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Urgência e
Emergência em
Enfermagem
Urgência e emergência traumática I
Danieli JGarbuio Tomedi
Unidade de Ensino: 02
Competência da
Unidade de Ensino:
Proporcionar conhecimento de assistência em situações de urgência,
desenvolvendo raciocínio crítico para intervir em urgências
traumáticas, elaborando a sistematização da assistência p/ pacientes
de trauma, de acordo com o caso.
Resumo:
Urgências e emergências traumática e o atendimento à vítima de
trauma; biomecânica do trauma e avaliação da vítima, trauma de
crânio e tórax, conceitos, tipos, sinais e sintomas, diagnóstico,
tratamento e SAE.
Palavras-chave:
Urgências e emergências
traumáticas; trauma cranioencefálico.
Título da teleaula: Urgência e emergência traumática.
Teleaula nº: 02
Por que falar sobre trauma?
O Brasil está entre os dez primeiros com maior número de
mortes causadas por acidentes nas ruas, estradas e rodovias.
Em 2020, 80 pessoas morreram por dia em consequência de
acidente de trânsito no país.
Oito em cada dez pessoas que morreram em acidentes de
trânsito no Brasil são homens e metade, têm entre 25 e 44 anos.
Mortes
Minutos Horas Dias Semanas
1º pico: lesões
graves de difícil
tratamento
2º pico: evitável por
atendimento inicial
adequado
3º pico:
complicações
sistêmicas
OS PICOS DE MORTALIDADE NO TRAUMA
Fonte: Shutterstock343682648
Fonte: Shutterstock343682648
Situação problema
Paciente HMF, 25 anos, vítima de acidente auto x auto.
Colisão frontal, de alta energia, com marcas de frenagem em um
longo trecho. A vítima não utilizava cinto de segurança e foi
verificado sinal de teia de aranha no para-brisas.
Dados do exame físico: Glasgow 7, anisocoria, lesão em região
frontal, com sangramento ativo. Taquipneico (26 rpm), com
expansibilidade preservada, MV presente, sem RA, SpO2 90%.
Perfusão periférica diminuída, enchimento capilar 4 seg, pulsos
filiformes.
Contextualizando
• Os primeiros passos do atendimento ao trauma
• Como avaliar a vítima de trauma?
• Trauma Cranioencefálico e lesões primárias
• Trauma Cranioencefálico e lesões secundárias
Os primeiros passos do
atendimento ao trauma
Fonte: Shutterstock343682648
• Tipo e velocidade de colisão
• Deformidade do veículo
• Cinto de segurança e capacete
• Quantidade de vítimas
• Avaliar a segurança e os riscos potenciais,
usar EPIs
Avaliação da cena
Colisão automobilística com impacto frontal
Fonte das imagens:Abib e Perfeito, 2012.
• Crânio
• Coluna cervical
• Tórax
• Abdome
• Joelho e fêmur
Sinal de teia de aranha
Fonte da imagem: Freepik 16952791
Quando se pensa em cinemática do trauma, uma fratura tipo “teia de aranha”, também chamada
de “olho de boi” no para-brisa é uma sugestão importante de impacto de crânio e troca de
energia no que tange ao crânio e coluna cervical. Esse tipo de sinal indica que pode ter havido
lesões de compressão e cisalhamento na cabeça do paciente. É importante para o socorrista
identificar esse tipo de achado na cena, para que possa se atentar a possibilidade de maior
gravidade do paciente, visto que o crânio pode ter sido fraturado, comprimido, por exemplo e as
partes ósseas decorrentes desses incidentes podem causar lesões cerebrais.
Colisão automobilística lateral e posterior
Fonte das imagens:Abib e Perfeito, 2012.
• Clavícula e ombro
• Tórax
• Baço ou fígado
• Pelve
• Fêmur e bacia
• Crânio
• Coluna cervical
Atropelamento
A. Impacto contra o para-choque dianteiro: lesões de membros
inferiores.
B. Impacto contra o capô e para-brisas: lesões em tronco e crânio.
C. Impacto contra o solo: lesões em crânio, coluna vertebro-medular e
membros superiores.
Fonte das imagens:Abib e Perfeito, 2012.
Capotamento
O ocupante pode chocar-se contra qualquer parte do
interior do veículo.
Ausência de cinto de segurança: grande probabilidade
de lesões graves e alta mortalidade.
