea • extração do feto por meio de uma incisão na parede abdominal e na parede uterina. Trata-se de um procedimento médico, mas o enfermeiro pode instrumentar ou auxiliar em alguma emergência. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/newborn-baby-labor-room-553701571. https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/normal-labor-vaginal-birth-3d-illustration-538993987 (adaptado). https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/correct-placement-elliot-forceps-baby-vector-148197521. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 34. Indicações reais para o parto cesárea  Prolapso de cordão com dilatação incompleta;  Descolamento prematuro da placenta com feto vivo – fora do período expulsivo;  Placenta prévia parcial ou total;  Apresentação córmica (situação transversa) durante o trabalho de parto;  Ruptura de vasa previa;  Herpes genital com lesão ativa no trabalho de parto. Fonte: Shutterstock. Disponível em https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/classic-cesarean-section-operating-theater-127442744. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 35. Tipos de parto Parto natural: o foco é o resgate do cuidado prestado no nascimento e, mesmo sendo uma espécie de “modalidade” e realização dos procedimentos simplicidade intervenções necessidade, somente quando houver além das mudanças uma exigidas do parto normal, diferencia-se do mesmo pela sua ou real de comportamento, atitudes e do próprio ambiente (humanização). Parto induzido: induzir as contrações de maneira artificial através de amniotomia ou infusão de ocitocina e uso de prostaglandinas, como o misoprostol. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/first-moments-mother-newborn-after-childbirth-774586795. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 36. Episiotomia Incisão realizada na região do períneo a fim de ampliar o canal de parto, justificada em alguns casos como necessidade de parto instrumentalizado, sofrimento fetal ou acesso para fletir a cabeça do bebê, realizada normalmente com anestesia local. Não realizar episiotomia de rotina durante o parto vaginal espontâneo. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/drawing-possible-episiotomy-angles-performed-during- 200938973. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 37. Analgesia ou anestesia no trabalho de parto e métodos não farmacológicos
  • 38. Analgesia e anestesia Analgesia significa insensibilidade à dor Anestesia causa um estado de privação de sensibilidade geral, com o uso de substância para eliminar ou reduzir a sensibilidade. Não podem interferir na evolução do trabalho de parto de maneira negativa. Proporciona conforto e até mesmo harmonização e regularização das contrações uterinas.
  • 39. Anestesia Bloqueio dos pudendos Anestesia raquidiana Anestesia peridural lombar contínua Anestesia peridural lombar única Anestesia geral Duplo bloqueio Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/vector-illustration-epidural-nerve-block-injection- 1106736023. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 40. Métodos não farmacológicos para alívio da dor Massagem Exercícios respiratórios Banho morno de aspersão Bola Cavalinho Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/position-pregnant-woman-reproduction-set-man- 1465320371. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 42. Parto humanizado Não é um tipo de parto. É o processo que baseia-se no respeito ao protagonismo e autonomia das mulheres nas suas escolhas no trabalho de parto e parto, ao acompanhamento multidisciplinar e ao cuidar baseado em evidências científicas. Tem direito a um ambiente sossegado, privativo, arejado e com a presença de seu (a) acompanhante. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/prenatal-care-flat-color-vector-faceless-1780479536. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 43. Parto humanizado Objetivo de incentivar a prática do parto normal, como resgate do aspecto fisiológico, e diminuir a taxa de cesariana, realizando apenas quando necessário e indicado. O contato pessoal e os aspectos emocionais são de extrema importância para a eficácia do tratamento, pois o profissional deve privilegiar o que viu, palpou e o que a paciente descreveu. Portanto, não basta criar técnicas, mas sim construir uma relação de laços humanos. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/prenatal-care-flat-color-vector-faceless-1780479536. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 44. Atitudes relacionadas com o parto humanizado Estar atento ao monitoramento do bem-estar físico e emocional durante todo o atendimento Respeitar a vontade e a escolha do acompanhante durante o trabalho de parto e parto Permitir que a paciente caminhe para que ajude na dilatação e que adote a posição que preferir durante o período de expulsão Orientar e oferecer técnicas de relaxamento e massagem para alívio da dor durante o trabalho de parto Imediatamente após o parto, permitir o contato pele a pele da mãe e bebê, estimulando o início da amamentação Monitorar a evolução do parto, oferecer alojamento conjunto e estimular e orientar a prática da amamentação o quanto antes
  • 45. Direitos obstétricos Permanecer acompanhada por alguém de sua escolha no trabalho de parto e parto Conhecer os profissionais e ser informada em relação aos procedimentos que estão sendo realizados Receber líquidos e alimentos leves durante o trabalho de parto Caminhar e receber massagem durante o trabalho de parto Ser chamada pelo nome Tomar banho morno e adotar a posição que preferir para a expulsão Receber o seu recém-nascido imediatamente após o parto para o início da amamentação
  • 47. Os alunos continuam nas salas de parto, observando os nascimentos. Como esta etapa é formada de vários procedimentos e tipos de parto, pensando de uma maneira geral, a professora Glória perguntou aos seus alunos: Vocês sabem o que seria violência obstétrica?
  • 48. Violência obstétrica: relatos de trabalho de parto e parto • Ela (profissional) ficou me recriminando pela quantidade de filhos que eu tenho. Ficou dizendo: “ainda vai querer mais”. “com esse monte de filho e ainda fazendo esse escândalo” • A médica mandou eu parar de gemer, pois era um momento mágico e eu estava tornando-o sofrido, passando o sofrimento para quem estava perto de mim. • O médico, com ignorância, dizia: abra mais as pernas. A enfermeira falou para eu não fechar as pernas, se não ia matar o bebê. • Eu senti dor durante os pontos e falei para o médico, mas ele disse que já tinha dado anestesia e não podia fazer nada. Então eu disse que fizesse seu trabalho, mas que estava doendo, estava.
  • 49. Violência obstétrica A violência, seja de ordem física, emocional ou simbólica, é produtora de elevado grau de sofrimento. É toda e qualquer ação ou procedimento que seja realizado sem o consentimento da mulher e que não seja baseado em evidências científicas atuais, sejam de caráter físico, psicológico, sexual, institucional, midiático e material, são consideradas violência obstétrica. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/teenage-problem-conceptsocial-problemteen-women- stress-572682532. Acesso em: 06 out. 2021.
  • 50. Violência obstétrica Práticas no cuidado na assistência obstétrica como:  Episiotomia de rotina;  manobra de Kristeller;  proibição de movimento;  imposição da posição ginecológica ou litotômica;  proibição de acompanhante durante o trabalho de parto e parto e pós-parto
  • 53. Recapitulando  Assistência de enfermagem no trabalho e parto  Mecanismo de parto  Períodos clínicos do parto  Partograma  Assistência de enfermagem durante o parto  Tipos de parto  Analgesia ou anestesia no trabalho de parto  Métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto  Parto humanizado  Violência obstétrica