Fonte: Pixabay 3146193
Colisão com motocicleta
A. O motociclista é lançado contra o tanque de combustível e o
guidão: lesões em pelve.
B. É ejetado e sofre trauma decorrente do impacto com o solo ou
outro veículo.
Fonte: Adaptado de https://bit.ly/33g0Jrv.Acesso em: 11 Fev. 2022.
Situação problema
Paciente HMF, 25 anos, vítima de acidente auto x auto.
Colisão frontal, de alta energia, com marcas de frenagem em
um longo trecho. A vítima não utilizava cinto de segurança e foi
verificado sinal de teia de aranha no para-brisas.
Dados do exame físico: Glasgow 7, anisocoria, lesão em região
frontal, com sangramento ativo. Taquipneico (26 rpm), com
expansibilidade preservada, MV presente, sem RA, SpO2 90%.
Perfusão periférica diminuída, enchimento capilar 4 seg, pulsos
filiformes.
Cinemática do trauma da vítima HMF
Fonte das imagens:Abib e Perfeito, 2012.
• Crânio
• Coluna cervical
• Tórax
• Abdome
• Joelho e fêmur
Como avaliar a vítima de trauma?
O XABCDE do trauma
Desde 2018 o ABCDE passou a ser XABCDE.
Avaliação rápida, minuciosa e organizada.
Avaliação e tratamento ao mesmo tempo.
Etapas
X
A
C
B
D
E
Controle de hemorragias
exsanguinantes
Abertura de vias aéreas
e controle de cervical
Respiração
Circulação
Disfunção
neurológica
Exposição com controle
de temperatura
X A B C D E
Controle de hemorragias exsanguinantes
Primeira escolha
Aplicar pressão direta e após interrupção do
sangramento, fazer curativo compressivo com
faixas apertadas.
Sangramento persistente
Aplicar torniquete acima do local da lesão.
Manter por até 120 a 150 minutos e aplicar
um segundo torniquete se necessário.
X A B C D E
Abertura de vias aéreas e controle de cervical
Manobra de
elevação da
mandíbula
Corpo estranho em
cavidade oral
Colocar colar
cervical
Não
Preparar para
entubação
Desobstrução com
controle de cervical
Fonte das imagens: https://bit.ly/2YG7PB8; KTM_2016/iStock.com;Ariyathailand/iStock.com. Acesso em: 6 maio 2020.
Via aérea
obstruída?
Sim Respiração ausente ou muito ruidosa
Aspirar com sonda de
ponta rígida
Cânula orofaríngea
(Guedel)
X A B C D E
Respiração
Avaliar a circulação
Sim
Não
Preparar para drenagemde
tórax
Lesão aberta com vazamentode ar:
curativo de três pontos
Bolsa-válvula máscara
(se entubado)
Oxigênio alto fluxo
Realizar procedimentos
Ventilação adequada?
Esforço respiratório, respiração assimétrica
Fonte das imagens: https://bit.ly/3djOutm; https://shutr.bz/38P7spk; iStock 964106402.ttsz/iStock.com
X A B C D E
Circulação
Identificar sinais de choque: hipotensão, taquicardia,
taquipneia, palidez, extremidades frias, confusão mental.
• 2 acessos venosos calibrosos
• Infundir até 2L de SF0,9% ou Ringer Lactato
• Manter pressão sistólica > 80 mmHg
Fonte: Flaticon 3419220
CIRCULACAO
consciente , pulso periférico* radial
Inconsciente, pulso central carotídeo, femoral, braquial em bebes
P,P,P,P
X A B C D E
Disfunção neurológica
Escala de Coma de Glasgow (ECG): pontuação 3 a 15.
Atualização de 2018
Miose ou midríase Anisocoria Normais
Fonte da imagem: NAEMT,2018.
Subtrair 2 pontos do
total da ECG
Subtrair 1 ponto do
total da ECG
Não subtrair pontos
X A B C D E
Exposição com controle de temperatura
Inspecionar áreas de contusão com equimoses,
hematomas, escoriações, fraturas e luxações.
Cortar as vestes do paciente sem movimentação excessiva.
Proteger o paciente da hipotermia.
Fonte: Flaticon 3345393;3548027e 5753132
Avaliação
secundária
S
A
P
M
L
A
Sintomas e
achados clínicos
Alergias
Medicamento
ou tratamento
Passado médico,
gravidez
Última refeição e
última menstruação
Eventos que
antecederam
Avaliação
secundária
Exame completo cefalocaudal
Sinais vitais
Oximetria de pulso
Imobilização para transporte
• Colar cervical
• Head block
• Tábua rígida.
SAMPLA
Fonte: Shutterstock1998591665
Situação problema
Paciente HMF, 25 anos, vítima de acidente auto x auto.
Colisão frontal, de alta energia, com marcas de frenagem em um
longo trecho. A vítima não utilizava cinto de segurança e foi
verificado sinal de teia de aranha no para-brisas.
Dados do exame físico: Glasgow 7, anisocoria, lesão em região
frontal, com sangramento ativo. Taquipneico (26 rpm), com
expansibilidade preservada, MV presente, sem RA, SpO2 90%.
Perfusão periférica diminuída, enchimento capilar 4 seg, pulsos
filiformes.
Avaliação primária
A vítima aparentemente não apresenta hemorragias
extensas, partir para a próxima etapa.
Controle de cervical com colar rígido; manobra Jaw
Thrust; avaliar a cavidade oral, e se necessário,
realizar aspiração com sonda de ponta rígida
Vítima sonolenta: considerar tubo endotraqueal
Taquipneia: procurar por lesões abertas e verificar
necessidade de dreno de tórax, fornecer oxigênio
X
A
A
B
Avaliação primária
C Realizar punção venosa e considerar reposição
volêmica devido à pele fria e pálida.
Aplicar Escala de Coma de Glasgow. Identificar abuso
de álcool e drogas, ou alterações metabólicas. Avaliar
pupilas.
D
E Examinar todo o corpo em busca de lesões
potencialmente fatais. Aquecer a vítima
Interação
Trauma Cranioencefálico
e lesões primárias
Lesões primárias
Resultam do impacto direto
Lesões secundárias
Complicações das lesões primárias,
ou que surgem tardiamente.
Trauma Crânioencefálico (TCE)
Fonte da imagem: Shutterstock 1451367503
Qualquer lesão em couro cabeludo, ossos, meninges,
vasos sanguíneos ou no tecido cerebral.
Pode resultar em lesões temporárias ou permanentes.
Focais
Fraturas de crânio
Hemorragias
Contusão
Difusas
Lesão axonal difusa
Lesões primárias
Fraturas de
crânio
Lineares Cominutivas Afundamento
ou elevação
Base de crânio
Fonte: https://bit.ly/3JNZVdb. Acesso em: 21 Fev. 2022.
Fratura de base de crânio
Fonte: Shutterstock1741245446
Equimose periorbital
Equimose retroauricular
Otorreia
Rinorreia
Sinal do duplo anel
Hemorragias
Hematoma epidural Hematoma subdural
G
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u
s
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Hemorragia intracerebral
Duramáter
Hemorragia
subaracnoide
Fonte da imagem: https://bit.ly/3rH8IF5. Acesso em 12 mar 2021.
Fonte da imagem: https://bit.ly/3rNOwl6. Acesso em 12 mar 2021.
Contusão
A vítima pode apresentar perda de consciência imediata, seguida
de estupor, confusão mental, e até mesmo déficits neurológicos.
Lesão de
contragolpe
Lesão de
contragolpe
Lesão de golpe
Lesão de
contragolpe
Contusão
Fonte: https://bit.ly/3Icsoc1. Acesso em: 22 Fev. 2022
Lesão axonal difusa (LAD)
Fonte da imagem: https://goo.gl/images/cVfQZ7. Acesso em 29 jan 2020.
Axônios: substância cinza
Dendritos: substância branca
• Local de recepção e de integração de
informações e respostas.
• Coma imediato e prognóstico reservado.
A lesão axonal difusa é uma lesão disseminada nos axônios, uma parte das células nervosas,
no cérebro que pode ocorrer devido a um traumatismo craniano.
As causas comuns de lesão axonal difusa incluem quedas e acidentes com veículos
motorizados. A lesão axonal difusa pode ocorrer na síndrome do bebê sacudido, onde
sacudidelas violentas ou o lançamento do bebê causam uma lesão cerebral. Como resultado
de uma lesão axonal difusa, as células cerebrais podem morrer, causando inchaço cerebral e
aumentando a pressão no crânio (pressão intracraniana). A pressão aumentada pode
agravar a lesão ao diminuir o fornecimento de sangue para o cérebro.
Geralmente, uma lesão axonal difusa causa perda de consciência que dura mais de seis
horas. Por vezes, a pessoa apresenta outros sintomas de dano cerebral. O aumento da
pressão no crânio pode provocar o coma.
Como medir a gravidade de um TCE?
TCE leve
Glasgow 13 a
15
TCE moderado
Glasgow 9 a
12
TCE grave
Glasgow ≤ 8
Fratura de base
de crânio
Situação problema
Paciente HMF, 25 anos, vítima de acidente auto x auto.
Colisão frontal, de alta energia, com marcas de frenagem em um
longo trecho. A vítima não utilizava cinto de segurança e foi
verificado sinal de teia de aranha no para-brisas.
Dados do exame físico: Glasgow 7, anisocoria, lesão em região
frontal, com sangramento ativo. Taquipneico (26 rpm), com
expansibilidade preservada, MV presente, sem RA, SpO2 90%.
Perfusão periférica diminuída, enchimento capilar 4 seg, pulsos
filiformes.
TCE grave
Trauma Cranioencefálico
e lesões secundárias
Quais são as lesões
secundárias e por que elas
acontecem?
Edema ou sangramento
Aumento do volume
intracraniano
Crânio rígido
não expande
 Pressão
intracraniana
 circulação sanguínea,
oxigênio e glicose
Fonte: https://bit.ly/3JIKcvL. Acesso em: 21 Fev. 2022
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Antes da lesão
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Após a lesão
Estado compensado
Fonte: https://bit.ly/3h1vbcn. Acesso em: 21 Fev. 2022
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Hipertensão intracraniana (HIC)
Após a lesão
Estado descompensado
Hipertensão intracraniana: complicações
Herniação cerebral
Acompanhada de sinais clínicos da tríade de Cushing
1. Hipertensão
2. Bradicardia
3. Respiração irregular
Fonte: https://bit.ly/3JIKcvL. Acesso em: 21 Fev. 2022
Como interromper o ciclo de aumento da PIC?
Objetivo: manter a PIC abaixo de 20 mmHg
• Leito elevado > 30 graus e cabeça alinhada.
• Manter o cérebro em repouso com uso de sedação.
• Administrar Manitol endovenoso.
• Drenagem de hematomas.
• Craniotomia descompressiva.
Entendendo a pressão intracraniana
A pressão intracraniana (PIC) é exercida pelo volume combinado de três
componentes intracranianos:
componente liquórico: constituído pelo líquido cefalorraquidiano (LCR) das cavidades
ventriculares e do espaço subaracnóide;
componente vascular:
caracterizado pelo sangue circulante.
A pressão de perfusão cerebral (PPC) é calculada pela simples fórmula: PPC = PAM
(pressão arterial média) – PIC.
PAM.
Cuidados de enfermagem
• Avaliar nível de consciência e pupilas
• Monitorizar sinais vitais
• Manter decúbito > 30 graus
• Manter PIC abaixo de 20 mmHg
• Manter PAS > 90mmHg
• Manter oximetria acima de 94%
• Realizar controle de glicemia e de temperatura
• Realizar controle do débito urinário e balanço hídrico
• Prevenir convulsões
Fonte da imagem: Shutterstock 159380285
Situação problema
Paciente HMF, 25 anos, vítima de acidente auto x auto.
Dados do exame físico: Glasgow 7, anisocoria, lesão em região
frontal, com sangramento ativo. Taquipneico (26 rpm), com
expansibilidade preservada, MV presente, sem RA, SpO2 90%.
Perfusão periférica diminuída, enchimento capilar 4 seg, pulsos
filiformes.
O que consideramos lesão primária e secundária? Qual os
cuidados de enfermagem para evitarmos a lesão secundária?
Classificação do TCE e das lesões
Lesão
primária
TCE grave
Lesão
secundária
Glasgow 7 e anisocoria
Sangramento em espaço subaracnóide,
que ocorreu no ato do trauma.
Lesões potenciais: aumento de pressão
intracraniana, edema cerebral.
Evitando a lesão secundária
• Prevenir convulsão com Hidantal (Fenitoína).
• Se hipertensão intracraniana (HIC): manitol,
hiperventilação, sedação profunda, oxigenação
adequada.
• Sedação terapêutica.
• Manter satO2 > 94%.
• Manter decúbito maior de 30 graus e alinhamento
neutro do pescoço.
• Manter PAM (pressão arterial média) em torno de 90
mmHg.
Fonte da imagem: Shutterstock 159380285
Interação
Recapitulando
• Os primeiros passos do atendimento ao trauma
• Como avaliar a vítima de trauma?
• Trauma Cranioencefálico e lesões primárias
• Trauma Cranioencefálico e lesões secundárias

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  • 1. Urgência e Emergência em Enfermagem Urgência e emergência traumática I Danieli JGarbuio Tomedi
  • 2. Unidade de Ensino: 02 Competência da Unidade de Ensino: Proporcionar conhecimento de assistência em situações de urgência, desenvolvendo raciocínio crítico para intervir em urgências traumáticas, elaborando a sistematização da assistência p/ pacientes de trauma, de acordo com o caso. Resumo: Urgências e emergências traumática e o atendimento à vítima de trauma; biomecânica do trauma e avaliação da vítima, trauma de crânio e tórax, conceitos, tipos, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento e SAE. Palavras-chave: Urgências e emergências traumáticas; trauma cranioencefálico. Título da teleaula: Urgência e emergência traumática. Teleaula nº: 02
  • 3. Por que falar sobre trauma? O Brasil está entre os dez primeiros com maior número de mortes causadas por acidentes nas ruas, estradas e rodovias. Em 2020, 80 pessoas morreram por dia em consequência de acidente de trânsito no país. Oito em cada dez pessoas que morreram em acidentes de trânsito no Brasil são homens e metade, têm entre 25 e 44 anos.
  • 4. Mortes Minutos Horas Dias Semanas 1º pico: lesões graves de difícil tratamento 2º pico: evitável por atendimento inicial adequado 3º pico: complicações sistêmicas OS PICOS DE MORTALIDADE NO TRAUMA
  • 6. Fonte: Shutterstock343682648 Situação problema Paciente HMF, 25 anos, vítima de acidente auto x auto. Colisão frontal, de alta energia, com marcas de frenagem em um longo trecho. A vítima não utilizava cinto de segurança e foi verificado sinal de teia de aranha no para-brisas. Dados do exame físico: Glasgow 7, anisocoria, lesão em região frontal, com sangramento ativo. Taquipneico (26 rpm), com expansibilidade preservada, MV presente, sem RA, SpO2 90%. Perfusão periférica diminuída, enchimento capilar 4 seg, pulsos filiformes.
  • 7. Contextualizando • Os primeiros passos do atendimento ao trauma • Como avaliar a vítima de trauma? • Trauma Cranioencefálico e lesões primárias • Trauma Cranioencefálico e lesões secundárias
  • 8. Os primeiros passos do atendimento ao trauma
  • 9. Fonte: Shutterstock343682648 • Tipo e velocidade de colisão • Deformidade do veículo • Cinto de segurança e capacete • Quantidade de vítimas • Avaliar a segurança e os riscos potenciais, usar EPIs Avaliação da cena
  • 10. Colisão automobilística com impacto frontal Fonte das imagens:Abib e Perfeito, 2012. • Crânio • Coluna cervical • Tórax • Abdome • Joelho e fêmur
  • 11. Sinal de teia de aranha Fonte da imagem: Freepik 16952791
  • 12. Quando se pensa em cinemática do trauma, uma fratura tipo “teia de aranha”, também chamada de “olho de boi” no para-brisa é uma sugestão importante de impacto de crânio e troca de energia no que tange ao crânio e coluna cervical. Esse tipo de sinal indica que pode ter havido lesões de compressão e cisalhamento na cabeça do paciente. É importante para o socorrista identificar esse tipo de achado na cena, para que possa se atentar a possibilidade de maior gravidade do paciente, visto que o crânio pode ter sido fraturado, comprimido, por exemplo e as partes ósseas decorrentes desses incidentes podem causar lesões cerebrais.
  • 13. Colisão automobilística lateral e posterior Fonte das imagens:Abib e Perfeito, 2012. • Clavícula e ombro • Tórax • Baço ou fígado • Pelve • Fêmur e bacia • Crânio • Coluna cervical
  • 14. Atropelamento A. Impacto contra o para-choque dianteiro: lesões de membros inferiores. B. Impacto contra o capô e para-brisas: lesões em tronco e crânio. C. Impacto contra o solo: lesões em crânio, coluna vertebro-medular e membros superiores. Fonte das imagens:Abib e Perfeito, 2012.
  • 15. Capotamento O ocupante pode chocar-se contra qualquer parte do interior do veículo. Ausência de cinto de segurança: grande probabilidade de lesões graves e alta mortalidade. Fonte: Pixabay 3146193
  • 16. Colisão com motocicleta A. O motociclista é lançado contra o tanque de combustível e o guidão: lesões em pelve. B. É ejetado e sofre trauma decorrente do impacto com o solo ou outro veículo. Fonte: Adaptado de https://bit.ly/33g0Jrv.Acesso em: 11 Fev. 2022.
  • 17. Situação problema Paciente HMF, 25 anos, vítima de acidente auto x auto. Colisão frontal, de alta energia, com marcas de frenagem em um longo trecho. A vítima não utilizava cinto de segurança e foi verificado sinal de teia de aranha no para-brisas. Dados do exame físico: Glasgow 7, anisocoria, lesão em região frontal, com sangramento ativo. Taquipneico (26 rpm), com expansibilidade preservada, MV presente, sem RA, SpO2 90%. Perfusão periférica diminuída, enchimento capilar 4 seg, pulsos filiformes.
  • 18. Cinemática do trauma da vítima HMF Fonte das imagens:Abib e Perfeito, 2012. • Crânio • Coluna cervical • Tórax • Abdome • Joelho e fêmur
  • 19. Como avaliar a vítima de trauma?
  • 20. O XABCDE do trauma Desde 2018 o ABCDE passou a ser XABCDE. Avaliação rápida, minuciosa e organizada. Avaliação e tratamento ao mesmo tempo.
  • 21. Etapas X A C B D E Controle de hemorragias exsanguinantes Abertura de vias aéreas e controle de cervical Respiração Circulação Disfunção neurológica Exposição com controle de temperatura
  • 22. X A B C D E Controle de hemorragias exsanguinantes Primeira escolha Aplicar pressão direta e após interrupção do sangramento, fazer curativo compressivo com faixas apertadas. Sangramento persistente Aplicar torniquete acima do local da lesão. Manter por até 120 a 150 minutos e aplicar um segundo torniquete se necessário.
  • 23. X A B C D E Abertura de vias aéreas e controle de cervical Manobra de elevação da mandíbula Corpo estranho em cavidade oral Colocar colar cervical Não Preparar para entubação Desobstrução com controle de cervical Fonte das imagens: https://bit.ly/2YG7PB8; KTM_2016/iStock.com;Ariyathailand/iStock.com. Acesso em: 6 maio 2020. Via aérea obstruída? Sim Respiração ausente ou muito ruidosa Aspirar com sonda de ponta rígida Cânula orofaríngea (Guedel)
  • 24.
  • 25. X A B C D E Respiração Avaliar a circulação Sim Não Preparar para drenagemde tórax Lesão aberta com vazamentode ar: curativo de três pontos Bolsa-válvula máscara (se entubado) Oxigênio alto fluxo Realizar procedimentos Ventilação adequada? Esforço respiratório, respiração assimétrica Fonte das imagens: https://bit.ly/3djOutm; https://shutr.bz/38P7spk; iStock 964106402.ttsz/iStock.com
  • 26.
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  • 28. X A B C D E Circulação Identificar sinais de choque: hipotensão, taquicardia, taquipneia, palidez, extremidades frias, confusão mental. • 2 acessos venosos calibrosos • Infundir até 2L de SF0,9% ou Ringer Lactato • Manter pressão sistólica > 80 mmHg Fonte: Flaticon 3419220
  • 29. CIRCULACAO consciente , pulso periférico* radial Inconsciente, pulso central carotídeo, femoral, braquial em bebes P,P,P,P
  • 30. X A B C D E Disfunção neurológica Escala de Coma de Glasgow (ECG): pontuação 3 a 15. Atualização de 2018 Miose ou midríase Anisocoria Normais Fonte da imagem: NAEMT,2018. Subtrair 2 pontos do total da ECG Subtrair 1 ponto do total da ECG Não subtrair pontos
  • 31.
  • 32. X A B C D E Exposição com controle de temperatura Inspecionar áreas de contusão com equimoses, hematomas, escoriações, fraturas e luxações. Cortar as vestes do paciente sem movimentação excessiva. Proteger o paciente da hipotermia. Fonte: Flaticon 3345393;3548027e 5753132
  • 33. Avaliação secundária S A P M L A Sintomas e achados clínicos Alergias Medicamento ou tratamento Passado médico, gravidez Última refeição e última menstruação Eventos que antecederam
  • 34. Avaliação secundária Exame completo cefalocaudal Sinais vitais Oximetria de pulso Imobilização para transporte • Colar cervical • Head block • Tábua rígida. SAMPLA Fonte: Shutterstock1998591665
  • 35. Situação problema Paciente HMF, 25 anos, vítima de acidente auto x auto. Colisão frontal, de alta energia, com marcas de frenagem em um longo trecho. A vítima não utilizava cinto de segurança e foi verificado sinal de teia de aranha no para-brisas. Dados do exame físico: Glasgow 7, anisocoria, lesão em região frontal, com sangramento ativo. Taquipneico (26 rpm), com expansibilidade preservada, MV presente, sem RA, SpO2 90%. Perfusão periférica diminuída, enchimento capilar 4 seg, pulsos filiformes.
  • 36. Avaliação primária A vítima aparentemente não apresenta hemorragias extensas, partir para a próxima etapa. Controle de cervical com colar rígido; manobra Jaw Thrust; avaliar a cavidade oral, e se necessário, realizar aspiração com sonda de ponta rígida Vítima sonolenta: considerar tubo endotraqueal Taquipneia: procurar por lesões abertas e verificar necessidade de dreno de tórax, fornecer oxigênio X A A B
  • 37. Avaliação primária C Realizar punção venosa e considerar reposição volêmica devido à pele fria e pálida. Aplicar Escala de Coma de Glasgow. Identificar abuso de álcool e drogas, ou alterações metabólicas. Avaliar pupilas. D E Examinar todo o corpo em busca de lesões potencialmente fatais. Aquecer a vítima
  • 40. Lesões primárias Resultam do impacto direto Lesões secundárias Complicações das lesões primárias, ou que surgem tardiamente. Trauma Crânioencefálico (TCE) Fonte da imagem: Shutterstock 1451367503 Qualquer lesão em couro cabeludo, ossos, meninges, vasos sanguíneos ou no tecido cerebral. Pode resultar em lesões temporárias ou permanentes.
  • 42. Fraturas de crânio Lineares Cominutivas Afundamento ou elevação Base de crânio Fonte: https://bit.ly/3JNZVdb. Acesso em: 21 Fev. 2022.
  • 43. Fratura de base de crânio Fonte: Shutterstock1741245446 Equimose periorbital Equimose retroauricular Otorreia Rinorreia Sinal do duplo anel
  • 44.
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  • 48. Hemorragias Hematoma epidural Hematoma subdural G e r a l m e n t ea s s o c i a d aàl e s ã oa x o n a ld i f u s a Hemorragia intracerebral Duramáter Hemorragia subaracnoide Fonte da imagem: https://bit.ly/3rH8IF5. Acesso em 12 mar 2021.
  • 49. Fonte da imagem: https://bit.ly/3rNOwl6. Acesso em 12 mar 2021. Contusão A vítima pode apresentar perda de consciência imediata, seguida de estupor, confusão mental, e até mesmo déficits neurológicos. Lesão de contragolpe Lesão de contragolpe Lesão de golpe Lesão de contragolpe
  • 51. Lesão axonal difusa (LAD) Fonte da imagem: https://goo.gl/images/cVfQZ7. Acesso em 29 jan 2020. Axônios: substância cinza Dendritos: substância branca • Local de recepção e de integração de informações e respostas. • Coma imediato e prognóstico reservado.
  • 52. A lesão axonal difusa é uma lesão disseminada nos axônios, uma parte das células nervosas, no cérebro que pode ocorrer devido a um traumatismo craniano. As causas comuns de lesão axonal difusa incluem quedas e acidentes com veículos motorizados. A lesão axonal difusa pode ocorrer na síndrome do bebê sacudido, onde sacudidelas violentas ou o lançamento do bebê causam uma lesão cerebral. Como resultado de uma lesão axonal difusa, as células cerebrais podem morrer, causando inchaço cerebral e aumentando a pressão no crânio (pressão intracraniana). A pressão aumentada pode agravar a lesão ao diminuir o fornecimento de sangue para o cérebro. Geralmente, uma lesão axonal difusa causa perda de consciência que dura mais de seis horas. Por vezes, a pessoa apresenta outros sintomas de dano cerebral. O aumento da pressão no crânio pode provocar o coma.
  • 53. Como medir a gravidade de um TCE? TCE leve Glasgow 13 a 15 TCE moderado Glasgow 9 a 12 TCE grave Glasgow ≤ 8 Fratura de base de crânio
  • 54. Situação problema Paciente HMF, 25 anos, vítima de acidente auto x auto. Colisão frontal, de alta energia, com marcas de frenagem em um longo trecho. A vítima não utilizava cinto de segurança e foi verificado sinal de teia de aranha no para-brisas. Dados do exame físico: Glasgow 7, anisocoria, lesão em região frontal, com sangramento ativo. Taquipneico (26 rpm), com expansibilidade preservada, MV presente, sem RA, SpO2 90%. Perfusão periférica diminuída, enchimento capilar 4 seg, pulsos filiformes. TCE grave
  • 56. Quais são as lesões secundárias e por que elas acontecem? Edema ou sangramento Aumento do volume intracraniano Crânio rígido não expande  Pressão intracraniana  circulação sanguínea, oxigênio e glicose Fonte: https://bit.ly/3JIKcvL. Acesso em: 21 Fev. 2022
  • 60. Hipertensão intracraniana: complicações Herniação cerebral Acompanhada de sinais clínicos da tríade de Cushing 1. Hipertensão 2. Bradicardia 3. Respiração irregular
  • 61. Fonte: https://bit.ly/3JIKcvL. Acesso em: 21 Fev. 2022 Como interromper o ciclo de aumento da PIC? Objetivo: manter a PIC abaixo de 20 mmHg • Leito elevado > 30 graus e cabeça alinhada. • Manter o cérebro em repouso com uso de sedação. • Administrar Manitol endovenoso. • Drenagem de hematomas. • Craniotomia descompressiva.
  • 62. Entendendo a pressão intracraniana A pressão intracraniana (PIC) é exercida pelo volume combinado de três componentes intracranianos: componente liquórico: constituído pelo líquido cefalorraquidiano (LCR) das cavidades ventriculares e do espaço subaracnóide; componente vascular: caracterizado pelo sangue circulante. A pressão de perfusão cerebral (PPC) é calculada pela simples fórmula: PPC = PAM (pressão arterial média) – PIC. PAM.
  • 63.
  • 64. Cuidados de enfermagem • Avaliar nível de consciência e pupilas • Monitorizar sinais vitais • Manter decúbito > 30 graus • Manter PIC abaixo de 20 mmHg • Manter PAS > 90mmHg • Manter oximetria acima de 94% • Realizar controle de glicemia e de temperatura • Realizar controle do débito urinário e balanço hídrico • Prevenir convulsões Fonte da imagem: Shutterstock 159380285
  • 65. Situação problema Paciente HMF, 25 anos, vítima de acidente auto x auto. Dados do exame físico: Glasgow 7, anisocoria, lesão em região frontal, com sangramento ativo. Taquipneico (26 rpm), com expansibilidade preservada, MV presente, sem RA, SpO2 90%. Perfusão periférica diminuída, enchimento capilar 4 seg, pulsos filiformes. O que consideramos lesão primária e secundária? Qual os cuidados de enfermagem para evitarmos a lesão secundária?
  • 66. Classificação do TCE e das lesões Lesão primária TCE grave Lesão secundária Glasgow 7 e anisocoria Sangramento em espaço subaracnóide, que ocorreu no ato do trauma. Lesões potenciais: aumento de pressão intracraniana, edema cerebral.
  • 67. Evitando a lesão secundária • Prevenir convulsão com Hidantal (Fenitoína). • Se hipertensão intracraniana (HIC): manitol, hiperventilação, sedação profunda, oxigenação adequada. • Sedação terapêutica. • Manter satO2 > 94%. • Manter decúbito maior de 30 graus e alinhamento neutro do pescoço. • Manter PAM (pressão arterial média) em torno de 90 mmHg. Fonte da imagem: Shutterstock 159380285
  • 69. Recapitulando • Os primeiros passos do atendimento ao trauma • Como avaliar a vítima de trauma? • Trauma Cranioencefálico e lesões primárias • Trauma Cranioencefálico e lesões secundárias